Você está na página 1de 11

CÓPIA NÃO CONTROLADA

NORMA TÉCNICA WM-PR-029


TÍTULO
LIMPEZA PARA SERVIÇO COM OXIGÊNIO
ORIGEM TIPO
Produção de Gases / Engenharia Procedimento
Praxair GS-38 (09/03/2008)
CGA G-4.1 (5ª edição)
ELABORAÇÃO REVISÃO
Luís Pontes 04/2009
TRADUÇÃO APROVAÇÃO
Domingos Matos e Leandro Girardi
PALAVRAS-CHAVE PÁGINAS
Limpeza - Oxigênio - Contaminantes - Inspeção - Manuseio - Embalagem 11

SUMÁRIO
1 Objetivo
2 Documentos complementares
3 Definições
4 Condições gerais
5 Condições específicas
6 Inspeção e teste
7 Procedimentos de proteção de itens limpo
8 Manuseio e descarte das soluções de limpeza
9 Referências

1 OBJETIVO

1.1 Esta Norma estabelece os requisitos mínimos para limpeza dos itens para serviço com Oxigênio,
dentro das seguintes condições:
a) normalmente em contato com um sistema que tenha concentração volumétrica igual ou superior a
23,5% de Oxigênio;
b) em contato com Oxigênio ou ar enriquecido de Oxigênio, durante partidas para operação ou degelo
de um sistema, o Oxigênio pode estar na forma líquida ou gasosa;
c) em serviço com Nitrogênio ou Argônio, com possibilidade de ser modificado para serviço com
Oxigênio em concentração igual ou superior a 23,5%.

1.2 Esta Norma estabelece requisitos para inspeção, proteção e identificação dos itens.

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES
Na aplicação desta Norma é necessário consultar:
WM-ES-040 - Fita de Teflon usada na produção de gases para serviço com oxigênio
FISPQ Enforce 5010
GS-38 - Praxair Class 2 (Oxygen) Cleaning
MSDS 218444M3 - Eox economic oxigen cleaner

3 DEFINIÇÕES
Para efeitos desta Norma são adotadas as definições de 3.1 e de 3.2.

3.1 Item
Qualquer tubulação, equipamento, componente ou peça que venha a ser submetido às condições de 1.1.

3.2 Contaminantes
Podem ser: graxas; óleos; papel; pedaços de madeira; poeira de carvão; poeira; resíduos de solventes;
resíduos de detergentes; ferrugem (oxidação); areia e sujeira; resíduos de jateamento; lubrificante
impróprio para uso nessa atividade específica; fibras; panos (trapos); hidrocarbonetos; ferramentas
contaminadas (sujas).
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
DATA NORMA TÉCNICA PÁGINA

04/2009 WM-PR-029 2

4 CONDIÇÕES GERAIS

4.1 Preliminares

4.1.1 Nos casos em que a limpeza não é executada por funcionários da White Martins, o Fornecedor da
Limpeza para Serviço com Oxigênio deve ser qualificado através de Auditoria e ser qualificado por:
Unidade Fabril ou Instalação de Campo ou Serviço Contratado; tudo como definido na Ordem de Compra,
Desenhos de Engenharia, Especificações e/ou Contrato.

4.1.1.1 Os procedimentos do Fornecedor devem ser submetidos à avaliação e aprovação da Engenharia,


ver documentos: Criando ou revisando um procedimento de limpeza para serviços com oxigênio,
Questionário de qualificação para fornecedor de limpeza para serviços com oxigênio e Execução de
auditorias em procedimentos de limpeza para serviços com oxigênio.

Nota: Os arquivos eletrônicos dos documentos citados em 4.1.1.1 estão disponíveis no BD Normas
Técnicas WM, ao lado desta Norma.

4.1.2 Todo o pessoal envolvido na operação de limpeza deve estar treinado e deve utilizar os
equipamentos de proteção individual (EPI) adequados, isto é, indicados nas Fichas de Informações de
Segurança de Produtos Químicos (FISPQ) dos produtos empregados para a Limpeza para Serviços com
Oxigênio. É importante que se tenha registros dos treinamentos.

