Você está na página 1de 16

GESTÃO DE RISCO NA CADEIA DE

SUPRIMENTOS COM ABRANGÊNCIA NA


LITERATURA
Franco Kaolu Takakura
Mauro Vivaldini
Valeria Ruedas Elias Spers

RESUMO: O objetivo desta pesquisa foi investigar a produção acadêmica de


riscos e sua relação com a cadeia de suprimentos publicada em periódicos
nacionais e internacionais da base Scopus no período de 2010 a 2015. O estudo
apresenta os conceitos contemporâneos sobre o tema abordado que é de suma
relevância para o ambiente acadêmico e mercadológico. A metodologia utilizada
foram as técnicas de análise bibliométrica auxiliada pelo software Vosviewer. A
amostra desta pesquisa foi composta por de 1.714 artigos, dos quais 1.638
publicados nos EUA e 87 no Brasil. Foi possível detectar que existe considerável
escassez sobre o tema gestão de risco na cadeia de suprimentos. E que há
predominância de publicações nas áreas médicas, químicas e genéticas voltadas
para a saúde. A base Scopus proporciona um conhecimento que abrange as áreas
científicas da tecnologia, humanidade, ciências sociais, artes e medicina. Em
relação aos temas abordados e que têm relação com a Gestão na Cadeia de
Suprimentos, os que ficaram em evidência foram: Avaliação de Riscos,
Gerenciamento de Riscos, Risco, Fator de Risco, Percepção de Risco, Aversão a
Risco e Análise de Riscos.
Palavras-chave: Gestão da Cadeia de Suprimentos. Riscos. Pesquisa
bibliométrica. Produção acadêmica. Base Scopus.

ABSTRACT: The objective of this research was to investigate the academic


production of risks and their relationship with the supply chain published in
national and international journals Scopus in the period from 2010 to 2015. The
study presents contemporary concepts of the discussed topic that is of paramount
importance for academic and market environment. The methodology used was
bibliometric analysis techniques aided by Vosviewer software. The sample was
composed of 1,714 articles, of which 1,638 published in the US and 87 in Brazil. It
was possible to detect that there is considerable shortage on the risk management
theme in the supply chain. And there is predominance of publications in medical,
chemical and genetic areas geared to health. The Scopus provides knowledge that
covers the scientific areas of technology, humanity, social sciences, arts and
medicine. Regarding the topics covered and that relate to the management in the
supply chain, who were in evidence were: Risk Assessment, Risk Management,
Risk, Risk Factor, Risk Perception, Aversion to Risk and Risk Analysis.
Keywords: Supply Chain Management. Scratchs. Bibliometric research. Academic
production. Base Scopus.

Recebido em: 22 /09/2015


Aprovado em: 16/07/2016
Sistema de Avaliação: Double Blind Review
Editores Científicos: Maria Aparecida de Souza Melo e Simone Pereira Silva Bastos

! ! " ! #
TAKAKURA, Franco Kaolu; VIVALDINI, Mauro; SPERS, Valeria Ruedas Elias

1 INTRODUÇÃO apresentar os modelos mais adequados para


geri-los.
A gestão de riscos é uma área Por outro lado, a GRSC tem
relativamente madura de pesquisa em importância para o meio empresarial, o que
diversas funções operacionais tais como justifica a atenção de maior relevância no
produção, tecnologia da informação, saúde e meio acadêmico, conforme destacado por
segurança (GHADGE; DANI; ROY K, Tomas et al. (2013). O estudo bibliométrico
2013). A utilização da gestão de risco nas é apenas um caminho para se obter os dados
cadeias de suprimentos é fundamental para que, por meio de vários indicadores e
torná-las mais competitivas por possibilitar métricas, ressaltam características
prever acontecimentos críticos de falhas no preponderantes para o melhor entendimento
abastecimento da produção na empresa. e compreensão deste tema que é tão salutar
A Gestão de Risco na Cadeia de às áreas de administração e operações. A
Suprimentos (GRCS) tem a função de gestão de riscos é uma abordagem recente no
identificar ameaças e analisar a real ambiente de cadeias de suprimentos
probabilidade de elas ocorrerem, assim como (AGUIAR, 2010), pois parte significativa
minimizá-las, com foco em evitar efeitos das pesquisas não data mais do que 12 anos.
indesejados, através do desenvolvimento, Como exemplo citam-se as 103 publicações
implementação e operação de controles que compuseram a revisão realizada por
internos que mitigam, evitam ou transferem Tomas et al. (2013) nos periódicos da
riscos (GHADGE, A., DANI, S.; ROY, K , CAPES, a saber – Ebsco, Scielo, Science
2013). Direct, Scopus, Scirus (Elsevier), além da
Diante das estratégias da empresa, base Emerald – para um período
em busca de vantagem competitiva, compreendido de 2000 a 2012. E ainda, na
identifica-se que o principal fator que a base de dados da Anpad, por exemplo, foram
determina é a competitividade das cadeias de identificados apenas seis artigos que
suprimentos das corporações, pois a que mencionam o Gerenciamento ou Gestão de
alcançar melhor funcionamento da cadeia Riscos no título dos trabalhos publicados no
terá vantagens em suas operações (PIRES, período de 2006 a 2014, entretanto nenhum
2004). Dessa forma, identifica-se como fator deles objetivou discutir ou propor estudos
importante a gestão de risco na cadeia de sobre gerenciamento de risco na cadeia de
suprimentos que poderá ser aperfeiçoada, suprimento. Este aspecto é ressaltado por
com reflexos na redução dos riscos de Jordan et al. (2013) que afirmam que dada à
rupturas da cadeia. relevância do assunto, ha falta de estudos
Evidencia-se o crescimento do empíricos sobre o tema.
interesse por essa área, a partir da Quais as quantidades de publicações
identificação nos últimos anos de trabalhos e sobre o tema gestão de risco na cadeia de
pesquisas relevantes publicados em diversos suprimento têm sido divulgadas nos
periódicos. A presente revisão poderá principais periódicos nacionais e
contribuir para um melhor conhecimento dos internacionais no período de 2010 a 2015 foi
riscos e vulnerabilidades que podem incidir a questão que norteou este estudo que teve
sobre uma cadeia de suprimentos, bem como como foco o desenvolvimento e maior

