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BOLETIM DO COMANDO - GERAL – SUPLEMENTO II

N° 089 CAMPO GRANDE – MS, TERÇA - FEIRA, 17 DE MAIO DE 2022 13 PÁGINAS

PORTARIA Nº 135/PM-1/EMG/PMMS, DE 12 DE MAIO DE 2022.

Dispõe sobre a confecção do Plano Anual de


Férias, concessão, fruição, cancelamento,
suspensão, interrupção, reprogramação e dá
outras providências.

O COMANDANTE-GERAL DA POLÍCIA MILITAR DE MATO


GROSSO DO SUL, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos I, II, IV e VIII
do art. 10 da Lei Complementar nº 190, de 04 de abril de 2014,

Considerando o que estabelece a Lei Complementar nº 053, de 30 de


agosto de 1990 (Estatuto dos Militares Estaduais de Mato Grosso do Sul);

Considerado o que dispõe o Parecer nº 014/PM-1/EMG/2020, de 1º de


setembro de 2020 e a Manifestação nº 008/PM-1/EMG/PMMS/2021, de 05 de maio de
2021, exaradas pela 1ª Seção do Estado-Maior Geral da PMMS; e

Considerando a publicação do Decreto nº 15.913, de 31 de março de


2022, com as alterações do Decreto nº 15.918, de 07 de abril de 2022, que dispõe sobre
a concessão de férias aos servidores públicos efetivos e comissionados dos órgãos da
Administração Direta, das autarquias e das fundações do Poder Executivo Estadual,
RESOLVE:

Art. 1º Estabelecer as normas regulamentadoras, no âmbito da Polícia


Militar do Estado de Mato Grosso do Sul, da concessão, fruição, parcelamento,
reprogramação, suspensão e a interrupção das férias e, da mesma maneira, da confecção
do Plano Anual de Férias e suas alterações, nos termos especificados nesta Portaria.

Art. 2º Para os efeitos desta Portaria, serão adotadas as seguintes


interpretações para as expressões abaixo:

I - férias são afastamentos temporários totais do serviço, de direito


constitucional e estatutário, de usufruto obrigatório, concedidos anualmente, por um
período remunerado de 30 (trinta) dias, que podem ser parceladas em até 3 (três)
períodos, se assim requeridas, para descanso e lazer do policial militar, a partir do dia
em que se completa o período aquisitivo e durante o período concessivo, de acordo com
o estabelecido no plano anual de férias;

II - plano anual de férias é o documento oficial elaborado por ato de


competência dos Comandantes, Chefes, Coordenadores e Diretores dos órgãos de
direção, apoio e execução, no âmbito de suas atribuições, mediante publicação em
Boletim do Comando-Geral, que estabelece, de maneira equitativa e proporcional,
dentro do período concessivo, as datas previstas de início e término para a fruição das
férias regulamentares dos policiais militares de seus respectivos efetivos, em
observância às necessidades do serviço e interesse da administração militar;

III - período aquisitivo de férias é o lapso temporal de 12 (doze) meses


de efetivo serviço trabalhado, ininterrupto ou não, cujo cômputo se dará da data de
ingresso na Corporação, salvo nos casos previstos em lei, de suspenção da contagem do
tempo, sendo estabelecida uma nova data para o seu cômputo;

IV - período concessivo de férias é o lapso temporal de 24 (vinte e


quatro) meses subsequentes ao fechamento do período aquisitivo, de prazo máximo para
a concessão e fruição obrigatória das férias regulamentares, salvo nos casos previstos
em lei que justifiquem sua suspensão ou interrupção;

V - concessão das férias é o ato administrativo em que os Comandantes,


Chefes, Coordenadores e Diretores, no âmbito de suas atribuições, mediante publicação
em Boletim do Comando-Geral, autorizam, dentro do período concessivo, a fruição das
férias, referente ao período aquisitivo e nas datas de início e término, já previstas no
plano anual de férias;

VI - fruição das férias é a ação de fruir, de usufruir, ou seja, é o efetivo


gozo das férias;

VII – reprogramação das férias é a alteração das datas de fruição das


férias, inicialmente já programadas, conforme publicação do plano anual de férias da
OPM, mediante solicitação formal do administrado, em que solicita novas datas de
início e término da fruição de férias e/ou o seu fracionamento em períodos;

