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SOCIEDADE CULTURAL E EDUCACIONAL DE GARÇA

FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR E FORMAÇÃO-FAEF

BACHARELADO EM ENFERMAGEM

POLYANA HELY DIAS

O USO DO MÉTODO CANGURU COMO AUXÍLIO NA QUALIDADE DE VIDA DOS


RECÉM-NASCIDOS INTERNADOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
NEONATAL

Garça – SP
2022
SOCIEDADE CULTURAL E EDUCACIONAL DE GARÇA
FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR E FORMAÇÃO-FAEF

BACHARELADO EM ENFERMAGEM

POLYANA HELY DIAS

O USO DO MÉTODO CANGURU COMO AUXÍLIO NA QUALIDADE DE VIDA DOS


RECÉM-NASCIDOS INTERNADOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
NEONATAL

Garça – SP
2022
SOCIEDADE CULTURAL E EDUCACIONAL DE GARÇA
FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR E FORMAÇÃO-FAEF

POLYANA HELY DIAS

O USO DO MÉTODO CANGURU COMO AUXÍLIO NA QUALIDADE DE VIDA DOS


RECÉM-NASCIDOS INTERNADOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
NEONATAL

Orientador: Prof. Esp. Priscila Bocchile de Lima Vieira

Trabalho apresentado à Faculdade


de Ensino Superior e Formação
Integral – FAEF, mantido pela
Sociedade Cultural e Educacional de
Garça, como parte das obrigações
para a obtenção do título de Bacharel
em Enfermagem.

Garça – SP
2022
POLYANA HELY DIAS

O USO DO MÉTODO CANGURU COMO AUXÍLIO NA


QUALIDADE DE VIDA DOS RECÉM-NASCIDOS
INTERNADOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
NEONATAL

Monografia apresentada à Faculdade de Ensino Superior e Formação Integral –


FAEF, mantido pela Sociedade Cultural e Educacional de Garça, como parte das
obrigações para a obtenção do título de Bacharel em Enfermagem.

BANCA EXAMINADORA:

_____________________________________________
Orientador: Prof. Esp. Priscila Bocchile de Lima Vieira

_____________________________________________
Examinador 1: Titulação e nome completo

_____________________________________________
Examinador 2: Titulação e nome completo

Garça, _____ de _________ de 2022.


DEDICATÓRIA

Aos meus pais Marcia Hely Moreno Dias e Sergio Reynaldo Dias, com todo
amor e gratidão de filha, que a todo momento permaneceram ao meu lado acreditando
no meu potencial e que sempre me apoiaram diante das dificuldades enfrentadas
guiando meus caminhos, tornando esse sonho possível, nunca me deixando desistir
dos meus objetivos e transmitindo todos os valores que norteiam minha vida.
As minhas irmãs Patrícia Moreno Dias e Priscila Hely Dias fontes de inspiração,
alegria e felicidade da minha vida com amor, carinho, companheirismo e amizade.
As minhas avós Sebastiana Maria de Jesus Moreno e Doraci Dias e aos meus
avôs José Adêncio Moreno e In Memoriam Antônio Dias, pelas lições que marcaram
minha vida.
AGRADECIMENTOS

À minha orientadora Prof.ª Priscila Bocchile de Lima Vieira juntamente com a


Prof.ª Fabiana Veronez Martelato Gimenez, fonte de conhecimento, pela admiração
aos seus ensinamentos e inspiração pelo seu brilhantismo profissional, inteligência e
dedicação. As duas sendo, entre tantos as melhores docentes do curso de
Enfermagem da FAEF que contribuiu de forma significativa para o meu aprendizado
e desenvolvimento do trabalho.
Aos demais docentes do Grupo FAEF, com admiração a experiência
profissional e intelectual e por todo apoio me dado para o desenvolvimento
acadêmico. Aos meus familiares pelo eterno orgulho e apoio em especial meu
namorado Leonel Ventura Fernandes dos Santos.
A minha amiga que conheci durante esses cinco anos Jaqueline Ilana Porfirio,
com a qual tive a oportunidade de compartilhar momentos e aprendizagem que
guardarei para sempre comigo.
Aos profissionais com quem tive o privilégio de estagiar durante o último ano
de graduação que contribuíram de forma significativa para meu crescimento pessoal
e profissional através da transmissão de seus conhecimentos.
“Faça o teu melhor, na condição que você tem, enquanto você não tem condições
melhores, para fazer melhor ainda!”

Mario Sergio Cortella


RESUMO

A neonatologia é um campo recente e crescente da saúde, seja por meio de


atividades de enfermagem ou de pesquisa, voltadas para o cuidado ao recém-nascido.
A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) é um campo que abrange a
assistência de enfermagem na alta complexidade, considerando o risco, as
vulnerabilidades e as demandas técnicas e tecnológicas na assistência aos recém-
nascidos (RN) prematuros e de baixo peso. A adoção da estratégia do Método
Canguru ajuda a facilitar nos cuidados de saúde do RN, englobando tecnologias
simples e práticas humanizadas com o intuito de assegurar a sobrevida de RNs,
centrada em evidências científicas que asseguram princípios de qualidade,
humanidade e cidadania familiar. O estudo tem como objetivo identificar e analisar
como o uso do método canguru auxilia na qualidade de vida dos recém-nascidos
internados em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Trata-se de uma pesquisa de
revisão bibliográfica da literatura, mais especificamente de artigos publicados em
revistas e periódicos, com abordagem qualitativa, as buscas concretizadas através do
portal Regional da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), nas suas principais bases de
dados: Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-Americana e do
Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Banco de Dados da Enfermagem (BDENF).
Através do uso do MC percebe-se que o vínculo afetivo entre pais/filhos é aprimorado,
de modo que o contato pele a pele dos membros promove estímulos sensoriais e
múltiplas alterações no organismo, visto que, a pele estimula a liberação de ocitocina
uma função importante no comportamento da mãe e RN. Contudo, a necessidade de
aperfeiçoamento da equipe multiprofissional, estrutura das instituições, no que tange
aos recursos físicos e humanos para melhorar a adesão do MC.

Palavras-chave: Método Canguru. Qualidade de vida. Recém-nascido. UTI Neonatal


ABSTRACT

Neonatology is a recent and growing field of health, whether through nursing or


research activities, focused on the care of the newborn. The Neonatal Intensive Care
Unit (NICU) is a field that covers high complexity nursing care, considering the risk,
vulnerabilities and technical and technological demands in the care of premature and
low birth weight newborns (NB). The adoption of the Kangaroo Method strategy helps
to facilitate NB health care, encompassing simple technologies and humanized
practices in order to ensure the survival of NBs, centered on scientific evidence that
ensure principles of quality, humanity and family citizenship. The study aims to identify
and analyze how the use of the kangaroo method helps in the quality of life of newborns
admitted to the Neonatal Intensive Care Unit. This is a bibliographic review of the
literature, more specifically of articles published in magazines and periodicals, with a
qualitative approach, the searches carried out through the Regional Portal of the Virtual
Health Library (BVS), in its main databases: Scientific Electronic Library Online
(SciELO), Latin American and Caribbean Literature on Health Sciences (LILACS),
Nursing Database (BDENF). Through the use of CM, it can be seen that the affective
bond between parents/children is improved, so that the skin-to-skin contact of the limbs
promotes sensory stimuli and multiple changes in the body, since the skin stimulates
the release of oxytocin, a function important in the behavior of the mother and newborn.
However, the need to improve the multidisciplinary team, structure of institutions, with
regard to physical and human resources to improve adherence to the MC.

