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GRAMÁTICA

Crase e Acentuação

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
GRAMÁTICA
Crase e Acentuação
Elias Santana

Sumário
Crase e Acentuação.........................................................................................................................................................3
Crase.........................................................................................................................................................................................3
Preposição (Por Regência) + Artigo.. .....................................................................................................................5
Preposição (Por Regência) + Pronome. ............................................................................................................. 10
Locuções Femininas......................................................................................................................................................12
Mais Alguns Casos Especiais. . ................................................................................................................................14
Algo Muito Especial: o paralelismo sintático. ...............................................................................................15
Acentuação.........................................................................................................................................................................17
Regras Gerais....................................................................................................................................................................17
Os Acentos Diferenciais. . ............................................................................................................................................19
Questões de Concurso................................................................................................................................................22
Gabarito...............................................................................................................................................................................62
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................63

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Crase e Acentuação
Elias Santana

CRASE E ACENTUAÇÃO
Esses dois assuntos estão reunidos em um único PDF por um motivo simples: agudo, cir-
cunflexo e grave são os únicos acentos da língua portuguesa.
Já adianto algo: a Vunesp praticamente ignora acentuação gráfica, apesar de citar o assun-
to em vários dos seus editais. Portanto, o que mais importa aqui é crase!

Crase
Falaremos agora sobre um dos assuntos mais aguardados – e temidos – de todo o curso:
o emprego do acento grave, também conhecido como o sinal indicativo de crase. Se fizermos
uma pesquisa entre os brasileiros sobre qual tópico da língua portuguesa oferece maior difi-
culdade, a crase ganhará com sobras! No entanto, preciso preparar o terreno um pouco antes
de aprofundarmos nossos estudos.
Primeiramente, quero te fazer entender o que significa crase. Para isso, precisaremos vol-
tar ao estudo de literatura. Você se lembra de quando aprendeu a fazer a contagem de sílabas
poéticas? Veja o verso abaixo:
“Tente entender a minha ironia”.

O trecho acima foi retirado da música Tent’entender, composta por Duca Leindecker e Hum-
berto Gessinger. Ele servirá para que eu explique a origem da crase.
Fazer a contagem de sílabas poéticas (também conhecida como escansão poética) é di-
ferente de separar as sílabas de uma palavra. Em poesia, o critério de divisão é fonético. Por
isso, quando uma palavra termina em vogal, e a próxima começa com vogal, conta-se uma
única sílaba poética. Além disso, a contagem termina na sílaba tônica da última palavra. Veja
como seria:

1 2 3 4 5 6 7 8 9 ---

Ten te en ten der a mi nha i ro ni a


O verso em questão apresenta nove sílabas poéticas (chamado também de verso eneas-
sílabo). Quero que você olhe com carinho para as sílabas 2 e 7. Veja que, nelas, a vogal que
termina uma palavra e a que inicia a próxima se encontram. Isso ocorre porque, foneticamente,
os sons vocálicos se unem! Faça um teste: leia o verso em velocidade normal, como se você
estivesse fazendo uma declamação! Perceberá que os sons vocálicos destacados se fundem.
Quando as vogais que se encontram são diferentes (como na sílaba 7), chamamos de elisão.
Quando as vogais que se encontram são iguais (como na sílaba 2), chamamos de crase.

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O fenômeno da crase é, portanto, originário dos estudos poéticos. Sempre que quaisquer
duas vogais iguais se encontram, chamamos, em literatura, de crase. “Importamos” essa no-
ção para os estudos gramaticais, uma vez que algumas fusões também ocorrem fora da po-
esia. Aliás, em gramática, só consideramos a fusão do som do a. Para sinalizar essa mistura,
usamos (`), conhecido como acento grave.
Para a gramática, essa fusão é ainda mais delimitada. Só ocorre entre preposição e artigos
OU preposição e pronome, da seguinte forma:

Mas, agora, precisamos discutir um outro ponto: você sabe diferenciar as ocorrências do a?
Isso é mais que fundamental! Eu até digo mais: muitas pessoas não sabem o assunto crase por
não saberem morfologia! Isso mesmo! O PDF sobre morfologia é pré-requisito para este PDF!
Veja os seguintes exemplos.
(1) A Criança esperta sempre fala a verdade.
(2) Eu comprei uma casa parecida com a que você possui.
(3) Ela doou brinquedos a meninos carentes.
Venha comigo: em 1, os vocábulos destacados são artigos (femininos e singulares), uma
vez que acompanham os substantivos “criança” e “verdade”, respectivamente. Em 2, a palavra
destacada não pode ser artigo (por não acompanhar um substantivo), mas foi usada para
retomar e substituir o substantivo “casa” e, por isso, é classificada como pronome demons-
trativo, que poderia, inclusive, ser substituído por aquela. Em 3, o vocábulo destacado não é
artigo (pois não acompanha um substantivo feminino e singular) e nem pronome (pois não se
refere a nenhum substantivo). Neste caso, o “a” é uma exigência do verbo “doar” para introduzir
o complemento indireto (doou algo a alguém); estamos, portanto, diante de uma preposição.
Sem esse conhecimento – que é simples – você jamais será capaz de entender crase! Te-
mos um defeito: quando estamos diante de uma questão sobre crase, o nosso hábito nos faz
olhar para o acento grave, o que é um erro! O acento é uma mera consequência! O que preci-
samos saber é investigar as causas que proporcionam (ou não) a ocorrência do acento! Você
está preparado(a) para isso?
Para facilitar nosso aprendizado, dividi o estudo da crase em três casos:

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1) preposição (por regência ) + artigo; 1

2) preposição (por regência) + pronome;


3) locuções femininas.
Chegou a hora! Sei que, ao fim deste PDF, você estará pronto(a) para acertar muitas ques-
tões sobre esse assunto!

Preposição (Por Regência) + Artigo


Eu já te adianto: este é o caso mais cobrado em provas! Então, foco total!
Para saber analisar esse caso, você precisa seguir os seguintes passos:
1º) saber se algum vocábulo na oração exige a presença de uma preposição a. Esse vocá-
bulo é conhecido como termo regente ou subordinante;
2º) saber se o vocábulo ou expressão que receberá a preposição obriga, rejeita ou faculta
a presença de um artigo a ou as. Quem recebe a preposição é conhecido como termo regido
ou subordinado.
Veja comigo o esquema abaixo:

1
A preposição por regência ocorre quando um vocábulo (que pode ser um verbo, um substantivo, um adjetivo ou um advér-
bio) exige a presença de uma preposição para introduzir o seu complemento. É importante que você tenha duas informa-
ções claras:
nem toda preposição é exigida (nas locuções, por exemplo);
não só o verbo exige preposição.

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O que precisamos analisar:


1º) a forma verbal “se referiu” exige a presença da preposição a para introduzir o seu
complemento;
2º) os termos pospostos ao verbo devem ser avaliados acerca do artigo. Em outras pala-
vras, precisamos saber se eles obrigam, rejeitam ou facultam a presença do artigo.

Como saber se um termo obriga, rejeita ou faculta a presença de artigo?


Existem algumas formas para saber se um termo obriga, rejeita ou faculta o artigo. Eu, Elias,
prefiro uma: o teste do sujeito.
Como funciona: para saber se um termo obriga, rejeita ou faculta um artigo, você deve colocá-
-lo na posição de sujeito de uma outra oração. Um sujeito não pode ser preposicionado, mas
pode ser iniciado com um artigo. Basta testar.
A atitude é fundamental. (oração aceitável)
A atitude é fundamental. (oração aceitável)
No primeiro teste, percebemos que, gramaticalmente, o artigo é facultativo. A depender do
texto, o sentido entre essas orações pode ser diferente (sem o artigo, “atitude” apresenta sen-
tido genérico; com o artigo, sentido específico). Todavia, o importante é perceber que as duas
construções são aceitáveis.
Atitude do político foi incorreta. (oração não aceitável)
A atitude do político foi incorreta. (oração aceitável)
No segundo teste, percebemos que o artigo é obrigatório. Como o texto não fala de uma atitu-
de qualquer, mas da atitude do político, a presença do artigo passa a ser necessária.
Essa atitude é maravilhosa! (oração aceitável)
A essa atitude é maravilhosa! (oração não aceitável)
No terceiro teste, notamos que o artigo é proibido. A presença do pronome demonstrativo
“essa” repele a existência do artigo.
Entendeu como funciona? Agora, basta testar todas as possibilidades! Com o passar do tempo
(e de muito treino), você começará a memorizar as formas mais recorrentes, e esse teste ficará
praticamente automático! Mas é preciso praticar bastante!

Você realizou os testes? Com base neles, a conclusão é a seguinte:

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O resultado disso para o emprego do sinal indicativo de crase é:

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Algumas considerações importantes: em 5, 6, 8 e 12, o artigo é proibido; portanto, empre-


ga-se só a preposição. Em 4, o artigo feminino é proibido (por isso, a primeira opção é apenas
a preposição); no entanto, pode-se empregar um artigo masculino e plural, pois o substantivo
“comportamentos” apresenta essas flexões.

 Obs.: Tenha muito cuidado com os casos em que o artigo é facultativo. Em 1, 9 e 10, o artigo
possui exatamente a mesma grafia da preposição; logo, além de dizer que o artigo
é facultativo, podemos afirmar que o acento grave também é facultativo! Entretan-
to, em 3 e 11, o artigo não é escrito da mesma forma que a preposição! Por conse-
guinte, podemos afirmar que o artigo é facultativo nestes dois casos, mas o emprego
do acento grave ou é proibido (quando se emprega só a preposição) ou é obrigatório
(quando se emprega a preposição “a” e o artigo “as”);
 cuidado com as generalizações! Você vai ouvir dizer que os pronomes demonstrativos
e os indefinidos rejeitam o artigo, mas, em 7, há um pronome demonstrativo (“mesma”),
que obriga a presença do artigo, e, em 9, há um pronome indefinido (“outra”) que facul-
ta a presença do artigo! Por isso, antes de produzir generalizações, faça testes e use
o raciocínio!

001. (2013/CESPE/MPU) Inalterado desde a redemocratização, o sistema político brasileiro


está finalmente diante de uma oportunidade concreta de mudanças, principalmente em rela-
ção a aspectos que dão margem a uma série de deformações e estimulam a corrupção já a
partir do período de campanha eleitoral. Se as restrições históricas às transformações não pre-
valecerem, a Câmara dos Deputados deverá dar início ao debate sobre uma série de inovações
com chance de valerem já para as próximas eleições.
Mantém-se a correção gramatical do texto ao se substituir o trecho “a uma série” (R.4) por “à
uma série”, dado o caráter facultativo do emprego do sinal indicativo de crase nesse caso.

A expressão “uma série de deformações” rejeita a presença de um artigo definido feminino e


singular, uma vez que “uma” já é um artigo, só que indefinido.
Errado.

002. (2013/CESPE/MPU) Inalterado desde a redemocratização, o sistema político brasileiro


está finalmente diante de uma oportunidade concreta de mudanças, principalmente em rela-
ção a aspectos que dão margem a uma série de deformações e estimulam a corrupção já a
partir do período de campanha eleitoral. Se as restrições históricas às transformações não pre-

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valecerem, a Câmara dos Deputados deverá dar início ao debate sobre uma série de inovações
com chance de valerem já para as próximas eleições.
Na linha 6, o emprego do sinal indicativo de crase em “às transformações” justifica-se porque
o termo “restrições” exige complemento regido pela preposição a e a palavra “transformações”
está precedida de artigo definido feminino no plural.

No trecho, o substantivo “restrições” exige a presença da preposição “a” para introduzir o seu
complemento, e o substantivo “transformações”, por ser feminino e plural, admite a ocorrência
do artigo “as”.
Certo.

003. (2013/IADES/EBSERH) Em “serviços prestados às gestantes assistidas pelo SUS”, o em-


prego da crase é facultativo; já, em “qualidade da assistência à saúde”, é obrigatório.

O vocábulo “prestados” exige a presença da preposição “a” para introduzir o seu complemen-
to. Por isso, retirar o acento grave significa abrir mão da preposição e manter apenas o artigo
“as”, o que é um equívoco gramatical. Portanto, entendemos que a crase, no primeiro caso, é
obrigatória. No segundo caso, o substantivo “saúde” faculta a ocorrência do artigo “a”. Como o
artigo e a preposição apresentam a mesma grafia, é possível afirmar que o emprego do acento
grave é facultativo.
Errado.

004. (2010/IADES/CFA) Antes de pronome possessivo feminino a crase é facultativa, entre-


tanto em “Devido as suas limitações físicas” o acento grave não foi empregado, pois há apenas
a preposição.

Primeiramente, a construção “devido as suas limitações físicas” está gramaticalmente incorre-


ta. “Devido” exige a presença da preposição “a”, e “suas limitações físicas” faculta a ocorrência
do artigo definido, feminino e plural. As possíveis construções seriam devido a suas limitações
físicas (só com a preposição) ou devido às suas limitações físicas (com a preposição e o ar-
tigo). Empregar apenas “as” significa abrir mão da preposição e manter apenas o artigo, o que
é incorreto. De maneira semelhante, é incorreto redigir devido à suas limitações físicas, uma
vez que o emprego do acento grave indica a ocorrência de artigo a, feminino e singular, que não
concorda com o substantivo “limitações”.
Errado.

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005. (2011/CESPE/TC-DF) O fim da Idade Média, no século XV, e o ressurgimento das cida-
des, no período renascentista, representaram profundas mudanças para a sociedade da épo-
ca, mas, do ponto de vista político, assistiu-se a uma concentração ainda maior do poder nas
mãos dos soberanos, reis absolutos, que, sob o peso de sua autoridade, unificaram os diversos
feudos e formaram vários dos Estados modernos que hoje conhecemos. Exceção a essa regra
foi a Inglaterra, onde, já em 1215, o poder do rei passou a ser um tanto limitado pelos nobres,
que o obrigaram a pedir autorização a um conselho constituído por vinte e cinco barões para
aumentar os impostos.
No trecho “Exceção a essa regra”, é opcional o emprego do sinal indicativo de crase no “a”.

O vocábulo “exceção” exige a presença da preposição “a”, mas a expressão “essa regra” rejeita
a ocorrência de artigo.
Errado.

006. (2012/CESPE/MME) As hidrelétricas garantem ao Brasil o título de maior gerador de


energia limpa do mundo, mas esse modelo, que começou a ser desenhado há mais de quaren-
ta anos, tem-se mostrado cada vez mais vulnerável às mudanças climáticas.
No trecho “tem-se mostrado cada vez mais vulnerável às mudanças”, a substituição de “às” por
“a” provocaria erro gramatical.
No texto original, perceba que foi empregada a preposição “a” (exigência de “vulnerável”) e o
artigo “as” (porque “mudanças” é um substantivo feminino e plural). O que a questão quer sa-
ber é se o artigo é facultativo. Veja comigo o teste do sujeito.

Mudanças climáticas ocorreram. (oração aceitável)


As mudanças climáticas ocorreram. (oração aceitável)
Notamos, portanto, que o emprego do artigo antes de “mudanças climáticas” é gramatical-
mente facultativo. Portanto, é correto usar tem-se mostrado cada vez mais vulnerável às mu-
danças climáticas (preposição + artigo) ou tem-se mostrado cada vez mais vulnerável a mu-
danças climáticas (só preposição).
Errado.

Preposição (Por Regência) + Pronome


Vamos voltar a um exemplo já apresentado neste PDF:
(2) Eu comprei uma casa parecida com a que você possui.
A estrutura morfológica dessa oração apresenta a seguinte característica:

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Como você pode constatar, há uma preposição “com”, exigida pelo adjetivo “parecida” e um
pronome demonstrativo substantivo “a”, usado para retomar “casa”.
Agora, o que aconteceria se trocássemos o adjetivo “parecida” por diferente?

Perceba que houve a alteração da preposição, em função da regência do adjetivo. Como a


preposição de consegue se fundir com o pronome a, formou-se “da”.
Último teste: vamos trocar “diferente” por igual!

A regência do adjetivo “igual” exige a presença da preposição a; esta, unida ao pronome,


forma “à”. Você acaba de entender o caso 2!
Por ser um pronome demonstrativo, podemos trocar o pronome por aquela. O resultado será:
• Eu comprei uma casa igual àquela que você possui.

E se trocarmos “casa” por carro?


• Eu comprei um carro igual àquele que você possui.

Esta última construção sempre gera uma dúvida: “Elias, mas pode haver crase com palavra
masculina?”

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Cuidado para não confundir os casos! No caso 1, o fenômeno da crase ocorre em função
da preposição com o artigo feminino e, por isso, não há a possibilidade de se empregar o acen-
to grave antes de palavra masculina. No caso 2, a fusão ocorre entre a preposição a e aquele
(esta palavra se inicia com o mesmo som da preposição). Agora você entende por que é im-
portante entender o que é o fenômeno da crase? Você domina a lógica do processo, e não uma
mera memorização de formas.
Há ainda também o caso de fusão da preposição a com os pronomes relativos a qual e as
quais. Mas falaremos melhor sobre isso no próximo PDF, que é quando vou te explicar detalha-
damente o que é um pronome relativo!

007. (2013/CESPE/MI) É interessante notar que, em 1750, com a assinatura do Tratado de


Madri, o Brasil já tinha uma configuração territorial bastante semelhante à de hoje.
Imediatamente antes do trecho “de hoje”, está implícita a ideia de “configuração territorial”,
pelo que se justifica o emprego do sinal indicativo de crase.

Pela construção textual, percebemos que a crase ocorre em função da fusão entre preposição
(exigida por “semelhante”) e pronome demonstrativo (que retoma “configuração territorial”).
Certo.

008. (2013/CESPE/MME) Suas turbinas produzem entre 90 e 94-95 milhões de MWh, anual-
mente, uma oferta de energia superior à que vem conseguindo a hidrelétrica chinesa de Três
Gargantas.
Em “superior à que vem conseguindo”, o elemento “à” está acentuado em razão de sua subor-
dinação sintática à forma verbal “vem conseguindo”.

Quando a questão cita que o sinal indicativo de crase foi empregado em razão da “subordi-
nação sintática à forma verbal ‘vem conseguindo’”, ela quer dizer que “vem conseguindo” é
responsável por exigir a preposição! Todavia, a crase foi empregada porque “superior” exige a
preposição a e o pronome demonstrativo a retoma o termo “oferta”.
Errado.

Locuções Femininas
Compare comigo as seguintes construções:
(4) Ele vendeu o prazo.
(5) Ele vendeu a prazo.

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Você reconhece a diferença de sentido entre elas, certo? Em 4, entende-se que o prazo foi
vendido (o objeto da venda); em 5, “a prazo” é o modo como a venda foi feita. Em 4, o verbo
“vendeu” é transitivo direto; em 5, é intransitivo. Se levarmos em consideração a análise mor-
fossintática, sabemos que “o prazo” é objeto direto, formado por artigo + substantivo, ao passo
que “a prazo” é um adjunto adverbial de modo (sintaxe), uma locução adverbial (morfologia)
formada por preposição + substantivo.
Agora, veja a próxima oração:
(6) Ele vendeu a vista.
Eu lhe pergunto: a vista foi vendida ou diz respeito à modalidade de venda? Melhor dizendo:
o vocábulo “a” é uma preposição ou artigo? Temos uma certeza: a oração 6 está ambígua! Mas
há uma forma de resolver o problema:
• Ele vendeu a vista (“a vista” foi vendida = OD).
• Ele vendeu à vista (“à vista” é o modo de venda = locução adverbial de modo).

A inserção do acento grave é necessária para desfazer o duplo sentido – que pode ocorrer
quando o núcleo da locução for feminino. Mas concorda comigo que seria muito mais compli-
cado ter de ler a oração, analisar se há ambiguidade para decidir sobre o emprego do acento
grave? Por isso, a gramática definiu que, em casos de locuções (adjetivas, adverbiais, preposi-
tivas ou conjuntivas) com núcleo feminino, o emprego da crase é obrigatório!
Vamos ver casos em que isso ocorre:
(7) À noite, Maria ainda trabalhava.
(8) O marido preparou um jantar à luz de velas.
(9) Bolt estava à frente dos demais corredores.
(10) À medida que estudamos, aprendemos mais.
Em todos os exemplos, há locuções com núcleos femininos. Em 7, a locução adverbial “à
noite” indica quando Maria trabalhava; em 8, a locução adjetiva “à luz de velas” caracteriza o
substantivo “jantar”; em 9, a locução prepositiva “à frente dos” serve para introduzir a locução
adverbial “à frente dos demais corredores”; em 10, a locução conjuntiva “à medida que” foi
usada para indicar proporção (quanto mais se estuda, mais se aprende).
Algo merece ser destacado em todas essas construções: em nenhuma delas, há um termo
que peça a presença da preposição a. Ela simplesmente aparece para formar a locução, sem
que um termo regente a exija!

009. (2014/IADES/SEAP-DF) Nas passagens “Eu era ligado à MPB de Caetano”, “Depois que
Renato Russo veio à redação do Correio” e “À época, a Plebe era a mais falada”, o emprego
da crase é

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a) obrigatório nas três situações.


b) facultativo nas três situações.
c) obrigatório nas duas primeiras situações e facultativo na terceira.
d) obrigatório apenas na segunda situação e facultativo nas demais.
e) proibido apenas na primeira situação.

As duas primeiras orações estão ligadas ao caso 1 de crase: “ligado” exige a preposição a e
“MPB de Caetano” obriga a presença do artigo a; “veio” exige a preposição a e “redação do cor-
reio” obriga a presença do artigo a. Na última, temos um caso de locução com núcleo feminino
(por isso, o emprego da crase é obrigatório)! “À época” indica quando a Plebe era a mais falada!
Letra a.

 Obs.: CUIDADO! O emprego do sinal indicativo de crase também é obrigatório em locuções


que tenham “à moda de” ou “à maneira de” implícitas! Veja comigo um exemplo:

(11) Comi um camarão à Rio de Janeiro.


A expressão “à Rio de Janeiro” é uma locução adjetiva que caracteriza o substantivo “ca-
marão”. Sei que “Rio de Janeiro” é masculino, mas temos implícita a expressão à moda do. Por
isso, a crase passa a ser obrigatória!
Veja mais um:
(12) Ele só se veste à Clodovil!
“À Clodovil” é uma locução adverbial que indica modo. “Clodovil” é um substantivo mascu-
lino, mas temos implícita a expressão a maneira de. A crase é, novamente, obrigatória!
Uma dica importante: só se tem as expressões a moda de ou a maneira de implícitas
quando, na locução, há nomes de pessoas ou lugares, pois a ideia é transmitir que algo é feito
conforme o estilo de alguém ou de alguma região. Por isso, em “comi um frango a passarinho”,
não há crase, pois passarinho não é pessoa ou lugar. “a passarinho” é uma locução adjetiva
com núcleo masculino e dispensa o uso do artigo.

Mais Alguns Casos Especiais


Quando se usa a locução “a distância”, sem qualquer especificação, a crase é rejeitada.
Situação semelhante ocorre antes da palavra “casa” e “terra” (com o sentido de terra firme).

Ele só estuda a distância.


Agora, nós vamos a casa.
Os botes chegaram a terra.

Também não se usa crase antes de pronomes de tratamento.

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Ele disse a Vossa Excelência que não chegará atrasado.