VIII - interrupção das férias é o sobrestamento parcial do usufruto das


férias, depois do seu início, nas hipóteses previstas em lei, até o momento oportuno,
quando cesse o motivo que a justificou, por ato administrativo da autoridade
competente, publicada no Boletim do Comando-Geral;

IX - suspensão das férias é o sobrestamento integral do usufruto das


férias, antes do seu início, nas hipóteses previstas em lei, até o momento que cesse o
motivo que a justificou, por ato administrativo da autoridade competente, publicada no
Boletim do Comando-Geral;

X - Organização Policial Militar (OPM) é a denominação genérica


dada aos Órgãos de Direção, de Apoio e Execução, bem como a qualquer outra unidade
com autonomia administrativa da Corporação policial-militar; e

XI - Comandante é a palavra aplicada indistintamente às funções de


Comandante, Chefe, Corregedor, Ajudante-Geral, Diretor ou Coordenador de OPM.

Art. 3º A fruição das férias é um direito social assegurado pela


Constituição Federal de 1988, de caráter irrenunciável, e deverá ser concedida
anualmente ao policial militar, nos termos do inc. XIII do art. 47, combinado com o
caput do art. 58, todos da Lei Complementar nº 053, de 30 de agosto de 1990 (Estatuto
dos Militares Estaduais de Mato Grosso do Sul):

§ 1º O militar estadual adquire o direito às férias após cada período de 12


(doze) meses de efetivo serviço trabalhado, ininterruptos ou não, denominado de
período aquisitivo, cujo cômputo inicial dar-se-á da data de ingresso na Corporação,
salvo nas hipóteses de suspensão da contagem do tempo, sendo estabelecida uma nova
data para o seu cômputo.
§ 2º São proibidos proibido a concessão e o usufruto antecipados das
férias, sem que se tenha completado o período aquisitivo a que se refere o parágrafo
anterior.

§ 3º Suspende-se o cômputo do período aquisitivo nos casos previstos em


lei e quando o policial militar estiver agregado por afastamento temporário do serviço
por motivo de:

a) ter sido julgado incapaz, temporariamente, por tempo superior a 06


meses;

b) ter sido julgado incapaz definitivamente, enquanto tramita o processo


de reforma;

c) houver entrado em gozo de licença para tratar de assunto de interesse


particular;

d) houver ultrapassado um ano contínuo em licença para tratamento de


saúde de pessoa da família;

e) ter sido considerado oficialmente, extraviado ou desertor;

f) como desertor, ter se apresentado voluntariamente, ou ter sido


capturado e reincluído ou readmitido a fim de se ver processar;

g) ter sido condenado a pena privativa de liberdade superior a seis meses,


em sentença passada em julgado, salvo se for concedida a suspensão condicional da
pena com retorno do militar ao efetivo serviço e enquanto esta suspensão não for
revogada;

h) ter sido condenado a pena de suspensão de exercício do posto,


graduação, cargo ou função, por sentença passada em julgado;

i) ter passado à disposição da Secretaria de Governo, de outro Órgão do


Estado de Mato Grosso do Sul, da União, dos Estados, dos Territórios, do Distrito
Federal ou Municípios para exercer função de natureza civil, ressalvado o que preceitua
a legislação federal;

j) ter sido nomeado para qualquer cargo público civil temporário não
eletivo, inclusive da administração indireta;
l) ter se candidatado a cargo eletivo, desde que conte cinco ou mais anos
de efetivo serviço.

§ 4º A medida cautelar de suspensão do exercício de função pública por


decisão proferida nos autos de ação penal, nos termos do artigo 319, inciso VI, do
Código de Processo Penal, que por consequência, proíbe o policial militar do exercício
efetivo das suas atividades funcionais, de igual modo, suspende, enquanto durar seus
efeitos, o cômputo do período aquisitivo.

§ 5º O cômputo de tempo de efetivo serviço, para o preenchimento do


período aquisitivo, não é prejudicado pela fruição anterior de afastamentos por motivo
de núpcias, luto, instalação, trânsito, dispensas como recompensa ou em decorrência de
prescrição médica, licença especial (LE), licença para tratar de saúde – LTS, licença
para gestante - LG, licença paternidade - LP e licença para tratar de saúde de pessoa da
família – LTSPF, este último, quando inferior a um ano.

