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Esta evolução tem passado por várias fases, sendo as mais importantes a da pré-
história, onde tivemos a “idade da pedra” (2 milhões e 500 mil anos a.C até 3.000 anos a.C)
e a seguir, a “idade dos metais” que foi até o ano 1 d.C.
Nos tempos antigos, o trabalho era a ida ao campo para pescar, caçar, etc. Havia
riscos, ao pescar, de afogamento, de contaminação com águas estagnadas, de ataques
de animais que habitavam os ambientes marinhos ou ribeirinhos, etc. E havia risco, também,
nas atividades de caça, pois sendo escassos os animais, tinham que fazer longas
caminhadas para encontrá-los e abatê-los, sem armas, pois inexistiam na época, e havia
animais de grande porte e de alta periculosidade, a enfrentar, inclusve.
Hoje, se pensarmos nos riscos que corria o “Homo sapiens”, há 40 anos atrás, ou o
homem das diversas fases evolutivas já citadas, e se os compararmos aos riscos que corre,
atualmente, o homem moderno, perceberemos que apenas mudaram as formas e os tipos
de riscos, substituindo-se os animais pré-históricos (dinossauros e similares) por outros tipos de
risco do cotidiano dos ambientes de trabalho de fábricas e de outros setores produtivos e
de serviços, em geral, dentre os quais, por exemplo, os riscos das máquinas, que
comparados aos ditos animais horrendos, daquela era, possuem até igual ou maior
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potencial de risco (guindastes, gruas, empilhadeiras de grande porte, tratores, prensas,
guilhotinas e outros). Trocaram-se dentes, patas, unhas, garras e outras formas de agressão,
daqueles animais, por engrenagens, correias, polias, volantes, eixos e similares, tão
agressivos como aqueles.
Há 10 mil anos a.C, na Mesopotânea, o homem neolítico iniciou as suas atividades agrícolas
visando a produção de alimentos, iniciando-se a partir daí a revolução urbana, permitindo
a sua convivência em grupos mais organizados e protegidos.
No que trata da situação de saúde destes povos primitivos, a história se reporta, no caso
específico da saúde ocupacional, nosso foco de interesse, a 370 anos a.C, quando
Hipócrates ainda não diferenciava o tipo de atendimento e de tratamento dado a pessoas
da comunidade e a trabalhadores, de modo geral. Entretanto, o mesmo observou em
trabalhadores de minas subterrâneas, alguns casos de envenenamento por chumbo e fez o
registro destes casos.
Os Romanos, através da “Lex Acquilia” (286 a.C), demonstraram estar preocupados com os
acidentados no trabalho, geralmente, escravos. Os estudos que deram origem a esta lei
mencionam a morte injusta de escravos decorrente de acidentes do trabalho e os danos
causados por incêndios, fraturas ou outras formas de acidentes envolvendo prejuízos a
pessoas ou ao patrimônio.
Plínio e Galeno (Ano 1 a 100 d.C), em Roma, fizeram referência a casos de envenenamento
decorrente de trabalhos desenvolvidos em atmosferas contendo enxofre, zinco e vapores
ácidos. Inclusive, Plínio identificou o uso, por alguns trabalhadores, de bexigas animais,
como medida de prevenção para evitar a inalação de poeiras e fumos metálicos, em
ambientes onde estes elementos existiam em suspensão no ar. Pode-se dizer, com isto, que
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foram os primeiros Equipamentos de Proteção Individual – EPIs relatados, na história da
prevenção de acidentes e doenças ocupacionais.
No ano 2000 d.C, Galen, visitou uma mina de cobre, mas em seus trabalhos relacionados a
saúde pública em geral não consta nenhuma alusão a possíveis doenças de trabalhadores,
relacionadas ao trabalho que desenvolviam, naquela época.
No período de 1100 a 1200 d.C os povos bárbaros assimilaram dos romanos o conceito de
culpa, base para tornar efetiva a responsabilidade pelo acidente do trabalho. Entretanto,
aplicaram estes conceitos principalmente para atividades marítimas.
Em 1567, Paracelso, cognominado por alguns “o pai da Toxicologia” e por outros “o pai da
Medicina Integral” descreveu as doenças respiratórias afetas aos que trabalhavam em
minas subterrâneas, citando os riscos que corriam de envenenamento pelo mercúrio
metálico. Dizia ele: “todas as substâncias são venenosas. Entretanto, é a dose que
diferencia venenos de remédios.”
Alguns outros trabalhos também foram significativos, realizados por outros autores, caso da
pesquisa realizada pelo Dr. Percival Lott que descreve em detalhes a ocorrência de câncer
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ocupacional (câncer escrotal) entre os “limpadores de chaminés”, na Inglaterra,
ocasionados pela fuligem e pela falta de higiene dos mesmos. Em seu estudo comparativo
com os que exercem a mesma profissão, na Alemanha, constatou que estes últimos não
eram vítimas do mencionado “câncer escrotal”, pois eram usuários de Equipamentos de
Proteção Individual – EPIs e suas roupas eram ajustadas ao corpo, caso que não acontecia
com os limpadores de chaminés ingleses. Isto impedia que a fuligem penetrasse pela
cintura do trabalhador, atingindo o órgão escrotal, local onde se instalava a doença.
Na União Soviética, em 1708, Karl Max, em seu livro “O Capital” já advertia seu povo a
respeito da problemática do acidente do trabalho e das soluções que o Governo pretendia
adotar para a sua prevenção e controle. Em seus comentários, consta: "Eles mutilam o
trabalhador, reduzindo-o a um fragmento de homem, rebaixam-no ao nível do apêndice
de uma máquina, destroem todo resquício de atrativo de seu trabalho e convertem-no em
uma ferramenta odiada”.
A primeira “máquina de fiar” surgiu nesta época; depois vieram as primeiras “fábricas de
tecido”, inicialmente isoladas, situadas nas proximidades de cursos d’água onde houvesse
correnteza suficiente para movimentar as rodas d’água, e, posteriormente, com o advento
das “máquinas a vapor” as fábricas puderam ter a sua instalação em qualquer local,
contribuindo, significativamente, para a constituição das grandes cidades industriais,
daquela época. Entretanto, inexistiam edificações disponíveis para a instalação destas
Fábricas, e para tal foram improvisados galpões, estábulos e armazéns antigos. Isto tudo
gerou riscos os mais diversos, sendo uma nova fonte de acidentes e doenças ocupacionais
jamais presenciada, anteriormente.
Nestas Fábricas trabalhavam homens, mulheres e crianças das mais variadas idades,
geralmente desqualificados para o exercício da função que lhes era destinada. Estas
crianças eram compradas no interior do país por pessoas especialmente contratadas para
tal fim. Em decorrência disto, numerosos acidentes do trabalho aconteceram, naquela
época (1760 a 1830), tendo como agravantes adicionais a improvisação das edificações, já
citada, além da utilização de máquinas e equipamentos sem qualquer proteção, com
engrenagens, correias, polias, volantes e eixos expostos.
Problemas sociais, sanitários e de saúde pública também ocorreram neste período de 1760
a 1830, em razão da elevada concentração industrial existente nas grandes cidades. Estas
cidades não foram projetadas para receber tanta gente, ao mesmo tempo, faltando-lhes
infra-estrutura de redes de abastecimento de água e coleta de esgotos sanitários e do lixo
urbano e industrial. Surgiram, portanto, os primeiros problemas, na Inglaterra, de poluição do
ar (queima do lixo urbano e industrial e ainda, fumaça das chaminés das fábricas, dentre
outros); de poluição da água (industrial e urbana); poluição do solo; poluição visual e
acústica (sonora), dentre outros.
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Outro marco histórico, agora um acontecimento célebre, ocorrido na França, durante a
Revolução Francesa (período de 1789 a 1799) foi a luta pela supressão de uma série de
injustiças sociais a trabalhadores. Foram estabelecidas, neste período, regras para a
indenização de vítimas de acidentes do trabalho. Era, até então, negado ao empregado o
direito de se escusar a prestar determinados serviços que ele considerasse perigoso para si,
ou para terceiros. Isto resultava em açoites, encarceramento, detenção em casas
correcionais e marcação com ferro quente, nos casos de reincidência.
Em 1802, na Inglaterra, foi criada a primeira lei de proteção ao trabalho, limitando as horas
de trabalho para 12 horas por dia; proibindo o trabalho noturno para menores de 18 anos; e
tornando obrigatória a ventilação industrial e a lavagem das paredes da Fábrica, 2
vezes/ano.
Em 1830, ainda na Inglaterra, uma indústria contratou um médico para atendimento a seus
empregados segundo os preceitos da Medicina Curativa, somente. Não deixou, entretanto,
de ser considerado, também, um marco histórico, pois foi um passo dado na direção de
uma posterior Medicina Preventiva, a ser adotada, mais tarde, na Escócia, em 1842,
conforme será visto, adiante.
Nos Estados Unidos da América – E.U.A, em 1896, foi criada a Associação de Proteção
contra Incêndios dos Estados Unidos (NFPA: National Fire Protection Association).
Em 1911, nos EUA, ocorreu a Primeira Conferência Americana sobre Doenças Industriais e
em 1912, o Congresso Americano proibiu o uso do fósforo branco, na fabricação de
fósforos.
