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Curso de Formação de

Brigada de Incêndio

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ÍNDICE
Índice 02

Apresentação 03

Tragédias 04

MÓDULO I - BRIGADA DE INCÊNDIO – Leis e Pertinências 06

Introdução 06

Legislação (Base Legal) 06

Brigadista (Particularidades) 07

Organogramas de Brigada de Incêndio (Hierarquia) 08 3

Qualificações e Funções em uma Brigada de Incêndio 09

MÓDULO II - INCÊNDIO – Conhecimentos Práticos 10

Meios de Propagação do Fogo 11

Classes de Incêndio 12

Pontos Notáveis da Combustão 13

Métodos de Extinção do Fogo 14

Agentes Extintores 15

MÓDULO III - EQUIPAMENTOS ESPECÍFICOS 18

Aparelhos Extintores 18

Hidrantes, Mangueiras, Esguichos e Acessórios Hidráulicos 21

Equipamentos de Proteção Individual 24

Outros equipamentos 26

Ações e Procedimentos Básicos de Emergência 27

MÓDULO IV - ESTUDO DOS INCÊNDIOS 29

Prevenção contra Incêndios – Tipologia 29

Tipos de Prevenção 29

MÓDULO V - ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR 38

Atendimento Pré-Hospitalar 38

Reanimação (Ressuscitação) Cardiopulmonar (RCP) 39

Hemorragias 45

Queimaduras 46

Fraturas, Luxações e Entorses 47

Lesões dos Tecidos Moles 49

Remoção de Vítimas 52

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APRESENTAÇÃO

A Brigada de Incêndio é uma questão não somente legal, mas de sobrevivência, de proteção
à vida, ao patrimônio e a reputação da empresa.

O comportamento das pessoas no caso de um incêndio é extremamente conflitante. Pois, há


os que colocam o interesse alheio – quer seja o de sobrevivência quer seja o de salvaguardar o
seu patrimônio – acima do seu próprio e tentam de todas as maneiras, socorrer os demais,
enquanto outros procuram uma saída da forma mais rápida possível, e outros, simplesmente,
não conseguem raciocinar, em virtude da ausência de calma. Por isso é salutar a presença de
uma brigada.

Essa variedade de comportamentos pode causar situações de verdadeiro caos e até mesmo 4
dificultar, e muito, a evacuação do local sinistrado. Assim, os profissionais que ministram
treinamentos de abandono de brigada e executam vistorias em equipamentos de proteção e
combate a incêndio, são responsáveis por transmitirem para o seu público, a postura e os
procedimentos corretos que devem ser tomados, por ocasião de uma situação de emergência.
Daí, a "importância fundamental" de uma brigada de incêndio dentro da organização, pois
prevenir ainda é a melhor atitude.

É importante lembrar que a Brigada de Incêndio é formada com a participação dos próprios
funcionários, preferencialmente voluntários, ou designados para tal, treinados e habilitados para
atuarem na prevenção, no auxílio da saída das pessoas com segurança, na prestação de
primeiros socorros e no combate a um princípio de incêndio, portanto, tornar essas pessoas
"aptas ao exercício destas tarefas numa situação real" é extremamente importante em todos os
tipos de edificações e de ocupações, isto é, ter um grupo de pessoas (brigada de incêndio) bem
treinadas, motivadas e coesas numa edificação, pode ser, e, estatisticamente em muitos casos
o é, o diferencial entre apenas um princípio de incêndio e uma tragédia, anunciada ou não.

Em outras palavras, os primeiros cinco minutos valem mais do que as próximas


cinco horas.

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TRAGÉDIAS

Local: Gran Circus 5


Incêndio no Gran Circus em Niterói
Cidade: Niterói/RJ
Época: Dez.1961
Saldo: 503 mortos (A maior Tragédia)

Local: Edifício Andraus


Cidade: São Paulo/SP Incêndio no Edifício Andraus em SP
Época: Fev. 1972
Saldo: 28 mortos e mais de 300 feridos

Local: Edifício Joelma


Cidade: São Paulo/SP
Época: Fev. 1974 Incêndio no Edifício Joelma em SP
Saldo: 184 mortos e mais de 500 feridos
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Local: Edifício Grande Avenida
Incêndio no Edifício Grande Avenida em SP
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Cidade: São Paulo/SP
Época: Fev. 1981
Saldo: 17 mortos e mais de 35 feridos

Local: Boate Cromagnon


Incêndio na Boate Cromagnon em
Cidade: Buenos Aires (Argentina) Buenos Aires - Argentina
Época: Dez.2004
Saldo: 194 mortos e mais de 1400 feridos

Local: Boate Kiss Incêndio na Boate Kiss em


Santa Maria RS
Cidade: Santa Maria/RS
Época: Jan. 2013
Saldo: 242 mortos e mais de 120 feridos

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MÓDULO I
BRIGADA DE INCÊNDIO – Leis e Pertinências

INTRODUÇÃO

Brigada de Incêndio

É uma organização interna, formada por empregados da empresa, voluntários ou não, com
um determinado número de componentes, preparada, treinada e habilitada para operar os
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dispositivos de combate a incêndio, dentro dos padrões técnicos básicos essenciais, atuando
com rapidez e eficiência em casos de princípio de incêndio.

Cada componente de brigada deve conhecer técnicas de socorro às vítimas, abandono de


área, na ocorrência de incêndio, como também em operação de salvamento.

O princípio primordial da brigada é zelar pelo bem-estar de empregadores e empregados,


sendo necessário que tenha estrutura autônoma, porém subordinada à divisão de segurança da
empresa.

Objetivo do curso:

Proporcionar aos alunos conhecimentos básicos sobre: prevenção, isolamento e extinção de


princípios de incêndio, abandono de local com sinistro, além de técnicas de primeiros socorros.

LEGISLAÇÃO (BASE LEGAL)

Referências Normativas

a) Portaria do Ministério do Trabalho nº 3214 de 08 de junho de 1978, em sua Norma


Regulamentadora nº 23;
b) Norma Técnica 01 de 2004 do Corpo de Bombeiros do Estado do CE;
c) ABNT NBR 9050:2004 – Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e
equipamentos urbanos;
d) ABNT NBR 14277:2005 – Instalações e Equipamentos para treinamento de combate a
incêndio – Requisitos;
e) ABNT NBR 14608:2000 – Bombeiro Profissional Civil;
f) ABNT NBR 14787:2001 – Espaço confinado – Prevenção de acidentes, procedimentos
e medidas de proteção;
g) ABNT NBR 15219:2005 – Plano de emergência contra incêndio – Requisitos.

Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará

PORTARIA Nº006/2004 - Normatiza e estabelece as condições mínimas para a formação,


treinamento, certificação e recertificação de brigadas de incêndio para atuação em edificações e
áreas de risco no Estado do Ceará.
NORMA TÉCNICA, NT Nº001/04 - Disciplina as brigadas de incêndio no Estado do Ceará.
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Principais itens da norma, relacionados ao curso

a) Programa contendo prevenção contra incêndios;


b) Validade do curso de 01 (um) ano;
c) Recertificação;
d) Dois treinamentos mensais;
e) Avaliação a critério do profissional habilitado;
f) O profissional deve estar habilitado e credenciado junto ao Corpo de Bombeiros;
g) O candidato só terá o certificado de brigadista, se tiver aproveitamento mínimo na
avaliação de 70%, para tal deve possuir boa frequência;
h) Programa curricular com 20h/a.
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BRIGADISTA (PARTICULARIDADES)

Características de um Brigadista

a) Vocação para o serviço e atitudes dinâmica;


b) Ter boa saúde física e mental;
c) Disposição de colaboração;
d) Pulso de ordem e liderança;
e) Conhecimentos prévios da matéria;
f) Capacidade para a tomada de decisões;
g) Critério para resolver problemas;
h) Responsabilidade, iniciativa, formalidade, calma e cordialidade;
i) Estar consciente de que estas atividades são feitas de maneira voluntária e motivado
para o bom desempenho desta função.

Atribuições da Brigada de Incêndio

a) Combater o princípio de incêndio, efetuar salvamento e exercer a prevenção;


b) Conhecer a avaliar os riscos de incêndio existentes;
c) Recepcionar e orientar o Corpo de Bombeiro;
d) Participar das inspeções regulares e periódicas;
e) Conhecer os locais de alarme de incêndio e o princípio de acionamento do sistema;
f) Conhecer todas as instalações do prédio e Conhecer as vias de escape;
g) Verificar as condições de operacionalidade dos equipamentos de combate a incêndio e de
proteção individual;
h) Conhecer o princípio de funcionamento de todos os sistemas de extinção de incêndio
(sprinklers, CO2, Pó Químico, etc.);
i) Atender imediatamente a qualquer chamado de emergência;
j) Agir de modo rápido, enérgico e convincente em situações de emergência;
k) Verificar se portas, janelas, arquivos, gavetas, torneiras estão fechadas, se os
equipamentos elétricos estão desligados, se os cinzeiros foram esvaziados e se existem
pontas de cigarro acesas no lixo;
l) Auxiliar a brigada de abandono na inspeção do local quando os ocupantes da edificação
precisarem ser retirados.

