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COC - Técnologia de Tratamento de Resíduos
COC - Técnologia de Tratamento de Resíduos
Resíduos
Cristina Aparecida Vilas Bôas de Sales
Oliveira
Cristiano Alves de Carvalho
,
SUMÁRIO
2
,
Apresentação
A gestão dos Resíduos Sólidos tem por objetivo solucionar a grave problemática
relacionada ao tema desde a sua produção, coleta, tratamento e disposição final. É o
desafio da sociedade contemporânea minimizar os resíduos produzidos, diminuir a
exploração dos recursos naturais e aplicar o tratamento adequado. Neste Bloco vamos
entender a problemática da geração de resíduos no Brasil. Verificaremos os principais
conceitos envolvendo os resíduos sólidos, como as definições, classificação e
caracterização dos resíduos, além dos aspectos legais como a Política Nacional de
Resíduos Sólidos (PNRS). Ao final deste bloco, você deverá ser capaz de discutir sobre
os problemas relacionados aos Resíduos Sólidos, fazer uma análise crítica sobre a
PNRS, bem como diferenciar e entender os principais conceitos relacionados ao tema.
O Brasil possui uma área de 8.514.876,599 km2 sendo o 5º maior país em extensão
territorial do mundo, com uma população que supera a marca de 200 milhões de
habitantes de acordo com relatório do IBGE de 2020 (IBGE, 2020). A quantidade de
resíduos produzidos é diretamente proporcional ao crescimento populacional,
resultante do processo de urbanização, do padrão de qualidade de vida voltado ao
consumismo, e do aumento do poder de compra da população.
De acordo com o relatório da ABELPRE (2019), entre 2017 e 2018 houve um acréscimo
de 1% na produção de resíduos no Brasil o que significa em números absolutos
aproximadamente 217 mil toneladas. A produção média de resíduos por habitante no
Brasil está em torno de 1 kg/hab.dia. O questionamento que se faz acerca dessa
realidade é o que fazer com este número expressivo de resíduos produzidos
diariamente, encontrar uma forma de reaproveitarmos estes materiais nos processos
produtivos e como descartá-los sem ocasionar grandes impactos ambientais. Um dos
grandes desafios do mundo moderno é destinar adequadamente os resíduos sólidos
produzidos nos processos industriais, nas residências, da limpeza urbana, dos
estabelecimentos comerciais e hospitalares, entre outros.
3
,
No Estado de São Paulo são produzidas cerca de 40 mil toneladas diárias de resíduos
sólidos domiciliares. A falta de tratamento ou a disposição final precária desses
resíduos podem causar problemas sanitários, ambientais e sociais, tais como a
disseminação de doenças, a contaminação do solo e das águas subterrâneas e
superficiais, a poluição do ar pelo gás metano e o favorecimento da presença de
catadores.
A utilização de aterros sanitários para destinação dos resíduos é uma técnica muito
antiga e menos dispendiosa, sendo muito praticada em vários países incluindo o Brasil,
que ainda conta com um número expressivo de lixões e aterros controlados. Embora
seja uma tecnologia estabelecida na Política Nacional de Resíduos Sólidos para a
disposição final de resíduos, há uma grande preocupação devido aos passivos
ambientais inerentes do processo, como por exemplo a produção de lixiviados e
emissão de metano para a atmosfera além da utilização de grandes áreas por longos
períodos. Um aterro sanitário é um reservatório de resíduos, construído e implantado
sob condições estruturais e operacionais que visam minimizar os impactos
relacionados a contaminação do solo, dos recursos hídricos e da atmosfera, porém os
riscos potenciais são inerentes as atividades. (Lima, 2012).
Para que as tecnologias descritas acima atinjam o seu objetivo principal é necessário
que seja implantado um programa de coleta seletiva que consiste na separação de
materiais em função da sua composição e características direto da fonte geradora.
Este programa visa destinar os resíduos para o reaproveitamento e a reciclagem, de
forma que possa ser utilizado na cadeia produtiva poupando os recursos naturais. As
vantagens da reciclagem são inúmeras como, por exemplo, a preservação de recursos
naturais; a geração de emprego e renda aos catadores de recicláveis e conscientização
da população para a preservação do meio ambiente. De acordo com CEMPRE (2018), o
Brasil possui mais de 700 municípios que implantaram um programa de coleta seletiva,
entretanto o custo do beneficiamento dos recicláveis é considerado superior ao custo
de matéria-prima primária inviabilizando o processo.
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,
1.2.1 – Definição
A Lei 12305/2010 estabelece uma diferença entre resíduos e rejeitos. Os rejeitos são
os materiais que sobram dos resíduos sólidos após o seu reaproveitamento ou
reciclagem. Na PNRS a definição de rejeitos é dada por qualquer resíduo que após
esgotadas todas as possibilidades economicamente viáveis de reaproveitamento,
tratamento e recuperação, não oferece nenhuma possibilidade de utilização, restando
apenas a disposição final ambientalmente adequada em aterros, observando as
normas operacionais específicas para o descarte (Brasil, 2010a).