Em 1913, nos Estados Unidos, organizou-se o “National Safety Council” (Conselho Nacional
de Segurança) e em Nova York e Ohio foram criadas as primeiras Agências de Higiene
Industrial.
Em 1919, no Brasil, foi promulgada a 1ª Lei contra acidentes (Lei 3724/1919), que impunha
regulamentos prevencionistas ao setor ferroviário, já que nesta época eram praticamente
inexistentes outros empreendimentos industriais, de vulto. Ainda neste mesmo ano foi
constituída a Organização Internacional do Trabalho – OIT, cujos propósitos principais são a
luta pela melhoria das condições de trabalho; regulamentação das horas de trabalho;
estabelecimento da duração máxima da jornada de trabalho; concessão de salário digno
ao trabalhador; liberdade sindical; proteção dos trabalhadores contra a ocorrência de
acidentes do trabalho e de enfermidades (profissionais, ou não).
Em 1920, foi criado, no Brasil, o Departamento Nacional de Saúde Pública, com o propósito
de prestação dos primeiros serviços especializados, com poder de regulamentação e
fiscalização ocupacional. Esse Departamento incluiu em seu âmbito as questões de higiene
industrial e ocupacional.
Em 1922, nos Estados Unidos, foi criado o Curso de Graduação em Higiene Industrial, na
conceituada Universidade de Harvard.
No período de 1928 a 1932, o Bureau of Mines dos EUA (Departamento de Minas dos EUA)
conduziu pesquisas toxicológicas a respeito de gases, vapores e solventes. A partir de 1941,
este Departamento foi autorizado a inspecionar as Minas dos EUA.
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Em 1930, foi criado no Brasil pelo Presidente Getúlio Vargas, o Ministério do Trabalho,
Indústria e Comércio (Decreto nº 19.433, de 26/11/1930).
Em 1934, o Decreto 24637, instituiu no Brasil uma regulamentação bastante ampla sobre a
prevenção de acidentes do trabalho.
Em 1936, nos EUA, a Lei Walsh-Healy tornou obrigatórias para os fornecedores do Governo,
medidas de Higiene e Saúde Ocupacional. Isto significa que as Empresas que não tivessem
boas condições de Higiene do Trabalho, Segurança e Saúde Ocupacional não
conseguiriam participar de obras do Governo.
Em 1939, foram criadas nos EUA a AIHA – American Industrial Hygiene Association
(Associação Americana de Higiene Industrial); a ASA – American Standard Association –
(Associação Americana de Normalização), atual ANSI (Instituto de Normalização dos E.U.A -
American National Standards Institute). É importante citar que a ASA e a ACGIH são
responsáveis pela elaboração da primeira lista de concentrações máximas permissíveis”
para substâncias químicas, na Indústria.
Em 1941, no Brasil, foi criada por um grupo de profissionais da área de Higiene, Segurança e
Saúde Ocupacional, a Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes (ABPA). Esta
Entidade teve o apoio, para sua instalação, da Cia Auxiliar de Empresas Elétricas Brasileiras
e da Cia Nacional de Cimento Portland.
Em 1943, foi criada no Brasil a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho); em 1944, instituída a
CIPA - Comissão Interna para Prevenção de Acidentes; e em 1949, a primeira CIPA, na área
portuária, na Companhia Docas de Santos.
Em 1960, nos EUA, a AIHA e a ACGIH foram responsáveis pela organização do American
Board of Industrial Hygiene (ABIH) – Comitê de Higiene Industrial dos EUA.
Em 1962, a ABPA - Sociedade Civil brasileira, sem fins lucrativos, foi tornada de Utilidade
Pública, através do Decreto 1328, de 20/08/62.
Em 1964, o Decreto 7036, de 10/11/1964 atualizou a lei trabalhista brasileira, de 1934. Ainda,
neste mesmo ano, foi criado no país o Conselho Superior do Trabalho Marítimo (Lei nº 4.589,
de 11/12/1964), constituído por representantes dos Ministérios do Trabalho e Previdência
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Social; da Marinha ; da Agricultura e ainda, por representantes dos empregadores e
empregados.
Em 1966, nos EUA, foi criada a Lei de Segurança para Minas Metálicas e Não Metálicas.
Nesta mesma data, no Brasil, foi criada a Fundação Centro Nacional de Segurança, Higiene
e Medicina do Trabalho - FUNDACENTRO, através da Lei nº 5.161, de 21/10/1966. Esta
Entidade, pertencente ao Ministério do Trabalho e Emprego - MTE, teve como atribuições
básicas, dentre outras, a realização de estudos e pesquisas na área de segurança, higiene
e medicina do trabalho.
Em 1970, foi criada a OSHA – Occupational Safety and Health Act (Lei de Segurança e
Saúde Ocupacional dos EUA).
Em 1972, no Brasil, foi criado o Plano Nacional de Valorização do Trabalhador – PNVT, com
várias metas, visando a melhoria das condições de trabalho dos empregados em geral.
Dentre estas metas, a Meta V tratava das condições de satisfação e conforto dos
trabalhadores, no exercício de seu cargo/função. Também foi criado, nesta época, o
Conselho Consultivo de Mão de Obra (Decreto nº 69.907, de 07/01/72). Neste mesmo ano,
ainda, a Portaria 3237, de Julho/72 tornou obrigatórios os Serviços Médicos e os Serviços de
Higiene, Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) em empresas onde trabalhassem mais
de 100 (cem) empregados. O número de profissionais que atuariam no SESMT, segundo a
mesma (Engenheiros de Segurança do Trabalho, Médicos do Trabalho, Técnicos de
Segurança do Trabalho, Enfermeiros do Trabalho e Auxiliares de Enfermagem do Trabalho)
seria função do tipo de atividade da empresa; seu grau de risco; e número de
empregados. A graduação do risco é variável, de 1 a 4, sendo o grau de risco 1, pequeno,
2 médio, 3 grande e 4, crítico. O Quadro a seguir, obtido no site do Ministério do Trabalho e
Emprego
(www.mtb.gov.br/Empregador/segsau/Legislacao/Normas/conteudo/nr04/nr04i.asp) é
utilizado para a definição deste número de profissionais de segurança que devem compor
o SESMT da empresa, em função destes parâmetros citados.
Em 1976, foi criado no Brasil o Serviço Nacional de Formação Profissional Rural - SENAR
Em 1977, foi criado no Brasil o Conselho Nacional de Política de Emprego (Decreto nº 79.620,
de 18/01/1977).
Em 1991, foi extinto o Serviço Nacional de Formação Profissional Rural - SENAR (Decreto de
10/05/1991).
Em 1992, foram extintos pelo Decreto 509 de 24/04/92: o Conselho Nacional de Seguridade
Social; o Conselho de Gestão da Proteção ao Trabalhador; o Conselho de Gestão da
Previdência Complementar; o Conselho de Recursos do Trabalho e Seguro Social e o
Conselho Nacional do Trabalho. Neste mesmo ano o Ministério do Trabalho e Previdência
Social, passou a ser denominado Ministério do Trabalho e da Administração Federal (Lei nº
8.422, de 13/05/1992). Ainda em 1992, foi criado o Conselho Nacional do Trabalho (Lei Nº
8.490, de 19/11/1992) e o Ministério do Trabalho e da Administração Federal passou a ser
denominado, novamente, “Ministério do Trabalho”. Também em 1992, foi criada a FENATEST
- Federação Nacional dos Técnicos de Segurança do Trabalho.
Em 1994, duas importantes Normas Técnicas foram alteradas: NR 7, que trata do PCMSO –
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional e NR 9, que trata do PPRA -
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais.
Em 2003, no Brasil, foi criada a Secretaria Nacional de Economia Solidária (Decreto nº 4.764,
de 24/06/2003) e instituído o Fórum Nacional do Trabalho (Decreto nº 4.796, de 29/07/2003).
Em 2004, o Decreto nº 5.063, de 03/05/2004 cria uma nova estrutura regimental para o
Ministério do Trabalho e Emprego, estruturando a Ouvidoria-Geral e o Departamento de
Políticas de Trabalho e Emprego para a Juventude.
Acidente do trabalho
O termo “evento casual” significa que o acidente não pode ser provocado
intencionalmente pela vítima e o termo “danoso para a vida ou para a capacidade
laborativa” significa que o acidente, para ser considerado “do trabalho”, na acepção do
termo, deve para tal, provocar algum tipo de ferimento ou lesões no trabalhador, que o
prejudique na execução das tarefas comuns a sua profissão, a partir de então, ou interfiram
na sua produtividade, parcial ou totalmente, em razão do acidente sofrido(braço
engessado, necessidade de muletas para caminhar, etc.).
Nos casos em que as lesões sejam muito leves, não levando o acidentado a se afastar do
trabalho, em decorrência do acidente de que foi vítima, ou seja, quando retornar ao
trabalho no dia seguinte ao dia do acidente, em horário habitual de entrada em serviço,
este acidente será denominado “acidente sem afastamento”. Idêntica terminologia seria
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“acidente sem perda de tempo–SPT”. Caso o empregado não retorne, no dia seguinte ao
dia do acidente, no horário habitual de início de suas atividades diárias, o acidente será
denominado “acidente com afastamento” ou “acidente com perda de tempo – CPT”.