4.1.2.1 Quando a limpeza for executada por funcionário(s) da White Martins, o(s) mesmo(s) deve(m)
utilizar os EPI’s relacionados na AST (Análise de Segurança do Trabalho) e seu(s) treinamento(s) deve(m)
ser registrado(s) em RAT.

4.1.3 Os EPI's, as ferramentas e equipamentos utilizados na operação de limpeza devem estar livres de:
papel, poeira, areia, ferrugem, fibras, panos, óleo e graxa, e preservados para esse fim.

4.1.4 Os locais onde se processe a operação de limpeza devem ser bem ventilados.

4.1.5 A bancada a ser utilizada para limpeza do itens deve ser limpa antes de ser usada e/ou coberta por
papel KRAFT ou folhas de polietileno.

4.1.6 As peças prensadas, dobradas ou roscas roladas, devem ser fabricadas sem a utilização de óleo
lubrificante à base de hidrocarbonetos.

4.2 Produtos de limpeza


Os produtos a serem utilizados na limpeza química estão relacionados na Tabela 1.
DATA NORMA TÉCNICA PÁGINA

04/2009 WM-PR-029 3

TABELA 1 - Produtos de limpeza


Produto/ Referência comercial/ Obs.
Tipo
Preparo
Solvente Tricloroetileno (Número ONU 1710) Pode-se utilizar o solvente de nome
Sumasolv
Tetracloroetileno (Número ONU 1897)
(Sumatex - JDE 40000569)
(A)
Solução alcalina 1 Enforce 5010 Pode-se utilizar o detergente de
(detergente) (NCH Brasil Ltda - JDE: 40126935) + nome eOx Economic Oxigen
(B )
9 vezes, em volume, de água potável Cleaner (eOx Production –
filtrada (partículas e cloro) à temperatura JDE 40126938) + 3 vezes, em
ambiente (10 % v/v) volume, de água potável filtrada
(partículas e cloro) (25% v/v).
Essa solução deve ser aquecida a
50°C por 5 minutos.
Solução alcalina 2 50,00 g/l de Aluminux 300 + 30,00 g/l
(detergente) de P3 Almeco 18/90 (Henkel S.A. -
Indústrias Químicas)
3
60,00 g/l de H-1020 (Rohco) + 1,00 cm
-
de Teepol-S (Shell Química)
Apassivante 20% em volume de ácido nítrico 36º
-
Baumé
Inibidor de corrosão Nitrito de Sódio inibido, solução a 0,4%
-
em peso
(A) Produto homologado pela Praxair.
(B) Anteriormente comercializado com o nome Tramos.

Nota: Os dados dos fornecedores dos produtos químicos estão disponível no BD Normas Técnicas WM, ao
lado desta Norma.

4.3 Selante de rosca


Fita Teflon tipo TT41 (Tecflux - JDE 40127479) (ver WM-ES-040).

4.4 Utilidades
O Ar comprimido e o Nitrogênio usados para purga, secagem, teste, ou como propelente de jateamento
devem ser limpos, secos [ponto de orvalho –30°C ou menos (442 ppm de umidade ou menos], e isentos de
óleo. Pode ser usado o Ar comprimido obtido de compressor não-lubrificado ou de compressor lubrificado
com dispositivo que efetivamente remova o óleo. É obrigatória a inspeção e controle do equipamento de
filtragem.

Nota: Quando não houver certeza sobre a isenção de óleo, deve-se fazer o seguinte teste: soprar a
utilidade a ser usada (ar comprido ou Nitrogênio) em uma superfície metálica previamente limpa para
serviço com oxigênio e inspecioná-la conforme definido no item 6.
DATA NORMA TÉCNICA PÁGINA

04/2009 WM-PR-029 4

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 Limpeza mecânica


A limpeza mecânica é empregada em itens de aço-carbono e aços liga. Utilizar para esse fim escova,
jateamento ou outro meio que remova mecanicamente os contaminantes (ver Tabela 2).