7
,
Composição Gravimétrica
Característica que aponta as porcentagens das frações do lixo como por exemplo
papel, papelão, plástico matéria orgânica, metal, vidro, dentre outros. A caracterização
por frações apresenta o potencial econômico dos resíduos devido as possibilidades de
aproveitamento de materiais e avalia o melhor método para tratamento como, por
exemplo, a compostagem ou incineração.
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,
gravimétrica ou físico química. Para a coleta das amostras devem ser contempladas as
2012).
Mat. Papel,
Países Plástico Metais Vidros Outros
orgânica papelão.
Estados Unidos 29 35,6 7,3 8,9 8,4 10,8
Japão 22,2 31,1 15,5 6,4 13,8 11
Reino Unido 23,4 33,9 4,2 7,1 14,4 17
Itália 42,1 22,3 7,2 3 7,1 18,3
Austrália 23,6 39,1 9,9 6,6 10,1 10,7
Coreia do Sul (Seul) 22,3 16,2 9,6 4,1 10,6 37,2
Áustria (Viena) 23,3 33,6 7 3,7 10,4 22
França (Paris) 16,3 40,9 8,4 3,2 9,4 21,8
Brasil (São Paulo) 64,4 14,4 12 3,2 1,1 4,9
México 54,4 20 3,8 3,2 8,2 10,4
Índia 78 2 0 0,1 0,2 19,7
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,
Onde:
A – População atual;
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,
É uma propriedade dada pela relação entre o peso do resíduo (kg) não compactado (in
natura, sem compactação) e o volume ocupado (m3) cuja unidade é dada por kg/m3
conforme apresenta a equação abaixo:
Teor de Umidade
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,
Grau de compressividade
Poder Calorífico:
A fração de matéria orgânica dos resíduos no Brasil varia em torno de 60% conferindo
a este, portanto, um bom potencial energético. De acordo com Lora (2008), o Poder
Calorífico Inferior (PCI) médio do resíduo domiciliar é de 1.300 kcal/kg (5,44 MJ/kg).
Deve -se ressaltar que o Poder calorífico varia muito em função das características dos
resíduos, por exemplos resíduos com alto teor de plástico apresentam alto poder
calorífico se comparado a resíduos com maior predominância de matéria orgânica.
(Barros, 2013). É um parâmetro essencial no dimensionamento de equipamentos
como incineradores pois quanto maior o poder calorífico, maior será a energia liberada
no reator para geração de energia, quando se pretende o aproveitamento energético
dos resíduos (CEMPRE, 2018, Barros, 2012).
Composição química
Refere-se aos teores de cinzas, matéria orgânica, carbono, nitrogênio, potássio, cálcio,
fósforo, resíduo mineral total, resíduo mineral solúvel e gorduras. Resíduos orgânicos
apresentam maiores teores de C, H, N, S, O. Este parâmetro indica a tecnologia de
tratamento de resíduos mais adequada, especialmente se o objetivo for a
compostagem, incineração ou mesmo a disposição final ambiental adequada (aterros)
(Barros, 2012).
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,
Relação C/N
14
,
A Lei 12.305, de agosto de 2010, institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos que
passou a contar com instrumentos jurídicos para a gestão de resíduos no Brasil. Esta
política integra a Política Nacional de Meio Ambiente (Lei 6.938/81), a Política Nacional
de Educação Ambiental (Lei 9.795/99) complementando a de Saneamento Básico (Lei
11.445/07) (Brasil, 2010 a).
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,
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,
Pilhas e baterias;
Pneus;
18
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,
A PNRS prevê que os resíduos sejam submetidos a tratamento para redução de volume
e periculosidade. O tratamento de RSU consiste de uma série de procedimentos
físicos, químicos e biológicos de forma a reduzir a carga poluidora, reduzir os impactos
sanitários negativos além de promover o beneficiamento econômico do resíduo. No
Brasil, a prática utilizada com os resíduos é a disposição em aterros sanitários,
enquanto em países desenvolvidos tiveram um avanço tecnológico significativo que
proporcionou o aproveitamento energético de matérias primas na cadeira produtiva e
inúmeros ganhos ambientais. A Tabela 1.4 apresenta as principais tecnologias de
tratamento disponíveis para a destinação adequada de resíduos sólidos (Jucá, 2014).