Keywords: Kangaroo Method. Quality of life. Newborn. Neonatal ICU


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................11
2 FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA.............................................................................15

2.1 AS PRINCIPAIS LEGISLAÇÕES VIGENTES PARA USO DO MÉTODO


CANGURU NA UTIN ................................................................................................ 15

2.2. OS BENEFÍCIOS E OS MALEFÍCIOS DO MÉTODO CANGURU AO RECÉM-


NASCIDO.................................................................................................................. 16

2.3. O MÉTODO CANGURU NA MELHORIA DO VÍNCULO AFETIVO ENTRE


PAIS/FAMILIARES ................................................................................................... 17

3 JUSTIFICATIVA....................................................................................................21
4 HIPÓTESE............................................................................................................22
5 OBJETIVO............................................................................................................23
5.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................. 23

5.2 OBJETIVO ESPECÍFICO.................................................................................... 23

6 MATERIAL E MÉTODO........................................................................................24
7 RESULTADOS......................................................................................................25
8 DISCUSSÃO.........................................................................................................33
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................36
REFERÊNCIAS........................................................................................................38
11

1 INTRODUÇÃO
A neonatologia é um campo recente e crescente da saúde, seja por meio de
atividades de enfermagem ou de pesquisa, voltadas para o cuidado ao recém-nascido
(RN) (KLOCK; ERDMANN, 2010). As inovações tecnológicas ocorridas nos últimos
anos têm sido benéficas no aumento da expectativa de vida dos neonatos, mas esses
avanços trouxeram novas preocupações, especialmente no que diz respeito à
qualidade de vida. O enfrentamento da vulnerabilidade do RN é um desafio
permanente para os profissionais de saúde que precisam estar atentos às
necessidades e especificidades do cuidado (STELMAK; FREIRE, 2017).
A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) é um campo que abrange a
assistência de enfermagem na alta complexidade, considerando o risco, as
vulnerabilidades e as demandas técnicas e tecnológicas na assistência aos RNs
prematuros e de baixo peso. Trabalhar com essa população é um desafio importante,
pois o RN está em estágio de maturação dos órgãos em um ambiente que contrasta
com as condições uterinas, desse modo, o âmbito da UTIN tem de proporcionar
segurança necessária a fim do cuidado e da sobrevivência do RN (SILVA et al., 2018).
As Unidades Neonatais têm como responsabilidade o cuidado integral e
humanizado ao neonato grave ou potencialmente grave, devendo estar estruturado a
uma linha de cuidados progressivos e tem por objetivo a função de aforar ações que
visem à redução da morbimortalidade perinatal e neonatal. Buscam a garantia de
acesso aos diferentes níveis de atenção neonatal, bem como capacitação e a
qualificação de recursos humanos para a atenção ao neonato (LUZ et al., 2021).
O cuidado prestado ao RN em UTIN passou por modificações, o modelo
tradicional de assistência centrado no RN doente vem dando espaço a um novo
modelo que concede a presença parental e envolvimento da família no cuidado, que
lhes permite permanecer com o RN hospitalizado, se assim almejarem, possibilitando
até mesmo, condições para sua acomodação nas instituições. Apesar dos avanços
na literatura sobre os direitos da criança e advento da legislação, na maioria dos
hospitais atualmente, a visita dos pais/família aos RNs hospitalizados ainda são
rigorosamente regulamentadas, e o envolvimento materno no cuidado ao bebê
permanece limitado. No cotidiano das UTINs muitas vezes as mães não são
admitidas, devido à realização de procedimentos invasivos, tempo de visita, pequeno
espaço físico e escassez de recursos humanos (GAÍVA; SCOCHI, 2005).
12

No Brasil, o comparecimento da família no processo de internação de um filho


é um direito garantido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a sua
presença nos cuidados deve ser favorecida, incentivada, facilitada e ensinada pela
equipe de enfermagem, independente da complexidade clínica do paciente. Nesta
circunstância, o envolvimento familiar de forma ativa nos cuidados com o filho tem
como um dos objetivos, segurar a criação do elo afetivo, sendo a atuação paterna tão
significativo quanto a materna (CARVALHO et al., 2019).
O RN, no decorrer de sua internação na UTIN, é submetido a inúmeros
estímulos, como a exposição à iluminação, ruído intensivo, intervenções estressantes
e dolorosas. Tais estímulos são capazes de influenciar o desenvolvimento cognitivo e
comportamental do neonato, além de ocasionarem alterações nos parâmetros
fisiológicos (COSTA et al., 2018).
Nos dias atuais, inúmeros meios de cuidado que visam reduzir a quantidade de
estresse para o RN como redução da dor, o mínimo de procedimentos e maior respeito
pela sensibilidade dos bebês, são rotineiros em diversas UTIN. Um dos estressores
mais potentes no começo da vida é a separação dos pais, é importante focar
ativamente no envolvimento proativo precoce dos pais, isto é, contato constante pele
a pele (ANGELHOFF et al., 2018).
A equipe de enfermagem tem atribuições primordiais, principalmente nas fases
iniciais da hospitalização. Os profissionais precisam estar atentos aos estressores ou
facilitadores que a mãe encontra no processo, porque, a partir do momento que a mãe
tem o bebê internado na UTIN, ela fica privada de seu convívio familiar e dedica sua
vida ao filho hospitalizado (OLIVEIRA et al., 2015). O suporte, o vínculo, a
compreensão e as intervenções planejadas pela equipe multiprofissional da UTIN são
fundamentais no decorrer da trajetória de internação e cuidado ao RN e família,
possibilitando um ambiente propício para que os pais cumpram seus papéis e funções
como protagonistas do cuidado (CARVALHO et al., 2019).
Nesse contexto, a família, principalmente a mãe, deve ser vista como
facilitadora ativa no crescimento e desenvolvimento do bebê desde o nascimento. A
atenção materna é um agrupamento de comportamentos ambientais e
biopsicossociais que proporcionam um cuidado integral à mãe e ao RN auxiliando no
seu desenvolvimento físico e emocional melhorando o atendimento clínico, reduzindo
internações, custos hospitalares e reinternações (ARAÚJO et al.,2018).
13

Nesse sentido, no final da década de 1970, em Bogotá, Colômbia, foi


desenvolvido o Método Canguru (MC) para melhorar o atendimento ao RN,
aumentando a estabilidade térmica através do contato pele a pele e maior conexão
emocional (NIETSCHE et al., 2020).
No Brasil, quando o bebê necessita ser hospitalizado, o Sistema Único de
Saúde (SUS) oferece atendimento pessoal a ele e a seus pais, envolvendo-o no
cuidado da criança, construindo vínculos e facilitando a passagem pela UTIN mais
tranquila (LAMY et al.,2005). Seguindo o entendimento da integralidade e da
humanização do cuidado, no ano de 2000, o Ministério da Saúde Brasileiro introduziu
a Norma de Orientação para a Implantação do MC, mediante a Portaria 693/GM, de
05 de junho de 2000, que foi revogada pela Portaria nº 1.683 de 12 de julho de 2007,
e passou a ser considerada como política pública e definida como modelo de
assistência, tendo por princípio básico a atenção humanizada (LUZ et al., 2021).
A adoção da estratégia MC ajuda a facilitar a mudança institucional na busca
por cuidados de saúde, centrada em evidências científicas que asseguram princípios
de qualidade, humanidade e cidadania familiar (BRASIL, 2017).
Segundo o Ministério da Saúde,
o Método Canguru é um modelo de atenção perinatal voltado para a atenção
qualificada e humanizada que reúne estratégias de intervenção
biopsicossocial com uma ambiência que favoreça o cuidado ao recém-
nascido e à sua família. O Método promove a participação dos pais e da
família nos cuidados neonatais. Faz parte do Método o contato pele a pele,
que começa de forma precoce e crescente desde o toque evoluindo até a
posição canguru (BRASIL, 2017, p.23).