TABELA 2 - Quadro geral limpeza mecânica


LIMPEZA MATERIAL
ITEM APLICÁVEL FINALIDADE AGENTE DE LIMPEZA
MECÂNICA APLICÁVEL
Escova ou • Qualquer item de • Remoção de ferrugem menos aderente Aço-carbono Solvente ou solução
outro meio fácil acesso • Remoção de carepas de laminação
e aços liga alcalina 1

• Remoção de contaminantes não


retirados por limpeza química
• Remoção de óxidos
Jateamento • Qualquer item • Remoção de ferrugem não removida por Aço-carbono Esferas de Vidro
• Tubulações
escova ou outro meio e aços liga (Sílica Amorfa) ou
(A)
• Remoção de carepas de laminação Granalhas de Aço
• Calotas
• Remoção de óxidos
• Remoção de materiais estranhos

(A) O jateamento com granalha de aço pode ser empregado desde que se assegure a completa remoção
de partículas da superfície do metal e a qualidade da granalha seja garantida, isto é, que a mesma não
contenha contaminantes, deve-se fazer o registro do controle da granalha. Também deve-se
assegurar a isenção de umidade e de óleo no sistema de Ar comprimido.

Nota: O jateamento com areia é proibido no Brasil (Portaria 99/2004 do MTe). Para que seja permitido o
jateamento com areia ou esferas de vidro deve-se assegurar que a sílica a ser utilizada seja amorfa.

5.1.1 Limpeza mecânica por escova ou outro meio

5.1.1.1 Quando for utilizada escova, a mesma deve ser de aço inoxidável austenítico ou bronze, para evitar
a introdução de partículas de aço no item a ser limpo.

5.1.1.2 Remover ferrugem, carepa de laminação e contaminantes mais aderentes, até atingir grau ST-3
(Swedish Standards ST3 – Power Tool Cleaning), conforme norma SSPC-3-63-T (SSPC – Steel Structures
Painting Council).

5.1.1.3 Remover óleo ou graxa utilizando solvente ou solução alcalina 1 ou 2. Caso seja usado solvente, o
item deve ser completamente purgado e seco com Nitrogênio ou Ar comprimido seco e isento de óleo.
Caso seja usada a solução alcalina 1 ou 2, o item deve ser lavado com água potável contendo inibidor de
corrosão, quando necessário, e seco com Nitrogênio ou Ar comprimido seco e isento de óleo.

5.1.2 Limpeza mecânica por jateamento


Jatear até que a superfície se apresente uniforme, de cor cinza claro fosco, inteiramente isenta de carepas
de laminação, ferrugem, corrosão, óxidos e materiais estranhos, sem qualquer mancha, riscos ou sombras;
atingir grau SA 2 (Swedish Standards SA2 – Commercial Blast Cleaning), conforme norma SSPC-5-63-T.
DATA NORMA TÉCNICA PÁGINA

04/2009 WM-PR-029 5

5.1.3 Limpeza mecânica pelo processo SANDJET


O SANDJET pode ser empregado em tubulações ou gasodutos, porém deve-se utilizar: granalha de
3
alumínio como abrasivo; “pigs” de espuma com densidade maior que 60 g/cm (para raspar e limpar); e
Nitrogênio como insumo (gás).

5.1.3.1 Para o cálculo da autonomia do Sistema SANDJET para limpeza em um único "setup", considera-
se: (o diâmetro em polegadas) / (3); fator indicado e permitido pelo prestador do serviço - Serviços
Industriais WMGI. O resultado é um valor em milhas que deverá ser convertido para metros.

Notas: 1) 1 milha = 1.609,344 metros.


2) Está disponível no BD Normas Técnicas WM, ao lado desta Norma, o arquivo eletrônico de um
simulador de cálculo de massa em (g), da quantidade de impurezas permitida após a cada
passagem de “pig”, durante a execução da limpeza em tubos ou gasodutos. O valor máximo de
impregnação na espuma é calculado em função do limite permitido por área, conforme a GS-38,
2
que é 100 mg/m . Deve-se pesar a espuma (“pig”) antes e depois de cada passagem pela
tubulação ou gasoduto.
2
A Memória de Cálculo é: (O limite permitido por área (100 mg/m )) x (a área a ser limpa
2
(tubulação ou gasoduto) (m )) = (quantidade de impurezas permitida/1000); dará o resultado
em (g).
São requeridos os registros de pesagem dos “pigs” antes e após cada passagem.

5.1.3.2 Após a limpeza com “pigs”, eles devem ser inspecionados com luz negra, e uma amostra deve ser
coletada para que o Teste de quebra da película de água seja feito, a fim de certificar-se que não há
contaminantes.

