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CURSO DE DIREITO

TRABALHO INTEGRADO 01 DE OUTUBRO DE 2020


A presente atividade está inserida da Nota 2 do semestre e tem o valor de 5,0 pontos. Os critérios de correção,
previamente passados, serão considerados para fins de atribuição da nota de uma dissertação entre 20 e 35 linhas
sobre a obra, sua relação com o Direito, a sociedade e outras ciências.
ALUNO: DAYANE APARECIDA RIPOSATI RA: 5013456

ITENS AVALIADOS NOTA PARCIAL POR ITEM SOMA


1. Adequação ao tema 0 0,25 0,5 0,75 1,0
2. Adequação ao tipo de texto 0 0,25 0,5 0,75 1,0
3. Adequação à norma culta 0 0,25 0,5 0,75 1,0
4. Coerência e coesão 0 0,25 0,5 0,75 1,0
5. Autoria e expressividade 0 0,25 0,5 0,75 1,0
TOTAL GERAL 5,0

Ensaio sobre a lucidez apresenta uma premissa interessante, que propõe a seguinte ideia: e se toda
a população votasse em branco para mostrar a insatisfação com os candidatos?
O marco dessa obra literária é o fato de, na data marcada para as eleições, as pessoas se absterão
do ato de cidadania que é a votação. Apesar de assustada, a delegação política atribui a abstenção à forte
chuva que caiu naquele dia, assim decidindo pela realização de uma nova eleição na semana seguinte.
Porém, uma nova surpresa ocorre: apesar da maioria da população ter comparecido para exercer seu
direito, na apuração do resultado, oitenta por cento dos votos foi “em branco”.
Saramago imprime nessa obra literária metáforas impressionantemente reais e as reflexões
propostas são muito necessárias, como por exemplo: a votação em branco é uma reação democrática e
ativa do cidadão?
A estrutura da obra é atemporal, tanto que não há nomeação da população, do local, nome dos
personagens, etc. e, como em uma das citações feitas por Saramago, as palavras não são inocentes e a
falta delas também não. Embora tenha sido escrita há anos e por um escritor português, a obra nos remete
a situação atual de insatisfação do povo com a realidade social política brasileira, ou seja, uma população
esgotada de um sistema de governo que não representa mais a coletividade, um governo alheio às suas
necessidades.
Tanto a abstenção como a votação em branco em uma eleição nos correlacionam com o exercício
da democracia, é uma maneira do povo se posicionar diante do poder. E, é nesse contexto de Estado
Democrático de Direito, de Soberania Popular, de Esfera Pública, de que democracia é essa que queremos,
se é uma democracia representativa ou uma democracia participativa, que dê conta dos anseios de uma
sociedade pós moderna, que o Direito está. Exatamente como na atualidade, temos no livro uma classe
política bem caricatural, representada por três partidos: o de esquerda, o de direita e o do centro. É nessa
conjuntura que o autor nos mostra que a votação em branco é uma reação democrática e ativa do cidadão,
ao contrário do que muitas pessoas podem entender
Como no livro, carecemos de um processo de lucidez para “nos salvar”, nos unirmos, nos
organizarmos e surpreender nossos governantes e, que seja exercendo nossa cidadania, que é um direito a
nós garantido. O resultado das urnas em uma eleição tem o poder de mostrar nosso esgotamento com
essa democracia mascarada operante e que a população está atenta a sua inoperância, ineficiência,
corrupção, aos abusos aplicados pela classe política na classe assalariada, refém desse sistema. Chegou o
momento da população dizer nas urnas: “basta”!

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