O emprego do acento grave é facultativo na locução “até a”.

Ele vai até a(à) sala buscar o irmão.

Algo Muito Especial: o paralelismo sintático


Eu digo que esta seção é muito especial por alguns motivos:
I – vai além da crase;
II – cai em provas;
III – pode passar despercebido ao olhar de quem lê;
IV – há poucos materiais sobre o assunto.

010. (2014/IADES/SESDF) Assinale a alternativa que, em conformidade com a norma-padrão,


preenche adequadamente as lacunas do período “Nas próximas semanas, o plantão da enfer-
meira será, de quarta-feira__ domingo, das 8h___ 14h”.
a) a e às.
b) à e às.
c) a e as.
d) à e as.
e) a e a.

Essa questão envolve paralelismo sintático. Veja que a expressão “de quarta-feira a domingo”
é única, não divisível (não há sentido usar só “de quarta-feira”, por exemplo). O paralelismo sig-
nifica dar tratamento igualitário a formas coordenadas ou correlatas. Na prática é muito mais
fácil! Se “quarta-feira” recebeu apenas preposição, “domingo” só pode receber apenas preposi-
ção; se “8h” recebeu preposição + artigo, “14h” deve receber preposição mais artigo!
Letra a.

Compare as frases abaixo.


• A loja está aberta de 8h a 18h. (certo)
• A loja está aberta das 8h às 18h. (certo)
• A loja está aberta de 8h às 18h. (errado)
• A loja está aberta das 8h a 18h. (errado)
• Ele verificou o documento de ponta a ponta. (certo)
• Ele verificou o documento de ponta à ponta. (errado)
• Ela se perfumou dos pés à cabeça. (certo)
• Ela se perfumou dos pés a cabeça. (errado)

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GRAMÁTICA
Crase e Acentuação
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Há ainda os casos de enumeração. Se o primeiro termo vier só com preposição, os demais


podem apresentar apenas preposição:
• Ele tem acesso a cultura, educação e dignidade.
• Ele tem acesso a cultura, a educação e a dignidade.

Se o primeiro vier com preposição + artigo, os depois podem apresentar preposição + artigo.
• Ele tem acesso à cultura, educação e dignidade.
• Ele tem acesso à cultura, à educação e à dignidade.

Exemplos do que não pode ser feito:


• Ele tem acesso a cultura, à educação e à dignidade.
• Ele tem acesso à cultura, a educação e a dignidade.

 Obs.: Isso vale para qualquer preposição.

Outro caso famoso em provas envolve a enumeração de substantivos e verbos. Se o pri-


meiro termo da enumeração tiver como núcleo um substantivo, os demais deverão ter como
núcleo um substantivo. Se o primeiro termo da enumeração tiver como núcleo um verbo, os
demais deverão ter como núcleo um verbo.
• A doação de roupas e a entrega de alimentos são atitudes que enobrecem o homem.
(certo)
• Doar roupas e entregar alimentos são atitudes que enobrecem o homem. (certo)
• Doar roupas e a entrega de alimentos são atitudes que enobrecem o homem. (errado)
• A doação de roupas e entregar alimentos são atitudes que enobrecem o homem. (erra-
do)

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Crase e Acentuação
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Acentuação
Ao contrário do que muitos pensam, a acentuação gráfica não existe para complicar a
nossa vida, mas para facilitá-la. Nossa língua tem propriedades tonais! Como diferenciar, por
exemplo, secretária de secretaria? Sabia de sabiá? E, por mais incrível que pareça, os princí-
pios de acentuação foram formulados com base em critérios lógicos e estatísticos.
A minha missão contigo é falar das regras, a fim de que você tenha bom desempenho nas
questões de provas. Então, vamos lá!

Regras Gerais
• 1. Toda proparoxítona é acentuada.

Exemplo: lâmpada.
• 2. Acentuam-se as oxítonas terminadas em A, E, O e EM (seguidas ou não de S).

Exemplo: pará, patês, gigolô e armazéns.


• 3. Acentuam-se as paroxítonas não terminadas em A, E, O e EM (seguidas ou não de S).

Exemplo: caráter, táxis, hífen, amável, ânus, tórax, tríceps, álbum.

O que é oxítona, paroxítona e proparoxítona?

São classificações das palavras quanto à tonicidade. Palavras oxítonas são aquelas que
têm a última sílaba como tônica; paroxítonas, penúltima; proparoxítonas, antepenúltima.
Algumas observações MUITO IMPORTANTES:
1) “hífen” só possui acento no singular. No plural – por terminar em -ens, como “armazéns”
– o acento é retirado. O mesmo acontece, por exemplo, com hímen e pólen;
2) uma das polêmicas do momento envolve as paroxítonas terminadas em ditongo. Algu-
mas bancas as consideram parte da regra 3 (portanto, “responsável” e “necessário” pertence-
riam à mesma regra); outras não comungam desse posicionamento. Isso é horrível, uma vez
que não há qualquer documento oficial que garanta essa questão. No meu entendimento (ba-
seado em diversas análises gramaticais), a primeira visão é a correta. Mas a minha sugestão
é que você sempre observe pelas questões o que a banca entende;
3) “necessário” é uma paroxítona terminada em ditongo ou uma proparoxítona? Essa é
mais uma grande polêmica em torno do assunto. O entendimento dominante em provas de
concursos públicos reza que, quando há essa dúvida (que ocorre com várias palavras), o corre-
to é classificar a palavra como paroxítona terminada em ditongo (visão com a qual eu concor-
do). Ainda voltaremos a falar desse assunto mais tarde, em uma outra comparação.
• 4. Acentuam-se os monossílabos tônicos terminados em A, E e O.

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Crase e Acentuação
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Exemplo: lá, ré, dó.

Cuidado para não confundir com a regra 2!


• 5. Acentuam-se os ditongos aberto EU, EI e OI, quando aparecem em posição oxítona.

Exemplo: chapéu, pastéis e corrói.


• 6. Acentuam-se as vogais I e U, quando ocupam a posição de segunda vogal em um
hiato.

Exemplo: prejuízos, saúde.

Obs.: Observações MUITO IMPORTANTES:


 1) “céu” e “réu” encaixam-se na regra 5, mesmo sendo monossílabos (não vou entrar
aqui em outra polêmica gramatical, que discute se palavra monossílaba é também oxí-
tona);
 2) palavras como deficiência, judiciário e sabíamos possuem hiato, mas não são acen-
tuadas pela regra 6! As duas primeiras apresentam acento nas vogais E e A (e não I e U,
conforme está na regra). Na terceira, a vogal I é a primeira – e não a segunda – vogal
do hiato (conforme está na regra). Parece exagero, mas essa é a principal dúvida que
recebo há anos;
 3) nas regras 5 e 6, houve intervenção do Novo Acordo Ortográfico. Na 5, palavras
como ideia, geleia, assembleia, boia e joia perderam o acento, uma vez que os diton-
gos abertos estão em posição paroxítona (e não oxítona, conforme a nova regra). Na
6, só houve alteração quando o hiato é antecedido por ditongo. Se o hiato estiver em
posição paroxítona, há a perda do acento (como em baiuca e feiura). Se estiver em
posição oxítona, o acento é mantido (como em Piauí);
 4) quando o hiato é seguido de R, Z, M ou NH, não haverá acento. É o que acontece com
ruir, juiz, ruim e rainha. Detalhe: juízes é acentuado.

011. (CESPE/2013/ANTT) O emprego do acento gráfico em “política”, “veículo” e “público”


deve-se à mesma regra de acentuação gráfica.

A banca entendeu que “veículo” está apenas na regra do hiato, e não das proparoxítonas.
A banca errou feio! No mínimo, ela deveria admitir que as duas regras (proparoxítonas e hia-
to) incidem sobre essa palavra. Agora, se a discussão for em torno de qual regra prevalece, a
banca perde novamente! Se analisarmos uma palavra como maiúsculo, notamos que o acen-

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Crase e Acentuação
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to, mesmo após o Novo Acordo, foi mantido (e se trata de um hiato antecedido por ditongo,
como está nas observações feitas acima). E sabe por que o acento foi mantido? Porque a
palavra é proparoxítona! Entende-se, portanto, que a regra das proparoxítonas se sobrepõe à
regra do hiato.
Errado.

012. (CESPE/2013/STF) O emprego do acento gráfico em “remédios” pode ser justificado


com base em duas regras distintas de acentuação.

A banca considerou que “remédios” é simultaneamente uma paroxítona terminada em ditongo


e proparoxítona.
Certo.

013. (CESPE/2017/TRF1) O emprego de acento na palavra “memória” pode ser justificado por
duas regras de acentuação distintas.

A banca considerou que “memória” é simultaneamente uma paroxítona terminada em ditongo


e proparoxítona.
Eu não vou nem me alongar na discussão acerca de proparoxítonas eventuais ou aparentes
(que não é resolvida por falta de um posicionamento técnico de estudiosos notáveis). O pro-
blema maior é: como a banca não admite que podem incidir duas regras sobre uma mesma
palavra na questão 11 e admite que isso ocorra na questão 12 e na 13? E isso sem qualquer
amparo na literatura de amplo acesso! A banca, nas três situações acima, agiu de maneira
arbitrária. Aliás, é muito mais simples justificar que há duas regras em “veículo” do que em
“remédios” e “memória”.
Toda essa discussão não serve apenas para quem vai fazer provas do CESPE, mas para todos
os brasileiros! Busque entender o que sua banca pensa sobre cada assunto (apesar de que
o CESPE é capaz de ter dois pensamentos diferentes sobre um mesmo tema, conforme de-
monstrado). Para os demais brasileiros: que lutemos sempre em favor de uma educação mais
científica e uniforme, a fim de que polêmicas subjetivas não possam se sobrepor à beleza do
entendimento lógico e didaticamente orientado.
Certo.

Os Acentos Diferenciais
Ainda existem, em nossa língua, casos em que um acento pode diferenciar palavras de
escrita idêntica (são os famosos acentos diferenciais). Com o Novo Acordo, alguns foram re-
tirados; outros, mantidos. No grupo dos acentos retirados, podemos citar os seguintes pares

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de palavras: “para” (preposição, sempre foi sem acento) e “para” (verbo, que era com acento);
“pelo” (contração de preposição e artigo, sempre foi sem acento) e “pelo” (substantivo, que era
com acento); “pela” (contração de preposição e artigo, sempre foi sem acento) e “pela” (verbo,
que era com acento); “polo” (contração arcaica, sempre foi sem acento) e “polo” (substantivo,
que era com acento); e “pera” (contração arcaica, sempre foi sem acento” e “pera” (fruta, que
era com acento).
Já sobre os acentos diferenciais mantidos, temos: “tem” (verbo na 3ª pessoa do singular) e
“têm” (verbo na terceira pessoa do plural); “vem” (verbo na terceira pessoa do singular) e “vêm”
(verbo na terceira pessoa do plural); “pode” (verbo no presente do indicativo) e “pôde” (verbo
no pretérito perfeito do indicativo); e “por” (preposição) e “pôr” (verbo).

 Obs.: Verbos derivados de “ter” e “vir” também mantiveram acentos diferenciais, como ocorre
em “mantém/mantêm” e “intervém/intervêm”.

Por fim, houve a retirada dos acentos das palavras paroxítonas marcadas pela repetição de
vogais. É o caso de “voo”, “enjoo”, “veem” e “creem”, por exemplo.

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Crase e Acentuação
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O que cai, Elias?

Sobre crase, a Vunesp, quando aborda, adora explorar o caso mais comum (preposição +
artigo). Analise com cuidado principalmente o artigo! Sobre acentuação, o que é importante é
notar as relações de concordância verbal que o acento pode estabelecer.

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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (VUNESP/PREFEITURA DE TAUBATÉ – SP/2022/BRAÇAL - EDITAL N. 003) A palavra
gari é uma homenagem ao empresário francês Aleixo Gary, que se destacou na história da
limpeza da cidade do Rio de Janeiro. Em 11 de outubro de 1876, ele assinou um contrato com
o Ministério Imperial para organizar o serviço de limpeza da cidade, que incluía a retirada de
lixo das casas e praias e o transporte para a Ilha de Sapucaia, atual bairro Caju. A empresa aca-
bou em 1892 e foi criada a Superintendência de Limpeza Pública e Particular da Cidade cujos
serviços não eram bons. No ano de 1906, o órgão tinha somente 1.084 animais de carga para
trabalharem na coleta de 560 toneladas de lixo. A partir dessa data, teve início a coleta de lixo
com equipamentos mecânicos.
O emprego do acento indicativo da crase está correto na frase da alternativa:
a) A homenagem foi relacionada à seu destaque na história da limpeza da cidade.
b) O empresário dedicou-se à organizar o serviço de limpeza.
c) A vida de Aleixo Gari estava relacionada à serviços de limpeza.
d) A homenagem foi feita à figura de Aleixo Gari.
e) À 11 de outubro de 1876, Aleixo Garcia assinou um contrato.

002. (2022/VUNESP/UNESP/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO II - EDITAL N. 55) Os donos


de cães sentem muitas vezes que os animais são bons em captar as suas emoções. Isto não é
um produto da imaginação das pessoas. Estudos mostram como as pistas comportamentais
e químicas dos humanos podem afetar os cães de formas que lhes permitem não só distinguir
entre medo, excitação ou raiva, mas também ficarem “contagiados” pelos sentimentos dos
seus companheiros humanos. “Os cães são seres incrivelmente sociais, por isso é que são
facilmente contagiados pelo nosso calor e alegria”, diz Clive Wynne, professor de psicologia da
Universidade do Arizona. Mas o inverso também é verdadeiro, o que significa que o stress e a
ansiedade do dono também podem afetar o cão.
Há estudos que mostram que os cães podem ficar contagiados pelos nossos bocejos, ou sen-
tir um aumento nos níveis de cortisol quando ouvem um bebê chorar e responder ao tom emo-
cional da nossa voz. “Os cães observam-nos muito de perto – e parte disso baseia-se no nosso
olhar e linguagem corporal, mas também nos sons que fazemos e nos odores que emitimos”,
afirma Monique Udell, especialista em comportamento animal da Universidade de Oregon.
Em termos auditivos, as investigações mostram que quando os cães ouvem expressões de
angústia, como o choro, ou sons positivos, como o riso, respondem de uma forma diferente
do que acontece com outras vocalizações ou sons não humanos. “Quando se trata do olfato,
os cães são muito sensíveis ao odor corporal – é assim que conseguem detectar diabetes e
possivelmente epilepsia nas pessoas”, diz Clive.

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Crase e Acentuação
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Não se sabe ainda se os humanos podem ficar contagiados pelas emoções dos seus cães,
embora alguns especialistas acreditem que seja bastante provável. Partilhar os altos e baixos
emocionais uns dos outros tende a ser uma coisa benéfica porque ajuda a criar uma ligação
mais profunda e tem valor de sobrevivência. “Se pensarmos nos nossos antepassados, havia
momentos de vida ou morte para os quais os nossos cães nos podiam alertar, para podermos
agir rapidamente”, diz Clive. “Em termos de alarme, esta via de dois sentidos é mutuamente
vantajosa para ambas as espécies”.
(Stacey Colino, “Sim, os cães podem ficar ‘contagiados’ pelas emoções dos donos”, Portal National Geographic,
11/10/2021. Adaptado)

Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas abaixo:


A relação entre cães e humanos remonta _____ pré-história. Sabe-se que, _____ medida que
lobos selvagens foram sendo domesticados, sua aparência e seu comportamento se transfor-
maram até atingirem _____ características dos cães atuais.
a) à … a … as
b) a … a … às
c) a … à … às
d) à … à … as
e) à … a … às

003. (VUNESP/PREFEITURA DE JUNDIAÍ – SP/2022/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO -


EDITAL N. 334) O Assunto #561: Aula presencial. Hora de reverter a evasão
A partir desta segunda-feira (18), os alunos das redes estaduais de São Paulo, Bahia e Mato
Grosso voltam ______ aulas 100% in loco. Além deles, mais 11 Estados optaram pelo presen-
cial. A urgência no retorno ______ escolas é ______ para garantir acesso a mais de 5 milhões
de estudantes privados da educação durante a pandemia. Parte das unidades da rede ainda
______ que seguir no modelo híbrido.
(https://g1.globo.com/podcast/o-assunto/noticia/2021/10/19/o-assunto-561-aula-presencial-hora-de-reverter-
-a-evasao.ghtml. Acesso em 03 nov. 2021. Adaptado)

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas do texto devem ser preenchi-
das, correta e respectivamente, com:
a) às … às … necessária … terá
b) as … as … necessário … terão
c) às … as … necessária … terão
d) as … às … necessário … terá
e) as … às … necessária … terá

004. (2022/VUNESP/CÂMARA DE SUZANO/SP/TELEFONISTA) Investimento em educação


na primeira infância como “estratégia anticrime”

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Crase e Acentuação
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James Heckman já era vencedor do Nobel de Economia quando começou a se dedicar ao


assunto pelo qual passaria a ser realmente conhecido: a primeira infância (de 0 a 5 anos de
idade), sua relação com a desigualdade social e o potencial que há nessa fase da vida para
mudanças que possam tirar pessoas da pobreza.
Em grande parte por causa de seus estudos, o assunto tem ganhado mais atenção nos últimos
anos. Heckman concluiu que o investimento na primeira infância é uma estratégia eficaz para
o crescimento econômico. Ele calcula que o retorno financeiro para cada dólar gasto é dos
mais altos.
Isso ocorre porque, na etapa entre o nascimento e os cinco anos de idade, o cérebro se de-
senvolve rapidamente e é mais maleável. Assim, é mais fácil incentivar habilidades cognitivas
e de personalidade – atenção, motivação, autocontrole e sociabilidade – necessárias para o
sucesso na escola, saúde, carreira e na vida.
No início dos anos 2000, Heckman começou a se debruçar sobre os dados do Perry Preschool
Project, experimento social que mudou a vida de seus participantes. Ele funcionou assim: em
1962, na pequena cidade de Ypslanti, no Estado do Michigan, nos Estados Unidos, 123 alunos
da mesma escola foram divididos aleatoriamente em dois grupos. Um deles, com 58 crianças,
recebeu uma educação pré-escolar de alta qualidade, e o outro, com 65, não participou das
mesmas atividades – este último é o grupo de controle. A proposta era testar se o acesso a
uma boa educação infantil melhoraria a capacidade de crianças desfavorecidas de obter su-
cesso na escola e na vida.
“O consenso quando comecei a analisar os dados era de que o programa não tinha sido bem-
-sucedido porque o QI dos participantes era igual ao de não participantes”, lembra ele, anos
depois, em conversa com a BBC News Brasil.
Heckman e colegas resolveram analisar os resultados do experimento por outro ângulo. “Nós
olhamos não para o QI, mas para as habilidades sociais e emocionais que os participantes de-
monstraram em etapas seguintes da vida e vimos que o programa era, na verdade, muito mais
bem-sucedido do que as pessoas achavam. Constatamos que os participantes tinham mais
probabilidade de estarem empregados e tinham muito menos chance de ter cometido crimes”,
diz o economista.
Sua análise do programa Perry chegou à conclusão de que houve um retorno sobre o investi-
mento de 7 a 10% ao ano, com base no aumento da escolaridade e do desempenho profissio-
nal, além da redução dos custos com reforço escolar, saúde e gastos do sistema penal.
(Luiza Franco. BBC News Brasil. 21 de maio de 2019. Adaptado)

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas da seguinte frase:


A pesquisa procurou testar se o acesso ________ educação infantil corresponderia _______
necessidade de crianças desfavorecidas ___________ aprimorar suas habilidades sociais e
emocionais.

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a) a... a ... de
b) à... a ... em
c) a... à ... para
d) à... à ... de
e) a... à ... em

005. (2022/VUNESP/CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS – SP/TÉCNICO


LEGISLATIVO) A Amazon pega, mata e come. Foi-se embora a Livraria São José, sebo mais
antigo do Rio de Janeiro, fundado há 85 anos – e todo mundo acha normal. Ora, tudo não está
morrendo ao nosso redor? Por que livrarias, logo elas, iriam escapar à destruição que atinge o
país inteiro? É a vida – ou a morte – que segue.
Em sua fase espetacular – entre as décadas de 40 e 60 –, a São José chegou a ter três lojas
e estoque de 100 mil livros. Tornou-se editora e promoveu tardes de autógrafos. A primeira foi
um luxo: “Itinerário de Pasárgada”, de Manuel Bandeira, em 1954. Eram concorridíssimas –
não se sabe se pelos autores ou se pelas “madrinhas” deles, beldades como Tônia Carrero e
Odette Lara.
Ponto de encontro de intelectuais, estudantes e buquinadores1 profissionais, fuçando nas es-
tantes e bancadas poderiam ser vistos lado a lado figuras tão díspares como o ex-presidente
Eurico Gaspar Dutra e o romancista Lúcio Cardoso. Matando aula na Faculdade Nacional de
Filosofia, foi lá que o cronista Ruy Castro começou sua invejada coleção de livros.
Não “essenciais”, as livrarias cariocas estão fechadas para cumprir o recesso sanitário. É um
setor do comércio que, com a pandemia, recorreu sobretudo à atividade online. Melhor do que
ninguém a Amazon sabe disso e se aproveita para complicar ainda mais a vida de livreiros e
editores. Em recente e-mail, a gigante norte-americana pediu descontos maiores e aumento na
cobrança de taxas de marketing.
Na arte do oportunismo, a Amazon é o carcará de João do Vale na seca do sertão: pega,
mata e come.
1Buquinar: buscar e comprar livros usados em livrarias, bancas, sebos.
2Referência à letra da música “Carcará”, de João do Vale.
(AlvaroCostaeSilva.https://www1.folha.uol.com.br/colunas/alvaro-costa-e-silva/2021/03/a-amazon-pega-ma-
ta-e-come.shtml. 29.03.2021. Adaptado)

Assinale a alternativa em que, na frase redigida a partir do texto, o acento indicativo da crase
está em conformidade com a norma-padrão da língua.
a) No início desse ano, a Livraria São José cessou às atividades.
b) O tradicional sebo não pôde resistir à forte queda das vendas.
c) A livraria não teria como sobreviver à um ano de pandemia.
d) A loja organizava eventos dedicados à alguns renomados escritores.
e) A Amazon impôs mudanças à toda editora com que faz parceria.

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006. (2022/VUNESP/PREFEITURA DE JUNDIAÍ – SP/FARMACÊUTICO - EDITAL N. 333) A


ideia de que seríamos escravos do sistema remete muito significativamente _______ forma
como os conteúdos veiculados na internet nos induzem _______ fazer certas escolhas, em con-
sonância _______ propósitos com que são criados. Por trás do aparentemente despretensioso
objetivo de possibilitar uma experiência agradável, está a busca _____ estimular o consumo,
subsidiada pelo mapeamento de informações que permite _____ empresas oferecerem produ-
tos compatíveis ______ perfil de cada usuário da internet.
De acordo com a norma-padrão da língua, as lacunas do texto devem ser preenchidas, correta
e respectivamente, com:
a) à... à ... nos... com... às ... pelo
b) à... a ... com os... por... às ... com o
c) à... à ... nos... de... as ... no
d) a... a ... dos... com... as ... com o
e) a... a ... com os... por... às ... do

007. (2021/VUNESP/PREFEITURA DE VÁRZEA PAULISTA – SP/PROFESSOR DE EDUCAÇÃO


BÁSICA - ENSINO FUNDAMENTAL) Segundo a norma-padrão da língua portuguesa, quanto à
regência e ao emprego da crase, assinale a alternativa correta.
a) As pessoas lembram sempre de que devem consultar o dentista, mas não ficam a vontade.
b) Todo bebê, à partir de 6 meses, deveria ser levado no dentista para uma avaliação bucal.
c) Graças à Deus, o dentista reviu ao tratamento bucal daquele menino.
d) Em relação à saúde, convém que cada um cuide de sua própria higiene bucal.
e) Ele obedeceu à seu pai, mas preferia brincar do que tratar dos dentes.