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ORGANOGRAMAS DA BRIGADA DE INCÊNDIO (HIERÁRQUIA)

Empresa com uma edificação, um pavimento e cinco brigadistas

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Esquema de Brigada simples

Empresa com uma edificação, três pavimentos e três brigadistas por pavimento

Esquema de Brigada média

Empresa com duas edificações, a primeira com três pavimentos e dois brigadistas
por pavimento, e a segunda com um pavimento e quatro brigadistas por pavimento

Esquema de Brigada mais complexa

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Esquema Operacional da Brigada

CHEFE DE
BRIGADA

EQUIPE DE
APOIO

LÍDER
10

EQUIPE DE EQUIPE DE
EQUIPE DE
COMBATE A PRIMEIROS
ABANDONO
INCÊNDIO SOCORROS

Esquema operacional

QUALIFICAÇÕES E FUNÇÕES EM UMA BRIGADA DE INCÊNDIO

Brigadista

a) Avaliação dos riscos existente;

b) Inspeção geral dos equipamentos de combate a princípio de incêndio;

c) Inspeção geral das rotas de fuga;

d) Elaboração relatório das irregularidades encontradas;

e) Encaminhamento do relatório aos setores competentes;

f) Orientação à população fixa e flutuante;

g) Exercícios simulados;

h) Controle de acesso (evitar entrada de material e pessoas indesejáveis);

i) Organizar plano de chamada dos brigadistas e órgãos públicos e privados competentes


para situação.

Combater um incêndio é muito mais difícil do que


prevenir.

Por isso, não se acomode. Adote todas as medidas


necessárias para evitá-lo.

Você ganha mais segurança e qualidade de vida.


Princípio de incêndio

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MÓDULO II
INCÊNDIO – Conhecimentos práticos

TEORIA DO FOGO

Conceito de Fogo

Fogo é um processo químico de transformação ou de combustão de materiais combustíveis


e inflamáveis. Quando o combustível é sólido, primeiro ele se transforma em gás que misturado
ao oxigênio e ativado por uma fonte de calor, inicia uma transformação química com geração 11
de mais calor, desenvolvendo uma reação em cadeia, com produção de luz.
Os elementos que compõem o fogo são:
Combustível;
Comburente;
Calor;
Reação em cadeia.

Esse quarto elemento, também denominado transformação em cadeia, vai formar o


tetraedro do fogo, substituindo o antigo triângulo do fogo.

Comburente Combustível

Reação
em Cadeia

Calor

Calor

Triângulo do Fogo Tetraedro do Fogo

Combustível - É toda a substância capaz de queimar e alimentar a combustão. É o


elemento que serve de campo de propagação ao fogo. Os Combustíveis podem se apresentar
nos três estados físicos:

Sólidos - Madeira, papel, tecido, algodão, etc.


Líquidos - Gasolina, éter, álcool, benzina, graxas, etc.
Gasosos – Gás butano, gás propano, Gás natural, etc.

Comburente - É o elemento que possibilita vida às chamas e intensifica a combustão. O


mais comum é que o oxigênio desempenhe esse papel. Compõe o ar atmosférico na
porcentagem de 21%, sendo que o mínimo exigível para sustentar a combustão é de 16%.

Calor - Forma de energia que eleva a temperatura, gerada da transformação de outra


energia, através de processo físico ou químico.

Reação em Cadeia - Os combustíveis, após iniciarem a combustão, geram mais calor. Esse
calor provocará o desprendimento de mais gases ou vapores combustíveis, desenvolvendo uma
transformação em cadeia ou reação em cadeia, que, em resumo, é o produto de uma
transformação gerando outra transformação.
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Classificação das reações químicas

Dois elementos são preponderantes na velocidade da combustão: o comburente e o


combustível. O calor entra no processo para decompor o combustível. A velocidade da
combustão variará de acordo com a porcentagem do oxigênio no ambiente e as características
físicas e químicas do combustível.
A combinação dos quatro elementos do tetraedro do fogo, sob condições propícias, permite
a ignição e a continuação das reações químicas, as quais podem ser classificadas:

Oxidação lenta;
Combustão viva;
Deflagração;
Detonação;
Explosão.
12

O parâmetro utilizado para classificar as combustões é a velocidade de propagação que é a


velocidade de deslocamento da fronteira entre a área já queimada (zona dos produtos da
reação) e a área ainda não atingida pela reação (zona não destruída).

MEIOS DA PROPAGAÇÃO DO FOGO

O calor pode se propagar de três diferentes maneiras: condução, convecção e


irradiação. Como tudo na natureza tende ao equilíbrio, o calor é transferido de objetos com
temperatura mais alta para aqueles com temperatura mais baixa. O mais frio de dois objetos
absorverá calor até que esteja com a mesma quantidade de energia do outro.

Condução

Condução é a transferência de calor através de um corpo


sólido de molécula a molécula. Colocando-se, por exemplo, a
extremidade de uma barra de ferro próxima a uma fonte de
calor, as moléculas desta extremidade absorverão calor; elas
vibrarão mais vigorosamente e se chocarão com as moléculas
vizinhas, transferindo-lhes calor.

Convecção
Condução do calor por condução
É a transferência de calor
pelo movimento ascendente de massas de gases ou de líquidos
dentro de si próprios. Em incêndio de edifícios, essa é a
principal forma de propagação de calor para andares superiores,
quando os gases aquecidos encontram caminho através de
escadas, poços de elevadores, etc.

Condução do calor por convecção


Irradiação

É a transmissão de calor por ondas de energia calorífica


que se deslocam através do espaço. As ondas de calor
propagam-se em todas as direções, e a intensidade com
que os corpos são atingidos aumenta ou diminui à medida
que estão mais próximos ou mais afastados da fonte de Condução do calor por irradiação
calor.
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CLASSES DE INCÊNDIO

Os incêndios são classificados de acordo com as características dos seus combustíveis.


Somente com o conhecimento da natureza do material que está se queimando, se pode
descobrir o melhor método para uma extinção rápida e segura.

Classe A

Incêndio envolvendo combustíveis


sólidos comuns, como papel, madeira,
pano, borracha. É caracterizado pelas
cinzas e brasas que deixam como
resíduos e por queimar em razão do seu volume, isto é, a
13
queima se dá na superfície e em profundidade.

Necessita de resfriamento para a sua extinção, isto é, do


uso de água ou soluções que a contenham em grande
porcentagem, a fim de reduzir a temperatura do material em
Combustíveis sólidos
combustão.

Classe B

Incêndio envolvendo
líquidos inflamáveis
como a gasolina, álcool,
diesel, graxas, etc e
gases combustíveis como o butano, propano,
gás natural, etc. É caracterizado por não
deixar resíduos e queimar apenas na
superfície exposta e não em profundidade.
Combustíveis líquidos e gasosos
Necessita para a sua extinção do abafamento
ou da interrupção (quebra) da reação em cadeia. No caso de líquidos muito aquecidos (ponto
da ignição), é necessário resfriamento.

Classe C

Incêndio envolvendo
equipamentos energizados. É
caracterizado pelo risco de
vida que oferece ao
bombeiro.

Teoricamente, o aparelho elétrico desenergizado,


passa a ser classe A, mas mesmo assim não
devemos usar o agente extintor “água”, pois a
maioria dos aparelhos possui componentes que
armazenam energia mesmo sem estarem ligados a
Incêndio em equipamento elétrico energizado
tomada.

Para a sua extinção necessita de agente extintor que não conduza a corrente elétrica e
utilize o princípio de abafamento ou da interrupção (quebra) da reação em cadeia.
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Classe D

Incêndio envolvendo metais combustíveis pirofóricos (magnésio,


selênio, antimônio, lítio, potássio, alumínio fragmentado, zinco,
titânio, sódio,
zircônio). É
caracterizado pela queima em altas
temperaturas e por reagir com agentes
extintores comuns (principalmente os que
contenham água). Para a sua extinção,
necessita de agentes extintores especiais que
se fundam em contato com o metal 14
combustível, formando uma espécie de capa
que o isola do ar atmosférico, interrompendo a
Incêndio em metais pirofóricos
combustão pelo princípio de abafamento.

PONTOS NOTÁVEIS DA COMBUSTÃO

Ponto de Fulgor (Flash Point)

É a menor temperatura onde os combustíveis liberam gases ou


vapores inflamáveis, que combinados com o oxigênio e em contato
com uma chama, começam a queimar, ou seja, é emitido um
lampejo, porém a chama não se mantém porque a quantidade de
gases/vapores gerados são insuficientes para alimentar a mistura
inflamável.

Ponto de fulgor

Ponto de Combustão (Fire Point)

É a temperatura mínima necessária para que um combustível


desprenda vapores ou gases inflamáveis que, combinados com o
oxigênio do ar e ao entrar em contato com uma chama, se
inflamam, e, mesmo que se retire a chama, o fogo não se apaga,
pois essa temperatura faz gerar, do combustível, vapores ou gases
suficientes para manter o fogo ou a transformação em cadeia.

Ponto de combustão

Ponto de Ignição

É a menor temperatura em que os gases desprendidos do


combustível, entram em combustão apenas pelo contato com o oxigênio
do ar, independente de qualquer fonte de calor.

É também denominada Combustão Espontânea.

