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GRAMÁTICA
Emprego do Sinal Indicativo de Crase
Sumário
Fernando Moura
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Fernando Moura
Em 6 de agosto de 1945, quando a guerra entre Estados Unidos e Japão chegava ao fim,
a força aérea americana lançou uma bomba atômica sobre Hiroxima. O resultado foi a morte
imediata de um número de pessoas calculado entre 70.000 e 80.000 e a completa destruição
da cidade. A essas baixas somaram-se os queimados e mutilados e as mortes posteriores
causadas pela radiação.
Hiroxima foi reconstruída segundo modernos critérios urbanísticos e voltou a ocupar im-
portante lugar no Japão. Do desastre e como símbolo do que fora a cidade, só restou o Institu-
to de Promoção Industrial, único prédio a resistir parcialmente à explosão. Ergueu-se também
um monumento, em forma de sela, em alusão às pequeninas selas de barro colocadas nas an-
tigas tumbas japonesas. A moderna Hiroxima produz aço, borracha, navios, produtos químicos
e equipamentos de transporte. Uma ferrovia ultrarrápida conecta a cidade a Osaka e Tóquio.
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a) Certo. Em “... a guerra entre Estados Unidos e Japão chegava ao fim”, se substituíssemos a
palavra destacada por etapa final, o uso do acento grave seria obrigatório. Observe que o verbo
chegava, para se ligar ao complemento adverbial, exige a preposição a (chegar a). Além disso,
a palavra etapa é feminina e aceita o artigo anteposto a. Portanto, temos a fusão de a (prepo-
sição) e a (artigo definido feminino). Resultado: acento grave obrigatório.
b) Certo. Na oração “... único prédio a resistir parcialmente à explosão”, o uso do acento grave
se justifica pelo fato de introduzir objeto indireto com núcleo feminino. Observe que o verbo
resistir, para se ligar ao complemento verbal, exige a preposição a(resistir a/v.t.i.). Além disso,
a palavra explosão (obj. indireto) é feminina e aceita o artigo anteposto a. Portanto, temos a
fusão de a (preposição) e a (artigo definido feminino). Resultado: acento grave obrigatório.
c) Errado. No trecho “A essas baixas (obj. indireto) somaram (v.t.d.i) -se (partícula apassiva-
dora) os queimados e mutilados (sujeito)”, o uso do acento grave é proibido. Temos apenas a
preposição a exigida pelo verbo. Ademais, o pronome essas não aceita artigo anteposto. Saiba
mais:
d) Errado. Em “... voltou a ocupar importante lugar no Japão”, o acento grave antes do verbo é
proibido. Não se trata de palavra feminina. Veja o quadro do item anterior.
e) Certo. Em “... em alusão às pequeninas selas de barro”, o acento grave foi empregado em
virtude das relações de regência nominal. Observe que o nome alusão, para se ligar ao com-
plemento, exige a preposição a (alusão a). Além disso, a palavra selas é feminina e aceita o
artigo anteposto as. Portanto, temos a fusão de a (preposição) e as (artigo definido feminino).
Resultado: acento grave obrigatório.
f) Certo. Nas frases “... em alusão às pequeninas selas de barro”, “Quero ter direito à vida”, o
acento grave foi empregado em obediência à mesma regra. Os termos “às pequeninas selas”
e “à vida” são complementos nominais com núcleo feminino, respectivamente, de “alusão” e
“vida”.
g) Errado. Em “Uma ferrovia ultrarrápida conecta a cidade a Osaka e Tóquio”, o acento grave é
proibido. Observe que o verbo “conecta”, para se ligar ao complemento verbal, exige a preposi-
ção a (“conectar” algo a). Porém, os nomes Osaka e Tóquio não aceitam o artigo anteposto a.
Não há fusão. Não há acento grave. Logo você entenderá quando o acento grave será opcional.
Certo, Certo, Errado, Errado, Certo, Certo, Errado.
Percebeu como o emprego do acento indicativo de crase é pura lógica textual? Não há
necessidade de aprender macetes. É importante compreender as relações operatórias do tex-
to. Nesta aula, para facilitar ainda mais o entendimento desse assunto, apresentarei quadros
didáticos. Tenho certeza de que gostará.
Preliminarmente, anotemos o seguinte...
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002. (FGV) A frase em que o uso do acento grave ocorre pelo mesmo motivo que em “a ciência
adiciona uma nova dimensão à vida” está na opção:
a) Existe, na atualidade, desrespeito à ciência.
b) Os testes constantes oferecem subsídios à ciência.
c) A oposição da religião à ciência é algo a ser discutido.
d) O amor à ciência é uma obrigação das sociedades democráticas.
e) O acesso das pessoas à ciência é uma dádiva.
Em “a ciência adiciona (verbo transitivo direto e indireto) uma nova dimensão (objeto direto)
à vida (objeto indireto)”, empregou-se acento grave em objeto indireto com núcleo feminino,
como na opção “B”, uma vez que o verbo “oferecer” também é transitivo direto e indireto. Nas
demais opções, emprega-se acento grave em complementos nominais com núcleo feminino:
“desrespeito à ciência”; “oposição à ciência”; “amor à ciência”; “acesso à ciência”.
Letra b.
003. O acento indicativo de crase em “Para ser democrático, deve contar, a partir das relações
de poder estendidas a todos os indivíduos, com um espaço político demarcado por regras e
procedimentos claros, que, efetivamente, assegurem o atendimento às demandas públicas da
maior parte da população” é:
a) decorrente das relações de regência nominal e obrigatório.
b) opcional, em virtude da dupla regência do verbo.
c) decorrente das relações de regência verbal e opcional.
d) decorrente das relações de regência nominal e opcional.
e) obrigatório, decorrente da existência de locução adverbial com núcleo feminino.
O substantivo “atendimento” (derivado do verbo “atender”) exige a preposição “a”, que se funde
obrigatoriamente ao artigo “as”, exigido pelo substantivo feminino plural “demandas”. Como
o substantivo “atendimento” exigiu a preposição, trata-se de relação decorrente de regên-
cia nominal.
Letra a.
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Percebeu, mais uma vez, a necessidade de dominar regência verbal e regência nominal?
Passemos, então, para o quadro seguinte.
