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Cenário
Ao longo de todo o ano de 2023 a atividade econômica nos EUA registrou um ritmo forte de crescimento, sustentada pelo mercado
de trabalho em sólida expansão, elevada utilização da poupança das famílias e avanço do crédito. Para 2024, na medida em que a
poupança já se encontra em nível inferior ao pré-pandemia e o custo do crédito se elevou de maneira significativa, a atividade deverá
desacelerar. Contudo, as condições financeiras mais flexíveis, o movimento de reshoring e a solidez do mercado de trabalho são
fatores atenuantes. Por isso mantemos a projeção de crescimento do PIB em 1,7%.
As perspectivas para a economia da China e da Europa em 2024 foram mantidas. No primeiro caso os problemas estruturais no setor
imobiliário, dificuldades no mercado de trabalho e a baixa confiança dos consumidores limitam os efeitos dos estímulos
governamentais. Nesse contexto, mantivemos a projeção de crescimento em 4,4%. Na Europa, os indicadores prospectivos, como os
índices de Gerentes de Compras (PMIs, na sigla em inglês) e os dados de confiança/sentimento estão melhorando na margem,
indicando que talvez o pior momento tenha passado. No entanto, a manutenção da política monetária restritiva ainda impactará a
atividade econômica no curto prazo. Assim, estimamos que o crescimento do PIB fique ao redor de 0,8%.
O processo de desinflação global segue em curso, mas em menor intensidade se comparado aos últimos meses de 2023. Maior fonte
de preocupação reside nos núcleos de inflação, especificamente na parte de serviços por conta da evolução dos salários. Ademais, o
aumento nos custos dos fretes internacionais e a recente alta nos preços do petróleo são riscos altistas. Nesse ambiente, mantivemos
o nosso cenário para os Bancos Centrais, com a redução de juros iniciando apenas na 2ª metade do ano, com as taxas básica dos EUA e
do Banco Central Europeu (BCE) chegando a 4,75% e 3,0% respectivamente no fim do ano.
A atividade doméstica continua mostrando resiliência e surpreendendo, com destaque para o setor de serviços, pelo lado da oferta, e
o consumo das famílias pelo lado da demanda. Fatores como a elevação do salário mínimo, transferências fiscais, retomada do crédito
e o dinamismo do mercado de trabalho estão contribuindo para esse quadro mais otimista. Para 2024, projetamos crescimento do PIB
de 2,2% com uma dinâmica mais homogênea esperamos alguma recuperação dos investimentos e manutenção de um ritmo sólido
do consumo das famílias.
Em relação à inflação, há de se reconhecer que a inflação subjacente deixou de mostrar a forte tendência de desinflação do passado
recente e que os serviços mais ligados à mão de obra merecem atenção. Todavia, a trajetória benigna dos bens industriais e o recuo
nos preços das principais commodities podem compensar avanço eventualmente mais intenso dos serviços. Por fim, projetamos que
o IPCA encerre 2024 em 3,6%.
Em relação à política monetária, o COPOM seguiu o ciclo de corte de juros em 50bps (Selic 10,75%) em decisão unânime, mas a
comunicação foi mais hawk que o esperado, com destaque para a mudança no guidance. Foi retirado o plural em redução de mesma
magnitude nas próximas reuniões para uma expressão no singular e com uma condicionante importante em se confirmando o
cenário esperado, redução de mesma magnitude na próxima reunião. Dito isso, sustentamos a perspectiva de 50pts de corte na
reunião de maio e uma taxa Selic de 9,0% no final de 2024. Contudo há de se reconhecer a maior incerteza inflacionária e o viés de
alta para os juros básicos projetados.
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