Considerado um dos principais métodos utilizados pelo SUS, o MC engloba


tecnologias simples e práticas humanizadas com o intuito de assegurar a sobrevida
de RNs e no Brasil teve um papel importante na diminuição da mortalidade infantil no
componente neonatal, tanto tardia como precoce (MIRANDA et al., 2020). A posição
canguru constitui-se de forma a viabilizar o contato pele a pele do RN, despido,
fazendo uso apenas de fraldas e disposto na posição vertical com seus pais/familiares,
pelo tempo em que ambos se sintam confortáveis (NIETSCHE et al., 2020).
O método proporciona o cuidado com o RN gradativamente em três etapas: A
primeira etapa representa o período de pré-natal, o decorrer do parto/nascimento,
consecutivo da hospitalização do RN na UTIN e/ou na Unidade de Cuidado
Intermediário Neonatal Convencional (UCINCo). A segunda acontece na Unidade de
Cuidados Intermediários Canguru (UCINCa), garantindo atenção especial ao
14

aleitamento materno. O RN segue de maneira contínua com sua mãe e o MC será


realizado pelo maior tempo possível. O comparecimento e a participação do pai nos
cuidados devem ser estimulados, o critério de elegibilidade para esta etapa o peso
mínimo de 1.250g. Na terceira etapa corresponde a alta hospitalar dos RNs, após o
RN é assistido no ambulatório do MC juntamente com a Unidade Básica de Saúde
(UBS), até atingir o peso de 2.500 g (BRASIL, 2017).
Depois de duas décadas da introdução do MC no Brasil, há uma ampla
evidência científica, nacional e internacional comprovando as vantagens em sua
aplicação. Ressalta-se a redução do tempo de desligação entre pais e filho, o que
auxilia no aleitamento materno, no apego e no elo afetivo, além de aumentar a
competência e a segurança dos pais no cuidado do seu bebê, inclusive após a alta
hospitalar. O RN se favorece com a posição canguru, dado que consegue obter melhor
controle térmico, melhor desenvolvimento neuropsicomotor, redução do estresse e
aumento da estimulação sensorial, considerada protetora para um desenvolvimento
integral. Além disso, também tem as funções de controle fisiológico, regulação do
estado comportamental, alívio da dor, o que resulta no aumento da frequência do sono
tranquilo dos bebês e impacta positivamente na redução da morbimortalidade dos
RNs de baixo peso (NISI et al., 2020).
15

2 FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA
2.1 As principais legislações vigentes para uso do Método Canguru na UTIN
O MC foi estruturado em 1978 na Colômbia, pelos Dr. Rey e Dr. Martinez, por
reflexo à superlotação das incubadoras, correspondendo a altas taxas de infecção e
morte (COLAMEO; REA, 2006).
No Brasil, as primeiras instituições que aplicaram o MC foi o Hospital Guilherme
Álvaro, em Santos (SP), em 1992, e o Instituto Materno-Infantil de Pernambuco (IMIP),
em 1993 (VENANCIO; ALMEIDA, 2004).
A proposta de construir norteadores para os cuidados perinatais, no Brasil,
surgiu da inquietação de diferentes profissionais e do próprio Ministério da Saúde, se
originou em 5 de julho de 2000 a Norma de Orientação para a Implantação do Método
Canguru, apresentada pelo Diário Oficial como Portaria GM n° 693, tornando o método
em uma política pública, posteriormente revisada como Portaria n° 1.683, de 12 de
julho de 2007. Nesta, encontram-se os principais paradigmas deste método de
assistência a serem oferecidos aos RN que necessitam de hospitalização logo após o
nascimento (BRASIL, 2017).
Tendo em vista a Portaria nº 1.693/GM/MS, de 12 de julho de 2007, que efetiva
o MC e a Resolução - RDC ANVISA nº 7, de 24 de fevereiro de 2010, que dispõe
sobre as condições mínimas para o funcionamento da UTI, bem como a Portaria nº
4.279/GM/MS, de 30 de dezembro de 2010, que determina as diretrizes para organizar
a Rede de Atenção à Saúde no âmbito do SUS. A Portaria nº 1.459/GM/MS, de 24 de
junho de 2011, instaura a Rede Cegonha no âmbito do SUS e a Portaria nº
1.600/GM/MS, de 7 de julho de 2011, funda a Rede de Atenção às Urgências no
âmbito do SUS, tendo em consideração a necessidade de amplificar o acesso e
qualificar a atenção aos Cuidados Neonatal aos usuários do Sistema Único de Saúde
(BRASIL, 2012).
Conforme o Ministério da Saúde, a PORTARIA Nº 930, DE 10 DE MAIO DE
2012:
Define as diretrizes e objetivos para a organização da atenção integral e
humanizada ao recém-nascido grave ou potencialmente grave e os critérios
de classificação e habilitação de leitos de Unidade Neonatal no âmbito do
Sistema Único de Saúde (SUS) (BRASIL, 2012).

Diante do exposto, vale mencionar o Estatuto da Criança e do Adolescente


(ECA) diante da LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990, dispõe sobre proteção
integral à criança e ao adolescente e reconhece as crianças e os adolescentes como
16

indivíduos de direitos guardados por lei. A importância do ECA procede diretamente


da certificação a proteção de indivíduos que vivem em períodos de intenso
desenvolvimento psicológico, físico, moral e social (BRASIL, 1990).

2.2. Os benefícios e os malefícios do Método Canguru ao recém-nascido


No decorrer das últimas décadas, diversas instituições adotaram o MC, em
países desenvolvidos e em desenvolvimento, expondo possíveis benefícios na
assistência neonatal (VENANCIO; ALMEIDA, 2004). Em suma, o MC é um tipo de
cuidado neonatal que provoca o contato pele a pele precoce entre mãe e RN de baixo
peso, de forma contínua no decorrer de tempo em que ambos entenderem ser
agradável e suficiente (COSTA; MONTICELLI, 2005).
Em países desenvolvidos indicam que o método é seguro em termos de
resposta fisiológica do RN e que oferece benefícios em relação à prática da
amamentação e diminuição de hospitalizações, além de diminuir o choro dos
neonatos. Já em países em desenvolvimento mostram que o MC é seguro quanto à
mortalidade, podendo reduzir a morbidade grave e evitar reinternações (VENANCIO;
ALMEIDA, 2004).
Amamentar precocemente um RN prematuro tem grande relevância para
restringir a perda de peso, expandir os níveis de glicose no sangue e diminuir a
bilirrubina não conjugada no soro. Ademais, o aleitamento materno reforça os vínculos
afetivos e acarreta benefícios de longo prazo, para o desenvolvimento intelectual e
neurológico dessas crianças (COLAMEO; REA, 2006).
A aplicação do Método proporciona, um considerável acréscimo nos momentos
de sono profundo nos neonatos, bem como a melhora da postura dos mesmos quando
em contato pele a pele. Podendo também diminuir a sensação dolorosa do RN diante
das inúmeras intervenções a que está submetido (COSTA; MONTICELLI, 2005).
Os benefícios do MC abrangem mais do que o aumento do vínculo, acarretando
um período de separação menor, onde, impede longos períodos sem estimulação
sensorial; contribui no estímulo ao aleitamento materno, o que favorece a precocidade
e duração da mamadas; maior segurança, confiança e competência da mãe e/ou do
pai no cuidado do RN mesmo depois da alta hospitalar; melhor controle térmico; menor
número de bebês em unidades de cuidados intermediários por causa da maior
rotatividade de leitos; melhor interação da família com a equipe de saúde; e redução
da infecção hospitalar e uma menor estadia hospitalar (SANTOS et al., 2021).
17

Sucintamente, estes periódicos indicam inúmeros benefícios quanto à


efetividade e segurança da aplicabilidade do MC, no que diz respeito às contribuições
ao desenvolvimento dos parâmetros fisiológicos dos RN, seja de modo instantâneo
(durante a permanência do mesmo, em nível hospitalar), ou mesmo após a alta
(COSTA; MONTICELLI, 2005).
Segundo o ministério da saúde, os principais benefícios do método fornecidos
para o RN é a redução do tempo de separação mãe/pai-filho, facilita o vínculo afetivo
mãe/pai-filho, colabora para a diminuição do risco de infecção hospitalar, reduz o
estresse e a dor, favorece ao RN uma estimulação sensorial protetora em relação ao
seu desenvolvimento integral e melhora a qualidade do desenvolvimento
neuropsicomotor (BRASIL, 2017).
Em relação aos malefícios pode-se relacionar as contraindicações do método,
ocorrendo principalmente em relação à estabilidade clínica do bebê, que muitas vezes
não podem ser colocados em posição canguru. Em outras ocasiões, o bebê necessita
de suporte intensivo, ou seja, ventilação mecânica, incubadora, por causa do baixo
peso, e isto também dificulta o uso do tratamento a partir do MC. A depender da
gravidade de alguns RNs é dificultada a posição canguru, porque muitos destes se
encontram intubados, sob ventilação mecânica impossibilitando assim, se torna
inviável o uso por causa da instabilidade hemodinâmica desses RN (SANTOS et al.,
2021).

