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PROJETO DE PESQUISA

O papel dos quintais urbanos em tempos de isolamento social devido à pandemia de


COVID-19

Wanderlene Cardozo F. Reis

RESUMO

O projeto trata de um estudo quantitativo de levantamento único, sendo avaliada o impacto do


uso dos quintais urbanos sobre a saúde mental dos indivíduos, em tempos de isolamento
social e relacionados às medidas propostas pela OMS e governos devido à pandemia da
COVID-19. Participarão 200 pessoas residentes no Subúrbio Ferroviário de Salvador. Serão
aplicadas, por meio de questionários online, via Google Formulário. Os dados serão
posteriormente tabulados em ferramentas de análise estatística.

Palavras-chaves: Covid-19; quintais urbanos; saúde mental; isolamento social.

ABSTRACT

1 INTRODUÇÃO
1.1 Os quintais urbanos: conceitos e utilidades
Os quintais sinalizam um aspecto único do modo de vida de seus moradores. Um
espaço anexo à residência que permite uma gama de atividades domésticas e também
recreativas. Ainda hoje, em nossas cidades cada vez mais verticalizadas, com imensos
arranha-céus, os quintais estão presentes não só em áreas interioranas como nas periferias de
algumas cidades. (REIS, 2025)
Freitas et all (2012) trazem um conceito bastante reduzido do termo quintal:

Os quintais podem ser definidos como uma área de produção


localizada perto da casa, onde são cultivadas espécies agrícolas e
florestais, e a criação de pequenos animais domésticos (Brito &
Coelho 2000). O termo é definido por Ferreira (2010) como “pequena
quinta” ou “pequeno terreno, muitas vezes com jardim ou com
horta,atrás da casa”. (p.48)

Além das atividades realizadas nos séculos anteriores ao século XX, como o cultivo de
ervas medicinal, criação de animais de pequeno porte como galinhas e porcos, abrigo de
transporte, água etc., no século XX, os quintais remanescentes, serviam para guardar materiais
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de construção e às vezes separavam a casa de outros cômodos anexos, com pequenos quartos
e banheiros (VAN HOLTHE, 200, p. 67).

No capítulo sobre “o valor social e cultural dos quintais: costumes, práticas religiosas
e superstições”, Van Holthe (2003), citando Mott (1997), discute os diferentes rituais e festas
das principais devoções familiares no século XIX, na Bahia. Por exemplo, nas festas juninas
“os quintais tornavam-se então espaços ideais para as crianças armarem suas fogueiras,
soltarem seus fogos de artifícios, suas bombas, seus rojões”. (VAN HOLTHE, 2003, p. 69)

Em Salvador com maior influência africana, era comum neste período, o uso dos
quintais domésticos para a realização dos rituais do candomblé (p. 68). A cultura popular
também se aproveitava da existência dos quintais para difundir uma série de crendices e
superstições, orientando diferentes aspectos da antiga vida doméstica.

As bananeiras, encontradas com frequência nos quintais de


Salvador, por exemplo, são o alvo preferido de muitas mandingas e
simpatias caseiras: para o cabelo crescer forte e farto, era
aconselhável enfiar no olho do filhote da bananeira as pontas do
cabelo recém-cortado, com o propósito semelhante enterrava-se o
umbigo dos recém-nascidos ou a própria placenta ao pé da
bananeira como forma de garantir o seu crescimento sadio, para
conter a hemorragia do parto, bebe-se meio copo da água extraída
do talo da bananeira ao mesmo tempo em que dá-se um nó na
camisa da parturiente e pronuncia-se em voz alta: Fique aí preso até
eu soltar.(VIANNA, H., 1988, p. 23 citado por VAN HOLTHE,
2003, p. 69)

Vale ressaltar que os quintais urbanos ganharam destaque por contribuir social,
cultural, econômica e ambientalmente. Por exemplo, Trotta et all (2012), realizaram um
estudo em Santarém (Pará) e descobriram que as famílias trocavam os produtos dos seus
quintais entre si, mantendo uma rede social de trocas e doações e permitindo assim, a
conservação da diversidade.

Portanto, uma investigação com uma amostra substantiva, permitirá apresentar em


índices absolutos a contribuição dos quintais urbanos para resgatar o papel múltiplo dessas
áreas externas da residência colaborando, com isso, para minimizar os efeitos de um
isolamento social, como determinado pelos principais órgãos de saúde no Brasil e no mundo.