§ 6º É vedada a concessão de licença ou de afastamento durante o


período de usufruto das férias, exceto nas seguintes hipóteses:

I – licença à gestante, à adoção e licença maternidade;

II – licença para tratar da própria saúde.

§ 7º Na hipótese do policial militar, durante a fruição de suas férias,


requerer uma das licenças previstas nos incisos do § 6º deste artigo, este fluirá
simultaneamente ao gozo das férias, devendo a licença ser concedida pelo saldo
remanescente, se houver, após o término das férias.

§ 8º Caso o policial militar esteja de licença ou afastamento nos termos


do § 5º deste artigo, concedido antes das férias previamente publicada no plano anual de
férias da OPM, de forma que o período de licença ou afastamento coincida com o início
da fruição das férias, estas deverão ser suspensas, observado o disposto no § 4º, do art.
10, desta Portaria.

Art. 4º As férias, via de regra, devem ser fruídas no exato período de sua
concessão, dentro dos próximos 12 (doze) meses subsequentes ao fechamento do
período aquisitivo a que originou o direito as férias, isto é, antes do fechamento do
próximo período aquisitivo.
§ 1º Permite-se, excepcionalmente, a depender da análise, pelo
Comandante, da situação fática de cada OPM, o acúmulo em até dois períodos
aquisitivos, nos termos do § 1º, do art. 58, da LC 053/1990, devendo as férias serem
gozadas, no máximo, até o 24º (vigésimo quarto) mês subsequente ao período
aquisitivo.

§ 2º Fica vedado o acúmulo de um terceiro período aquisitivo, sob pena


de apuração da responsabilidade administrativa e disciplinar de quem lhe deu causa,
salvo nas hipóteses de suspensão ou interrupção das férias, mediante ato administrativo
da autoridade competente, e nas condições estabelecidas nesta Portaria.

Art. 5º As férias anuais poderão ser usufruídas integralmente, por 30


(trinta) dias consecutivos ou fracionadas a pedido, em até 3 (três) períodos, optando por
uma das opções abaixo especificadas, considerando a apreciação da oportunidade e
conveniência da administração:

I - 3 (três) períodos de 10 (dez) dias cada;

II - 2 (dois) períodos de 15 (quinze) dias cada;

III - 2 (dois) períodos sendo um de 10 (dez) e outro de 20 (vinte) dias.

§ 1º A implantação, no sistema da folha de pagamento, do adicional de


férias, correspondente a fração de 1/3 (um terço) da remuneração do posto ou da
graduação, será realizada em uma única vez, quando da fruição das férias integral ou da
primeira etapa das férias, quando fracionadas.

§ 2º A Diretoria de Gestão de Pessoal é o órgão responsável pelas


informações para o lançamento das alterações de férias no Sistema de Gestão de
Entrada de Dados (SIGED).

Art. 6º Cabe ao Comandante de OPM, no âmbito de suas atribuições, a


elaboração do plano anual de férias, da sua publicação em Boletim do Comando-Geral
(BCG) e do seu envio à Diretoria de Gestão de Pessoal (DGP), prioritariamente no
período de 1º de setembro até 31 de outubro, de cada ano:

§ 1º Deverá constar, no plano anual de férias, a relação nominal de todo


o efetivo lotado na OPM, distribuído de maneira equitativa e proporcional, respeitado o
critério de antiguidade, entre os meses de fevereiro do ano seguinte a janeiro do ano
subsequente, com suas respectivas datas de inclusão na Corporação, seus períodos
aquisitivos e as datas de início e término para a fruição das férias regulamentares.

§ 2º O plano anual de férias será elaborado de modo que os serviços


administrativos e operacionais mantenham a regularidade e a efetividade, em especial
nos períodos de festividade popular;

§ 3º Nas hipóteses de suspensão do cômputo do período aquisitivo, o


policial militar deixará de ser incluído no plano anual de férias da OPM, enquanto durar
a causa suspensiva, e, só voltará a ser incluído, quando completado o novo período
aquisitivo, considerando a nova data estabelecida para o seu cômputo.

§ 4º A Diretoria de Gestão de Pessoal, munida dos planos anuais de


férias, produzidas e encaminhadas por todas as Organizações Policiais Militares (OPM)
da PMMS, deverá publicar, anualmente, até o dia 15 de janeiro, no Diário Oficial
Eletrônico, o Plano Geral de Férias da Polícia Militar.