Ponto de ignição
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Temperaturas características de alguns combustíveis

Temperatura Temperatura de Temperatura


Substância
de fulgor (ºC) combustão (ºC) de ignição (ºC)

Pinho 225 265 280


Papel 230 - 230
Polietileno 430 - 350
Gasolina -40 -20 227
Diesel 90 104 330
Óleo lubrificante 157 177 230
Butano -60 - 430 15
Temperaturas em que reagem determinados combustíveis

MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO

Partindo do princípio de que, para haver fogo, são necessários o combustível, comburente e
o calor, formando o triângulo do fogo ou, mais modernamente, o tetraedro do fogo, quando já
se admite a ocorrência de uma reação em cadeia, para nós extinguirmos o fogo, basta retirar
um desses elementos. Com a retirada de um dos elementos do fogo, temos os seguintes
métodos de extinção: extinção por retirada do material, por abafamento, por
resfriamento e extinção química.
Extinção por Isolamento (retirada do combustível)

É a forma mais simples de se extinguir um incêndio.


Baseia-se na retirada do material combustível, ainda não
atingido, da área de propagação do fogo, interrompendo a
alimentação da
combustão.

Método tam-
bém denominado
corte ou remoção
do suprimento do
combustível.

Extinção do fogo por isolamento

Extinção por Abafamento (retirada do comburente)

Consiste em diminuir ou impedir o contato do


oxigênio com o material combustível.

Não havendo comburente para reagir com o


combustível, não haverá fogo.

Como exceção, estão os materiais que têm


oxigênio em sua composição e queimam sem
necessidade do oxigênio do ar, como os peróxidos
orgânicos e o fósforo branco.

Extinção do fogo por abafamento Uniseg


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Extinção por Resfriamento (retirada do calor)

É o método mais utilizado. Consiste em diminuir a temperatura do material combustível que


está queimando, diminuindo, consequentemente, a liberação de gases ou vapores inflamáveis.

A água é o agente mais utilizado, devido a sua abundância na natureza, é o mais


econômico, além de ter maior capacidade de absorver calor.

Extinção do fogo por resfriamento


16

Extinção Química (retirada da reação em cadeia)

Ocorre quando interrompemos a reação em cadeia.

Este método consiste no seguinte: o combustível, sob ação do calor, gera gases ou vapores
que, ao se combinarem com o comburente, formam uma mistura inflamável. Quando utilizamos
determinados agentes extintores no combate ao fogo, suas moléculas se dissociam pela ação
do calor e se combinam com a mistura inflamável (gás ou vapor mais comburente), formando
outra mistura não inflamável.

Isso ocorre porque o comburente deixa de reagir com os gases combustíveis.

Essa reação só corre quando há chamas visíveis.

Extinção do fogo por extinção química (PQS)

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AGENTES EXTINTORES

Os agentes extintores atuam maioritariamente por um dos métodos referidos mas, muito
frequentemente, atuam de forma acumulada, na eliminação de mais de um componente do
tetraedro do fogo.

Estes agentes extintores podem se apresentar nos três estados físicos, ou seja:

Líquidos

Sólidos
17
Gasosos

Terra e Areia

Muitas vezes esquecidos, estes dois agentes podem


funcionar, pelo método de abafamento, na extinção de focos
de incêndio, especialmente em áreas rurais e florestais.

A terra e a areia não são consideradas oficialmente como


agentes extintores, mas podemos destacar sua eficiência
considerável em fogos de classe B e D. Atuando por
abafamento.

No caso de acidentes rodoviários é também possível e


aconselhável, a utilização de terra ou areia para minimizar o Utilização de terra em combate a
incêndio florestal
risco de incêndio perante um derramamento de combustível.

Água

É o agente extintor mais abundante na natureza. Age principalmente por resfriamento,


devido a sua propriedade de absorver grande quantidade de calor. Atua também por
abafamento (dependendo da forma como é aplicada, neblina, jato contínuo, etc.). A água é o
agente extintor mais empregado, em virtude do seu baixo custo e da facilidade de obtenção.
Em razão da existência de sais minerais em sua composição química, a água conduz
eletricidade e seu usuário, em presença de materiais energizados, pode sofrer choque elétrico.

A água atua por resfriamento nas formas de jato sólido ou jato chuveiro e na forma de
neblina, sua ação é de resfriamento e abafamento.

Jato sólido
Jato chuveiro
Neblina

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Varias formas da utilização da água com um esguicho regulável

Gás Carbônico (CO2)

Também conhecido como dióxido de carbono ou CO2, é um gás mais denso (mais pesado)
que o ar, sem cor, sem cheiro, não condutor de eletricidade e não venenoso, mas asfixiante,
logo retira significativamente o oxigénio do ambiente. Age principalmente por abafamento, e
secundariamente por ação de resfriamento.

Por não deixar resíduos nem ser corrosivo é um agente extintor apropriado para combater
incêndios em equipamentos elétricos e eletrônicos sensíveis (centrais telefônicas e
computadores). 18

Utilização de extintor de CO2

Pós Químicos Secos (PQS)

Os pós químicos secos são substâncias constituídas de bicarbonato de sódio, bicarbonato de


potássio ou cloreto de potássio, que, pulverizadas, formam uma nuvem de pó sobre o fogo,
extinguindo-o por quebra da reação em cadeia e por abafamento.

O extintor de PQS tipo BC é eficiente na extinção de incêndios em líquidos inflamáveis e


materiais energizados, porém é corrosivo e pode danificar equipamentos elétricos e eletrônicos.
Em incêndio de Classe A tem restrições quanto às brasas.

Os aparelhos extintores de Pó Químico Seco mais utilizados hoje em dia, são os chamados
AB e ABC, indicando com isso quais as classes de incêndio a que mais se adequam.

O pó deve receber um tratamento anti-higroscópico para não umedecer evitando assim a


solidificação no interior do extintor.

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Para o combate a incêndios de classe “D”, utilizamos pós à base de cloreto de sódio, cloreto
de bário ou grafite seco.

Espumas

A espuma pode ser química ou mecânica conforme seu processo de formação.

Química, se resultou da reação entre as soluções aquosas de sulfato de alumínio e 19


bicarbonato de sódio;
Mecânica, se a espuma foi produzida pelo batimento da água, LGE (líquido gerador
de espuma).

A rigor, a espuma é mais uma das formas de aplicação da água, pois se constitui de um
aglomerado de bolhas de ar ou gás (CO2) envoltas por película de água.

Mais leve que todos os líquidos inflamáveis, a espuma é utilizada para extinguir incêndios
por abafamento e, por conter água, possui uma ação secundária de resfriamento.

Utilização de espuma com extintor Utilização de espuma com linha de mangueira

MÓDULO III
EQUIPAMENTOS ESPECÍFICOS

APARELHOS EXTINTORES DE INCÊNDIO

São aparelhos de fácil manuseio, destinados a combater os incêndios na sua fase inicial, ou
seja, Princípios de Incêndio.
Para que se obtenha êxito no emprego dos extintores, é necessário que se tenha os
seguintes cuidados:
- Seja feita uma distribuição adequada dos extintores de incêndios, na área a ser
protegida;
- Devem ser colocados em locais visíveis, de fácil acesso e devidamente sinalizados;
- A manutenção periódica é imprescindível a um perfeito desempenho do equipamento.

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Os extintores portáteis deverão ser fixados de maneira que
nenhuma de sua parte fique acima de 1,60m do piso e quando junto ao
solo deverão estar apoiados em um suporte com a altura de 10 a 20
cm.

Os extintores podem ser identificados pela COR DO CÍRCULO


INTERNO:
- BRANCA (Extintor de Água ou Espuma);

- AMARELA (Extintor de CO2);

- AZUL (Extintor de PQS); 20

- VERDE (Extintor composto de químicos especiais); Placas de identificação de extintor

Os extintores deverão ser colocados em locais:


a) de fácil visualização;
b) de fácil acesso;
c) onde haja menos probabilidade de o fogo bloquear o seu acesso

Deverá ser pintada de vermelho uma larga área do piso embaixo do extintor, a qual não
poderá ser obstruída por forma nenhuma. Essa área deverá ser no mínimo de 1,00m x
1,00m (um metro x um metro).

Cada pavimento, ou risco isolado, será dotado, no mínimo, de duas (2) unidades extintoras.

Os riscos especiais devem ser protegidos independente das demais áreas da edificação e as
unidades localizadas na parte externa.

Para área de estacionamento prever sempre o pior risco.

Extintor de Água

A água e um agente extintor líquido, pesado e relativamente estável a


temperatura ambiente.

O gás propelente é o CO2, o N2 ou ar comprimido. Os extintores deste


tipo são destinados a extinguir pequenos focos da Classe A.

Não podem ser utilizados em equipamentos elétricos energizados.

Age por resfriamento.

Extintor de água
pressurizada
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Extintor de Gás Carbônico (CO2)

Contém gás carbônico em estado liquefeito, armazenado sob


pressão, que varia entre 50 a 60 kg/cm2.

O CO2 encontra-se no interior do extintor, a temperatura


ambiente (cerca de 18o C). Ao utilizar o extintor é normal se formar
uma “camada de gelo” no difusor do extintor, que pode originar
queimaduras ao utilizador.