1.2 Motivação
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Diante da gravidade da pandemia do coronavírus (SARS-COV-2) e dos impactos na


vida social da população e a preocupação com a curva epidêmica, o trabalho científico torna-
se mais significante porque poderá contribuir com o declínio de tal curva, transformando
dados em conhecimento e informação confiável.
Neste sentido, a preocupação com o bem-estar emocional e psicológico poderá agregar
melhora no sistema imunológico visto que o estresse é um fator desencadeador de doenças
físicas e psíquicas. Assim, diante da iminência de contágio pelo coronavírus e/ou pelos
transtornos advindos do isolamento social, poderemos ter a eclosão de diversos sintomas
ansiosos em número e intensidade significativo (DALGALARRONDO, 2008). Por exemplo,
as “crises de pânico são crises intensas de ansiedade, nas quais ocorre importante descarga do
sistema nervoso autônomo”, transcorrendo vários sintomas fisiológicos como: desconforto
respiratório, sensação de asfixia dentre outros. (Idem, p.305)
Com isso, este projeto de pesquisa buscará investigar a respeito do uso dos quintais
urbanos em tempos de isolamento social e os possíveis benefícios à saúde mental dos
indivíduos, advindos da relação pessoa-família-ambiente, neste contexto.
1.3 Hipótese
As pessoas e famílias que têm um quintal em suas residências têm maior probabilidade
de aderirem ao isolamento social se comparada àquelas que não dispõem desses espaços
abertos. Além de que, também, são menos propensas ao adoecimento psíquico e desenvolvem
mais resiliência diante do contexto de pandemia de Covid-19.
1.4 Problemas
 Como as pessoas e famílias estão usando os espaços dos quintais em tempos de
confinamento e isolamento social?
 Como as relações familiares poderão se reestruturar no espaço do quintal?

 De que maneira as famílias atribuem significados e organizam os espaços habitados


quando isoladas socialmente?

 Quais serão os possíveis impactos psíquicos dos grupos familiares em relação ao ter
ou não ter um espaço livre para convivência?

1.5 Justificativa e Relevância


A pandemia do COVID-19 tornou-se na atualidade grande ameaça à saúde das
pessoas em todo o mundo. “Em 16 de março de 2020, havia 164.837 casos e 6.470 mortes
confirmadas em todo o mundo. A disseminação global foi rápida, com 146 países relatando
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agora pelo menos um caso”. (FERGUSON, et al. 2020). Já em 01 de abril de 2020 a


totalidade de casos ultrapassou os mais de 31.000 mil mortes em diversos países, e atualmente
em maio de 2021, somam-se mais de três milhões de mortos.
No Brasil, de acordo com os dados do Ministério da Saúde em 01/04/2020, já havia
6.836 casos confirmados e 241 óbitos. No início do mês de setembro desse mesmo ano, os
casos já ultrapassaram a marca de 130 mil mortes e no ano de 2021 já soma-se mais de 400
mil mortos! Na Bahia, até o momento (17/09/20), há 287.685 casos confirmados, com 6.085
óbitos (BRASIL, 2020). E em maio de 2021, já contabilizamos mais de 19 mil mortos!
(OPAS, 2021)
Em sua pesquisa de Mestrado, Reis (2015, p.6) observou que “os quintais
remanescentes constituem recursos icônicos e simbólicos importantes para socialização e
transmissão de cultura para suas famílias e descendentes”, nos bairros da região denominada
de Subúrbio Ferroviário de Salvador, Bahia. E devido a essa característica, os quintais
suburbanos podem funcionar como zona fechada de escape, nas situações estressantes geradas
pelo isolamento social.
Assim, com a proposta do Ministério da Saúde e da OMS, o isolamento é o principal
fator de redução de comorbidades geradas pela transmissão do coronavírus. Segundo o
ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, o isolamento domiciliar do paciente, em
qualquer cidade, é o mais recomendado.

Levar essas pessoas [infectadas] para dentro de um ambiente


hospitalar, somente quando apresentam quadro respiratório grave. E
não levar pessoas que estão com um resfriado, um quadro com bom
estado geral, se alimentando, conversando, com febre baixa, que pode
usar um antitérmico. Se houver piora no quadro clínico, aí sim ele é
levado para um ambiente hospitalar". (BRASIL, 2020)

Deste modo, na atualidade, urge buscar dados empíricos que corroborem para ampliar
o leque de possibilidades que se evidencia a partir da relação subjetiva e objetiva do homem
com o espaço habitado. Como temos observado nas áreas mais ricas da cidade, as pessoas têm
usado a varanda como elo de socialização e afetividade, no entanto, em áreas mais pobres, as
construções nem sempre privilegiam este espaço. No entanto, como Reis (2015) apontou, os
quintais ainda são escolha de muitos moradores.
Diante da gravidade da pandemia do coronavírus (SARS-COV-2) e dos impactos na
vida social da população e a preocupação com a curva epidêmica e a saúde mental das
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pessoas, propõe-se que, os quintais poderão impactar positivamente na aceitação das famílias
ao isolamento social, diminuindo os fatores que causam estresses e aumentando os níveis de
resiliências das pessoas.