Somente esta última categoria é do interesse do Instituto Nacional de Seguridade Social –
INSS, para fins de Comunicação do Acidente do Trabalho, através de um documento
intitulado CAT (Comunicação do Acidente do Trabalho), atualmente, inclusive,
disponibilizado para envio direto ao INSS, pela Empresa, via Internet.
Uma outra situação digna de menção é que qualquer acidente que ocorra com um
empregado, quando o mesmo estiver “a serviço do empregador”, executando tarefa
“dentro ou fora” da empresa onde trabalha, a ele designada pelo empregador ou por seus
prepostos, (atropelamento por carros, motos, bicicletas e similares) este acidente deve ser
considerado como sendo “acidente do trabalho”. Idem, quando o empregado se
acidenta durante “viagens, a serviço da empresa”. Durante todo aquele período em que
estiver executando as atividades determinadas pelo empregador, caso se acidente, seja
na região onde estiver, no avião (ida e volta), em táxis e similares, estará coberto pelo
seguro de acidente do trabalho do INSS.
Ainda sobre o Conceito Legal de Acidente do Trabalho considera-se também como “do
trabalho” o acidente sofrido pelo empregado no local e horário de trabalho em
conseqüência de ato de sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro, inclusive
companheiro de trabalho; ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de
disputa relacionada com o trabalho; ato de imprudência, de negligência ou de imperícia
de terceiro, inclusive companheiro de trabalho; ato de pessoa privada do uso da razão;
desabamento, inundação ou incêndio; outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior
que possam levar alguém, no exercício do trabalho, a se acidentar ou a adquirir, como sua
conseqüência, uma doença ocupacional.
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O terceiro e último conceito clássico de “acidente do trabalho” é o Conceito
Prevencionista ou Técnico que considera importante registrar não somente os acidentes do
trabalho que levam a lesões físicas ou a doenças ocupacionais, mas também, os acidentes
que levam a “perda de tempo” e a “danos materiais”.
Este conceito leva ainda em consideração os acidentes “sem afastamento”, que o INSS
não contabiliza em seus registros. Considera importante o registro dos “incidentes”, ou seja,
as ocorrências que não ocasionam lesões físicas, nem doenças ocupacionais, mas que, em
outros momentos (dependendo do dia da semana, horário, etc.) poderiam causar lesões
em algum trabalhador da empresa. Uma queda acidental de uma luminária, de
madrugada, em um escritório onde se trabalhe somente em horário administrativo, não
causaria lesão em ninguém; entretanto, se caísse no horário normal de trabalho, poderia
ferir algum empregado do setor, causando lesões (acidente do trabalho, com ou sem
afastamento, dependendo da gravidade da lesão).
Obviamente, dentre todos os conceitos o que mais nos interessa adotar é o Conceito
Prevencionista ou Técnico, pois engloba todos os demais conceitos apresentados: Conceito
Geral e Conceito Legal.
Os acidentes do trabalho podem ocorrer unicamente por duas causas: atos e condições
inseguras.
Os “Atos Inseguros” são considerados como sendo aquelas “ações contrárias à segurança
e saúde ocupacional”, intencionais, ou não, praticadas pelos trabalhadores, durante o
desempenho de suas atividades/operações.
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H
O
M
E A
M Fatores Pessoais Atos
de Insegurança C
Inseguros I
D Lesões Físicas
E Danos Materiais
N Perda de Tempo
T Doenças Ocupacionais
E
S
e/ou
D
O
E
M A N
E M Ç
I B Fatores A
Condições
O I S
Materiais Inseguras
E
N
T
E
• Define-se AT como:
"o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa provocando lesão
corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou a redução,
permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho".
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Ora, se a doença profissional e a do trabalho são causadas ambas pelos agentes
patogênicos listados no Anexo II, do Decreto 3.048, o modo de exposição (inerente ou
circunstancial) não poderia justificar a diferença de denominação: trata-se da mesma
doença.
Não constituindo o exercício do trabalho a causa exclusiva, mas uma concausa, não se
exclui o direito à reparação do acidente ou doença ocupacional, princípio que é firmado
pelo inciso I do art. 21 da Lei nº 8.213/91.
• Equipara-se ao AT:
• o acidente ligado ao trabalho, mesmo que este não seja a causa única;
• o acidente sofrido no local e no horário de trabalho em conseqüência de:
• Agressão, sabotagem, terrorismo etc.;
• Ofensa física intencional, por motivo de disputa relacionada ao
trabalho;
• Ato de imprudência, negligência,ou imperícia de terceiros;
• Ato de pessoa privada de uso da razão;
• Desabamento, inundação, incêndio etc.
Algumas definições são necessárias para que possa ser calculada a “Taxa de Freqüência” e
a “Taxa de Gravidade” dos acidentes ocorridos em uma Empresa.
- Taxa de Gravidade (TG) - Tempo computado (dias perdidos + dias debitados) por milhão
de horas-homem de exposição ao risco, em determinado período. Esta taxa deve ser
expressa por números inteiros e calculada pela seguinte expressão:
Tempo
perdido
Parcial
Morte
Total
Dias debitados
Incap. permanente
Parcial
Lesão com
perda de Morte
tempo Total
Incap. Permanente
Parcial
Incap. temporária
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Tabela de dias debitados
Exemplo Prático
TG = 6.023
Quanto à Taxa de Freqüência não se alterou em nada, pois continuou sendo 4 o número de
acidentados, não importa se o indivíduo morreu ou não.
Da mesma forma, a “taxa de gravidade” não nos fornece nenhuma informação a respeito
do número de acidentes ocorridos, pois seu cálculo se baseia na soma do número total de
dias de afastamento do trabalho (dias perdidos) de um ou mais empregados que deixaram
de ir ao trabalho em decorrência de acidentes do trabalho com os “dias debitados” de
cada um destes mesmos acidentes (agora, apenas os que forem do tipo incapacitantes -
total ou parcialmente). Estes “dias debitados” são baseados em dados de uma Tabela
definida pelo INSS onde constam dados a respeito do número de dias que este Instituto
considera ser equivalente à gravidade da lesão incapacitante sofrida (variável de 0 a 6.000
dias).
Riscos profissionais
É importante também citar que os riscos de ambiente podem ser mais ou menos lesivos a
determinadas pessoas, do que a outras, isto devido à “susceptibilidade individual”, que
cada um detém, em razão de sua raça, cor da pele, hábitos, doenças hereditárias, etc.
Agentes físicos
Os “agentes físicos” são assim denominados pois apenas provocam “ação física” sobre o
organismo humano, ou seja, ao incidirem sobre o indivíduo exposto ou sobre partes de seu
corpo, não interferem na composição sanguínea ou dos tecidos humanos, nem no
funcionamento dos seus respectivos órgãos internos.
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e/ou de corpo inteiro); as pressões anormais; as radiações ionizantes (alfa, beta, gama); as
radiações não-ionizantes (ultravioletas, infravermelhas, laser e microondas), e a umidade.
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Agentes químicos
Os “agentes químicos” são assim denominados pois produzem “ação química” sobre o
organismo humano, ou seja, atuam diretamente sobre o indivíduo a eles expostos ou sobre
partes de seu corpo, podendo interferir (ou alterar) na composição sanguínea ou afetar
significativamente os tecidos humanos e ainda, o funcionamento normal dos órgãos
internos do corpo.
Os principais tipos de riscos químicos que atuam sobre o organismo humano, causando
problemas à saúde, são os gases, vapores e aerodispersoides (poeiras, fumos metálicos,
névoas, neblinas e fumaça).
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Quadro - Aerodispersóides e mecanismos de ação sobre o organismo
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AGENTE QUÍMICO ATIVIDADES
Fabricação de desinfetantes, tintas, corantes, perfumes, produtos
Anilina plásticos, de borracha e químicos. Presente em produtos
fotográficos, litografia e gráficas.
Indústria de vidros e cristais, fabricação de inseticidas, parasiticidas e
Arsênico de tintas. Indústrias extrativas e metalúrgicas, conservação de peles
e de madeira.
Fabricação de ligas metálicas, baterias, pigmentos, pesticidas e
Cádmio amálgama dentária. Indústria do vidro, reatores nucleares e
galvanoplastias.
Fabricação de baterias, pigmentos, cerâmicas e condutores
Chumbo inorgânico
elétricos, funilaria, soldagem e indústria petroquímica.
Aditivos usados na gasolina e presente, também, nas atmosferas de
Chumbo tetraetila tanques de gasolina, por ocasião de sua limpeza ou em atividades
de manutenção interna desses tanques.
Fabricação de tintas, cerâmicas e ligas metálicas, galvanoplastia,
Cromo hexavalente
curtimento de couro, indústria têxtil e fotográfica
Fabricação de anestésicos, aromatizantes, resinas e solventes.
