Você está na página 1de 11

ISE N 0 13

TÍTULO: INSTRUÇÃO DE SEGURANÇA PARA TRABALHOS COM GASES

OBJETIVO:
ESTABELECER PROCEDIMENTOS PARA EVITAR ACIDENTES, COMO
EXPLOSÕES, INTOXICAÇÃO OU ASFIXIA PROVOCADOS PELA INCIDÊNCIA DE GASES,
DURANTE O MANUSEIO EM INSTALAÇÕES FIXAS.
I – ABRANGÊNCIA
CSN

II – DISPOSIÇÕES GERAIS
13.1. DEFINIÇÕES
13.1.1. Gases da usina

GASES NATUREZA EFEITOS DENSIDADE


Falta de coordenação / Dores
Acetileno (C2H2) Tóxico / Inflamável 0,90
Abdominais / Asfixia
Irritação e queimadura de olhos e
Amônia (NH3) Tóxico 0,59
mucosas / Sufocação
Argônio (Ar) Asfixiante Simples Falta de oxigênio 1,38
Cloro (Cl2) Tóxico Sufocação / Pneumonia Química 1,4
Asfixia / Danos ao Sistema
Dióxido de Carbono (CO2) Asfixiante 1,22
Nervoso
Queimadura de olhos, pele e
Dióxido de Enxofre (SO2) Asfixiante 2,64
sistema respiratório
Gás de Aciaria (OG) - CO Tóxico Asfixia Bioquímica 1,02
Gás de Alto Forno (GAF) -
Tóxico Asfixia Bioquímica 0,99
CO
Asfixia Bioquímica / Paralisia do
Gás de Coqueria (GCO) –
Tóxico Sistema Nervoso / Parada 0,31
CO e H2S
Respiratória
Gás Liquefeito de Petróleo
Asfixiante Simples Falta de oxigênio 2,04 / 1,56
(GLP) – Butano/Propano
Irritação de mucosas / Distúrbios
Gás Natural (CH4) - Metano Tóxico / Inflamável 0,59
do Sistema Nervoso
Paralisia do Sistema Nervoso /
Gás Sulfídrico (H2S) Tóxico / Inflamável 1,19
Parada Respiratória
Hidrogênio (H) Inflamável 0,07
Asfixia Bioquímica
Monóxido de Carbono (CO) Tóxico 0,97
(Carboxi-hemoglobina)
Nitrogênio (N2) Asfixiante Simples Falta de oxigênio 1,16
Acelera a combustão / Acima de
Oxigênio (O2) Inflamável 1,05
23% causa vasodilatação

13.1.2. Equipamentos que lidam com gases


Todos os equipamentos que geram, utilizam ou armazenam e todas as tubulações que
transportam, ou podem conter em seu interior os gases citados em 13.1.1. (Ex.: Dutos de gases da

Re vi s ã o n. º Da ta de Apro va ç ã o P á gi na
6 2 7 / 12 / 20 1 1 Página 1 de 11

CÓPIA EM PAPEL  VALIDADE 10 DIAS ÚTEIS DATA DA IMPRESSÃO: 20/07/2018


ISE N 0 13

TÍTULO: INSTRUÇÃO DE SEGURANÇA PARA TRABALHOS COM GASES

coqueria, alto forno e aciaria, gasômetro, baterias de fornos da coqueria, regeneradores do alto forno,
fornos de caixa, caldeiras, equipamentos de refinamento de gás, equipamentos de descarga de gás,
equipamentos de fornecimento de gás, etc.).
13.1.3. Trabalhos com gases
a) Operação de linhas (manobras de distribuição) – entende-se,
basicamente, por operações de válvulas, com objetivos de isolar trechos ou redirecionar fluxo. Neste
caso há perigo de exposição à vazamentos por falha de vedações e/ou perfurações em paredes de
tubulações ou vasos.
b) Manutenção / alteração de linhas ou vasos – entende-se por serviços
que exigirão interação direta com a estrutura de equipamentos. Nestes casos, há perigo de exposição
no exterior e/ou interior de equipamentos (intoxicação, asfixia, incêndio, etc).
c) Situações de emergência – entende-se por serviços de operação de linhas
e/ou de manutenção de linhas ou vasos, porém necessários devido à anomalias nos equipamentos ou
tubulações, isto é, situações não previstas e com necessidade de intervenção urgente. Deve ser
analisada a necessidade de acompanhamento pelo Corpo de Bombeiros e tomadas providências de
segurança, como o isolamento da área (principalmente), pois, nestes casos, há uma probabilidade
maior de geração de risco para pessoal não advertido.
13.1.4. Controle dos serviços
Quaisquer serviços que interfiram na Rede Geral da UPV e sejam realizados em
equipamentos que geram, utilizam ou armazenam e todas as tubulações que transportam gases,
independente da responsabilidade da área proprietária, devem ser comunicados à área de
Distribuição de Utilidades, através de contato telefônico para o SICOM, para análise e providências
necessárias. Ramal do SICOM (Sala de Controle da CTE II) – 5030 ou 3435
Para executar serviços de manuseio de gases com segurança, deve-se proceder
conforme as orientações dispostas nesta ISE. Todas as intervenções realizadas devem ser
registradas (Análise de Risco, Procedimento, PTR, RS, relatórios ou afins). O controle será baseado
nos documentos de registro, assim como, nas evidências de treinamento das equipes especializadas,
responsáveis pela execução dos serviços.
MATRIZ DE RESPONSABILIDADE (ÁREA E PESSOAS)
Distribuição de Utilidades Área consumidora
Rede Geral Rede Interna
Tubulações de gás que atendem mais de uma Tubulação à partir da última válvula no sentido
área consumidora. da rede geral para a área consumidora (ponto
à partir do qual há somente uma área
consumidora).