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004. (FGV) A frase em que o uso do acento grave ocorre pelo mesmo motivo que em “a ciência
adiciona uma nova dimensão à vida” está na opção:
a) Existe, na atualidade, desrespeito à ciência.
b) Os testes constantes oferecem subsídios à ciência.
c) A oposição da religião à ciência é algo a ser discutido.
d) O amor à ciência é uma obrigação das sociedades democráticas.
e) O acesso das pessoas à ciência é uma dádiva.
Em “a ciência adiciona (verbo transitivo direto e indireto) uma nova dimensão (objeto direto)
à vida (objeto indireto)”, empregou-se acento grave em objeto indireto com núcleo feminino,
como na opção “B”, uma vez que o verbo “oferecer” também é transitivo direto e indireto. Nas
demais opções, emprega-se acento grave em complementos nominais com núcleo feminino:
“desrespeito à ciência”; “oposição à ciência”; “amor à ciência”; “acesso à ciência”.
Letra b.
005. (FGV) “A previsão semestral do Banco Mundial mostrou que o colapso na atividade de-
vido à pandemia do novo coronavírus foi ligeiramente menos grave do que o previsto ante-
riormente, mas a recuperação também estava mais moderada e ainda sujeita a consideráveis
riscos negativos”.
Com base nesse segmento do texto, é possível afirmar que:
a) o termo “do Banco Mundial” exerce função sintática de complemento nominal;
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a) O termo “do Banco Mundial” não exerce função sintática de complemento nominal, mas,
sim, de adjunto adnominal do substantivo “previsão” (o Banco Mundial é agente de prevê, de-
rivado de previsão, o que não caracteriza relação completiva.
b) As duas ocorrências do vocábulo “que” são, respectivamente, conjunção integrante e con-
junção comparativa.
c) O acento grave é obrigatório (devido a) + a pandemia.
d) Não faltou acento grave após “sujeita”, pois o termo “consideráveis riscos negativos” apre-
senta núcleo masculino.
e) O termo “a consideráveis riscos negativos” exemplifica relação de regência nominal, pois
completa o adjetivo (nome) “sujeita” (“sujeita a quê?). O adjetivo “sujeita” refere-se ao substan-
tivo “recuperação”. Não o confunda com verbo.
Letra e.
Graças a Deus, você já domina diversos aspectos gramaticais importantes! Vejamos o qua-
dro a seguir.
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Chegou a Brasília.
Nome de cidade. Irão a Roma este ano.
Exceção: há crase quando se atribui Iremos à Roma dos Césares.
uma qualidade à cidade. Referiu-se à bela Lisboa, à Brasília das mordomias,
à Londres do século XX.
Passou a ver.
Verbo Começou a fazer.
Pôs-se a falar.
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Voltou a casa.
Chegou cedo a casa
Casa, considerada como o lugar
(Observe que não haverá artigo com outras
onde se mora.
preposições: “Veio de casa”; “Voltou para casa”).
Observação: se a palavra estiver
Voltou à casa dos pais.
determinada, existe crase.
Iremos à Casa da Moeda.
Fez uma visita à Casa Branca.
006. (IADES) No trecho “Em comparação a eras passadas, chegamos a um máximo de ra-
cionalidade técnica e de domínio sobre a natureza, o que permite imaginar a possibilidade de
resolver grande número de problemas materiais do homem, quem sabe, inclusive, o da alimen-
tação”, o emprego do sinal indicativo de crase é, conforme a norma-padrão,
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Estou convicto de que (preposição exigida pelo adjetivo “convicto”) a grande maioria dos locais
de patrimônio cultural é costeira e está sujeita a (preposição exigida pelo adjetivo “sujeita”; não
houve crase porque não está presente o artigo “as”, o que dá a “variações climáticas” valor ge-
nérico), segundo estudiosos, bastantes (pronome indefinido que concorda com o substantivo
seguinte) variações climáticas que (pronome relativo que substitui “bastantes variações cli-
máticas”, sujeito plural do verbo seguinte) têm o poder de comprometer a vida dos habitantes.
Letra c.
Exige-se, portanto, a análise do texto, por meio da lógica. Vejamos mais um quadro
importante.
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Uso facultativo
Antes do possessivo o artigo
é opcional e, portanto, a crase
também o será.
É nesse sentido que os direitos do homem, tais como em geral têm sido enunciados a par-
tir do século XVIII, estipulam condições mínimas do exercício da moralidade. Por certo, cada
um não deixará de aferrar-se à sua moral; deve, entretanto, aprender a conviver com outras,
reconhecer a unilateralidade de seu ponto de vista. E com isso obedece à sua própria moral
de uma maneira especialíssima, tomando os impeditivos categóricos dela como um momento
particular do exercício humano de julgar moralmente.
(José Arthur Gianotti. Moralidade pública e moralidade privada. In: Ética, Adauto Novaes (org.). São Paulo: Com-
panhia das Letras, Secretaria Municipal de Cultura, 5ª impressão, 1997, p. 244 — com adaptações).
008. (CEBRASPE) Caso o sinal indicativo de crase nas ocorrências “aferrar-se à sua moral” e
“obedece à sua própria moral” seja retirado, os períodos permanecem gramaticalmente cor-
retos, uma vez que os verbos “aferrar-se” e “obedecer” apresentam transitividade indireta e o
elemento que se mantém é a preposição necessária à regência.
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009. (CEBRASPE) Em “E o combate à violência exige cuidados”, o uso do acento grave é obri-
gatório. Assinale a opção que apresenta trecho no qual o uso da crase é facultativo.
a) Há necessidade de visitas individuais ou coletivas aos domicílios ou às comunidades.
b) As doenças trazem agravos à saúde.
c) O estímulo à participação da comunidade é essencial.
d) Existe monitoramento de situações de risco à sua família.
e) As visitas domiciliares de policiais à comunidade são importantes.
Em “Existe monitoramento de situações de risco à sua família”, o emprego do artigo “a” antes
de “sua família” é opcional. Portanto, a preposição “a”, exigida por “risco” pode fundir-se ou não
ao artigo “a”, o que torna o acento grave indicativo de crase opcional. Nas demais situações, o
acento grave é obrigatório.
Letra d.
Há mais um detalhe que necessita de cuidados, caro(a) aluno(a). Observe o quadro seguinte.
010. (FCC) Assinale a opção que completa corretamente as lacunas do texto abaixo.
___ dois anos, os economistas se referiram ___ queda da crise externa e ___ freada das taxas
mencionadas.