Dicloro metano Extração de gorduras, acabamento de couro, embalagem de
aerossol
Dimetil-formamida Indústria química e farmacêutica
Fabricação de resinas, borracha, rayon, verniz e massa de
Dissulfeto de carbono
vidraceiro. Usado também na indústria têxtil
Ésteres organo- Fabricação, manipulação, embalagem, transporte, armazenagem e
fosforados e aplicação de inseticidas
carbamatos
Estireno Indústria química, de plásticos e de borracha
Etil-benzeno Indústria química e petroquímica
Indústria de plásticos, resinas e piche; fabricação de corantes e anti-
Fenol
oxidantes. Removedor de manchas e fundição
Indústria de alumínio, fabricação de lâmpadas foscas, refinaria de
Flúor ou fluoretos urânio, cerâmicas, polimento de cristais, descorante, removedor do
bronze, inseticidas
Fabricação de termômetros e barômetros, de cloro e de soda,
Mercúrio inorgânico indústrais químicas, laboratórios químicos, indústria eletrônica e
chapelaria, corantes e fungicidas.
Fabricação de ácido acético, esmalte, bronzeador, tingidor,
Metanol chapéu de feltro, indústria de plumas, fotogravura e douração.
Também é usado como combustível de veículos automotores
Metil-etil-cetona solventes
Prova de motores à explosão, solda a arco, refinarias de petróleo,
Monóxido de carbono
siderúrgicas e fundição
Indústria de borracha, plásticos, pneus, tintas e solventes. Usado na
N-hexano extração de óleos vegetais, na indústria farmacêutica e de
cosméticos e em tinturarias.
Fabricação de explosivos e de corantes de anilina, indústria de
Nitro -benzeno
polimento e gráficas
Pentaclorofenol Conservante de madeira, herbicida, fungicida, praguicida
Lavagem a seco, solvente, desengraxantes, operação de
Tetracloro -etileno
fosfatização
Fabricação de benzeno, solventes, sacarina e perfumes. Operações
Tolueno
nos fornos de coque, aditivo à gasolina, para aviação.
Lavagem a seco, removedor de manchas, limpeza de máquinas e
Tricloro -etano
propelentes
Lavagem a seco, desengraxantes, solventes e operação de
Tricloro -etileno
fosfatização
Fabricação de adesivos, de ácido benzóico e verniz, solvente e
Xileno desengraxante. Usado na indústria do couro e como aditivo da
gasolina para aviação
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Agentes biológicos
Geralmente as doenças ocasionadas por estes riscos biológicos podem ter a sua
prevenção fundamentada em vacinação dos empregados da empresa contra algumas
doenças passíveis de ocorrer em razão das atividades/operações e ambientes nos quais
trabalham. No caso, por exemplo, de empregados que trabalham em galerias de esgotos
ou de Estações de Tratamento de Esgotos, ou então, lixeiros ou trabalhadores de Usinas de
Tratamento de Lixo, “devem ser vacinados” contra “febre tifóide e tétano”, principalmente,
dentre outras vacinas que seria prudente também tomarem (hepatite A, por exemplo, para
o caso dos trabalhadores dos esgotos).
Os Equipamentos de Proteção Individual – EPIs também devem ser utilizados (botas e luvas
impermeáveis), para ambas profissões, sendo que a bota dos trabalhadores dos esgotos
deve ser de cano longo e muitas vezes, chega a ser um macacão impermeável que vem
até a altura do peito, se trabalham em galerias de esgotos.
Os insetos que merecem cuidados nos ambientes laborais são os marimbondos e abelhas
que costumam se aninhar em suas dependências, ou freqüentar determinados locais de
trabalho onde existam doces ou açúcar em abundância, caso específico das abelhas.
Caso haja indivíduos alérgicos à picada de um ou outro destes insetos, há risco de morte,
inclusive, por fechamento de glote, o que constitui-se em um grande risco, pois poucas são
as pessoas que têm ciência se são ou não alérgicas a picadas de insetos.
Não se pode, ainda, deixar de considerar o risco de contrair-se doenças provocadas por
mosquitos, tipo dengue, febre amarela ou malária, quando as empresas se situam em áreas
onde estes tipos de doenças sejam endêmicas.
Outros tipos de doença podem vir a ocorrer com profissionais em decorrência de mordida
de cães, no caso particular de carteiros, por exemplo, que devido a isto podem vir a
contrair a “raiva canina”, além de infecções provocadas pelos dentes contaminados
destes animais, não descartando-se também o risco de até sofrerem mutilações, se
mordidos nos braços e mãos, principalmente.
Quando existe falta de higiene na guarda de alimentos (açúcar, biscoito ou outros), nos
restaurantes das empresas, por exemplo, há sempre o risco de contaminação destes
alimentos por ratos, ratazanas, camondongos, moscas e baratas. Isto pode se constituir em
um fator de risco para alguns empregados que podem, caso ingiram alimentos
29
contaminados, contrair doenças do tipo gastroenterite, e outros males intestinais. Esta
mesma preocupação deve existir com a água potável utilizada pelos empregados em
geral. Acrescente-se a isto a falta de copos descartáveis nos ambientes de trabalho; de
toalhas de papel para enxugo das mãos, após sua lavagem; de tampas nos recipientes de
papel, nos banheiros dos diversos setores de trabalho; de ausência de desinfetantes para as
mãos, nas pias e lavatórios da empresa; a falta de chuveiros, lavatórios e vasos sanitários
em número suficiente para uso dos empregados; e a ausência de armários individuais para
a guarda dos pertences dos empregados. Estes armários, inclusive, devem ser individuais,
ventilados e devidamente lacrados, para permitir a privacidade e segurança dos pertences
do empregado, e para evitar a entrada de insetos e pequenos animais em seu interior
(baratas e camondongos, dentre outros).
Agentes ergonômicos
Este texto sobre Agentes Ergonômicos sintetiza a Apostila elaborada pela Dra. Lys Esther
Rocha, Auditora Fiscal do Trabalho da DRT-SP, para subsidiar as reuniões de treinamento
sobre a Aplicação Prática da Norma Regulamentadora NR 17-Ergonomia para Auditores
Fiscais do Trabalho, em saúde e segurança no trabalho. Nesta apostila constam textos de
outros autores, sendo o abaixo de responsabilidade do também Médico do Trabalho e
Ergonomista Dr. Carlos Alberto Diniz Silva, Ex-Agente de Inspeção do MTE.
- seu ouvido não é sensível aos sons apenas como um microfone e um amplificador;
- os riscos a que está submetido no trabalho não são análogos aos de um dispositivo
técnico, apesar de termos análogos aplicados ao Homem e à máquina: fadiga, desgaste,
envelhecimento, polias, válvulas, juntas, bombas, tubos.”
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- a corrente produtivista que procura a adaptação dos meios de trabalho ao homem; e
- os próprios usuários: desde a pré-história havia uma busca incessante por instrumentos que
pudessem melhorar o desempenho humano, como os machados de pedra, os estiletes etc.;
- físicos e fisiologistas que tentavam medir o custo energético do trabalho, o rendimento etc.
A Idade Média conheceu um grande interesse pelos fatores ambientais. Fatores como o
calor, a umidade, as poeiras e os agentes tóxicos eram correlacionados com o estado de
saúde. Os males do sedentarismo entre os tabeliães também eram comentados.”
“Já no século XIX, Patissier se volta para o saturnismo e a silicose e insiste na proteção
individual. Preconiza o uso de bexigas animais para proteção respiratória e de óculos para
proteção contra corpos estranhos. Ele recomenda aos ourives levantar a cabeça de vez
em quando e olhar para o infinito como modo de evitar a fadiga visual. Também preconiza
proteção nos moinhos e concebe máquinas para diminuir o esforço físico, como as
máquinas de lavar.”
“De suma importância, é a criação por Villermé da inspeção do trabalho entre 1874 e
1892.”
“Até Villermé, o interesse era restrito à insalubridade. Ele vai além. Verifica que o trabalho
forçado, as condições dos alojamentos, a qualidade da alimentação e o “salário abaixo
das necessidades reais” exerciam grande influência sobre o mau estado de saúde. Ou seja,
em alguns casos a falta de alimentação e as más condições de vida extraprofissional eram
mais responsáveis pelo estado de saúde que a nocividade derivada das condições de
trabalho propriamente ditas. Assim, Villermé alarga o campo da patologia profissional e
inclui nesta o conceito de fadiga e envelhecimento precoce.”
“Até 1851, todos compartilham das idéias de Villermé. Depois, há uma ruptura:os médicos
higienistas começam a negar as influências das condições de trabalho industrial sobre a
saúde, baseados em argumentos estatísticos ingleses mal interpretados. Estes mostravam
que a esperança de vida variava de acordo com a profissão mais que com o meio
ecológico. O efeito do ambiente urbano era ilusório: era devido à concentração urbana
das más condições de trabalho. Os franceses se aproveitaram dos dados que indicavam
maior esperança de vida para os membros da sociedade de seguros composta, sobretudo,
de pequenos burgueses, empregados ou autônomos. Daí, concluírem que a riqueza não
determinava a esperança de vida mas sim quando o ganho é apenas do necessário.”
“Até o fim do século XIX, só se reconhece o trabalho físico. O homem é visto como um
sistema de transformação de energia e nenhuma importância é dada aos aspectos
cognitivos.”