O CO2 ao vaporizar-se, pode atingir temperaturas da ordem de 21


78o C negativos, o que implica cuidado no seu manuseamento,
sobretudo quando utilizado na presença de outras pessoas.

Extintor de Gás
Carbônico (CO2)

Extintor de Pó Químico Seco (PQS)

Os extintores de pó químico contem, como agente extintor, uma


substancia sólida de cristais secos, finamente divididos em partículas
de dimensões micrométricas e perfeitamente fluidas.
Usa o CO2 ou o N2 como agentes propulsores.
Existem diversos tipos de pó químico para carregar extintores,
sendo os seguintes os mais utilizados:
Pó BC (normal ou standard) – agente extintor composto a
base de bicarbonato de sódio ou potássio;
Pó ABC (polivalente) – agente extintor composto a base
de fosfato de monoamônia;
Pó D (especial) – agente extintor constituído por
substancias grafite e estearatos metálicos.
Extintor de Pó Químico
Consoante as letras pelas quais é denominado o extintor, assim é Seco (PQS)
adequado à classe e incêndio respectiva.

Extintor de espuma

O extintor de espuma física e aquele que projeta uma mistura


espumosa à base de água.

A espuma física se obtém pela mistura de três elementos: agua,


líquido gerador de espuma (LGE) e ar. A água e o LGE estão
contidos no recipiente, mas pode o LGE estar dentro de uma
embalagem de plástico, que se rompe no momento de injetar a
pressão, ou ser adicionado a água, no momento do carregamento
do extintor.

Os extintores de espuma física podem ser do tipo pressurizado


Extintor de espuma
ou de pressão injetada.
física

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Hipóteses que justificam a retirada do extintor do local

- Uso para instrução;

- Para extinção de incêndio;


22
- Para manutenção ou recarga.

Agentes Extintores Indicados

HIDRANTES

Um sistema de hidrantes é uma rede de tubulações estrategicamente distribuídas na fábrica


ou edifício contendo água pressurizada para um eventual combate ao incêndio.
Devem ser distribuídos de forma que protejam toda área planejada por meio de dois jatos
simultâneos, dentro de um raio de 40 metros. (30 m das mangueiras e 10 m do jato).
Sua finalidade é proporcionar aos ocupantes de uma edificação, um meio de combate para
os princípios de incêndio no qual os extintores manuais se tornam insuficientes.
As mangueiras devem permanecer desconectadas – conexão tipo engate rápido - ser
enroladas convenientemente e sofrer manutenção constante.
É proibido o uso das instalações e equipamentos de combate a incêndio para outro fim que
não seja para o combate ao fogo.

Hidrante de Coluna (tipo industrial)

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São os que emergem do solo, conectando-se diretamente às
mangueiras. Podem possuir uma, duas ou três conexões.

É instalado ao lado de uma edificação e é alimentado por rede


particular.

São instalados nas indústrias, clubes, estabelecimentos comerciais,


etc.

A altura do registro de manobra será no mínimo de 1m e no


máximo de 1,50 m do piso.
Hidrante de Coluna

23

Hidrante de Parede

São instalados na parede, embutidos ou encostados, com tubulação embutida e é


alimentado por rede de água de um reservatório particular.

Ficam a 01 (um) metro e a altura máxima de 1,50 metros do piso, dispostos em caixas de
hidrantes, onde também ficam as mangueiras, esguichos e chaves de mangueiras.

São instalados nas edificações acima de 750 m2 e/ou mais de dois pavimentos.

Tubulação de 63 mm (2,1/2”) e com 1,2 kgf/cm2.

Registro globo

Agulheta

Mangueiras

Hidrante de Parede
Hidrante subterrâneo

São ligados à rede hidráulica abaixo do nível do solo, com a expedição e registro colocados
em uma caixa de alvenaria e coberto com uma tampa de ferro.

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MANGUEIRAS, ESGUICHOS E ACESSÓRIOS HIDRÁULICOS

Mangueiras

São tubos flexíveis utilizados para conduzir a água sobre


pressão, da fonte de suprimento ao lugar onde deve ser lançada
e são normatizadas pela NBR 11.861/98.

Quanto á fibra: Mangueira de combate a incêndio 24


Fibras naturais
Fibras sintéticas
Mangueira em corte

Quanto ao diâmetro:
2 ½ “ ou 63 mm
1 ½ “ ou 38 mm

Mangueiras mais utilizadas

Masis

Quanto ao comprimento:
15 m (mais utilizado)
20 m
25 m
30 m

Mangueiras com 15 m são as indicadas


pelo CB do Ceará

Masis
Acondicionamento

Aduchada Espiral Zig-zag

EsguichosMasis Masis Masis

São destinados a dar forma, direção e alcance aos jatos d’água. Existem em vários tipos e
diâmetro, conforme o ato desejado e o diâmetro das mangueiras utilizadas.

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O esguicho agulheta é composto de um corpo cilindro-
cônico cuja extremidade maior é incorporada uma junta storz,
produzindo apenas jato sólido.

Normalmente é este tipo de esguicho agulheta que equipa


a maioria dos hidrantes de parede nos condomínios.
Esguicho agulheta

Masis
O esguicho regulável e débito constante passa de jato sólido
à neblina pelo giro do bocal, e intercalado neste giro.

São os esguichos utilizados pelo Corpo de Bombeiros do Estado 25


e também os mais usados nas empresas.

Esguicho regulável

Masis
Esguicho de vazão e jato regulável possui ainda registro
para abertura e fecho da saída da água.

São os esguichos pouco utilizados pelas empresas, mas


bastante eficientes no manuseio durante o combate ao
incêndio. Esguicho de vazão e jato
regulável

Acessórios

São utensílios para facilitar o acoplamento e desacoplamento de uniões, abertura e


fechamento de registro e versatilidade na tática de combate a incêndio.

Juntas de união Storz ou engate rápido


São peças que servem para unir os lances entre si e
desunião das mangueiras ao menor tempo possível, aliado
à segurança necessária.

Juntas de união

Tampão e reduções
Os tampões destinam-se a vedar as
expedições desprovidas de registro que estejam
em uso.
A redução é uma peça usada para
Tampão e reduções de 2 ½ “ para 1 ½ “ transformar uma linha em outra de menor
Derivante
diâmetro.
Destina-se a dividir uma linha de mangueira em outras de
igual diâmetro ou de diâmetro inferior.

Normalmente são usados derivantes com uma entrada de


2 ½ “ para duas saídas de 1 ½ “.
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Derivante

Chaves de mangueira
Destina-se a facilitar o acoplamento e desacoplamento das
mangueiras.

Chaves de mangueira

26
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Segundo o disposto na Norma Regulamentadora NR-06, considera-se Equipamento de


Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo
trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no
trabalho.
No trabalho específico de combate a incêndios, também os EPI´s adotados deverão ser
bem específicos também.
Em regra, podemos dizer que os EPI´s não anulam os acidentes, mas sim que minimizam
as consequências em caso do acidente ocorrer. Neste caso concreto os EPI´s protegem
substancialmente a segurança, a saúde e a integridade física do Brigadista.

Capacete
Destinado a proteger a cabeça, a face (inclusive os olhos) e a
nuca.

Se o capacete não dispuser viseira de proteção para os olhos,


deverão ser usados uns óculos complementares.
Capacete
Capa e calça de bombeiro
Vestuário (capa e calça) resistente à chama e ao
calor para proteger o corpo do brigadista.

OS materiais externos deste tipo de vestuário é


normalmente confeccionado em NomexTM,
Aramida , PBI , etc.
TM TM

Para que seja realmente eficaz, este equipa-


mento deve estar completo, ou seja, com os
respectivos forros, quando utilizado em operação de
Vestuário de proteção combate ou treinamento com fogo real.

Botas de bombeiro
Devem proteger os pés, articulações e perna.

Além da sua resistência às chamas e ao calor, o calçado de


proteção deverá ainda proteger contra ferimentos.

Seu solado deverá ser antiderrapante Uniseg


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Botas de bombeiro

Luvas de NomexTM, KevlarTM ou de raspa



Durante as operações de combate ou em
treinamento com fogo real, o brigadista deverá
estar protegido com luvas adequadas.

Em tarefas que não envolvam fogo ou


temperaturas elevadas o brigadista poderá utilizar
as luvas comuns de raspa.
Luvas de Kevlar e de raspa
27
Equipamentos de Proteção Respiratória

Os equipamentos de proteção respiratória têm como função proteger as vias respiratórias do


brigadista para que este possa trabalhar em segurança em todos os ambientes em que exista
uma atmosfera potencialmente perigosa, sejam por existência de fumaça com partículas, gases
tóxicos, vapores nefastos ou ainda em que possua uma taxa de oxigénio insuficiente.

Basicamente os três tipos de equipamentos de proteção respiratória a usar pelo brigadista


são:
Máscara de Filtro para determinados gases;
Máscara de Ar Mandado;
Máscara Autônoma.

Máscara de filtro Máscara de ar mandado

Máscara Autônoma
Equipamento com suprimento autônomo de ar respirável, que possibilita o ingresso em
local com fumaça, contaminantes químicos ou insuficiência de oxigênio.

Estes equipamentos são concebidos para que o utilizador respire, por demanda
(chamada), o ar proveniente de um cilindro de alta pressão, que passa através de um
redutor de pressão até chegar á peça facial (máscara propriamente dita). O ar expirado
passa através de uma válvula de expiração da peça facial para a atmosfera ambiente.