$% | http://www.revista.ueg.br/index.php/revista_administracao
Gestão de risco na cadeia de suprimentos com abrangência na literatura

disseminação do assunto gestão de risco na humana, as “sequelas” que afetam os


cadeia de suprimentos na literatura recursos, e outros tipos de situações que
acadêmica nacional. Assim, o objetivo deste atingem uma pessoa ou o bem-estar das
estudo foi investigar a produção acadêmica empresas.
sobre riscos e sua relação com a cadeia de Os riscos na cadeia de suprimentos
suprimentos publicada nos principais podem ser definidos como uma exposição a
periódicos nacionais e internacionais no um evento que provoca perturbações,
período de 2010 a 2015, disponíveis na base afetando assim a gestão eficiente da rede da
de dados Scopus por ser esta uma das cadeia de suprimentos, Supply Chain (SC).
maiores em relação às citações da literatura. A gestão de riscos se tornando parte
Para os dados bibliométricos, foram integrante de um projeto da gestão da cadeia
mensurados os principais Clusters: risco na de suprimentos Supply Chain Management
corporação, risco na cadeia de suprimentos, (SCM) holística (CHRISTOPHER; LEE,
finanças, globalização e gerenciamento de 2004). Assim entende-se que existe
risco. classificação de diversos riscos na SC. O
Dividido em seções, este artigo Risco em si pode ser denominado como
apresenta, além desta introdução, o interrupção, vulnerabilidade, incerteza,
referencial teórico sobre a temática gestão de desastre, perigo e risco. A literatura
riscos na cadeia de suprimentos, seguida da acadêmica dentro do domínio da SC tem
descrição da metodologia adotada no que procurado diferenciar entre as várias formas
concerne à bibliometria e, em sequência, da de centrando-se na disponibilidade de
análise e discussão dos resultados. Por fim, informações e a intensidade desses eventos.
são apresentadas as considerações finais e as Assim, este pode variar de completamente
referências dos trabalhos revisados neste desconhecido para o conhecido
estudo. completamente e perigo imediato.
Ghadge, Dani e Kalawsky (2012)
2 REFERENCIAL TEÓRICO definem como uma situação de incerteza
para a SC quando o tomador de decisão
2.1 Risco na Cadeia de Suprimentos carece de informações sobre a rede SC e do
ambiente e, portanto, não é capaz de prever o
O risco é a incerteza que afeta o bem- impacto do evento sobre o comportamento
estar de um indivíduo ou de um negócio e é da cadeia. Embora o risco e a incerteza
frequentemente associado com a adversidade sejam utilizados como sinônimos na cadeia
e perda (GIHA, 2013). Peck (2005) salienta de suprimentos pode-se entender a incerteza
que a base da natureza do risco está como imensurável não tendo a certeza
relacionada a um produto ou evento. A completa e sim uma possibilidade de
incerteza é uma situação em que uma pessoa acontecimento (GHADGE, DANI E
ou organização não sabe ao certo o que vai KALAWSKY, 2012).
acontecer, sendo suscetível de ocorrer o Por outro lado, o risco é mensurável
risco, mas a incerteza não conduz como é um resultado da incerteza com
necessariamente a uma situação de risco. Ou algumas das possibilidades de extravio ou
seja, o risco é a incerteza que outros resultados indesejáveis (HUBBARD,
"Assuntos/eventos", podem causar a perda 2009). De acordo com Willians et al. (2008)
financeira, possíveis danos para a saúde é relevante a segurança da SC como um

! ! ! " ! # & $
TAKAKURA, Franco Kaolu; VIVALDINI, Mauro; SPERS, Valeria Ruedas Elias

subcomponente do risco global elaborada na repartição ou má aplicação dos sistemas e


estratégia da gestão pela alta administração. padrões que são usados para monitorar os
Os riscos podem ser formados por processos. Externo à empresa, mas
diversos elementos apresentando diferentes relacionado à cadeia de abastecimentos,
conotações, como as de ordem física, existem os riscos de rede que podem ser
estrutural, econômica, social e ambiental, divididos em "Demanda" e riscos "oferta".
dividindo em vários membros e escalas Riscos de demanda são oriundos de uma
sucessivas de detalhamentos, o que gera a repartição do fluxo de produto, informações
necessidade, de ser gerenciado ou receitas entre uma empresa e seus
(GUIMARÃES; CARVALHO, 2012). clientes. Da mesma forma, o risco de
alimentação se refere à quebra no
2.2 Tipos de Risco na Cadeia de abastecimento de materiais e serviços,
Suprimentos informações e fluxos monetários entre uma
empresa e os seus fornecedores.
Tummala e Schoenherr (2011) Outra categoria de riscos da cadeia
conceitualizam risco da cadeia de de suprimentos refere-se às interrupções que
abastecimento, com atraente simplicidade, estão fora da rede organizacional que
ou seja, um evento que afeta negativamente compõe a cadeia de abastecimento.
as operações da cadeia de suprimentos e, "Ambiente" de risco refere-se aos eventos
portanto, seu desempenho desejado. Como que podem impactar diretamente a empresa
os riscos enfrentados pelas empresas ou o seu sistema de abastecimento do início
individuais, riscos da cadeia de fornecimento ao fim da cadeia de suprimentos. Eles podem
também podem ser classificados de diversas ser social, políticos, econômicos,
maneiras e de diferentes perspectivas. tecnológicos e compreendem o ambiente no
Tang (2006) sugere que há dois tipos qual a cadeia de abastecimento tem que
de riscos em uma cadeia de suprimentos: os operar.
denominados riscos operacionais, Com um conceito mais sintetizado
decorrentes de incertezas na demanda, Cucchiella e Gastaldi (2006) relatam que a
abastecimento e de custos, que, pela sua cadeia de suprimentos está dividida em duas
natureza, são sempre presentes; e os riscos categorias de riscos: 1) Riscos Internos que
de ruptura, que surgem a partir de envolvem questões como as variações de
ocorrências naturais, desastres, tais como capacidade, regulamentos, atrasos de
perturbações meteorológicas que informação, e os fatores organizacionais,
proporcionam crises econômicas. recursos materiais, capital intelectual,
Uma classificação adicional é finanças, entre outros; 2) Riscos Externo
mencionada por Giha (2013) relatando que relacionados com preços de mercados
dentro de uma empresa, existem "processo" e externos, ações de risco empresarial gestão
riscos de "controle", criando categorias concorrente, rendimento de produção e
processuais. Os primeiros são aqueles riscos custos, qualidade de fornecedores, economia,
associados às interrupções nos processos de legislação e questões políticas. Corroborando
criação de valor e atividade gerencial dentro essa teoria, Kleindorfer e Saad (2005)
da empresa, enquanto que os riscos de categorizam os riscos decorrentes de
controle são os que estão ligados a uma coordenação de sistemas complexos de