Tecnologia de
Tratamento Processo Evolução Produtos Inovação
Recuperação dos
Coleta Seletiva, Matéria-
resíduos - Energia
Tratamento Prima para
Triagem Físico Derivada dos
Mecânico - reciclagem
Resíduos (Waste to
Biológico e energia
Energy- WTE)
Agricultura e Energia
Biodigestores Composto
Tratamento derivada dos
Biológico Anaeróbios, orgânico e
biológicos resíduos (Waste to
Compostagem Energia
Energy)
Vapor e Energia Derivadas
Físico- Tratamento
Incineração Energia dos Resíduos (Waste
Química Térmico
Elétrica to Energy)
Energia Derivadas
Físico, Reator Anaeróbio, Biogás
Aterros dos Resíduos (Waste
Químico e Tratamento da (Energia) e
Sanitários to Energy) e
Biológico Matéria Orgânica lixiviado
Fertilizantes
20
,
A PNRS conceitua destinação final ambientalmente adequada como aquela que inclui a
energético ou outras destinações como, por exemplo, a disposição final desde que
atendam aos requisitos legais para evitar riscos à saúde pública e ao meio ambiente.
estabelece que os resíduos, agora categorizados como rejeitos, devam ser dispostos de
2010a).
comerciais que produzam resíduos perigosos ou de grande volume como é o caso dos
21
,
das soluções compartilhadas com outros geradores se for o caso; descrever as ações
Conclusão
REFERÊNCIAS
22
,
_____. NBR 10004: Resíduos Sólidos- Classificação. Rio de Janeiro. ABNT,71p. 2004a.
23
,
em Engenharia Civil), Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre - RS,
2008.
PEREIRA, S. S.; CURI, R. C. Modelos de gestão integrada dos resíduos sólidos urbanos:
a importância dos catadores de materiais recicláveis no processo de gestão ambiental.
Gestão sustentável dos recursos naturais: uma abordagem participativa [online].
Campina Grande: EDUEPB, 2013. Disponível em:
<http://books.scielo.org/id/bxj5n/pdf/lira-9788578792824-06.pdf>. Acesso em: 19 jun.
2020.
SOARES, B. P.; MELO, B. S.; SANTOS, J. R. I.; MELO, K. R. F. S.; SAMPAIO JUNIOR, V. G.
Logística Reversa De Pós-consumo Com Foco Em Óleos Lubrificantes Usados Ou
24
,
25
,
Apresentação
26
,
27
,
28
,
Classe de Resíduos de
Serviço de Saúde Tipos de resíduos Acondicionamento
Sacos plásticos brancos
leitosos (os que não
Sondas, curativos, luvas de
precisam de
A- Resíduos procedimentos, culturas e os
tratamento) e vermelho
Biológicos- estoques de microrganismo, peças
(quando requer
Potencialmente anatômicas, linhas arteriais,
tratamento),
Infectantes endovenosas e dialisadores, Órgãos,
identificados com
tecidos e fluidos orgânicos
símbolo universal de
substâncias infectantes
Produtos farmacêuticos, Sacos plásticos brancos
desinfetantes, materiais contendo leitosos, identificados
metais pesados; reagentes para com símbolo universal
B- Resíduos Químicos
laboratório, processadores de de substâncias
imagem (reveladores e fixadores), inflamáveis, tóxicas e
resíduos de análises clínicas corrosivas
Recipientes blindados,
Rejeitos radioativos de laboratórios identificados com o
C- Resíduos
de análises clínicas, serviços de símbolo de substâncias
Radioativos
medicina nuclear e radioterapia radioativas e tempo de
decaimento
Sacos plásticos preto,
preferencialmente de
D- Resíduos Comuns Equivalente aos resíduos domiciliares forma segregada para
encaminhamento a
coleta seletiva
29
,
Recipientes rígidos
(caixa de papelão
amarela padronizadas
E- Resíduos Agulhas, seringas, lâminas de bisturi, ou em bombonas de
Perfurocortantes ampolas de medicamentos PVC) identificadas com
o símbolo de
substâncias
perfucortantes
30
,
De acordo com Barros (2012), o sistema de coleta de resíduos pode ser dividido em
quatro categorias: sistema regular ( destinado a residências e comerciais e industriais
de pequeno porte para coleta em intervalos previamente determinados), a coleta
especial (realizada mediante escala ou por demanda), coleta pelo próprio gerador
(indicada para recolha de grandes volumes de resíduos, geralmente os industriais,
entulhos) e a coleta seletiva (consiste na separação dos materiais por categorias
diretamente na fonte geradora, os recicláveis devem ser encaminhados as unidades de
reciclagem ou tratamento).
31
,
Com a publicação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), (Brasil, 2010a) que
reconhece o resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem de valor econômico e
social, tem-se observado a implantação de programas de coleta seletiva de forma a
promover inclusão social, aumentar a renda da população e ainda diminuir os
impactos ambientais com a redução da extração de recursos naturais, diminuir os
riscos de contaminação do meio ambiente aumentar a vida útil do aterro sanitário
(Conke, 2018).