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Conjunto completo da Máscara Autônoma

OUTROS EQUIPAMENTOS

Lanterna 28
O tipo de lanterna a usar no serviço de combate a incêndios
deve ser anti-deflagrante.
Lanterna

Alavanca e machadão
Ferramentas para entrada forçada e arrombamento.

Alavanca e machadão

Equipamentos de comunicação
Dentre os equipamentos comuns de comunicação, o mais
utilizado é o rádio comunicador. De fácil operação, possuem
comunicação rápida e clara, com abrangência local ou
estendida.

Rádios HT

Equipamentos portáteis de detecção


Possuem uma vasta quantidade de agentes que consegue
detectar, dentre gases, concentrações de produtos químicos, e
combinações explosivas (explosímetros). Usados para leitura
direta, e levantamentos de riscos.

Detector multigases

Alarme de Incêndio
Pode ser composto por avisos manuais do tipo quebra-vidro e campainhas de alta potência,
colocados em pontos estratégicos. Disparam um sinal sonoro e luminoso para comunicar o
sinistro e reunir a brigada de incêndio o mais rápido possível.

Dotados de painel identificador, para localização rápida pela brigada, do local do incêndio ou
acidente. É também o primeiro ponto de encontro para a brigada quando dos sinistros, a partir
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da identificação do local através do painel, a brigada irá proceder com o atendimento de
emergência específico (pré-treinado) para cada tipo de sinistro.

Botoeira Alarme Visual Alarme Sonoro Painel de Identificação

Equipamentos fixos de detecção: 29


Dentre os mais conhecidos, temos: detectores de temperatura; fumaça; e gás.

Ao detectarem os agentes mencionados podem:

Acionar alarmes de incêndio, ou de abandono;


Acionar sistemas de combate a incêndios automáticos, como: SPRINKLERS; sistemas
fixos de CO2 ou PÓ QUÍMICO; e sistemas de neblina (MULSYFIRE);
Acionar cabines de comando

Detector de temperatura Detectores de fumaça

Detector de gás

AÇÕES E PROCEDIMENTOS BÁSICOS DE EMERGÊNCIA

Alerta

É a fase em que toma conhecimento do sinistro. Esta comunicação é efetuada através do


sinal de alarme da empresa, quer sendo ativado por botoeiras manuais ou pelos detectores de
calor ou fumaça, que por sua vez indicam na central qual o local da ocorrência. Pode ainda ser
feito por contato telefônico ou pessoalmente.

Análise da Situação

Após o alerta, a brigada deve analisar a situação, desde o início até o final do sinistro.
Havendo necessidade, acionar o Corpo de Bombeiros e apoio externo, e desencadear os
procedimentos necessários, que podem ser priorizados ou realizados simultaneamente, de
acordo com o número de brigadistas e os recursos disponíveis no local.

Primeiros Socorros

Prestar primeiros socorros às possíveis vítimas, mantendo ou restabelecendo suas funções


vitais com SBV (Suporte Básico da Vida) e RCP (Reanimação Cardiopulmonar) até que se
obtenha o socorro especializado. Proceder ao atendimento adequado ás vítimas de trauma ou

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de situações clínicas, de modo a estabiliza-las para que o Serviço Médico de Emergência possa
transportar à unidade de saúde mais indicada para cada paciente.

Corte de Energia

Cortar, quando possível ou necessário, a energia elétrica dos equipamentos, da área ou


geral.

Abandono de área

Proceder ao abandono da área parcial ou total, de forma segura, conforme orientação


estabelecida pelo coordenador ou líder dos brigadistas, removendo para local seguro, a uma
distância mínima de 100 m do local do sinistro, permanecendo até a definição final. 30
Confinamento do Sinistro
Evitar a propagação do sinistro e suas consequências.

Isolamento da Área

Isolar fisicamente a área sinistrada, de modo a garantir os trabalhos de emergência e evitar


que pessoas não autorizadas adentrem ao local.

Extinção

Eliminar o sinistro, restabelecendo a normalidade.

Levantamento de Causas

Levantar as possíveis causas do sinistro e suas consequências e emitir relatório para


discussão nas reuniões extraordinárias, com o objetivo de propor medidas corretivas para evitar
a repetição da ocorrência.

Chegada do Corpo de Bombeiros

Com a chegada do Corpo de Bombeiros Militar, a Brigada de Incêndio deverá ficar à


disposição para pronto-emprego.

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MÓDULO IV
ESTUDO DOS INCÊNDIOS

PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIOS – TIPOLOGIA

31

Tipologia dos Incêndios

Prevenção de Incêndios
"É um conjunto de medidas e/ou procedimentos que visam em primeiro lugar evitar o
surgimento de um incêndio, percebê-lo o mais rápido possível, facilitando as ações
emergenciais de retardo, contenção e extinção, bem como de abandono da edificação e das
ações pré-hospitalares".

A prevenção de incêndio, portanto, pode se vista como um conjunto de providências, desde


as mais simples, como conservação, limpeza, até as mais complexas, como instalações de
combate a incêndio, sistemas automáticos de detecção, ou ainda sistemas inibidores de
explosões.

O fim fundamental da prevenção é evitar as causas de incêndio e atacá-las de início, pondo


em ação todos os meios existentes.

TIPOS DE PREVENÇÃO

Construtural
É aquela que trata da aplicação da legislação e das medidas preventivas de incêndio,
relacionadas com a construção de edifícios, e o planejamento dos meios fixos de prevenção a
serem instalados, conforme a área e ocupação. Tem a finalidade de evitar o risco de incêndio,
combatê-lo na sua fase inicial e retardar sua ação até a chegada dos bombeiros.

Aplicação da legislação e medidas preventivas conforme a área, a altura e


ocupação.
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Tem, ainda, o objetivo de dotar as edificações de saídas de emergência, estabelecendo rotas
de fuga para o público em caso de ocorrência de sinistro, bem como normas de conduta e
procedimentos de emergência a adotar.

Exemplo:

Sistemas de proteção contra descargas atmosféricas;


Portas corta-fogo;
Saídas de emergência;
Rotas de fuga;
Fumódromos;
Planejamento dos meios fixos de prevenção;
Escadas protegidas, etc.
32
Operacional
Também denominada prevenção ocupacional, o seu objetivo é tratar da aplicação da
legislação, normas e instruções relacionadas ao armazenamento de materiais, métodos e
processos de utilização de equipamentos, conhecimentos de prevenção de incêndios, bem como
da disposição temporária de equipamento e elementos humanos no local ou evento, visando
prevenir a ocorrência de incêndios.

Exemplo:

Brigada de incêndio;
Campanhas educativas;
Cursos e reuniões da brigada;
Manutenção preventiva, etc.

Observação:

A prevenção contra incêndio deve ser vista como um processo ininterrupto e, por
isso, necessita ser mantida em constante modernização.

Para tanto, os órgãos a quem compete desenvolvê-la, devem promover estudos


estatísticos, levantamentos de dados, análises de sistemas/equipamentos com
vista à atualização dos processos e normas.

Prevenção Contra Incêndios – Especificidades


Sistema de prevenção compreende um conjunto de instalações destinadas à proteção contra
incêndio numa determinada área que, quando acionado, funciona com autossuficiência.

Projetados por profissionais competentes, tais sistemas ou meios de prevenção devem variar
de acordo com a área a proteger o risco de ocupação.

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Meios de Combate ao Incêndio

Aparelhos Extintores de Incêndio

Podem ser portáteis ou sobre rodas, com diversos


tipos de agentes extintores. Para cada tipo (classe) de
incêndio, há um tipo de extintor.

Diversos extintores 33

Sistema de hidrantes

É uma instalação fixa que depende da presença do homem para a utilização final da água no
combate ao fogo. Possuem reservatório e canalização de água independente do sistema
hidráulico básico da edificação.

Podem ter uma ou duas saídas (tomada d’ água).

Os hidrantes mais comuns que se utilizam nas


empresas se classificam como:

Hidrante de coluna;
Hidrante de parede.
Hidrante de coluna
Hidrante de parede

Mangueiras

As mangueiras normalmente usadas para combate a incêndios são de


38mm (1 ½”), existindo também as de 63 mm (2 ½”).
Ambas com conexão STORZ, para facilitar e agilizar o engate.

Mangueira de 1 ½”

Abrigos

Compartimento de aço, alvenaria ou fibra de vidro, pintado


na cor vermelha, destinado para guardar e proteger mangueiras,
esguicho e respectiva chave de mangueiras.

Abrigo de parede

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Esguichos

São aparelhos montados na extremidade livre da


mangueira, destinados a dar orientação e forma ao
jato.

Podem ser de jatos sólidos e reguláveis


Esguicho regulável e tipo agulheta

Hidrante de recalque

Consiste no prolongamento da rede de canalização


34
até a entrada da edificação, onde são montados
dispositivos de recalque, para receber água de fonte
externa através de viaturas do Corpo de Bombeiros.
No hidrante de tampa amarela serve ao Sistema de
Chuveiros Automáticos (Sprinklers), já no de tampa
vermelha serve aos sistema de hidrantes de parede.
Hidrantes de recalque

Sistema de Chuveiros Automáticos para Extinção de Incêndios (Sprinklers)

Consiste na distribuição de canalizações de 3, 4, 6 8 ou 10 polegadas, ligados a uma central,


da qual saem ramificações de tubos, cujos diâmetros vão diminuindo à medida que se afastam
da linha principal.
Nessas ramificações são instalados os bicos de vazão da água, cuja quantidade varia de
acordo com o risco da edificação.