008. (2021/VUNESP/SAEG/ASSISTENTE DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS) David Peace


tem a doença do neurônio motor, uma condição terminal que afeta seu cérebro e sistema ner-
voso de forma gradual. Sabendo da sua morte iminente, ele quer viajar até uma clínica na Suíça
para fazê-lo por conta própria quando tudo ficar insuportável, enquanto ainda tem controle
sobre suas competências mentais.
“Tenho duas opções. Uma é enfrentar uma paralisia progressiva, impossível de parar e que
me afeta por inteiro. A outra é viajar para a Suíça e saber que meu coração vai parar de bater
enquanto eu estiver inconsciente”, diz ele.
David é uma das pessoas que reivindicam uma atualização nas leis da Inglaterra para permi-
tir que pessoas com doenças terminais tenham direito a uma morte assistida, mas pessoas
contrárias à ideia dizem que deveria existir um foco maior em ajudar pessoas com doenças de
longo prazo para que vivam mais confortavelmente, em vez de ajudá-las a morrer.
(“Quero decidir morrer enquanto posso”: a luta pelo direito à morte assistida na Inglaterra. www.bbc.com,
09.08.2021. Adaptado)

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Assinale a frase do texto que foi reescrita em conformidade com a norma-padrão da língua
portuguesa de emprego da crase:
a) David planeja ir à uma clínica na Suíça.
b) David quer dar um fim à própria vida.
c) A outra opção é viajar à terras suíças.
d) Alguns desaprovam à ideia de David.
e) O foco é ajudar os doentes à viver bem.

009. (2021/VUNESP/PREFEITURA DE GUARULHOS – SP/PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFAN-


TIL - ATUAÇÃO MULTIDISCIPLINAR) Quanto à ocorrência do acento indicativo de crase, assina-
le a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas da frase, de acordo com a
norma-padrão da língua portuguesa.
Os cuidados que precisamos tomar em relação _____ pessoas egoístas devem ser sempre ba-
seados em suas atitudes em meio _____ sociedade em que vivem, pois muitas vezes elas agem
_____ partir de seus interesses.
a) à … à … à
b) à … a … a
c) a … à … a
d) a … a … à
e) a … à … à

010. (2021/VUNESP/PREFEITURA DE JUNDIAÍ – SP/AGENTE DE TRÂNSITO)


Pegar o bonde andando
Expressão antiga. Literalmente, era tomar o veículo em movimento, com cuidado para não
levar um espetacular tombo e perder uma perna nessa travessura. Em sentido não literal, signi-
fica “pegar uma conversa pela metade, entrar num assunto sem saber direito do que se trata”.
Mas falemos do bonde propriamente dito. Se você é jovem, não deve tê-lo conhecido. Portan-
to, é bom saber que, durante décadas, ele foi figurinha fácil na paisagem urbana das maiores
cidades brasileiras.
O berço do vocábulo é curioso. O dinheiro que financiou os primeiros desses veículos que cir-
cularam entre nós no século 19 veio de um empréstimo negociado com a Grã-Bretanha. Para
garanti-lo, foram emitidos bonds (títulos a receber). Esses bonds, usados pelos passageiros,
exibiam a figura do veículo. O nome pegou e o povo passou a chamar de “bonde” não só o bi-
lhete, mas o próprio veículo.
O bonde deixou saudade. Gente da terceira e até da quinta idade ainda se lembra da popular
figura do “almofadinha”. Como os bancos dos bondes eram de madeira, sem muito conforto,
esses sujeitos levavam almofadas onde se sentavam durante a viagem e, vento no rosto, iam
cultivando seus sonhos.

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Crase e Acentuação
Elias Santana

Enquanto isso, o cobrador, pendurado no estribo, ia cobrando a passagem, e, às vezes, era obri-
gado a ouvir os mais gozadores assim cantarolando: “Din din din din, dois pra Light e um pra
mim” (Light era a concessionária que prestava o serviço).
(Márcio Cotrim. Revista Língua Portuguesa, fevereiro de 2014. Adaptado)

O sinal indicativo de crase foi corretamente empregado na alternativa:


a) O texto selecionado propõe-se à explicar a origem do termo “bonde”.
b) No século 19, o bonde tornou-se um veículo adequado à grandes metrópoles.
c) Em meio à correria do dia a dia, alguns faziam a travessura de subir no bonde em movimento.
d) Alguns levavam almofadas para se sentar a fim de que os bancos dessem mais con-
forto à eles.
e) Os versinhos cantarolados por alguns passageiros mencionavam à Light, que era uma em-
presa estrangeira.

011. (2021/VUNESP/SES – PB/AUXILIAR ADMINISTRATIVO) Leia a crônica de Marcos Rey


para responder à questão.
Salas de espera
Mesmo com decoração agradável, ar-refrigerado, sorrisos de uma atendente sexy, ficar planta-
do numa sala de espera é mais chato do que campeonato de boliche. Seus personagens não
são muito variados: crianças que não param de se mexer; enxeridos loucos pela intimidade das
pessoas; leitores compulsivos de revistas...
Mas houve uma sala de espera terrível na minha vida. Precisava de emprego. Desesperada-
mente. Não fora o primeiro a chegar, sempre há os que chegam antes. Fiquei horas com os
olhos fixos na porta da esperança. O mais madrugador entrou como se fosse dono do empre-
go, saiu de cabeça baixa, perdidão. O segundo, que levava à mão um currículo enorme, deixou
a entrevista picando-o com ódio em mil pedacinhos.
Minha vez. Entrei trêmulo, pálido, derrotado. O empresário abriu os braços, sorrindo. Conhecia-
-me. Conhecia-o. Rodolfo! Não o sabia também dono daquilo! Meu dia de sorte!
– É você? Aqui está seu maior fã! Li dois livros seus. Minha mulher disse que sairá outro. Serei
o primeiro a comprar.
Abraçados, senti que o mundo afinal acolhia este aquariano.
– Estava na sala de espera desde as 2, Rodolfo.
– Por que não mandou me avisar? Eu o receberia imediatamente. Não calcula como o admiro.
– Agora estou precisando de um emprego, amigo. A vida está dura.
– Dura? Está duríssima! Insuportável – confirmou, com uma pequena ressalva – mas não para
os artistas. Vocês não sofrem nossos problemas. Devem rir da gente, reles homens de negó-
cio. Como gostaria de ter talento para escrever! Viveria com pouco dinheiro, porém feliz. Eu
aqui sou um mártir dos números.
– O que poderia me arranjar, Rodolfo? Estou encalacrado. Qualquer coisa serve – revelei humilde.

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GRAMÁTICA
Crase e Acentuação
Elias Santana

Ele lançou-me um olhar mais sábio do que compadecido:


– Eu não o desviaria de sua vocação com um empreguinho. Conserve-se fora da maldita
engrenagem.
E confessou:
– Hoje ganhei o dia, vendo-o. Vou acompanhá-lo ao elevador.
– Mas Rodolfo...
– Faço questão.
(Coleção melhores crônicas – Marcos Rey. Seleção Anna Maria Martins. Global, 2010. Adaptado)

A frase elaborada com base no texto apresenta o sinal indicativo de crase corretamente em-
pregado em:
a) Mas Rodolfo, e quanto à uma colocação em sua empresa?
b) Mas Rodolfo, você não vai dar à mim uma oportunidade?
c) Mas Rodolfo, estou à espera de um emprego há tempos!
d) Mas Rodolfo, graças à seu apoio eu poderia trabalhar...
e) Mas Rodolfo, eu me dedicarei à trabalhar muito por sua empresa!

012. (2021/VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO) Motivação é a energia


que nos leva __ agir - e não sou a única pessoa que acha difícil encontrar essa motivação. Al-
guns de nós sofreram um burnout total depois de mais de um ano de perdas, dor e problemas
relacionados __ pandemia. Outros se sentem mais como estou me sentindo – nada está terri-
velmente errado, mas não conseguimos encontrar inspiração. Seja qual for a situação em que
nos encontramos, um exame mais profundo da motivação pode nos dar mais incentivo para
avançar, não só no dia __ dia, mas num futuro incerto.
(Cameron Walker, The New York Times. Em: https://economia.estadao.com.br. Adaptado)

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas do texto devem ser preenchi-
das, respectivamente, com:
a) à... à ... a
b) a... à ... a
c) a... a ... a
d) à... à ... à
e) a... à ... à

013. (2021/VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO)


Perto do apagão
________a falta de chuvas nos últimos dois meses, inferiores ao padrão já escasso do mesmo
período de 2020, ficou mais evidente a ameaça ________ a geração de energia se mostre insufi-
ciente para manter o fornecimento até novembro, quando se encerra o período seco.

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Crase e Acentuação
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Novas simulações do Operador Nacional do Sistema (ONS) mostram agravamento, com des-
taque para a região Sul, onde o nível dos reservatórios até 24 de agosto caiu para 30,7% – a
projeção anterior apontava para 50% no fechamento do mês.
Mesmo no cenário mais favorável, que pressupõe um amplo conjunto de medidas, como acio-
namento de grande capacidade de geração térmica, importação de energia e postergação de
manutenção de equipamentos, o país chegaria ________ novembro praticamente sem sobra de
potência, o que amplia a probabilidade de apagões.
Embora se espere que tais medidas sejam suficientes para evitar racionamento neste ano, não
se descartam sobressaltos pontuais, no contexto da alta demanda ________ o sistema será
submetido.
Se o regime de chuvas no verão não superar a média dos últimos anos, a margem de manobra
para 2022 será ainda menor. Calcula-se que, nesse quadro, a geração térmica, mais cara, tenha
de permanecer durante todo o período úmido, o que seria algo inédito.
Desde já o país precisa considerar os piores cenários e agir com toda a prudência possível,
com foco em investimentos na geração, modernização de turbinas em hidrelétricas antigas e
planejamento para ampliar a resiliência do sistema.
(Editorial. Folha de S.Paulo, 27.08.2021. Adaptado)

Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respecti-


vamente, com:
a) Com... de que... a ... a que
b) Sob... que... em... que
c) Devido... que... a ... com que
d) Sobre... que... em... de que
e) Perante... que... à ... em que

014. (2021/VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO) No trecho do 3º parágra-


fo – Guardar “eu te amo” é prejudicial à saúde. –, a crase mantém-se se a expressão destacada
for substituída por:
a) todos que o escondem.
b) pessoa que o esconde.
c) quem o esconde.
d) pessoas que o escondem.
e) qualquer pessoa que o esconda.

015. (2021/VUNESP/PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO – SP/ENGENHEIRO DE SEGURANÇA


DO TRABALHO) McLuhan já alertava que a aldeia global resultante das mídias eletrônicas não
implica necessariamente harmonia. Implica, sim, que cada participante das novas mídias terá
um envolvimento gigantesco na vida dos demais membros, que terá a chance de meter o be-

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delho onde bem quiser e fazer o uso que quiser das informações que conseguir. A aclamada
transparência da coisa pública carrega consigo o risco de fim da privacidade e a superexposi-
ção de nossas pequenas ou grandes fraquezas morais no julgamento da comunidade de que
escolhemos participar.
Não faz sentido falar de dia e noite das redes sociais, apenas em número de atualizações nas
páginas e na capacidade dos usuários de distinguir essas variações como relevantes no con-
junto virtualmente infinito das possibilidades das redes. Para achar o fio de Ariadne no labirinto
das redes sociais, os usuários precisam ter a habilidade de identificar e estimar parâmetros,
aprender a extrair informações relevantes de um conjunto finito de observações e reconhecer
a organização geral da rede da qual participam.
O fluxo de informação que percorre as artérias das redes sociais é um poderoso fármaco vi-
ciante. Um dos neologismos recentes vinculados à dependência cada vez maior dos jovens a
esses dispositivos é a “nomobofobia” (do inglês nomobophoby, abreviação de “no-mobile pho-
ne phoby”, ou “pavor de ficar sem conexão no telefone celular”), descrito como a ansiedade e
o sentimento de pânico experimentado por um número crescente de pessoas quando acaba a
bateria do dispositivo móvel ou quando ficam sem conexão com a Internet. A informação azul,
como toda nova droga, ao embotar a razão e abrir os poros da sensibilidade, pode tanto ser um
remédio quanto um veneno para o espírito.
(Vinícius Romanini, Tudo azul no universo das redes. Revista USP 92. Adaptado)

Assinale a alternativa que substitui, nos colchetes, as expressões destacadas, de acordo com
a norma-padrão de regência e emprego do sinal indicativo de crase.
a)... a aldeia global resultante das mídias eletrônicas não implica necessariamente harmonia.
[não leva necessariamente à harmonia]
b) a aclamada transparência da coisa pública carrega consigo o risco de fim da privacidade...
[tem como inerente à si]
c)... capacidade dos usuários de distinguir essas variações como relevantes... [ater-se à essas
variações]
d)... os usuários precisam ter a habilidade de identificar e estimar parâmetros... (chegar à
parâmetros]
e) e fazer o uso que quiser das informações que conseguir [à que tiver acesso]

016. (2021/VUNESP/PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO – SP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO) As-


sinale a alternativa que preenche as lacunas do texto a seguir, observando a norma-padrão de
emprego do sinal indicativo de crase.
Conquistas da tecnologia estendem-se ____ toda a humanidade, que se beneficia delas sem se
dar conta do quanto foi investido _____ fim de disponibilizá-la _____ população.
a) a … à … à
b) a … a … à

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c) à … a … à
d) à … a … a
e) à … à … à

017. (2021/VUNESP/PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO – SP/AGENTE DE ADMINISTRAÇÃO)


Furto em Flor
Furtei uma flor daquele jardim. O porteiro do edifício cochilava e eu furtei a flor.
Trouxe-a para casa e coloquei-a no copo com água. Logo senti que ela não estava feliz. O copo
destina-se a beber, e flor não é para ser bebida.
Passei-a para o vaso, e notei que ela me agradecia, revelando melhor sua delicada composi-
ção. Quantas novidades há numa flor, se a contemplarmos bem. Sendo autor do furto, eu as-
sumira a obrigação de conservá-la. Renovei a água do vaso, mas a flor empalidecia. Temi por
sua vida. Não adiantava restituí-la ao jardim. Nem apelar para o médico de flores. Eu a furtara,
eu a via morrer.
Já murcha, e com a cor particular da morte, peguei-a docemente e fui depositá-la no jardim
onde desabrochara. O porteiro estava atento e repreendeu-me:
— Que ideia a sua vir jogar lixo de sua casa neste jardim!
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos Plausíveis. In: ANDRADE, Carlos Drummond de. Prosa e Poesia, 8. ed.
Rio de Janeiro: Nova Aguiar, 1992. p. 1266.)

Considere a frase:
O porteiro assistia _____ toda a cena, sem perceber minha culpa, meu desejo de retornar a flor
_____ lugar no qual ela desabrochara e do qual ____ furtei.
Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respecti-
vamente, por:
a) a … àquele … a
b) à … aquele … a
c) a … àquele … à
d) à … àquele … à
e) a … aquele … a

018. (2021/VUNESP/SEMAE DE PIRACICABA – SP/PROGRAMADOR JUNIOR)


O mundo é dos românticos
O que querem as mulheres? Freud, que era Freud, não conseguiu responder à pergunta. Mas o
“Wall Street Journal” incendiou as sensibilidades com um cenário aterrador.
O mérito pertence a Gerard Baker. Escreveu o editorialista que, nos EUA, as mulheres já repre-
sentam 57% dos graduados com curso superior. Na pós-graduação, o número sobe para 59%.
O futuro será delas, não deles.

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Crase e Acentuação
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Todavia esse triunfo, embora positivo para uma sociedade mais igualitária, traz um problema
inusitado. Se existem três homens graduados para quatro mulheres na mesma situação, com
quem vão se casar as mulheres?
Explico melhor. Para um homem, o estatuto social ou profissional de uma mulher não é uma
prioridade. E alguns, mais inseguros, até preferem parceiras que estejam um degrau abaixo
das suas habilitações acadêmicas ou contas bancárias.
Com as mulheres, é a situação inversa. As donzelas valorizam o estatuto social ou profissional
do homem de uma forma mais seletiva. É fazer as contas: não haverá doutores suficientes
para tantas doutoras exigentes.
Quando li o editorial, ri e me perguntei: de onde saiu esse dinossauro? Mas depois, com o riso
a apagar-se, dei por mim a pensar nas minhas amigas. Com quem casaram elas, afinal?
Na esmagadora maioria, casaram no interior da mesma classe. Em teoria, algumas delas, mé-
dicas ou jornalistas, poderiam se apaixonar pelo encanador. Na prática, isso só acontece nos
filmes de Hollywood.
E se o leitor desconfia do meu universo pessoal, há sempre estudos impessoais para esclare-
cer estas matérias. Um deles foi realizado pela Universidade de Swansea, no Reino Unido.
Os pesquisadores entrevistaram 2.700 alunos de cinco países (Singapura, Malásia, Austrália,
Noruega e Reino Unido) com uma pergunta fundamental: o que mais valoriza num potencial
parceiro? Na lista de opções, estas oito características: beleza, finanças, gentileza, humor, cas-
tidade, religiosidade, criatividade, desejo de ter filhos.
Os resultados, partilhados pela revista “Time”, não mentem: os homens valorizam mais a bele-
za; as mulheres valorizam mais as finanças. O mundo é um lugar cruel?
Não, porque o mesmo estudo coloca no primeiro lugar para cada um dos sexos a mesma vir-
tude imaterial: a gentileza. Antes da beleza (para eles) ou do dinheiro (para elas), parece que
essa formosura da alma é o artigo mais cobiçado. A Ocidente e a Oriente.
Será que todo mundo realmente diz a verdade nessas pesquisas?
(João Pereira Coutinho. Folha de S.Paulo. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/joaopereiracoutinho/
2019/10/o-mundo-e-dos-romanticos.shtml. Adaptado)

O sinal indicativo de crase está corretamente empregado na alternativa:


a) Na lista dada aos entrevistados, as opções iam de beleza à desejo de ter filhos.
b) Perguntou-se à Freud o que queriam as mulheres, mas nem ele soube responder.
c) O texto do editorialista deu incentivo à polêmicas sobre relacionamentos amorosos.
d) Há homens que são indiferentes, segundo o texto, à posição social e profissional das mulheres.
e) Homens e mulheres dão prioridade à uma virtude imaterial, a amabilidade.

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019. (2019/VUNESP/TJ-SP/CONTADOR JUDICIÁRIO)


Mundo arriscado
O próximo governo não encontrará um ambiente econômico internacional sereno. Dúvidas so-
bre a continuidade do crescimento do Produto Interno Bruto global, juros em alta nos EUA,
riscos de conflitos comerciais e de queda do fluxo de capitais para países emergentes são
apenas alguns dos itens de um cardápio de problemas potenciais.
Tudo indica, assim, que o governo brasileiro terá de lidar de pronto com as fragilidades domés-
ticas, em especial o rombo das contas públicas. Não tardará até que investidores hoje aparen-
temente otimistas comecem a cobrar resultados concretos.
As projeções para o avanço do PIB mundial têm sido reduzidas nos últimos meses. O Fundo
Monetário Internacional cortou sua previsão para 2018 e 2019 em 0,2 ponto percentual – 3,7%
em ambos os anos – e apontou um cenário de menor sincronia entre os principais motores
regionais.
Se até o início deste ano EUA, Europa e China davam sinais de vigor, agora acumulam-se de-
cepções nos dois últimos casos.
Mesmo com juros ainda perto de zero, a zona do euro não deverá crescer mais que 1,5% nes-
te ano. Há crescente insegurança no âmbito político, neste momento centrada na Itália e seu
governo de direita populista, que propõe expansão do déficit de um setor público já endividado
em excesso.
Não é animador que a Comissão Europeia tenha tomado a decisão inédita de rejeitar a pro-
posta orçamentária da administração italiana. Embora o país ainda conserve o selo de bom
pagador, os juros cobrados no mercado para financiar sua dívida dispararam.
Quanto à China, sua economia mostra menos vigor, e as autoridades precisam tomar decisões
difíceis entre conter as dívidas já exageradas e estimular o crescimento.
O risco de escalada nos conflitos comerciais também é concreto, dado que o governo ame-
ricano ameaça impor uma terceira rodada de tarifas, desta vez sobre os US$ 270 bilhões em
vendas anuais chinesas que ainda não foram taxadas.
Nos EUA, a alta dos juros, num contexto de emprego elevado e inflação perto da meta, já leva
parte do mercado a temer uma desaceleração abrupta do PIB em 2019.
A vantagem do Brasil, hoje, é que há ampla ociosidade nas empresas, baixa inflação e, portan-
to, espaço para uma retomada mais forte.
(Editorial. Folha de S.Paulo, 01.11.2018. Adaptado)

A exemplo de “sincronia” (sem acento, 3º parágrafo), “decepções” (grafado com “ç”, 4º parágra-
fo) e “excesso” (grafado com “ex”, 5º parágrafo), estão corretamente escritos, em conformida-
de com a ortografia oficial, os termos:
a) insonia; invenções; extemporâneo.
b) saxonia; erupções; exdrúxulo.
c) agonia; exceções; extraditar.

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d) eufonia; obceções; exponencial.


e) amonia; perverções; expetacular.

020. (2019/VUNESP/TJ-SP/ENFERMEIRO JUDICIÁRIO)


Tempo incerto
Os homens têm complicado tanto o mecanismo da vida que já ninguém tem certeza de nada:
para se fazer alguma coisa é preciso aliar a um impulso de aventura grandes sombras de dúvi-
da. Não se acredita mais na existência de gente honesta; e os bons têm medo de exercitarem
sua bondade, para não serem tratados de hipócritas ou de ingênuos.
Vivemos um momento em que a virtude é ridícula e os mais vis sentimentos se mascaram de
grandiosidade, simpatia, benevolência. A observação do presente leva-nos até a descer dos
exemplos do passado: os varões ilustres de outras eras terão sido realmente ilustres? Ou a
História nos está contando as coisas ao contrário, pagando com dinheiros dos testemunhos a
opinião dos escribas?
Se prestarmos atenção ao que nos dizem sobre as coisas que nós mesmos presenciamos –
ou temos que aceitar a mentira como a arte mais desenvolvida do nosso tempo, ou desconfia-
mos do nosso próprio testemunho, e acabamos no hospício!
Pois assim, é, meus senhores! Prestai atenção às coisas que vos contam, em família, na rua,
nos cafés, em várias letras de forma, e dizei-me se não estão incertos os tempos e se não de-
vemos todos andar de pulga atrás da orelha!
Agora, pensam os patrões, os empregados, os amigos e inimigos de uns e de outros e todo
o resto da massa humana. E não só pensam, como também pensam que pensam! E além de
pensarem que pensam, pensam que têm razão! E cada um é o detentor exclusivo da razão!
Pois de tal abundância de razão é que se faz a loucura. E a vocação das pessoas, hoje em dia,
não é para o diálogo com ou sem palavras, mas para balas de diversos calibres. Perto disso,
a carestia da vida é um ramo de flores. O que anda mesmo caro é alma. E o Demônio passeia
pelo mundo, glorioso e imune.
(Cecília Meireles, Tempo incerto. Em: Escolha o seu Sonho. Adaptado)

Assinale a alternativa em que os termos estão acentuados, correta e respectivamente, a exem-


plo das palavras do texto: dúvida, abundância e também.
a) exíguo; hemácia; outrém.
b) trôpego; anúncia; provém.
c) rúbrica; latência; pajém.
d) álibi; essência; aquém.
e) récorde; incônscio; amém.