2.3. O Método Canguru na melhoria do vínculo afetivo entre pais/familiares


Atualmente, com os avanços científicos e tecnológicos que viabilizam uma
melhora notória na assistência, colaborando com o aumento de sobrevida dos RN,
especialmente a partir da implantação das UTIN, gerando assim uma separação da
família com o bebê (COSTA et al., 2014).
Contrário ao ambiente intrauterino, a UTIN impõe ao neonato incontáveis
situações e procedimentos violentos ou mesmo insalubres (PINHEIRO; CARR, 2019).
O ambiente da UTIN, com luminosidade forte e constante, repleta de ruído e
interrupção recorrente do sono, prejudica o desenvolvimento neuromotor desses
neonatos, ocorrendo também modificações nos sistemas de autorregulação dos RNs,
que são capazes de até conceber desequilíbrios no mecanismo de homeostase e no
desenvolvimento cognitivo comportamental do bebê no futuro (FERREIRA;
MONTEIRO; SOUZA, 2020).
18

Nesse sentido, há uma inquietação global em tentar aliar a assistência técnico


com a assistência humanizada, evidenciando em vantagens a longo prazo para os
RNs (FERREIRA; MONTEIRO; SOUZA, 2020). Em prol da humanização do
nascimento, os profissionais de saúde têm sido estimulados a buscar constantemente
por interface entre os aspectos técnicos e os afetivos necessários para conduzir uma
terapia que proporcione, não somente a sobrevida de bebês organicamente sadios,
mas também o seu desenvolvimento neurológico e a sua integração ao convívio
familiar (COSTA et al., 2014). Perante o exposto, é de suma importância destacar que
a humanização no âmbito da UTIN é uma questão de relevância crescente na
qualidade do cuidado ao RN, com isso, humanização e qualidade da assistência não
podem ser vistas como ocorrências dissociadas (PINHEIRO; CARR, 2019).
Diante da busca de uma qualidade de atenção neonatal, destaca-se o MC que
compreende um novo modelo de prestar assistência ao neonato na UTIN, exigindo
uma renovação do modelo assistencial vigente e das concepções dos profissionais
(SILVA et al., 2015). O cuidado integral ao neonato e sua família tem se tornado uma
das boas práticas observadas durante a internação na UTIN. Desde 1999, o Ministério
da Saúde vem implantando a política de atenção humanizada ao RN de baixo peso,
uma proposta de humanização da assistência neonatal baseada em quatro
fundamentos básicos: acolhimento ao neonato e sua família, respeito às
singularidades, promoção do contato pele a pele e o envolvimento da mãe nos
cuidados com o filho (LAMY FILHO et al., 2008).
Diante dos constrangimentos impostos pela prematuridade e a necessidade de
internação do RN na UTIN, acredita-se que o MC pode ser uma ferramenta para
auxiliar a mãe no processo de adaptação à nova realidade, beneficiando a confiança
materna, a criando vínculo afetivo e contribuindo para um desenvolvimento
psicológico e cognitivo saudável para o RN (SILVA, et al., 2021). A separação entre
mãe e filho ao nascer causa prejuízos, uma vez que a relação de apego é abalada e
comprometida (ELEUTÉRIO et al., 2008). O apego ao neonato ocorre de forma
instantânea ou instintiva onde nem todos estão preparados para isso. Quando esta
situação ocorre de maneira adversa, e o RN necessita permanecer em tratamento
intensivo, o ambiente altamente estressante da UTIN e os riscos aos quais o RN está
exposto não favorecem o contato entre mãe e filho (MEIRA et al., 2008). Com isso,
gera insegurança e ansiedade na mãe por não poder cuidar do seu filho, o neonato
19

sente falta do ambiente intrauterino onde, era transmitido através da mãe segurança,
apego e conforto (ELEUTÉRIO et al., 2008).
O distanciamento repentino provocado pela internação do RN, produz nos pais
uma sensação de perda, na qual, eles vivem um momento de luto antecipado. Outro
aspecto a considerar é que, no contexto de uma internação prolongada, a separação
precoce entre mãe-filho, o estresse psicológico e o descrédito dessa mãe com relação
a sua capacidade de cuidar do filho, criam barreiras para a amamentação
ocasionando um desmame precoce ou a falência do aleitamento materno. Devido a
isso, a falta do contato pele a pele da mãe-filho deixa de termorregular a temperatura
corporal do neonato (MEIRA et al., 2008).
Evidências apontam que o contato materno íntimo com o RN pré-termo pode
intervir positivamente na relação desse RN com o mundo. A pele é o maior órgão do
corpo e recebe estímulos sensoriais de várias magnitudes, e o contato pele a pele,
que no MC provoca o contato corpo/tórax entre o neonato e sua mãe, pode promover
múltiplas alterações no organismo tanto de um como do outro. Sabe-se que o contato
com a pele como estimulador da liberação de ocitocina parece ter um papel
significativo no comportamento da mãe e afeta positivamente seu humor, facilitando o
contato com o RN (VENANCIO; ALMEIDA, 2004).
Em ambiente hospitalar, tais condutas compreendem, por exemplo, a inserção
do companheiro/marido ou de um acompanhante com a gestante durante toda a
internação, para trazer mais segurança e conforto à gestante. Este incentivo no
acompanhamento à mulher de maneira integral no pré-parto, parto e pós-parto
possibilita um contato mais rápido e efetivo entre os familiares, o que favorece a
formação de laços afetivos (CARVALHO; MAIA; COSTA, 2018).
O MC é um modelo de cuidado que estimula e valoriza a presença e a
participação materna e dos demais familiares na UTIN. Tendo um papel relevante para
assegurar a saúde do RN de baixo peso após a alta hospitalar, tanto pela oportunidade
de fortalecimento de laços afetivo que oferece, como pelas altas taxas de
amamentação que proporciona (COLAMEO; REA, 2006).
Diante do MC, a mãe passa a substituir a incubadora, progressivamente,
mantendo o neonato aquecido por meio do contato do bebê com sua pele. A prática
se inicia dentro do hospital e continua em casa, com acompanhamento ambulatorial
(TOMA, 2003).
20

Esse método de assistência possibilita o resgate do tempo interrompido da mãe


com o RN na eventualidade do nascimento pré-termo, construindo assim laços
afetivos a partir do momento em que a mãe coloca o RN junto ao seu corpo, gerando
espaço para uma reconstrução rítmica (SANTOS et al., 2021).
A implementação bem-sucedida do MC também depende das habilidades dos
profissionais de saúde e da permissão das instituições para a permanência das mães
(CARVALHO; MAIA; COSTA, 2018). O cotidiano da enfermagem em uma UTIN é
complexo e apresenta incontáveis desafios que exigem profissionais com ampla gama
de conhecimentos, habilidades e atitudes. A falta de tempo é um fator limitante para
realizar o MC em razão da rotina intensa, sobrecarga de trabalho e escassez de
recursos humanos, impedindo que os profissionais estejam presentes e que consigam
se aprofundar em cuidados que demandam tempo. Passando a existir
descontinuidade das práticas do MC na UTIN, entre os profissionais e os plantões,
sendo relacionada à falta de cobrança, supervisão e padronização (SILVA et al.,
2015).
As equipes multiprofissionais de saúde devem estabelecer um diálogo confiável
com os familiares durante a internação do bebê, pois quando a mãe participante é
acolhida por uma equipe de profissionais sensibilizados em humanizar o cuidado,
verifica-se maior interação desta com seu filho, com a equipe e com a instituição com
o objetivo de promover maior envolvimento no cuidado ao RN e estimular os familiares
a se engajarem no MC, o que auxilia efetivamente para o aumento do vínculo (SILVA,
et al., 2021; CARVALHO; MAIA; COSTA, 2018).
Assim, a importância do MC é bilateral, onde, por um lado o neonato é
favorecido, passando a ser o foco da equipe de saúde e também pelo vínculo com a
mãe, tanto físico como psicologicamente, por outro lado, a mãe assume o papel de
prestar os devidos cuidados ao filho, aprendendo a cuidá-lo, conhecendo-o e
estabelecendo o vínculo afetivo (COSTA et al., 2014).
21