Art. 7º Será admitida, uma única vez por período aquisitivo, a


reprogramação das férias, condicionada a apreciação da oportunidade e conveniência da
administração:

§ 1º A solicitação de alteração na programação de férias, previamente


publicada no plano anual de férias da OPM, deverá indicar, obrigatoriamente, as novas
datas sugeridas de início e término da fruição integral ou das datas dos períodos, na
hipótese de seu fracionamento.

§ 2º A solicitação de alteração na programação de férias deverá ser


realizada com maior antecedência possível, admitindo-se somente aquelas entregues
com antecedência mínima, de 60 (sessenta) dias da data, inicialmente agendada, para o
início da sua fruição.

§ 3 A alteração na programação de férias, autorizada pelo Comandante


da OPM, deverá ser publicada em BCG e incluída nas alterações do policial militar, no
Sistema de Controle de Efetivo (SICOE).

§ 4º Nos casos de postergação da fruição das férias, a publicação a que se


refere o parágrafo anterior, juntamente com as informações necessárias, deverá ser
encaminhada à Diretoria de Gestão de Pessoal, impreterivelmente, no máximo, até o dia
25 (vinte e cinco) do 2º (segundo) mês que antecede ao antigo mês, originalmente
previsto, para o início da fruição das férias e, não sendo dia útil, deverá ser antecipado
ao dia útil anterior.

I – sendo as férias, a título exemplificativo, prevista originalmente, no


plano anual de férias, para início em 15 de agosto, e depois postergada, independente da
nova data, a Comunicação Interna, com a cópia da publicação em BCG e demais
informações, deve ser encaminha à DGP até o dia 25 do mês de junho.

§ 5ª Nos casos de antecipação da fruição das férias, a publicação a que se


refere o parágrafo §3º, juntamente com as informações necessárias, deverá ser
encaminhada à Diretoria de Gestão de Pessoal, impreterivelmente, no máximo, até o dia
25 (vinte e cinco) do 2º (segundo) mês que antecede ao novo mês, previsto para o início
da fruição das férias e, não sendo dia útil, deverá ser antecipado ao dia útil anterior.

I – sendo as férias, a título exemplificativo, prevista originalmente, no


plano anual de férias, para início em 15 de agosto, e depois antecipada para o dia 15 de
junho, a Comunicação Interna, com a cópia da publicação em BCG e demais
informações, deve ser encaminha à DGP até o dia 25 do mês de abril.

Art. 8º A dispensa do serviço para desconto em férias, de que trata o inc.


II, do art. 142, da LC nº 053/1990, só poderá ser concedida ao policial militar que a
solicitar, até o máximo de 8 (oito) dias, consecutivos ou não, por período aquisitivo a
que o policial militar já tenha feito jus, sendo proibida a acumulação com o período de
férias.

§ 1º A dispensa para desconto em férias deverá ser publicada em BCG


devendo obrigatoriamente constar a que período aquisitivo se refere, datas do início e
término da sua fruição e o saldo das férias que ainda restam serem usufruídas.

§ 2º É vedada a concessão de dispensa para desconto em férias que se


refira a período aquisitivo mais recente, se houver saldo remanescente a ser usufruído,
relativo a período aquisitivo anterior.

Art. 9º Caberá ao Comandante da OPM, por meio da Seção competente,


manter o controle das alterações de férias de todo o seu efetivo, fazendo publicar, em
BCG, todas as alterações de:

I - concessão de férias;

II - reprogramação de férias;
III - apresentação de início e de término de fruição de férias; e

IV - período aquisitivo correspondente.

§ 1º A OPM deverá manter livro próprio de controle, ou equivalente, para


colhimento da assinatura do policial militar, nas datas de apresentação de início e de
término de fruição de férias.

§ 2º É vedada a concessão de férias relativas a novo período aquisitivo se


houver saldo remanescente a ser usufruído, relativo a período anterior.

§ 3º É vedada a fruição de férias, integral ou fracionada, de períodos


aquisitivos diversos, durante um lapso temporal mínimo, de 30 (trinta) dias, entre o
término das férias de um período aquisitivo e o início das férias de outro período
aquisitivo.