'# | http://www.revista.ueg.br/index.php/revista_administracao
Gestão de risco na cadeia de suprimentos com abrangência na literatura

oferta e demanda (interna) e interrupções (8) Avaliação do risco (Risco empresarial-


(externo). A gestão da cadeia de Gestão): descrever e quantificar riscos,
suprimentos, portanto, precisa se preocupar estimando probabilidades; estimar
com os riscos advindos de todas as direções, significado de risco, aceitabilidade ou grau
tanto do macro ambiente como do de aceitação de risco, custo / benefício e
microambiente. Em qualquer negócio, as análise.
oportunidades surgem da capacidade de a (9) Seleção da estratégia de gestão de risco
organização gerir os riscos. A maioria dos adequada.
riscos de fenômenos naturais é tratada (10) Execução: parcerias relacionadas com a
através da diversificação e redundância para segurança e adaptação organizacional.
o segmento, ou através de seguros, sendo (11) Acompanhamento de Risco / mitigação:
que ambos têm os custos inerentes. comunicação e tecnologia da informação de
Análises devem ser realizadas com segurança.
precisão sobre os custos envolvidos para Diante das etapas apresentadas a
diminuir os riscos, de forma que exigência inicial é especificar a natureza dos
compensações financeiras e operacionais perigos que levam aos riscos subjacentes.
devem ser controladas e avaliadas em sua Após essa identificação é necessário
implantação. A identificação dos custos e quantificar e qualificar os riscos, assim
benefícios é fundamental para a tomada de constata-se a causa e os efeitos que
decisão na implantação da gestão de riscos. provocam os riscos, proporcionando
A implementação de um plano de possibilidade de gerir o risco de forma
gestão de riscos constitui-se em um processo eficaz. As abordagens devem estar alinhadas
sistêmico. Cucchiella e Gastaldi (2006) com o objetivo principal da corporação e
descrevem as seguintes etapas para a com seu modelo de gestão para que haja a
implantação do gerenciamento de risco da efetividade do funcionamento da aplicação
cadeia de abastecimento: das onze etapas.
(1) Análise: examinar a estrutura da cadeia
de abastecimento, medidas de desempenho 2.3 Gestão de Risco na Cadeia de
adequado e responsabilidades. Suprimentos
(2) Identificar fontes de incerteza:
concentrar-se no mais importante. A Gestão de Riscos em Cadeias de
(3) Examine riscos: selecionar os riscos em Suprimentos (Supply Chain Risk
fontes controláveis da incerteza. Management – SCRM) tem suas estruturas
(4) Gerenciar riscos: desenvolver estratégias. fundamentadas em uma forma de gestão
(5) Individualizar verdadeira opção mais mais abrangente para a identificação, análise,
adequada: selecionar as estratégias para cada priorização, avaliação e monitoração dos
risco. riscos nas cadeias de suprimentos e depois
(6) Implementar: esta etapa pode ser como direcionadora para a aplicação prática
combinada com um processo de gestão de dos riscos em cadeias de suprimentos
risco genérico. (GHADGE, DANI E KALAWSKY, 2012).
(7) Identificação dos riscos: perceber os Dessa forma, relacionando a busca
perigos, identificar falhas, reconhecer da efetividade da cadeia, deve-se identificar
conseqüências adversas; preparação de formas de diminuir os eventos que podem
segurança e planejamento. ser prejudiciais aos membros destas por meio

! ! ! " ! # & '


TAKAKURA, Franco Kaolu; VIVALDINI, Mauro; SPERS, Valeria Ruedas Elias

do gerenciamento dos riscos. A SCRM está gestão de risco na cadeia de suprimentos é a