5.2 Limpeza química


A limpeza química pode ser por Lavagem, Imersão, Manual, Borrifamento, Desengraxamento a vapor ou
Ultrassom, cujas características estão descritas na Tabela 3.

Nota: Caso haja dúvidas quanto a utilização dos produtos químicos de limpeza, deve-se consultar os
fabricantes, por exemplo, sobre: compatibilidade com o material base a ser limpo; agressão a
camada de ozônio; flamabilidade; corrosão; método de limpeza e descarte; uso seguro do produto; e
estocagem e manuseio.

/TABELA 3
DATA NORMA TÉCNICA PÁGINA

04/2009 WM-PR-029 6

TABELA 3 - Quadro geral de limpeza química


ITEM
LIMPEZA QUÍMICA FINALIDADE MATERIALAPLICÁVEL AGENTE DE LIMPEZA
APLICÁVEL

Lavagem • Tubulações • Remoção de Alumínio e ligas Solvente ou solução alcalina 2 e


• Equipamentos contaminantes apassivaste
montados ou (óleo, graxas,
Aço inox Solvente ou solução alcalina 2
não etc.)
Material não ferroso Solvente ou solução alcalina 1
(A)
Aço liga 9% Níquel Solvente ou solução alcalina 1

Imersão • Qualquer item • Remoção de Alumínio e ligas 1ª imersão: solvente ou solução


que possa ser contaminantes alcalina 2
imerso (óleos, graxas, 2ª imersão: apassivante
etc.)
Aço inox Uma imersão: solvente ou
• Decapagem
solução alcalina 2
(só em
alumínio) Material não ferroso Solvente ou solução alcalina 1
(A)
Aço liga 9% Níquel Solução alcalina 1

Material não metálico Ver nota (C)


Manual • Superfície de • Remoção de Alumínio e ligas Solvente ou solução alcalina 1
fácil acesso contaminantes
Aço inox Solvente ou solução alcalina 1
• Itens pequenos (óleos, graxas,
etc.) Material não ferroso Solvente ou solução alcalina 1
(A)
Aço liga 9% Níquel Solvente ou solução alcalina 1
(B)
Aço-carbono Solvente ou solução alcalina 1

Borrifamento • Equipamentos • Remoção de Alumínio e ligas Solvente ou solução alcalina 2


de grande porte contaminantes ou apassivante
• Tubulações (óleos, graxas,
Aço inox Solvente ou solução alcalina 2
etc.)
Material não ferroso Solvente ou solução alcalina 1
(A)
Aço liga 9% Níquel Solvente ou solução alcalina 1

Aço-carbono Solvente ou solução alcalina 1


Desengraxamento • Itens metálicos • Remoção de Todos os materiais Solvente
a vapor sem cavidades contaminantes exceto os não metálicos
(óleos, graxas,
etc.)
Ultrassom • itens com • Remoção de Todos os materiais Solvente
cavidades contaminantes exceto os não metálicos
(óleos, graxas,
etc.)
(A) Antes de fazer a limpeza química, aplicar a limpeza mecânica (ver 5.1).
(B) Quando apresentar ferrugem, antes de fazer a limpeza química, aplicar a limpeza mecânica (ver 5.1).
(C) As partes não-metálicas devem ser imersas rapidamente (movimento contínuo de imersão e emersão)
ou então limpas com pano limpo umedecido com solvente ou solução alcalina.

5.2.1 Lavagem
Passar um fluxo, por meio de bombeamento ou diferencial de pressão, dependendo do processo, de
solvente ou solução alcalina, aquecida (ver Tabela 1) ou não, dependendo do processo, através do item a
ser limpo.

Quando for utilizado solvente, o item, deve ser completamente purgado e seco com Nitrogênio ou Ar
comprimido seco e isento de óleo. Deve-se garantir a isenção de umidade e óleo por monitoramento.
DATA NORMA TÉCNICA PÁGINA

04/2009 WM-PR-029 7

Quando for utilizada solução alcalina, o item deve ser lavado com água potável, contendo inibidor de
corrosão (somente para Aços carbono e liga 9% de Níquel), e seco com Nitrogênio ou Ar comprimido seco
e isento de óleo. Deve-se garantir a isenção de umidade e óleo por monitoramento.