2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Investigar os modos como as pessoas/famílias, moradoras de bairros do Subúrbio de
Salvador, estão usando os espaços dos quintais em tempos de confinamento e isolamento
social.

2.2 Objetivos Específicos


-Identificar e refletir sobre os modos como as pessoas e famílias usam os quintais, e
sobre como esses modos são mediados pelos signos e significados construídos pelos
membros da família quanto à disseminação do coronavírus (Covid-19) no país e no
mundo;
-Identificar os níveis de estresse e ansiedade causados pela situação vivenciada e como
as pessoas desenvolvem a resiliência e qual a relação com o espaço do quintal.

3. MÉTODO
3.1 A Abordagem
Optou-se, neste estudo, pela realização de uma pesquisa quantitativa de levantamento
estatístico, não experimental e descritivo, pois nesse tipo de estudo, segundo Sousa et al
(2007), “os métodos mais comuns utilizados em desenhos não experimentais envolvem
pesquisas exploratórias e/ ou questionários. Desenhos não experimentais são tipicamente
classificados tanto como descritivos quanto correlacionais”. (SOUSA, 2007, p. 3).
Ainda de acordo com esses autores, “a pesquisa quantitativa frequentemente quantifica
relações entre variáveis – a variável independente ou preditiva e a variável dependente ou
resultado.” (SOUSA et al. p.2). Desse modo, a abordagem quantitativa visa realizar uma
análise numérica de forma a alcançar uma resposta à pergunta ou hipótese que anteriormente
fora formulada na pesquisa.
Pereira e Ortigão (2006), apontam que em uma pesquisa quantitativa um dos
instrumentos mais recorrentes seja o survey, “que consiste, basicamente, em um conjunto de
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questões padronizadas apresentadas a uma amostra populacional”. (PEREIRA e ORTIGÃO,


2006, p. 73).
3.2 Instrumentos e público-alvo.
A coleta de dados será realizada através de dois questionários: O primeiro terá o
objetivo de identificar as pessoas que têm quintais em suas residências, a situação
sociodemográfica, bem como o estado emocional no período da pandemia de covid-19. Esse
primeiro grupo deverá ser composto por 200 participantes (Anexo 1). Não serão separados
por gênero e sugerirá que somente maiores de 18 anos respondam o mesmo. A coleta deverá
ser realizada a partir de um questionário on-line, via Ferramenta Google Forms, enviadas nas
principais redes sociais e e-mails de moradores do Subúrbio Ferroviário, através de contatos
de amigos e familiares, através da técnica de “bola de neve”. A amostra por bola de neve é
uma técnica de amostragem não probabilística onde os indivíduos selecionados para serem
estudados convidam novos participantes da sua rede de amigos e conhecidos. De acordo com
Baldin e Munhoz (2011), a snowball ( “Bola de Neve”) é uma técnica de amostragem que
utiliza cadeias de referência, uma espécie de rede. (BALDIN e MUNHOZ, 2011). Nesse
sentido, após alcançado o número de amostragem proposta nessa pesquisa, fecha-se a rede
modificando-se a configuração do Formulário do Google, assim, garante-se que se alcance a
faixa mínima de participantes e não interfira nas análises da mesma.
O segundo questionário, mais específico, será aplicado apenas àqueles sujeitos que
têm quintais em suas casas. (Anexo 2). Pelo tipo de pesquisa aqui proposta, ou seja, comparar
famílias/sujeitos que têm quintal e outras que não têm, buscando evidenciar o baixo ou alto
nível de estresse causado pelo confinamento e isolamento social, sugere-se a participação de
200 pessoas, independentemente da existência de quintal ou não em suas residências.
Por que a Região do subúrbio Ferroviário de Salvador?
Meu interesse por tal questão surgiu a partir da realização de um projeto
interdisciplinar, no ano de 2013, no Colégio Estadual Clériston Andrade (Ceca), situado no
Subúrbio Ferroviário de Salvador-Ba, com os alunos do 2º Ano do Ensino Médio do turno
Matutino, onde ministro aulas da disciplina Sociologia. O Projeto “Hábitos alimentares e suas
conseqüências na saúde dos alunos do Ceca, fazia parte de um projeto maior intitulado
“Ciência na Escola”, uma iniciativa da Secretaria de Educação do Estado da Bahia em
parceria com as unidades escolares interessadas. Neste período foi realizada uma pesquisa
quantitativa a fim de identificar os tipos de alimentos inseridos nos cardápios das famílias dos
alunos participantes, assim também os quintais nas residências dos alunos foram inseridos no
contexto da pesquisa, visando delinear os usos em relação ao cultivo de diversos vegetais e
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seu consumo na alimentação (REIS, 2015). Ao final das atividades ficou constatado que 73%
das famílias dos participantes mantém um quintal como parte de suas casas, e, desses, 63,57%
manejam plantas nativas para fins medicinal, alimentar e ornamental (REIS, 2015). Então
surge a problemática: No centro da cidade, há um crescente processo de verticalização das
residências, e consequentemente o desaparecimento de espaços anexos como o quintal,
enquanto na periferia isso ainda não ocorre. Então, surge meu interesse em pesquisar os
significados que as famílias urbanas da periferia de Salvador atribuem aos seus quintais.
3.3 Riscos
Não haverá possibilidade de riscos, visto se tratar de levantamento impessoal,
facultativo e sem identificação, com respostas de múltipla escolha e realizado em meios
digitais, sem nenhum contato físico entre participante e pesquisador. Porém, ainda assim, a
pesquisadora, sendo psicóloga estará disponível para eventuais consultas de acordo com o
TCLE (Anexo 3).
No entanto, poderá haver riscos característicos do ambiente virtual, meios eletrônicos,
ou atividades não presenciais, em função das limitações das tecnologias utilizadas.
principalmente, nesses casos, poderá haver algumas limitações dos pesquisadores para
assegurar total confidencialidade e potencial risco de sua violação, em ambientes virtuais, e
que não estarão relacionados ao propósito da pesquisa, visto essa não exigir nenhuma forma
de identificação do participante.