No que diz respeito ao aumento da vida útil do aterro sanitário é possível mensurar o
benefício da coleta seletiva através de um indicador denominado taxa de desvio do
lixo, que considera a taxa de lixo domiciliar e a quantidade de recicláveis, sendo
expressa pela equação a seguir:
32
,
A coleta seletiva pode ser realizada de Porta a Porta, Postos de Troca ou através dos
Pontos de Entrega Voluntária (PEV). A coleta porta a porta promove o recolhimento
dos recicláveis diretamente na fonte geradora, pelo poder público ou catadores, sendo
necessários equipamentos e veículos adequados. Geralmente a coleta seletiva na
modalidade porta a porta ocorre em dias distintos da coleta convencional. A coleta
através de pontos de entrega voluntária consiste em disponibilizar contêineres ou
recipientes específicos com o nome do reciclável a ser disposto, em locais estratégicos
para que o cidadão possa encaminhar os resíduos neste ponto. No caso da coleta em
postos de troca é um tipo de recolha de recicláveis baseado na troca do material por
um bem ou benefício como, por exemplo, alimentos, vale transporte, descontos, entre
outras formas. (Cempre, 2018, Barros, 2012). Cada tipo de coleta seletiva apresenta
vantagens e desvantagens como, por exemplo, na entrega porta a porta a
disponibilidade do serviço é considerada fraca, pois depende da frequência de coleta.
Já para a modalidade ponto de entrega voluntária é permanente, pois depende do
cidadão se dirigir ao local indicado. No que diz respeito a adesão da coleta seletiva, a
modalidade porta a porta apresenta um percentual maior, pois o sistema de coleta
diretamente na fonte geradora, favorece que o mesmo colabore com o sistema e
ainda pode se contar com o incentivo por parte de vizinhos ou administradores de
condomínios por exemplo. No PEV a adesão é progressiva, pois depende muito de
ações de sensibilização da comunidade para aderir ao programa, o que, neste caso, é
um processo mais lento (Barros, 2012).
33
,
A coleta realizada no período diurno é mais barata, possibilita fiscalização dos serviços
prestados, entretanto impacta no tráfego de veículos e é menos produtiva devido as
baixas velocidades de trânsito. A coleta noturna é recomendada para áreas comerciais
e turísticas devido à baixa circulação de pessoas neste horário, não interfere no
transito local, como podem desenvolver maiores velocidade promovem maior
produtividade do serviço, entretanto pode causar incômodo aos residentes devido ao
ruído, dificulta a fiscalização dos serviços prestados, maior custo de mão de obra
devido aos encargos trabalhistas, dentre outros aspectos (Barros, 2012).
Onde:
35
,
A frota total não corresponde ao somatório de veículos utilizados em cada setor, pois a
coleta pode ser realizada em dias e horários alternados. Deve-se considerar o maior
número de veículos utilizados simultaneamente, ou seja, a quantidade necessária em
um mesmo dia e horário, além de considerar um adicional de 10% para reserva e
manutenção e emergências.
Exercício de aplicação
População atendida:
36
,
Setor 2 - 11 km;
Vc = 4,0 km/h;
Vt = 30,0 km/h.;
37
,
Calcule a geração total de resíduos coletados por setor e a frota total necessária para
seu atendimento.
O total de RSU coletado é dado pela quantidade gerada multiplicado por 2, uma vez
que o enunciado afirma que é realizado em dias alternados (dia sim e dia não), o que
indica um acúmulo de resíduos correspondente a dois dias. O enunciado afirma que
90% dos resíduos são coletados, portanto, deve multiplicar por esta porcentagem.
Neste setor a coleta é realizada diariamente e 100% dos resíduos são coletados.
38
,
Para o cálculo da frota total devemos considerar o maior número de veículos que
precisam operar simultaneamente, ou seja, em um mesmo dia e horário além de
considerar um adicional de 10% para reserva e manutenção.
Portanto, o maior número de veículos necessários por dia é 1, já que a coleta nos
setores é realizada em dias alternados e em turnos diferentes, entretanto, como
devemos considerar 10% para segurança e emergências o total estimado para frota
atender o município é de 2 caminhões.
39
,
40
,
Conclusão
REFERÊNCIAS
41
,
42
,
43
,
PEREIRA, S. S.; CURI, R. C. Modelos de gestão integrada dos resíduos sólidos urbanos:
a importância dos catadores de materiais recicláveis no processo de gestão ambiental.
Gestão sustentável dos recursos naturais: uma abordagem participativa [online].
Campina Grande: EDUEPB, 2013. Disponível em
http://books.scielo.org/id/bxj5n/pdf/lira-9788578792824-06.pdf. Acesso em: 19 jun.
2020.
SANTOS, M.A. Poluição do Meio Ambiente. 1 Edição. Rio de Janeiro: LTC, 2017.
SOARES, B. P.; MELO, B. S.; SANTOS, J. R. I.; MELO, K. R. F. S.; SAMPAIO JUNIOR, V. G.
Logística Reversa De Pós-consumo Com Foco Em Óleos Lubrificantes Usados Ou
Contaminados: Um Estudo De Caso Na Cidade De Campina Grande – Pb. XXXVI
Encontro Nacional De Engenharia De Produção. Contribuições da Engenharia de
Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil João Pessoa/PB,
Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016.
44
,
O princípio dos 3R’s (Reduzir, Reutilizar e Reciclar) consiste em uma alternativa para o
problema dos resíduos. Reduzir implica em consumir menos produtos ou optar por
aqueles que possibilitem a geração de menor quantidade de resíduos. Reutilizar prevê
a introdução dos resíduos no mesmo ciclo produtivo ou outro diferente daquele que
foi proposto anteriormente. Reciclar consiste na transformação de resíduos em
matérias primas para outros ciclos produtivos (Barros, 2013, Barros, 2012).