13.2. RESPONSABILIDADE DA ÁREA DE DISTRIBUIÇÃO DE UTILIDADES


13.2.1. Compete ao órgão de Distribuição de Utilidades comunicar às demais áreas envolvidas,
com antecedência mínima de 48 horas, a execução de serviços programados em
tubulações de gases da Rede Geral (operação e/ou manutenção de linhas ou vasos),
solicitando os recursos de segurança necessários.
13.2.2. Nos casos de Situações de Emergência, às intervenções devem ser comunicadas pela
área de Distribuição de Utilidades através de contato telefônico ou rádio para o SICOM,
de forma imediata, para que este setor possa comunicar às áreas envolvidas: supervisor
da área proprietária, Gerência de Segurança do Trabalho, Ambulância e Corpo de
Bombeiros (caso sejam necessários).

Re vi s ã o n. º Da ta de Apro va ç ã o P á gi na
6 2 7 / 12 / 20 1 1 Página 2 de 11

CÓPIA EM PAPEL  VALIDADE 10 DIAS ÚTEIS DATA DA IMPRESSÃO: 20/07/2018


ISE N 0 13

TÍTULO: INSTRUÇÃO DE SEGURANÇA PARA TRABALHOS COM GASES

13.3. RESPONSABILIDADES DA GST


Compete à GST, em conjunto com as áreas de Distribuição de Utilidades e com as áreas
Geradoras, Consumidoras e de Manutenção:
13.3.1. Avaliar e dimensionar antecipadamente os riscos do ambiente de trabalho onde os gases
são manuseados na usina, incluindo monitoramento, orientação, normas de segurança,
práticas seguras de trabalho, etc., como parte da elaboração do PPRA de cada processo.
13.3.2. Assessorar os gerentes e supervisores, pessoalmente e através de normas específicas e
da orientação sobre as legislações aplicáveis, sobre as medidas de segurança e a
avaliação técnica do pessoal, para realizar com segurança as atividades previstas.
13.3.3. Orientar quanto a seleção de equipamentos de proteção individual (EPI), detectores de
gases e definir dispositivos de segurança necessários.
13.4. RESPONSABILIDADES DO GERENTE DA ÁREA
13.4.1. Garantir que os executantes cumpram os padrões aplicáveis a cada processo, de forma
à manusear os gases da usina com segurança;
13.4.2. Fornecer os recursos necessários de EPI, ferramentas especiais e detectores de gases
necessários ao serviço e em perfeitas condições de uso;
13.4.3. Indicar um Líder para coordenar o serviço;
13.4.4. Garantir que todos os colaboradores envolvidos na execução das atividades sejam
treinados (conforme item 13.25. desta ISE).

13.5. RESPONSABILIDADES DA ÁREA CONSUMIDORA


Comunicar à GST, qualquer anormalidade na rede interna que possa gerar risco.
13.6. RESPONSABILIDADES DO LÍDER DO SERVIÇO
São responsabilidades do líder do serviço, sempre que necessário executar qualquer atividade
que envolva serviços com gases:

13.6.1. Orientar os trabalhadores sobre as práticas seguras de trabalho envolvendo gás da usina
para evitar inalação, situações de emergência e ações que devem ser tomadas.
13.6.2. Medir a concentração de gases no local de trabalho (acessando o local com o
equipamento de medição já ligado e após realizado o teste resposta) e, dependendo do
resultado, tomar medidas necessárias.
13.6.3. Em caso de Espaços Confinados, obedecer ao estabelecido na ISE#26 e na Análise de
Risco (AR/PST) ou Procedimento da atividade.
13.6.4. Evitar a intoxicação ou asfixia dos trabalhadores por gases adotando o uso do aparelho
medidor adequado para a detecção dos gases que possam estar presentes no ambiente
(deve ser feita análise prévia, com assessoria da GST, para definição do equipamento),
uso de EPI específico, ventilação local, exaustão de gases, máscara com mangueira de
ar respirável e monitoramento das condições de uso, dentre outras medidas de controle
que sejam necessárias conforme características do local e da atividade.
13.6.5. Inspecionar os equipamentos de ventilação e/ou exaustão no local, antes do início das
atividades, ou no mínimo com freqüência de 1 vez por mês (mesmo o equipamento não
estando em uso). Para realização da inspeção deve-se utilizar um check list, elaborado
especificamente para o equipamento, com base nas orientações do manual do
fabricante.
13.6.6. Nomear monitor para controlar os níveis de gases no ambiente. (com colete refletivo para
facilitar sua identificação).
13.6.7. Serviços em locais que possam conter mistura explosiva de gases requerem o uso de

Re vi s ã o n. º Da ta de Apro va ç ã o P á gi na
6 2 7 / 12 / 20 1 1 Página 3 de 11

CÓPIA EM PAPEL  VALIDADE 10 DIAS ÚTEIS DATA DA IMPRESSÃO: 20/07/2018


ISE N 0 13

TÍTULO: INSTRUÇÃO DE SEGURANÇA PARA TRABALHOS COM GASES

ferramentas anti-faiscantes e de equipamentos intrinsecamente seguros ou à prova de


explosão.
13.6.8. Nos serviços com oxigênio assegurar que todas as peças e ferramentas utilizadas, assim
como as roupas, calçados, EPI e todas as partes do corpo do pessoal envolvido estejam
totalmente isentos de contaminação por óleo ou graxa.
13.6.9. Garantir que todas as terminações de tubulação ou equipamentos que utilizam oxigênio
após abertura sejam protegidas contra entrada de impurezas como óleo, graxas, escória
ou outros. Ex.: mangotes de entrada dos injetores de oxigênio do Forno Elétrico, Válvulas
controladoras de pressão de oxigênio, etc.
13.7. RESPONSABILIDADES DO MONITOR
13.7.1. Realizar o monitoramento das condições do ambiente quanto a presença de gás, sempre
que realizar operações de manobra de gás, onde a medição seja necessária. Caso seja
verificada anormalidade quanto à concentração de gases no ambiente, comunicar
imediatamente aos envolvidos, paralisar a atividade e retirar todos os envolvidos do local.
13.7.2. Quando detectar anormalidade no manuseio dos gases, ou quando receber comunicação
sobre isso, avisar aos envolvidos.
13.7.3. Verificar a entrada e saída dos trabalhadores nos locais de trabalho, onde o manuseio foi
efetuado, para confirmar se todos abandonaram o local, no caso de anormalidade.
13.8. CONTROLE DO SERVIÇO
Itens a serem observados durante o serviço:
13.8.1. Ao iniciar o trabalho de manobra de gás na usina consultar as normas de segurança e
procedimentos operacionais aplicáveis para prevenir o risco. Caso não possua
procedimento de operação para a atividade, só executar o serviço após definir
plenamente os métodos de execução e função de cada um dos envolvidos, através de
Procedimento Operacional ou Análise de Risco.
13.8.2. Quando existir equipamento de ventilação ou exaustão local, utilizá-lo com eficiência
(Ex.: posicioná-los corretamente, analisando sempre a densidade relativa do gás, ponto
de captação de ar limpo e local de saída do ar contaminado).
13.8.3. Se houver risco de inalação, utilizar equipamento de proteção adequado (máscara de ar
com cilindro autônomo, máscara com linha de ar mandado.), conforme procedimento,
análise de risco ou requisição de serviço. Executar o serviço evitando a inalação de gás
da usina, analisando o melhor posicionamento para o executante durante a atividade.
Sempre que for necessária a utilização de máscara com linha de ar mandado em
atmosfera considerada IPVS deverá também ser feito o uso do cilindro de fuga.
13.8.4. É expressamente proibida a ingestão de líquidos e alimentos nos locais de trabalho onde
utilizam gases da usina.
13.8.5. É expressamente proibido o uso de fontes de calor sem autorização prévia, onde há o
potencial da presença de gases ou dispersões, que possam causar explosões (solicitar
liberação de PSQ).