“Vaucanson (metade do século XVIII) projeta autômatos que encanta, inclusive, os reis.”
“Portanto, até o início do século XX, o trabalhador é visto como um sistema transformador
de energia. Os riscos do trabalho são conhecidos mas as ações para limitá-los são
modestas. Um exemplo disto é o saturnismo. Esta patologia é conhecida há 25 séculos mas
só em 1904 a proibição do carbonato de chumbo é debatida no parlamento francês. Os
proprietários de empresas de pintura dizem que os empregados se intoxicam por falta de
uso de EPI. Clemenceau, que era médico, defende a proibição argumentando que é
impossível trabalhar evitando o contato com o chumbo. O decreto só proibia o contato da
mão na massa de pintura. Ora, analisando a atividade, Clemenceau constatou que os
pintores tinham tinta até abaixo dos punhos, região não protegida pelas luvas. Logo, as
luvas de cano curto não protegiam eficazmente. O decreto proibia também o lixamento e
32
o polimento a seco de superfícies pintadas. Ora, lixamento e polimento por via úmida é sete
vezes mais caro que pelo método a seco. Daí, como obrigar os empresários a utilizar o meio
mais caro? Além disso, os inspetores do trabalho só podiam punir os empresários se
constatassem a operação no momento em que era realizada. Testemunhos retrospectivos
não valiam para lavrar a infração.Logo, havia necessidade de um batalhão de fiscais
inspecionando toda obra em fase de pintura.”
Sobre o Século XX, “Jules Amar e Frémont simulam atividades profissionais em laboratório”.
Imbert e Lahy fazem estudos de campo. Jules Amar estuda, na Argélia, as ações da luz
sobre os seres humanos. Protesta contra a exploração sem limites da energia humana. Mas
emite opiniões racistas afirmando que os marroquinos eram mais rápidos e produtivos que
os árabes. Ele redige o livro “O motor humano”, obra em que faz contraponto a Taylor e
seus “Princípios de Organização Científica do Trabalho.” Ele defende uma filosofia baseada
em um modo energético: “o trabalho é o exercício de uma força para vencer uma
resistência.” E tem uma preocupação produtivista com uma vertente social. Um exercício
indisciplinado acompanha-se de numerosas contrações sem efeito o que faz aumentar a
fadiga. A fadiga é prejudicial à saúde individual e à coletividade. Jules Amar age sobre as
condições de trabalho. Ele propõe que os baixinhos sejam elevados até à altura das
máquinas. Posiciona instrumentos à esquerda para os canhotos e preconiza temperaturas
ambientais mais adequadas à execução das tarefas. Atua também sobre a seleção de
pessoal. Ele defende a seleção, porém, sem eliminar ninguém, diferentemente de Taylor. Na
sua obra “O motor humano”, ele modera os princípios da divisão do trabalho ao propor que
deve haver coordenação entre todas as instâncias e condena a divisão extrema das
tarefas, principalmente, a concepção dos meios e da organização do trabalho divorciados
da execução. Como sabemos, este divórcio está na origem de toda a inadaptação
industrial que até hoje ainda não conseguimos superar. Ele também propõe o rodízio para
evitar o enfraquecimento das faculdades não utilizadas. O melhor de Jules Amar é que fez
estudos muito precisos e bem analíticos, levando em conta a postura, os gestos, a
velocidade dos gestos, as pausas como, por exemplo, na tarefa de lixamento de metais. O
que não o impediu de emitir opiniões racistas. Frémont interessa-se, sobretudo, pelas
ferramentas. É o primeiro a levar em conta a variação inter-individual, rejeitando, então, os
valores limites e os valores médios. A variação inter-individual quer dizer que os indivíduos
são diferentes uns dos outros em suas medidas antropométricas, capacidades,
comportamentos e funcionamento psíquico. Logo, os limites para o trabalho humano tão
almejado pelos fisiologistas revelam-se impossíveis de serem estabelecidos pois o que seria
aceitável para um ser humano não o seria para o outro. Hoje sabemos bem da
impossibilidade de os vários segmentos corporais de um mesmo indivíduo estarem todos na
medida média. Ou seja, se alguém se situa na média de altura os outros segmentos
corporais não necessariamente estarão na média.”
“Lahy interessa-se pela psicologia experimental. Ele estuda datilógrafos, condutores de trem
e linotipistas. Ele retoma as idéias de Jules Amar sobre o desperdício do capital humano mas
desemboca apenas na seleção de pessoal e na orientação vocacional.”
“Imbert faz estudos sobre a fadiga em catadores de mariscos e estivadores. Ele observa que
os catadores de mariscos para depositar sua carga preferem caminhar privilegiando os
locais em que a areia está mais compactada e não apenas caminhar em linha reta até o
ponto para descarga. Ou seja, numa linguagem mais moderna, eles adotam um modo
operatório que se revela menos fatigante. Faz também uma correlação entre freqüência
de acidentes em estivadores e quantidade de horas trabalhadas. Sua explicação é a de
que era a fadiga a responsável pelo aumento da freqüência.
“Faverge era matemático. Ele começa estudando o valor preditivo dos testes
psicotécnicos. Depois, presta atenção à atividade humana e fornece as primeiras bases
para a análise ergonômica do trabalho. Muito humilde, ele dizia que “Não encontramos
nada (de novo). Contentamo-nos de fazer aparecer o que estava na sombra.”
“Como os estudos sobre a fadiga não foram capazes de desembocar em efetiva melhoria
das condições de trabalho, a ergonomia francofônica opta pela noção de carga de
trabalho. Privilegia os estudos de campo que enfocam a análise global da atividade. Esta
categoria tem se revelado bastante eficaz na orientação das transformações pois agora
leva-se em conta também as estratégias adotadas pelos trabalhadores na resolução de
34
problemas colocados pelas exigências contraditórias das tarefas. A análise da atividade
também aproxima os analistas dos reais problemas enfrentados no cotidiano. Esta
abordagem distingue a ergonomia francofônica da anglofônica ou dos “Human Factors”
que decompõe a atividade profissional em elementos específicos estudados
separadamente, tomando por critério o desempenho.”
- evidenciar que os trabalhadores devem resolver problemas outros que aqueles colocados
pelos experimentadores em laboratório;
- “Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas, por um
trabalhador, cujo peso seja suscetível de comprometer sua saúde ou sua segurança.”
- “O mobiliário deve ser concebido com regulagens que permitam ao trabalhador adaptá-
lo às suas características antropométricas (altura, peso, comprimento das pernas etc.).
Deve permitir também a alternância de posturas (sentado, em pé etc.), pois não existe
nenhuma postura fixa que seja confortável.”
35
- “Entre a população trabalhadora há indivíduos muito pequenos e muito grandes.É difícil
conceber um mobiliário que satisfaça a esses extremos. O recomendável é que o mobiliário
permita uma regulagem que atenda a, pelo menos, 90% da população em geral.”
- “As regulagens dos planos de trabalho permitem também uma adaptação à tarefa. Por
exemplo: onde há necessidade de grande esforço pelos membros superiores, um plano
mais baixo permite que a força seja exercida com o antebraço em extensão que é a
posição onde se consegue maior força. Por outro lado, se há grande necessidade de
controle visual da tarefa (por exemplo, costurar) um plano mais elevado aproxima dos olhos
o detalhe a ser visualizado. Concluindo, o mobiliário deve ser adaptado às características
antropométricas da população e também à natureza da tarefa”.
- “Sempre que o trabalho puder ser executado na posição sentada, o posto de trabalho
deve ser planejado ou adaptado para esta posição”. “Na verdade, os postos de trabalho
devem ser projetados de modo a permitir aos trabalhadores a alternância de postura. Toda
postura fixa ao ser mantida por longo período é desconfortável, mesmo a sentada.”
- “Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito de pé, as bancadas, mesas,
escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao trabalhador condições de boa postura,
visualização e operação e devem atender aos seguintes requisitos mínimos:
- “A NR 17 faz uma menção especial aos locais de trabalho onde são executadas
atividades que exijam solicitação intelectual e atenção constantes.” A temperatura,
velocidade e umidade relativa do ar, além do ruído, possuem valores definidos nesta
Norma, objetivando melhores condições de satisfação dos trabalhadores.”
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A respeito da Organização do Trabalho, entende-se que “organizar, no sentido comum, é
colocar uma certa ordem num conjunto de recursos diversos para fazer deles um
instrumento ou uma ferramenta a serviço de uma vontade que busca a realização de um
projeto. Em toda organização aparecem conjuntamente os problemas de cooperação e
hierarquia. Mas, qualquer que seja a forma que a hierarquia assuma, e qualquer que seja o
meio pelo qual a cooperação se realize, elas não são puramente violentas e arbitrárias. A
organização, seus objetivos, seus procedimentos, concernem, segundo modalidades
próprias, às diferentes categorias de atores que dela participam. Ou, para dizer a mesma
coisa em outros termos, uma das condições de sobrevivência, bem como da eficácia da
organização, é sua capacidade de motivar seus participantes” (BOUDON &BOURRICAUD,
1993:408).”