Apresentação
3.1 Reciclagem
45
,
De acordo com Cempre (2018) o papel corresponde a 13,1% dos resíduos gerados no
Brasil, sendo, portanto, uma quantidade expressiva que requer a correta destinação do
mesmo, priorizando sempre a reutilização e a reciclagem dos produtos.
A fabricação do papel inicia com a produção da pasta celulósica (pasta fibrosa) seguida
da purificação da celulose a um nível que depende do uso final pretendido. Os
métodos de obtenção desta pasta são determinantes na qualidade da matéria prima
para fabricação do papel.
46
,
Além da pasta celulósica são necessários outros elementos como aditivos (agentes de
colagem, branqueadores, pigmentos) para a fabricação do papel comum e do reciclado
como mostra a Figura 3.1 (Cempre, 2018).
Existem diversos métodos que se dispõe atualmente para obter pastas celulósicas com
propriedades variada. A escolha do método empregado influenciará na qualidade da
pasta obtida. Dentre os métodos mais empregados, pode-se destacar o mecânico,
termomecânico, químico-mecânico, químico, e uma combinação dos dois processos
conforme descrito a seguir (Klock, 2013).
47
,
48
,
Adição de fibras
Aparas Refinação da pasta virgens se
necessário
Alguns tipos de papéis não podem ser reciclados por não permitirem a hidratação de
sua polpa como é o caso do papel vegetal; papel com substâncias impermeáveis; papel
-carbono; papel higiênico, papel toalha e guardanapo usados; papel com teor de
gordura ou com produtos químicos; dentre outros. Para que se obtenha um bom
rendimento e viabilidade econômica no processo de reciclagem, é necessário que seja
implementada a coleta seletiva em grande escala.
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,
50
,
51
,
52
,
O processo de reciclagem da lata de alumínio é similar aos dos demais metais. A etapa
inicial se dá através da Coleta seletiva e a triagem que consistem na separação prévia
dos resíduos sólidos de forma a garantir a homogeneidade do material. A Preparação
do material consiste em etapas como a limpeza, prensagem e enfardamento. Os fardos
são encaminhados às indústrias recicladoras que irão iniciar o processo de
beneficiamento que contempla a limpeza magnética, trituração, remoção das tintas e
vernizes para serem transformadas em novos produtos através dos processos de
fusão, do tratamento do material líquido, vazamento, solidificação e, finalmente, a
fabricação de novas latinhas. O metal é derretido em fornos sob alta temperatura e
posteriormente transformados em lingotes de alumínio que são vendidos para os
fabricantes de lâmina que o transformam em chapas para as indústrias de lata.
A reciclagem é bem difundida, pois não danifica a estrutura do metal permitindo que
esta seja reutilizado com o mesmo nível de qualidade do material original.
53
,
Os resíduos sólidos no Brasil são constituídos por cerca de 50% de matéria orgânica,
uma quantidade expressiva que requer o tratamento adequado para evitar que seja
destinado aos aterros sanitários, reduzindo sua vida útil.
Para a destinação dos resíduos orgânicos pode-se contar com alguns tratamentos
como a vermicompostagem (com minhocas), biodigestão, disposição em aterros
sanitários, incineração e compostagem.
De acordo com Cempre (2018) a compostagem apresenta alguns benefícios como por
exemplo:
54
,
O processo ocorre em duas grandes etapas, a física com a preparação dos resíduos
através da triagem, trituração e homogeneização para facilitar a etapa biológica que
consiste na fermentação ou decomposição dos compostos orgânicos (Barros, 2012).
56
,
57
,
pH: Os RSU possuem um caráter ácido com pH entre 4,5 e 5,5 e, no início do
processo, sofre uma redução desses valores em decorrência das reações
exotérmicas. O composto orgânico estabilidade possui pH entre 7,0 a 8,0,
sendo considerado um ótimo condicionador para os solos que apresentam alta
acidez. Embora o pH e a temperatura sejam parâmetros condicionados por
outras variáveis, o monitoramento é fundamental para o acompanhamento do
processo e a verificação da fase da compostagem (bioestabilização ou
humificação).
A compostagem de baixo custo deve ser realizada em pátios onde os materiais serão
dispostos em pilhas ou leiras para serem estabilizados. A implantação de um sistema
de compostagem por leiras revolvidas requer o dimensionamento de pátios de
compostagem especialmente para verificar a disponibilidade de espaço.
59
,
Se o revolvimento for mecanizado, com uso de tratores, deve-se considerar uma área
maior (área de folga) para o movimento das máquinas entre as leiras, se o reviramento
for manual a área entre as leiras será menor.
1) Levantamento de dados:
60
,
LEIRA
PILHA
No caso de forma geométrica como o cone, a área total deve ser o somatório
da área da base e da área superficial inclinada. No que diz respeito a área
necessário para implantação de pátio de compostagem apenas a área da base
é interessante.