13.9. CONCENTRAÇÃO DE GÁS E RESTRIÇÃO AO SERVIÇO


13.9.1. (Antigo item 13.28.1) É proibido criar ou utilizar qualquer ramificação de rede de
utilidades (água, gases, vapor, eletricidade etc), sem autorização prévia do órgão
competente (Utilidades, operação ou manutenção da área/local).
13.9.2. A tabela abaixo apresenta algumas orientações quanto a restrições para realização de
serviços em ambientes que apresentem concentração de gases. No momento de
planejamento da atividade o profissional de segurança do trabalho deverá ser envolvido

Re vi s ã o n. º Da ta de Apro va ç ã o P á gi na
6 2 7 / 12 / 20 1 1 Página 4 de 11

CÓPIA EM PAPEL  VALIDADE 10 DIAS ÚTEIS DATA DA IMPRESSÃO: 20/07/2018


ISE N 0 13

TÍTULO: INSTRUÇÃO DE SEGURANÇA PARA TRABALHOS COM GASES

para os casos nos quais a atividade se desenvolverá em ambiente com valores de


concentração acima do limite de tolerância ou sabidamente IPVS.
Concentração de gás e restrição ao serviço:
Restrição ao serviço Utilização de EPI Monitoramento
Para CO - até 25 ppm
Para gás sulfídrico - até 8 ppm
Para amônia - até 20 ppm
Usar proteção
respiratória e Para Cloro - até 0,8 ppm
demais EPI Para Nitrogênio - Oxigênio entre 19.5% e 22%
Sem restrição
específicos
conforme AR/ Para Gás Natural – Explosividade igual a 0%
Padrão específico.
Para Argônio - Oxigênio entre 19.5% e 22%
Para CO2 - Oxigênio entre 19.5% e 22%
Para GLP - Explosividade igual a 0%
Para CO - acima de 25 ppm
Usar cilindro Para amônia – acima de 20 ppm
Executar o serviço autônomo ou ar
diminuindo a mandado, com Para Cloro - acima de 0,8 ppm
concentração através cilindro de fuga, Para Nitrogênio - Oxigênio abaixo de 19.5%
de ventilação forçada. conforme AR/
Padrão específico. Para Argônio - Oxigênio abaixo de 19.5%
Para CO2 - Oxigênio abaixo de 19.5%
Paralisar a atividade e
diminuir a
Para qualquer gás para o qual a concentração
concentração
- no ambiente apresente valor de Explosividade
(ventilação forçada,
acima de 0% do limite inferior.
limpeza, purga, ou
outro método)

13.10. AÇÕES SOBRE DETETOR FIXO DE GÁS E PARA O MOMENTO EM QUE ELE SOAR O
ALARME.
Os detectores fixos são ajustados para alarmar nas concentrações específicas para cada gás
em questão, definidas na Norma Regulamentadora 15 (NR15) ou normas internacionais pertinentes.

Re vi s ã o n. º Da ta de Apro va ç ã o P á gi na
6 2 7 / 12 / 20 1 1 Página 5 de 11

CÓPIA EM PAPEL  VALIDADE 10 DIAS ÚTEIS DATA DA IMPRESSÃO: 20/07/2018


ISE N 0 13

TÍTULO: INSTRUÇÃO DE SEGURANÇA PARA TRABALHOS COM GASES

Contra medidas para quando soar o alarme.


Itens Padrão de contra medida
1. O ouvinte do alarme deverá comunicar ao líder do serviço.
2. Através da indicação do líder do serviço, usar o EPI e medir a
concentração do gás.
3. Ao saber a concentração medida, o líder do serviço deverá retirar os
Confirmação de trabalhadores do local onde a concentração seja maior que a permitida pelas
concentração de normas vigentes.
gases 4. O uso dos elevadores para desocupação do ambiente só será permitida
nos locais onde houverem medidas de controle para segurança dos usuários,
como máscaras de ar com cilindro autônomo ou máscaras com linha de ar
mandado na mesma quantidade de pessoas dentro do elevador. Essa
situação deve estar prevista no PRE da área e fazer parte das rotas de fuga.
1. Usar o EPI e medir a concentração de gás. (A medição deverá ser
realizada sempre com duas pessoas).
2. Verificar e atender os locais de vazamentos.
2.1 Verificar o vazamento de gás nos equipamentos de sua
responsabilidade.
Confirmação de
locais de 2.2 Caso o local e a causa sejam desconhecidos, comunicar às gerências
vazamentos envolvidas e discutir a contra medida necessária (avaliando os riscos,
elaborando um plano de ação e trabalhando em conjunto com todas as áreas
envolvidas).
3. A principal gerência proprietária dos equipamentos deverá isolar a área
proibindo a entrada de pessoas, quando houver perigo de explosão e
intoxicação, colocando placas de sinalização com essa orientação.

