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PERCEPÇÃO DA POPULAÇÃO EM RELAÇÃO A SISTEMAS DE ALERTA:


CONTRIBUIÇÕES PARA PROJETO DE SISTEMA DE COMUNICAÇÃO DE RISCO

Conference Paper · October 2017

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4 authors, including:

Daniel Bouzon Nagem Assad Thaís Spiegel


Rio de Janeiro State University Rio de Janeiro State University
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Luiz Felipe Scavarda


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XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
“A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens
avançadas de produção”

Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.

PERCEPÇÃO DA POPULAÇÃO EM
RELAÇÃO A SISTEMAS DE ALERTA:
CONTRIBUIÇÕES PARA PROJETO DE
SISTEMA DE COMUNICAÇÃO DE
RISCO

Ana Carolina Pereira de Vasconcelos Silva (Puc-Rio)


ana.carolina92@hotmail.com.br
Daniel Bouzon Nagem Assad (Puc-Rio)
danielbouzon@gmail.com
Thais Spiegel (UERJ)
thaisspiegel@gmail.com
Luiz Felipe Roris Rodriguez Scavarda do Carmo (Puc-Rio)
lf.scavarda@puc-rio.br

Soluções de projeto em logística humanitária envolvem muitos


desafios. Na gestão de risco, se uma determinada medida de mitigação
ou preparação para um desastre é tomada e o desastre não ocorre, são
incorridos custos diretos e indiretos atrelados a essas medidas e ocorre
o fenômeno conhecido como “cry wolf syndrome”. Neste contexto, este
artigo visa compreender de que modo uma população vulnerável
avalia um determinado sistema de alarme para decidir se evacua ou
não uma região de risco. A pesquisa avança na investigação das
decisões da população vulnerável, um stakeholder central no contexto
de desastre, entendendo sua relevância na tarefa de projetar,
implementar e manter sistemas de alerta. As variáveis levantadas
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devem, portanto, ser consideradas no projeto público de um sistema de


alerta para evitar o cry wolf syndrome, que incorre em custos e
diminui a eficácia dos sistemas enquanto tentativa de minimizar o
impacto dos desastres.

Palavras-chave: logística humanitária, desastre, sistema de alerta,


comunicação de risco, projeto de operações

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1. Introdução
A gestão das operações em logística humanitária envolve muitos desafios, tais como:
objetivos conflitantes de múltiplas partes interessadas, coordenação e colaboração, elevada
incerteza e escassez de recursos (ÇELIK et al., 2012). No contexto da gestão de risco, se uma
determinada medida de mitigação ou preparação para um desastre é tomada e o desastre não
ocorre, são incorridos custos diretos e indiretos atrelados a essas medidas e ocorre o fenômeno
conhecido como “cry wolf syndrome” (UCHIDA, 2012).

O procedimento de evacuação é comumente utilizado para minimizar os efeitos nocivos em


situação de desastre (FISCHER et al, 2015). No entanto, se diversos alarmes ou ordens de
evacuação, por exemplo, são falsos, a confiança da população nesses sistemas de
comunicação pode ser prejudicada. Dessa forma, compreender como a população percebe e
reage a esses alertas é relevante na formulação dos sistemas de alertas, de forma a garantir a
eficácia da emissão de uma mensagem de evacuação no que tange a real mitigação do impacto
de um desastre.

Neste contexto, o objetivo do artigo é, portanto, compreender de que modo uma população
vulnerável avalia um determinado sistema de alarme para decidir se evacua ou não uma
região de risco. Adota-se, para tal, uma abordagem centralmente qualitativa e uma
metodologia exploratória, que tem como objetivo principal tornar o problema explícito e
construir hipóteses (GIL, 2007). Com relação aos procedimentos técnicos adotados, a presente
pesquisa consiste em uma pesquisa bibliográfica, pois utiliza material já publicado para
suportar o levantamento das variáveis levadas em consideração pelo decisor (população
afetada) no caso de evacuação mediante sistema de alerta no contexto de risco de desastre.