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021. (2019/VUNESP/TJ-SP/ADMINISTRADOR JUDICIÁRIO) Assinale a alternativa em que a


acentuação e a grafia das palavras estão de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
a) Pela fronteira, tem entrado no país muitos refugiados, e é imprecindível acolhê-los ade-
quadamente.
b) Faltou ombridade aos dirigentes da empresa, pois eles omitiram dos sócios o récorde
de vendas.
c) À excessão dos quibes, os salgados servidos na cerimônia de inauguração estavam
saborosos.
d) A atendente da companhia aérea fez uma rúbrica na passagem para retificar o horário do voo.
e) Atualmente, é mister acabar com privilégios concedidos a clãs inescrupulosos.

022. (2019/VUNESP/SEDUC-SP/OFICIAL ADMINISTRATIVO)


A legião on-line
Um dos temas de “O Romance Luminoso”, a obra póstuma e incrivelmente contemporânea de
Mario Levrero, é o uso da internet como antidepressivo. Sem alcançar a tal experiência lumino-
sa que lhe permitiria escrever um romance iniciado há 15 anos, o autor passa os dias em frente
ao computador curtindo o fracasso. Baixa e elabora programas, joga paciência, busca sites ao
acaso. Nas raras vezes em que desgruda da tela, recorre a outro vício: a televisão.
É um transtorno cada vez mais comum. Todo mundo conhece alguém que está sempre co-
nectado; acorda e já olha o celular, o qual dormiu ao lado dele na cama; checa os aplicativos
de cinco em cinco minutos; quando não está on-line, sente ansiedade, mau humor, angústia,
tristeza. Os viciados em smartphones são uma legião.
Publicado em 2005, o livro de Levrero destaca-se não só pela atualidade mas também pelo
caráter profético. A páginas tantas, o autor anota: “O mundo do computador já foi invadido
pelos abjetos*, e quanto mais barato fica mais cresce a abjeção. Não porque os pobres sejam
necessariamente abjetos, e sim porque as pessoas mais vivas usarão as maravilhas tecnológi-
cas para embrutecer mais ainda os pobres”.
E conclui: “A internet tem mostrado, cada vez mais claramente, para que nasceu, e, com vistas
a esse objetivo, será controlada por comerciantes e estadistas”. Isso nos leva, naturalmente, a
pensar na relação das redes sociais com a empresa de dados políticos ligada à campanha pre-
sidencial de Donald Trump. Ou, em outro caso, sendo obrigadas a excluir contas por suspeita
de fraude.
Esse cenário de disseminação de informações questionáveis – com o fim de manipular con-
dutas –, mas que em geral têm aceitação, aprofunda mais ainda a abjeção diagnosticada
por Levrero.
Que tal passar mais tempo off-line?
(Alvaro Costa e Silva. Folha de S.Paulo, 11.08.2018. Adaptado)

*Abjeto: de abjeção → ato, estado ou condição que revela alto grau de torpeza, degradação.

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Crase e Acentuação
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Na frase “… a obra póstuma e incrivelmente contemporânea…”, os termos destacados recebem


acentuação gráfica em conformidade com as mesmas regras observadas para acentuação,
respectivamente, dos seguintes termos:
a) legião; proféticos.
b) angústia; alguém.
c) tecnológicas; experiência.
d) também; paciência.
e) páginas; está.

023. (2019/VUNESP/UNICAMP/PROFISSIONAL PARA ASSUNTOS ADMINISTRATIVOS) Assi-


nale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do texto a seguir, con-
forme a norma-padrão da língua portuguesa.
Relacionamentos na terceira idade são _______________, pois afastam a solidão, um dos prin-
cipais _______________ da velhice. Participar de grupos e atividades e ter relacionamentos é
fundamental. Os relacionamentos afetivos _______________ um capítulo _______________ parte
porque reavivam as pessoas.
a) importantíssimos … problema … é … a
b) importantíssimo … problemas … são … à
c) importantíssimos … problemas … são … à
d) importantíssimo … problema … são … a
e) importantíssimos … problemas … é … a

024. (2019/VUNESP/MPE-SP/ANALISTA TÉCNICO CIENTÍFICO – CONTADOR) Muitas das


vezes, os investidores vão à procura de opiniões que corroborem _____sua, quando o que de-
viam era procurar, sobretudo, opiniões contrárias. Quando encontram opiniões que divergem
_____sua, os investidores tendem a descredibilizá-las ou a lê-las na diagonal, processo exata-
mente oposto ___ que ocorre quando descobrem opiniões coincidentes____ deles, que leem
com muita atenção, veneração, quase que procurando um reforço positivo que lhes dê o em-
purrão que faltava para validar a sua posição.
(www.jornaldenegocios.pt. Adaptado)

Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas do enunciado devem ser preenchidas, res-


pectivamente, com:
a) na... à ... à ... às
b) com a... da... a ... à
c) na... com a... o ... das
d) a... da... ao ... com as
e) com a... com a... com o... com as

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Crase e Acentuação
Elias Santana

025. (2019/VUNESP/TJ-SP/ADMINISTRADOR JUDICIÁRIO) Assinale a alternativa que com-


pleta corretamente o trecho a seguir.
A recente onda de escândalos de corrupção levou as empresas...
a) à alguns ajustes para a adaptação ao mercado atual.
b) à acertadamente buscar maior transparência nas relações comerciais.
c) à uma nova dinâmica de governança e gerenciamento de contratos.
d) à incorporação de área técnica de responsabilidade do compliance.
e) à projetos com órgãos públicos que envolvam combate a fraudes.

026. (2019/VUNESP/TJ-SP/MÉDICO JUDICIÁRIO) Graças______ leitura de “A vida invisível


de Eurídice Gusmão”, romance de Martha Batalha, referente ________angústias de duas irmãs
na década de 1940, um homem de 42 anos, preso em São Paulo, decidiu reatar com a filha. O
livro chegou ________ essa pessoa por meio do Programa Clubes de Leitura e Remição de Pena.
(Mariana Vick. Folha de S.Paulo, 26.06.2018. Adaptado)

De acordo com a norma-padrão, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectiva-


mente, por:
a) a... as ... a
b) a... às ... à
c) à... às ... a
d) à... as ... à
e) à... às ... à

027. (2019/VUNESP/TJ-SP/ENFERMEIRO JUDICIÁRIO) Um estudo realizado por pesquisado-


res do Porto concluiu que a intervenção de enfermeiros especialistas em saúde mental, aliada
_____ medicação, é significativamente mais eficaz _____ reduzir os níveis de ansiedade quando
comparada com o tratamento apenas com medicamentos.
A pesquisa, _____ que o jornal teve acesso, foi realizada por um grupo de pesquisadores do
CINTESIS – Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde e da Escola Superior
de Enfermagem do Porto e publicada no Journal of Advanced Nursing.
Os resultados indicam um “efeito positivo da intervenção psicoterapêutica da enfermagem”,
realizada por um enfermeiro especialista em saúde mental, registrando-se uma clara diminui-
ção dos níveis de ansiedade e um aumento do autocontrole da ansiedade no final das cinco
sessões (45 a 60 minutos/semana) realizadas em cinco semanas consecutivas.
(Expresso. https://expresso.sapo.pt. Adaptado)

De acordo com a norma-padrão, as lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e respec-
tivamente, com:
a) a... a ... de
b) a... em... em

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c) à... para... a
d) à... à ... à
e) à... de... à

028. (2019/VUNESP/UFABC/ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO) Assinale a alternativa que


preenche correta e respectivamente as lacunas da frase a seguir, no que se refere à ocorrência
da crase, conforme a norma-padrão da língua.
O operador de câmera quis confirmar se estava correta ____ informação de que o número de
pessoas dispostas _____ dedicar-se _____ aulas de matemática havia aumentado.
a) a … a … às
b) à … à … as
c) a … à … à
d) à … a … a
e) a … à … as

029. (2019/VUNESP/CÂMARA DE SERRANA – SP/TÉCNICO LEGISLATIVO) De acordo com


o uso indicativo da crase, assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as
lacunas da frase:
_______ qualidade material da Sala São Paulo soma-se _______ educação de um público fiel.
Somos os heróis que resistem_______ derrocada da cultura.
a) A.. à .. a
b) A.. à .. à
c) À.. à . à
d) A. a . à
e) A. a . a

030. (2018/VUNESP/IPSM/ANALISTA DE GESTÃO – CONTABILIDADE) A destruição da huma-


nidade por uma guerra nuclear está prestes a ser detonada por uma “pirraça impulsiva”, alertou
neste domingo [10/12/2017] a Campanha Internacional para Abolir Armas Nucleares (Ican),
vencedora do Nobel da Paz deste ano.
“Será o fim das armas nucleares ou será o nosso fim?”, afirmou a líder da Ican, Beatrice Fihn,
em discurso ao receber o prêmio, em Oslo, na Noruega.
Também discursou em Oslo Setsuko Thurlow, 85, sobrevivente do ataque atômico de Hiroshi-
ma, em 1945 no Japão, durante a Segunda Guerra Mundial. Hoje ela é ativista da Ican.
Ela foi resgatada dos escombros de um prédio a 1,8 km do epicentro da bomba. A maioria de
seus colegas morreu queimada viva.
(Mundo. Folha de S. Paulo, 10/12/2017. Adaptado)

Em conformidade com a norma-padrão, o primeiro parágrafo pode ser finalizado com a frase:

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a) Não foram citado nomes, mas EUA e Coreia do Norte têm trocado ameaças devido à testes
nucleares do país asiático.
b) Embora não tenham citado-se nomes, é sabido que EUA e Coreia do Norte vem trocando
ameaças devido os testes nucleares do país asiático.
c) Não foi citado nomes, mas EUA e Coreia do Norte vem trocado ameaças devido os testes
nucleares do país asiático.
d) Embora não tenham-se citados nomes, sabe-se que EUA e Coreia do Norte tem trocado
ameaças devido a testes nucleares do país asiático.
e) Não foram citados nomes, mas EUA e Coreia do Norte vêm trocando ameaças devido aos
testes nucleares do país asiático.

031. (2018/VUNESP/IPSM/ANALISTA DE GESTÃO – CONTABILIDADE)


Ensino com diretriz
Está quase pronto o documento que definirá o padrão nacional para o que crianças e jovens
devem aprender até o 9º ano do ensino fundamental. Trata-se da quarta versão da Base Nacio-
nal Comum Curricular (BNCC).
Caso aprovada até janeiro, a diretriz deve começar a ser implementada nos próximos dois anos.
A BNCC define conteúdos a serem estudados e competências e habilidades que os alunos
devem demonstrar a cada passo da vida escolar. Soa como obviedade, mas não existe norma
válida em todo o país que estabeleça de modo preciso a progressão do ensino e o que se deve
esperar como resultado.
Note-se ainda que a base curricular não especifica como alcançar seus objetivos – isso será
papel dos currículos a serem elaborados por estados e municípios, que podem fazer acrésci-
mos conforme necessidades regionais.
A existência de um padrão pode permitir a correção de desigualdades do aprendizado e ava-
liações melhores. A partir de um limiar mediano de clareza, inteligência pedagógica e pragma-
tismo, qualquer modelo é melhor do que nenhum. Nesse aspecto, a nova versão da BNCC está
perto de merecer nota de aprovação.
O programa ainda se mostra extenso em demasia, não muito diferente do que se viu nas es-
colas das últimas décadas, quando raramente foi cumprido. O excesso de assuntos dificulta
abordagens mais aprofundadas e criativas.
A BNCC lembra a Constituição de 1988. Detalhista, arrojada e generosa, mas de difícil aplica-
ção imediata e integral. É indiscutível, de todo modo, a urgência de pôr em prática esse plano
que pode oferecer educação decente e igualitária às crianças.
(Editorial. Folha de S. Paulo, 10/12/2017. Adaptado)

Leia as frases
Com a BNCC, busca-se chegar __________ um modo preciso de progressão do ensino.
A BNCC assemelha-se ________ Constituição de 1988: detalhista, arrojada e generosa.

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Desigualdades do aprendizado podem ser corrigidas __________ partir da existência


deum padrão.
Estados e municípios se dedicarão __________ elaboração de seus respectivos currículos.
De acordo com a norma-padrão, as lacunas devem ser preenchidas, correta e respectiva-
mente, com:
a) a... a... à... à
b) à... à... a... a
c) a... à... a... à
d) à... a... a... à
e) a... à... à... a

032. (2017/VUNESP/PREFEITURA DE SERTÃOZINHO-SP/FARMACÊUTICO) Leia um trecho


da entrevista com o psiquiatra Miguel Chalub, para responder a questão.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que a depressão será a doença mais comum do
mundo em 2030 – atualmente, 121 milhões de pessoas sofrem do problema.
Para o psiquiatra Miguel Chalub, há um certo exagero nessas contas. Ele defende que tanto
os pacientes quanto os médicos estão confundindo tristeza com depressão. Ele afirma que os
psiquiatras são os que menos receitam antidepressivos, porque estão mais preparados para
reconhecer as diferenças entre a “tristeza normal e a patológica”.
ISTOÉ: Por que tantas previsões alarmantes sobre o aumento da depressão no mundo?
Miguel Chalub: Porque estão sendo computadas situações humanas de luto, de tristeza, de
aborrecimento, de tédio. Não se pode mais ficar entediado, aborrecido, chateado, porque isso
é imediatamente transformado em depressão. É a medicalização de uma condição humana,
a tristeza. É transformar um sentimento normal, que todos nós devemos ter, dependendo das
situações, numa entidade patológica.
ISTOÉ: A que se deve essa mudança?
Miguel Chalub: Primeiro, a uma busca pela felicidade. Qualquer coisa que possa atrapalhá-la
tem que ser chamada de doença, porque, aí, justifica: “Eu não sou feliz porque estou doente,
não porque fiz opções erradas.” Dou uma desculpa a mim mesmo. Segundo, à tendência de
achar que o remédio vai corrigir qualquer distorção humana. É a busca pela pílula da felicidade.
Eu não preciso mais ser infeliz.
ISTOÉ: O que diferencia a tristeza normal da patológica?
Miguel Chalub: A intensidade. A tristeza patológica é muito mais intensa. A normal é um esta-
do de espírito. Além disso, a patológica é longa.
(Adriana Prado. https://istoe.com.br/74405_O+HOMEM+NAO+ACEITA+ MAIS+FICAR+TRISTE+/ Publicado em
26/05/2010. Adaptado.)

O sinal indicativo de crase está empregado corretamente nas duas ocorrências na alternativa:
a) Muitos indivíduos são propensos à associar, inadvertidamente, tristeza à depressão.
b) As pessoas não querem estar à mercê do sofrimento, por isso almejam à pílula da felicidade.

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c) À proporção que a tristeza se intensifica e se prolonga, pode-se, à primeira vista, pensar em


depressão.
d) À rigor, os especialistas não devem receitar remédios às pessoas antes da realização de
exames acurados.
e) Em relação à informação da OMS, conclui-se que existem 121 milhões de pessoas à serem
tratadas de depressão.

033. (2017/VUNESP/PREFEITURA DE MARÍLIA-SP/AUXILIAR)


Voluntários respondem a cartas enviadas para Julieta
Junto à Casa de Julieta fica a sala do Clube de Julieta. O projeto existe oficialmente faz 30
anos e tem voluntários para responder, em diversas línguas, a cartas enviadas de todo o mun-
do para Julieta, conhecida personagem da obra de Shakespeare.
As cartas normalmente são tristes e sobre problemas em relacionamentos amorosos. Afinal,
por mais que a famosa história seja romântica, também é bastante trágica.
Para os casos mais delicados, envolvendo, por exemplo, risco de suicídio, o clube tem a contri-
buição de um médico especialista.
Desde os anos de 1930, cartas são enviadas a Verona; mas só nos anos de 1980 a entidade foi
criada oficialmente com apoio do governo.
O projeto ficou ainda mais famoso com o filme “Cartas para Julieta” (2010), em que a prota-
gonista se junta aos voluntários do grupo e tenta ajudar pessoalmente a mulher a quem acon-
selhou. No ano que se seguiu ao filme, quase 4.000 cartas foram recebidas, segundo o Clube.
Há caixas de correio e computadores na Casa de Julieta para enviar mensagens. Por outro
lado, uma placa na entrada alerta que escrever nas paredes – a exemplo de inúmeras picha-
ções no hall de entrada – pode ser punido com multa de até € 1.039 ou prisão por até um ano.
(MK. http://www1.folha.uol.com.br/fsp/turismo/fx2909201111.htm. Adaptado)

Assinale a alternativa em que o sinal indicativo de crase está empregado corretamente.


a) A voluntária aconselhou a remetente à esquecer o amor de infância.
b) O carteiro entregou às voluntárias do Clube de Julieta uma nova remessa de cartas.
c) O médico ofereceu à um dos remetentes apoio psicológico.
d) As integrantes do Clube levaram horas respondendo à diversas cartas.
e) O Clube sugeriu à algumas consulentes que fizessem novas amizades.

034. (2017/VUNESP/PREFEITURA DE MARÍLIA-SP/PROCURADOR JURÍDICO) O acento indica-


tivo de crase está empregado corretamente em:
a) No “Diário de São Paulo”, Mário de Andrade dedicava-se à crítica de música.
b) Na redação do jornal “Diário de São Paulo”, Mário e Braga sentaram lado à lado.
c) Se trocassem um bilhetinho sequer, os escritores chegariam à travar amizade.
d) Rubem Braga diz ter, em assuntos de amizade, horror à explicações sentimentais.
e) O cronista Rubem Braga foi o único à quem Mário de Andrade não escreveu.

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035. (2017/VUNESP/PREFEITURA DE ITANHAÉM-SP/FISIOTERAPEUTA) Assinale a alter-


nativa que apresenta enunciado redigido de acordo com a norma-padrão de concordância e
emprego do sinal indicativo de crase.
a) Um país pertence à todos que nele habita, não sendo proibido a entrada de estrangeiros,
foragidos ou não.
b) Os italianos vão acabarem tendo de tomar emprestado recursos de outros países para con-
ter à imigração desenfreada.
c) Os deslocamentos que estão havendo para à Itália deve trazer preocupação à autoridades
de qualquer países.
d) Existem mais de um país europeu disposto à dar acolhida aos refugiados, sendo o mais
possível acolhedores.
e) Países da União Europeia estão alerta diante do fluxo migratório, para que não se apresen-
tem problemas às suas populações.

036. (2017/VUNESP/CÂMARA DA ESTÂNCIA BALNEÁRIA DE ITANHAÉM-SP/ASSISTENTE


LEGISLATIVO)

Assinale a alternativa que preenche, respectivamente e de acordo com a norma-padrão, as


lacunas das frases baseadas no texto dos quadrinhos.
O pato______ formiga como estava a distribuição de renda no formigueiro.

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Quanto à minha baiana, minha renda não dá nem para______ no carnaval.


a) indagou à … enfeitar ela.
b) indagou a … enfeitar a ela.
c) perguntou a … a enfeitar.
d) indagou a … lhe enfeitar.
e) perguntou à … enfeitá-la.

037. (2017/VUNESP/CÂMARA DE PORTO FERREIRA-SP/ASSESSOR DE IMPRENSA)


Leia a tira.

De acordo com a norma-padrão, a lacuna do segundo quadrinho deve ser preenchida com:
a) Encontrei ele
b) Fiquei frente à frente a ele
c) Deparei com ele
d) Vim à conhecê-lo
e) Achei-lhe

038. (2017/VUNESP/CÂMARA DE PORTO FERREIRA-SP/ASSESSOR DE IMPRENSA) Obser-


ve as manchetes, retiradas e adaptadas do site do jornal A Tarde (Salvador, 20/09/2017):
Trump vai ________ ONU e ameaça “destruir” Coreia do Norte.
Apresentador é condenado _______ devolver salários ______ emissora.
Líder quilombola é morto ______ tiros em Simões Filho.
De acordo com a norma-padrão, as lacunas devem ser preenchidas, respectivamente, com:
a) à... a... a... à
b) a... à... a... a
c) à... à... à... a
d) a... a... à... à
e) à... a... à... a

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039. (2017/VUNESP/IPRESB-SP/ASSISTENTE PREVIDENCIÁRIO)


Cresce preocupação de investidores com sustentabilidade
Pesquisa da consultoria Ernst & Young mostra que cada vez mais os investidores consideram
dados socioambientais e de governança antes de decidir pôr dinheiro em uma empresa.
No ano passado, 68% disseram que essas informações têm papel fundamental na escolha do
destino final dos recursos. É uma evolução em relação a 2015, quando 52% afirmavam atentar
para essas questões.
A consultoria ouviu 320 investidores ao redor do mundo, sendo um terço deles com mais de
US$ 10 bilhões em ativos sob gestão.
No Brasil, uma das tentativas de estabelecer parâmetros sobre esses dados para o mercado
financeiro vem do Índice de Sustentabilidade da Bolsa. Os dados comparam o desempenho
de empresas sob aspectos como eficiência econômica, equilíbrio ambiental, justiça social e
governança corporativa. Desde que foi lançado, esse Índice já acumula valorização de 154,6%.
Para H. Bueno, da EY, escândalos ambientais e sociais recentes – e as consequências desses
casos sobre as ações das empresas – fazem com que a sustentabilidade ganhe mais espaço
dentro das corporações.
O estudo cita o episódio envolvendo uma grande fabricante de veículos, que usava um softwa-
re para manipular testes de verificação das emissões de gases poluentes pelos veículos da
montadora.
Nos dias seguintes às denúncias, as ações da empresa chegaram a desvalorizar 42,2%.
O mercado e os consumidores cobram idoneidade das companhias. “O consumidor tem uma
reação imediata em parar de consumir o produto de empresas que estão envolvidas em cor-
rupção e em algum tipo de manipulação. A sustentabilidade é um caminho sem volta. As em-
presas precisam transitar por esse caminho, senão vão ser penalizadas no mercado consumi-
dor ou na capacidade de receber investimentos”, afirma Bueno.
(Danielle Brant. Folha de S. Paulo, 07/08/2017. Adaptado)

Considere a frase.
O consumidor costuma imediatamente ____________ adquirir produtos de empresas que
___________ corrupção ou algum tipo de manipulação.
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas da frase devem ser preenchi-
das, respectivamente, por:
a) se recusar de … estão implicadas em
b) se eximir de … têm elo à
c) se abster com … têm vínculos em
d) se negar a … estão comprometidas com
e) se furtar com … têm ligação à

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040. (2017/VUNESP/IPRESB-SP/ASSISTENTE PREVIDENCIÁRIO)

Assinale a alternativa em que a frase baseada na charge está correta quanto ao emprego do
sinal indicativo de crase.
a) Refletindo sobre o uso do Twitter, o rapaz faz menção à dificuldade para redigir os relatórios
detalhados pedidos à ele pela gerência.
b) Refletindo sobre o uso do Twitter, o rapaz cita à dificuldade para redigir os relatórios detalha-
dos pedidos a ele pela gerência
c) Refletindo sobre o uso do Twitter, o rapaz faz alusão a dificuldade para redigir os relatórios
detalhados pedidos a ele pela gerência.
d) Refletindo sobre o uso do Twitter, o rapaz se refere à dificuldade para redigir os relatórios
detalhados pedidos a ele pela gerência.
e) Refletindo sobre o uso do Twitter, o rapaz admite a dificuldade para redigir os relatórios de-
talhados pedidos à ele pela gerência.