relacionada com a identificação e controle globalização que torna as empresas mais
dos riscos e pode proporcionar eficiência no competitivas em relação às cadeias de
processo do funcionamento de uma cadeia, a suprimentos o que implica em maior
partir de uma abordagem ordenada entre os vulnerabilidade em suas operações e em
elos da cadeia, prevenindo ou mitigando as relação aos ambientes externos. A
vulnerabilidades da cadeia como um todo vulnerabilidade é definida como uma
(CRANFIELD, 2006; JÜTTNER; exposição à perturbação grave decorrente de
CHRISTOPHER; PECK, 2003; riscos dentro do SC, bem como os riscos
CHRISTOPHER, 2004). No entendimento externos a este (CHRISTOPHER; PECK,
de Ghadge, Dani e Kalawsky (2012), o 2004).
gerenciamento de riscos no mercado atual Esse ambiente e vulnerabilidade são
está se tornando cada vez mais desafiador, avaliados e controlados por diversos
principalmente por causa das incertezas na indicadores e ferramentas como: retorno
oferta e demanda, da terceirização global e financeiro, just-in-time, fusões, outsourcing,
dos ciclos de vida dos produtos reduzidos. novas tecnologias, vendas pelo ambiente
Risco neste contexto pode ser definido como virtual, o que força as organizações a
o potencial resultado negativo indesejado adotarem novas formas de fazer negócios
que surge a partir de um evento ou atividade (STEFANOVIC et al., 2009), fortalecendo o
(CHRISTOPHER; LEE, 2004). preceito e a importância da eficiência na
Olson e Wu (2010) mencionam que gestão dos novos riscos gerados na
as cadeias de abastecimento, específicas da organização pela busca da vantagem
indústria, podem ter diferentes graus de competitiva.
exposição aos riscos. A configuração dessas São diversos os riscos existentes nos
cadeias pode ser a fonte de diversos riscos elos da cadeia de suprimentos, de forma que
dentro da organização. O segmento industrial é necessário priorizar os de maiores impactos
pode ter os riscos reduzidos pelas análises e e probabilidades que podem ser considerados
tomadas de decisões com relação à seleção fatores críticos de sucesso do objetivo
de fornecedores. Na gestão de riscos, as organizacional. A gestão de risco tem a
parcerias devem estar respaldadas de finalidade primária da identificação dos
solvência financeira, recursos de qualidade riscos, seu foco principal está na execução e
do produto, compatibilidade e capacidades operação sendo fato gerador de resultados
dos sistemas de informação do fornecedor. esperados pelos stakeholders (OLSON; WU ,
Outro membro da cadeia exposto ao risco é o 2010).
empresarial relacionado ao processo Ghadge, Dani e kalawsky (2013)
organizacional interno referente a sua desenvolveram um modelo de gerenciamento
avaliação de riscos e resposta, junto ao de risco considerado complexo, porém
aperfeiçoamento em equipamentos, flexível à aderência por diversas áreas,
treinamento de pessoas e também melhoria inclusive a de operações e logística. A matriz
do controle gerencial através de eficientes para o gerenciamento de risco na cadeia de
sistemas de informação são fundamentais suprimentos (SCRM) é desenvolvida
para mitigação dos riscos. Apesar desse utilizando-se uma perspectiva de sistemas
cenário, outro elemento que é relevante na metodológicos. O conceito do modelo

' | http://www.revista.ueg.br/index.php/revista_administracao
Gestão de risco na cadeia de suprimentos com abrangência na literatura

apresentado na figura 1 segue a um padrão geral dos riscos. Neste processo, o


de processos de gestão de risco: 1) comportamento do risco é analisado e
identificação de riscos; 2) avaliação de risco; desenvolvidas as suas operações,
e 3) mitigação de riscos. capturarando o impacto em termos de custos
Embora o modelo de gestão de riscos e de tempo e o possível ponto de
possa ser aplicado em diversos cadeias de rompimento ou fracasso (GHADGE; DANI;
suprimentos, o foco dessa pesquisa será a ROY K, 2013).
demonstração prática na gestão de risco da O processo de mitigação de risco está
cadeia de suprimentos. Para identificar as classificado em etapas como planejamento
complexidades para a cadeia de suprimentos estratégico, avaliação dos riscos e mitigação
analisa-se cada processo em duas etapas. dos riscos que estarão interligadas nos
Primeiro há adaptação do modelo através de objetivos da empresa mensurando as
uma análise das complexidades e natureza operações e possíveis cenários de
dos riscos dentro do processo denominado a acontecimentos com suas respectivas
taxonomia de risco. Nesta fase condiz com possibilidades de ações, conforme Figura 1.
os riscos de tendências, que predizem os
limites operacionais das variáveis de risco.
Entretanto o processo de avaliação
do risco é o principal foco do modelo
apresentado, pois, proporcionará uma análise

Figura 1 - Gestão de Risco na Cadeia de Suprimentos


Quadro de gestão de risco na cadeia de suprimentos

risco de
Taxonomia do risco identificação

mitigação do risco Tendência do Risco

mitigação do risco

planejamento estratégico Modelagem do risco

Análise de sensibilidade

análise do risco

Fonte: Ghadge, Dani e Roy K (2013, p. 526).

Diante do exposto, o modelo proposto por fatos geradores dos riscos e suas
Ghadge, Dani e Roy K (2013) apresenta um possibilidades de ocorrências por dados
método lógico, objetivo e complexo. Na históricos da empresa e do ambiente externo
busca da identificação do risco trata-se dos em que se encontra. Após essa etapa

! ! ! " ! # & '