A relação de EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual) deve ser informada.

Deve ser tomado cuidado com o manuseio do item limpo, pois há riscos de recontaminação.

Deve ser tomado cuidado com o acondicionamento do item limpo, pois há riscos de recontaminação.

5.2.2 Imersão

5.2.2.1 Geral
A relação de EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual) deve ser informada.

Deve ser tomado cuidado com o manuseio e com o acondicionamento do item limpo, pois há riscos de
recontaminação.

5.2.2.2 Imersão em Solvente


Proceder da seguinte forma:
a) depositar o item em tanque contendo o Solvente;
b) após a imersão, purgar completamente o item e secá-lo com Nitrogênio ou Ar comprimido seco
e isento de óleo.

5.2.2.3 Imersão em Solução alcalina 1


Proceder da seguinte forma:
a) depositar a Solução alcalina 1 no tanque e fazer agitação mecânica;
b) aquecer a solução (ver Tabela 1) e depositar o item;
c) deixar o item imerso por 15 minutos, caso seja de aço ou alumínio; ou no máximo por
10 minutos, caso seja de liga de cobre;
d) após a imersão, enxaguar o item com água potável e filtrada (partículas e cloro);
e) secar o item com Nitrogênio ou Ar comprimido seco e isento de óleo.

5.2.2.4 Imersão em Solução alcalina 2


Proceder da seguinte forma:
a) depositar a Solução alcalina 2 no tanque e, dependendo do processo, aquecer até 70°C;
b) depositar o item na Solução. O tempo de imersão deve ser: 40 minutos para o desengraxe
(P3 Almeco + Aluminux), para inox e alumínio + 15 minutos para o desoxidante (ácido nítrico),
para inox, alumínio e cobre;
c) após cada imersão, lavar o item com água quente (~ 70ºC), potável contendo inibidor de
corrosão (somente para Aços carbono e liga 9% de Níquel), e pressurizada, dependendo do
processo;
d) após a imersão final, secar com Nitrogênio ou Ar comprimido seco e isento de óleo.

Nota: As partes não-metálicas devem ser imersas rapidamente ou então limpas com pano limpo
umedecido com solvente ou solução alcalina.
DATA NORMA TÉCNICA PÁGINA

04/2009 WM-PR-029 8

5.2.3 Manual
Limpar as superfícies de fácil acesso, utilizando solvente ou solução alcalina, por meio de pano, trincha,
pincel ou esfregão.

A relação de EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual) deve ser informada.

Após limpar com solvente, o item deve ser completamente purgado e seco com Nitrogênio ou Ar
comprimido seco e isento de óleo.

Após limpar com solução alcalina, lavar o item com água potável contendo inibidor de corrosão (somente
para Aços Carbono e liga 9% de Níquel) e secar com Nitrogênio ou Ar comprimido seco e isento de óleo.

5.2.4 Borrifamento
Consiste em borrifar solvente ou solução alcalina, pressurizado, dependendo do processo, em
equipamentos de grande porte e/ou tubulações, através de bocais selecionados.

Quando for utilizado solvente, o item deve ser completamente purgado e seco com Nitrogênio ou Ar
comprimido seco e isento de óleo.

Quando for utilizada solução alcalina, o item deve ser lavado com água potável, com inibidor de corrosão
(somente para Aços Carbono e liga 9% de Níquel) e secado com Nitrogênio ou Ar comprimido seco e
isento de óleo.

A relação de EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual) deve ser informada.

Deve ser tomado cuidado com o manuseio do item limpo, pois há riscos de recontaminação.

Deve ser tomado cuidado com o acondicionamento do item limpo, pois há riscos de recontaminação.

5.2.5 Desengraxamento a vapor


Limpar o item pela ação de vapores de solvente, dependendo do processo. O item deve ser posicionado
de tal forma que se assegure uma completa drenagem do solvente. Os itens que tenham cavidades, que
possam reter o solvente, devem ser limpos por método alternativo, dependendo do processo. O
desengraxamento a vapor, não deve ser utilizado em materiais não metálicos.

A relação de EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual) deve ser informada.