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a) Há – a – a
b) A – à – a
c) A – a – a
d) Há – à – à
e) Há – a – à
Há (tempo passado) dois anos, os economistas se referiram (verbo transitivo indireto que exi-
ge a preposição “a”) à queda (substantivo feminino que exige o artigo “a”) da crise externa e à
freada (substantivo feminino que exige o artigo “a”) das taxas mencionadas. O acento grave,
nas duas ocorrências, respeita o paralelismo.
Letra d.
Tenho certeza de que você entendeu tudo perfeitamente. Então, mais uma vez, é hora de
fixar o conteúdo. Vale a pena! Logo você encontrará sua alma gêmea e seu salário gêmeo. É só
uma questão de tempo. Bom demais!
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QUESTÕES DE CONCURSO
Nível 1
a) Certo. Diga (v.t.d.i) às pessoas (obj. indireto) que me procurarem que tive de sair.
b) Certo. Vamos à sua casa ou à minha? Observe o paralelismo.
c) Certo. Preciso ir (ir a algum lugar) à terra dos meus antepassados (“terra” com determinan-
te).
d) Errado. Não há mais nada a fazer (não se coloca acento grave antes de verbo).
e) Errado. Trago a vocês (obj. indireto/ núcleo não feminino) as últimas novidades.
f) Errado. Nunca coloque acento grave antes dessas formas de tratamento. Elas não aceitarão
artigo anteposto. Portanto: “Diga a Sua Excelência que não tenho nada a acrescentar”.
g) Certo. A pessoa à qual (a + a qual) fiz referência não saiu.
h) Errado. Nunca coloque acento grave antes da forma “cuja”. Ela não aceita artigo anteposto.
Apenas aceita preposição. Portanto: “A cantora a cuja voz me refiro virá ao Brasil”.
i) Certo. Dobre à esquerda (locução adverbial com núcleo feminino) ali adiante.
j) Certo. Vou-lhe contar algo à boca pequena (locução adverbial com núcleo feminino).
Certo, Certo, Certo, Errado, Errado, Errado, Certo, Errado, Certo, Certo.
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a) Errado. Afirmou que nada pode fazer a curto prazo (locução adverbial com núcleo masculi-
no).
b) Errado. Faremos entrega a domicílio (adverbial com núcleo masculino). Melhor dizer: Fare-
mos entrega em domicílio.
c) Errado. Dia a dia (palavras repetidas e masculinas), aumentava a possibilidade de guerra.
d) Certo. Prefiro (v.t.d.i.) isto àquilo (preposição “a” + pronome “aquilo”).
e) Certo. Entregue (v.t.d.i.) tudo àquele homem (preposição “a” + pronome “aquele”).
f) Certo. Esta casa é igual à (= àquela) que meu pai fez construir.
g) Certo. Os astronautas regressaram à Terra (= planeta) .
h) Errado. Não posso mais comprar a crédito (locução adverbial com núcleo masculino).
i) Certo. Transmita (v.t.d.i.) àquelas (preposição “a” + pronome “aquelas”) pessoas a mensa-
gem.
Errado, Errado, Errado, Certo, Certo, Certo, Certo, Errado, Certo.
013. (FGV) Marque a opção que preenche corretamente as lacunas da seguinte frase:
Dirija-se... secretária e entregue-lhe... propostas favoráveis... compra das máquinas.
a) à – às – a
b) a – às – a
c) a – as – a
d) à – às – à
e) à – as – à
Dirija-se (v.t.i. que exige a preposição a) à secretaria (palavra feminina que aceita o artigo
anteposto a) e entregue (v.t.d.i.) – lhe (obj. indireto) as propostas (obj. direto) favoráveis
(nome que exige a preposição a) à compra (palavra feminina que aceita o artigo anteposto a)
das máquinas.
Letra e.
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O rico tem que viver à espera do (locução prepositiva com núcleo feminino) ladrão.
Letra c.
016. (CEBRASPE) A opção que contém emprego do acento grave indicativo de crase com a
mesma justificativa que em “Um dia pelos outros iria às aulas (...)” é:
a) Cheguei à cidade grande com a alma em sofrimento.
b) Nos sonhos, ia-me à margem do rio.
c) Já à tarde eu previa perigos.
d) Saí à procura de outros conselhos.
e) Gostaria de me aquecer à luz dos raios de sol.
“Um dia pelo outros iria às aulas (locução adverbial de lugar com núcleo feminino)”.
a) Cheguei à cidade (locução adverbial de lugar com núcleo feminino) grande com a alma em
sofrimento.
b) Nos sonhos, ia-me à margem do (locução prepositiva com núcleo feminino) rio.
c) Já à tarde(locução adverbial de tempo com núcleo feminino) eu previa perigos.
d) Saí à procura de (locução prepositiva com núcleo feminino) outros conselhos.
e) Gostaria de me aquecer à luz dos (locução prepositiva com núcleo feminino) raios de sol.
Letra a.
017. (CEBRASPE) Assinale a opção em que o emprego do acento indicativo da crase é obriga-
tório nas duas ocorrências.
a) Uma lei sempre está ligada a alguma outra. As leis estão subordinadas a Lei-Mãe.
b) Obedecer aqueles preceitos é necessário. É direito que assiste a autora de rever a emenda.
c) Alguns parlamentares anuíram a proposta de emenda. Agiram contra a lei.
d) Estamos sujeitos a muitas leis. São contrários a lei.
e) O Presidente atendeu a reivindicação do ministro. Procurou-se assistir as populações atin-
gidas pela seca.
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a) Uma lei sempre está ligada a alguma outra. As leis estão subordinadas à Lei-Mãe.
b) Obedecer (v.t.i.) àqueles (preposição “a” + pronome “aqueles”) preceitos é necessário. É di-
reito que assiste (v.t.i.) à (preposição “a” + artigo “a”) autora de rever a emenda.
c) Alguns parlamentares anuíram (v.t.i.) à proposta de emenda. Agiram contra (preposição) a
(artigo) lei.
d) Estamos sujeitos a (preposição) muitas (pronome indefinido não aceita artigo anteposto)
leis. São contrários à(preposição “a” + artigo “a”) lei.
e) O Presidente atendeu (v.t.i.) à(preposição “a” + artigo “a”) reivindicação do ministro. Procu-
rou-se assistir (v.t.d. = socorrer, ajudar) as populações (obj. direto) atingidas pela seca.
Letra b.