§ 4º É vedada a concessão de férias, por ausência de amparo legal, aos


policiais militares convocados, nos termos da Lei Complementar nº 132, de 12 de
janeiro de 2009, para comporem o Corpo Voluntário de Militares da Reserva
Remunerada (CVMRR).

Art. 10. A suspensão ou interrupção das férias regulamentares somente


serão admissíveis, comprovado o interesse e a necessidade exclusiva da administração
militar, nas hipóteses previstas no § 4º, do art. 58, da Lei Complementar nº 053, de 30
de agosto de 1990, relacionadas abaixo:

I - decretação do estado de sítio;

II - decretação do estado de defesa;

III - reconhecimento do interesse da segurança nacional;

IV - reconhecimento da grave perturbação da ordem; ou

V - situação de extrema necessidade do serviço.

§ 1º O ato administrativo que autoriza a sua suspensão ou interrupção das


férias, ocorrendo os casos autorizadores previstos nos incisos I ao IV deste artigo,
devidamente sancionados e publicados pela autoridade competente, é de competência
exclusiva do Comandante-Geral da Corporação.

§ 2º O ato administrativo que autoriza a sua suspensão ou interrupção das


férias, caracterizada a hipótese prevista no inciso V deste artigo, devidamente
fundamentada pelo Comandante da OPM, com as razões que a justifiquem, é de
competência concorrente do Comandante-Geral e Subcomandante-Geral da Corporação.

§ 3º As espécies de prisão processual (prisão em flagrante delito, a prisão


preventiva e a prisão temporária) serão consideradas, para efeitos desta Portaria,
situação de extrema necessidade do serviço.

§ 4° Na hipótese do sobrestamento integral ou parcial do usufruto das


férias, a Administração deverá providenciar para que o gozo do período aquisitivo
suspenso ou interrompido, ocorra tão logo cesse o motivo que a justificou, independente
da concordância do policial militar e, mesmo que extrapolado o período concessivo,
sendo vedado a concessão da fruição de novas férias, antes da regularização das férias
suspensas ou interrompidas.

§ 5º O gozo do período aquisitivo suspenso ou interrompido será gozado


de uma só vez.

Art. 11. A matrícula em curso, com duração inferior a um ano, será


considerada, para efeitos desta Portaria, situação de extrema necessidade do serviço,
devendo as férias sobrestadas, serem usufruídas logo após a conclusão do curso,
observado o disposto no § 4º do art. 10, desta Portaria.

§ 1º Aos alunos do curso de formação de oficiais, com duração superior a


um ano, serão concedidas as férias, no mesmo período do recesso escolar.

§ 2º A concessão e usufruto de férias dos alunos do curso de formação de


oficiais, já pertencentes aos quadros da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, deverá
observar o período aquisitivo mais antigo, eventualmente não fruído.

§ 3º O Aspirante-a-Oficial PM classificado em OPM, após conclusão do


curso de formação de oficiais, deverá ser imediatamente incluído no plano anual de
férias vigente da OPM, sendo concedidas, de imediato, suas férias, quando identificado
o acúmulo de mais de um período aquisitivo não fruído.

Art. 12. A agregação militar por ter passado à disposição de órgãos ou


entidades do Poder Executivo Estadual, de outros Poderes ou esfera de Governo, não
autoriza a suspensão ou interrupção das férias regulamentares.

§ 1º A inclusão dos policiais militares, à disposição de órgãos ou


entidades do Poder Executivo Estadual, de outros Poderes ou esfera de Governo, no
plano anual de férias, é de competência do Comandante da OPM de origem, em que o
militar estadual esteja administrativamente vinculado.

§ 2º Cabe ao Comandante da OPM, por meio da Seção competente,


encaminhar expediente aos órgãos ou entidades do Poder Executivo Estadual, de outros
Poderes ou esfera de Governo, informando, com antecedência, a programação de
fruição de férias regulamentares do militar estadual que esteja à disposição.

§ 3º Deverá ser solicitado aos órgãos ou entidades do Poder Executivo


Estadual, de outros Poderes ou esfera de Governo, que oficie a OPM, quanto a efetiva
fruição das férias do policial militar que esteja à disposição, publicando-se as alterações
em BCG e nas alterações do policial militar, no SICOE.