O sprinkler é um dispositivo destinado a projetar água em forma de chuva, dotado de


elemento sensível à elevação de temperatura.

Esta elevação, quando alcança a temperatura de


operação, provoca a abertura do orifício de descarga.

Quanto ao elemento sensível o sprinkler pode ser:


Tipo fusível ou químico;
Tipo ampola de vidro.

Sprinklers de fusível e ampola

Laranja Vermelho Amarelo Verde Azul Lilás Preto


o o o o o o o
57 C 68 C 79 C 93 C 141 C 182 C 204 C
Nomenclatura de cores e temperaturas dos bulbos dos sprinklers
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Instalação Fixa com Gases Inertes

Azoto - N2

O azoto N2 atua por abafamento e a sua utilização


principal é na inertização de atmosferas, isto é, na prevenção
da combustão.

Dióxido de Carbono - CO2

O Dióxido de Carbono CO2 é um gás mais denso que o ar,


incolor, inodoro, não condutor de eletricidade e não venoso,
porém é asfixiante. 35
Consiste em vários cilindros de N2 ou de CO2, ligados a
uma tubulação que irá atender a uma área (sala, setor, etc.),
dotados de sensores que automatizam o seu funcionamento.
Muito usados para proteção de instalações elétricas e
eletrônicas.
Sistema fixo de CO2

Sistema Fixo Automático de Neblina (Spray ou Mulsyfire)

O princípio fundamental desse sistema é o de induzir uma mudança física a fim de


transformar o líquido inflamável em outro que não fomente a combustão.

Basicamente, todos os componentes dos sistemas fixos de neblina são os dos sistemas dos
chuveiros automáticos. Entretanto, a principal diferença está nos bicos especiais, com jatos de
neblina (spray).

São normalmente usados em fábricas de produtos químicos, na petroquímica e em refinarias


em geral. Nas indústrias são utilizados para proteção de áreas específicas como, por exemplo, a
proteção de transformadores e outros riscos especiais como hangares, armazenagem de
líquidos inflamáveis, óleos combustíveis, lubrificantes etc.

Sistema Spray em transformadores Sistema Mulsyfire em subestação

Meios Complementares de Prevenção


Tratamento retardante contra chamas

A vida prática obriga ao emprego de grandes números de materiais combustíveis, não


apenas nas construções propriamente ditas, mas em especial, na ocupação dos prédios.

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O tratamento contra a combustibilidade pode ser feito através da impregnação ou da pintura
dos materiais, com produtos químicos e tintas especiais que retardam a ação do fogo.

Sistema de iluminação de emergência

São os dispositivos destinados a


iluminar as saídas, escadas e
passagens, automaticamente, quando
faltar energia elétrica de rede pública,
permitindo o normal escoamento das
Sistema de iluminação de área pessoas. Iluminação de saída de
com acumulador emergência com bateria 36

Dutos de ventilação

Os dutos são espaços no interior dos edifícios que permitem a saída de gases e fumos para
o ar livre, acima do prédio. Evitando asfixia, e transmissão do incêndio através da convecção.

Sistema de sinalização e aviso

São dispositivos destinados a indicar as


saídas, escadas, passagens e rotas de
fuga, em caso de emergência e localização
de equipamentos de combate a incêndio.

Sinalização de segurança é aquela que


fornece uma mensagem, obtida por uma
combinação de cor e forma geométrica, à
qual é atribuída uma mensagem específica

Sinalização de segurança de segurança pela adição de um símbolo


gráfico executado com cor de contraste.

Sistema de alarme

Compreendem sistemas automáticos e manuais de


alarme, sistemas de instalações fixas de combate a
incêndio, supervisão de instalações e equipamentos de
sistemas de extinção.

Em princípio o sistema de alarme deve ser utilizado


para:

- Abandono do local
- Alerta aos brigadistas
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Meios que Retardam a Propagação do Fogo

Parede corta-fogo

Definida como uma parede construída para evitar a


propagação do fogo.

Para que cumpra esta função, precisa ter uma


suficiente resistência ao fogo, de maneira a constituir-
se numa barreira à propagação.

Geralmente usadas em escadas protegidas ou


enclausuradas. Parede corta-fogo 37

Porta corta-fogo

São utilizadas para separação de risco de incêndio de duas áreas contíguas e em saídas de
emergência à prova de fogo.

Possuem quatro classes:

Classe P-30 (resistência mínima de 30 min.)

Classe P-60 (resistência mínima de 60 min.)

Classe P-90 (resistência mínima de 90 min.)


Portas corta-fogo
Classe P-120 (resistência mínima de 120
min.)

Vidros entelaçados

Também chamados vidros aramados, tais vidros possuem


uma tela de arame de ferro entre suas faces, o que aumenta sua
resistência ao calor.
A tela tem a função de distribuir, rápida e uniformemente, o
calor recebido numa das faces, evitando a formação de tensões
e, ao mesmo tempo, mantém estável o vidro por mais tempo.

Suporta temperaturas de até 1000º C, enquanto os vidros


Janela com vidro entelaçado comuns rompem bruscamente à temperatura de 200º C.

Compartimentação e afastamento

Para efeito de prevenção contra incêndios, consideram-se compartimentação os diversos


setores separados entre si por elementos divisórios, capazes de atuar como barreira à
propagação do incêndio.

Meios de Desocupação ou Saídas de Emergência


Escadas

a) Escada comum – Não enclausurada por paredes e portas corta-fogo. Usada em


edifícios até 12 metros.
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b) Escada protegida ou enclausurada – É devidamente ventilada, situada em
ambiente envolvido por paredes corta-fogo e dotadas de portas corta-fogo. Usada em
edifícios de 12 a 30 metros (paredes CF 2h e portas P-90).
c) Escada a prova de fumaça – Idem a escada protegida, com um acréscimo de
antecâmara, de modo a evitar o fogo e a fumaça em caso de incêndio. Usada em
edifícios com mais de 30 metros (paredes CF 2h e portas P-60).
d) Escada a prova de fumaça – É a prova de fumaça, cuja condição de estanqueidade à
fumaça é obtida por intermédio de pressurização.
e) Escada aberta externa – É uma escada de emergência precedida de porta corta-fogo
no seu acesso, cuja proteção esteja fora do principal da edificação.

38

Escada comum Escada enclausurada Escada aberta externa

Elevador de segurança

Para o caso de edifícios altos, com mais de 20 pavimentos, além da escada, é necessária
a disposição de elevadores de emergência, alimentados por circuito próprio e concebido de
forma a não sofrer interrupção do funcionamento durante o incêndio.
Devem ser construídos em local protegido em caixa enclausurada com paredes CF 4 horas, e
apresentar possibilidade de serem operados pela brigada e pelos bombeiros.

Heliponto

Área utilizada para pousos e decolagens de helicópteros.


Quando construídos em edifícios, devem ter o nível mais alto
do que qualquer parte do edifício.
Em instalações fabris o Heliponto pode estar ao nível do
solo.
OBS. Heliponto é apenas o local onde é possível os
helicópteros efetuarem pousos e decolagens, já o Heliporto
dispõe de outras estruturas logísticas como apoio à navegação
e abastecimento de combustível, etc.
Heliponto em edifício

Passarela e ponte de ligação

Estruturas que interligam dois edifícios altos, visando


facilitar o escape de pessoas nos casos de emergência.
Devem ser protegidas e construídas em material
incombustível e possuírem portas corta-fogo em ambos os
lados.

Passarela de ligação
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Saídas de emergência

Locais de acesso fácil e devidamente sinalizados,


preferencialmente rotas de saída horizontais, calculadas em função da
população habitual no edifício, o número de saídas e a capacidade de
passagem.

Saída de emergência

Reservatórios de água 39
Os reservatórios exclusivos ou com reserva exclusiva para a proteção contra fogo, podem
ser elevados, ao nível do solo ou subterrâneo. São construídos de alvenaria, concreto armado
ou metálicos, com capacidade adequada para atender ao risco, segundo a norma adotada.

Reservatório em edifício Reservatório em indústria

Casa das bombas

Construídas junto aos reservatórios, destinadas a abrigar as bombas de recalque, as bombas


devem ter acoplamento direto ao motor, sem sistema de fricção, correias ou correntes. A fiação
da bomba elétrica deve ser independente, de forma que permita o corte geral de energia das
instalações do risco protegido, sem interromper o funcionamento do conjunto motor-bomba.
As bombas devem ser instaladas de preferência afogadas, quando instaladas com sucção
negativa. Serão comandadas por painéis elétricos e eletrônicos que funcionam ativados por
pressostatos pela queda de pressão da rede.
Nas instalações industriais, a pressão da rede necessária à automatização deve ser mantida
por uma bomba auxiliar de pressurização, denominada bomba JOCKEY ou regenerativa.