018. (AOCP) Assinale a opção incorreta quanto ao emprego do sinal indicador da crase.
a) Os formulários do Imposto de Renda eram referentes às pessoas jurídicas.
b) Os formulários do Imposto de Renda estavam à espera dos contribuintes na Secretaria da
Receita Federal.
c) Os formulários do Imposto de Renda foram entregues à domicílio.
d) Os formulários do Imposto de Renda foram remetidos a Brasília pelos Correios.
Os formulários do Imposto de Renda foram entregues a domicílio (locução adverbial com nú-
cleo masculino). Melhor dizer:... entregues em domicílio.
Letra c.
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1 – Informo (v.t.d.i) a V. Sa. (tais formas de tratamento não aceitam o artigo “a” anteposto) que
já chegaram os livros que encomendamos (v.t.d.i) à (editora) Globo (preposição “a” + artigo “a”).
2 – O astronauta, após um ano no espaço, sentiu grande alívio ao voltar à Terra (= planeta).
3 – Entreguei (v.t.d.i.) o documento a (preposição) uma (artigo indefinido) senhora que se en-
contrava postada à entrada da (locução prepositiva com núcleo feminino) sala.
4 – À uma hora (determinada), vou à casa de minha irmã (determinada) e darei a ela o seu recado.
5 – Daqui a duas 1éguas encontrará a casa à qual (preposição + pronome relativo) me refe-
ri (v.t.i.).
Letra d.
A saúde passa a ser (não se coloca acento grave antes de verbo) identificada a noção de vida.
Letra b.
022. (VUNESP) Indique a letra em que os termos preenchem corretamente, pela ordem, as
colunas do trecho dado.
Assustada... família com os versos em que o via sempre ocupado, foi reclamar ao grande mes-
tre que não o via estudar em casa, ao que lhe foi respondido que... sua assiduidade e aplicação...
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aulas nada deixavam desejar. Era o que bastava e daí por diante continuou tranquilo a ler e...
fazer versos. (Francisco Venâncio Filho).
a) à – a – as – à
b) a – à – às – a
c) a – a – às – a
d) à – a – as – a
Assustada a família (sujeito) com os versos em que o via sempre ocupado, foi reclamar ao
grande mestre que não o via estudar em casa, ao que 1he foi respondido que a sua assiduidade
(sujeito) e aplicação (sujeito) às aulas (complemento do nome “aplicação”) nada deixavam a
desejar (não se coloca acento grave antes de verbo).
Letra c.
023. (CEBRASPE) Todas as opções abaixo estão corretas quanto ao uso do acento gra-
ve, exceto:
a) Os termos lençol subterrâneo e lençol freático referem-se a terra encharcada de água como
uma esponja.
b) À soma de transpiração e da evaporação dá-se o nome de evapotranspiração.
c) À medida que a água vai-se evaporando, os sais precipitam-se.
d) Um ecossistema deve conter organismos diversos de modo à garantir uma contínua recicla-
gem de substâncias.
e) O Sol é a energia que faz, pela evaporação, a água voltar às cabeceiras dos rios.
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a) Daqui a pouco (não se coloca acento grave antes de pronome indefinido masculino), dare-
mos (v.t.d.i.) o resultado àquela (preposição “a” + pronome “aquela”) menina.
b) A caravela estava à mercê das (locução prepositiva com núcleo feminino) gigantescas on-
das.
c) Atitudes insensatas conduzem (v.t.d.i.) a mocidade (obj. direto) à rebeldia (obj. indireto).
d) Às primeiras horas do dia (horas determinadas), ele chegou à prisão (locução adverbial de
lugar com núcleo feminino), porém não a tempo (palavra masculina) para visitar (v.t.d.) a as-
sassina (obj. direto).
Letra a.
025. (UFPR) Assinale a opção em que não deve haver o sinal de crase:
a) O sonho de todo astronauta é voltar a Terra.
b) As vezes, as verdades são duras de se ouvir.
c) Enriqueço, a medida que trabalho.
d) Filiei-me a entidade, sem querer.
e) O sonho de todo marinheiro é voltar a terra.
026. (FUVEST) De... muito, ele se desinteressou em chegar a ocupar cargo tão importante,...
coisas mais simples na vida e que valem mais que a posse momentânea de certos postos de
relevo... que tantos ambicionam por amor... ostentação.
a) a – há – à – à
b) há – as –a – a
c) há – há – a – à
d) a – hão – a – à
e) há – a – a – a
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De há (tempo decorrido) muito, ele se desinteressou em chegar a ocupar cargo tão importante,
há (= existem) coisas mais simples na vida e que valem mais que a posse momentânea de cer-
tos postos de relevo a (preposição) que tantos ambicionam por amor à (preposição “a”, exigida
pelo nome “amor” + artigo “a”) ostentação.
Letra c.
028. (IADES) Apontar a opção cujos elementos completam corretamente o período que segue:
“Quando Mário chegou... casa, pediu... mãe que lhe entregasse a chave; ela começou... procu-
rá-la na bolsa. Não está. Devia tê-la dado... alguém. Mas... quem? Talvez... tia Nastácia, que,...
cinco horas da tarde, se dirigira... Paris.”
a) à – a – à – à – a – à – as – a
b) a – à – a – a – a – à – às – a
c) a – a – a – à – à – à – as – à
d) à – à – à –a – à – a – às – à
e) a – à – a – à – a – à – às – a
“Quando Mário chegou a casa (valor genérico / sem determinante / acento grave proibido), pe-
diu (v.t.d.i.) à (preposição “a”, exigida pelo verbo “pediu”, + artigo “a”) mãe que lhe entregasse a
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chave; ela começou a (não se usa acento grave antes de verbo) procurá-la na bolsa. Não está.
Devia tê-la dado a (não se usa acento grave antes desse pronome indefinido) alguém. Mas a
quem (pronome indefinido)? Talvez à (preposição “a”, exigida pelo verbo “dado”, + artigo. “a”)
tia Nastácia, que, às cinco horas (hora determinada) da tarde, se dirigira a (preposição) Paris
(o substantivo “Paris” não aceita não artigo anteposto “a”)”.
Letra b.
029. (AOCP) Assinalar a opção que completa corretamente as lacunas da frase apresentada:
Estamos... poucas horas da cidade... que vieram ter,... tempos, nossos avós.
a) a – a – há
b) há – a – a
c) há – à – há
d) à – a – a
e) a – à – há
Estamos a (preposição) poucas (o pronome indefinido não aceita artigo anteposto) horas
da cidade a (preposição) que (pronome relativo) vieram ter, há tempos (tempo decorrido),
nossos avós.
Letra a.
