PETIÇÃO COLPOLnova (1) - Assinado

Coligação dos Policiais Civis do
Estado do Rio de Janeiro

EXMO. JUIZ DE DIREITO DE DIREITO DA ____ VARA DE FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA
DA CAPITAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
COLPOL – COLIGAÇÃO DOS POLICIAIS CIVIS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO,

fundada em 01 de novembro de 1979, inscrita no CNPJ sob o nº. 30.874.549/0001-76, sediada
na Rua do Senado, nº 65, 2º andar, Centro, Rio de Janeiro, CEP:20.231-000, representada por seu
presidente, na forma do Estatuto Social que segue em anexo, FÁBIO NEIRA, portador do CPF:
732.769.877-91.
AÇÃO CIVIL PUBLICA
em face do ESTADO DO RIO DE JANEIRO, representado por sua Procuradoria Geral,

em razão dos fatos e fundamentos a seguir expostos.
DA LEGITIMIDADE
A Autora foi fundada em 20/11/1979, com sede nesta cidade, devidamente registrada no
Registro Civil das Pessoas Jurídicas, fato em que, nos termos da lei civil, está vocacionada
institucionalmente a defender os interesses coletivos pertinentes aos Policiais Civis do Estado do Rio
de Janeiro.
A Lei 7.347/85, em seu art. 5°, estabelece os legitimados para a propositura desta
espécie de demanda, e o seu art. 21 denota a aplicação complementar do Título III da Lei 8.078/90
que, em seu art. 81, ratifica a legitimação e impõe uma extensão aos interesses garantidos por esta
espécie de demanda, dando a devida abrangência desse instituto de direito coletivo, visionário de
prerrogativas processuais modernas, uma vez que tendentes a garantir direitos aos que
diretamente se associam ao órgão legitimado ou que sejam lesados direta ou indiretamente pelo
fato jurídico discutido.
Sede Administrativa: Rua do Senado, 65 - 2º e 3º andar - Centro - Rio de Janeiro - RJ - Tel.: 2222-2508
Sub-Sede Niterói: Rua Maestro Felício Toledo, 491 - 10º andar - Centro - Niterói - RJ - Tel.: 2719-1001
Centro de Cultura e Estudo: Rua 7 de Setembro, 141 - 1º andar - Centro - Rio de Janeiro - RJ - Tel.: 2221-8702
Centro de Reabilitação Física: Rua da Relação, 39 - Sobreloja - Centro - Rio de Janeiro - RJ - Tel.: 2224-2253
Sede Campestre: Rua Peri Mirim, 480 - Boiuna - Jacarepaguá - Rio de Janeiro - RJ - Tel.: 2446-4083
E-mail: coligacao@colpol.com.br
www.colpol.com.br
DOS DIREITOS A SEREM PLEITEADOS
Por meio da Lei Estadual nº 9.436 de 14 de outubro de 2021, foi determinada a

RECOMPOSIÇÃO ANUAL DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO,
recomposição essa consistente a consolidar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
– IPCA – acumulado desde o dia 06 de setembro do ano de 2017 até 31 de dezembro de
2021, senão vejamos:
Art. 1º Fica o Poder Executivo autorizado a conceder, para efeito do

disposto no artigo 37, X, da Constituição Federal, recomposição
salarial aos servidores públicos dos Poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário do Estado do Rio de Janeiro.
§ 1º A recomposição de que trata o caput deste artigo deverá

consolidar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA
– acumulado desde o dia 06 de setembro do ano de 2017 até 31 de
dezembro de 2021, considerado o disposto no inciso I do artigo 8º
da Lei Complementar Federal nº 159/2017.
Em continuidade, foi editado o Decreto Estadual 47.933 de 27 de janeiro de 2022,

que regulamentou a forma de implementação da recomposição remuneratória oriunda da acima
citada Lei Estadual nº 9.436/21, estabelecendo o percentual de 13,05% como índice de reajuste
para 2022, correspondente a 50% (cinquenta por cento) da variação do Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado desde o dia 06 de setembro do ano de 2017 até
31 de dezembro de 2021, a contar de 01 de janeiro de 2022.
Parafraseando o entendimento do então Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do

Rio de Janeiro, Desembargador Henrique Carlos de Andrade Figueira, ao conceder tal reajuste aos
servidores do judiciário, tal como aqui pleiteado: “A aplicação da Lei Estadual nº 9.436/2021 se
impõe. Sua regulamentação demandava a edição de decreto do Poder Executivo tão somente para
se fixar o percentual do IPCA, pois na ocasião da aprovação da Lei o referido índice ainda não estava
estabelecido. Dessa forma, o Decreto Estadual nº 47.933/2022 produziu efeito no âmbito do Poder
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Judiciário no tocante ao índice de recomposição: a primeira metade a contar de 1º de janeiro de
2022 e a segunda metade em duas parcelas anuais sucessivas (...)”
O fato é que, diante dessa realidade, passam a existir servidores diferenciados, quais
sejam, aqueles do Poder Judiciário que já foram contemplados pelo reajuste e as demais categorias
de servidores, os quais, até então, não possuem a menor previsibilidade de um reajuste que já
deveria ter vindo no contracheque do mês de janeiro (mês de referência dezembro de 2022).
Soma-se a isso, o estabelecido expressamente pela Lei estadual nº 9.952, de 04 de

janeiro de 2023, que fixou 5,90% (cinco inteiros e noventa centésimos por cento) relativo ao
Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, correspondente as perdas acumuladas no ano
de 2022, de forma a recompor a remuneração dos servidores pelas perdas inflacionárias no mesmo
período, em obediência ao disposto no art. 37, inciso da X da CRFB.
GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Faço saber que a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de
Janeiro decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º Fica concedida recomposição de 5,90% (cinco inteiros e