3 JUSTIFICATIVA

Levando em consideração o atual cenário sobre o MC na UTIN, esse estudo


tem por motivação melhorar a qualidade da assistência prestada ao neonato na UTIN,
preconizando a humanização do cuidado com estes neonatos e pais, favorecendo a
participação dos pais/familiares e promover o melhor desenvolvimento
neuropsicomotor e afetivo destes RNs.
Dessa forma, é possível notar que o MC na UTIN pode impactar direta ou
indiretamente as instituições hospitalares, trazendo benefícios como diminuição da
taxa de infecção hospitalar, melhor qualidade da assistência com menor custo para o
sistema de saúde, diminuição das chances de morte em bebês prematuros,
substituição das incubadoras, promovendo uma melhor e mais rápida recuperação
aos neonatos com alta precoce, favorecendo vínculo afetivo entre pais/filhos.
Posto isso, a relevância deste trabalho enquadra-se na perspectiva norteadora
para que os profissionais da saúde tenham acesso à informação e orientações
pertinentes, visto que o MC tem como intuito englobar tecnologias simples e práticas
humanizadas para garantir a sobrevida de bebês.
Contudo, questiona – se como o uso do método canguru contribui para a
qualidade de vida dos recém-nascidos internados em Unidade de Terapia Intensiva
Neonatal (UTIN)?
22

4 HIPÓTESE

Parte-se da hipótese de que os problemas relacionados ao MC na UTIN vão


desde a estrutura adequada da UTIN para a realização do MC até a dificuldade dos
profissionais em estar praticando o método, como o cansaço excessivo e a falta de
capacitação.
A melhor forma de prestar uma assistência para melhorar a qualidade de vida
dos RNs internados na UTIN, é através da utilização do MC relacionado as legislações
vigentes, os benefícios e a estimulação na melhoria do vínculo afetivo entre pais e
filhos, pois, esse público tem pouco tempo de contato com seus familiares já que boa
parte do seu tempo é dívida entre incubadoras e estímulos que causam intervenções
estressantes e dolorosas, dada a dificuldade da mãe de poder fornecer o método
canguru para seu bebê dentro de uma UTIN.
23

5 OBJETIVO
5.1 OBJETIVO GERAL
Identificar e analisar como o uso do método canguru auxilia na qualidade de
vida dos recém-nascidos internados em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal.

5.2 OBJETIVO ESPECÍFICO


• Descrever as legislações vigentes para uso do método canguru nas UTIN;
• Identificar e analisar os benefícios e os malefícios do método canguru ao
recém-nascido;
• Quais as dificuldades da implantação do MC na UTIN no Brasil.
• Descrever como o método canguru estimula vínculo afetivo entre pais/filho.
24

6 MATERIAL E MÉTODO
Trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica da literatura, mais
especificamente de artigos publicados em revistas e periódicos, com abordagem
qualitativa. Os critérios de inclusão utilizados para selecionar os artigos que serviram
de base para a elaboração do presente trabalho foram artigos, em português e inglês
na íntegra, obtidos a partir dos seguintes descritores: Qualidade de vida, Recém-
nascido, Método Canguru e Unidade de Terapia Intensiva Neonatal.
Foram utilizadas como fontes publicações de 2017 a 2022 durante a pesquisa
obtivemos 117 artigos dos quais 13 responderam aos objetivos gerais e específicos
da pesquisa.
Os critérios de exclusão foram artigos publicados em outros idiomas, artigos
repetidos, artigos publicados fora do período de 5 anos, artigos pagos, artigos que não
estavam disponíveis na íntegra e sem consonância com a temática de estudo. Os
dados foram extraídos e depositados em planilhas específicas utilizadas para a
extração de dados. Os trabalhos selecionados, com base nos critérios de inclusão e
exclusão, foram mantidos em pastas, formando a análise específica.
Foram concretizadas buscas no portal Regional da Biblioteca Virtual em Saúde
(BVS), nas suas principais bases de dados: Scientific Eletronic Library Online
(SciELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS),
Banco de Dados da Enfermagem (BDENF).
25

7 RESULTADOS
Dentre os 13 artigos incluídos para compor o quadro de resultados verificou-se
que a maioria foi publicada entre os anos de 2018 e 2022; sendo um em 2017, três
em 2018, dois em 2019, um em 2020, quatro em 2021 e dois em 2022. Sendo, dos 13
artigos cinco em língua portuguesa e oito em inglês.
Quanto a população dos estudos realizados, envolveram equipe
multiprofissional, mães e pais dos neonatos e RNs. Abaixo o quadro 1 estão
apresentados de forma sintetizada todos os artigos.

Quadro 1:
Autor/Ano Artigo Objetivo Principais resultados e O uso do Método
conclusão Canguru na
Qualidade de vida
dos RNs
ANGELHOFF Efeito do contato Avaliar o efeito do As medidas de desfecho O MC contribui de
et al., 2018 pele a pele na contato pele a pele compreendem o forma que sua
qualidade do contínua na rastreador de atividades; utilização minimiza a
sono, humor, qualidade do sono e questionários auto separação entre pais
interação pai- no humor dos pais estimados validados e filhos, contribui na
bebê e de bebês relativos ao sono, humor e estabilização
concentrações prematuros vínculo; observou cardiorrespiratória,
de cortisol em nascidos < 33 pontuações de em menos sinais de
unidades de semanas de sensibilidade parental e estresse e um ciclo
cuidados gestação, bem disponibilidade emocional de sono-vigília mais
neonatais: como a interação e cortisol salivar. organizado.
protocolo de pai-bebê e as Concluiu-se que o contato
estudo de um concentrações de pele a pele é um método
ensaio cortisol salivar no de cuidado adequado na
controlado momento da alta. UTIN que minimiza a
randomizado. separação entre pais e
bebês, reduzindo o
estresse do RN.
ARYA et al., Imediato Identificar a Notavelmente, aqueles O MC contribuiu,
2021 "Cuidado segurança e a que receberam cuidados pois, reduziu a taxa
materno eficácia dos imediatos de mãe canguru de mortalidade em
canguru" e cuidados maternos tiveram um risco menor de neonatos que
sobrevivência cangurus iniciados morrer em 28 dias do que receberam os
de bebês com logo após o aqueles que iniciaram o cuidados imediatos.
baixo peso ao nascimento entre tratamento tradicional de
nascer. bebês com baixo mãe canguru após a
peso ao nascer. estabilização.
Conclui-se que, o cuidado
materno canguru é uma
das intervenções mais
eficazes para prevenir a
mortalidade infantil de
baixo peso ao nascer.
Também proporciona ao
RN menor risco de
infecção, maiores taxas
de aleitamento materno
exclusivo e mais ganho de
26