041. (2017/VUNESP/CÂMARA DE SUMARÉ-SP/PROCURADOR JURÍDICO) A questão foi elabo-


rada tendo como base o texto de Reinaldo José Lopes, a seguir.
Em livro ambicioso, sociólogo analisa incertezas do futuro
Falta de ambição claramente não é o problema de A Era do Imprevisto: A Grande Transição do
Século 21, novo livro do sociólogo mineiro Sérgio Abranches. Se o leitor já se perguntou, como
imagino, que diabos está acontecendo com o mundo nos últimos anos e o que pode vir daqui
para a frente, a obra do especialista formula algumas respostas – imaginativas, provisórias e
diabolicamente complicadas.
Ele tem se especializado na interface entre política global e questões ambientais, uma conexão
que, por si só, já seria suficiente para produzir calvície e gastrite nos espíritos mais serenos.

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Esse eixo político-ambiental está no cerne do livro, mas o sociólogo também tenta investigar
como a ascensão das redes sociais pode afetar a organização da sociedade do futuro; como
o conhecimento emergente (biotecnologia, nanotecnologia, inteligência artificial) pode trans-
formar a vida humana neste século; e o que a tradição filosófica ocidental e as descobertas da
biologia evolucionista têm a dizer sobre nossa natureza e nosso futuro como espécie.
Para Abranches, a sede de ir ao cerne de todas essas questões existenciais se justifica pelo
próprio subtítulo do livro: estaríamos vivendo “a grande transição do século 21”, um ponto de
virada tão importante, à sua maneira, quanto o Renascimento do século 16 ou a Revolução
Industrial do século 18.
Num cenário fulcral como esse, nada mais lógico que tudo pareça bagunçado e em crise per-
manente. Estruturas políticas, sociais, econômicas e culturais velhas ainda estão se encami-
nhando lentamente para o leito de morte, enquanto suas substitutas passam por um parto di-
fícil. Resultado: sensação perpétua de caos e desalento, ainda que o momento também esteja
repleto de potencialidades positivas.
Abranches está convicto de que a falta de controle sobre o capitalismo tem solapado o funcio-
namento das democracias. “As leis de mercado são hoje um eufemismo que designa a com-
binação entre controle oligopolista e hegemonia do capital financeiro”, resume. Nesse cenário,
poucos decidem os destinos de bilhões.
Onde ver esperança? Para Abranches, será crucial usar as possibilidades do ciberespaço para
criar um modelo de participação política mais direto, evitando que a democracia representativa
se transforme de vez em oligarquia. Resta saber como fazer isso sem que as redes sociais se
transformem numa reunião de condomínio improdutiva de dimensões planetárias.
(Reinaldo José Lopes, Folha de S. Paulo, 27/05/2017. Adaptado)

O trecho – Tal complicação deriva da pesquisa de Abranches. Ele tem se especializado em


questões ambientais e políticas globais, conexão suficiente para produzir calvície e gastrite. –
apresenta reescrita correta, quanto ao padrão normativo da regência e da crase, em:
a) Tal complicação remete a uma pesquisa de Abranches, que tem se dedicado às questões
ambientais e políticas globais, conexão apta a produzir calvície e gastrite.
b) Tal complicação remete a uma pesquisa de Abranches, que tem se dedicado as questões
ambientais e políticas globais, conexão apta à produzir calvície e gastrite.
c) Tal complicação remete à uma pesquisa de Abranches, que tem se dedicado as questões
ambientais e políticas globais, conexão apta a produzir calvície e gastrite.
d) Tal complicação remete a uma pesquisa de Abranches, que tem se dedicado as questões
ambientais e políticas globais, conexão apta a produzir calvície e gastrite.
e) Tal complicação remete à uma pesquisa de Abranches, que tem se dedicado às questões
ambientais e políticas globais, conexão apta à produzir calvície e gastrite.

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042. (2017/VUNESP/CÂMARA DE SUMARÉ-SP/ESCRITURÁRIO) Leia o texto “Procura-se


restaurante sem TV”, para responder à questão.
No fim de semana passado, fui com a família a um dos nossos restaurantes prediletos. É um
desses lugares com cardápio gigante e pratos idem, ideal para um almoção de domingo. Um
dos atrativos do lugar é um agradável jardim com mesas ao ar livre. O jardim é a parte do res-
taurante preferida por famílias. Fica cheio de crianças nos fins de semana.
Ao chegar, tivemos uma surpresa: o restaurante havia colocado uma enorme televisão no jar-
dim, com caixas de som espalhadas por todo o lugar. A TV exibia – juro – um programa sobre
o cultivo de orégano.
Somos clientes antigos do lugar. Vamos tanto que até conhecemos os donos. Perguntei por
que haviam decidido instalar o aparelho.
“Cansei de perder clientes porque não tínhamos TV”, disse um dos proprietários. “Tem gente
que chega aqui, pergunta se tem TV e, quando digo que não, vai embora.”
Triste, mas verdadeiro: achar um restaurante sem TV está ficando cada vez mais difícil. Enten-
do que um restaurante de PF ou de almoço comercial tenha TV nas paredes para os clientes
verem as notícias ou os gols da noite anterior. É claro que já fui com amigos a bares para assis-
tir a jogos. Ninguém é contra a televisão. Mas não consigo entender como uma família prefere
ficar vendo um programa sobre plantação de orégano a conversar.
Nosso almoço foi uma depressão só: o som do programa impedia qualquer tentativa de comu-
nicação. Era impossível escapar do barulho da TV, já que as caixas cobriam toda a área do lugar.
O pior é que o dono do restaurante tinha razão: as famílias pareciam estar gostando do progra-
ma. Na mesa ao lado, um casal passou o almoço todo sem trocar uma palavra, aparentemente
hipnotizado pelas informações sobre a melhor época para plantar orégano.
Perdemos outro de nossos restaurantes favoritos. Uma pena. Mas tenho certeza de que o lu-
gar, agora com TV, não vai sentir nossa falta.
(André Barcinski, Folha de S. Paulo, 09/05/2012. Adaptado)

Considere a frase.
O autor não se opõe ___ existência de TV em bares e restaurantes e afirma que há situações em
que ela é bem-vinda, ____ exemplo do horário de almoço, quando os clientes aproveitam esse
curto período para estar _____ par das últimas notícias e dos gols do campeonato.
De acordo com a norma-padrão, as lacunas dessa frase devem ser preenchidas, correta e res-
pectivamente, por:
a) a … à … à
b) a … à … a
c) à … a … a
d) à … à … a
e) à … a … à

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Crase e Acentuação
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043. (2017/VUNESP/CÂMARA DE SUMARÉ-SP/AUXILIAR DE ADMINISTRAÇÃO) Assinale a al-


ternativa em que o emprego do sinal da crase está de acordo com a norma padrão da língua
portuguesa.
a) O texto refere-se à pais que desejam compensar ausência física.
b) As crianças ficam ocupadas de segunda à domingo, o que gera estresse.
c) À partir do próximo mês, ela terá outros compromissos.
d) Ontem à tarde, ela não foi ao cinema porque estava com febre.
e) A mãe levou à filha para o curso de inglês e de informática.

044. (2017/VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO) Leia o texto dos quadri-


nhos, para responder à questão.

Assinale a alternativa que dá outra redação à fala dos quadrinhos, seguindo a norma padrão de
regência, conjugação de verbos e emprego do sinal indicativo de crase.
a) Espero que você nomeie à alguém que trata disso melhor do que seu advogado.
b) Se você não se dispor em ajudar à fazer a lição de casa, vou processar você.
c) Vou acionar à polícia se você não vir me ajudar com à lição de casa.
d) Caso você não me acuda quando eu fizer a lição de casa, apelarei à justiça.
e) Pergunto à você onde está seu advogado; não creio que ele resolva ao caso.

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Crase e Acentuação
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045. (2017/VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO)


O problema de São Paulo, dizia o Vinicius, “é que você anda, anda, anda e nunca chega a Ipane-
ma”. Se tomarmos “Ipanema” ao pé da letra, a frase é absurda e cômica. Tomando “Ipanema”
como um símbolo, no entanto, como um exemplo de alívio, promessa de alegria em meio à
vida dura da cidade, a frase passa a ser de um triste realismo: o problema de São Paulo é que
você anda, anda, anda e nunca chega a alívio algum. O Ibirapuera, o parque do Estado, o Jardim
da Luz são uns raros respiros perdidos entre o mar de asfalto, a floresta de lajes batidas e os
Corcovados de concreto armado.
O paulistano, contudo, não é de jogar a toalha – prefere estendê-la e se deitar em cima, caso
lhe concedam dois metros quadrados de chão. É o que vemos nas avenidas abertas aos pe-
destres, nos fins de semana: basta liberarem um pedacinho do cinza e surgem revoadas de
patinadores, maracatus, big bands, corredores evangélicos, góticos satanistas, praticantes de
ioga, dançarinos de tango, barraquinhas de yakissoba e barris de cerveja artesanal.
Tenho estado atento às agruras e oportunidades da cidade porque, depois de cinco anos vi-
vendo na Granja Viana, vim morar em Higienópolis. Lá em Cotia, no fim da tarde, eu corria em
volta de um lago, desviando de patos e assustando jacus. Agora, aos domingos, corro pela
Paulista ou Minhocão e, durante a semana, venho testando diferentes percursos. Corri em
volta do parque Buenos Aires e do cemitério da Consolação, ziguezagueei por Santa Cecília e
pelas encostas do Sumaré, até que, na última terça, sem querer, descobri um insuspeito parque
noturno com bastante gente, quase nenhum carro e propício a todo tipo de atividades: o esta-
cionamento do estádio do Pacaembu.
(Antonio Prata. “O paulistano não é de jogar a toalha. Prefere estendê-la e deitar em cima.” Disponível em:
<http://www1.folha.uol.com.br/colunas>. Acesso em: 13/04/2017. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a substituição dos trechos destacados na passagem – O pau-


listano, contudo, não é de jogar a toalha – prefere estendê-la e se deitar em cima, caso lhe
concedam dois metros quadrados de chão. – está de acordo com a norma padrão de crase,
regência e conjugação verbal.
a) prefere mais estendê-la do que desistir – põe à disposição.
b) prefere estendê-la à desistir – ponham a disposição.
c) prefere estendê-la a desistir – põe a disposição.
d) prefere estendê-la do que desistir – põem a disposição.
e) prefere estendê-la a desistir – ponham à disposição.

046. (2017/VUNESP/TJ-SP/SERVIÇO SOCIAL) Leia o texto para responder à questão.


Surgiu a Maria da Anália, pediu se eu podia vender um pedaço de toucinho.
– Não vou vender. Quando você engordou e matou o teu porco, eu não fui aborrecer-te.
Ela começou a dizer que queria só o toucinho. Perpassei o olhar no povo. Fitavam o toucinho
igual a raposa quando fita uma galinha. Pensei: e se eles invadir o quintal? Resolvi levar o tou-

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Crase e Acentuação
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cinho para dentro de casa o mais depressa possível. Fitei as tabuas do barraco, que já estão
podres. Se eles invadir, adeus barraco.
Juro que fiquei com medo...
(Carolina Maria de Jesus. Quarto de despejo – diário de uma favelada, 1993. Adaptado)

A Maria da Anália visava ___ um pedaço de toucinho, mas seu pedido não chegou ____ sen-
sibilizar a dona do porco que, vendo-se _____ mercê de uma invasão em seu quintal, decidiu
recolher-se ____ sua casa.
Assinale a alternativa cujos termos preenchem, correta e respectivamente, as lacunas do enun-
ciado conforme a norma-padrão.
a) a … à … a … à
b) a … a … a … a
c) à … à … à … à
d) a … a … à … à
e) à … a … a … a

047. (2017/VUNESP/UNESP/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO)


Fogo e Madeira
Não foi pouco para um único dia de fiscalização. Dois caminhões, um trator, uma camionete e
uma pá carregadeira foram inutilizados pelo Ibama*, por servirem à extração ilegal de madeira
na divisa entre Rondônia e Mato Grosso.
Embora os agentes do instituto tivessem o que comemorar, seria incorreto qualificar como
êxito o que ocorreu – pelo menos de uma perspectiva mais alongada no tempo.
A facilidade com que se encontraram sinais flagrantes de desmatamento nada mais revela do
que o extremo de sem cerimônia dos madeireiros ilegais na Amazônia.
Autorizada por decreto de 2008, a destruição dos equipamentos empregados nessa atividade
predatória parece ser uma das poucas punições efetivamente ressentidas pelos infratores.
Levada a cabo por meio de helicópteros, a ação do Ibama afugenta, pelo mero estardalhaço de
sua aproximação, os responsáveis diretos pelo crime.
Porém, mal os helicópteros levantam voo novamente, o desmatamento prossegue. Operações
dessa monta se fazem de raro em raro, e os madeireiros não chegam a abalar-se da área
protegida.
Além da óbvia extensão da floresta, outros fatores tornam complexa a fiscalização. Madeirei-
ros possuem, por exemplo, licença para a exploração sustentável do recurso natural, mas a
utilizam para enveredar em áreas protegidas.
Iniciativas mais extensas e difíceis, mas de maior alcance, envolveriam o engajamento da po-
pulação em outras atividades atraentes do ponto de vista econômico. A falta de alternativas
de trabalho sem dúvida explica por que madeireiros ilegais encontram algum apoio entre os
habitantes da região.

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Ainda que fulgurante, a ação de poucos fiscais será incapaz de interromper o desmatamento.
* Ibama: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis.
(Folha de S. Paulo, 24/12/2016. Adaptado)

Os fiscais do Ibama foram _______ Amazônia e lá chegaram _________ destruir equipamentos


que eram destinados ________ atividades ilegais de extração de madeira. De acordo com a nor-
ma-padrão, as lacunas da frase devem ser preenchidas, respectivamente, com:
a) à … à … à
b) a … à … à
c) à … a … a
d) a … a … à
e) à … à … a

048. (2017/VUNESP/TJM-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO) Assinale a alternativa


que preenche, respectivamente, as lacunas da frase, conforme a norma-padrão da língua.
_______________anos, estudiosos________ acerca da contribuição que o conhecimento dos bura-
cos negros pode trazer_____________ nossas vidas.
a) Há... têm questionado-se... a
b) Há... têm se questionado... a
c) Há... têm se questionado... à
d) A... têm questionado-se... a
e) A... têm se questionado... à

049. (2017/VUNESP/CÂMARA DE MOGI DAS CRUZES-SP/PROCURADOR JURÍDICO) Leia o


texto “Chega de desculpas”, do jornalista português João Pereira Coutinho, para responder
à questão.
A herança ibérica é causa dos problemas do Brasil? A pergunta é recorrente. A convite de uma
associação de estudantes, estive em São Paulo para uma conversa sobre o assunto.
Não foi fácil: entrei no auditório, e estavam ali talvez umas 300 pessoas para escutar e, quem
sabe, pedir a minha pele. No fim, saí ileso e ninguém comprou a ideia de que os portugueses
são responsáveis pela situação do Brasil. É verdade. O país pode estar em crise, mas as novas
gerações enchem o meu coração de otimismo.
Mas vamos ao que interessa: a colonização foi coisa boa ou coisa má? A pergunta, pelo seu
maniqueísmo, já é falha. Nenhuma colonização é totalmente boa ou totalmente má. Existiram
bons legados e maus legados.
Começo pelos bons: a ausência de uma “superioridade de raça”. Sérgio Buarque de Holanda
sabia do que falava. Gilberto Freyre também. Como dizem ambos, os portugueses que chega-
ram em 1500 já eram um povo “mestiço” – uma salada de latinos, africanos, árabes etc. Isso
é importante?

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É. Porque não foram apenas os portugueses a colonizar o Brasil. Os nativos também coloni-
zaram os portugueses – e essa “plasticidade”, para usar um termo caro a esses estudiosos,
impediu a rigidez cultural, social e até sexual, que outros povos colonizadores espalharam por
seus domínios.
Sim, sei: você gostaria de ter sido colonizado por holandeses, ingleses, quem sabe franceses.
Coisa chique, mas foram eles que colonizaram a África do Sul, a Índia e a Argélia…
Está no seu direito. Mas, como diz um amigo, você consegue imaginar a “Garota de Ipane-
ma” cantada em holandês? A musicalidade dos brasileiros precisou de semente mestiça para
florescer.
Pena – que nem tudo tenha florescido – e aqui mergulho no lado lunar. Os portugueses não
foram exemplares na educação da colônia. No século 18, afirma Sérgio Buarque, milhares de
livros eram publicados no México. Ao mesmo tempo, a Coroa portuguesa fechava as tipogra-
fias dos trópicos porque temia que ideias subversivas pudessem corromper a estabilidade
do Brasil.
E quem fala em livros fala em educação: Sérgio relembra que, entre os anos de 1775 e 1821,
7850 bacharéis e 473 doutores e licenciados saíram com diploma da Universidade do Méxi-
co. Em igual período, só 720 brasileiros conseguiram a proeza (pela Universidade de Coim-
bra, claro).
Finalmente, existe uma herança pesada da colonização portuguesa: esse patrimonialismo que
atribui ao Estado o papel de “baby-sitter” do cidadão. Isso significa que um homem assume a
mentalidade de uma criança que tudo espera do Estado, desde o berço até a sepultura.
Os portugueses deixaram o Brasil há quase 200 anos, e qualquer pessoa adulta sabe que o
presente do Brasil é um produto das escolhas dos brasileiros, portanto chega de desculpas.
(Folha de S. Paulo, 20/10/2015. Adaptado)

Assinale a alternativa que completa corretamente a seguinte frase:


O leitor tem direito
a) à restrições com relação ao ponto de vista exposto pelo autor.
b) à defesa da ideia de que outros colonizadores seriam preferíveis aos portugueses.
c) à acreditar que o Brasil deveria ter sido colonizado por outros povos.
d) à uma opinião diversa da veiculada por esse texto jornalístico.
e) à argumentos que tornem discutível o parecer do autor.

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050. (2016/VUNESP/PREFEITURA DE GUARULHOS-SP/ASSISTENTE DE GESTÃO) Consi-


dere a charge de Pelicano para responder à questão.

(http://paduacampos.com.br/2012/wp-content/uploads/2013/10/ AUTO_pelicano13.jpg. Adaptado)

Considere a frase.
__________escolas que_________ em prática a troca de mensagens, enviando frequentemen-
te_________ famílias informações a respeito do desempenho dos filhos.
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas dessa frase.
a) Existe … põe … às
b) Existe … põem … as
c) Existem … põe … as
d) Existem … põem … às
e) Existem … põem … as

051. (2016/VUNESP/PREFEITURA DE GUARULHOS-SP/ASSISTENTE ESCOLAR) Leia a fra-


se a seguir:
O garoto aconselhou _________ irmã __________ levar o lanche __________ escola numa lancheira.
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas da frase.
a) a … à … a
b) a … à … à
c) à … a … à
d) à … à … a
e) a … a … à

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052. (2016/VUNESP/ODAC/AGENTE ADMINISTRATIVO) Assinale a alternativa em que o si-


nal indicativo de crase está empregado corretamente.
a) A autora diz ter crescido junto às flores.
b) A garota imaginou que dariam tudo à ela.
c) A mãe deu à seu bebê um nome de pássaro.
d) Se o passarinho não voa, é levado à piar.
e) Ela comparou-se à um brotinho de feijão.

053. (2016/VUNESP/MPE-SP/BIÓLOGO) Assinale a alternativa que preenche as lacunas do


texto a seguir, observando o emprego do sinal de crase e a conjugação verbal, segundo a
norma-padrão.
Implantaremos um sistema capaz de levar____________ consumidores fiéis informações sobre
nossas promoções,____________________ partir do momento em que forem lançadas.
Se___________ de recursos suficientes, anunciaremos prêmios que atraiam clientes, para que
______________ incondicionalmente ____________ campanhas promocionais.
a) aqueles... a... dispormos... aderem... as
b) àqueles... a... dispusermos... adiram... às
c) àqueles... à... dispusermos... aderem... às
d) aqueles... à... dispormos... adiram... as
e) aqueles... a... dispormos... adiram... as

054. (2016/VUNESP/UFABC/ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO) Leia o texto, para respon-


der à questão.
O que é a paixão senão um sentimento imenso que nos tira a razão? Quando estamos apaixo-
nados, não queremos nada, além daquilo ou daquele que nos hipnotizou.
Ficamos cegos e nada mais faz sentido. Tudo em nossa volta se transforma em um nevoeiro,
cinza e espesso, permitindo ver apenas o que tanto queremos.
Todos nos apaixonamos, seja por alguém ou por algo, e de repente nossos corações perdem a
harmonia das batidas. De repente somos fisgados por algo que nos conquistou.
Não somente os jovens, adultos ou velhos se apaixonam. As crianças também. E, assim, um
dia caí na armadilha de um cupido mal-intencionado.
Eu era criança, não lembro minha idade, mas lembro que aqui no hospital amanhecera. Dava
para sentir o calor da luz do sol e o silêncio que pairava no ambiente do quarto onde, sozinho,
eu ficava.
Em instantes, alguém, que estava ali para cuidar de mim, entra no quarto. Havia uma vitrola e,
para permitir um momento agradável, essa que veio ser minha cuidadora pôs um disco para
tocar. Não tenho certeza, mas era um vinil com canções românticas de uma dessas novelas.
Não sei como foi, mas lembro até hoje o nome dessa que, naquele dia, me ofertou grande afe-
to. Seu nome era Silvana, e lembro que ela tinha cabelos compridos e loiros.