A análise a ser feita, a seguir, é a de “situações onde as queixas dos trabalhadores são mais
numerosas ou contundentes”; “de locais onde as conseqüências de problemas é mais
grave”; “de dispositivos cujo funcionamento depende de muitos postos de trabalho”; “de
situações onde a mudança, a médio e longo prazo na tecnologia se faz necessária”; “de
uma situação que não seja fortuita, efêmera e que se mantenha ao longo do estudo”; e,
“de uma situação onde seja possível a realização do estudo”.
“Qualquer que seja o Critério escolhido, este deve ser discutido junto às pessoas da
empresa para escolha das situações críticas.”
Após termos esta visão genérica da atividade da empresa, passa-se a procurar identificar
ou definir algumas questões-chave, “observando-se o que acontece na situação de
trabalho e entrevistando trabalhadores diretos ou próximos, de forma a obter detalhes
sobre as atividades.”
39
regulações ao nível do homem, do posto de trabalho e do sistema; as principais ações do
operador sobre a máquina, as entradas e suas saídas.
Sobre as máquinas e equipamentos, os itens de interesse são: estrutura geral das máquinas
e equipamentos; dimensões características (croquis, fotos, fluxogramas de produção);
órgãos de comando das máquinas e equipamentos; órgãos de sinalização das máquinas e
equipamentos; princípios de funcionamento das máquinas e equipamentos (mecânicos,
elétricos, hidráulicos, pneumáticos, eletrônicos, etc); problemas aparentes observados nas
máquinas e equipamentos; aspectos críticos evidentes nas máquinas e equipamentos.
O Indivíduo que se acidenta tem como principais prejuízos a dor física provocada pelo
acidente; mutilações, em alguns casos (o que concorre para a redução de sua
produtividade, na ocasião de retorno ao trabalho); doenças (infecções, tétano e outras);
ou a própria morte.
A família do acidentado tem elevados prejuízos devido ao acidente ocorrido com o seu
membro principal, o “chefe da família”. Os prejuízos a que nos referimos vão desde maiores
despesas e maior perda de tempo que todos os seus familiares têm, para poderem cumprir,
à risca, as determinações médicas relativas à sua alimentação (dietas especiais: mingau,
sopa, canjas de galinha e comida “sem sal”), aos cuidados com ele (curativos – em casa,
na farmácia e no médico), aos exames a que deve se submeter (médicos e laboratoriais),
aos cuidados especiais com a sua higiene pessoal (banho, escovação de dentes, corte de
unhas e cabelos, etc.), à dedicação integral ao paciente, quer seja no controle rigoroso do
horário dos remédios como em atividades de vigília noturna (medição de temperatura
corporal, periodicamente levar o acidentado ao banheiro para atender às suas
necessidades fisiológicas, e outras).
Outra situação que leva a perda de tempo e que deve ser considerada como prejudicial
ao rendimento familiar refere-se ao atendimento a telefonemas de pessoas amigas que
desejam receber informações a respeito do estado de saúde do acidentado, e também, o
recebimento de visitas em casa (de Chefes, de colegas de trabalho, de amigos
particulares, de parentes, vizinhos, etc.). Como gesto de cortesia e gratidão é comum os
Familiares do indivíduo acidentado convidarem os visitantes para o almoço, janta ou
lanche. Esta despesa com alimentação suplementar, envolvendo terceiros, deve ser
traduzida em termos de “despesa extra” para a Família do Acidentado.
A Sociedade é bastante afetada quando ocorrem muitos acidentes do trabalho, pois deles
pode resultar um considerável aumento no número de pessoas dependentes da mesma:
indivíduos aleijados, mutilados e pobres.
Na cidade de São Paulo, em 1984, um Sociólogo após analisar 10.000 (dez mil) casos de
acidentes do trabalho, concluiu que “quando o Chefe de Família se acidenta gravemente,
ou morre” a sua família entra no submundo do crime, das drogas, da prostituição ou do
roubo. Do resultado de seu estudo surgiu uma dúvida: Não será esta uma das principais
causas da existência de elevado número de menores abandonados nas ruas das Grandes
Cidades? Idem, no que se refere aos assaltos.
A Nação também está sujeita a elevados prejuízos, nas ocasiões em que ocorrem acidentes
do trabalho, isto devido à sua responsabilidade em fazer chegar ao acidentado ou a seus
beneficiários os Benefícios Sociais que o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) tem o
dever de proporcionar ao indivíduo acidentado (Auxílio Doença, Aposentadoria por
Invalidez, Pensão por morte, Auxílio Acidente, Pecúlio por Invalidez ou por Morte, Assistência
Médica, Prótese / Órtese – dente postiço, olho de vidro, perna mecânica, óculos, marca-
passo e etc., Instrumentos de Auxílio – cadeira de rodas, muleta e outros, e Reabilitação –
fisioterapia, massagem, ginástica e similares). Além disso compete ao INSS o pagamento das
despesas médicas, hospitalares e farmacêuticas, o pagamento tido com o transporte do
acidentado (do local do acidente ao local de atendimento e vice-versa) e ainda, o
pagamento do salário do acidentado relativo aos dias em que permanecer parado
(somente a partir do 16º dia, a contar do dia da ocorrência do acidente).
Poderíamos considerar, ainda, como prejuízo para a Nação, o investimento mal sucedido
em indivíduos que se acidentam gravemente, ainda em idade produtiva. Isto será
explicado a seguir.
Normalmente, o Governo faz alguns investimentos de ordem social, “a fundo perdido”, para
permitir que os indivíduos, quando ainda criança, tenham à sua disposição uma infra-
estrutura adequada em termos de Hospitais, Escolas, Áreas de Lazer, etc., proporcionando
a elas boas condições de saúde física, mental e social. A Nação espera que as crianças,
com toda esta infra-estrutura a seu dispor, se desenvolvam, dando origem a adultos fortes,
sadios e possuidores de um grau de instrução que lhes dê condições para satisfazer ao
Mercado de Trabalho.
NOTA: O Governo investe na criança para que esta seja, futuramente, um trabalhador que,
na pior das hipóteses, gere “receitas” para o Governo equivalentes às “despesas” tidas com
ele até a data em que começou a trabalhar. Na verdade, o que a Nação mais precisa é
que este indivíduo disponha, ao longo de todos os anos de sua vida laborativa, de um saldo
positivo em termos de produtividade, ou seja, que produza muito mais do que consumiu
durante todo o período ocioso de sua vida, e que se mantenha bastante produtivo,
durante o máximo de anos possível. E para que esta condição desejável exista,
obviamente, acidentes (ou doenças profissionais) não devem envolver os empregados da
Empresa.
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Apenas a título de exemplo, se um trabalhador devidamente registrado no INSS, se
acidentar gravemente, aos 18 anos, ficando inválido para toda a vida (paralisia total), a
Nação terá que pagar-lhe, através do INSS, o Benefício Social correspondente à sua
Aposentadoria por Invalidez, durante todo o período que este indivíduo sobreviver (50 anos,
aproximadamente, pois a vida média do brasileiro é de 68 anos). Isto daria, certamente, um
sério prejuízo para a Nação.
As Empresas também estão sujeitas a sofrer elevados prejuízos, quando ocorrem acidentes
em seus ambientes de trabalho. Dependendo do tipo e da gravidade do acidente podem
acontecer, simultaneamente, uma queda considerável em sua produção, elevados
prejuízos financeiros, e redução do lucro esperado (uma das razões de sua existência).
Enumeraremos, abaixo, alguns dos principais prejuízos, diretos e indiretos, que as Empresas
podem vir a ter, em decorrência de acidentes do trabalho:
- Pagamento dos salários dos colegas do acidentado que pararam de trabalhar para
prestar socorro à vítima, para comentar o fato ocorrido ou para ir ao local do acidente (por
curiosidade);
NOTA: Nos casos em que o acidente do trabalho provoca falta de energia (luz e força) nas
dependências da Empresa; quando algumas máquinas são danificadas ou paralisadas; ou
quando há necessidade da presença do acidentado para dar continuidade ao trabalho,
há empregados que ficam impossibilitados de trabalhar. Entretanto, mesmo assim, as suas
horas paradas são religiosamente pagas pela Empresa.
NOTA: Devido ao fato de retornar, desambientado e sem “preparo físico”, pois ficou algum
tempo afastado da Empresa, sem trabalhar, sua produtividade geralmente é muito menor,
nos primeiros dias de trabalho.
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NOTA: Sempre que estes trabalhos forem realizados, à noite, deverá ser pago o “adicional
noturno”. As despesas com a iluminação de Setores da Empresa que normalmente não
funcionem, à noite, mas que, pelos motivos acima, tiverem que ser iluminados, bem como
as despesas com o desenvolvimento de “serviços extras” realizados pelo pessoal da
limpeza e da segurança patrimonial devem ser computados para cálculo do Custo do
Acidente.
NOTA: É importante citar que um Chefe envolvido nas situações acima, passa a não ter
mais tempo para promover treinamento e para supervisionar os serviços realizados pelos
seus subordinados, bem como para planejar as atividades/operações do seu Setor de
Trabalho. Estas são atribuições exclusivas das Chefias, de vital importância para a
sobrevivência das Empresas.