§ 4º O expediente a que se refere o § 2º, quando se tratar de cedência à


disposição da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), para prestar serviços
junto à Diretoria da Força Nacional de Segurança Pública – DFNSP, deverá ser
encaminhado no endereço eletrônico (e-mail) protocolo@mj.gov.br, à Diretoria da
Força Nacional de Segurança Pública, Coordenação de Gestão de Mobilizados -
CGMob, sanando-se eventuais dúvidas, diretamente na CGMob, por meio do telefone
de contato (61) 2025-2119.

§ 5º Excetuando-se a Diretoria da Força Nacional de Segurança Pública –


DFNSP, previsto no parágrafo anterior, quando se tratar de cedência à disposição do
Ministério da Justiça e Segurança Pública, entre eles, os órgãos da Secretaria Nacional
de Segurança Pública, Secretaria de Gestão e Ensino em Segurança Pública, Secretaria
de Operações Integradas e de outros órgãos do Governo Federal e da União, em que o
policial militar esteja exercendo suas funções no Distrito Federal, havendo dificuldade
na identificação do setor competente para receber o expediente a que se refere o § 2º, a
OPM poderá solicitar informações junto ao Oficial mobilizado, de maior antiguidade,
no Distrito Federal, nos termos da Portaria nº 129/PM-1/EMG/2022, de 10 de janeiro de
2022, publicada no Boletim do Comando-Geral nº 008, Suplemento II, de 12 de janeiro
de 2022.

§ 6º Simultaneamente às ações previstas nos parágrafos anteriores, a


OPM deverá encaminhar, no e-mail do militar estadual, notificação formal do mês
previsto para início da fruição das férias, conforme prévia publicação do plano anual de
férias, solicitando a ciência e o recebimento do e-mail.
§ 7º O policial militar, sem justificativa, devidamente formalizada ao
Comandante da OPM, deixar de fruir as férias, conforme notificado, estará sujeito a
imposição de sanção disciplinar previstas no Regulamento Disciplinar da Polícia
Militar.

Art. 13. É devida a conversão de férias não usufruídas em indenização


pecuniária por aqueles que não mais podem dela usufruir, seja por conta do rompimento
do vínculo com a Polícia Militar seja pela passagem para a inatividade.

§ 1º A indenização de férias não usufruídas é uma medida de


excepcionalidade, que somente se adota na total impossibilidade de gozo, na cessação
definitiva do serviço ativo.

§ 2º É imprescindível a comprovação, conforme o caso concreto, do ato


administrativo de interrupção ou suspensão das férias ou da sua não fruição, quando a
cessação definitiva do serviço ativo ocorrer durante o curso do período concessivo,
sendo as alterações funcionais devidamente publicadas em Boletim do Comando-Geral.

§ 3º O prazo prescricional para o exercício da pretensão de conversão de


pecúnia dos períodos de férias adquiridas e não usufruídas tempestivamente, será de 05
(cinco) anos, contados da passagem para a inatividade ou da data do rompimento do
vínculo com a Polícia Militar.

§ 4º A Diretoria de Gestão de Pessoal é o órgão responsável pela


instrução do processo a que se refere este artigo, podendo disciplinar a rotina
administrativa necessária para sua instrução e tramitação.

Art. 14. Os Comandantes das Organizações Policiais Militares terão 4


(quatro) meses, a contar da vigência desta Portaria, para apurar a existência de férias
não usufruídas, que tenham extrapoladas ou que estejam na iminência de extrapolar o
período concessivo, isto é, quando já acumulado ou na iminência de acumular três
períodos aquisitivos, concedendo, de ofício, as férias relativas ao período aquisitivo
mais antigo.

Parágrafo único. É de competência do Comandante, orientar, fiscalizar e


fazer cumprir, no âmbito de sua OPM, o que estabelece esta Portaria.
Art. 15. Os casos omissos e eventuais excepcionalidades serão analisados
e disciplinados pelo Comandante Geral da Polícia Militar, ouvido o Diretor de Gestão
de Pessoal.

Art. 16. Revoga-se a Portaria nº 012/PM-1/EMG/PMMS, de 26 de julho


de 2016, republicada no Boletim do Comando Geral nº 204, de 08 de novembro de
2016.

Art. 17. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Campo Grande, MS, 12 de maio de 2022.

MARCOS PAULO GIMENEZ - Coronel QOPM


Comandante-Geral da Polícia Militar

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