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Enquanto a música tocava, eu sentia que algo não estava certo com ela. Parecia que, apesar
de estar diante de mim, estava com seu coração em outro mundo.
Mesmo assim, eu me sentia bem e feliz. Depois do banho e do café da manhã, ela sai do quarto
para outras tarefas. Embalado pelas músicas da vitrola, fico vislumbrando a paisagem da ja-
nela. Bem ao longe, em cima do prédio da Faculdade de Medicina, em frente ao Instituto onde
fico, uma bandeira do Brasil dança ao ritmo do vento que a embala.
Muitos momentos, quando se é garoto, são como fotografias, nas quais o maior sentimento
que se expressa é a solidão.
A música parou de tocar, e assim voltei meu olhar para o quarto em que somente eu estava
presente. Não demorou muito para que Silvana voltasse e colocasse outro disco. Poucas ho-
ras depois, irei dormir feliz, pois o carinho e o afeto que Silvana me permitiu deixarão um doce
conforto. Como o filho de que a mãe cuida, fecho meus olhos, tranquilo e feliz.
Mas, infelizmente, nada dura para sempre. Veio outra pessoa cuidar de mim no dia seguinte, e
no lugar do afeto que Silvana trazia, não veio o desprezo, mas alguém em quem eu mal poderia
encontrar conforto. Aos soluços, pedi de volta a Silvana que tinha cuidado de mim no dia ante-
rior. A resposta das minhas súplicas foi que ela não viria mais.
(Paulo Henrique, Minha primeira paixão. Disponível em: www.folha.uol.com.br. Acesso em 16/02/2016. Adap-
tado)

Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas no texto a seguir:


Embora um hospital, para muitos, associe-se ____ imagem de um lugar sombrio e triste, existe
nele uma beleza que poucos _____. Não sei se pelo tempo que vivo aqui, aprendo ______ ver
essa beleza que muitas vezes produz _______uma sensação de completa felicidade.
a) à … veem … a … em mim
b) à … vêm … à … me
c) a … veem … à … em mim
d) a … veem … a … a mim
e) à … vêm … a … me

055. (2016/VUNESP/PREFEITURA DE SÃO PAULO-SP/ANALISTA)


O mundo vive hoje um turbilhão de sentimentos e reações no que diz respeito aos refugia-
dos. Trata-se de uma enorme tragédia humana, à qual temos assistido pela TV no conforto de
nossas casas.
Imagens dramáticas mostram famílias inteiras, jovens, crianças e idosos chegando à Europa
em busca de um lugar supostamente mais seguro para viver. Embora os refugiados da Síria te-
nham ganhado maior destaque, existem ainda os refugiados africanos e os latino-americanos.
Dentro da América Latina, vemos grandes migrações, uma marcha de pessoas que buscam o
refúgio, mas que terminam em uma espécie de exílio.

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O Brasil, que sempre se destacou por sua capacidade de acolher diferentes culturas, apresenta
uma das sociedades com maior diversidade. Podemos afirmar nossa capacidade de lidar com
o multiculturalismo com bastante naturalidade, embora, muitas vezes, a questão seja tratada
de maneira superficial. Por outro lado, o preconceito existente, antes disfarçado, deixou de ser
tímido e passou a se manifestar de forma aberta e hostil. Comparado a outros países, o Brasil
não recebe um número elevado de refugiados, e a maioria da sociedade brasileira aceita-os,
acreditando que é possível fazer algo para ajudá-los, mesmo diante do momento crítico da
economia e da política.
Diante desse cenário, destacam-se as iniciativas de solidariedade, de forma objetiva e prati-
cada por jovens estudantes de nossas universidades. Com a cabeça aberta e o respeito ao
diferente, muitos deles manifestam uma visão de mundo que permite acreditar em transfor-
mações sociais de base.
(Soraia Smaili, Refugiados no Brasil: entre o exílio e a solidariedade. Em: cartacapital.com.br. 02/02/2016. Adap-
tado)

Nas universidades, as iniciativas de solidariedade visam oferecer apoio_____ precisa, com res-
peito___ diferenças, entendendo-se que não se deve negar_____ um refugiado______ esperança
por uma vida melhor.
De acordo com a norma-padrão, as lacunas da frase devem ser preenchidas, respectiva-
mente, com:
a) aquele que … à … a … à
b) àquele que … às … a … a
c) à quem … às … à … à
d) a quem … as … à … a
e) àquele que … as … a … à

056. (2016/VUNESP/CÂMARA DE MARÍLIA-SP/PROCURADOR JURÍDICO)


Uma noite no mar Cáspio
Na semana passada, uma aluna da Sorbonne foi encarregada de fazer um estudo sobre a
literatura latino-americana, mal informada de tudo, inclusive sobre a América Latina. Veio en-
trevistar algumas pessoas e, não sei por que, pediu-me que a recebesse para uma conversa
que pudesse explicar o Brasil com apenas um título que serviria de roteiro para o trabalho que
deveria apresentar.
Já me pediram coisas extravagantes, recusei algumas, aceitei outras. Aleguei minha incompe-
tência para titular qualquer coisa.
Mas não quis decepcionar a moça. Pensando na atual crise política, sugeri “Garruchas e pu-
nhais” – era o nome da briga entre os meninos da rua Cabuçu contra os meninos da rua Lins
de Vasconcelos. Morei nas duas e era considerado um espião a soldo de uma ou de outra. O
que no fundo era verdade, considerava idiotas os dois lados.

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Crase e Acentuação
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A moça riu mas não gostou. Todos os países têm garruchas e punhais. Dei outra sugestão: “O
mosteiro de tijolos de feltro”. Ela não gostou – nem eu. Parti então para uma terceira via, por si-
nal, a mais estúpida. Pensou um pouco, inicialmente recusou. Olhou bem para mim e aprovou:
“Uma noite no mar Cáspio”. Para meu espanto, ela aceitou.
Acredito que os professores da Sorbonne também gostarão. E eu nem sei onde fica o mar Cás-
pio, embora também não saiba onde fica o Brasil.
(Carlos Heitor Cony. Folha de S. Paulo, 26/01/2016. Adaptado)

Comecei ___________ conversar com a aluna e entendi que caberia a mim escolher o título de
seu estudo. Perguntei _________ ela o que achava de “Garruchas e punhais”. Não gostou. Então,
dei outra sugestão _______ moça: “O mosteiro de tijolos de feltro”. De acordo com a norma-pa-
drão, as lacunas da frase devem ser preenchidas, respectivamente, com:
a) a … a … àquela
b) à … a … àquela
c) a … à … aquela
d) à … à … aquela
e) a … à … àquela

057. (2016/VUNESP/IPSMI/AGENTE ADMINISTRATIVO)


Cuidado
O sedentarismo está entre os principais fatores de risco que ameaçam________ saúde. No en-
tanto, é preciso ter cuidado ao começar___________ praticar atividades físicas.
“Exercícios sem orientação profissional ou visando resultado a qualquer custo, normalmente,
levam________ sobrecarga de peso e podem provocar lesões nos ombros, nos joelhos e na lom-
bar”, diz Helder Montenegro, diretor do Instituto de Tratamento da Coluna Vertebral.
(Especialista aconselha quem quer deixar o sedentarismo. www.estadao.com.br, 08/01/16. Adaptado)

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do texto.


a) a...a... à
b) à...à... à
c) a...à... a
d) à...à... a
e) à...a... à

058. (2016/VUNESP/PREFEITURA DE SUZANO-SP/AGENTE DE GESTÃO ADMINISTRATI-


VA) Leia o texto a seguir.
Eu fico realmente impressionado ao perceber como os colunistas políticos da grande mídia
sentem prazer em pintar o país em cores sombrias: tudo está sempre “terrível”, “desespera-
dor”. Nunca estivemos “tão mal” ou numa crise “tão grande”.

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Em primeiro lugar, é preciso perguntar: estes colunistas não viveram os anos 90?! Mas, mesmo
que não tenham vivido e realmente acreditem que “crise” é o que o Brasil enfrenta hoje, outra
indagação se faz necessária: não leem as informações que seus próprios jornais publicam,
mesmo que escondidas em pequenas notas no meio dos cadernos?
Vejamos: a safra agrícola é recordista, o setor automobilístico tem imensas filas de espera por
produtos, e os aeroportos estão lotados. Passe diante dos melhores bares e restaurantes de
sua cidade no fim de semana e perceberá que seguem lotados.
Aliás, isso é sintomático: quando um país se encontra realmente em crise econômica, as pri-
meiras indústrias que sofrem são as de entretenimento. Sempre. Famílias com o bolso vazio
não gastam com o que é supérfluo – e o entretenimento não consegue competir com a neces-
sidade de economizar para gastos em supermercado, escola, saúde, água, luz etc. Portanto, é
revelador notar, por exemplo, como os cinemas brasileiros estão tendo seu melhor ano desde
2011. Público recorde. “Apesar da crise”. A venda de livros aumentou 7% no primeiro semestre.
“Apesar da crise”.
Se banissem a expressão “apesar da crise” do jornalismo brasileiro, a mídia não teria mais o
que publicar.
Faça uma rápida pesquisa no Google pela expressão “apesar da crise”: quase 400 mil resultados.
“Apesar da crise, produção de batatas atrai investimentos em Minas”
“Apesar da crise, brasileiros pretendem fazer mais viagens internacionais.” Apesar da crise,
Piauí registra crescimento na abertura de empresas.” Apesar da crise. Apesar da crise. Ape-
sar da crise.
Uma coisa é dizer que o país está em situação maravilhosa, pois não está; outra é inventar um
caos que não corresponde à realidade. A verdade, como de hábito, reside no meio do caminho:
o país enfrenta problemas sérios, mas está longe de viver “em crise”. E certamente teria mais
facilidade para evitá-la caso a mídia em peso não insistisse em semear o pânico na mente da
população – o que, aí, sim, tem potencial de provocar uma crise real.
(Apesar da crise. Disponível em: www.pragmatismopolítico. Adaptado)

Assinale a alternativa em que o acento indicativo de crase e a colocação pronominal foram


empregados de acordo com a norma padrão da língua portuguesa.
a) Os problemas que o país enfrenta não assemelham-se à essa tragédia publicada nos jornais.
b) Os problemas que o país enfrenta quase sempre assemelham-se à uma situação de-
sesperadora.
c) Os problemas que o país enfrenta não se assemelham à toda essa crise pintada pela mídia.
d) Os problemas que o país enfrenta quase sempre se assemelham à um cenário de pânico.
e) Os problemas que o país enfrenta não se assemelham àquilo que é publicado pela mídia.

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059. (2016/VUNESP/CÂMARA DE MARÍLIA-SP/AGENTE DE COPA) Assinale a alternativa em


que o acento indicativo de crase está empregado corretamente.
a) Em casa, a família se reúne à mesa para tomar o café.
b) O cafezinho pareceu agradar à todos que o provaram.
c) O café foi servido à essas visitas em xícaras especiais.
d) No Brasil, o cafezinho se ajusta à qualquer tipo de reunião.
e) Recomenda-se o café descafeinado à quem sofre de insônia.

060. (2016/VUNESP/PREFEITURA DE SERTÃOZINHO-SP/PROCURADOR MUNICIPAL) Leia a


crônica “Não parta”, de Antonio Prata, para responder à questão.
Ter trinta e poucos anos significa, entre outras coisas, que é praticamente impossível reunir
cinco casais num jantar sem que haja pelo menos uma grávida. E estar na presença de uma
grávida significa, entre outras coisas, que é praticamente impossível falar de qualquer outro
assunto que não daquele rotundo e miraculoso acontecimento, a desenrolar-se do lado de lá
do umbigo em expansão.
Enquanto a conversa gira em torno dos nomes cogitados, da emoção do ultrassom, dos dife-
rentes modelos de carrinho, o clima costuma ser agradável e os convivas se aprazem diante
da vida que se aproxima. Mas eis então que alguém pergunta: “e aí, vai ser parto normal ou
cesárea?”, e toda possível harmonia vai pra cucuia.
Num extremo, estão as mulheres que querem parir de cócoras, ao pé de um abacateiro, sob os
cuidados de uma parteira de cem anos, tendo como anestesia apenas um chá de flor de ma-
caúba e cantigas de roda de 1924. Na outra ponta, estão as que têm tremedeiras só de pensar
em parto normal, pretendem ir direto pra cesárea, tomar uma injeção e acordar algumas horas
depois, tendo no colo um bebê devidamente parido, lavado, escovado, penteado e com aquela
pulseirinha vip no braço, já com nome, número de série e código de barras.
Os dois lados acusam o outro de violência: as naturebas dizem que a cesárea é um choque; as
artificialebas alegam que dar as costas à medicina é uma irresponsabilidade. Eu, que durante
meses ouvi calado as discussões, pesei bastante os argumentos e cheguei, enfim, a uma con-
clusão: abaixo o nascimento! Viva a gravidez!
Imaginem só a situação: os primeiros grãos de consciência germinam em seu cérebro. Você
boia num líquido morninho – nem a gravidade, essa pequena e constante chateação, te abor-
rece. Você recebe alimento pelo umbigo. Você dorme, acorda, dorme, acorda e jamais tem que
cortar as unhas dos pés. Então, de repente, o líquido se vai, as paredes te espremem, a fonte
seca, a luz te cega e, daí pra frente, meu amigo, é só decadência: cólicas, fome, sede, pernilon-
gos, decepções, contas a pagar. Eis um resumo de nossa existência: nove meses no paraíso,
noventa anos no purgatório.
Freud diz que todo amor que buscamos é um pálido substituto de nosso primeiro, único e
grande amor: a mãe. Discordo. A mãe já é um pálido substituto de nosso primeiro, único e

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grande amor: a placenta. Tudo, daí pra frente – as religiões, os relacionamentos amorosos, a
música pop, a semiótica* e a novela das oito – é apenas uma busca inútil e desesperada por
um novo cordão umbilical, aquele cabo USB por onde fazíamos, em banda larga, o download
da felicidade. Do parto em diante, meu caro leitor, meu caro companheiro de infortúnio, a vida
é conexão discada, wi-fi mequetrefe, e em vão nos arrastamos por aí, atrás daquela impossível
protoconexão.
No próximo jantar, se estiver do lado de uma grávida, jogarei um talher no chão e, ao abaixar
para pegá-lo, cochicharei bem rente à barriga: “te segura, garoto! Quando começar a tremedei-
ra, agarra bem nas paredes, se enrola no cordão, carca os pés na borda e não sai, mesmo que
te cutuquem com um fórceps, te estendam uma mão falsamente amiga, te sussurrem belas
cantigas de roda, de 1924. Te segura, que o negócio aqui é roubada!”.
(Revista Ser Médico. Edição 57 – Outubro/Novembro/Dezembro de 2011. www.cremesp.org.br. Adaptado)

*semiótica: ciência dos modos de produção, de funcionamento e de recepção dos diferentes


sistemas de sinais de comunicação entre indivíduos ou coletividades.
Assinale a alternativa que está redigida de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
a) Em meio às diferentes opiniões, existem as artificia-lebas, que consideram que se contrapor
à medicina é uma irresponsabilidade à qual as mulheres não devem se submeter.
b) Em meio às diferentes opiniões, existem as artificia-lebas, que consideram que se contrapor
à medicina é uma irresponsabilidade a qual as mulheres não devem se submeter.
c) Em meio às diferentes opiniões, existe as artificia-lebas, que consideram que se contrapor a
medicina é uma irresponsabilidade a qual as mulheres não devem se submeter.
d) Em meio as diferentes opiniões, existe as artificia-lebas, que consideram que se contrapor a
medicina é uma irresponsabilidade à qual as mulheres não devem se submeter.
e) Em meio as diferentes opiniões, existem as artificia-lebas, que consideram que se contrapor
à medicina é uma irresponsabilidade a qual as mulheres não devem se submeter.

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GABARITO
1. d 37. c
2. d 38. e
3. a 39. d
4. d 40. d
5. b 41. a
6. b 42. c
7. d 43. d
8. b 44. d
9. c 45. e
10. c 46. d
11. c 47. c
12. b 48. b
13. a 49. b
14. b 50. d
15. a 51. e
16. b 52. a
17. a 53. b
18. d 54. a
19. c 55. b
20. d 56. a
21. e 57. a
22. c 58. e
23. c 59. a
24. d 60. a
25. d
26. c
27. c
28. a
29. b
30. e
31. c
32. c
33. b
34. a
35. e
36. e

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GABARITO COMENTADO
001. (VUNESP/PREFEITURA DE TAUBATÉ – SP/2022/BRAÇAL - EDITAL N. 003) A palavra
gari é uma homenagem ao empresário francês Aleixo Gary, que se destacou na história da
limpeza da cidade do Rio de Janeiro. Em 11 de outubro de 1876, ele assinou um contrato com
o Ministério Imperial para organizar o serviço de limpeza da cidade, que incluía a retirada de
lixo das casas e praias e o transporte para a Ilha de Sapucaia, atual bairro Caju. A empresa aca-
bou em 1892 e foi criada a Superintendência de Limpeza Pública e Particular da Cidade cujos
serviços não eram bons. No ano de 1906, o órgão tinha somente 1.084 animais de carga para
trabalharem na coleta de 560 toneladas de lixo. A partir dessa data, teve início a coleta de lixo
com equipamentos mecânicos.
O emprego do acento indicativo da crase está correto na frase da alternativa:
a) A homenagem foi relacionada à seu destaque na história da limpeza da cidade.
b) O empresário dedicou-se à organizar o serviço de limpeza.
c) A vida de Aleixo Gari estava relacionada à serviços de limpeza.
d) A homenagem foi feita à figura de Aleixo Gari.
e) À 11 de outubro de 1876, Aleixo Garcia assinou um contrato.

a) Errada, pois antes de pronome demonstrativo masculino o uso do artigo definido feminino
é proibido, logo, se não pode ter artigo, não é possível fazer a contração da preposição exigida
pelo verbo “relacionar”.
b) Errada, pois não pode haver crase antes de verbo, visto que não é possível, desempenhando
sua função de verbo, que haja artigo anteposto para fazer a contração com a preposição.
c) Errada, pois crase antes de palavra masculina (serviços) é proibida, pois não tem como ha-
ver artigo definido feminino anteposto para fazer a contração com a preposição exigida pelo
verbo “relacionar”.
d) Certa, pois algo foi feito a alguém, o verbo exige a preposição A, a qual se contrai com o
artigo definido feminino que antecede o substantivo “figura”.
e) Errada. Para definir uma locução adverbial temporal, normalmente utiliza-se a preposição
“em” especificando datas.
Letra d.

002. (2022/VUNESP/UNESP/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO II - EDITAL N. 55) Os donos de


cães sentem muitas vezes que os animais são bons em captar as suas emoções. Isto não é
um produto da imaginação das pessoas. Estudos mostram como as pistas comportamentais
e químicas dos humanos podem afetar os cães de formas que lhes permitem não só distinguir
entre medo, excitação ou raiva, mas também ficarem “contagiados” pelos sentimentos dos
seus companheiros humanos. “Os cães são seres incrivelmente sociais, por isso é que são
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Crase e Acentuação
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facilmente contagiados pelo nosso calor e alegria”, diz Clive Wynne, professor de psicologia da
Universidade do Arizona. Mas o inverso também é verdadeiro, o que significa que o stress e a
ansiedade do dono também podem afetar o cão.
Há estudos que mostram que os cães podem ficar contagiados pelos nossos bocejos, ou sen-
tir um aumento nos níveis de cortisol quando ouvem um bebê chorar e responder ao tom emo-
cional da nossa voz. “Os cães observam-nos muito de perto – e parte disso baseia-se no nosso
olhar e linguagem corporal, mas também nos sons que fazemos e nos odores que emitimos”,
afirma Monique Udell, especialista em comportamento animal da Universidade de Oregon.
Em termos auditivos, as investigações mostram que quando os cães ouvem expressões de
angústia, como o choro, ou sons positivos, como o riso, respondem de uma forma diferente
do que acontece com outras vocalizações ou sons não humanos. “Quando se trata do olfato,
os cães são muito sensíveis ao odor corporal – é assim que conseguem detectar diabetes e
possivelmente epilepsia nas pessoas”, diz Clive.
Não se sabe ainda se os humanos podem ficar contagiados pelas emoções dos seus cães,
embora alguns especialistas acreditem que seja bastante provável. Partilhar os altos e baixos
emocionais uns dos outros tende a ser uma coisa benéfica porque ajuda a criar uma ligação
mais profunda e tem valor de sobrevivência. “Se pensarmos nos nossos antepassados, havia
momentos de vida ou morte para os quais os nossos cães nos podiam alertar, para podermos
agir rapidamente”, diz Clive. “Em termos de alarme, esta via de dois sentidos é mutuamente
vantajosa para ambas as espécies”.
(Stacey Colino, “Sim, os cães podem ficar ‘contagiados’ pelas emoções dos donos”, Portal National Geographic,
11/10/2021. Adaptado)

Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas abaixo:


A relação entre cães e humanos remonta _____ pré-história. Sabe-se que, _____ medida que
lobos selvagens foram sendo domesticados, sua aparência e seu comportamento se transfor-
maram até atingirem _____ características dos cães atuais.
a) à … a … as
b) a … a … às
c) a … à … às
d) à … à … as
e) à … a … às

O verbo remontar exige a preposição A (remonta a alguma coisa) que se contrai com o artigo
definido feminino que antecede o substantivo feminino (pré-história). Na sequência, o uso da
locução conjuntiva proporcional “à medida que” é sempre com crase. Quem atinge, atinge algo
(VTD), sem preposição para haver crase. Apenas artigo. Logo a sequência correta é: à, à, a.
Letra d.

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003. (VUNESP/PREFEITURA DE JUNDIAÍ – SP/2022/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO -


EDITAL N. 334) O Assunto #561: Aula presencial. Hora de reverter a evasão
A partir desta segunda-feira (18), os alunos das redes estaduais de São Paulo, Bahia e Mato
Grosso voltam ______ aulas 100% in loco. Além deles, mais 11 Estados optaram pelo presen-
cial. A urgência no retorno ______ escolas é ______ para garantir acesso a mais de 5 milhões
de estudantes privados da educação durante a pandemia. Parte das unidades da rede ainda
______ que seguir no modelo híbrido.
(https://g1.globo.com/podcast/o-assunto/noticia/2021/10/19/o-assunto-561-aula-presencial-hora-de-reverter-
-a-evasao.ghtml. Acesso em 03 nov. 2021. Adaptado)

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas do texto devem ser preenchi-
das, correta e respectivamente, com:
a) às … às … necessária … terá
b) as … as … necessário … terão
c) às … as … necessária … terão
d) as … às … necessário … terá
e) as … às … necessária … terá

O verbo “voltar” exige a preposição A (voltar a alguma coisa) e esta se contrai com o artigo de-
finido feminino AS que antecede o substantivo feminino plural “aulas”. O substantivo “retorno”
exige a preposição A (retorno a alguma coisa) e esta se contrai com o artigo definido feminino
AS que antecede o substantivo feminino plural “escolas”. Pela regra de concordância nominal,
expressões como “é necessário” só flexiona se o sujeito absoluto possuir determinante, que
é o caso dessa questão. Portanto, a urgência no retorno é necessária. Por fim, parte das uni-
dades da rede ainda TERÁ (concordância gramatical – parte terá) ou TERÃO (concordância
atrativa – unidades terão).
Letra a.

004. (2022/VUNESP/CÂMARA DE SUZANO/SP/TELEFONISTA) Investimento em educação


na primeira infância como “estratégia anticrime”
James Heckman já era vencedor do Nobel de Economia quando começou a se dedicar ao
assunto pelo qual passaria a ser realmente conhecido: a primeira infância (de 0 a 5 anos de
idade), sua relação com a desigualdade social e o potencial que há nessa fase da vida para
mudanças que possam tirar pessoas da pobreza.
Em grande parte por causa de seus estudos, o assunto tem ganhado mais atenção nos últimos
anos. Heckman concluiu que o investimento na primeira infância é uma estratégia eficaz para
o crescimento econômico. Ele calcula que o retorno financeiro para cada dólar gasto é dos
mais altos.