030. (AOCP) Dê ciência... todos de que não mais se atenderá... pedidos que não forem dirigi-
dos... diretoria.
a) a – a –a
b) a – à – a
c) a – a – à
d) à – à – a
e) à – a – à
Dê (v.t.d.i.) ciência a (preposição) todos (o pronome indefinido não aceita artigo anteposto) de
que não mais se atenderá a pedidos (palavra masculina) que não forem dirigidos à (preposição
“a”, exigida pelo verbo “dirigidos”, + artigo “a”) diretoria.
Letra c.
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d) à – a – a
e) à – a – à
Ficaram frente a (preposição ligando palavras repetidas) frente, a (não se usa acento grave
antes de verbo) se olharem, pensando no que dizer uma à (preposição “a”, exigida pelo verbo
“dizer”, + artigo “a”) outra.
Letra c.
032. (FGV) Nas opções que seguem, há três frases, que podem estar corretas ou não. Leia-as
atentamente e marque a resposta certa:
I – O seu egoísmo só era comparável à sua feiura.
II – Não pôde entregar-se às suas ilusões.
III – Quem se vir em apuros, deve recorrer à justiça.
I – O seu egoísmo só era comparável à (preposição “a”, exigida pelo nome “comparável”, + arti-
go “a”) sua feiura (o acento grave é obrigatório, nesse caso, para garantir paralelismo).
II – Não pôde entregar-se às (preposição “a”, exigida pelo verbo “entregar”, + artigo “as”)
suas ilusões.
III – Quem se vir em apuros, deve recorrer à (preposição “a”, exigida pelo verbo “recorrer”, +
artigo “a”) justiça.
Letra e.
033. (CESCEM) Garanto... você que compete... e1a, pelo menos... meu ver, tomar as providên-
cias para resolver o caso.
a) a – a – a
b) à – à – a
c) a – à – à
d) a – à – a
e) à – a – a
Garanto a (preposição) você (o pronome pessoal não aceita artigo anteposto) que compete à,
(preposição) ela (o pronome pessoal não aceita artigo anteposto), pelo menos a (preposição)
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meu (o pronome possessivo masculino, nesse caso, não aceita artigo anteposto) ver, tomar as
providências para resolver o caso. Use sempre: a meu ver, a nosso ver (e não ao meu ver, ao
nosso ver).
Letra a.
Àquela (preposição “a” + pronome demonstrativo “Aquela”/ hora determinada) hora, à (= àque-
la / preposição “a”, exigida pelo verbo “entregaria”, + pronome demonstrativo “acentuação: =
aquela”) que chegasse primeiro se entregaria a condecoração (objeto direto) à qual (preposi-
ção “a”, exigida pelo nome “jus”, + pronome relativo “a qual”) fizera jus.
Letra d.
036. (FCC) Assinale a opção que completa corretamente as lacunas no seguinte período:
“Agradeço... Vossa Senhoria... oportunidade para manifestar minha opinião... respeito”.
a) à – a – à
b) à – a – a
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c) a – a – à
d) a – a – a
e) à – à – a
“Agradeço (v.t.d.i.) a (preposição) Vossa Senhoria (tal pronome de tratamento não aceita artigo
anteposto) a oportunidade (objeto direto) para manifestar minha opinião a respeito (palavra
masculina)”.
Letra d.
Deduzimos que:
a) apenas a sentença III não tem crase.
b) as sentenças III e IV não têm crase.
c) todas as sentenças têm crase.
d) nenhuma sentença tem crase.
e) apenas a sentença IV não tem crase.
I – À vista de (locução prepositiva com núcleo feminino) + isso, devemos tomar sérias medidas.
II – Não fale tal coisa às (preposição “a”, exigida pelo verbo “fale”, + artigo “as”) outras.
III – Dia a dia (preposição ligando palavras repetidas) a empresa (sujeito) foi crescendo.
IV – Não ligo àquilo (preposição “a”, exigida pelo verbo “ligo”, + pronome demonstrativo “aqui-
lo”) que me disse.
Letra a.
038. (FCC) Tomava-se... cada hora, mais afeito... essas perigosas divagações que levam um
homem... viver num mundo imaginário.
a) a – a – à
b) a – a – a
c) à – à – à
d) à – a – a
e) à – à – a
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Tomava-se a (preposição) cada (o pronome indefinido não aceita artigo anteposto) hora, mais
afeito a (preposição) essas (o pronome demonstrativo não aceita artigo anteposto) perigosas
divagações que levam um homem a viver (não se usa acento grave antes de verbo) num mun-
do imaginário.
Letra b.
039. (FCC) Não diga... ninguém, mas acho que faltam... ela as qualidades indispensáveis...
função que deverá exercer:
a) a – à – a
b) à – à –a
c) a – a – à
d) à – a – a
e) à – a – à
Não diga (v.t.i.) a (preposição) ninguém (o pronome indefinido não aceita artigo anteposto),
mas acho que faltam (v.t.d.i.) a (preposição) ela (o pronome pessoa1 não aceita artigo ante-
posto) as qualidades indispensáveis à (preposição “a”, exigida pelo nome “indispensáveis”, +
artigo “a”) função que deverá exercer.
Letra c.
040. (FCC) Primeiro dirigiu-se... funcionária e depois exigiu,... todo custo, que a levassem...
diretoria.
a) à – à – à
b) a – a – a
c) à – a – à
d) a – à – a
e) à – à – a
Primeiro dirigiu-se à (preposição “a”, exigida pelo verbo “dirigiu-se”, + artigo “a”) funcionária e
depois exigiu, a todo custo (palavra masculina), que o levassem à (preposição “a”, exigida pelo
verbo “levassem”, + artigo “a”) diretoria.
Letra c.
041. (FCC) Com a lancheirinha... tiracolo, lá ia ela na vida,... procura de aventuras mil,... cami-
nho da escola.
a) a – à toa – a – à
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b) à – atoa – à – a
c) à – a toa – à – à
d) a – à toa – à – a
e) a – atoa – a – à
Com a lancheirinha a tiracolo (palavra masculina), lá ia ela à toa (locução adverbial com núcleo
feminino) na vida, à procura de (locução prepositiva com núcleo feminino) aventuras mil, a ca-
minho (palavra masculina) da escola.
Letra d.
Quanto à (preposição “a”, exigida pelo conectivo “quanto”, + artigo “a”) revalidação do diploma,
fica a decisão (sujeito) a critério (palavra masculina) da banca.