3.4 Benefícios
O estudo apresenta alguns benefícios psicossociais, tais como a ampliação da
discussão acerca do papel dos quintais para a saúde física e emocional do sujeito e,
investimento do setor público para manutenção dos quintais particulares das famílias.

3.5 Análise de dados


A partir das respostas do questionário auto-aplicado, via online para verificação de
sintomas psíquicos, como ansiedade, depressão, mania, sintomas psicóticos, abuso de
substâncias psicoativas, qualidade de vida e coping, histórico médico e psicológico, dentre
outros; questões sociais, como interação entre os membros da família; e, questões ecológicas
como uso de plantas para fins medicinais e alimentícias, bem como criação de animais
domésticos, por exemplo. Os dados serão coletados em um período de quinze dias e então
analisados através de plataforma estatística compatível.
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Os dados estatísticos (tabelas e gráficos) serão analisados, discutidos e apresentados


num artigo científico, utilizando-se a teoria da abordagem compreensiva.

Após escrita do texto, este deverá ser submetido numa Revista Científica de qualis A
ou B. Bem como, os resultados apresentados em Congressos.

3.6 Aspectos Éticos

Todos os sujeitos participantes da pesquisa deverão estar cientes dos riscos e


benefícios, e serão informados/as através do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(Anexo 3), que deverá constar informações sobre o teor da pesquisa, a justificativa, os
métodos e técnicas empregadas, seus objetivos, assegurar o sigilo e a possibilidade de
desistência em qualquer etapa da pesquisa, sem nenhum prejuízo a este e seus familiares.
Portanto, serão firmadas garantias éticas juntas aos participantes da pesquisa, durante todo o
processo da mesma visando respeitar sua integridade física e psicológica. Seus dados de
identificação pessoal não serão coletados.

3.7 Cronograma da Execução


Revisão bibliográfica: junho/2021;

Submissão e tramitação do projeto no Comitê de ética, compreendendo a relatoria,

emissão de parecer, solicitação de ajustes e adequação do projeto (caso necessário):

maio a junho/2021.

Elaboração do questionário online e Recrutamento de voluntários via redes sociais e

coleta seriada de dados: setembro/2021;

Análise de dados: outubro/2021;

Redação de artigo científico: novembro/2021.

3.8 Orçamento

Recursos Humanos: Não se aplica, pois os dados serão coletados de forma virtual pelo próprio
pesquisador.

A fonte: Recurso Próprio


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Forma e valor da remuneração do pesquisador: Não se aplica.