- Pagamento de multas contratuais, pelo fato da Empresa não ter fornecido determinado
produto ao cliente, na data acordada entre as partes;
NOTA: Uma situação como esta pode ocorrer em razão de uma possível queda de
produção de um determinado Setor, ou de mais de um Setor, provocada por um acidente
do trabalho que tenha ocasionado a paralisação parcial, ou total, de uma ou mais
Unidades de Produção da Empresa, durante um período de tempo significativo.
- Lucros cessantes, pelo fato da Empresa não ter número suficiente de produtos para
vender a clientes interessados na sua compra. Ao deixar de vender produtos a clientes
potenciais, a Empresa deixa de auferir lucros, o que deve ser entendido como prejuízo, pois
“quem deixa de ganhar, perde”. As justificativas são as mesmas constantes na Nota acima.
NOTA: Em Empresas onde ocorre grande número de acidentes do trabalho e/ou onde os
acidentes ocorridos são de elevada gravidade, há maior necessidade de aumentar os
Instrumentos Cirúrgicos e dos demais itens citados acima.
CONCLUSÃO
Além dos prejuízos diretos e indiretos, supra mencionados, que as Empresas podem vir a ter,
devido à ocorrência de elevado número de acidentes do trabalho e de sua respectiva
gravidade, podem contribuir, mais ainda, para a queda tanto de sua produção, como da
qualidade dos seus produtos fabricados e também de seu lucro esperado, a preocupação
constante existente entre os Membros da Comunidade, da Família dos Empregados e dos
próprios Empregados em saber quando ocorrerá o próximo acidente do trabalho na
Empresa?; em que local da Empresa acontecerá este acidente, futuramente?; qual será o
motivo que dará origem ao acidente?; o que acontecerá com quem se acidentar, nesta
Empresa?; quem se acidentará, nesta Empresa?; como se acidentará, nesta Empresa?; qual
a gravidade e conseqüências do acidente, esperadas para um Empregado desta
Empresa?
Os Agentes de Inspeção do Ministério do Trabalho e Emprego, por sua vez, podem imputar
às Empresas que proporcionem más condições de trabalho aos seus Empregados,
deixando-os vulneráveis a acidentes e doenças do trabalho, punições as mais diversas,
inclusive, aplicando-lhes multas de elevado valor e solicitando-lhes vultosos investimentos
em medidas preventivas e corretivas. Estes recursos a serem despendidos pela Empresa
para pagamento de multas e para atender às determinações do Ministério do Trabalho e
Emprego podem ser entendidos, também, como sendo mais um outro item relativo ao custo
indireto do acidente, a ser acrescido à contabilidade da Empresa, pois, tais penalidades
somente são aplicáveis a Empresas que pequem, por falta de segurança em suas
instalações.
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O Ministério Público, por sua vez, tem competência para mover, inclusive por iniciativa
própria, ações indenizatórias contra Empresas que, em razão de atos de negligência,
imprudência ou imperícia de seus dirigentes ou prepostos tenham prejudicado, de alguma
forma, a capacidade de trabalho de algum de seus Empregados, ou causado a sua morte.
O INSS pode entrar com uma ação regressiva no sentido de reaver a importância gasta
com o tratamento (despesas médicas, hospitalares, farmacêuticas e outros dispêndios) de
Empregados de determinadas Empresas que não cumprem as Normas Regulamentadoras
do Ministério do Trabalho e Emprego e que sejam consideradas culpadas pela ocorrência
dos acidentes ou das doenças desses Empregados. Isto pode ser constatado por meio de
Perícia Técnica feita por Profissional Especializado em Engenharia de Segurança do
Trabalho ou Medicina do Trabalho.
O Artigo 159 do Código Civil Brasileiro diz: “Aquele que por ação ou omissão voluntária ,
negligência ou imprudência, violar direito, causar prejuízo a outrem, fica obrigado a
reparar o dano.”.
O Artigo 132 do Código Penal Brasileiro diz: “Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo
direto e iminente” leva à pena de 3 meses a 1 ano de detenção, se o fato não constitui
crime mais grave.
O artigo 1.518 do Código Civil Brasileiro diz: “Os bens do responsável pela ofensa ou
violação do direito de outrem ficam sujeitos a reparação do dano, e se tiver mais de um
autor a ofensa, todos responderão solidariamente ".
Nota: O Art.1521 do Código Civil Brasileiro diz que “são responsáveis pela reparação civil: o
patrão, amo ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do
trabalho que lhes competir ou por ocasião deles”.
“Operário recém admitido, contratado para operar máquina elétrica com sistema elétrico
danificado, funcionando com ligação direta; Empregador que permite o trabalho em
prensa. sem proteção; Engenheiro que por má supervisão e seleção deficiente, contrata
eletricista inexperiente, causando violento incêndio; Supervisores que violando
procedimento de segurança na retirada de cargas de sucata, acarretaram explosão das
caçambas que transportavam escória liqüefeita em altas temperaturas; Morte de recém-
nascido por causa de incêndio em incubadora, em berçário de hospital; Manutenção
precária de aparelhagem, negligência da atendente e do encarregado eletricista; Médico
que permite operário acometido de leucopênia após curado, retornar à atividade anterior,
com recidiva de moléstia.”
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A culpa, por atos ilícitos, “é caracterizada por uma ação ou omissão voluntária do agente
responsável que provoca dano pela falta de previsão daquilo que é perfeitamente
previsível, decorrente de negligência, imprudência ou imperícia ”.
O Capítulo II do Código Penal trata das lesões corporais. O Artigo 129 deste Código trata
da “ofensa à integridade corporal ou à saúde de outrem”. Neste caso a pena imposta ao
infrator é a de “detenção de 3 meses a 1 ano.” Caso esta ofensa cause “incapacidade
permanente para o trabalho”; “enfermidade incurável”; “perda de membro ou inutilização
de membro, sentido ou função”; “deformidades permanentes”; ou “aborto”, o Parágrafo 2
deste Código, define a Pena a ser imposta ao empregador, de “reclusão, de 2 a 8 anos” e
caso haja morte no exercício do cargo/função, o Artigo 121 do Código Penal define a
pena de reclusão a cumprir, de 6 a 20 anos, e segundo seu Parágrafo 3º, se o homicídio for
culposo, a pena será reduzida para 1 a 3 anos.
NOTA: A terminologia “homicídio culposo” significa que houve “culpa” de alguém, dando
origem a um acidente do trabalho, mas esta condição ou ato “não foi intencional”, mas
sim, apenas “acidental”, gerando um determinado tipo de dano a terceiros; enquanto
que, a terminologia “homicídio doloso” significa que “houve a intenção” de provocar o
acidente do trabalho, ou de prejudicar terceiros. Esta última condição (doloso), portanto, é
penalizada com maior grau de intensidade e a primeira (culposo) tem amenização da
pena, pelo fato, repete-se, de “não existir a intenção” de provocar o acidente.
Concluindo, deve ser entendido que o Empresário e seus prepostos são co-responsáveis,
civil e criminalmente, pela ocorrência de acidentes de trabalho, de modo geral. Por este
motivo, devem procurar administrar a empresa e o pessoal que para ela trabalha, visando
a qualidade total, excelente produtividade e a segurança máxima.
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Custos Diretos e Indiretos
Definições
Custos Diretos
Custos Indiretos
Os custos indiretos ou não segurados são o total das despesas não facilmente
computáveis, resultantes da interrupção do trabalho, do afastamento do empregado da
sua ocupação habitual, danos causados a equipamentos e materiais, perturbação do
trabalho normal e outros.
Prevencionista
Legal
Todo ou qualquer acidente com vítimas, podendo ter perda de material e/ou de
tempo e que ocorra dentro do ambiente de trabalho. Os acidentes legais podem ser
classificados em: sem afastamento e com afastamento.
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a) Sem afastamento
b) Com Afastamento
É quando a vítima sofre algum dano que a torna incapacitada para qualquer
tipo de trabalho. Como por exemplo, se a vítima ficar tetraplégica, ou como
problemas mentais. Neste caso o trabalhador recebe aposentadoria por invalidez.
b.5) Fatal
Descrição do acidente
49
com a cabeça na padiola de madeira. Com a queda, o Sr. Luís ficou desacordado por
alguns minutos sofreu apenas leves escoriações pelo corpo.
Logo após o ocorrido, os demais funcionários tentaram socorrer o Sr. Luís o mais
rápido possível, porém como este se encontrava desacordado, nada puderam fazer,
apenas aguardar a chegada de alguém com maiores conhecimentos para atende-lo e
prestar os primeiros socorros.
Devido ao acidente, a obra ficou paralisada por 2 horas, sendo que o Engenheiro e o
Mestre de Obras perderam o resto do dia por estarem envolvidos com a assistência médica.
O concreto utilizado era usinado, ou seja, dosado em central, o que significa que foi
transportado até a obra por meio de caminhão e que tinha aditivos em sua composição, os
quais não permitiam que o mesmo ficasse parado por mais de 1 hora e 30 minutos. Com a
ocorrência do acidente a concretagem teve que ser interrompida, perdendo 7,0 m3 de
concreto.
