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O Crime Do Padre Amaro 2
O Crime Do Padre Amaro 2
Eça de Queiroz
José Maria Eça de Queiroz nasceu em Póvoa de Varzim, em 25 de
novembro de 1845. viveu até os 10 anos na zona rural, indo depois estudar na
cidade do Porto; ao 16 anos ingressa na faculdade de Direito de Coimbrã.
Manteve-se alheio à Questão Coimbrã. Na realidade seu nome só vai firma-se no
cenário cultual português em 1871: nesse ano, participa brilhantemente das
conferências Democráticas e funda, com Ramalho Ortigão, um folheto mensal
intitulado As Farpas, que se caracterizou pelas críticas e sátiras à sociedade
portuguesa e as suas instituições.
No ano seguinte, Eça é nomeado cônsul e inicia longo período fora de
Portugal: são os últimos 27 anos de sua vida, a maior parte do tempo passada na
Inglaterra e França. Retorna a Portugal apenas para visitas e para participar de
jantares com um grupo formado por “ex-realistas” (o nome do grupo era
significativo: Vencidos da Vida). Morre em Paris, em 16 de agosto de 1900.
Diz respeito de pároco que se apaixona por uma rapariga, mas não quer se
envolver espontaneamente, para não dar o que falar de sua reputação, em que
ele faz o crime de se apaixonar por Amélia.
E seu sentimento é mais forte por ela, do que ser um sacerdote, ele não
tem nenhuma vocação para isso. E alguns personagens dentro da obra ajudam
Amaro a se encontrar com Amélia.
E também no final da obra fala de muitas políticas sobre a sociedade, pois
no começo Amaro não gostava, porém termina aceitando a sociedade e fazendo
parte dela, como um político medíocre.
Enredo
Espaço Social
Tempo
Personagens
Personagens Principais: A intenção de Eça ao escrever o Crime do Padre
Amaro não era apenas a denúncia dos vícios do clero devasso, mas
também apresentar a vida mesquinha da cidade provinciana portuguesa.
Assim, só Amaro e Amélia, as personagens centrais, são criticadas pelo
narrador.
Personagens secundárias: O narrador do romance, na terceira pessoa,
apresenta as personagens secundárias com grande dose de ironia e uma
certa antipatia. Como bem o colocou Benjamim Abdala Jr: "Fica muito clara
a antipatia do narrador pelo círculo de amigos da Sra. Joaneira (Maria
Assunção, Josefa Dias, Joaquina Gansoso e o beato homossexual
Libaninho). O mesmo ocorre em relação aos colegas de Amaro (cônego
Dias, padre Natário e padre Brito), pois o narrador parece convencido
antecipadamente de seus vícios e grosserias. O único religioso que se exclui
desse círculo é o abade Ferrão, apresentado como uma personagem
coerente com seus ideais. A ironia do narrador não é restrita aos religiosos,
estendendo-se para o contexto social de Leiria. Várias personagens são
apresentadas de forma sarcástica: o jornalista Agostinho Pinheiro; o venal
Gouveia Ledesma, o burguês reacionário Carlos. Nesse ambiente, João
Eduardo, noivo de Amélia, enciumado com as atenções da moça ao padre
Amaro, escreveu um anônimo”Comunicado" na Voz do Distrito, criticando a
convivência de padres com amantes. Rompe-se o noivado: Amélia torna-se
amante do padre Amaro." Começa a despertar uma secreta paixão por
Valéria, sua nora, quando a vê na banheira nua. Ela corresponde também a
este amor, mas nunca comentam isto. Até um dia em que ela entra na sua
oficina e se vê moldada igual quando estava na banheira nua. Ela descobriu
que ele também a amava. Certo dia, atendendo a seus desejos, Bruno
corresponde às vontades de Valéria Gabriel também apresenta paixão, mas
pela irmã de seu colega de trabalho Mário. Outros que trabalha na olaria é
Pedro e Erandi.
Foco Narrativo
Linguagem
A obra está relacionada à linguagem culta, formal, que tem por base
os mecanismos intensificadores da linguagem que encontra nos
comentários do narrador sua realização mais concentrada.
“Era uma criaturinha mirrada, de linhas aduncas, pele engelhada e cor
de cidra, voz vigilante, vivia num perpétuo estado de irritação, os olhinhos
sempre assanhados, contrações nervosas de birra, toda saturada de fel.”
(pág. 38)
Figuras de linguagens
Sobre o piano uma vela alumiava o caderno de música e Amélia, logo que, Ruça
levou a bandeja, acomodou-se, correram os dedos sobre o teclado amarelo.
(Prosopopéia)
Olha aí o pé da mesa. (Pág. 43)
(Catacrese)
Falavam de tal sorte que Deus parecia-lhe como um ser que só sabe dar o
sofrimento e a morte.
(Comparação)
“Uma mocidade envernizada de literatura”.
(Metáfora)
“O carão chupado do coadjutor”.
(Hipérbole)
E Amélia, que ficava branca como uma cal. (Pág. 103)
(Comparação)
Conclusão
Vimos que o romance O Crime do Padre Amaro, mostra a
corrupção do clero através da pequena província de Leiria. O
fingimento de um padre depravado arrasta a meiga Amélia à morte. O
autor revela, assim, as fictícias bases em que se apóiam os
representantes da igreja. Escreve sobre temas sociais, espelha,
então, a sociedade de sua época, através da análise caricatural das
principais figuras, defendendo seus princípios e atacando a sociedade
burguesa. Seus romances revelam a decadência moral desta classe e
o declínio monárquico e clerical.
Bibliografia