13.11. AÇÕES NO MOMENTO QUE O ALARME DO DETETOR PORTÁTIL DE GÁS ATUAR.


Os procedimentos do detector portátil no momento da atuação seguem os mesmos do fixo,
vide Tabela acima. Os detectores de gás devem ser utilizados somente para os gases para os quais
foram programados, sendo permitido o uso do oxímetro para fazer a detecção somente de oxigênio e
de nenhum outro gás (a mesma regra aplica-se a todos os detectores).
13.12. INSTALAÇÃO DE PLACAS DE SINALIZAÇÃO.
Nos locais onde são utilizados os gases da usina, colocar placas de sinalização para as
situações definidas a seguir. Quanto ao formato, seguir de acordo com o padrão da CSN para
sinalização de segurança (Placas).
13.12.1. Sinalização proibindo a entrada de estranhos ao serviço.
13.12.2. Sinalização proibindo o uso de chamas (instalar onde há perigo de explosão de gases).
13.13. SINALIZAÇÃO EM TUBULAÇÕES
13.13.1. As tubulações onde passam gases da usina deverão ser pintadas seguindo os padrões
definidos na ISE N.º 05. Para cada tipo de gás, além da cor apropriada, indicar também
sentido de fluxo, onde este for único.
13.13.2. Quanto às válvulas importantes, verificar sempre a presença da indicação de sentido da
abertura e fechamento.

Re vi s ã o n. º Da ta de Apro va ç ã o P á gi na
6 2 7 / 12 / 20 1 1 Página 6 de 11

CÓPIA EM PAPEL  VALIDADE 10 DIAS ÚTEIS DATA DA IMPRESSÃO: 20/07/2018


ISE N 0 13

TÍTULO: INSTRUÇÃO DE SEGURANÇA PARA TRABALHOS COM GASES

13.14. EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS


Durante o serviço de melhoria, reparo, manutenção, limpeza, etc., nos equipamentos de
armazenamento ou em outros tipos de equipamentos que manuseiam gás, proceder as seguintes
ações:

13.14.1. Discutir previamente, com os envolvidos, os métodos de serviço e as práticas seguras de


trabalho e, posteriormente, disseminar entre os trabalhadores.
13.14.2. Definir e identificar o líder do serviço, que deve ser alguém que possua qualificação e os
conhecimentos necessários para manusear os gases da usina com segurança.

13.14.3. Drenar todo o gás do equipamento onde se irá trabalhar, ou inspecionar, e executar uma
ou mais das ações seguintes, para que o gás não saia no local de trabalho, pelas
tubulações ligadas ao equipamento:
13.14.3.1. Caso seja necessário executar serviços à quente, deve-se drenar, raquetear e
purgar o equipamento ou tubulação onde serão executados os serviços.
Verificar a necessidade de acompanhamento do bombeiro durante a execução
do serviço à quente.
13.14.3.2. Nos casos em que não haja serviço à quente, deve assegurar o fechamento de
todas as válvulas, registros, etc. nos ramais interligados ao equipamento ou
tubulação e verificar com o supervisor responsável pelo serviço a necessidade
de instalar raquetes em cada tubulação (garantindo que estas estão fechadas
hermeticamente).
13.14.4. Fazer medição inicial no local de trabalho para liberação da atividade e manter
monitoramento contínuo
13.14.5. Para as válvulas, registros e raquetes, providenciar os itens abaixo:
13.14.5.1. Colocar trava com cadeado ou corrente com cadeado;
13.14.5.2. Instalar etiqueta dizendo que é proibido operar as mesmas.
13.14.6. Abrir entradas, portas de inspeção, comportas, etc., dos equipamentos onde se irá
trabalhar, ou inspecionar.
13.14.7. Caso seja necessário entrar no equipamento, e o mesmo seja caracterizado como
Espaço Confinado, seguir as orientações da ISE N.º 26.
13.14.8. Quando for necessário retirar as raquetes citadas em 13.14.3.2, e se existe a
possibilidade de vazamento de gás, o executante deverá utilizar ferramenta antifaiscante
e ter disponível para uso o kit autônomo ou máscara de ar mandado com manifold. O
executante deverá monitorar a concentração de gás, enquanto retira os parafusos da
raquete e agir conforme abaixo.
13.14.8.1. Deixar preparados os recursos necessários para retirar os trabalhadores do
local, ou do interior do equipamento, onde estão trabalhando, em caso de
emergência. (Ex.: Cabo guia, linha da vida, tripé, carretilha, máscara com
suprimento de ar respirável de linha ou kit de cilindro autônomo, equipe de
bombeiro de sobreaviso, etc.)
13.14.8.2. Usar o EPI adequado (ex.: conjunto uniforme retardante de chama, balaclava,
luvas para alta temperatura, bota de segurança para alta temperatura, etc.) de
acordo com a necessidade (conforme procedimento, análise de risco ou
requisição de serviço).
13.14.9. Para atividade emergencial na qual não seja possível interromper o fluxo de gás através
da execução de bloqueio e drenagem da tubulação (Ex. consertos paliativos em
tubulações com vazamento de gás), deverá ser analisado o melhor método a ser
utilizado para reparo, de acordo com o formato do ponto da rede que está danificado e