3) Cálculo do pátio:
61
,
Adotar Af = Ab;
Considere uma única leira de seção reta triangular com 1,70 m de altura e 1,80 m de
largura com todo material e que este fica 80 dias maturando.
Solução
Adotar leira de seção reta triangular com 1,70 m de altura e 1,80 m de largura.
62
,
L= V/As=30/1,53=19,6 m
Ab+ Af= 72 m2
63
,
Ae = Au x f
At = Au + Ae
Conclusão
REFERÊNCIAS
64
,
65
,
66
,
PEREIRA, S. S.; CURI, R. C. Modelos de gestão integrada dos resíduos sólidos urbanos:
a importância dos catadores de materiais recicláveis no processo de gestão ambiental.
Gestão sustentável dos recursos naturais: uma abordagem participativa [online].
Campina Grande: EDUEPB, 2013. Disponível em
<http://books.scielo.org/id/bxj5n/pdf/lira-9788578792824-06.pdf>. Acesso em: 19 jun.
2020.
67
,
SANTOS, M.A. Poluição do Meio Ambiente. 1 Edição. Rio de Janeiro: LTC, 2017.
SOARES, B. P.; MELO, B. S.; SANTOS, J. R. I.; MELO, K. R. F. S.; SAMPAIO JUNIOR, V. G.
Logística Reversa De Pós-consumo Com Foco Em Óleos Lubrificantes Usados Ou
Contaminados: Um Estudo De Caso Na Cidade De Campina Grande – Pb. XXXVI
Encontro Nacional De Engenharia De Produção. Contribuições da Engenharia de
Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil João Pessoa/PB,
Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016.
68
,
Apresentação
4.1 Incineração
69
,
Redução da periculosidade;
Redução imediata uma vez que não precisa do tempo de residência como
ocorre no tratamento biológico;
Não requer transporte dos resíduos pois o tratamento pode ser realizado na
fonte geradora;
70
,
Os gases gerados no processo, ao passarem pela chama na parte interna do reator, são
submetidos a altas temperaturas e os compostos orgânicos são convertidos nos
átomos constituintes. Os átomos constituintes reagem com o oxigênio formando gases
estáveis como, por exemplo, o dióxido de carbono e o vapor d’água, porém devido a
composição dos resíduos variável e as condições operacionais, pode haver a formação
de outros compostos como o monóxido de carbono, óxidos de nitrogênio, cloreto de
hidrogênio, o cloro entre outros (Barros, 2013).
71
,
De acordo com Barros (2013) apud USEPA (1999) existem três teorias para justificar a
formação destes compostos, a primeira supõe que estas substâncias estejam
presentes nos resíduos a serem incinerados, a segunda sinaliza que há a formação
desses elementos a partir da decomposição térmica e rearranjo molecular de
precursores com estrutura molecular similar a dioxinas e furanos e, pôr fim, a última
teoria sugere que são formados por substâncias que reagem com o átomo de cloro
livre para formar precursores de formação das substâncias organocloradas.
72
,
Combustão Primária
Esta etapa deve ter duração em torno de 30 a 120 minutos sob temperatura
a cerca de 500 a 800ºC;
Uma parcela dos metais presentes sai pela corrente gasosa sendo
necessária a remoção através de um sistema de remoção de material
particulado e a outra parcela permanece nas cinzas sendo necessário o
descarte adequado.
Combustão Secundária
As usinas de incineração são conhecidas como plantas waste to energy (WtE) com o
objetivo de produzir energia. Um sistema composto por caldeira, turbina, gerador
produz calor e o converte em eletricidade e vapor.
Este sistema conta também com controle da poluição atmosférica que faz a limpeza
dos gases de combustão antes de emiti-los para a atmosfera através de uma chaminé.
Uma usina de incineração tem capacidade para processar entre 50.000 e 300.000
toneladas de resíduos por ano.
74
,
Redução de
Poluente Método de controle emissões
Redução catalítica seletiva
Óxidos de Nitrogênio Redução seletiva não catalítica
10% a 60%
(NOx) Controle do processo de
Combustão
Lavador de Gases úmido e a seco 50% a 85%
Gases e Material
Filtro de Manga 70% a 95%
particulado
Precipitador Eletrostático 95% a 99,9%
Controle do processo de
Monóxido de Carbono Combustão 50% a 90%
Lavador de Gases úmido e a seco 50% a 85%
Metais Pesados Filtro de Manga 70% a 95%
Precipitador Eletrostático 95% a 99,9%
75
,
4.2.1 Pirólise
Fração sólida constituída por carvão, estrutura de carbono porosa (aprox. 85%
de carbono), vidros, metais e alguns materiais inertes.
Cada uma das frações acima descritas depende das características dos resíduos como,
por exemplo, a umidade e das condições operacionais do reator, como temperatura,
pressão e velocidade de transferência de calor para a câmara de pirólise.