Material de consumo: Com investimento próprio será necessário a aquisição/utilização de um


notebook com ponto de acesso ao wi-fi, para levantamento, análise, discussão e escrita do
texto final. Valor orçamentário: R$3500,00 (notebook), 100,00 (mensalidade da internet).
Vale ressaltar que esses materiais já estão disponíveis para o pesquisador, visto já ser um bem
de consumo de uso doméstico.

4. UMA BREVÍSSIMA REVISÃO DA LITERATURA


4.1Caracterizando as principais doenças mentais

Todos os problemas envolvendo pó binômio saúde–doença são importantes, no


entanto, a debilitação da saúde mental dos indivíduos em todo o mundo são uma das
principais causas de morbidade nas sociedades atuais, com subsequentes limitações e
crescente mortalidade. Por exemplo, a depressão “cresceu 18% em dez anos e até 2020, esta
será a doença mais incapacitante do planeta”, este é o diagnóstico da Organização Mundial da
Saúde (2018). O Brasil é o campeão em casos de depressão, já que 11,5% da População da
America Latina sofrem desse mal, e, desse total, 6% é diagnosticado no Brasil. (OMS, 2018).
Essa doença tornou-se um assunto muito discutido na atualidade, mesmo assim, o
estigma que a mesma carrega continua incólume, ou seja, quem passa por essa terrível
doença, às vezes, é criticada e maltratada através de olhares, gestos e quando não são
obrigadas a ouvir frases do tipo “não acreditam em Deus”, “não possuem fé” e até mesmo
dizem que “é frescura ou doença de rico”. É difícil vencer uma doença quando por vezes a
própria família não tem o conhecimento necessário para ajudar o familiar ou mesmo quem
tem o problema não aceita a realidade vivida.
De acordo com um estudo realizado por Apostolo et al (2011), com usuários de um
centro de saúde portuguesa, chegaram à conclusão de que 40,52, 43,48 e 45,06% dos
indivíduos apresentam, respectivamente, algum grau de depressão, ansiedade e estresse. Os
autores do estudo apontaram “níveis graves ou muito graves de ansiedade em 20,87% dos
indivíduos, de estresse em 22,38% e de depressão em 12,24%”. Ainda segundo esses autores,
a as mulheres representam o grupo com maiores níveis dessas cormobidades em Portugal.
4.2 A pandemia de covid-19
É fato que todas as sociedades no mundo sofreram um grande impacto no início do
ano de 2020, quando a pandemia da Covid-19, que teve a sua origem na China, em dezembro
de 2019, se propagou por todos os continentes. Medidas necessárias para a prevenção da
doença, tendo a ciência como referências são recomendadas de forma expressa com formato
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de nova ordem mundial, entre elas, o afastamento social. O distanciamento físico e o


evitamento de aglomerações promoveram impacto imediato nas mais diversas atividades
humanas, entre elas, aquelas associadas ao processo de escolarização, ambientes em que a
forma presencial era a única prática realizada até então.
No entanto, a pandemia trouxe sérias consequências para as sociedades, em todos os
continentes, não só pelo número de óbitos, mas, sobretudo pelo medo do desconhecido, da
iminência da morte, do isolamento social, que vem afetando a saúde mental e o
comportamento dos indivíduos em todo o planeta.
Sobre esta questão, Faro et al (2020), apontam que a ansiedade em busca do bem-estar
mental da população sofre maior impacto em períodos de grave crise social. A pandemia,
hoje, é considerada como uma dessas crises, e como um dos maiores alvos da saúde pública
internacional das últimas décadas, pois, vem atingido de maneira efetiva todo o planeta,
promovendo perturbações de ordem psicológicas, sociais e econômicas nas relações entre as
pessoas.
Com o retorno gradual do comércio, os empresários precisam lidar com o desafio de
conter aglomerações em mercados, lojas, bares, restaurantes, shoppings, casas noturnas, entre
outros. Repensar os espaços para que o acesso de clientes e o consumo retornem, é o lema da
vez, ainda que, o ato de “desaglomerar” tirou um pouco do nosso calor humano. É também
um (re)começo para que as pessoas possam refletir sobre o consumismo exagerado, de querer
ser mais e melhor, em detrimento das boas relações interpessoais. (SEBRAE, 2020).
Para muitas famílias da camada popular, as gerações vivem juntas, e muitas vezes,
sob o mesmo teto. Um ajuda ao outro a sobreviver diante das dificuldades enfrentadas no dia
a dia, como falta de emprego, de escolaridade, a ausência dos pais, a falta de um lar. A
solidariedade é muito comum entre eles, e é vista como uma forma de sobreviverem às
demandas da sociedade. (CRUZ, 2014, p. 33).
De acordo com Schmidt et al. (2020), a preocupação da maioria das pessoas e
governos, neste momento, é com a saúde física e combate ao patógeno causador da COVID-
19, bem como, seu impacto na economia local e global, negligenciando suas implicações
sobre a saúde mental dos indivíduos.