Sistema de bombagem do serviço de incêndios

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MÓDULO V
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR

ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH)

O APH é o Serviço de Emergência para atender ainda no local do


acidente, os pacientes e vítimas de trauma, ou emergências clínicas,
garantindo a segurança do local, avaliando o estado do paciente,
estabilizando os sinais vitais, imobilizando e transportando para a unidade
hospitalar mais adequada.

Podemos entender ainda por Atendimento Pré-Hospitalar como sendo 40


os procedimentos efetuados a uma pessoa lesionada, com intuito de
evitar ou minimizar o agravamento da sua situação. Estrela da Vida (Símbolo
Internacional da Emergência
Pré-Hospitalar)
Avaliação Inicial

C - Circulação (Circulation)

Ac - Via aérea e controlo da coluna cervical (Airway and cervical)

B - Boa Respiração (Breathing)

D - Déficit Neurológico (Disability)

E - Exposição (Expose)

O Socorrista deverá manter a sequência descrita sem avançar para a etapa seguinte sem
“resolver” a anterior. Deste modo podemos garantir que se “Socorrer primeiro o que mata
primeiro”.

Avaliação Inicial do Local e da Vítima(s)

Tão logo chegue ao local do acidente, deve-se fazer uma observação geral da área quanto à
existência de situações de perigo que possam pôr em risco a integridade física e a
segurança do socorrista, da equipe e da vítima.

Perigos como:

Veículos em trânsito;
Incêndio;
Substâncias perigosas;
Armas;
Objetos que possam cair;
Queda em altura;
Animais perigosos;
Etc. Garantir a segurança
O socorrista deverá ainda avaliar a cena onde ocorreu o
acidente, tentando avaliar:
Mecanismos de Trauma (forças, danos, posição)
Coletar informações
Modificações de Cena
Número de Vítimas Uniseg
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Biossegurança

Sempre ao atender uma vítima o socorrista deve observar o uso de Equipamento de


Proteção Individual – EPI (luvas cirúrgicas, máscara facial, óculos de proteção, bolsa-válvula-
máscara, etc.), com intuito de evitar uma possível contaminação por fluídos corpóreos.

Diversos Equipamentos de Proteção Individual 41

Abordagem

A primeira é a Avaliação Primária que consiste numa análise de todas as condições


clínicas e traumáticas que impliquem em risco iminente de morte.
A segunda é a Avaliação Secundária onde consiste em examinar os seguimentos do corpo
em busca de lesões que passaram despercebidas no primeiro momento,
Na Avaliação Primária proporciona ao socorrista identificar se a vítima é crítica ou não crítica,
ou seja, emergência ou urgência.

REANIMAÇÃO (RESSUSCITAÇÃO) CARDIOPULMUNAR (RCP)

Atendendo ao elevado número de mortes ocorridas torna-se fundamental o treino de leigos


(não profissionais de saúde) em REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP), ou também
chamado de Suporte Básico de Vida (SBV) e se for possível com auxílio da Desfibrilação
Automática Externa (DAE), manobras fundamentais para que se possa socorrer uma
situação de parada cardiopulmonar.
As manobras de RCP tem como objetivo manter as funções vitais (circulação e ventilação)
artificialmente para que essa vítima se mantenha em condições de ser reanimada e se possível
com reestabelecimento das condições de saúde idênticas as anteriores do evento ocorrer.
A execução das manobras de Suporte Básico de Vida tem uma taxa de sucesso de 49% na
parada cardiopulmonar presenciada, o que contribui de uma forma significativa para a redução
do número de óbitos. No entanto, o sucesso da execução das manobras de Suporte Básico de
Vida está condicionado pelo fator tempo, ou seja, quanto mais rapidamente se iniciar a
reanimação cardiopulmonar maior a probabilidade de sucesso.
Numa situação de parada cardiopulmonar cada
minuto perdido corresponde, em média, à perda
de entre 7% a 10% da probabilidade de
sobrevivência. Ou seja, em média, ao fim de 12
minutos a taxa de sobrevivência é de
aproximadamente 2,5%. Por este motivo, a
identificação da parada cardiopulmonar e o início
dos procedimentos de emergência adequados para
a situação tornam-se fundamentais para minimizar
a perda de vidas humanas.
Em RCP Tempo é Vida
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Cadeia da Sobrevivência

A forma mais eficaz de se obter sucesso numa situação de parada cardiopulmonar é a


aplicação do conceito de «Cadeia de Sobrevivência», relembrando que, como qualquer
corrente, a sua resistência é a do elo mais fraco. Por este motivo, todos os elos que a
constituem têm uma importância crucial no salvamento de vidas.

42
Cadeia da Sobrevivência da AHA

Em cerca de 56 a 74% das situações de Parada Cardiopulmonar no pré-hospitalar ocorrem


em Fibrilação Ventricular, daí a forte necessidade da implementação dos Desfibriladores
Automáticos Externos no Pré-Hospitalar.
Responsividade

Antes de executar qualquer manobra ou abordagem na vítima, o socorrista precisa estar de


joelhos ao chão.

Para testar a responsividade o socorrista deve tocar


nos ombros da vítima com o vigor necessário e chamar
por ela, a fim de despertá-la.
É um momento crucial para verificar o nível de
consciência através do seguinte método de resposta:

A - Alerta

V - Verbal

D - Dolorosa

I - Inconsciente Fg. 78 – Responsividade

Se a vítima não responde a qualquer estímulo é sinal que está INCONSCIENTE!

Grite por ajuda

Avalie se a vítima respira

Olhe para o tórax e para a vítima como um todo para saber se


respira pelo menos por 10 segundos.
Se respirar e estiver inconsciente coloque-a em Posição de
Recobro ou em Posição Lateral de Segurança.

Avaliar se a vítima respira

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Se o socorrista estiver sozinho, deixa a vítima e vai pedir apoio dos Serviços de APH (192 ou
193).
Se estiver com outro socorrista ou alguém que, entretanto tenha chegado, peça para
solicitar o apoio dos Serviços de APH.

Quando o socorrista está sozinho e caso se trate de uma situação de afogamento,


trauma, overdose por drogas ou uma criança de qualquer idade – Faça RCP por 5
ciclos antes de ir pedir ajuda.

Compressões Torácicas

Constatando que a vítima não respira o socorrista 43


deve iniciar de imediato 30 Compressões Torácicas que
são essenciais para promover o fluxo sanguíneo para
profundir os tecidos adequadamente.

Comprimir no centro do
tórax da vítima;
Frequência de no mínimo
100 compressões por minuto;
Profundidade de 5 cm por
compressão;
Deixar o tórax retornar á
Compressões torácicas Posição das mãos no tórax da posição original passivamente;
vítima Se possível substituir a
cada 2 minutos.
Ou seja, Comprima Forte e Rápido.
Para que sejam eficazes as Compressões Torácicas é fundamental que a vítima esteja em
decúbito dorsal em um plano duro e horizontal, como por exemplo, no próprio chão, prancha
longa ou uma tábua para apoiar o dorso.

Ventilações

Logo após a primeira série de compressões torácicas, a via aérea é aberta e o socorrista
aplica duas (2) ventilações.
As ventilações só serão eficazes se a aberta
da via aérea for corretamente executada;
O socorrista deverá usar uma barreira
protetora como um lenço facial com válvula
atirrefluxo, máscara de bolso ou bolsa-
máscara-válvula; Abertura da Via Aérea
Cada ventilação não deverá exceder a
duração de 1 segundo;
Ventilações
Para que as ventilações sejam eficazes o socorrista deverá
observar a expansão do tórax da vítima.

Manter 30 Compressões alternando com 2 Ventilações

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Desfibrilador Automático Externo
O Desfibrilador Automático Externo (DAE) é um dispositivo
computorizado que é conectado por elétrodos adesivos a uma vítima
SEM SINAIS DE VIDA. A maioria dos DAE opera da mesma maneira e
tem componentes similares. Este dispositivo dispõe de um software que
só recomenda a aplicação do choque se o ritmo cardíaco da vítima for
passível de tratamento por choque. O DAE fornece mensagens sonoras e
visuais para orientar as ações do socorrista.

Só terá indicação para administração de CHOQUE se a vítima estiver com o ritmo


cardíaco indicado para isso, ou seja, em Fibrilação ou Taquicardia Ventricular.
44

Quando Suspender as manobras de RCP


Só deverão ser suspensas as manobras de RCP quando houver a necessidade de
movimentar ou deslocar a vítima do local. Nesse caso o tempo de suspensão será sempre o
menor possível nunca excedendo os 30 segundos, e de forma que a equipa preveja
antecipadamente para onde a vítima será removida e se há necessidade de fazer paragens
durante o trajeto. Se tiverem que ocorrer paragens durante o trajeto, a equipa deverá fazer
cinco (5) ciclos de RCP para depois continuar a movimentação da vítima.

Quando PARAR as manobras de RCP


Vale realçar que o socorrista NÃO PODE AFIRMAR A MORTE DA VÍTIMA, a não ser em
casos manifestamente em que a situação não seja de todo compatível com a vida como, por
exemplo, a decapitação ou a avulsão completa da caixa torácica.
Em todas as outras situações as manobras de RCP só podem ser paradas quando:
Quando a vítima retorna;
Mediante ordem médica;
Permuta por outro socorrista capacitado;
Exaustão física total do socorrista.