Letra d.
043. (FCC) Aponte a opção em que não há erro quanto ao emprego do acento grave:
a) À esta oferta prefiro aquela.
b) Àquela oferta prefiro esta.
c) Darei conhecimento à sua Excelência.
d) Trouxe notícias à Vossa Excelência.
e) À toda velocidade dobrou a esquina.
a) A (preposição) esta (o pronome não aceita artigo anteposto) oferta prefiro aquela.
b) Àquela (preposição “a”, exigida pelo verbo “prefiro”, + pronome demonstrativo “aquela”) ofer-
ta prefiro esta.
c) Darei conhecimento a (preposição) Sua Excelência (tal pronome de tratamento não aceita
artigo anteposto).
d) Trouxe notícias a Vossa Excelência (veja a opção anterior).
e) A(preposição) toda (o pronome indefinido não aceita artigo anteposto) velocidade dobrou à
esquina (locução adverbial com núcleo feminino).
Letra b.
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044. (FCC) Eram amigos comuns... eles e... vovó, mas... essa altura já deviam estar muito longe.
a) a – à – à
b) a – à – a
c) à – à – à
d) à – a – a
e) à – a – à
Eram amigos comuns a ele (palavra masculina) e à(preposição “a”, exigida pelo nome “co-
muns”, + artigo “a”) vovó, mas a(preposição) essa (o pronome demonstrativo não aceita artigo
anteposto) altura já deviam estar muito longe.
Letra b.
045. (FCC) Sentou-se... máquina e pôs-se... reescrever uma... uma as páginas do relatório.
a) a – a – à
b) a – à – à
c) à – a – a
d) à – à – à
e) à – à – a
Sentou-se à máquina (locução adverbial com núcleo feminino) /Por se tratar de uma locução
adverbial de instrumento, alguns estudiosos dispensam o acento grave. Há, portanto, duas
correntes: os que aceitam e os que não aceitam o acento. Considero que seja uma questão
de bom senso, especialmente quando se deseja evitar ambiguidade. Observe: Fez a máquina
(texto ambíguo: a máquina foi feita por ele, ou ele fez algo, utilizando como instrumento a má-
quina?). Desfazendo a ambiguidade: Fez à máquina (ele fez algo, utilizando como instrumento
a máquina)/ e pôs-se a reescrever (não se usa acento grave antes de verbo) uma a uma(prepo-
sição ligando palavras repetidas) as páginas do relatório.
Letra c.
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As devotas, chegando à (preposição “a” exigida pelo verbo “chegando” + artigo “a”) janela ajoe-
lharam-se à passagem da (locução prepositiva com núcleo feminino) procissão, em reverência
à (preposição “a” exigida pelo nome “reverência” + artigo “a”) imagem do santo.
Letra c.
a) Tais informações são iguais às (= àquelas/ preposição “a” exigida pelo nome “iguais”, + pro-
nome demonstrativo “as” = “aquelas”) que recebi ontem.
b) Perdi uma caneta semelhante à (preposição “a” exigida pelo nome “semelhante”, + artigo
“a”) sua (caneta).
c) A construção da casa obedece às (preposição “a”, exigida pelo verbo “obedece”, + artigo
“as”) especificações da Prefeitura.
d) O remédio devia ser ingerido gota a gota (preposição ligando palavras repetidas), e não de
uma só vez.
e) Não assistiu (v.t.i) a essa operação, mas à (= àquela / preposição “a”, exigida pelo verbo
“assistiu”, + pronome demonstrativo “a = aquela”) seu irmão.
Letra d.
Nível 2
(CEBRASPE) Nas inter-relações pessoais, é inconteste que cada um dá sua própria versão dos
fatos e da vida, segundo suas particulares experiências e com base na formação que tenha
acumulado ao longo de sua existência. Cada indivíduo, assim, é um ser único, que vislumbra
as ocorrências à sua volta e dá tratamento específico às informações e ao conhecimento que
tenha condições de absorver.
Obed de Faria Junior. A verdade de cada um. Internet: <recantodasletras.uol.com.br> (com adaptações).
048. O uso do sinal indicativo de crase em “à sua volta” e “às informações” indica que tais ex-
pressões são dois complementos do predicado iniciado pelo verbo vislumbrar.
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(CEBRASPE) Francisco Alves Mendes Filho ainda não era um mito da luta contra a devastação
da Amazônia quando foi preso, em 1981, acusado de subversão e incitamento à luta de clas-
ses no Acre, em plena ditadura militar.
Leandro Fortes. Internet: <www.cartacapital.com.br> (com adaptações)
050. O emprego do sinal indicativo de crase em “à luta de classes” justifica-se pela regência
dos termos “subversão” e “incitamento” e pelo gênero do substantivo “classe”.
(CEBRASPE) A assimilação crítica ocorre quando os conteúdos são confrontados com os da-
dos da realidade empírica, quando são historicizados, relativizados no contexto que os gerou,
remetidos às suas condições de produção, quando são apreendidos através da relação, tão
conhecida na obra de Freire, entre leitura da palavra e leitura do mundo.
Aparecida de Fátima Tiradentes dos Santos. Desigualdade social e dualidade escolar: conhecimento e poder em
Paulo Freire e Gramsci. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000, p. 89.
051. O termo “às” [destacado] pode, sem prejuízo para a correção gramatical do período, ser
substituído por a.
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O certo é “a expensas dele”, já que não se emprega, nessa expressão, o artigo “as”.
Letra d.
(CEBRASPE) Decorre daí que a ciência, como “saber contemplativo” — isto é, como pura teoria
— se achava vinculada à reflexão filosófica. Filosofia é uma palavra de origem grega que sig-
nifica “amor à sabedoria” e na Antiguidade representava um tipo de conhecimento superior e
mais geral, alcançado pelo “sábio”, capaz de abranger o conhecimento da época, levando toda
interrogação à busca das essências.
Samuel Murgel Branco. O saber científico e outros saberes. In: Márcia Kupstas (Org.). Ciência e tecnologia em
debate. São Paulo: Moderna, p. 23-5 (com adaptações).
Sem o artigo, traduz-se a ideia “... vinculada a (qualquer) reflexão filosófica” (= valor genérico).
Certo.
054. (CEBRASPE) Pode-se empregar o acento grave indicativo de crase para marcar a fusão
da preposição a com os pronomes demonstrativos aquele, aquela, aquilo. Assinale a opção
em que a frase apresentada não obedece a essa regra.
a) Entreguei o bilhete àquele homem.
b) Deram emprego àquela senhora.