TAKAKURA, Franco Kaolu; VIVALDINI, Mauro; SPERS, Valeria Ruedas Elias

analisam-se os riscos sobre as áreas de disciplina ou tema (BUFREM; PRATES,


ocorrências em suas operações e os 2005).
impactos, caso os acontecimentos negativos O termo bibliometria foi utilizado
se tornem realidade. Essa análise de pela primeira vez por Pritchard (1969).
sensibilidade atuará junto com o Trata-se de modelos e padrões estatísticos e
planejamento dos negócios corporativos matemáticos desenvolvidos para aferir os
proporcionando uma gestão nos riscos procedimentos de informações, usando as
alinhada às estratégias colaborando com os bases de dados dos escritos científicos para
alcances dos resultados esperados. formar previsões e amparar tomadas de
Concorrentemente a esse processo, a decisão. Em 1970 e 1980, a termologia
diminuição dos riscos nos principais elos da bibliometria foi implantada como disciplina.
cadeia de suprimentos auxiliará na segurança A partir de 1990, a disciplina bibliometria
e desempenho dos processos. transformou-se em técnica de análise para
diversas ciências (PATRA;
3 METODOLOGIA BHATTACHARVA; VERMA, 2006).
Há três fundamentos que alicerçaram
A bibliometria constitui-se de um as técnicas da bibliometria denominadas com
grupo de metodologias de pesquisa, a nomenclatura Bradford, Lotka e Zip
proveniente do campo das Ciências da (BRADFORD, 1934; BURRELL, 2001) . As
Informação, que utiliza das análises duas primeiras leis, é de produtividade
quantitativas de dados, através de métodos científica que foram marcos iniciais das
estatísticos. Trata-se do estudo quantitativo e técnicas da bibliometria (PATRA;
estatístico de textos escritos (artigos, livros, BHATTACHARVA; VERMA, 2006). Nesta
relatos técnicos etc.) apresentando suas pesquisa dos três fundamentos apresentados
características e seus aspectos (SHILBURY, foi utilizada a lei de Zipf. A lei de Zipf foi
2011). utilizada na discussão dos resultados. Em
Na sua origem, as pesquisas relação a Lei de Zipf, ela incide na aferição
bibliométricas têm como foco mapear a da frequência do surgimento das palavras em
literatura científica com os objetivos de vários documentos criando uma lista
interesse do pesquisador, identificando a organizada de termos de uma determinada
estrutura intelectual de um campo disciplina, ou seja, é uma lei de potenciais
conhecimento (RAMOS; RUÍZ, 2004). incidentes sobre a distribuição de valores
Utiliza-se das metodologias científicas das existente em sua universalidade. Nas
estatísticas e matemática para mapear matérias como administração e contabilidade
informações, a partir de registros existem maior probabilidade de frequência
bibliográficos de documentos (livros, de palavras pela ligação entre os termos e
periódicos, artigos), uma área que se ocupa conteúdo. Assim a lei de Zift irá sumarizar
da medida ou da quantidade aplicada e que assuntos de maior e menor incidência
proporcionou evidências a partir da sua (VANTI, 2002), que é o sistema de coleta de
sistematização metodológica. Assim, os dados do sistema utilizado neste artigo o
estudos bibliométricos geram uma VOSWIER.
perspectiva de um consolidado de Sendo que em algumas áreas de
conhecimento existente numa área científica, estudos determinadas palavras têm

'$ | http://www.revista.ueg.br/index.php/revista_administracao
Gestão de risco na cadeia de suprimentos com abrangência na literatura

probabilidade de maior frequência, enquanto Dessa forma, conseguiu-se selecionar


que outras possuem menor ocorrência, e os termos mais relevantes dentro da Gestão
outras são dificilmente usadas (HAYASHI et de Risco na Cadeia de Suprimentos no
al., 2007). campo das ciências aplicadas na amostra
Identifica-se a relevância da identificada para o estudo. Os resultados e
bibliometria e do fundamento da lei de Zipf, correspondentes análises e discussões
para analisar, de maneira completa e encontram-se no item seguinte.
aprofundada, um determinado campo do
conhecimento científico (LEITE 2008), 4 ANÁLISES E DISCUSSÕES DOS
promovendo, desenvolvendo, socializando e RESULTADOS
evidenciando temas legitimados, assuntos
emergentes, contribuindo para academia Os resultados obtidos na busca
científica no campo da Administração, realizada na Base de Dados SCOPUS sobre
Operações e logística, se desenvolva e o tema risco totalizaram 2.198.000, de forma
evolua por meio destas publicações. que na área médica ocorreu o maior número
A seleção dos dados iniciou-se pela de incidências, seguido das áreas de
busca de palavras-chave no resumo e título bioquímica, genética, biologia molecular,
das publicações envolvendo Riscos. Após ciências sociais, economia, econometria,
esse processo tabulou-se os resultados finanças, negócios, gestão e contabilidade,
apresentados. conforme apresentado no Quadro 1 a seguir
A próxima etapa constituiu-se da
seleção das palavras conforme as ligações às Quadro 1- Quantidade de produções de Risco base
Scopus, 2010-2015.
áreas das Ciências Sociais, Negócios, Gestão
BASE SCOPUS - RISCOS - PRODUÇÕES CIENTÍFICAS
e Contabilidade, Economia, Econometria e ÁREA QTDE DE PRODUÇÕES
Finanças, publicados durante os últimos RISCOS GERAL 2.198.000
cinco anos (2010-2015).
1.637.077
Após essa etapa, foram selecionados RISCOS DE MEDICINA
os artigos publicados nos EUA e no Brasil. RISCOS BIOQUIMICA,
A opção pelos EUA se justifica por conter GENÉTICA E
268.150
BIOLOGIA
aproximadamente 40% das produções
MOLECULAR
científicas publicadas sobre o tema no CIÊNCIAS SOCIAIS 112.940
período investigado. ECONOMIA,
Para consolidação e apresentação dos ECONOMETRIA E 41.434
dados utilizou-se o software VOSviewer FINANÇAS
baseada na análise dos corpos dos textos. NEGÓCIOS, GESTÃO E
34.309
Resch e Farina (2014) relatam que o CONTABILIDADE
software apresenta CLUSTER, que é Fonte: Base Scopus e Vosviewer (2015).
definido como um conjunto de assuntos e
temas por incidências e características
selecionadas minimizando as distâncias entre
elementos semelhantes destinados à análise
bibliométrica ressaltando as análises de
gráfica do mapa.