4.3 O quintal e sua multiplicidade de funções


Como afirma Pasa et al. (2005, p. 197), “o quintal, também têm sido reconhecido
como um sistema de produção complementar a outras formas de uso da terra e se destaca pelo
valor econômico que desempenha na residência, constituindo uma fonte disponível de
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recursos alimentícios e medicinais”. Por todos esses fatores acima citados, definir um espaço
físico da casa como sendo quintal não é tarefa muito fácil, visto que etimologicamente, a
palavra deriva de “quinta” que em Portugal, era definida como casa de campo ou fazenda na
qual o dono deveria pagar o equivalente à quinta parte do rendimento obtido com a produção.
De acordo com o dicionário Aurélio, a palavra quintal “significa pequeno terreno, muitas
vezes com jardim ou com horta, atrás da casa” (FERREIRA, 2004, p.674).
De acordo com uma investigação realizada por Reis (2015), há diversos usos
atribuídos pelos moradores a respeito dos seus quintais, na área suburbana de Salvador, Bahia.
Por exemplo, ela descobriu que aproximadamente 62,57% dos moradores disseram que seus
quintais servem para o cultivo de plantas nativas para utilização medicinal, alimentar e fins
ornamentais .

Enquanto, aproximadamente metade destes (33,33%), afirmaram não utilizar


seus quintais para qualquer tipo de cultivo. Daqueles que têm utilizado seus
quintais, 56,25% cultivam espécies de uso medicinal, como por exemplo, o
Boldo (Plectranthus barbatus Andrews), o Capim-limão (Cymbopogon
citratus (DC) Stapf.) e a Melissa (Melissa officinalis L.). Enquanto, 62,5%,
cultivam pequenas hortas, para fins alimentícios, como por exemplo, o
Tomateiro (Solanum lycopersicum), o Quiabeiro (Abelmoschus esculentus
L. Moench), a Hortelã-miúdo (Mentha spp) e Hortelã-grossa (Coleus
amboinicus Lour.), outros 37,5% cultivam árvores frutíferas, como Coqueiro
(Cocus nucifera L), Abacateiro (Persea pyrifolia), Goiabeira (Psidium
guajava), Bananeira (Musa sp) e Mangueira (Mangifera indica) e 18,75%
cultivam plantas para fins ornamentais, tais como Palmeira-areca (Dypsis
lutescens), Comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia amoena), Croton
(Codiaeum variegatum) e Coração-magoado (Solenostemon scultellarioide),
foram as mais citadas. Foi encontrado também, o uso simultâneo dos tipos
citados, ou seja, são cultivados mais de um tipo de cultura nos quintais, por
exemplo, 18,75% dos quintais têm hortas e ervas medicinais e outros
18,75% foram encontrados os três tipos de culturas. (REIS, 215, p. 8)

A partir daí presume-se a necessidade de se discutir a viabilidade de se ter um espaço


como esse nas residências, principalmente devido ao isolamento social promovido pela
pandemia de covid-19.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo geral da presente investigação será levantar índices estatísticos sobre os
modos como as pessoas/famílias, moradoras de bairros do Subúrbio de Salvador, estão
usando os espaços dos quintais em tempos de confinamento e isolamento social, bem como,
identificar e refletir sobre os modos como as pessoas e famílias usam os quintais, e sobre
como esses modos são mediados pelos signos e significados construídos pelos membros da
família quanto à disseminação do coronavírus (Covid-19) no país e no mundo e sua
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correlação com sintomas de doenças psicológicas, como os níveis de estresse e ansiedade


causados pela situação vivenciada, buscando contabilizar como as pessoas desenvolvem a
resiliência e evidenciar o papel dos quintais urbanos nesse momento vivido.