Dessa forma, parte-se de uma questão central de pesquisa para a primeira etapa, de revisão da
literatura. Para as buscas, usa-se como combinação de palavras-chave (“risk perception” OR
“population perception” OR “evacuation behavior”) AND (“warning system” OR “warning
system disaster” OR “alert disaster”) nas bases Science Direct e Emerald Insight. Após
leitura de títulos, palavras-chave e resumos e ciclos de consenso entre os autores, 6 artigos

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foram selecionados para compor o referencial teórico, exposto na seção 2, e embasar a


extração das variáveis de decisão da população vulnerável, descrita na seção 3. Por fim, são
colocadas as conclusões que emergem da revisão.

2. Referencial teórico
Esta seção traz o referencial teórico que tem como intuito situar conceitualmente o tema
central da pesquisa. Para tal, são abordados primeiramente sistemas de alerta e o fenômeno
cry wolf syndrome e, em seguida, a percepção de risco de uma população vulnerável.

2.1. Sistemas de alerta e o efeito cry wolf syndrome


McEntire & Myers (2004) destacam a relevância dos sistemas de alerta no que diz respeito à
comunicação de uma população com relação a um perigo iminente ou real de desastre. No
contexto do ciclo de um desastre, onde diversos autores apontam as fases de preparação,
resposta, recuperação e mitigação (LEIRAS et al., 2014; ÇELIKÖZLEM et al., 2012;
NIKBAKHSH & FARAHANI, 2011), essa comunicação por sistema de alerta se insere nas
fases de mitigação e preparação (ÇELIK et al., 2012). Alertas podem fornecer informações
vitais para as populações, tais como: quando um risco ou desastres irá ocorrer, quanto tempo
um perigo ou desastre vai durar e o que as pessoas podem esperar em termos de impacto.
Sistemas de alerta também pode incluir informações como: o que é o previsto com relação à
severidade de vento, níveis de chuvas / profundidade das águas de enchentes, quedas de
energia potenciais, danos a casas e fechamentos de ruas / áreas. Avisos prévios permitem que
as pessoas possam tomar medidas para proteger-se, proteger suas propriedades e, em alguns
casos, permite que eles se preparem para o perigo iminente, dando a oportunidade de se
abrigarem, evacuarem a costa e adquirirem suprimentos necessários.

Há sistemas de alerta para riscos específicos ou para diferentes tipos de perigos, como sirenes,
meios de comunicação em massa (televisão, rádio), sistema de alerta de emergência,
interfones, aparelhos telefônicos, alto-falantes, notificação porta-a-porta, entre outros. Sirenes

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mecânicas e eletrônicas ao ar livre, por exemplo, são usadas para incidentes climáticos
severos, tais como tornados.

Os sistemas de alerta são considerados, então, uma medida importante para mitigar o impacto
de um determinado desastre. As autoridades locais, diante de um desastre natural, receiam a
ocorrência de um desastre natural quando um alerta de desastres não tiver sido emitido à
população. Dessa forma, pode-se emergir um dilema sobre se as condições de emissão de
alerta de desastres devem ser relaxadas ou não. Se essas condições são relaxadas, os
moradores vão tender a desconsiderar os avisos, uma vez que não refletirão uma
probabilidade de ocorrência do desastre natural (baixa acurácia). Dessa forma, surge o efeito
cry wolf syndrome, onde a população tende a achar que um desastre é menos provável quando
houve anteriormente uma evacuação decorrente de um alerta de um desastre que não ocorreu.
Há, nesse cenário, um custo físico e psicológico para a população (UCHIDA, 2012), além de
custos de manutenção e utilização dos sistemas de alerta.

Desastres mais frequentes e catastróficos aumentaram o papel do setor público na gestão de


catástrofes e emergências. Dessa forma, cabe ao setor público a tarefa de projetar,
implementar e manter sistemas de alerta em comunidades vulneráveis. Um sistema eficaz
requer que o aviso e a redução do risco sejam integrados em um processo político e as
agências governamentais tenham a capacidade de projetar e implementar as medidas políticas
pertinentes. Também exige participação da comunidade local para garantir que o público em
risco está adequadamente informado e alertado. Sistemas de alerta podem ser vistos do ponto
de vista científico, de gestão, de seus componentes tecnológicos e sociais que precisam ser
integrados com processos que se comunicam (MCENTIRE & MYERS, 2004).

