Você está na página 1de 3

Sociedade de classes – tipo de sociedade que se generaliza no

mundo ocidental, desde o séc. XIX. Unidade do corpo social, na


medida em que os indivíduos, nascidos livres e iguais em direitos,
dispõem do mesmo estatuto jurídico. A diversidade social baseia-se,
principalmente, no estatuto económico, gerador de diferentes
classes sociais.
No séc. XIX, a sociedade de ordens dá lugar à sociedade de classes.
A sociedade de ordens do Antigo Regime, na qual o nascimento era
o principal fator de distinção social, deu lugar à sociedade de
classes da Época Contemporânea, em que os cidadãos, embora
iguais perante a lei, se distinguem pelo dinheiro e por todas as
vantagens que este permite conquistar (instrução, profissão
prestigiada, lazer).
As diferenças sociais assentam no estatuto económico, no grau de
instrução e cultura, na situação profissional e não no nascimento.
slides 1 e 2

Dois grandes grupos ou classes: a burguesia e o operariado


(proletariado).
A burguesia: é o grupo dominante porque detém os meios de
produção, muito embora ela própria se divida numa hierarquia de
diferentes estatutos.
O proletariado: é a classe mais baixa que fornece o trabalho à
organização industrial.
A mobilidade social é mais fácil e rápida - self-made men. A posição
pessoal de um indivíduo na sociedade depende dos seus
méritos. Na sociedade de classes a mobilidade ascensional é um
fenómeno mais frequente do que na sociedade de ordens. Uma vez
atingido o topo da escala social, cabe à família burguesa o papel
fundamental de assegurar a continuidade de estatuto e, se possível,
reforçá-lo por meio de estratégias diversas (aquisição de
propriedades; fusão, através do casamento, com membros da
aristocracia; nobilitação por serviços prestados à Nação; exercício
de cargos na política). Criam-se, assim, as chamadas dinastias
burguesas.
slide 3

• A Burguesia, uma classe heterogénea


sociedade de ordens e os casos de sucesso de alguns indivíduos
de origem humilde - self-made men - fazem crer a todos que os
lugares cimeiros da sociedade podem ser conquistados apenas
pelo mérito individual. Uma vez atingido o topo da escala social,
cabe à família burguesa o papel fundamental de assegurar a
continuidade de estatuto e, se possível, reforçá-lo por meio de
estratégias diversas (aquisição de propriedades; fusão, através
do casamento, com membros da aristocracia; nobilitação por
serviços prestados à Nação; exercício de cargos na política).
Criam-se, assim, as chamadas dinastias burguesas.
slide 4

1. A Burguesia, uma classe heterogénea


- Alta burguesia distingue-se pelo seu poder económico (bancos,
transportes, indústrias) e controla os meios de produção. Os seus
membros são, também, deputados e políticos.
- Porém, ao nível dos comportamentos, a nobreza continuava a
ser o modelo. Para afirmar o seu poder, os burgueses de
negócios tentavam aproximar-se da aristocracia (compravam
castelos e mansões, casavam os herdeiros com membros da
velha nobreza, organizavam bailes e caçadas)
Valores defendidos:
• Apreço pelo trabalho;
• O sentido de poupança;
• A perseverança;
• A solidariedade familiar.
Aos poucos é adquirida consciência de classe (riqueza é fruto
do trabalho e não do privilégio).
Classes médias - grupo mais heterogéneo e socialmente flutuante
da sociedade industrial. Englobam o conjunto das profissões que
não dependem do trabalho físico, isto é, chamado sector dos
serviços.
A sua composição integrava:
• Pequenos empresários da indústria;
• Empregados comerciais;
• Profissionais liberais.
As classes médias eram fortíssimas defensoras dos valores da
burguesia, no intuito de permanecerem dentro dessa classe
social. Tornaram-se, assim, as classes mais conservadoras.
Dividida entre a alta burguesia e o operariado a classe média
desenvolve valores próprios que se caracterizam pelo
seu conservadorismo:
• Respeito pelas hierarquias;
• Gosto pela ordem;
• Sentido da poupança;
• Austeridade moral;
• Culto da família tradicional;
• Culto das aparências.

• A classe operária
Com a Revolução industrial nasce o operário que trabalha na
fábrica que, tal como as máquinas, pertence ao Capitalista, o
Burguês. O Operário apenas possui a força dos seus braços, o
trabalho, que vende em troco de um salário. Ele apenas tem os
seus filhos e um salário pelo seu trabalho, o qual aumenta ou
diminui conforme a prosperidade da empresa, sem que um
salário-mínimo esteja assegurado. Neste contexto, os operários
da segunda revolução industrial enfrentavam graves problemas
dentro e fora do seu local de trabalho:
• Ausência de redes de solidariedade (sem o apoio da família
alargada);
• Elevado risco de acidentes de trabalho e de doenças
profissionais;
• Ausência de medidas de apoio social (não existia o direito a
férias ou a descanso semanal, o horário de trabalho rondava
as 16 horas por dia, não se contemplava o direito a
subsídios por desemprego, velhice ou doença);
• Proibição e repressão de todo o tipo de reivindicação social
(pois as leis e as instituições de autoridade defendiam a
classe dominante);
• Contratação de mão-de-obra infantil, por ser mais barata
(daqui resultava uma elevada taxa de mortalidade infantil
entre os filhos da população operária);
• Espaços de trabalho pouco saudáveis;
• Espaços de habitação sobrelotados e insalubres;
• Pobreza extrema e todos os problemas a esta
associados (desnutrição, doenças, crimes, prostituição,
consumo elevado de bebidas alcoólicas, mendicidade).
slides 5 e 6 ( slide 6 fazer a comparaçao, nao esta no word.)

Você também pode gostar