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SCHMIDT, Beatriz et al. Saúde mental e intervenções psicológicas diante da pandemia do


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SOUSA, Valmi D; DRIESSNACK, Martha; MENDES, Isabel A. C. Revisão dos desenhos de


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TROTTA, Juliana.; MESSIAS, Patricia A. (et all). Análise do conhecimento e uso popular de
plantas de quintais urbanos no Estado de São Paulo. REA- Revista de estudos ambientais, v.
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VAN-HOLTHE, Jan M. Quintais urbanos de Salvador: realidades, usos e vivências no século


XIX. Cadernos PPG-AU/UFBA, Salvador, vol. 2 nº 1, 2003. Disponível em
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2014 Sept 23]. Disponível em:
https://www.who.int/mental_health/suicide-prevention/exe_summary_english.pdf?ua=1 . Acesso em 20 de
jul. 2020.
14

ANEXO 1
QUESTIONÁRIO

Você está participando do Projeto de Pesquisa “O papel dos quintais urbanos em tempos de
isolamento social devido ao COVID-19” realizado pela Professora e Psicóloga Dra
Wanderlene Cardozo F. Reis. Esta pesquisa é de cunho quantitativo, portanto, não será
necessário sua identificação pessoal. NÃO ESCREVA SEU NOME em nenhum espaço do
questionário.

Por favor responda as questões que se seguem. Sua contribuição é muito importante para o
desenvolvimento da ciência em nosso país.

OBS. NÃO PRECISA SE IDENTIFICAR

.IDADE Sexo BAIRRO

.Profissão .Escolaridade
.Informe o Nível salarial: ( )menos de 1 salário mínimo ( )1 a 3 salários mínimos
( )4 a 6 salários mínimos ( )Mais de 7 salários mínimos
( )Sou beneficiária (qual tipo de benefício? )
1.Já se mudou de residência? ( )sim ( )não.
2.O imóvel atual é próprio? ( ) SIM ( ) NÃO
ALUGADO? ( ) SIM ( ) NÃO EMPRESTADO? ( ) SIM ( ) NÃO
TEM QUINTAL? ( ) SIM ( ) NÃO TEM VARANDA? ( ) SIM ( ) NÃO
3.Quantas pessoas residem com você? Quem são? (grau de parentesco)
4.Você sai de casa durante a pandemia quantas vezes? ( ) Não sai nenhuma vez ( ) 1 vez
por semana ( ) entre 2 a 3 vezes por semana ( ) Mais de 3 vezes por semana.
RELATE OUTRAS SITUAÇÕES EM QUE SAIU DE CASA.

5.Quem visitou a sua residência nesse período de pandemia?

6. Estes parentes ou amigos costumam ou costumavam se visitarem? ( ) SIM ( ) NÃO


SE SIM, Com que regularidade isto acontece ou acontecia? ( ) SEMPRE ( ) ÀS VEZES
7.Você tem irmãos e irmãs? ( )sim ( )não quantos?

Como é a relação entre vocês? ( ) boa ( ) regular ( ) difícil

8.Você tem filhos(as) ( ) sim ( ) não

9.Tem relação com outros parentes? ( ) sim ( ) não

Como é a relação entre vocês? ( ) boa ( ) regular ( ) difícil

10.Eles têm quintais? ( ) sim ( ) não


15

11. Nesse período de quarentena você se sentiu pelo menos uma vez: (PODE MARCAR
MAIS DE UMA)

( )ansiedade ( ) nervosismo ( )forte estresse ( ) angústia ( )medo ( )depressão


( )tristeza

( )alegria ( ) prazer ( ) dor ( ) ódio ( )felicidade ( )amor Outro______________

12. Você aprendeu algo novo nesse período de pandemia?

( ) sim. O quê? ( ) não

13. Você ou algum conhecido teve covid-19?(Pode marcar mais de uma opção)

( )Não ( )Sim, eu ( )Sim, um parente/familiar ( )Sim, um (a) amigo (a)

14. Você ficou doente (qualquer doença) nesse período de quarentena? ( )sim ( )não

15. Alguém na sua casa ficou doente (qualquer doença) nesse período de quarentena? ( )sim
( )não

16. Algum parente ficou doente nesse período de quarentena? ( )sim ( )não

ANEXO 2

CASO VOCÊ TENHA QUINTAL EM SUA CASA RESPONDA AS PROPOSIÇÕES


ABAIXO.

( ) Costumo plantar no meu quintal, mas nesse período de pandemia de covid-19 estou me
dedicando mais horas nessa tarefa.

( ) Não tinha o hábito de ficar no meu quintal mas nesse período de pandemia estou indo
mais vezes.

( ) Não costumava plantar no meu quintal, mas nesse período de pandemia de covid-19
comecei essa atividade.

( ) Tenho animal doméstico e cuido dele no quintal.

( ) Adquiri um animal doméstico neste período de pandemia de covid-19.

( ) Me sinto bem nesse período de pandemia de covid-19 porque tenho um quintal em minha
casa.