peso do que as pessoas


que não o recebem.
CAÑADAS et Efeitos do Analisar os ensaios Os bebês que receberam Observa-se que o
al., 2022 Cuidado controlados cuidados habituais MC contribui com
Materno randomizados que apresentaram frequências seu cuidado precoce
Canguru na UTI exploraram o efeito cardíacas médias mais promovendo uma
neonatal sobre do cuidado materno baixas do que aqueles que melhora no
os parâmetros canguru nos receberam cuidados mãe- aleitamento materno,
de estresse parâmetros de bebê no estilo canguru, no nível de estresse,
fisiológico de estresse fisiológico embora a evidência de no apego afetivo
bebês de bebês uma diferença entre os materno/infantil,
prematuros: prematuros. grupos não tenha estabilização
uma meta- alcançado significância cardiorrespiratória,
análise de estatística. efeitos positivos no
RCTs. No entanto, apesar da desenvolvimento
exposição de prematuros neurológico,
a estressores na UTIN, a cognitivo e
intervenção do cuidado emocional, redução
materno canguru é um da mortalidade, bem
método seguro que afeta como a redução das
positivamente infecções graves,
determinados parâmetros hipotermia e tempo
fisiológicos de estresse de internação
em relação aos cuidados hospitalar.
na incubadora,
proporcionando aos
neonatos conforto
parental, contato,
aleitamento materno
exclusivo e alta hospitalar
precoce.
CHELLANI et Experiência da Descrever a Os resultados mostraram Nota-se que apesar
al., 2022 Unidade de criação da Unidade que os bebês de do MC ter suas
Cuidados de Assistência intervenção tiveram uma contribuições
Materno- Materno-Neonatal e redução de 25% na positivas, uma
Recém-Nascido suas experiências, mortalidade aos 28 dias grande questão a ser
(MNCU) na incluindo de vida, uma redução de resolvida nas
Índia: Uma oportunidades e 35% na incidência de instituições é a
mudança de desafios e sugere o hipotermia e uma redução mudança na
paradigma no caminho a seguir. de 18% na incidência de infraestrutura, pois, a
cuidado de suspeita de sepse em maioria dos hospitais
recém-nascidos comparação com bebês não tem
pequenos e controle observados em disponibilidade de
doentes. UTIs convencionais. espaço adequado.
Novas evidências
apontam para o
estabelecimento da
separação zero de mães e
RNs em todo o mundo. A
presença da mãe na UTIN
é uma mudança de
paradigma na assistência
neonatal, e para colocá-la
em prática é preciso
mudar a infraestrutura, e o
principal problema na
maioria dos hospitais é a
falta de espaço adequado.
COUTTS et O que está nos Identificar e Os profissionais de saúde O MC mostra que
al., 2021 impedindo? Um descrever as identificaram quatro temas contribui para
27

estudo científico perspectivas dos abrangentes como melhores desfechos


de prestadores de barreiras e facilitadores do neurológicos de
implementação cuidados de saúde MC em seus ambientes curto e longo prazo,
da assistência sobre as barreiras e específicos sendo diminui o estresse do
ao canguru nas facilitadores da ambiente físico da UTIN; ambiente da UTIN,
unidades de implementação do percepção dos promove vínculo
terapia intensiva KC. profissionais de saúde afetivo entre pais e
neonatal da sobre o MC; mudanças na filhos, diminui as
Colúmbia prática clínica e presença respostas a dor e o
Britânica. dos pais. Dependendo risco de infecção,
das características melhores efeitos no
específicas de um padrão de sono
determinado local, esses infantil. Porém, nota-
fatores podem atuar como se que para a
facilitadores ou barreiras à implantação do MC
prática do MC. tem-se algumas
O MC é uma estratégia de barreiras, que
cuidado do incluem a falta de
desenvolvimento baseada pessoal, educação e
em evidências que treinamento, a
demonstrou melhorar os ausência de políticas
resultados do e diretrizes, a
neurodesenvolvimento de incerteza dos
curto e longo prazo em funcionários sobre a
RN. Apoiar a presença importância do MC e
parental aprimorada, a percepção de que o
mudar as crenças dos MC é uma tensão
profissionais de saúde, para as mães.
identificar soluções
criativas para o design da
UTIN e as restrições de
espaço e desenvolver
diretrizes provinciais para
o MC nas UTINs podem,
em conjunto, promover
mudanças na prática e
reduzir as barreiras ao MC
para prestadores de
cuidados de saúde,
famílias e administradores
em níveis locais e de
sistema.
LEWIS et al., Cuidados Compreender O MC é fortemente O MC é favorável ao
2019 podem ser barreiras e influenciado pelos efeitos RN, porém, requer
caros: Um facilitadores para o psicológicos, emocionais investimentos
estudo fornecimento de e físicos do nascimento na significativos de
qualitativo de KMC na UTI mãe. Esses desafios são tempo e recursos,
barreiras e neonatal. agravados por barreiras limitando assim a
facilitadores estruturais, como frequência e a
para a acomodação cara, falta de duração do MC.
realização de cuidados infantis e
cuidados políticas inadequadas de
maternos licença maternidade que
cangurus em limitam a frequência e a
uma unidade de duração de Mc e a
terapia intensiva capacidade dos pais de
neonatal do prestar cuidados.
hospital terciário Um conjunto complexo de
dos EUA. fatores psicológicos,
emocionais, físicos e
28

estruturais determinam a
capacidade da mãe de
visitar a UTIN e fornecer o
MC. Fornece apoio social,
como políticas de licença
maternidade aprimoradas
e acesso confiável a
hospitais por meio de
serviços de assistência à
criança, acomodação e
transporte, pode abordar
as barreiras que inibem o
MC, reduzir custos
onerosos e melhorar a
saúde das mães e dos
RNs.
LUZ et al., Método Identificar as Obteve como resultados MC proporciona uma
2021 Canguru: potencialidades, alguns pontos em maior qualidade de
potencialidades, barreiras e específicos como vida aos RNs,
barreiras e dificuldades para a Competências para o promovendo um
dificuldades nos implantação do cuidado humanizado na maior
cuidados cuidado perspectiva do MC; desenvolvimento
humanizados ao humanizado na Barreiras ou dificuldades neurológico, além do
recém-nascido perspectiva do para a implementação do ganho de peso mais
na UTI Neonatal Método Canguru. MC. Várias rápido e a criação do
potencialidades para o vínculo afetivo com a
cuidado humanizado mãe. Em
aliadas à tecnologia e à contrapartida
educação permanente também é possível
foram identificadas, notar algumas
também foi identificado barreiras para a
várias barreiras na realização do
implementação do MC, método que vão
tais como falta de espaço desde a falta de
físico, falta de conhecimento da
profissionais e de equipe
treinamento da equipe, multiprofissional até
desconhecimento, falta de a falta de estrutura
adesão e desmotivação física.
profissional.
Conclui-se, que existem
várias barreiras e
dificuldades para a
implementação e falta de
adesão dos profissionais
adequada para o uso do
MC. A sensibilização da
equipe, educação
permanente, adequação
de recursos humanos,
trabalho multiprofissional,
valorização dos saberes
profissionais,
humanização do ambiente
e apoio gerencial são
fatores que facilitariam a
implantação do MC em
qualquer lugar do mundo.
Percebe-se a importância
do papel do enfermeiro
29

para a realização dos


cuidados humanizados
preconizados pelo MC aos
RNs.
NIETSCHE et Método Conhecer o Foram abordados três Notou-se que a
al., 2019 Canguru: contexto em que o assuntos como, MC: implantação do
estratégias de MC é desenvolvido concepções dos método se torna
Educação em uma UTIN a profissionais; Educação fraca por alguns
Permanente partir das ações de permanente: estratégias critérios como a falta
para sua Educação de ensino-aprendizagem; de engajamento por
implementação Permanente em MC e o trabalho em parte da equipe
e execução. Saúde. equipe: limites e multiprofissional, por
possibilidades. não saber os critérios
Observou-se que é de definição para a
importante que as realização do
instituições disponibilizem método e o mais
ações educativas aos importante a
profissionais da UTIN resistência por parte
antes de implementar o da mãe ao
MC. Por meio da desenvolver o
Educação Permanente método, fazendo
em Saúde é pode-se com que o MC não
estimular o trabalho em seja eficaz.
equipe e a reflexão crítica
do dia a dia do trabalho,
valorizando o
conhecimento de
profissionais envolvidos,
promovendo, assim, um
cuidado seguro, científico
e humanizado ao RN e
familiares durante a
execução do MC. No
entanto, pode haver
limitações para a
implantação do MC como,
sobrecarga dos
profissionais técnicos de
enfermagem, resistência
dos profissionais mais
experientes em aderir ao
método e dificuldade em
estabelecer critérios para
definir a aptidão do RN
para o MC.
NISI et al., Relação entre a Analisar a Foi possível nota que os O MC fornece um
2020 posição estabilidade RNs mantiveram a melhor
Canguru e a fisiológica e frequência cardíaca e desenvolvimento ao
estabilidade equilíbrio sono- saturação nos limites da neonato com ganho
fisiológica e vigília dos RNPTs normalidade, a de peso, vínculo
equilíbrio sono- de uma Unidade de temperatura corporal entre pais e filhos e
vigília de recém- Terapia Intensiva apresentou diferença uma melhor
nascidos Neonatal (UTIN) em estatisticamente segurança, pois,
prematuros na um hospital público significante variando entre estabiliza os sinais
UTIN e universitário, bem 36,5 e 36,7°. Os RNs vitais dos RNs
percepção como a percepção mudaram o estado
materna. materna quanto a comportamental e as
posição canguru. mães perceberam estas
mudanças durante a
realização do MC.
30