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Crase e Acentuação
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Isso ocorre porque, na etapa entre o nascimento e os cinco anos de idade, o cérebro se de-
senvolve rapidamente e é mais maleável. Assim, é mais fácil incentivar habilidades cognitivas
e de personalidade – atenção, motivação, autocontrole e sociabilidade – necessárias para o
sucesso na escola, saúde, carreira e na vida.
No início dos anos 2000, Heckman começou a se debruçar sobre os dados do Perry Preschool
Project, experimento social que mudou a vida de seus participantes. Ele funcionou assim: em
1962, na pequena cidade de Ypslanti, no Estado do Michigan, nos Estados Unidos, 123 alunos
da mesma escola foram divididos aleatoriamente em dois grupos. Um deles, com 58 crianças,
recebeu uma educação pré-escolar de alta qualidade, e o outro, com 65, não participou das
mesmas atividades – este último é o grupo de controle. A proposta era testar se o acesso a
uma boa educação infantil melhoraria a capacidade de crianças desfavorecidas de obter su-
cesso na escola e na vida.
“O consenso quando comecei a analisar os dados era de que o programa não tinha sido bem-
-sucedido porque o QI dos participantes era igual ao de não participantes”, lembra ele, anos
depois, em conversa com a BBC News Brasil.
Heckman e colegas resolveram analisar os resultados do experimento por outro ângulo. “Nós
olhamos não para o QI, mas para as habilidades sociais e emocionais que os participantes de-
monstraram em etapas seguintes da vida e vimos que o programa era, na verdade, muito mais
bem-sucedido do que as pessoas achavam. Constatamos que os participantes tinham mais
probabilidade de estarem empregados e tinham muito menos chance de ter cometido crimes”,
diz o economista.
Sua análise do programa Perry chegou à conclusão de que houve um retorno sobre o investi-
mento de 7 a 10% ao ano, com base no aumento da escolaridade e do desempenho profissio-
nal, além da redução dos custos com reforço escolar, saúde e gastos do sistema penal.
(Luiza Franco. BBC News Brasil. 21 de maio de 2019. Adaptado)

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas da seguinte frase:


A pesquisa procurou testar se o acesso ________ educação infantil corresponderia _______
necessidade de crianças desfavorecidas ___________ aprimorar suas habilidades sociais e
emocionais.
a) a... a ... de
b) à... a ... em
c) a... à ... para
d) à... à ... de
e) a... à ... em

O substantivo “acesso” exige a preposição A (acesso a alguma coisa) e esta se contrai com o
artigo definido feminino A que antecede o substantivo feminino “educação”. O verbo “corres-

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ponder” é transitivo indireto e exige a preposição A (corresponder a alguma coisa) e esta se


contrai com o artigo definido feminino A que antecede o substantivo feminino “necessidade”.
O substantivo “necessidade” exige a preposição DE (necessidade de algo).
Letra d.

005. (2022/VUNESP/CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS – SP/TÉCNICO


LEGISLATIVO) A Amazon pega, mata e come. Foi-se embora a Livraria São José, sebo mais
antigo do Rio de Janeiro, fundado há 85 anos – e todo mundo acha normal. Ora, tudo não está
morrendo ao nosso redor? Por que livrarias, logo elas, iriam escapar à destruição que atinge o
país inteiro? É a vida – ou a morte – que segue.
Em sua fase espetacular – entre as décadas de 40 e 60 –, a São José chegou a ter três lojas
e estoque de 100 mil livros. Tornou-se editora e promoveu tardes de autógrafos. A primeira foi
um luxo: “Itinerário de Pasárgada”, de Manuel Bandeira, em 1954. Eram concorridíssimas –
não se sabe se pelos autores ou se pelas “madrinhas” deles, beldades como Tônia Carrero e
Odette Lara.
Ponto de encontro de intelectuais, estudantes e buquinadores1 profissionais, fuçando nas es-
tantes e bancadas poderiam ser vistos lado a lado figuras tão díspares como o ex-presidente
Eurico Gaspar Dutra e o romancista Lúcio Cardoso. Matando aula na Faculdade Nacional de
Filosofia, foi lá que o cronista Ruy Castro começou sua invejada coleção de livros.
Não “essenciais”, as livrarias cariocas estão fechadas para cumprir o recesso sanitário. É um
setor do comércio que, com a pandemia, recorreu sobretudo à atividade online. Melhor do que
ninguém a Amazon sabe disso e se aproveita para complicar ainda mais a vida de livreiros e
editores. Em recente e-mail, a gigante norte-americana pediu descontos maiores e aumento na
cobrança de taxas de marketing.
Na arte do oportunismo, a Amazon é o carcará de João do Vale na seca do sertão: pega,
mata e come.
1Buquinar: buscar e comprar livros usados em livrarias, bancas, sebos.
2Referência à letra da música “Carcará”, de João do Vale.
(AlvaroCostaeSilva.https://www1.folha.uol.com.br/colunas/alvaro-costa-e-silva/2021/03/a-amazon-pega-ma-
ta-e-come.shtml. 29.03.2021. Adaptado)

Assinale a alternativa em que, na frase redigida a partir do texto, o acento indicativo da crase
está em conformidade com a norma-padrão da língua.
a) No início desse ano, a Livraria São José cessou às atividades.
b) O tradicional sebo não pôde resistir à forte queda das vendas.
c) A livraria não teria como sobreviver à um ano de pandemia.
d) A loja organizava eventos dedicados à alguns renomados escritores.
e) A Amazon impôs mudanças à toda editora com que faz parceria.

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Crase e Acentuação
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a) Errada, pois o verbo cessar é transitivo direto (cessou as atividades), logo não exige prepo-
sição para formar a crase.
b) Certa. Verbo “resistir” é transitivo indireto (resistir a alguma coisa) a preposição A se contrai
com o artigo definido feminino que antecede o substantivo feminino “queda”.
c) Errada, pois é proibida a crase antes de artigo indefinido.
d) Errada, pois antes de pronome indefinido a crase é proibida.
e) Errada, pois antes de pronome indefinido a crase é proibida.
Letra b.

006. (2022/VUNESP/PREFEITURA DE JUNDIAÍ – SP/FARMACÊUTICO - EDITAL N. 333) A ideia


de que seríamos escravos do sistema remete muito significativamente _______ forma como os
conteúdos veiculados na internet nos induzem _______ fazer certas escolhas, em consonância
_______ propósitos com que são criados. Por trás do aparentemente despretensioso objetivo
de possibilitar uma experiência agradável, está a busca _____ estimular o consumo, subsidiada
pelo mapeamento de informações que permite _____ empresas oferecerem produtos compatí-
veis ______ perfil de cada usuário da internet.
De acordo com a norma-padrão da língua, as lacunas do texto devem ser preenchidas, correta
e respectivamente, com:
a) à... à ... nos... com... às ... pelo
b) à... a ... com os... por... às ... com o
c) à... à ... nos... de... as ... no
d) a... a ... dos... com... as ... com o
e) a... a ... com os... por... às ... do

• O verbo “remeter” é transitivo indireto (remete a alguma coisa) e exige a preposição A


que se contrai com o artigo definido feminino o qual antecede o substantivo feminino
“forma”.
• Não existe crase antes de verbo.
• Quem tem consonância, tem consonância COM algo.
• O substantivo “busca” exige a preposição POR (busca por algo).
• O verbo permitir é transitivo direto e indireto (permite a alguém / alguma coisa), logo a
preposição A do verbo se contrai com o artigo A do substantivo “empresas”.
• Se algo é compatível, é compatível COM alguma coisa.
Letra b.

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007. (2021/VUNESP/PREFEITURA DE VÁRZEA PAULISTA – SP/PROFESSOR DE EDUCA-


ÇÃO BÁSICA - ENSINO FUNDAMENTAL) Segundo a norma-padrão da língua portuguesa,
quanto à regência e ao emprego da crase, assinale a alternativa correta.
a) As pessoas lembram sempre de que devem consultar o dentista, mas não ficam a vontade.
b) Todo bebê, à partir de 6 meses, deveria ser levado no dentista para uma avaliação bucal.
c) Graças à Deus, o dentista reviu ao tratamento bucal daquele menino.
d) Em relação à saúde, convém que cada um cuide de sua própria higiene bucal.
e) Ele obedeceu à seu pai, mas preferia brincar do que tratar dos dentes.

a) Errada, pois uma das regras do emprego da crase é o acento obrigatório nas locuções femi-
ninas. O correto deveria ser “à vontade”, visto que é uma locução adverbial de modo (feminina).
b) Errada. Não deveria ocorrer a crase nessa alternativa, pois é proibido o uso da crase antes
de verbos.
c) Errada, pois o termo “Deus” é masculino, logo não há artigo feminino para se contrair com a
preposição, não podendo existir a crase.
d) Certa. O termo “em relação” exige a preposição A e esta se contrai com o artigo definido
feminino A que antecede o substantivo “saúde”.
e) Errada, pois quem obedece, obedece a alguém (VTI). Porém não existe crase antes de pro-
nome possessivo masculino.
Letra d.

008. (2021/VUNESP/SAEG/ASSISTENTE DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS) David Peace


tem a doença do neurônio motor, uma condição terminal que afeta seu cérebro e sistema ner-
voso de forma gradual. Sabendo da sua morte iminente, ele quer viajar até uma clínica na Suíça
para fazê-lo por conta própria quando tudo ficar insuportável, enquanto ainda tem controle
sobre suas competências mentais.
“Tenho duas opções. Uma é enfrentar uma paralisia progressiva, impossível de parar e que
me afeta por inteiro. A outra é viajar para a Suíça e saber que meu coração vai parar de bater
enquanto eu estiver inconsciente”, diz ele.
David é uma das pessoas que reivindicam uma atualização nas leis da Inglaterra para permi-
tir que pessoas com doenças terminais tenham direito a uma morte assistida, mas pessoas
contrárias à ideia dizem que deveria existir um foco maior em ajudar pessoas com doenças de
longo prazo para que vivam mais confortavelmente, em vez de ajudá-las a morrer.
(“Quero decidir morrer enquanto posso”: a luta pelo direito à morte assistida na Inglaterra. www.bbc.com,
09.08.2021. Adaptado)

Assinale a frase do texto que foi reescrita em conformidade com a norma-padrão da língua
portuguesa de emprego da crase:

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Crase e Acentuação
Elias Santana

a) David planeja ir à uma clínica na Suíça.


b) David quer dar um fim à própria vida.
c) A outra opção é viajar à terras suíças.
d) Alguns desaprovam à ideia de David.
e) O foco é ajudar os doentes à viver bem.

a) Errada, pois é proibido o uso da crase antes de artigo indefinido.


b) Certa. Quem quer dar um fim, quer dar um fim A algo. Esta preposição se contrai com o ar-
tigo definido feminino A que antecede o substantivo “vida”.
c) Errada, pois não existe crase antes termo no plural sem artigo.
d) Errada, pois o verbo desaprovar é VTD, não exige preposição para contrair com o artigo.
Logo, não deve haver crase.
e) Errada, pois o uso da crase antes de verbo é proibido.
Letra b.

009. (2021/VUNESP/PREFEITURA DE GUARULHOS – SP/PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFAN-


TIL - ATUAÇÃO MULTIDISCIPLINAR) Quanto à ocorrência do acento indicativo de crase, assina-
le a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas da frase, de acordo com a
norma-padrão da língua portuguesa.
Os cuidados que precisamos tomar em relação _____ pessoas egoístas devem ser sempre ba-
seados em suas atitudes em meio _____ sociedade em que vivem, pois muitas vezes elas agem
_____ partir de seus interesses.
a) à … à … à
b) à … a … a
c) a … à … a
d) a … a … à
e) a … à … à

• É proibida a crase antes de termo plural sem artigo.


• O termo “em meio a” é uma locução prepositiva que, quando unida ao artigo definido
feminino A, forma a crase.
• Não deve haver crase antes de verbo.
Letra c.

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Crase e Acentuação
Elias Santana

010. (2021/VUNESP/PREFEITURA DE JUNDIAÍ – SP/AGENTE DE TRÂNSITO)


Pegar o bonde andando
Expressão antiga. Literalmente, era tomar o veículo em movimento, com cuidado para não
levar um espetacular tombo e perder uma perna nessa travessura. Em sentido não literal, signi-
fica “pegar uma conversa pela metade, entrar num assunto sem saber direito do que se trata”.
Mas falemos do bonde propriamente dito. Se você é jovem, não deve tê-lo conhecido. Portan-
to, é bom saber que, durante décadas, ele foi figurinha fácil na paisagem urbana das maiores
cidades brasileiras.
O berço do vocábulo é curioso. O dinheiro que financiou os primeiros desses veículos que cir-
cularam entre nós no século 19 veio de um empréstimo negociado com a Grã-Bretanha. Para
garanti-lo, foram emitidos bonds (títulos a receber). Esses bonds, usados pelos passageiros,
exibiam a figura do veículo. O nome pegou e o povo passou a chamar de “bonde” não só o bi-
lhete, mas o próprio veículo.
O bonde deixou saudade. Gente da terceira e até da quinta idade ainda se lembra da popular
figura do “almofadinha”. Como os bancos dos bondes eram de madeira, sem muito conforto,
esses sujeitos levavam almofadas onde se sentavam durante a viagem e, vento no rosto, iam
cultivando seus sonhos.
Enquanto isso, o cobrador, pendurado no estribo, ia cobrando a passagem, e, às vezes, era obri-
gado a ouvir os mais gozadores assim cantarolando: “Din din din din, dois pra Light e um pra
mim” (Light era a concessionária que prestava o serviço).
(Márcio Cotrim. Revista Língua Portuguesa, fevereiro de 2014. Adaptado)

O sinal indicativo de crase foi corretamente empregado na alternativa:


a) O texto selecionado propõe-se à explicar a origem do termo “bonde”.
b) No século 19, o bonde tornou-se um veículo adequado à grandes metrópoles.
c) Em meio à correria do dia a dia, alguns faziam a travessura de subir no bonde em movimento.
d) Alguns levavam almofadas para se sentar a fim de que os bancos dessem mais con-
forto à eles.
e) Os versinhos cantarolados por alguns passageiros mencionavam à Light, que era uma em-
presa estrangeira.

a) Errada. O uso da crase antes de verbos é proibido.


b) Errada, pois é proibido o uso da crase diante de substantivos femininos no plural (sem artigo).
c) Certa, pois a junção da locução prepositiva “em meio a” com o artigo definido feminino A
resulta em crase.
d) Errada. Não há que se falar em crase antes de palavras masculinas.
e) Errada, pois o verbo “mencionar” é transitivo direto, não exige preposição. Logo não deve
haver crase.
Letra c.

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011. (2021/VUNESP/SES – PB/AUXILIAR ADMINISTRATIVO) Leia a crônica de Marcos Rey


para responder à questão.
Salas de espera
Mesmo com decoração agradável, ar-refrigerado, sorrisos de uma atendente sexy, ficar planta-
do numa sala de espera é mais chato do que campeonato de boliche. Seus personagens não
são muito variados: crianças que não param de se mexer; enxeridos loucos pela intimidade das
pessoas; leitores compulsivos de revistas...
Mas houve uma sala de espera terrível na minha vida. Precisava de emprego. Desesperada-
mente. Não fora o primeiro a chegar, sempre há os que chegam antes. Fiquei horas com os
olhos fixos na porta da esperança. O mais madrugador entrou como se fosse dono do empre-
go, saiu de cabeça baixa, perdidão. O segundo, que levava à mão um currículo enorme, deixou
a entrevista picando-o com ódio em mil pedacinhos.
Minha vez. Entrei trêmulo, pálido, derrotado. O empresário abriu os braços, sorrindo. Conhecia-
-me. Conhecia-o. Rodolfo! Não o sabia também dono daquilo! Meu dia de sorte!
– É você? Aqui está seu maior fã! Li dois livros seus. Minha mulher disse que sairá outro. Serei
o primeiro a comprar.
Abraçados, senti que o mundo afinal acolhia este aquariano.
– Estava na sala de espera desde as 2, Rodolfo.
– Por que não mandou me avisar? Eu o receberia imediatamente. Não calcula como o admiro.
– Agora estou precisando de um emprego, amigo. A vida está dura.
– Dura? Está duríssima! Insuportável – confirmou, com uma pequena ressalva – mas não para
os artistas. Vocês não sofrem nossos problemas. Devem rir da gente, reles homens de negó-
cio. Como gostaria de ter talento para escrever! Viveria com pouco dinheiro, porém feliz. Eu
aqui sou um mártir dos números.
– O que poderia me arranjar, Rodolfo? Estou encalacrado. Qualquer coisa serve – revelei humilde.
Ele lançou-me um olhar mais sábio do que compadecido:
– Eu não o desviaria de sua vocação com um empreguinho. Conserve-se fora da maldita
engrenagem.
E confessou:
– Hoje ganhei o dia, vendo-o. Vou acompanhá-lo ao elevador.
– Mas Rodolfo...
– Faço questão.
(Coleção melhores crônicas – Marcos Rey. Seleção Anna Maria Martins. Global, 2010. Adaptado)

A frase elaborada com base no texto apresenta o sinal indicativo de crase corretamente em-
pregado em:
a) Mas Rodolfo, e quanto à uma colocação em sua empresa?
b) Mas Rodolfo, você não vai dar à mim uma oportunidade?
c) Mas Rodolfo, estou à espera de um emprego há tempos!

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Crase e Acentuação
Elias Santana

d) Mas Rodolfo, graças à seu apoio eu poderia trabalhar...


e) Mas Rodolfo, eu me dedicarei à trabalhar muito por sua empresa!

a) Errada, pois o uso da crase antes de artigo indefinido é proibido.


b) Errada, pois o uso da crase antes de pronome oblíquo tônico é proibido, por falta de artigo.
c) Certa, pois o termo “à espera de...” é uma locução adverbial de modo (feminina) - crase
obrigatória.
d) Errada, pois o uso da crase antes de palavra masculina é proibido.
e) Errada, pois não existe crase antes de verbo.
Letra c.

012. (2021/VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO) Motivação é a energia


que nos leva __ agir - e não sou a única pessoa que acha difícil encontrar essa motivação. Al-
guns de nós sofreram um burnout total depois de mais de um ano de perdas, dor e problemas
relacionados __ pandemia. Outros se sentem mais como estou me sentindo – nada está terri-
velmente errado, mas não conseguimos encontrar inspiração. Seja qual for a situação em que
nos encontramos, um exame mais profundo da motivação pode nos dar mais incentivo para
avançar, não só no dia __ dia, mas num futuro incerto.
(Cameron Walker, The New York Times. Em: https://economia.estadao.com.br. Adaptado)

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas do texto devem ser preenchi-
das, respectivamente, com:
a) à... à ... a
b) a... à ... a
c) a... a ... a
d) à... à ... à
e) a... à ... à

• O verbo levar é transitivo direto e indireto (levar algo a algum lugar). A preposição A exi-
gida pelo verbo não se contrai por falta de artigo (não há crase antes de verbo).
• O verbo “relacionar” é transitivo indireto (relacionado a alguma coisa), junto ao artigo
definido feminino A anteposto ao substantivo “pandemia”.
• Não há crase entre palavras repetidas.
Letra b.

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013. (2021/VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO)


Perto do apagão
________a falta de chuvas nos últimos dois meses, inferiores ao padrão já escasso do mesmo
período de 2020, ficou mais evidente a ameaça ________ a geração de energia se mostre insufi-
ciente para manter o fornecimento até novembro, quando se encerra o período seco.
Novas simulações do Operador Nacional do Sistema (ONS) mostram agravamento, com des-
taque para a região Sul, onde o nível dos reservatórios até 24 de agosto caiu para 30,7% – a
projeção anterior apontava para 50% no fechamento do mês.
Mesmo no cenário mais favorável, que pressupõe um amplo conjunto de medidas, como acio-
namento de grande capacidade de geração térmica, importação de energia e postergação de
manutenção de equipamentos, o país chegaria ________ novembro praticamente sem sobra de
potência, o que amplia a probabilidade de apagões.
Embora se espere que tais medidas sejam suficientes para evitar racionamento neste ano, não
se descartam sobressaltos pontuais, no contexto da alta demanda ________ o sistema será
submetido.
Se o regime de chuvas no verão não superar a média dos últimos anos, a margem de manobra
para 2022 será ainda menor. Calcula-se que, nesse quadro, a geração térmica, mais cara, tenha
de permanecer durante todo o período úmido, o que seria algo inédito.
Desde já o país precisa considerar os piores cenários e agir com toda a prudência possível,
com foco em investimentos na geração, modernização de turbinas em hidrelétricas antigas e
planejamento para ampliar a resiliência do sistema.
(Editorial. Folha de S.Paulo, 27.08.2021. Adaptado)

Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respecti-


vamente, com:
a) Com... de que... a ... a que
b) Sob... que... em... que
c) Devido... que... a ... com que
d) Sobre... que... em... de que
e) Perante... que... à ... em que

• O primeiro termo é a preposição que introduz a oração.


• O substantivo “ameaça” exige a preposição DE (ameaça de alguma coisa).
• O verbo “chegar” é intransitivo. O termo introduzido pela preposição A subsequente é
uma locução adverbial.
• O verbo “submeter” é transitivo indireto (submeter a alguma coisa).
Letra a.

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014. (2021/VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO) No trecho do 3º parágrafo


– Guardar “eu te amo” é prejudicial à saúde. –, a crase mantém-se se a expressão destacada
for substituída por:
a) todos que o escondem.
b) pessoa que o esconde.
c) quem o esconde.
d) pessoas que o escondem.
e) qualquer pessoa que o esconda.

a) Errada, pois é proibida a crase antes de pronome indefinido.


b) Certa. Admite a crase.
c) Errada, pois o pronome “quem” não admite artigo anteposto, logo não admite crase.
d) Errada, pois, para haver crase, deveria ser “às”, já que se trata de substantivo plural.
e) Errada, pois é proibido o uso da crase antes de pronome indefinido.
Letra b.