2.2. Percepção de risco da população vulnerável


A capacidade de fazer escolhas (decidir) é vista como elemento essencial da ação humana
(DONAGAN, 1987 apud SPIEGEL, 2013). Em um contexto de vulnerabilidade, a população
em questão precisa avaliar o risco e tomar decisões imediatas de forma a mitigar os impactos
dos desastres. O envolvimento da comunidade na redução do risco de desastres hoje é

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amplamente aceito como o caminho certo para trabalhar com a redução do risco de desastres.
No entanto, raramente questiona-se se a comunidade está sendo e envolvida e tendo sua
percepção de risco levada a sério, ao invés de apenas ser aceita a percepção de risco de
especialistas e instituições de ciência como sendo a maneira correta de perceber o risco de
desastres (LAURSEN, 2014).

Aceita-se que as pessoas têm diferentes percepções de risco e, portanto, que a comunicação de
risco deve ser segmentada para o indivíduo ou grupo específico. Por isso, é preciso convencê-
los do risco e ameaça de determinado desastre. A percepção de risco dos “leigos” não é
errada, mas é diferente porque consideram outras bases (variáveis) de risco, diferente das
usadas por peritos ou especialistas (BRECK, 2001 apud LAURSEN, 2014). Por outro lado,
Slovic (2000) apud Carvalho & Coelho Netto (2014) adota a perspectiva de que a percepção
do risco, as idéias sobre prevenção e as ações empreendidas são considerados fenômenos
culturalmente construídos e interpretados. É estabelecida uma distinção entre a probabilidade
de risco e a percepção do risco, partindo do ponto de vista de que risco “real” e risco
percebido são duas dimensões diferentes, reconhecendo-se que a equação risco/resposta ao
risco é mediada por valores, tornando claro que outros fatores, além de uma avaliação técnica
do risco, são nitidamente importantes para a compreensão de como as pessoas percebem e
respondem aos riscos.

De acordo com Wejnert (2002) apud Carvalho & Coelho Netto (2014), três aspectos da
realidade atuam como mediadores entre a percepção do risco e o comportamento – as
características individuais, as socioculturais e as da prática. A percepção do risco, enquanto
fenômeno culturalmente construído e interpretado revela-se permeada por
crenças/representações que constituem o eixo organizador das reações e comportamentos
(CARVALHO & COELHO NETTO, 2014). Hewitt (1996) apud Carvalho & Coelho Netto
(2014) critica a interpretação de desastres como resultados de forças externas ou aberrações
dentro da ordem social, conduzindo ao manejo de desastres restrito ao controle dos danos e à
restauração da normalidade.

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Para Michael e Fasil (2001) apud Vinh Hung (2007), a percepção de risco podem influenciar
tanto a concepção quanto os aspectos operacionais de gestão de risco de desastres. Pessoas
que percebem que são vulneráveis são mais propensas a responder às advertências e
empreender medidas de proteção. Assim, a compreensão de como as pessoas vão perceber os
riscos comunicados a eles irão influenciar a eficácia de uma estratégia de gestão sistemas de
alerta. A percepção da sociedade do risco tem suas raízes na aceitabilidade social, cultural e
moral (SLOVIC, 1987 apud VINH HUNG, 2007). Esses fatores influenciam a forma como as
pessoas percebem o risco e podem, inclusive, ignorar a probabilidade de ocorrência do
evento.

Do ponto de vista prático, o maior fator que afeta a percepção de risco é a experiência passada
das pessoas com o perigo. Há maior propensão a ser influenciado por opinião de especialistas
em áreas sobre não se tem conhecimento (SIEGRIST, 2000 apud VINH HUNG, 2007). É
evidente que, no caso de pessoas carecem experiência e conhecimento sobre o assunto, como
risco evento catastrófico, a percepção pública comum adequada vai depender de uma política
eficaz, derivada da opinião de especialistas ou da autoridade local. Assim, os especialistas e
autoridades precisam educar os líderes comunitários e a comunidade para disseminar
informações corretas para ajudar o ganho com relação à percepção do risco por parte da
comunidade.