( ) A minha relação com o quintal em minha casa não mudou em nada durante a pandemia
de covid-19.

( )Minha vida em quarentena seria bem pior se eu não tivesse o espaço do quintal.

( ) Realizar algumas tarefas no quintal me dá mais alegria de viver nessa quarentena.


16

( ) Nessa quarentena já utilizei alguma coisa que plantei no quintal.

( ) usar meu quintal me trouxe bem-estar nesse período de pandemia.

( ) Se eu não tivesse esse espaço livre e aberto na minha casa minha adaptação ao isolamento
social seria comprometido.

Obrigada pela participação!

ANEXO 3

UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR


PÓS-GRADUAÇÃO STRICTU SENSO EM FAMÍLIA NA SOCIEDADE
CONTEMPORÂNEA
GRUPO DE PESQUISA FAMÍLIA (AUTO) BIOGRAFIA E POÉTICA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E INFORMADO - ATENDIMENTO VIRTUAL

O(a) senhor (a) está sendo convidado (a) a participar, como voluntário(a), de uma
pesquisa intitulada “O papel dos quintais urbanos em tempos de isolamento social devido
à pandemia por COVID-19” , realizada pela psicóloga clínica Profª. Dra Wanderlene
Cardozo Ferreira Reis, membro do Grupo de Pesquisa Família (Auto) Biografia e Poética
do Programa de Pós-graduação em Família na Sociedade Contemporânea, da Universidade
Católica do Salvador.

Esta pesquisa tem por objetivo investigar os modos como os sujeitos e suas famílias,
moradoras de bairros da cidade de Salvador e Região Metropolitana, estão usando os espaços
dos quintais em tempos de confinamento e isolamento social, causado pela pandemia de
Covid-19.

Para coleta de dados/informações será disponibilizado nas redes sociais e e-mails,


um link do questionário via Formulários Google, SEM NECESSIDADE DE SUA
IDENTIFICAÇÃO.
Esta atividade não é obrigatória. Caso concorde, o (a) senhor (a) receberá a via
original deste documento, devidamente assinados.
Ao decidir participar deste estudo, esclareço que:
 As informações fornecidas somente serão usadas para trabalhos científicos e
sua identificação será mantida sob sigilo, isto é, não será divulgado seu nome,
assegurando-lhe completo anonimato;
17

 O questionário compõe-se de 21 questões fechadas e você não levará mais de


vinte minutos para respondê-lo;
 Sua participação não implica nenhum custo financeiro;
 O estudo apresenta alguns benefícios sociais, tais como a ampliação da
discussão acerca do papel dos quintais para a saúde física e emocional do
sujeito.
 Além dos riscos e benefícios relacionados com a participação na pesquisa,
informo também sobre aqueles riscos característicos do ambiente virtual, meios
eletrônicos, ou atividades não presenciais, em função das limitações das
tecnologias utilizadas. Adicionalmente, informo que haverá limitações dos
pesquisadores para assegurar total confidencialidade e potencial risco de sua
violação. Por isso, ratificamos que se evite qualquer forma de identificação
pessoal, bem como passar informações à terceiros, relativos ao teor da
pesquisa.

 Não haverá nenhum desconforto com as respostas porém, caso isto aconteça, a
pesquisadora, sendo Psicóloga registrada no Conselho de Psicologia, sob o
número 03/9934, poderá dar todo o suporte psicológico e encaminhamentos
necessários, caso venha acontecer qualquer desconforto.
Em caso de dúvidas ou necessidade de falar com a pesquisadora, poderá entrar em
contato pelos telefones e whatsapp (71) 98784-8663 (OI), podendo realizar ligações à
cobrar, acrescentando os números 9090 antes dos números discados. Ou pelo e-mail:
jnd1232@hotmail.com.
Ou pelo endereço: Wanderlene Cardozo Ferreira Reis – Universidade Católica de
Salvador, Rua Cardeal da Silva, nº 205- Federação- Salvador/Bahia, CEP 40.231-902.
Contatos do CRP (Conselho Regional de Psicologia) R. Prof. Aristídes Novis, 27 - Federação,
Salvador - BA, 40210-630. Telefone: (71) 3247-6716.

:
Considerando as observações acima, Eu, ____________________________
_______________________________________________________________,
aceito, voluntariamente, participar do Estudo ora apresentado, estando ciente que não
sou obrigado(a) a participar da pesquisa, sem que me cause qualquer constrangimento
ou problemas.
Local e data _____________________________________________________
Assinatura do participante __________________________________________
Assinatura da pesquisadora

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