Re vi s ã o n. º Da ta de Apro va ç ã o P á gi na
6 2 7 / 12 / 20 1 1 Página 7 de 11

CÓPIA EM PAPEL  VALIDADE 10 DIAS ÚTEIS DATA DA IMPRESSÃO: 20/07/2018


ISE N 0 13

TÍTULO: INSTRUÇÃO DE SEGURANÇA PARA TRABALHOS COM GASES

com a pressão e o diâmetro da rede (Ex: cinta metálica de folha de flandres com manta
de borracha auto-adesiva e cantoneira, batoque de madeira, etc.). Para este tipo de
atividade é obrigatório: o acompanhamento por uma equipe do Corpo de Bombeiro CSN,
a utilização de ferramentas antifaiscantes, máscara com suprimento de ar respirável de
linha ou kit de cilindro autônomo, conjunto uniforme retardante de chama, balaclava,
luvas para alta temperatura e bota de segurança para alta temperatura.

13.15. SERVIÇOS DE PURGA DE EQUIPAMENTOS OU TUBULAÇÕES.


Quando for executar purgas para realizar serviços ou introdução de gás no sistema, verificar
os itens a seguir para garantir a segurança das atividades:
13.15.1. Na purga de gás usar o nitrogênio. A concentração de gás residual deverá ser menor que
a definida na Tabela I dessa ISE.
13.15.2. Quando for entrar no interior de qualquer equipamento ou tubulação purgada por
nitrogênio, tomar as ações necessárias, conforme ISE N.º 26.
13.15.3. Após a expulsão do gás por completo pelo nitrogênio, antes de realizar as atividades de
manutenção, medir a explosividade da atmosfera interna do sistema até que nenhum
valor de explosividade seja detectável.
13.16. DESCARGA DE GÁS
Normalmente o gás é aliviado por queima, mas caso não seja queimado, proceder da
seguinte forma:
13.16.1. Realizar a descarga de gás através de purga com nitrogênio (N2). Caso o detector acuse
perigo de intoxicação ou explosão, tomar ações contra a geração de chama e proibir a
entrada de pessoal.
13.16.2. No local onde a entrada foi proibida, fazer o isolamento do local e colocar placa
sinalizando que o alívio de gás está sendo realizado.
13.17. EQUIPES DE TRABALHO
Proibir o trabalho sozinho, nos equipamentos ou locais, onde há possibilidade de presença de
gás. Mas, em casos de emergência, onde vazamentos são identificados, proceder da seguinte
maneira:
13.17.1. Afastar-se do local e comunicar rapidamente aos responsáveis pelo sistema, solicitando
recursos adicionais, se necessário.
13.17.2. Estando devidamente equipado (portar detetor multigás e máscara com cilindro de ar
autônomo), executar o bloqueio do trecho, ou reparo paliativo. (Ex.: Batoque de madeira
ou borracha, cinta metálica com manta de borracha).
13.18. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)
13.18.1. Para as atividades de rotina envolvendo manobra ou manuseio de gás, devem ser
utilizados os EPI respectivos à área e atividade.
13.18.2. Nos casos em que forem constatados pequenos vazamentos de gás, mas que a
explosividade permaneça inferior à 10%, a atividade poderá ser realizada, porém com o
uso obrigatório de máscara com suprimento de ar respirável de linha, ou com cilindro
autônomo.
13.18.3. Antes do início da atividade, todos os EPI deverão ser verificados quanto as suas
condições de uso e validades. E no caso dos conjuntos de ar mandado e/ou conjunto de
cilindro autônomo, todos os componentes deverão ser inspecionados no mínimo 1 (uma)
vez ao mês, mesmo sem haver uso durante este período, e estas inspeções deverão ser
registradas em check list próprio (Anexo 1) para controle.