! ! ! " ! # & ''


TAKAKURA, Franco Kaolu; VIVALDINI, Mauro; SPERS, Valeria Ruedas Elias

Nesta primeira triagem de dados, fica teve o maior número de publicações (4.524)
evidente que estudos relacionados aos riscos e Brasil (121), com a finalidade de
das corporações estão em crescimento, identificar especificidades nos estudos
porém nem sempre abrangem todas as áreas publicados sobre o tema no Brasil e como
da administração, possivelmente pela vêm se desenvolvendo no ambiente
complexidade existente. Após aplicação dos internacional, no caso, nos Estados Unidos.
filtros com as palavras chaves: Avaliação de Com a proposta, ainda, de apresentar
Riscos, Gerenciamento de Riscos, Risco, uma visão contemporânea da temática em
Fator de Risco, Percepção de Risco, Aversão estudo foram selecionados os artigos
a Risco, Análise de Riscos, obteve-se a publicados no período de 2010 a 2015.
seleção de produções na quantidade de Assim obteve-se o número de 1.714 artigos,
13.091, confirmando a restrição e a dos quais 1.638 artigos publicados nos EUA
existência de áreas a serem exploradas e e 87 no Brasil. Com a conclusão das seleções
desenvolvidas. Com a meta de atingir maior no VOSVIEWER, a relação dos temas,
relevância sobre o assunto, delimitou-se na assuntos e artigos se encontram entrelaçados
escolha dos artigos nos países: EUA, cujo em suas competências conforme Figura 2

Figura 2 - Relevância de assuntos sobre risco.

Fonte: Base Scopus e Vosviewer (2015)

Como exposto anteriormente, o e Economia foram os termos mais


Software VOSviewer tem a finalidade de recorrentes nas pesquisas da área. É possível
agrupar as palavras que têm maior densidade identificar a distância associativa de
e relevância na seleção dos artigos, de forma qualidade de informação com a avaliação de
que são destacados em vermelho aquelas que risco, que apresenta maior incidência sobre o
aparecem em maior número de vezes. Na tema ligado ao risco. No aglomerado dos
Figura 3, as expressões Avaliação de Riscos dados o que se evidencia pos riscos são

' | http://www.revista.ueg.br/index.php/revista_administracao
Gestão de risco na cadeia de suprimentos com abrangência na literatura

pessoas, sistema de informação e acionistas, com tema riscos o que confirma as


juntamente com a economia os riscos evidências de poucas pesquisas na área de
preferenciais é o destaque. O tema gestão da gestão de risco na cadeia de suprimentos.
cadeia de suprimentos é pouco relacionado

Figura 3 - Agrupamento de palavras de maior relevância.

Fonte: Base Scopus e Vosviewer (2015).

O VOSwier proporcionou a palavra. Inicialmente separaram-se as


separação das palavras por Cluster e a palavras que tinham semelhanças em termos
associação do tema com semelhanças que de assunto e, depois, as dez primeiras de
foram separados em blocos pela repetição da cada cluster, conforme quadro 2 a seguir.

! ! ! " ! # & '


TAKAKURA, Franco Kaolu; VIVALDINI, Mauro; SPERS, Valeria Ruedas Elias

Quadro 2 - Clusters dos temas com mais destaque na pesquisa.

Comportamentais humanas Estratégicas Operações tecnologia da Informação


Cluster 1 Cluster 2 Cluster 3 Cluster 4

1 aceitação concorrência Comportamento criticidade


2 colaboração quadro conceptual responsabilidade social corporativa banco de dados
3 modelo conceitual estratégia corporativa gerenciamento de crise empreendedorismo
4 Cultura análise de custo-benefício rompimento avaliação
5 emprego satisfação do cliente globalização Globalização
6 energia diversificação gestão da informação processando informação
gerenciamento de riscos
7 corporativos financeiro compartilhamento de informações sistema de informação
8 ético gestão de Recursos Humanos reputação tecnologia da Informação
9 diretriz identificação comunicação de risco práticas de gestão
10 humano envolvimento pesquisa risco resiliência
segurança da informação marketing cadeia de mantimentos avaliação de risco

Liderança Risco percebido interrupção da cadeia de suprimentos mitigação de riscos


modelos gestão de risco do projeto gestão da cadeia de abastecimento Treinamento
desempenho organizacional controle de risco cadeia de suprimentos
estrutura de gerenciamento de
avaliação de desempenho risco
prevenção práticas de gestão de risco

medida de risco das partes interessadas


segurança
tratamento
finanças processos Riscos processos
Cluster 5 Cluster 6 Cluster 7 Cluster 8

1 Banco auditor contabilidade teoria da decisão


2 capital processo de negócio informação assimétrica análise econômica
3 economia conformidade assimetria integração
4 Capital próprio governança corporativa pesquisa comportamental comércio internacional
5 crise financeira fraude economia mitigação
6 sistema financeiro governo finanças parceria

7 crise financeira global regulamentação governamental assimetria de informação estratégia de gestão de risco
gerenciamento de risco na cadeia
8 inflação controle interno aversão ao risco relativo de suprimentos
9 qualidade da informação inventário avessos ao risco inovação tecnológica
10 preço risco operacional aversão a risco transparência

Retorna Lei Sarbanes-Oxley preferências de risco


Estoque
risco sistêmico

Fonte: Base Scopus e Vosviewer (2015).

Os cluster identificados nos estudos gestão de riscos, controle de risco, mitigação


selecionados possuem características de risco e avaliação de risco, não há
diferentes divididas em: Comportamentais, evidencias com em nenhum cluster com a
estratégicas, operações, tecnologia de gestão da cadeia de suprimentos.
informação, finanças, processos e riscos. Na figura 2 evidencia-se o
No cluster 3 foi abordada a cadeia de distanciamento das publicações relacionadas
suprimentos nas áreas comportamentais, cadeia de suprimentos e os riscos. Grande
gestão e estratégia mencionado apenas um parte das publicações sobre a cadeia de
item como pesquisa de risco. Nos principais suprimentos estão voltadas as áreas
temas envolvidos como riscos, fraudes, comportamentais, processos e informações.