76
,
O plasma consiste na utilização de um gás inerte ionizado por uma corrente elétrica
para formar um arco elétrico e atingir temperaturas em torno de 5000 a 15000ºC
(Lora, 2002). Os resíduos são tratados pela tecnologia de plasma de duas maneiras:
aproveitar o arco elétrico como uma fonte de calor para as reações de combustão ou
pirólise ou adicionando os resíduos diretamente no plasma para decomposição do
mesmo. Os produtos do processo são vapor d’água, gás carbônico, os metais são
convertidos em pedra vitrificada, escória, metal fundido e gases.
77
,
4.3.1 Micro-ondas
78
,
4.3.2 Autoclave
De acordo com Barros (2013) a autoclave é uma tecnologia que se assemelha a uma
panela de pressão com o objetivo de eliminar os microrganismos presentes nos
resíduos utilizando-se vapor a alta pressão e temperatura (50 a 250ºC). A autoclave
geralmente é utilizada no tratamento de resíduos de serviço de saúde como os
perfurocortantes, resíduos cirúrgicos, materiais contaminados, resíduos de hospitais e
clinicas de saúde em geral e de laboratórios antes da disposição final.
Conclusão
REFERÊNCIAS
79
,
80
,
5 RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Apresentação
Os resíduos industriais possuem uma grande diversidade. Dentre eles podem ser
citados as cinzas, lodos, óleos, plásticos, papel, madeira, fibras, borracha, metal,
escórias, vidros, cerâmicas.
A classificação dos resíduos como perigosos é realizada a partir das análises físico-
químicas sobre o extrato lixiviado da amostra bruta do material a ser caracterizado
conforme estabelece a NBR 10005/2004 (ABNT/2004). O teste de lixiviação consiste
em separar as substâncias presentes nos resíduos por meio de lavagem. A classificação
em Classe II a e Classe II b é realizada por meio do teste de solubilização como
preconiza a NBR 10006 (ABNT, 2004).
81
,
De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) (Brasil, 2010a) alguns
segmentos industriais estão sujeitos a elaboração de plano de gerenciamento de
resíduos que deve contém informações sobre a descrição da atividade, diagnósticos
dos resíduos, ações preventivas e corretivas para o bom gerenciamento dos resíduos,
procedimentos de minimização dos resíduos gerados, ações de responsabilidade
compartilhada pelo ciclo de vida, informações sobre programa de reciclagem, medidas
mitigadoras dos passivos ambientais, entre outras.
82
,
83
,
84
,
85
,
86
,
87
,
De acordo com Barros (2012) os aterros de resíduos perigosos são similares aos
aterros sanitários que consiste no depósito de resíduos em um local adequado, sendo
que sua construção deve obedecer a critérios de engenharia respeitando as normas e
legislações vigentes, de forma a confinar os resíduos de uma maneira segura,
minimizando os impactos ambientais.
88
,
Conforme apresentado na NBR 10157 (ABNT, 1987), alguns resíduos como por
exemplo lama de acetileno, líquidos fortemente alcalinos, soluções de cal, soluções de
soda cáustica em contato com outros tipos de resíduos como lamas ácidas, ácido
sulfúrico, ácidos de baterias, ácidos corrosivos podem reagir entre si e gerar calor. A
mistura dessas substâncias citadas acima com alumínio, cálcio, sódio, magnésio, lítio e
outros metais reativos ou hidretos metálicos podem ocasionar explosões, incêndios ou
produzir gás hidrogênio que é altamente inflamável.
89
,
Outro aspecto preconizado na NBR 10157 (ABNT, 19870) é sobre o monitoramento das
águas subterrâneas e superficiais que deve ser precedido de um bom sistema de
impermeabilização da base do aterro. A camada impermeabilizante deve ser composta
de materiais compatíveis com o resíduo, de espessura e resistência adequados de
forma a evitar rupturas devido as pressões hidrostáticas e hidrogeológicas, do contato
físico com o resíduo e lixiviado, resistente as condições climáticas e as tensões as quais
são submetidas.
Conclusão
90
,
REFERÊNCIAS
91
,
92
,
Parte dos resíduos sólidos urbanos produzidos nas cidades tem sido disposta no solo
em aterro sanitário, aterro controlado e lixão. O Aterro Controlado consiste em um
local de disposição de resíduo sólido que exclui o sistema de impermeabilização da
base, o tratamento do chorume e coleta do biogás. Os resíduos são confinados com
uma camada de material inerte ao final da operação diária. O Lixão é um local de
depósito de resíduo sólido a céu aberto que não promove a proteção à saúde pública e
ao meio ambiente. Este tipo de descarte acarreta em problemas sanitários decorrentes
da proliferação de doenças, geração de maus odores, poluição hídrica através da
infiltração para o lençol freático e contaminação de água superficiais, poluição do ar e
do solo.
Apresentação
93
,
94
,
Os dados técnicos apontados acima são critérios, conforme apresentado na Tabela 6.7,
que devem ser ponderados para a tomada de decisão sobre a área mais recomendada
à implantação do aterro sanitário dentre as áreas previamente selecionadas.