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Todas as opções obedecem à regra, exceto a opção D: “sobre (preposição) aquela (pronome)
mesa” (acento grave proibido).
Letra d.
Com base nas ideias, estruturas linguísticas e tipologia do texto acima, julgue o item
que se segue.
055. Em “às vantagens”, o sinal indicativo de crase justifica-se pela regência de “deve” e pela
presença de artigo definido feminino plural.
Observe: “Isso se deve à sua própria lógica (...) e às vantagens específicas” (complemento
verbal indireto composto).
Certo.
(CEBRASPE) Sem o contínuo esforço supranacional para integrar e coordenar ações conjuntas
de repressão, o terrorismo internacional continuará, por tempo indeterminado, a ser fator de
ameaça aos interesses da comunidade internacional e à segurança dos povos.
Paulo de Tarso Resende Paniago. O desafio do terrorismo internacional. In: Revista Brasileira de Inteligência. Bra-
sília: ABIN, v. 3, n.º 4, set./2007, p. 37. (com adaptações).
056. Em “à segurança”, o sinal indicativo de crase justifica-se pela regência de “ameaça” e pela
presença de artigo definido feminino singular.
Observe: “... ameaça aos interesses (...) e à segurança” (complemento nominal composto).
Certo.
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(CEBRASPE) Os homens, para sobreviver, devem produzir seus meios de vida, com o que pro-
duzem indiretamente sua própria vida material. Os homens são aquilo que produzem e como
o produzem. Isto porque a satisfação das primeiras necessidades, a própria ação de satisfazê-
-las e a conquista dos instrumentos necessários para tanto conduzem a novas necessidades,
cuja satisfação eles terão de buscar.
Vânia Noeli F. de Assunção. Karl Marx: teoria e práxis de um gênio das ciências sociais. Internet: <filosofiacien-
ciaevida.uol.com.br>.
Deve-se registrar “a novas” (sem o artigo/valor genérico) ou “às novas” (com o artigo/valor
particularizado).
Errado.
058. O sinal de crase em “oferecidos à nossa percepção e às nossas vivências” indica que
“oferecidos” tem complemento regido pela preposição a.
(CEBRASPE) O crescimento urbano não tem sido um processo harmonioso e gradual. Tem
ocorrido em meio a muitas contradições, a diferenças de interesses que configuram, às vezes,
um verdadeiro caos.
Marilisa Berti A. Barros. Doenças na vida moderna. M. Kupstas (Org.). Saúde em debate. p. 135-6 (com adapta-
ções).
059. Se o termo “diferenças de interesses” estivesse determinado pelo artigo, o a que o prece-
de deveria ser grafado como às.
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(CEBRASPE) A história do Brasil, nos três primeiros séculos, está intimamente ligada à da ex-
pansão comercial e colonial europeia na Época Moderna. Parte integrante do império ultrama-
rino português, o Brasil-Colônia refletiu, em todo o largo período de sua formação colonial, os
problemas e os mecanismos de conjunto que agitaram a política imperial lusitana.
Com relação a aspectos linguísticos do texto, julgue (C ou E) o item a seguir.
060. No trecho “ligada à da expansão comercial e colonial europeia”, o acento grave indica
crase de preposição e pronome, o qual substitui “história”.
Ocorre crase de preposição “a” (exigida por “ligada”) e pronome demonstrativo “a” (= aquela/
história).
Certo.
061. (CEBRASPE) Assinale a opção em que a frase apresenta o emprego correto do acento
grave indicativo de crase.
a) Isto não interessa à ninguém.
b) Não costumamos comprar roupas à prazo.
c) O estudante se dirigiu à diretoria da escola.
d) Caminhamos devagar até o saguão do estabelecimento.
e) Essa é a instituição à que nos referimos na conversa com o presidente.
Ocorre crase de preposição “a” (exigida por “dirigir-se”) e artigo “a” (exigido por “diretoria da
escola”. Nas demais opções, o acento grave é proibido.
Letra c.
062. (CEBRASPE) Considerando que os fragmentos incluídos nos itens seguintes, na ordem
em que estão apresentados, são partes sucessivas de um texto adaptado de Luiz Carlos Aze-
vedo (Correio Braziliense, 24/2/2008), julgue-os quanto à correção gramatical.
Um dos maiores conquistadores que o mundo conheceu foi Gengis Khan (1162-1227), que
unificou os mongóis, atravessou a Grande Muralha e conquistou a China, estendendo depois
seu império até a Pérsia, a Turquia, a Rússia e a Ucrânia.
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063. Seus filhos e netos conquistariam mais tarde a Síria, a Indochina, a Sibéria, o Afeganistão,
o Paquistão e uma parte da Índia. O poderio de Gengis Khan lhe é atribuído ao gênio militar e à
Horda Dourada, o formidável exército de arqueiros turcos montados, capazes de acertar uma
flecha a 500 metros, que foi a mais temível artilharia ligeira da época.
064. Gengis Khan, cujo nome significa “imperador do mundo” é um dos grandes persona-
gens da Era Cristã, mas seu império desmoronou porque não foi capaz de constituir institui-
ções sólidas.
065. Nômades, os generais de Gengis Khan eram dominadores brutais — mataram mais de um
milhão de persas — e viviam de uma economia adequada a manutenção de seus exércitos (a
pecuária e o saque), mas que levou seus dirigentes sedentários à um beco sem saída histórico.
Correções: “... adequada à manutenção de seus exércitos (...) a um beco sem saída” (sem
acento grave: palavra masculina).
Errado.
(CEBRASPE) Até José Saramago abriu um blog. Até o Prêmio Nobel de Literatura. O celebrado
escritor, que completou 86 anos em novembro, intensifica sua aproximação com o público.
Caiu a última trincheira de resistência contra a ferramenta. O autor de Ensaio sobre a Cegueira
e O Evangelho Segundo Jesus Cristo decidiu criar “um espaço para comentários, reflexões,
simples opiniões sobre isto ou aquilo, o que vier a talhe de foice”.
Revista da Cultura, out./2008, p. 24 (com adaptações).
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(CEBRASPE) No século XVIII, o Parlamento Inglês ofereceu uma pequena fortuna a quem in-
ventasse uma forma que permitisse aos marinheiros calcular a longitude em alto-mar. Quem
levou o prêmio foi John Harrison, um desconhecido relojoeiro do interior da Inglaterra. Ele criou
o primeiro cronômetro marítimo, instrumento que revolucionou a navegação.