'% | http://www.revista.ueg.br/index.php/revista_administracao
Gestão de risco na cadeia de suprimentos com abrangência na literatura

Outros temas correlacionados necessidade de aprofundamento das


juntamente com a cadeia de suprimentos são pesquisas sobre tema em questão.
os sistemas de informações com aplicação de Considera-se que o objetivo da
softwares auxiliando na funcionalidade da pesquisa foi alcançado na medida em que
cadeia de suprimentos. Neste aspecto a houve comprovação da escassez de estudos
tecnologia vem se consolidando na cadeia de envolvendo os temas relacionados à gestão
suprimentos para o cumprimento de sua de riscos na cadeia de suprimentos, que
efetividade e apresentação de uma vantagem aponta aos pesquisadores uma área a ser
competitiva dentro da cadeia de suprimentos explorada e de suma importância para as
oferecido pelas ferramentas da tecnologia. organizações no cenário de competitividade
As evidências dos riscos estão por elas vivenciado. Além disso, subáreas
fortemente ligado a finanças, contabilidade, ligadas aos temas como: auditoria,
controle interno, fraude, governo e estratégias, ações e controles podem ser
estratégias corporativas. Com o mercado desenvolvidas, assim como sugere-se o
cada vez mais competitivos as análises de desenvolvimento de novas ferramentas para
riscos são focados em ações imediatas em a gestão de risco na cadeia de suprimentos.
períodos curtos na busca do resultado rápido Referente às amostras trazidas na
para dar resposta aos concorrentes. pesquisa bibliométrica, limitada ao país de
Com isso, fica demonstrado que a maior número de publicações que foram os
gestão de riscos dentro da cadeia de Estados Unidos da América e o Brasil, sobre
suprimentos são escasso de literatura e o tema Riscos, fica a indicação de novos
pesquisa nesse segmento proporcionando estudos de forma mais abrangente, com
oportunidade e demanda do tema proposto. pesquisas em outras bases de dados e com
origens em outros países como os
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS emergentes, de forma a enriquecer os
achados científicos sobre a temática.
Analisando os pressupostos inseridos Em síntese, a pesquisa abordou uma
em um cenário competitivo, evolutivo e disciplina que se encontra em iminência em
complexo em que as organizações se virtude do mercado competitivo em que as
encontram inseridos, identificou-se a corporações se encontram. Constatou-se que
necessidade de aprofundamento da temática a gestão de risco na cadeia de suprimentos é
envolvendo o Gerenciamento de Riscos na apontada como uma ferramenta para obter a
cadeia de suprimentos e suas práticas que vantagem competitiva. Identificou como
podem aprimorar as operações e promover a escasso o tema nos países que mais
efetividade da cadeia de suprimentos. pesquisam na ciência da administração. Foi
No estudo bibliométrico realizado, os também identificada no país local a mesma
riscos e gestão de riscos não possuem falta de bibliografia no segmento entendendo
enfoque na cadeia de suprimentos, apenas a não aplicabilidade dessa ferramenta nas
uma relação generalista envolvendo as corporações.
principais áreas corporativas. Além disso, foi Esse artigo não tem a intenção de
possível comprovar os poucos estudos esgotar e ser unânime no assunto abordado,
realizados na GRCS a partir de uma amostra sugerindo como continuidade da pesquisa as
bastante abrangente, o que sugere a áreas complementares a gestão de riscos na

! ! ! " ! # & '


TAKAKURA, Franco Kaolu; VIVALDINI, Mauro; SPERS, Valeria Ruedas Elias

cadeia de suprimentos se existe material 17, n. 6, p. 700-720, 2006. http://dx.doi.


acadêmico científico para sua aplicabilidade. org/10.1108/17410380610678756

CUCCHIELLA, F. and Gastaldi, M. (2006),


“Risk management in supply chain: a real
6 REFERÊNCIAS option approach”, Journal of
Manufacturing Technology Management,
Vol. 17 No. 6, pp. 700-20.
AGUIAR, E. C. Contribuição ao estudo do
fator risco no desempenho de GHADGE, A., DANI, S.; ROY, K.,
organizações e cadeias de suprimentos. (2013),"A systems approach for modelling
2010. Tese (Doutorado em Administração)- supply chain risks", Supply Chain
Faculdade de Economia, Administração e Management: An International Journal,
Contabilidade, Universidade de São Paulo, Vol. 18 Iss 5 pp. 523 – 538 Permanent link
2010. to this document:
http://dx.doi.org/10.1108/SCM-11-2012-
BUFREM, L., Prates, Y. O saber científico 0366
registrado e as práticas de mensuração da
informação. Ciência da Informação, 34 (2), _______(2012). Supply chain risk
pp. 9-25, 2005. management:present and future scope,
UKThe International Journal of Logistics
BURRELL, Q. L. “Ambiguity” and Management Vol. 23 No. 3, 2012 pp. 313-
scientometric measurement: a dissenting 339 r Emerald Group Publishing Limited
view. Journal of the American Society for 0957-4093 DOI
Information Science and Technology, 52 10.1108/09574091211289200.
(12), pp. 1075-1080. (2001)
GIHA Philip Leat Cesar Revoredo Risk and
CHRISTOPHER, M.; LEE, H. “Mitigating resilience in agri-food supply chains: the
supply chain risk through improved case of the ASDA PorkLink supply chain in
confidence”, International Journal of Scotland Supply Chain Management: An
Physical Distribution and Logistics International Journal 18/2 (2013) 219–231
Management, Vol. 34 No. 5, pp. 388-96 q Emerald Group Publishing Limited [ISSN
(2004). 1359-8546] [DOI
10.1108/13598541311318845]
CHRISTOPHER, M. Logistics and supply
chain management. New York: Prentice- GUIMARÃES, C. M.; CARVALHO, J. C.,
hall, 2004. “Terceirização em cuidados continuados:
uma abordagem de gestão de risco”. Ciência
CHRISTOPHER, M. and PECK, H., & Saúde Coletiva, 17(5), 1179-1190, 2012.
Building the resilient Supply Chain,
International Journal of Logistics HAYASHI, M. C. P. I., HAYASHI, C. R.
Management, Vol. 15 No. 2, pp. 1-13, 2004. M., SILVA, M. R. da & LIMA, M. Y. de.
Um estudo bibliométrico da produção
CRANFIELD SCHOOL OF científica sobre a educação jesuítica no
MANAGEMENT. Supply chain Brasil colonial. Biblios, 8 (27), pp. 1-18.
vulnerability. Final report on behalf of 2007.
DTRL, 2002. CUCCHIELLA, F.;
GASTALDI, M. Risk management in supply HUBBARD, D., The Failure of Risk
chain: a real option approach. Journal of Management: Why It’s Broken and How
Manufacturing Technology Management, v.