Tabela 6.7. Critérios para seleção de áreas para implantação de aterro sanitário
95
,
96
,
Impermeabilização de base;
Sistema de Impermeabilização:
Estanqueidade;
Durabilidade;
Resistência mecânica;
Resistência às intempéries;
98
,
Q=CxixA
Onde:
Uma rede de drenagem de águas pluviais deve ser distinta do sistema de drenagem de
percolados uma vez que o chorume precisa ser encaminhado a um tratamento
complexo antes de ser lançado nos corpos hídricos. A água pluvial, dependendo das
características físico químicas poderão ser lançadas diretamente no corpo d’água
receptor.
99
,
100
,
• Evapotranspiração;
Onde:
101
,
Q=kxixA
Onde:
Permeabilidade
Material ou meio drenante
K (m/s)
Brita nº 5 (75 – 150 mm) 1
Brita nº 4 (50 – 75 mm) 0,8
Brita nº 3 (38 – 50 mm) 0,45
Brita nº 2 (25 – 38 mm) 0,25
Brita nº 1 (19- 25 mm) 0,15
Brita nº 0 e pedrisco (9,5 – 19 mm) 0,5
Areia grossa (4,8 – 6,3mm) 0,01 a 10-3
102
,
Exercício de Aplicação:
Considere um aterro sanitário com área útil de 5 há, recebendo cerca de 400 t/dia de
resíduos. Suponha que o aterro esteja localizado em um município onde a precipitação
média anual é de 110 mm/mês. Calcule:
Solução:
a) Vazão de chorume
Q kiA
Q
A
k i
-3
A= (1,06 x 10 )/(0,45x0,015)= 0,157m2
103
,
Nº drenos= Au/A 2
)
104
,
Onde:
Pop= nº de habitantes;
Vdiário =DCp /D
Onde:
105
,
Onde:
Onde:
Para saber o volume total ocupado durante a vida útil do aterro, utiliza-se a equação
abaixo:
106
,
Onde:
n = número de anos.
A partir dos cálculos do volume de resíduos pode-se determinar a área requerida para
a implantação do aterro sanitário. Para o cálculo da área é necessário o levantamento
da quantidade de resíduos a se dispor no terreno, quantidade de material de
cobertura, a densidade de compactação dos resíduos e a profundidade ou altura do
aterro sanitário, bem como incluir áreas adicionais para os trabalhos de manobra.
AT = ARS x F
Onde:
AT= área total requerida (m2);
F= Fator adicional (reformas, construções, pátio de manobras). (20 a 40 % da
área para aterrar).
107
,
Onde:
Vv = Volume da vala (m3);
t = Tempo (vida útil) (dias);
DSc = Quantidade de resíduos coletada (kg/dia);
m. c. = Material de cobertura (20-25% do volume compactado);
Drsm = Densidade dos resíduos no aterro (kg/m3).
Onde:
l = Tamanho ou longitude da vala (m);
VV = Volume da vala (m3);
a = Largura (m);
hV = Profundidade (m).
108
,
Solução:
DC p
Vdiário
Drsm
109
,
VAS
AAS
hAS
110
,
Solução:
Volume da
trincheira-
t DSc m.c.
dimensões para 60 VV
dias de duração Drsm
VV
I
a hV
Neste exercício vamos adotar: Profundidade = 4 metros e Largura = 6 metros
111
,
Etapa 1: Hidrólise: ocorre no início da disposição dos resíduos no aterro. Nesta fase
ainda há presença de oxigênio na parte recém implantada e as bactérias convertem a
matéria orgânica em moléculas menores. Nesta fase ocorre a liberação de dióxido de
carbono.
112
,
Etapa 5: Maturação: Nesta fase, a maior parte da matéria orgânica já foi estabilizada
tendendo ao encerramento da produção de biogás e iniciando a formação de
nitrogênio. Um indicativo de que o processo de formação de metano está finalizando é
o aumento do pH.
113
,
Em toda a área do aterro são instalados poços de captação de biogás que consiste de
drenos verticais que atravessam todo o perfil do aterro desde a parte inferior (fundo
do aterro) até a superfície. Estes poços podem ser de concreto ou PEAD (Polietileno de
Alta densidade) perfurado para que o biogás possa entrar no interior desta tubulação e
em volta são revestidos por materiais granulares para facilitar o processo de
drenagem. Os drenos possuem diâmetros desde 50 até 150 cm, dependendo das
características do aterro e da vazão de biogás. Cada poço de captação tem uma área
de influência que varia em torno de 15 a 30 m dependendo da profundidade do aterro
como mostra a Figura 6.4.
114
,
O biogás de capturado deve ser encaminhado para uma central de biogás que tem por
objetivo remover o percolado remanescente e destinar o biogás para queima em Flare
ou para geração de energia elétrica (ICLEI, 2009).
115
,
Conclusão
REFERÊNCIAS
116
,
_____. Manual para aproveitamento do biogás: volume um, aterros sanitários. ICLEI -
Governos Locais pela Sustentabilidade, Secretariado para América Latina e Caribe,
Escritório de projetos no Brasil, São Paulo, 2009.
117