noventa centésimos por cento) sobre a remuneração dos servidores
ativos, inativos e pensionistas do Estado do Rio de Janeiro, de acordo
com o disposto no artigo 37, X, da Constituição Federal, a contar de
1º de janeiro de 2023.
Veja excelência, estamos tratando aqui sobre duas questões absolutamente sensíveis
dentro de um contexto jurisdicional, em especial, quando estamos em âmbito administrativo:
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Legalidade Administrativa e ISONOMIA. Complementa-se a isso que tratamos de um tema que
envolve remuneração com caráter amplamente alimentar.
Apenas para que não haja qualquer ilação que possa vir a induzir o juízo em erro; no
caso em tela NÃO se aplica a Súmula 37 do STF na medida em que não estamos tratando de
aumento remuneratório, mas mera reposição das perdas inflacionárias dos citados períodos,
conforme facilmente verificável nas normas acima citadas como fundamento.
No caso em tela, a presente instituição autora representa sua categoria (policiais civis
ativos, inativos e pensionistas) que tal como outras tantas categorias do ERJ, merece, tal como
mereceram os servidores do judiciário, serem vistos como peças importantes para a condução
de uma administração pública digna e atrativa para seus membros, em especial para aqueles que
entregam a sua vida para o bem estar social por meio de uma segurança pública eficiente.
Dados os fundamentos pautados aos parâmetros legais acima estabelecidos, temos que
tais elementos permitem ao magistrado determinar em TUTELA DE EVIDÊNCIA (art. 311, I do
CPC), uma vez que a administração executiva não está cumprindo o que a legislação determinou,
ficando expressamente caracterizado o abuso do direito de defesa do réu, caso este imponha, na
sua defesa, limites para a prática administrativa legalmente imposta, em efetiva agressão ao
princípio constitucional da legalidade administrativa.
DOS PEDIDOS
Face ao exposto, requer:
a) O DEFERIMENTO DA TUTELA DE EVIDÊNCIA, NO SENTIDO DE SE DETERMINAR AO

RÉU A ADOÇÃO DAS MEDIDAS NECESSÁRIAS PARA A IMEDIATA IMPLEMENTAÇÃO
AOS SERVIDORES POLICIAIS CIVIS ATIVOS, INATIVOS E PENSIONISTAS, OS
ÍNDICES DE RECOMPOSIÇÃO FIXADOS PELA LEI ESTADUAL Nº 9.436 DE 14 DE
OUTUBRO DE 2021, REGULAMENTADA PELO DECRETO ESTADUAL 47.933 DE 27 DE
JANEIRO DE 2022 (Ref. acumulado: set/2017 a dez/2021), BEM COMO PELA LEI
ESTADUAL Nº 9.952, DE 04 DE JANEIRO DE 2023, (Ref. acumulado 2022), O QUE
RESULTA EM 6,53% E 5,90%, A SEREM APLICADOS NESSA ORDEM, DE FORMA
ISOLADA, SUCESSIVA E COM INCIDÊNCIA SOBRE A REMUNERAÇÃO DEVIDA EM 31 DE
DEZEMBRO DE 2022.
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b) Não havendo o deferimento da tutela de evidência pretendida, que sejam tais pleitos
integralmente revistos junto ao provimento final;
c) a publicação do edital, consoante o art. 94 da Lei 8.078/90, na forma do ART. 21 DA LEI

7.347/85 C/C ART. 90 DA LEI 8.078/90.
d) isenção de custas e honorários, na forma do ART. 18 DA LEI 7.347/85 C/C ART. 90 DA LEI
8.078/90, na forma do art. 21 da Lei 7.347/85;
e) honorários de sucumbência, na forma da lei processual.
Informa ainda que, NÃO POSSUI INTERESSE NA REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIA, uma

vez que a matéria sobre a qual versa o pedido é exclusivamente de direito.
Atribui-se a causa o valor de R$ 50.000,00.
Nestes Termos.
Pede Deferimento
Rio de Janeiro, 13 de janeiro de 2023.
CARLOS HENRIQUE DE SOUZA JUND

OAB/RJ 87.458
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AÇÃO CIVIL PUBLICA

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DOS DIREITOS A SEREM PLEITEADOS

Por meio da Lei Estadual nº 9.436 de 14 de outubro de 2021, foi determinada a

Art. 1º Fica o Poder Executivo autorizado a conceder, para efeito do

§ 1º A recomposição de que trata o caput deste artigo deverá

Em continuidade, foi editado o Decreto Estadual 47.933 de 27 de janeiro de 2022,

Parafraseando o entendimento do então Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do

Soma-se a isso, o estabelecido expressamente pela Lei estadual nº 9.952, de 04 de

GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Art. 1º Fica concedida recomposição de 5,90% (cinco inteiros e

Face ao exposto, requer:

a) O DEFERIMENTO DA TUTELA DE EVIDÊNCIA, NO SENTIDO DE SE DETERMINAR AO

c) a publicação do edital, consoante o art. 94 da Lei 8.078/90, na forma do ART. 21 DA LEI

e) honorários de sucumbência, na forma da lei processual.

Informa ainda que, NÃO POSSUI INTERESSE NA REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIA, uma

Atribui-se a causa o valor de R$ 50.000,00.

Rio de Janeiro, 13 de janeiro de 2023.

CARLOS HENRIQUE DE SOUZA JUND

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