# | http://www.revista.ueg.br/index.php/revista_administracao
Gestão de risco na cadeia de suprimentos com abrangência na literatura

to Fix It. John Wiley and Sons, Hoboken, PIRES, S. R. I. Gestão da cadeia de
NJ, p. 211, 2009. suprimentos: conceitos, estratégias,
práticas e casos - Supply Chain
JORDAN, S.; JORGENSEN, L; Management. São Paulo: Atlas, 2004.
MITTERHOFER, H. Performing risk and
the project: Risk maps as mediating PRITCHARD, A. . Statistical bibliography
instruments. Management Accounting or bibliometrics? Journal of
Research Vol. 24, 2013 pp 156-174. Documentation, 25 (4), pp. 348-349.1969.
Disponível em: <
www.elsevier.com/locate/mar>. Acesso em: RAMOS Rodríguez, A. R.; RUÍZ Navarro, J.
01 maio. 2014. (2004). Changes in the intellectual structure
of strategic management research: a
JÜTTNER, U.; Christopher, M.; Peck, H. bibliometric study of the strategic
Supply chain risk management outlining an management journal, 1980-2000. Strategic
agenda for future research. International Management Journal, 25, pp. 981-1004.
Journal of Logistics Management, v. 6, n. 2004.
4, p. 197-210, 2003. http://dx.doi.
org/10.1080/13675560310001627016. RESCH, S.; FARINA, M. C. Mapa do
Conhecimento em Nanotecnologia no Setor
LEITE Filho. (2008). Padrões de Agroalimentar. In SIMPÓSIO DE GESTÃO
produtividade de autores em periódicos e DA INOVAÇÃO TECNOLÓGICA,
congressos na área de contabilidade no XXVIII, 2014, Belo Horizonte. Anais... Rio
Brasil: um estudo bibliométrico. Revista de de Janeiro: ANPAD, 2014.
Administração Contemporânea, 12 (2), pp.
533-554. SHILBURY, D. (2011). A bibliometric study
of citations to sport management and
OLSON, David L., WU Desheng Dash, A marketing journals. Journal of Sport
review of enterprise risk management in Management, 25, pp. 423-444. 2011.
supply chain RiskLab, University of
Toronto, Toronto, Canada Kybernetes Vol. TANG, C.S., Perspectives in supply chain
39 No. 5, 2010 pp. 694-706 q Emerald risk management: a review. International
Group Publishing Limited 0368-492X DOI Journal of Production Economics, Vol.
10.1108/03684921011043198. 2010 103 No. 2, pp. 451-8. 2006.

KLEINDORFER, P.R. and Saad, G.H. , TOMAS et al. Modelos para gestão de
“Managing disruption risks in supply riscos em cadeias de suprimentos: revisão,
chains”, Production and Operations análise e diretrizes para futuras pesquisas,
Management, Vol. 14 No. 1, pp. 53-68. Gest. Prod., São Carlos, v. 20, n. 3, p. 695-
2005. 712, 2013.

PATRA, S. K., Bhattacharya, P. & Verma, TUMMALA, R. and Schoenherr, T.,


N. Bibliometric study of literature on Assessing and managing risk using the
bibliometrics. DESIDOC Bulletin of Supply Chain Risk Management Process
Information Technology, 26 (1), pp. 27-32. (SCRMP), Supply Chain Management: An
2006. International Journal, Vol. 16 No. 6, pp.
474-83. 2011.
PECK, H. (2005), Drivers of supply chain
vulnerability: an integrated framework, VANTI, N. A. P. Da bibliometria à
International Journal of Physical webometria: uma exploração conceitual dos
Distribution & Logistics Management, mecanismos utilizados para medir o registro
Vol. 35 No. 4, pp. 210-32. da informação e a difusão do conhecimento.

! ! ! " ! # &
TAKAKURA, Franco Kaolu; VIVALDINI, Mauro; SPERS, Valeria Ruedas Elias

Ciência da Informação, 31 (2), pp. 152-


162. 2002

WILLIAMS, Z.; LUEG, J. E.; LEMAY, S.


A., Supply chain security: an overview and
research agenda. The International Journal
of Logistics Management, Vol. 19 No. 2,
pp. 254-81, 2008. SOBRE OS AUTORES

Franco Kaolu Takakura Junior


Doutorando e mestre em Administração pela
Universidade Metodista de Piracicaba
(UNIMEP), professor do programa de
graduação da UNIESP e da pós graduação da
UNIMEP. Contato: faktakakur@unimep.br

Mauro Vivaldini
Doutor em engenharia de produção e mestre
em Administração, professor do programa de
pós graduação em administração da
UNIMEP, com mais de 20 anos de
experiência na área de operações, logísticas e
suprimentos em grandes empresas nacionais
e multinacionais. Contato:
mavivald@unimep.br

Valeria Rueda Elias Spers


Doutora em Ciências Social pela Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo,
professora do PPGA Programa de pós
graduação Mestrado Profissional e doutorado
em Administração da Universidade
Metodista de Piracicaba (UNIMEP).
Contato: vrueda@unimep.br

| http://www.revista.ueg.br/index.php/revista_administracao

Você também pode gostar