Deve ser tomado cuidado com o manuseio do item limpo, pois há riscos de recontaminação.

Deve ser tomado cuidado com o acondicionamento do item limpo, pois há riscos de recontaminação.

5.2.6 Ultrassom
Limpar o item pela ação do Ultrassom, cuja frequência deve ser de 20 kHz ou mais, para agitar a solução.
Esse processo é bastante eficiente, sobretudo dentro de cavidades, poros, etc.

A relação de EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual) deve ser informada.


DATA NORMA TÉCNICA PÁGINA

04/2009 WM-PR-029 9

Deve ser tomado cuidado com o manuseio do item limpo, pois há riscos de recontaminação.

Deve ser tomado cuidado com o acondicionamento do item limpo, pois há riscos de recontaminação.

6 INSPEÇÃO E TESTE
Após a limpeza, os itens devem ser inspecionados conforme 6.1 seguido por um dos métodos de 6.2 a 6.5,
o qual for aplicado. Se sua superfície apresentar quantidade de contaminantes além do mínimo permitido, o
item deve ser limpo novamente. Em termos quantitativos, conforme a GS-38, os contaminantes não devem
exceder os seguintes limites:
2
a) películas de hidrocarbonetos: 100 mg/m ;
2
b) películas de outras matérias: 100 mg/m .

Nota: Esses valores são referentes ao nível mínimo requerido para itens limpos para serviços com
Oxigênio, porém só têm como ser medidos em Laboratório, portanto, para efeitos desta Norma são
somente indicativos.

6.1 Inspeção visual direta


Olhar o item externa e internamente, para determinar a extensão da contaminação, se houver. Este
método é apropriado para detectar películas excessivas de óleo ou graxa, como também a presença de
pedaços de eletrodos, metais ou outras partículas.

6.2 Inspeção ultravioleta ( Luz negra )


Examinar a superfície em ambiente devidamente escurecido empregando uma luz ultravioleta de
comprimento de onda entre 3200 e 3800 Angstrom ou com luz idêntica à usada para revelação de filmes
fotográficos. Preferencialmente deve-se usar uma lâmpada de UV (ultravioleta) com potência entre 100 e
150 Watts. Deve-se efetuar a troca da lâmpada de UV conforme indicado pelo fabricante e deve-se,
também, registrar-se as trocas.

A maioria dos óleos ou graxas com base em hidrocarbonetos, ficam fluorescentes tornando-se visível sob
luz ultravioleta, embora possam ser invisíveis com iluminação normal. Entretanto, nem todos os óleos
orgânicos se tornam fluorescentes, de modo que esta inspeção deve ser feita também com uma revisão
dos processos envolvidos na fabricação, para assegurar que nenhum óleo animal, como óleo de peixe
usados em preventivos de ferrugem, ou óleos vegetais, como óleo de rícino usado como base de emulsões
de corte, tenham sido empregados no processo de fabricação. Por outro lado, certas inclusões minerais
em peças fundidas podem se tornar fluorescentes, embora não sejam consideradas contaminantes
prejudiciais, exceto quando em grande quantidade. Se a fluorescência se apresentar como uma mancha,
borrão, nódoa ou película, limpar novamente o item.

Nota: A exposição prolongada da pele ou olhos, sem proteção, aos raios ultravioleta, pode ser prejudicial.

6.3 Inspeção visual indireta


Caso o item seja dimensionalmente pequeno, enxugá-lo todo com papel branco, caso contrário, enxugar
2
no mínimo 0,5 m de sua superfície. Após enxugar a superfície examinar o papel, com luz normal e com
luz ultravioleta. Se uma forte coloração ou qualquer fluorescência aparecer, o item deve ser limpo
novamente.

Nota: Uma moderada coloração, resultante de uma película de óxido, é permissível.


DATA NORMA TÉCNICA PÁGINA

04/2009 WM-PR-029 10

6.4 Teste de resíduos não voláteis


Utilizar um Bequer previamente pesado para evaporar uma amostra de um litro de solvente usado e filtrado,
até a secagem integral, tomando o cuidado de não sobre-aquecer ou queimar o resíduo. Após essa
operação, esfriar o Bequer e pesar novamente. A diferença de peso devido ao resíduo não deve exceder
500 mg (aproximadamente 400 ppm). Isto apresenta a contaminação residual dentro dos limites
estabelecidos.