Obstrução da Via Aérea


A obstrução da via aérea mais frequente é a que ocorre por
corpo estranho (OVACE), em que, no caso da vítima se
encontrar consciente, vai adoptar um comportamento que pode
ir desde o tossir vigorosamente, quando a obstrução é parcial,
até ao levantar-se subitamente agarrado ao pescoço sem emitir
qualquer som, indicador de que a obstrução é total.

Caso a obstrução seja parcial, ou seja, a vítima tosse, chora


e fala o socorrista não deve interferir e deve encorajar o
Obstrução da Via Aérea
doente a tossir.
Caso a vítima não chore, não fale, nem emita qualquer som, o socorrista
deve aplicar os seguintes procedimentos conhecidos por MANOBRA de
HEIMLICH:

Ficar por trás da vítima e circundar o abdome da vítima com os braços;


Fechar o punho de uma mão;
Posicionar o punho acima da cicatriz umbilical, com o polegar voltado
contra o abdome da vítima;
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Sobrepor a 2ª mão por cima;
Aplicar uma compressão rápida para dentro e para cima;
Repetir as compressões até que o objeto seja expelido da VA;
Aplicar cada nova compressão (até 5) como um movimento separado e distinto.

No caso de vítimas obesas ou gestantes as compressões serão efetuadas no centro do


peito, no mesmo local onde são feitas as compressões torácicas nas situações de PCR

HEMORRAGIAS

Uma hemorragia é, por definição, a saída de sangue para fora do sistema circulatório, 45
devido à ruptura de um, ou mais vasos sanguíneos. A hemorragia é uma das causas
predominantes de morte pós-trauma devido à hipotensão originada pela hipovolemia (choque
hipovolêmico) e carece de rápido atendimento em ambiente pré-hospitalar.

Classificação das hemorragias

Externa

Interna (visível ou invisível)

Sinais e Sintomas

Saída de sangue evidente por feridas Hipotermia;


e/ou feridas naturais; Mal estar geral
Cinemática do acidente; Náuseas e vômitos
Saída evidente de sangue; Sede;
Taquipneia, difícil e superficial; Zumbido nos ouvidos;
Taquicardia e pulso fino; Visão nublada;
Hipotensão (em hemorragias graves) Ansiedade e agitação;
Pele pálida e suada; Alterações da consciência e
inconsciência.

Atuação
As técnicas de Contenção de Hemorragias são:

1 Compressão direta

2 Compressão indireta

3 Curativo compressivo

4 Elevação do membro

5 Torniquete

Técnicas de Contenção das Hemorragias

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Após fazer a aplicação de gazes e estas se encherem de sangue, jamais as primeiras gazes
deverão ser retiradas e sim colocar sempre outras por cima desta. O motivo é que o sangue
começa a fazer a coagulação nestas primeiras gazes, se a for retirar esse início de coagulação
fica perdido.
Fazer aplicações frias no local da hemorragia, principalmente quando se tratam de
hemorragias internas, ajuda a diminuir o sangramento e a efetuar a hemóstase devido à vaso
constrição provocada.

QUEIMADURAS

As queimaduras são lesões na pele, provocadas pelo calor ou pelo frio, por eletricidade, por 46
contato com certos produtos químicos, por radiações, ou até por fricção. Podem, em alguns
casos, ser profundas, atingindo músculos ou mesmo estruturas ósseas.

Os aspectos principais a ter em conta na avaliação de uma queimadura são:

Causa
Extensão
Profundidade
Localização

A Profundidade se avalia em graus: 1º, 2º e 3º grau conforme a profundidade dos tecidos


atingidos.

1º Grau
Ruborizada
Dolorosa
Seca
Queimaduras de 1º Grau
Hipertérmica

2º Grau
Flictenas (bolhas)
Dolorosa

Queimaduras de 2º Grau

3º Grau
Coloração negra, marron ou
esbranquiçada
Por vezes sem dor no centro
da queimadura
Queimaduras de 3º Grau

Atuação

Resfriar rapidamente a área da queimadura com soro fisiológico;


Colocar a área queimada sob água corrente fria;
Imergir o local queimado numa banheira ou pia cheia de água fria
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(não use gelo);
Quando não for possível o uso de uma banheira ou pia aplicar compressas frias e
úmidas, usando toalhas ou roupas limpas;
Continuar por cinco minutos até a dor desaparecer. Depois com delicadeza, com um
pano limpo ou esterilizado faça um curativo frouxo com uma gaze
esterilizada ou um pano limpo e seco; Lavar a queimadura com
Nas queimaduras com bolhas NUNCA fure ou rebente; soro fisiológico
Retirar apenas as roupas que não estejam “coladas”;
Tentar retirar as joias apertadas, se surgir inchaço.

FRATURAS, LUXAÇÕES E ENTORSES 47

A fratura é toda e qualquer alteração da continuidade de um osso.


A luxação é a saída da extremidade de um osso de sua cavidade articular, ou seja,
desconjuntamento de uma articulação. Nestas lesões ocorre perda da forma original do local
lesionado.
A entorse é um traumatismo numa articulação distendida ao extremo, forçando os
ligamentos, resultando ou não em ruptura de ligamentos.
A abordagem pré-hospitalar das fraturas, luxações e entorses consiste na imobilização
adequada, a melhor ferramenta para ajudar a controlar a hemorragia e a dor.
As fraturas podem classificar-se em:
Expostas: aquelas em que o foco de fratura comunica diretamente com o exterior;
Complicadas: fraturas em que existem lesões em estruturas vizinhas, associadas como
queimadura, objetos empalados, etc;
Fechadas: aquelas em que não ocorre rompimento da pele.

Fratura exposta Fratura complicada Fratura fechada

Sinais e Sintomas

Dor intensa no local e edema (inchaço);


Equimoses ou hematomas no local da fratura mais frequentes nos traumatismos
diretos;
Deformidade, ou seja, o membro ou local afetado fica em posição disforme
(braço, perna, etc.), anatomicamente mal posicionado.
Impotência funcional ou dificuldade para movimentar o membro;
Exposição dos topos ósseos, no caso da fratura exposta, não deixa dúvidas em
relação à existência da mesma.

Atuação

Uma fratura ou suspeita de fratura deve ser sempre imobilizada;


Nas fraturas dos ossos longos deve-se imobilizar sempre a articulação acima e
abaixo da fratura; Uniseg
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Não tentar corrigir as deformações, mas sim imobilizar e transportar;
Controlar hemorragias, lavar e tapar com gazes feridas.

Imobilização do ombro Imobilização do antebraço


Imobilização do membro inferior
48

REMOÇÃO DE VÍTIMAS

Muitas lesões resultantes de acidentes são agravadas, ou até mesmo causadas por
transporte ou movimentação inadequada do paciente, no transporte do local do acidente ao
hospital.

A situação ideal é que toda e qualquer vítima possa ser


estabilizada, imobilizada e transportada nas melhores
condições possíveis.

Resgate de vítima de acidente de trabalho


Vítima corretamente imobilizada
Antes de iniciar a remoção, faça o exame primário
e estabilize a vítima;
Mantenha os sinais vitais;
Controle as hemorragias;
Imobilize os locais suspeitos de fratura;
Controle o choque;
Se houver mais de uma vítima, solicite apoio;
Prepare a viatura (e hospital) para receber o(s) ferido(s);
Em caso de dúvidas sobre a gravidade dos ferimentos, é preferível errar por excesso
de cuidados;
Se tiver de puxar a vítima, faça-o pelos ombros ou pés, nunca lateralmente e
sempre protegendo a cabeça e a coluna vertebral;
Existem vários modos de transportar feridos em caso de emergência, todavia o mais
seguro é o transporte em maca ou em superfície plana e rígida;
Transporte em macas;

Existem, porém situações em que não se permite dispor do tempo necessário para se
proceder à devida estabilização e imobilização devido ao risco eminente da ocorrência se
agravar como, por exemplo, o perigo de explosão, desabamento, incêndio, etc.

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Vejamos algumas situações de remoção de vítimas se lesões:

Nas situações em que a vítima está consciente, muitas vezes


necessita apenas de ser apoiada e/ou orientada.

Com a vítima consciente ou até mesmo


prostrada, dois socorristas podem fazer com
seus braços uma cadeirinha improvisada.

49

Com a vítima consciente ou até mesmo


prostrada, pode se utilizar uma cadeira
para remover a vítima.

Conhecido por Transporte à Bombeiro o socorrista


carrega a vítima ao ombro mesmo no caso desta se
encontrar inconsciente.

Em caso de vítimas crianças ou de pouco


estatura ou baixo peso ou transporte pode ser
efetuado anos braços do socorrista

Em ambos os casos a vítima coloca o seus braços por


cima do socorrista e se apoia nele e ao mesmo tempo
em que este segura firme pelos membros superiores
ou também pelos membros inferiores.

Dois socorristas transportam a vítima em que um segura os


braços e o troco da mesma passando por baixo das axilas e o
outro, de costas para o primeiro, segura pelos membros
inferiores.

Com auxilio de um cobertor ou manta, o


socorrista consegue arrastar uma vítima que
se encontre inconsciente ou impossibilitada de
se locomover pelos seus próprios meios.

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