3. Variáveis de decisão em situação de evacuação


Esta seção expõe as variáveis levadas em consideração por uma população vulnerável para
decidir se evacuam ou não diante de um sistema de alerta. As variáveis elencadas abaixo
emergem da revisão da literatura.

Riley (2014) destaca aspectos do alerta que podem influenciar a percepção de risco da
população vulnerável, a saber:

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 Heurísticas cognitivas da disponibilidade e da forma: desempenham um papel


fundamental em como avisos influenciam a percepção de risco (TVERSKY e
KAHNEMAN, 1981 apud RILEY, 2014);
 Quantidade de informação: deve ser concebida de tal maneira a dar ao decisor as
informações críticas sobre os perigos e desastres sem sobrecarregá-los com instruções
de origem externa ou irrelevantes;
 Credibilidade e auto-eficácia da informação: são fatores que a teoria da aprendizagem
social também influenciam os modelos mentais de decisões diante de risco;
 Relevância e forma como a informação é construída (padronização da linguagem):
influenciam a probabilidade percebida de efeitos adversos (BERRY et al., 2003 apud
RILEY, 2014).

Em um estudo acerca de alertas no contexto de emergência de incêndio grave, Fischer et al.


(2015) elencam variáveis que parecem aumentar o probabilidade de um aviso ser levado a
sério e induzir uma ação adequada por parte da população vulnerável. Destacam, portanto:

 Clareza da mensagem de aviso (especificidade da natureza do risco);


 O que o ouvinte é direcionado para fazer em resposta para esse efeito;
 A consistência da mensagem de aviso com outras mensagens de aviso (meios de
comunicação, serviços meteorológicos, as autoridades locais, a frequência das
advertências);
 O tipo de autoridade que dá a mensagem (por exemplo, os meios de comunicação
possuem mais credibilidade do que a polícia ou bombeiros e, ainda, o pessoal da
polícia / bombeiros são mais acreditados que amigos ou familiares);
 A acurácia de avisos anteriores (se eles estavam alinhados ao desastre e impacto
previstos); e
 A frequência do agente de desastres (por exemplo, se tornados frequentemente
golpeiam a área, o alerta vai ter maior credibilidade).

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Bambals (2014), a partir de um desastre específico, identifica as ameaças (riscos) percebidas


por uma população no âmbito de sete dimensões, a saber:

 Segurança ambiental;
 Segurança alimentar;
 Segurança pessoal;
 Segurança da saúde;
 Segurança econômica;
 Segurança da comunidade; e
 Segurança política.

4. Conclusões
Uma comunicação eficaz dos riscos deve ser tecnicamente precisa, fornecer informações
relevantes e levar em consideração as pré concepções da população vulnerável, fechando as
lacunas entre o que os usuários do sistema já conhecem e percebem e que os especialistas
sugerem ser relevante. Esta consideração é particularmente importante para se entender como
múltiplas dimensões da percepção de risco afetam o comportamentos do decisor antes de
projetar um sistema de comunicação de risco.

Dessa forma, a presente pesquisa avança na investigação das decisões da população


vulnerável, um stakeholder central no contexto de desastre, entendendo sua relevância na
tarefa de projetar, implementar e manter sistemas de alerta. As variáveis levantadas devem,
portanto, ser consideradas no projeto público de um sistema de alerta para evitar o cry wolf
syndrome, que incorre em custos e diminui a eficácia dos sistemas enquanto tentativa de
minimizar o impacto dos desastres.

Com relação às limitações desta pesquisa, o recorte por variáveis de decisão em situação de
evacuação não é o único recorte possível para analisar este decisor. Além disso, não houve
aderência empírica neste trabalho, ou seja, as variáveis não foram testadas e validadas em
uma população específica. Esta limitação é, inclusive, uma indicação de trabalhos futuros,

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visto que a aplicação em uma população específica poderia validar e complementar a lista de
variáveis, de forma a contribuir de forma mais prática no projeto de um determinado sistema
de alerta.

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