6.5 Teste de quebra da película de água


Borrifar a superfície com água potável. A película formada de água, deve ser mantida sem se quebrar, no
mínimo cinco segundos, para que o item seja considerado limpo. Este teste é limitado à superfícies
horizontais.

7 PROCEDIMENTOS DE PROTEÇÃO DE ITENS LIMPOS


Após a limpeza de qualquer item, devem ser tomadas precauções para assegurar que o mesmo seja
mantido protegido para evitar contaminação, até que seja utilizado. Um dos métodos abaixo deve ser
empregado.

7.1 Itens pequenos


Os itens pequenos, como válvulas, juntas, gaxetas, etc., devem ser selados em sacos de polietileno com
espessura mínima de 0,10 mm, após terem seus terminais fechados por plugues metálicos ou plásticos.
Os sacos devem ter etiquetas externas, com os seguintes dizeres: "LIMPO PARA SERVIÇO COM
OXIGÊNIO".

7.2 Itens grandes


Os itens que não puderem ser ensacados, devem ser embalados em folhas de polietileno de espessura
mínima de 0,15 mm, após terem suas aberturas seladas com plástico. Devem ter etiquetas externas com
os seguintes dizeres: "LIMPO PARA SERVIÇO COM OXIGÊNIO".

7.2.1 Equipamento pesado e tubos


Selar as aberturas conforme descrito a seguir:
a) conexões rosqueadas: utilizar plugues limpos de metal ou plástico;
b) terminais de tubos simples: utilizar tampões de aço galvanizado ou alumínio, ou capas de
borracha;
c) terminais flangeados: utilizar chapa metálica de 1/8" de espessura, ou papelão duro à prova de
tempo de 1/4" de espessura, ou madeira de 1/2" de espessura, presos por parafusos.

7.3 Proteção adicional para itens ferrosos (exceto tubos)


É essencial manter os itens de Aço carbono completamente livres de corrosão. Purgar o item com
Nitrogênio ou Ar comprimido seco e isento de óleo, seguido de selagem adequada, mantendo assim o item
livre de umidade.

7.3.1 Remoção de umidade


Drenar toda a água até atingir o ponto de orvalho menor que –17,77ºC.
DATA NORMA TÉCNICA PÁGINA

04/2009 WM-PR-029 11

7.3.2 Selagem
A selagem deve ser:
a) conexões rosqueadas: usar selante de rosca, fita de resina fluorocarbono (teflon), com tampões
limpos;
b) conexões flangeadas: usar junta de espessura mínima de 1/16" entre os flanges. Selar com
pequena pressão positiva, utilizando Nitrogênio ou Ar comprimido seco e isento de óleo.

7.3.3 Desidratação
3
Colocar aproximadamente 1kg/m , em volume, de sílica gel, no equipamento ou na embalagem, para evitar
aumento de umidade. A sílica gel deve estar embalada em pequenos sacos de pano limpo e poroso.
Sempre que possível, esses sacos devem ficar presos à flanges ou proteções, de modo que quando estes
forem removidos, a sílica gel também o seja.

7.4 Pintura
Não podem ser pintadas as superfícies do item em contato com Oxigênio.

7.5 Identificação
Sempre que não puder ser utilizada etiqueta para identificar que o item está limpo para serviço com
Oxigênio, usar caneta pneumática ou elétrica, ou marcador que seja compatível para uso com Oxigênio.
Nunca utilizar marcador industrial nas áreas em contato com Oxigênio.

8 MANUSEIO E DESCARTE DAS SOLUÇÕES DE LIMPEZA


Para o descarte das soluções de limpeza, deve ser consultado o órgão de Meio Ambiente.

9 REFERÊNCIAS
EN-4 - Design of non-cryogenic oxygen systems
EN-5 - Material selection for valves in oxygen services
EN-6 - Maximum allowable velocities of gaseous oxygen in piping and piping components (including
pressure and nonpressure vessels)
M-10 - Cleaning procedures
PO-54 - Qualification of sellers for Praxair Class 2 (Oxygen) Cleaning
PO-63 - Technical qualification, control and evaluation of suppliers and contractors

______________

Você também pode gostar