Informações do acidente:
1. Tipo de Acidente:
Sem afastamento ( )
Com afastamento: ( ) Temporário Total ( ) Permanente Parcial
( ) Retornando no dia seguinte (X) Temporário Parcial
2. Descrição do acidente:
50
3. Acidente com lesão:
5. Custos Adicionais:
d) Despesas Jurídicas:
TOTAL: R$ 1970,89
Quando o acidente for do tipo com vítima e com afastamento por um período de
tempo superior a 15 dias, o empregador deverá acionar o INSS, porém os 15 primeiros dias
de salário do funcionário acidentado são de responsabilidade da empresa, ou seja, esta
continuará pagando o salário deste funcionário normalmente por 15 dias após a data do
acidente. Além de continuar pagando o funcionário acidentado por 15 dias, a empresa
pode precisar contratar outro funcionário para desempenhar a mesma função. Este novo
funcionário será contratado pelo período correspondente ao período de afastamento do
funcionário acidentado.
A família da vítima pode pedir indenização à empresa, entrando com uma ação civil
contra a mesma;
52
Comparação entre os Custos Diretos e Custos Indiretos
Aplicando as leis sociais, pode-se resumir que o INSS recolhe 28 % sobre a folha de
pagamentos.
R$28,57 x 30 x 9 = R$ 7713,90
Conclusão
maneiras.
53
ANEXO A
Capacete, luvas e cinto de segurança parecem itens mínimos para qualquer pessoa que
deseja entrar em um canteiro de obras. Permanecer mais tempo, trabalhando oito horas diárias, no
mínimo, requer muito mais equipamentos. As dificuldades em encontrá-los¸, porém não é
responsabilidade apenas das empresas, mas de um conjunto que envolve trabalhadores, entidades
e a DRT (Delegacia Regional do Trabalho).
Dados da DRT indicam que e 2000, 247 pessoas sofriam acidentes nos canteiros de 12902
empresas de Mato Grosso do Sul. A incidência é de 1,91% de acidentes para cada empresa
pesquisa. Do total de acidentes, 16,19% foram letais e quatro pessoas morreram e conseqüência dos
ferimentos. Os números são bem menores que o setor da alimentação, onde a incidência é de 3,45%
de acidentes. Desse grupo, 18510 empresas registraram juntas 638 acidentes, 6,27% letais e também
quatro mortes.
A diferença, dos grupos acaba batendo em uma questão mais preocupante, a
informalidade. De acordo com o delegado DRT, Sílvio Escobar, após o fechamento de grandes
empresas no Estado, a maioria dos trabalhadores na construção civil acaba trabalhando na
informalidade e as estatísticas de acidentes consideram apenas o mercado formal. “Se o profissional
se acidenta, ele vai a farmácia e tenta resolver o problema sozinho”, afirma.
A informalidade também é combatida pelo Sintracon (Sindicado dos Trabalhadores na
Indústria da Construção e Mobiliário), como explica o presidente da entidade, Valmiro Nunes de
Oliveira. Ele explica que o sindicado possui 10 mil filiados, mas a estimativa é de que 40 mil pessoas
atuem no setor da construção civil.
Para prevenir os acidentes onde as entidades têm controle, um trabalho intenso está sendo
formado pela CPR (Comissão Permanente Regional sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho
na Indústria da Construção Civil), integrada pela DRT, Crea, Sinduscon e Sintracom. Entre os métodos
está a aplicação de palestras periódicas e a tentativa de implantação de cursos de implantação de
cursos de alfabetização nos canteiros. “A prevenção é uma questão cultural que precisa ser
mudada, muita gente tem vergonha de dizer que não sabe ler”, afirmou Escobar.
A desinformação acabará gerando problemas que resultam na rejeição do equipamento de
segurança. “As cores que definem a hierarquia são motivos para fazer o trabalhador se sentir
rebaixado”, lembra o delegado. Essa é uma das lutas da CPR. “Queremos abolir isso”, ressaltou.
Além das cores, outro problema comum no setor é a fome e má alimentação. “Esses
trabalhadores acabam comendo uma marmita cm apenas arroz e feijão”, relata o médico do
Trabalho, Wagner Bortoto. De acordo com Nunes, a maior incidência de acidentes acontece entre
16 e 17 horas. “É quando a fome aperta”, justifica, lembrando que aquela marmita, muitas vezes foi
feita no dia anterior, já perder o valor nutritivo, ou esta com alimentos estragados.
Para tentar modificar o quadro, o Sintracon está negociando na convenção coletiva da
categoria a inclusão de uma refeição quando o trabalhador precisa fazer hora extra. “Em outras
negociações conseguimos passos importantes, como o desconto de 3% e não 6% sobre o vale-
transporte”, lembra.
Mas não é só de quedas ou choques que os trabalhadores dos canteiros estão sujeitos. “Há
alergias dos produtos, principalmente o cimento, insolação, intoxicação e o risco da exposição ao
sol”, elenca Nunes. De acordo com Bortoto, há situações que podem ser evitadas, como o uso de
protetores solares, o hábito da reidratação oral e a ingestão de alimentos saudáveis.
“Foi uma cena horrível. Os outros dois pedreiros ficaram grudados na viga de concreto e seus
braços ficaram totalmente queimados”, informou Nilton Vicente Batistoti, 17 anos, que presenciou o
acidente. Marcilio acabou perdendo o equilíbrio e caiu no canal recém-construído, tendo morte
instantânea. Cícero e Raimundo tiveram queimaduras de terceiro grau em várias partes do corpo.
Eles foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros e encaminhados para o Pronto-Socorro da Santa
Casa, onde até o fechamento desta edição, permaneciam internados em estado grave. O 4º Distrito
Policial atendeu a ocorrência e montou um inquérito para apurar o acidente e as responsabilidades.
Fiscalização da DRT-MS constata que muitos itens de segurança são descumpridos Oito em
cada dez obras de grande porte em Campo Grande não cumprem os ítens básicos para garantir a
segurança dos operários, como equipamentos essenciais (luvas, capacetes e cintos) e o próprio
registro do trabalhador, informou ontem o delegado regional do Trabalho, Sílvio Escobar. Ele
anunciou que a DRT vai intensificar a fiscalização, com o apoio dos Bombeiros, prefeitura e Crea/MS.
A negligência de algumas construtoras, segundo o delegado, tem causado um grande número de
acidentes de trabalho, "que não aparece na estatística da construção civil porque, na maioria dos
casos, o trabalhador não está registrado". Membros do comitê permanente da indústria de
construção civil reúnem-se hoje, na DRT, para discutir como intensificar a fiscalização.
Fiscais da DRT visitaram duas construções - um conjunto de apartamentos ao lado do Grêmio
Enersul, à cargo da empresa Tecnif, e um prédio de 22 andares entre as ruas Bahia e Antônio Maria
Coelho, de responsabilidade da Plaenge -, onde constatou-se irregularidades. O delegado do
trabalho informou que as empresas serão notificadas.
Durante a vistoria ao prédio, coordenada pelo auditor da DRT engenheiro Juvenal Ferreira, a
técnica de segurança identificada como Tatiane apresentou-se como representante da construtora
e barrou a presença da imprensa. "O que está acontecendo aqui?", reagiu. Na entrada do prédio,
um quadro anuncia que a obra não registra acidente há 233 dias.
55
Como fazer o cálculo do Custo do Acidente de Trabalho?
O calculo em si não é difícil, mas muito trabalhoso. Para cada caso há diferentes variáveis
envolvidas e em muitos casos podem chegar a dezenas de variáveis, muitas vezes de difícil
identificação. Em linhas gerais pode-se dizer que o custo do acidente é o somatório dos
custos diretos e indiretos envolvidos.
C = CD + CI
Custo Direto:
É o custo mensal do seguro de acidentes do trabalho. Não tem relação com o acidente em
si. A contribuição é calculada a partir do enquadramento da empresa em três níveis de
risco de acidentes do trabalho essa porcentagem é calculada em relação à folha de
salário de contribuição e é recolhida juntamente com as demais contribuições
arrecadadas pelo INSS.
Custo Indireto:
Não envolvem perda imediata de dinheiro. Relaciona-se com o ambiente que envolve o
acidentado e com as conseqüências do acidente. Entre os custos indiretos podemos citar:
1. Salário que deve ser pago ao acidentado no dia do acidente e nos primeiros 15 dias de
afastamento, sem que ele produza.
10. Pagamento das horas de trabalho despendidas por supervisores e outras pessoas e ou
empresas:
- No transporte do acidentado
Ce = C – i
C = Custo do acidente
C = C1 + C2 + C3
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FICHA PARA O CÁLCULO DO CUSTO EFETIVO DE ACIDENTES
1- FICHA Nº Data: 2- FICHA DE COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE
Acidente com lesão a) Recebida em : / /
b) Unidade:
Acidente com dano à propriedade c) Setor:
i) Observações:
TOTAL 1: R$ C1
Máquina(s) Equip.:
d) Custo dos reparos ou reposições:
Material(ais):
e) Observações:
TOTAL 2: C2
8- CUSTOS COMPLEMENTARES
Assist. Médica:
a) Acidente com lesão: Primeiros Socorros:
Outros:
b) Acidente com dano à propriedade:
Custos Operacionais:
c) Observações:
TOTAL 3: C3
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