Re vi s ã o n. º Da ta de Apro va ç ã o P á gi na
6 2 7 / 12 / 20 1 1 Página 8 de 11

CÓPIA EM PAPEL  VALIDADE 10 DIAS ÚTEIS DATA DA IMPRESSÃO: 20/07/2018


ISE N 0 13

TÍTULO: INSTRUÇÃO DE SEGURANÇA PARA TRABALHOS COM GASES

13.18.4. Para as atividades envolvendo manobra ou manuseio de gás onde existe alto potencial
de risco de incêndio (relativo ao tipo de gás e a pressão à partir de 2kgf/cm2) deverá ser
adotado o Macacão Retardante de Chama. No caso de dúvida à área deverá contatar a
GST para análise da atividade.
13.19. CONTROLE DO AMBIENTE DE TRABALHO
13.19.1. Medição do ambiente de trabalho
O uso de detector fixo para monitoramento contínuo do ambiente se faz necessário nos
locais onde normalmente há pessoas presentes (escritórios, salas de controle, etc.) e que podem,
eventualmente, apresentar teores mensuráveis de gás, devido à falha em sistemas de exaustão ou
vazamentos em tubulações/equipamentos.
Para os locais onde normalmente não há pessoas presentes, mas que podem estar
sujeitos a níveis detectáveis de gás, devido à falha em sistemas de exaustão ou vazamentos em
tubulações/equipamentos, devem ser utilizados detectores portáteis de gás no momento do acesso,
de forma que a medição seja contínua durante todo o tempo de permanência de pessoas nestes
locais (na frente de serviço e em trânsito na área).
Para os locais onde existe o risco de vazamento de Gás de Coqueria (GCO), é
obrigatório pelo menos 1 (um) detector de 4 (quatro) gases por área/frente de trabalho. O detector de
4 (quatro) gases deve ter células de detecção para CO, H2S, O2 e Explosividade. No caso de áreas
grandes e com várias frentes de trabalho, devem-se distribuir os detectores por quadrantes de 50m2.
Isto é um parâmetro que deve ser avaliado caso a caso, durante o planejamento das atividades, pela
engenharia de segurança (CSN e/ou Contratada) e os responsáveis pela área onde será executado o
serviço. As orientações e obrigações do uso devem ser inseridas na Análise de Risco (AR/PST),
Procedimento e/ou Requisição de Serviço (RS).
No caso de serviço de manobra de gás todos os colaboradores devem obrigatoriamente
utilizar detectores portáteis para monitoramento das concentrações de gases, mesmo que exista no
local detector fixo. A medição deve ser contínua durante todo o serviço.
13.20. ITENS A SEREM OBSERVADOS DURANTE A MEDIÇÃO DE CONCENTRAÇÃO:
13.20.1. Realizar as medições utilizando máscara com suprimento de ar respirável de linha, ou
com cilindro autônomo, nos locais onde não houver informações prévias quanto aos
riscos existentes no ambiente, ou que sabidamente haja vazamentos de gás.
13.20.2. Nos locais onde há risco de queda, utilizar sistematicamente o cinto de segurança tipo
paraquedista com dois talabartes. Para as frentes de serviço que fizerem uso de
andaime, o mesmo deverá ser montado por profissionais especializados (capacitação
comprovada) e somente poderá ser liberado para uso após verificação de suas
condições e de seu atendimento as normas vigentes, através de preenchimento de
check-list, e de sinalização (etiqueta ou placa verde) para os usuários.
13.20.3. Armazenar o aparelho medidor de concentração de gás no local definido em local
próprio onde todos os colaboradores autorizados a manuseá-lo tenham acesso ao
mesmo e possam mantê-lo sempre em boas condições. Manter registro da utilização do
detector de gás e da realização do teste resposta.
13.20.4. O teste resposta deverá ser realizado no local de armazenamento do detector, no início
de cada jornada de trabalho, antes de seguir para a área. E deverá ser refeito sempre
que ocorrer alguma situação imprevista que possa descalibrar o equipamento (queda,
exposição à vibração, exposição às concentrações altas de gás que atinjam o valor
máximo no range do aparelho).

Re vi s ã o n. º Da ta de Apro va ç ã o P á gi na
6 2 7 / 12 / 20 1 1 Página 9 de 11