Veja, 20/8/2008 (com adaptações).
Ocorre crase de preposição “a” (exigida por “ofereceu”) e artigo “a” (exigido por “pessoa”).
Certo.
Julgue o item, a respeito da organização das ideias e das estruturas linguísticas do texto acima.
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069. Mantém a correção gramatical do texto a seguinte reescrita do trecho “responder às exi-
gências imediatas”: responder a exigências imediatas.
Com a retirada do artigo, fica somente a preposição “a”, exigida pelo verbo, o que mantém a
correção gramatical, embora altere o sentido origina: “exigências imediatas” passa a ter va-
lor genérico.
Certo.
(CEBRASPE) Acredito que, no século XXI, o sucesso de qualquer sociedade dependerá de qua-
tro características: sua geografia e sua base de recursos; sua capacidade de administrar mu-
danças complexas; seu compromisso com os direitos humanos; e seu comprometimento com
a ciência e a tecnologia. O Brasil pode vir a exceder em todos esses aspectos. No passado, o
calcanhar-de-aquiles do Brasil se situou naquela terceira esfera, a dos direitos humanos. Como
os Estados Unidos da América (EUA) e, na verdade, a maior parte das Américas, o Brasil foi
forjado em um cadinho de conquista colonial e escravidão brutal. Esse nascimento violento
deixou um legado de enormes divisões étnicas entre as elites de ascendência europeia, as
comunidades indígenas e as populações de origem africana, descendentes de escravos. Da
mesma forma que os EUA, o Brasil ainda não superou essa genealogia cruel. As desigualdades
associadas a raça e etnia configuram um abismo — e, claro, propiciaram a geração de conflitos,
a inclinação para o populismo e a instalação ocasional de regimes autoritários.
Jeffrey Sachs. In: Veja 40 Anos, set./2008 (com adaptações).
Nas opções de “A” a “D”, o acento grave não procede. Em “associadas à raça e etnia”, a presen-
ça do artigo “a” mantém a correção gramatical e a coerência textual: passe-se do genérico ao
particularizado.
Letra e.
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GRAMÁTICA
Emprego do Sinal Indicativo de Crase
Fernando Moura
(CEBRASPE) O ferro ao pescoço era aplicado aos escravos fujões. Imaginai uma coleira gros-
sa, com a haste grossa também, à direita ou à esquerda, até ao alto da cabeça, e fechada atrás
com chave. Pesava, naturalmente, mas era menos castigo que sinal. Escravo que fugia assim,
onde quer que andasse, mostrava um reincidente, e com pouco era pegado.
Machado de Assis. Pai contra mãe. In: John Gledson. 50 contos de Machado de Assis. São Paulo: Cia. das
Letras, 2007, p. 466-67 (com adaptações).
071. Em à direita ou à esquerda, o emprego do sinal indicativo de crase se justifica pela regên-
cia da forma verbal “Imaginai”, no início da oração.
072. Assinale a opção correta a respeito do emprego da crase nas estruturas linguísti-
cas do texto.
a) No segundo período do texto, mantêm-se as relações semânticas, bem como a correção
gramatical, ao se inserir à antes de ilusão e antes de aparência.
b) Tanto o uso da crase em à realidade como da contração em ao pensamento justificam-se
pelas relações de regência de idêntica.
c) Preservam-se as relações de regência de remetia, bem como a correção gramatical do texto,
ao se inserir um sinal indicativo de crase em “a uma história”.
d) A retirada do sinal indicativo de crase em à possibilidade provocaria erro gramatical e incoe-
rência nas ideias do texto, por transformar objeto indireto em objeto direto na oração.
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GRAMÁTICA
Emprego do Sinal Indicativo de Crase
Fernando Moura
073. Os sinais de crase em à violência e à formação mostram que se trata de dois termos que
servem de complemento ao verbo “incitar”.
074. Justifica-se o sinal indicativo de crase em àquela pela exigência de iniciar o complemento
de “se conformam” com a preposição a.
Ocorre crase de preposição “a” (exigida por “se conformam”) e pronome demonstrativo “aquela”.
Certo.
Foi bom para você? Foi ótimo! Na próxima aula, trataremos de aspectos importantes rela-
cionados à concordância verbo-nominal. Até logo, amante da língua!
Forte abraço!
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GRAMÁTICA
Emprego do Sinal Indicativo de Crase
Fernando Moura
GABARITO
11. C, C, C, E, E, E, C, E, C, C 33. a 55. C
12. E, E, E, C, C, C, C, E, C 34. c 56. C
13. e 35. d 57. E
14. c 36. d 58. C
15. c 37. a 59. C
16. a 38. b 60. C
17. b 39. c 61. c
18. c 40. c 62. C
19. d 41. d 63. E
20. d 42. d 64. E
21. b 43. b 65. E
22. c 44. b 66. E
23. d 45. c 67. C
24. a 46. c 68. E
25. e 47. d 69. C
26. c 48. E 70. e
27. d 49. E 71. E
28. b 50. E 72. a
29. a 51. C 73. E
30. c 52. d 74. C
31. c 53. C
32. e 54. d
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Fernando Moura
Com trajetória de peso, desenvolve, há trinta anos, trabalho respeitadíssimo no Distrito Federal. Milhares de
alunos o conhecem, obtiveram excelentes resultados e elogiam o seu desempenho. É licenciado em Letras
– Língua Portuguesa e Literatura Brasileira. É mestre em Ciências da Linguagem/Linguística Aplicada.
Também é bacharel em Direito, com especialização em Processo Civil. Foi professor e coordenador de
área na Secretaria de Educação e em instituições particulares de ensino superior. Desenvolve cursos,
treinamentos, palestras e trabalhos de consultoria em empresas, órgãos públicos federais e preparatórios
para concursos (com exclusividade no Gran Cursos Online). Em 2008, fundou o Instituto Fernando Moura
de Estudos Linguísticos, com o intuito de torná-lo centro de excelência de estudos da Língua Portuguesa.
Trata-se, hoje, de instituição premiada nacional e internacionalmente. É autor da coleção Vade-Mécum
Língua Portuguesa (cinco títulos) e do Curso Completo de Gramática do Texto (Editora Aluminus). Ministra
aulas de interpretação de textos, redação – produção e correção –, gramática aplicada ao texto, redação
oficial e legislativa, português jurídico e português avançado.
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