Sabe-se que posicionar os


RN com segurança,
sabendo que seus SSVV
continuarão estáveis na
posição canguru entre o
antes e o depois do MC,
valida o método, trazendo
para a equipe conforto e
confiança para servirem
de facilitadores na relação
entre as mães e seus
filhos. As mães notam
uma mudança positiva
após permanecer com
seus bebês na posição
canguru.
PARSA et al., O efeito do Avaliar o efeito do Observou-se que antes da MC contribui nos
2018 cuidado materno Cuidado Materno intervenção não houve níveis fisiológicos por
canguru sobre Canguru (KMC) diferença significativa este motivo deve ser
parâmetros sobre parâmetros entre os parâmetros implementado como
fisiológicos de fisiológicos de fisiológicos dos neonatos cuidados rotineiros
bebês bebês prematuros em grupos experimentais em neonatos
prematuros na no Hospital e de controle. No entanto, internados em UTIN.
cidade de Fatemiyeh, em após a intervenção, houve
Hamadan, Irã Hamadan, em diferença significativa
2016. entre os dois grupos em
termos de índices
fisiológicos.
O MC é uma boa maneira
de cuidar de bebês
prematuros e com baixo
peso ao nascer, pois
melhora os parâmetros
fisiológicos dos RNs
prematuros. Para
melhorar o estado de
saúde do RN prematuro, o
aumento da duração do
MC pode ser levado em
consideração pelos
formuladores de políticas
e prestadores de cuidados
de saúde.
SALIM et al., Cuidados Validar indicadores Os facilitadores para Apesar das fortes
2021 maternos selecionados de registrar o registro bases de evidências
cangurus: recém-nascidos e incluíam percepções de demonstrarem a
estudo de maternos para utilidade dos dados, efetividade do MC na
validação multi- acompanhamento enquanto as barreiras sobrevida dos RNs,
país en-BIRTH da cobertura e incluíam duplicação de ainda é lento sua
qualidade do elementos de dados e implantação nas
cuidado em trabalhadores de saúde instituições.
inquéritos e dados sobrecarregados. Foram
de rotina. identificadas lacunas na
qualidade do MC para
componentes de posição,
incluindo o uso de um
gorro.
Considera-se, que o
aumento do MC tem sido
lento, apesar da forte base
31

de evidências de que o
MC melhora a
sobrevivência de RN
estáveis. Priorizar novas
pesquisas de medição do
MC é importante para que
dados de alta qualidade
possa ser usados para
acelerar a ampliação do
cuidado de alto impacto
para os mais vulneráveis.
SILVA et al., Desafios Compreender as As condições Para uma aplicação
2018 gerenciais para condições que intervenientes na adesão de qualidade do MC
boas práticas do influenciam a às boas práticas de é preciso que haja
Método Canguru adesão e aplicação humanização na UTIN investimento para
na UTI Neonatal de boas práticas estão relacionadas uma melhor estrutura
por enfermeiros no principalmente aos nas equipes e
contexto do recursos humanos, gerenciamento para
gerenciamento do interação entre os se ter uma melhor
cuidado de profissionais, processos adesão de boas
Enfermagem no de trabalho e estratégias práticas na UTIN,
Método Canguru na de liderança e pelos profissionais.
UTI Neonatal. gerenciamento do
cuidado.
Considerando que o MC
apresenta diferentes
níveis de implementação
programática nas
maternidades e hospitais,
o MC como um conjunto
de boas práticas que
apesar de fortalecer os
valores humanísticos no
cuidado neonatal, ainda
enfrenta resistências e
limitações no que se
refere à adesão dos
profissionais. Os
enfermeiros relatam como
principais necessidades a
adequação de recursos
humanos, trabalho
multiprofissional,
programas de Educação
Permanente e
humanização do ambiente
da UTIN. Compreende-se
que o investimento em
melhorias para a
aplicação do MC depende
do significado e da
dimensão que a
experiência com o modelo
tem para os gestores e
líderes.
STELMAK; Aplicabilidade Identificar a O acolhimento, o incentivo A maior contribuição
FREIRE, 2017 das ações prevalência das ao toque, o aleitamento que o MC fornece
preconizadas ações preconizadas materno e o controle para uma assistência
pelo método pelo MC na prática ambiental são as ações de qualidade ao RN é
canguru de cuidados ao mais executadas pela o vínculo afetivo
32

recém-nascido pré- equipe, apresentando entre pais/filhos e a


termo e/ou baixo cada uma 97% de amamentação
peso, pela equipe aplicabilidade prática, e exclusiva, existindo a
de enfermagem de como as ações menos necessidade de
uma unidade de executadas, a troca de educação
terapia intensiva fralda em decúbito lateral permanente para as
neonatal que é 83% e banhos em cueiros equipes.
referência estadual 58%.
para o MC. Contudo, é possível notar
um fortalecimento na
implantação do MC, e uma
expressiva adesão às
ações preconizadas
relativas ao acolhimento,
inserção dos pais nos
cuidados, incentivo ao
aleitamento materno e
adequação ambiental, e
que o cuidado centrado na
família expressa grande
representatividade no
processo de
humanização. Porém,
existi uma lacuna entre o
conhecimento adquirido
nas capacitações do MC,
sendo assim, os
processos educativos em
UTIN devem ser
permanentes na tentativa
de sensibilização
continuada dos
profissionais em oferecer
assistência voltada para o
desenvolvimento
potencial de cada RN.
Fonte: Dados da pesquisa, 2022.
33

8 DISCUSSÃO
Os resultados obtidos por meio da revisão de literatura realizada refletem o
potencial que o MC tem em garantir uma assistência de qualidade ao RN na UTIN,
aliando as tecnologias duras e leves para a sensibilização da equipe multiprofissional.
De acordo com ARYA et al. (2021) com a utilização do MC são reduzidas as
chances de mortalidade melhorando assim a sobrevida neonatal, reduzindo também
o risco de infecção. Em vista disso CAÑADAS et al. (2022), também afirma a visível
redução na mortalidade e de infecções hospitalares, além disso o MC contribui para o
desenvolvimento do vínculo afetivo através da amamentação exclusiva que o método
proporciona os RNs desencadeando na melhora cardiorrespiratória do
desenvolvimento neurológico, cognitivo e emocional.
Diante disso, STELMAK; FREIRE (2017) mostrou em seu estudo a satisfação
das mães em relação a amamentação exclusiva diante do MC, apesar da equipe saber
aplicar o MC os profissionais demonstraram dificuldade em identificar as etapas do
MC no cotidiano do trabalho, sendo, necessário a capacitação da equipe
multiprofissional.
Portanto SALIM et al. (2021), demonstra que apesar dos fatores do MC
apresentarem efetividade na sobrevida dos RNs, sua aplicação ainda é lenta em
instituições hospitalares, faz-se necessário a divulgação do MC demonstrando suas
contribuições aos RNs.
ANGELHOFF et al. (2018), complementa que o método minimiza a separação
de pais/filhos, contribui com a estabilização cardiorrespiratória, destacando a resposta
positiva no nível de estresse sofrido devido ao ambiente da UTIN auxiliando assim,
em um ciclo de sono-vigília de qualidade. De acordo com NISI et al (2020) há uma
melhora no desenvolvimento do neonato de forma a garantir um ganho de peso e
segurança com a estabilização dos sinais vitais.
Em contrapartida, COUTTS et al. (2021) concorda em relação aos benefícios
fornecido pelo MC como um melhor desenvolvimento neurológico, diminuição do
estresse, melhora no vínculo entre mãe/filho, redução dos riscos de infecção, melhora
no padrão de sono e na diminuição da dor, porém, salienta que para a implantação do
MC tem-se algumas barreiras, como a falta de profissionais, falta de educação
permanente e treinamento sobre o assunto.
De acordo com esse pensamento CHELLANI et al. (2022) e o de LUZ et al.
(2021) relatam que apesar das contribuições positivas disponibilizadas pelo MC ao
34