CÓPIA EM PAPEL  VALIDADE 10 DIAS ÚTEIS DATA DA IMPRESSÃO: 20/07/2018


ISE N 0 13

TÍTULO: INSTRUÇÃO DE SEGURANÇA PARA TRABALHOS COM GASES

13.21. REGISTRAR O RESULTADO DAS MEDIÇÕES DE CONCENTRAÇÃO


13.21.1. Resultado da medição de gases.
a) Registrar o resultado da medição inicial de gases em relatório (próprio de cada área)
antes de iniciar o serviço e durante a atividade registrar os momentos em que a
concentração exceder o limite de tolerância especificado nas normas vigentes. Sempre
que o valor exceder o limite de tolerância a atividade deverá ser interrompida e a área
evacuada (exceto nos casos nos quais as medidas de segurança necessárias forem
tomadas – item 13.18.2 desta norma).
b) Todos os relatórios que apresentarem registros de concentrações acima do limite de
tolerância devem ser conservados durante 1 (um) ano.
c) Para os relatórios que apresentarem somente valores abaixo do limite de tolerância não
há necessidade de conservação.
13.22. MANUTENÇÃO E CONTROLE DOS MEDIDORES DE CONCENTRAÇÃO
Para a manutenção e controle dos medidores de concentração de gás seguir orientação do
Laboratório de Instrumentação da CSN quanto aos serviços e suas respectivas freqüências (padrão
de manutenção do alarme e do detector).
Os detectores devem ser enviados ao laboratório anualmente para que seja realizada a
calibração do mesmo. Porém este prazo pode ser reduzido caso o equipamento apresente alguma
anomalia em suas células de gás ou em seu funcionamento, como: não ser aprovado no teste de
resposta, alarmar em valores diferentes dos adotados na programação da CSN, mau funcionamento
nos alarmes visuais e sonoros, dificuldade na visualização dos valores no visor, etc.
13.23. AÇÕES A SEREM TOMADAS NO MOMENTO QUE SURGIR ANORMALIDADE
Quando houver vazamento de gás com risco de explosão de gás, ou risco de afetar a saúde
dos trabalhadores por intoxicação:
13.23.1. Providenciar a evacuação do local com vazamento e, enquanto o mesmo não estiver
seguro, manter as pessoas afastadas e isolar a área com fita zebrada. Comunicar a
GST, GDE, GSP e à operação das áreas afetadas (colocar em ação o Plano de
Resposta a Emergências - PRE).
13.24. PLANOS DE RESPOSTA À EMERGÊNCIA
13.24.1. As áreas onde pessoas podem ser expostas à gases devem desenvolver Planos de
Resposta à Emergências, prevendo recursos para resgate de pessoal, aplicação de
primeiros socorros e combate à emergência, além das demais medidas de
comunicação e acionamento de recursos como bombeiros, ambulância, etc.
13.24.2. Esses Planos de Resposta à Emergências devem ter sua eficácia verificada
anualmente através da realização de simulados, que devem ser planejados e realizados
numa ação conjunta dos responsáveis pela área (definidos pelo gerente da área), pelo
SESMT e equipe de Bombeiros da CSN; podendo envolver outros colaboradores
quando detectada necessidade.
13.25. TREINAMENTO
Os gerentes deverão assegurar que os empregados que vão executar serviços de manobra e
manuseio de gás recebam treinamento específico para essas atividades.

Re vi s ã o n. º Da ta de Apro va ç ã o P á gi na
6 2 7 / 12 / 20 1 1 Página 10 de 11

CÓPIA EM PAPEL  VALIDADE 10 DIAS ÚTEIS DATA DA IMPRESSÃO: 20/07/2018


ISE N 0 13

TÍTULO: INSTRUÇÃO DE SEGURANÇA PARA TRABALHOS COM GASES

13.26. CONTEÚDO DO TREINAMENTO


O programa do treinamento deve incluir, no mínimo, os itens da Tabela III desta instrução de
segurança e os instrutores deverão ser pessoas que possuam vasto conhecimento teórico e prático
em gases manipulados na usina.

Conteúdo do treinamento
Disciplinas Duração Texto Ti p o Total

 Composição e características do ar 0.25

 Contaminantes no ar 0,25

 O aparelho respiratório 0,25


O conteúdo deve
 Gases - conhecendo seus riscos 1,5 enfocar na Teórico 4,0
segurança dos
 Equipamento de Proteção empregados que
0,5
Individual e Coletiva manuseiam gases
 Conteúdo da ISE 13 e sua prática 1,0 da usina.

 Teste de Resposta dos Detectores 0,25

 Site Prático de Percepção de


4,0 Prático 4,0
Riscos

13.27. REGISTRO DO TREINAMENTO


13.27.1. Elaborar o registro do treinamento e conservar durante 20 anos.
13.27.2. Emitir o certificado de conclusão do treinamento (certificado de autorização de
manuseio de gás da usina).
13.27.3. Todos os colaboradores autorizados à manusear os gases da usina, após a realização
do treinamento, receberão uma etiqueta para identificação através do capacete.

- REVISÃO: Nº 6
- DATA: 27/12/2011
- RELATOR: RAQUEL MARINS AZEVEDO - CS56281
- CONTATO: 5797

Re vi s ã o n. º Da ta de Apro va ç ã o P á gi na
6 2 7 / 12 / 20 1 1 Página 11 de 11

CÓPIA EM PAPEL  VALIDADE 10 DIAS ÚTEIS DATA DA IMPRESSÃO: 20/07/2018

Você também pode gostar