RN, ainda é preciso investimento por parte das instituições para a adequação da
infraestrutura e contribuição para proporcionar conhecimento sobre o assunto para a
equipe multiprofissional.
De acordo com MEIRA et al. (2008), existem alguns fatores importantes que
podem contribuir para a dificuldade de implantar o MC na UTIN, sendo, o espaço
físico, a não formação especializada do enfermeiro para o ambiente de trabalho e a
falta de conhecimento e de interesse da equipe de enfermagem sobre o método. A
falta de conhecimento sobre o método faz com que os profissionais de saúde
associam o mesmo somente à amamentação e a posição do bebê concomitante com
a mãe, esquecendo assim das diversas vantagens e de seu ótimo custo-benefício
fornecido.
A gerência de enfermagem não bem exercida pode colaborar com as
dificuldades de implantação do MC, de forma a não proporcionar para a sua equipe
motivação, treinamento, estrutura apropriada do processo de trabalho e uma
supervisão adequada, tendo uma resistência dos profissionais de saúde em realizar o
método. Outros fatores que também devem ser citados é a falta de sensibilização
periódicas sobre o MC, insegurança dos profissionais, recursos humanos insuficiente,
falta de tempo e de autonomia profissional (LUZ et al., 2021).
Tendo em visto que o MC é realizado em três etapas, pode-se notar que a
dificuldade de implantação do método está associada na segunda e terceira etapas,
em questão do ambulatório para dar seguimento ao método após a alta hospitalar,
obtendo também uma resistência por parte dos profissionais, mães e familiares
(GONTIJO et al., 2010).
Pode-se também, encontrar dificuldades em relação a associação entre
tecnologia, relacionamento interpessoal, cuidado humano e participação familiar. O
MC não exige grandes investimentos, porém para a sua implantação e efetividade é
necessário que haja capacitação por parte dos profissionais de saúde, uma vez que a
mãe é a protagonista principal do cuidado ao RN (NEVES et al., 2006).
Com isso nota-se no estudo de NIETSCHE et al. (2019), que a implantação do
MC se torna fraca devido à falta de engajamento, capacitação, treinamento por parte
da equipe e falta de recursos humanos, sendo possível também uma resistência por
parte da mãe na realização o MC.
No contexto da UTIN, na maioria das vezes não é possível que o neonato inicie
o MC por estar muito debilitado e estar utilizando muitos equipamentos para auxiliar
35

na sua estabilização. Devido a isso se fazem necessários que os profissionais de


saúde em especial os enfermeiros saibam os critérios de inclusão e exclusão e sejam
devidamente capacitados para conseguirem aplicar o MC sem prejudicar a vida do
RN (LAMY et al., 2005).
Para que haja uma aplicação do MC adequada e de qualidade nas instituições
se faz necessário investir, de acordo com LEWIS et al. (2019) e SILVA et al. (2018),
pois, sem investimento de tempo e de recursos não é possível se ter um bom resultado
do método, podendo ser limitado a frequência e a duração da aplicabilidade do MC.
Apontam também a importância que os gestores têm quanto a implementação de boas
práticas voltada tanto para a saúde dos RNs quanto para os pais. Frisando também
ser de grande pertinência olhar para as condições do ambiente de trabalho no qual
estão inseridos, a fim de valorizar a equipe de saúde.
Contudo, PARSA et al. (2018) enfatiza que com os privilégios do MC se atinge
bons resultados na qualidade de vida dos RNs em níveis fisiológicos, sendo,
considerável sua introdução como cuidado rotineiro para neonatos internados na
UTIN.
A literatura é unânime em confirmar a importância do MC e seus benefícios
para o bom desenvolvimento dos parâmetros fisiológicos dos RNs e vínculo afetivo
com seus pais. É evidente também, a relevância da mãe para resolver e/ou amenizar
os problemas com a amamentação exclusiva, melhorando o vínculo afetivo. Contudo,
há algumas lacunas a serem melhoradas para que se tenha uma assistência de
qualidade prestada ao RN em UTIN, depende assim da estrutura física e adequação
dos profissionais para obter um bom resultado.
36

9 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considera-se que o presente estudo buscou identificar e analisar como o uso
do Método Canguru auxilia na qualidade de vida dos recém-nascidos internados em
Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, atingiu o objetivo proposto, pois efetivamente
o estudo demonstrou que foi possível identificar e discutir que o MC contribui para a
qualidade de vida do RN trazendo muitos benefícios, mais para isso é necessário
algumas intervenções como, a necessidade de aperfeiçoamento da equipe
multiprofissional através de educação permanente/continuada, treinamento e
motivação para exercer o cuidado com uma assistência adequada, estrutura das
instituições no que tange aos recursos físicos e humanos para melhorar a adesão do
MC através de investimentos com ambiente confortável e apropriado para a mãe pôr
em prática o método canguru.
O estudo partiu da hipótese, onde, a melhor forma de prestar uma assistência
para melhorar a qualidade de vida dos RNs internados na UTIN é através da utilização
do MC, porque seu público-alvo tem pouco tempo de contato com seus familiares. No
estudo fica claro a melhora significativa dos RNs após a utilização do método, sendo
confirmado a hipótese.
Observa-se que o método é capaz de contribuir para a qualidade de vida dos
RNs de forma que seus benefícios são validos o suficiente para reduzir taxas de
mortalidade e alta hospitalar precoce, desta forma, o conhecimento dos profissionais
sobre as diretrizes do MC é fundamental.
Diante disso, os benefícios que o MC dispõe ao RN auxiliam na sua qualidade
de vida de curto e a longo prazo, tendo como um dos primordiais a estabilização dos
sinais vitais trazendo resultados de imediato, possibilitando uma alta hospitalar
precoce.
Um ponto importante que foi abordado no estudo foi as legislações vigentes
para o uso do MC, destacando a Portaria nº 1.683, de 12 de julho de 2007, sendo
esta, a norteadora do processo por aprovar as Normas de Orientações para a
Implantação do MC, sendo composta com os principais paradigmas do método de
assistência, contribuindo assim para uma maior adesão no MC.
O MC traz vantagens ao RN quanto para a mãe que vai prestar o cuidado de
forma a utilizar a posição canguru, apontando como os mais citados o aleitamento
materno exclusivo, vínculo afetivo entre pais/filhos, desenvolvimento cognitivo,
intelectual e neurológico, redução da taxa de mortalidade e de infecções graves e alta
37

hospitalar precoce. Porém, pode notar que o MC pode oferecer malefícios aos RNs
em questão da estabilidade clínica, que muitas vezes não pode ser colocado em
posição canguru por necessitar de um suporte intensivo como a ventilação mecânica,
tornando o método inviável.
Através do uso do MC percebe-se que o vínculo afetivo entre pais/filhos é
aprimorado, de modo que o contato pele a pele dos membros promove estímulos
sensoriais e múltiplas alterações no organismo, visto que, a pele estimula a liberação
de ocitocina uma função importante no comportamento da mãe e RN, fornecendo
também a reconstrução rítmica.
Contudo, compreende-se que no cotidiano da prática profissional ainda há uma
baixa adesão da equipe multiprofissional na execução do método pela falta de
especialização, sobrecarga de trabalho, dificuldades no reconhecimento das
indicações para colocar o neonato em posição canguru e resistência por parte das
mães para executar a prática, com isso, uma gerência mal exercida colabora com
essas dificuldades na implantação do MC, decaindo sua efetividade.
Portanto, observou-se no estudo que as instituições se preocupam com a falta
de conhecimento por parte dos profissionais e se manifestam para que haja ações
educativas aos profissionais da UTIN, antes mesmo de implantar o MC, sendo
importante salientar a necessidade de discussões sobre o tema constantemente para
aperfeiçoar o trabalho desenvolvido pela equipe de enfermagem. Nota-se que existe,
um movimento de revigoramento do MC, e uma expressiva adesão às ações
preconizadas relativas ao acolhimento, inserção dos pais nos cuidados, incentivo ao
aleitamento materno e adequação da infraestrutura, e que a assistência centrada na
família expressa grande representatividade no processo de humanização.
38

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