015. (2021/VUNESP/PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO – SP/ENGENHEIRO DE SEGURAN-


ÇA DO TRABALHO) McLuhan já alertava que a aldeia global resultante das mídias eletrônicas
não implica necessariamente harmonia. Implica, sim, que cada participante das novas mídias
terá um envolvimento gigantesco na vida dos demais membros, que terá a chance de meter o
bedelho onde bem quiser e fazer o uso que quiser das informações que conseguir. A aclamada
transparência da coisa pública carrega consigo o risco de fim da privacidade e a superexposi-
ção de nossas pequenas ou grandes fraquezas morais no julgamento da comunidade de que
escolhemos participar.
Não faz sentido falar de dia e noite das redes sociais, apenas em número de atualizações nas
páginas e na capacidade dos usuários de distinguir essas variações como relevantes no con-
junto virtualmente infinito das possibilidades das redes. Para achar o fio de Ariadne no labirinto
das redes sociais, os usuários precisam ter a habilidade de identificar e estimar parâmetros,
aprender a extrair informações relevantes de um conjunto finito de observações e reconhecer
a organização geral da rede da qual participam.
O fluxo de informação que percorre as artérias das redes sociais é um poderoso fármaco vi-
ciante. Um dos neologismos recentes vinculados à dependência cada vez maior dos jovens a
esses dispositivos é a “nomobofobia” (do inglês nomobophoby, abreviação de “no-mobile pho-
ne phoby”, ou “pavor de ficar sem conexão no telefone celular”), descrito como a ansiedade e
o sentimento de pânico experimentado por um número crescente de pessoas quando acaba a
bateria do dispositivo móvel ou quando ficam sem conexão com a Internet. A informação azul,
como toda nova droga, ao embotar a razão e abrir os poros da sensibilidade, pode tanto ser um
remédio quanto um veneno para o espírito.
(Vinícius Romanini, Tudo azul no universo das redes. Revista USP 92. Adaptado)

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Elias Santana

Assinale a alternativa que substitui, nos colchetes, as expressões destacadas, de acordo com
a norma-padrão de regência e emprego do sinal indicativo de crase.
a)... a aldeia global resultante das mídias eletrônicas não implica necessariamente harmonia.
[não leva necessariamente à harmonia]
b) a aclamada transparência da coisa pública carrega consigo o risco de fim da privacidade...
[tem como inerente à si]
c)... capacidade dos usuários de distinguir essas variações como relevantes... [ater-se à essas
variações]
d)... os usuários precisam ter a habilidade de identificar e estimar parâmetros... (chegar à
parâmetros]
e) e fazer o uso que quiser das informações que conseguir [à que tiver acesso]

a) Certa, pois quem leva, leva algo a algum lugar. Preposição A + A artigo que antecede o subs-
tantivo feminino “harmonia” (crase correta).
b) Errada, pois o termo “si” não admite artigo anteposto, apenas preposição. Não há como
ter crase.
c) Errada, pois não é possível ter artigo definido feminino singular antes de termo plural, logo a
crase está inadequada.
d) Errada, pois não há crase antes de palavras masculinas.
e) Errada, pois quem tem acesso, tem acesso A algo. Essa preposição vem antes do pronome
relativo, porém o termo retomado pelo pronome é plural. Logo a crase só existiria se o artigo
fosse plural também (às que tiver acesso).
Letra a.

016. (2021/VUNESP/PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO – SP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO)


Assinale a alternativa que preenche as lacunas do texto a seguir, observando a norma-padrão
de emprego do sinal indicativo de crase.
Conquistas da tecnologia estendem-se ____ toda a humanidade, que se beneficia delas sem se
dar conta do quanto foi investido _____ fim de disponibilizá-la _____ população.
a) a … à … à
b) a … a … à
c) à … a … à
d) à … a … a
e) à … à … à

• Não há crase antes de pronomes indefinidos.


• A locução prepositiva “a fim de” é escrita sem crase.

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Elias Santana

• Quem disponibiliza, disponibiliza algo A alguém (VTDI). A preposição “A” se contrai com
o artigo A que antecede o substantivo “população”.
Letra b.

017. (2021/VUNESP/PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO – SP/AGENTE DE ADMINISTRAÇÃO)


Furto em Flor
Furtei uma flor daquele jardim. O porteiro do edifício cochilava e eu furtei a flor.
Trouxe-a para casa e coloquei-a no copo com água. Logo senti que ela não estava feliz. O copo
destina-se a beber, e flor não é para ser bebida.
Passei-a para o vaso, e notei que ela me agradecia, revelando melhor sua delicada composi-
ção. Quantas novidades há numa flor, se a contemplarmos bem. Sendo autor do furto, eu as-
sumira a obrigação de conservá-la. Renovei a água do vaso, mas a flor empalidecia. Temi por
sua vida. Não adiantava restituí-la ao jardim. Nem apelar para o médico de flores. Eu a furtara,
eu a via morrer.
Já murcha, e com a cor particular da morte, peguei-a docemente e fui depositá-la no jardim
onde desabrochara. O porteiro estava atento e repreendeu-me:
— Que ideia a sua vir jogar lixo de sua casa neste jardim!
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos Plausíveis. In: ANDRADE, Carlos Drummond de. Prosa e Poesia, 8. ed.
Rio de Janeiro: Nova Aguiar, 1992. p. 1266.)

Considere a frase:
O porteiro assistia _____ toda a cena, sem perceber minha culpa, meu desejo de retornar a flor
_____ lugar no qual ela desabrochara e do qual ____ furtei.
Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respecti-
vamente, por:
a) a … àquele … a
b) à … aquele … a
c) a … àquele … à
d) à … àquele … à
e) a … aquele … a

• O termo assistir no sentido de ser expectador é transitivo indireto e exigir a proposição


A. Porém não há crase antes de pronome indefinido.
• O verbo “retornar” é VTDI (retornar algo A algum lugar). A preposição A se contrai com o
pronome demonstrativo “Aquele” (crase obrigatória).
• Não há crase antes de verbo.
Letra a.

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018. (2021/VUNESP/SEMAE DE PIRACICABA – SP/PROGRAMADOR JUNIOR)


O mundo é dos românticos
O que querem as mulheres? Freud, que era Freud, não conseguiu responder à pergunta. Mas o
“Wall Street Journal” incendiou as sensibilidades com um cenário aterrador.
O mérito pertence a Gerard Baker. Escreveu o editorialista que, nos EUA, as mulheres já repre-
sentam 57% dos graduados com curso superior. Na pós-graduação, o número sobe para 59%.
O futuro será delas, não deles.
Todavia esse triunfo, embora positivo para uma sociedade mais igualitária, traz um problema
inusitado. Se existem três homens graduados para quatro mulheres na mesma situação, com
quem vão se casar as mulheres?
Explico melhor. Para um homem, o estatuto social ou profissional de uma mulher não é uma
prioridade. E alguns, mais inseguros, até preferem parceiras que estejam um degrau abaixo
das suas habilitações acadêmicas ou contas bancárias.
Com as mulheres, é a situação inversa. As donzelas valorizam o estatuto social ou profissional
do homem de uma forma mais seletiva. É fazer as contas: não haverá doutores suficientes
para tantas doutoras exigentes.
Quando li o editorial, ri e me perguntei: de onde saiu esse dinossauro? Mas depois, com o riso
a apagar-se, dei por mim a pensar nas minhas amigas. Com quem casaram elas, afinal?
Na esmagadora maioria, casaram no interior da mesma classe. Em teoria, algumas delas, mé-
dicas ou jornalistas, poderiam se apaixonar pelo encanador. Na prática, isso só acontece nos
filmes de Hollywood.
E se o leitor desconfia do meu universo pessoal, há sempre estudos impessoais para esclare-
cer estas matérias. Um deles foi realizado pela Universidade de Swansea, no Reino Unido.
Os pesquisadores entrevistaram 2.700 alunos de cinco países (Singapura, Malásia, Austrália,
Noruega e Reino Unido) com uma pergunta fundamental: o que mais valoriza num potencial
parceiro? Na lista de opções, estas oito características: beleza, finanças, gentileza, humor, cas-
tidade, religiosidade, criatividade, desejo de ter filhos.
Os resultados, partilhados pela revista “Time”, não mentem: os homens valorizam mais a bele-
za; as mulheres valorizam mais as finanças. O mundo é um lugar cruel?
Não, porque o mesmo estudo coloca no primeiro lugar para cada um dos sexos a mesma vir-
tude imaterial: a gentileza. Antes da beleza (para eles) ou do dinheiro (para elas), parece que
essa formosura da alma é o artigo mais cobiçado. A Ocidente e a Oriente.
Será que todo mundo realmente diz a verdade nessas pesquisas?
(João Pereira Coutinho. Folha de S.Paulo. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/joaopereiracoutinho/
2019/10/o-mundo-e-dos-romanticos.shtml. Adaptado)

O sinal indicativo de crase está corretamente empregado na alternativa:


a) Na lista dada aos entrevistados, as opções iam de beleza à desejo de ter filhos.
b) Perguntou-se à Freud o que queriam as mulheres, mas nem ele soube responder.

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c) O texto do editorialista deu incentivo à polêmicas sobre relacionamentos amorosos.


d) Há homens que são indiferentes, segundo o texto, à posição social e profissional das mulheres.
e) Homens e mulheres dão prioridade à uma virtude imaterial, a amabilidade.

a) Errada, é proibido o uso da crase antes de palavra masculina.


b) Errada, é proibido o uso da crase antes de palavra masculina.
c) Errada, pois é proibido o uso da crase antes de palavras femininas plurais sem artigo no plural.
d) Certa, pois quem é indiferente, é indiferente A alguma coisa. A crase surge da contração
desta preposição com o artigo definido feminino que antecede o substantivo “posição”.
e) Errada, pois não há crase antes de artigo indefinido.
Letra d.

019. (2019/VUNESP/TJ-SP/CONTADOR JUDICIÁRIO)


Mundo arriscado
O próximo governo não encontrará um ambiente econômico internacional sereno. Dúvidas so-
bre a continuidade do crescimento do Produto Interno Bruto global, juros em alta nos EUA,
riscos de conflitos comerciais e de queda do fluxo de capitais para países emergentes são
apenas alguns dos itens de um cardápio de problemas potenciais.
Tudo indica, assim, que o governo brasileiro terá de lidar de pronto com as fragilidades domés-
ticas, em especial o rombo das contas públicas. Não tardará até que investidores hoje aparen-
temente otimistas comecem a cobrar resultados concretos.
As projeções para o avanço do PIB mundial têm sido reduzidas nos últimos meses. O Fundo
Monetário Internacional cortou sua previsão para 2018 e 2019 em 0,2 ponto percentual – 3,7%
em ambos os anos – e apontou um cenário de menor sincronia entre os principais motores
regionais.
Se até o início deste ano EUA, Europa e China davam sinais de vigor, agora acumulam-se de-
cepções nos dois últimos casos.
Mesmo com juros ainda perto de zero, a zona do euro não deverá crescer mais que 1,5% nes-
te ano. Há crescente insegurança no âmbito político, neste momento centrada na Itália e seu
governo de direita populista, que propõe expansão do déficit de um setor público já endividado
em excesso.
Não é animador que a Comissão Europeia tenha tomado a decisão inédita de rejeitar a pro-
posta orçamentária da administração italiana. Embora o país ainda conserve o selo de bom
pagador, os juros cobrados no mercado para financiar sua dívida dispararam.
Quanto à China, sua economia mostra menos vigor, e as autoridades precisam tomar decisões
difíceis entre conter as dívidas já exageradas e estimular o crescimento.

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O risco de escalada nos conflitos comerciais também é concreto, dado que o governo ame-
ricano ameaça impor uma terceira rodada de tarifas, desta vez sobre os US$ 270 bilhões em
vendas anuais chinesas que ainda não foram taxadas.
Nos EUA, a alta dos juros, num contexto de emprego elevado e inflação perto da meta, já leva
parte do mercado a temer uma desaceleração abrupta do PIB em 2019.
A vantagem do Brasil, hoje, é que há ampla ociosidade nas empresas, baixa inflação e, portan-
to, espaço para uma retomada mais forte.
(Editorial. Folha de S.Paulo, 01.11.2018. Adaptado)

A exemplo de “sincronia” (sem acento, 3º parágrafo), “decepções” (grafado com “ç”, 4º parágra-
fo) e “excesso” (grafado com “ex”, 5º parágrafo), estão corretamente escritos, em conformida-
de com a ortografia oficial, os termos:
a) insonia; invenções; extemporâneo.
b) saxonia; erupções; exdrúxulo.
c) agonia; exceções; extraditar.
d) eufonia; obceções; exponencial.
e) amonia; perverções; expetacular.

a) Errada, pois a palavra “insônia” possui acento.


b) Errada, pois a palavra “esdrúxulo” é escrita com S, não com X.
c) Certa. Todas as palavras estão corretamente grafadas.
d) Errada, pois a palavra “obcessões” é grafada com SS.
e) Errada, pois “amônia” possui acento. “Perversões” é grafado com um S apenas, não com Ç.
“Espetacular” é grafado com S, não com X.
Letra c.

020. (2019/VUNESP/TJ-SP/ENFERMEIRO JUDICIÁRIO)


Tempo incerto
Os homens têm complicado tanto o mecanismo da vida que já ninguém tem certeza de nada:
para se fazer alguma coisa é preciso aliar a um impulso de aventura grandes sombras de dúvi-
da. Não se acredita mais na existência de gente honesta; e os bons têm medo de exercitarem
sua bondade, para não serem tratados de hipócritas ou de ingênuos.
Vivemos um momento em que a virtude é ridícula e os mais vis sentimentos se mascaram de
grandiosidade, simpatia, benevolência. A observação do presente leva-nos até a descer dos
exemplos do passado: os varões ilustres de outras eras terão sido realmente ilustres? Ou a
História nos está contando as coisas ao contrário, pagando com dinheiros dos testemunhos a
opinião dos escribas?

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GRAMÁTICA
Crase e Acentuação
Elias Santana

Se prestarmos atenção ao que nos dizem sobre as coisas que nós mesmos presenciamos –
ou temos que aceitar a mentira como a arte mais desenvolvida do nosso tempo, ou desconfia-
mos do nosso próprio testemunho, e acabamos no hospício!
Pois assim, é, meus senhores! Prestai atenção às coisas que vos contam, em família, na rua,
nos cafés, em várias letras de forma, e dizei-me se não estão incertos os tempos e se não de-
vemos todos andar de pulga atrás da orelha!
Agora, pensam os patrões, os empregados, os amigos e inimigos de uns e de outros e todo
o resto da massa humana. E não só pensam, como também pensam que pensam! E além de
pensarem que pensam, pensam que têm razão! E cada um é o detentor exclusivo da razão!
Pois de tal abundância de razão é que se faz a loucura. E a vocação das pessoas, hoje em dia,
não é para o diálogo com ou sem palavras, mas para balas de diversos calibres. Perto disso,
a carestia da vida é um ramo de flores. O que anda mesmo caro é alma. E o Demônio passeia
pelo mundo, glorioso e imune.
(Cecília Meireles, Tempo incerto. Em: Escolha o seu Sonho. Adaptado)

Assinale a alternativa em que os termos estão acentuados, correta e respectivamente, a exem-


plo das palavras do texto: dúvida, abundância e também.
a) exíguo; hemácia; outrém.
b) trôpego; anúncia; provém.
c) rúbrica; latência; pajém.
d) álibi; essência; aquém.
e) récorde; incônscio; amém.

a) Certa, pois o termo “outrem” não tem acento, as demais estão corretas.
b) Errada, pois o termo “anuncia” não tem acento, as demais estão corretas.
c) Errada, pois os termos “rubrica” e “pajem” não têm acento.
d) Certa. Todas estão corretas.
e) Errada, pois o termo “recorde” não tem acento, as demais estão corretas.
Letra d.

021. (2019/VUNESP/TJ-SP/ADMINISTRADOR JUDICIÁRIO) Assinale a alternativa em que a


acentuação e a grafia das palavras estão de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
a) Pela fronteira, tem entrado no país muitos refugiados, e é imprecindível acolhê-los ade-
quadamente.
b) Faltou ombridade aos dirigentes da empresa, pois eles omitiram dos sócios o récorde
de vendas.
c) À excessão dos quibes, os salgados servidos na cerimônia de inauguração estavam
saborosos.

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Crase e Acentuação
Elias Santana

d) A atendente da companhia aérea fez uma rúbrica na passagem para retificar o horário do voo.
e) Atualmente, é mister acabar com privilégios concedidos a clãs inescrupulosos.

a) Errada, pois o verbo “ter” deveria concordar com o sujeito “refugiados” (têm) e o termo cor-
reto seria imprescindível.
b) Errada, pois o termo correto deveria der “hombridade” e a palavra correta seria “recorde”
sem acento e paroxítona.
c) Errada, pois o termo correto seria “exceção”.
d) Errada, pois o termo correto é “rubrica” sem acento e paroxítona.
Letra e.

022. (2019/VUNESP/SEDUC-SP/OFICIAL ADMINISTRATIVO)


A legião on-line
Um dos temas de “O Romance Luminoso”, a obra póstuma e incrivelmente contemporânea de
Mario Levrero, é o uso da internet como antidepressivo. Sem alcançar a tal experiência lumino-
sa que lhe permitiria escrever um romance iniciado há 15 anos, o autor passa os dias em frente
ao computador curtindo o fracasso. Baixa e elabora programas, joga paciência, busca sites ao
acaso. Nas raras vezes em que desgruda da tela, recorre a outro vício: a televisão.
É um transtorno cada vez mais comum. Todo mundo conhece alguém que está sempre co-
nectado; acorda e já olha o celular, o qual dormiu ao lado dele na cama; checa os aplicativos
de cinco em cinco minutos; quando não está on-line, sente ansiedade, mau humor, angústia,
tristeza. Os viciados em smartphones são uma legião.
Publicado em 2005, o livro de Levrero destaca-se não só pela atualidade mas também pelo
caráter profético. A páginas tantas, o autor anota: “O mundo do computador já foi invadido
pelos abjetos*, e quanto mais barato fica mais cresce a abjeção. Não porque os pobres sejam
necessariamente abjetos, e sim porque as pessoas mais vivas usarão as maravilhas tecnológi-
cas para embrutecer mais ainda os pobres”.
E conclui: “A internet tem mostrado, cada vez mais claramente, para que nasceu, e, com vistas
a esse objetivo, será controlada por comerciantes e estadistas”. Isso nos leva, naturalmente, a
pensar na relação das redes sociais com a empresa de dados políticos ligada à campanha pre-
sidencial de Donald Trump. Ou, em outro caso, sendo obrigadas a excluir contas por suspeita
de fraude.
Esse cenário de disseminação de informações questionáveis – com o fim de manipular con-
dutas –, mas que em geral têm aceitação, aprofunda mais ainda a abjeção diagnosticada
por Levrero.
Que tal passar mais tempo off-line?
(Alvaro Costa e Silva. Folha de S.Paulo, 11.08.2018. Adaptado)

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Crase e Acentuação
Elias Santana

*Abjeto: de abjeção → ato, estado ou condição que revela alto grau de torpeza, degradação.
Na frase “… a obra póstuma e incrivelmente contemporânea…”, os termos destacados recebem
acentuação gráfica em conformidade com as mesmas regras observadas para acentuação,
respectivamente, dos seguintes termos:
a) legião; proféticos.
b) angústia; alguém.
c) tecnológicas; experiência.
d) também; paciência.
e) páginas; está.

Os termos são respetivamente proparoxítona (sempre acentuadas) e paroxítona terminada em


ditongo oral (acentuada). A alternativa que segue o mesmo padrão é a C. Tecnológicas (propa-
roxítona) e experiências (paroxítona com ditongo oral).
Letra c.

023. (2019/VUNESP/UNICAMP/PROFISSIONAL PARA ASSUNTOS ADMINISTRATIVOS)


Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do texto a seguir,
conforme a norma-padrão da língua portuguesa.
Relacionamentos na terceira idade são _______________, pois afastam a solidão, um dos prin-
cipais _______________ da velhice. Participar de grupos e atividades e ter relacionamentos é
fundamental. Os relacionamentos afetivos _______________ um capítulo _______________ parte
porque reavivam as pessoas.
a) importantíssimos … problema … é … a
b) importantíssimo … problemas … são … à
c) importantíssimos … problemas … são … à
d) importantíssimo … problema … são … a
e) importantíssimos … problemas … é … a

Primeira lacuna, o termo deve concordar com o substantivo masculino e plural.


Segunda lacuna, o adjetivo concorda com o substantivo. Como ele está no plural, o substantivo
deverá ser plural.
Terceira lacuna, o sujeito plural leva o verbo para o plural. (Concordância verbal)
Quarta lacuna, locução feminina, crase obrigatória.
Letra c.

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024. (2019/VUNESP/MPE-SP/ANALISTA TÉCNICO CIENTÍFICO – CONTADOR) Muitas das


vezes, os investidores vão à procura de opiniões que corroborem _____sua, quando o que de-
viam era procurar, sobretudo, opiniões contrárias. Quando encontram opiniões que divergem
_____sua, os investidores tendem a descredibilizá-las ou a lê-las na diagonal, processo exata-
mente oposto ___ que ocorre quando descobrem opiniões coincidentes____ deles, que leem
com muita atenção, veneração, quase que procurando um reforço positivo que lhes dê o em-
purrão que faltava para validar a sua posição.
(www.jornaldenegocios.pt. Adaptado)

Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas do enunciado devem ser preenchidas, res-


pectivamente, com:
a) na... à ... à ... às
b) com a... da... a ... à
c) na... com a... o ... das
d) a... da... ao ... com as
e) com a... com a... com o... com as

• O verbo “corroborar” é VTD, não exige preposição, logo o termo da lacuna deve ser um
artigo.
• Quem diverge, diverge DE algo.
• O que é oposto, é oposto A alguma coisa.
• Aquilo que é coincidente, é coincidente COM algo.
Letra d.

025. (2019/VUNESP/TJ-SP/ADMINISTRADOR JUDICIÁRIO) Assinale a alternativa que com-


pleta corretamente o trecho a seguir.
A recente onda de escândalos de corrupção levou as empresas...
a) à alguns ajustes para a adaptação ao mercado atual.
b) à acertadamente buscar maior transparência nas relações comerciais.
c) à uma nova dinâmica de governança e gerenciamento de contratos.
d) à incorporação de área técnica de responsabilidade do compliance.
e) à projetos com órgãos públicos que envolvam combate a fraudes.

a) Errada, pois o uso da crase antes de pronome indefinido é proibido.


b) Errada, pois o uso da crase antes de advérbio é proibido.
c) Errada, pois o uso da crase antes de artigo indefinido é proibido.
d) Certa. Preposição exigida pelo verbo “levar” + artigo anteposto ao substantivo “incorporação”.
e) Errada, pois o uso da crase antes de palavra masculina é proibido.
Letra d.

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Crase e Acentuação
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026. (2019/VUNESP/TJ-SP/MÉDICO JUDICIÁRIO) Graças______ leitura de “A vida invisível de


Eurídice Gusmão”, romance de Martha Batalha, referente ________angústias de duas irmãs na
década de 1940, um homem de 42 anos, preso em São Paulo, decidiu reatar com a filha. O livro
chegou ________ essa pessoa por meio do Programa Clubes de Leitura e Remição de Pena.
(Mariana Vick. Folha de S.Paulo, 26.06.2018. Adaptado)
De acordo com a norma-padrão, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectiva-
mente, por:
a) a... as ... a
b) a... às ... à
c) à... às ... a
d) à... as ... à
e) à... às ... à

• O termo “graças” exige a preposição A que se contrai com o artigo anteposto ao subs-
tantivo “leitura” formando a crase.
• O que é referente é referente A algo. Esta preposição se contrai com o artigo anteposto
ao substantivo “angústias”.
• Crase proibida antes de pronome demonstrativo, exceto: aquele, aquela, aquilo.
Letra c.

027. (2019/VUNESP/TJ-SP/ENFERMEIRO JUDICIÁRIO) Um estudo realizado por pesquisa-


dores do Porto concluiu que a intervenção de enfermeiros especialistas em saúde mental,
aliada _____ medicação, é significativamente mais eficaz _____ reduzir os níveis de ansiedade
quando comparada com o tratamento apenas com medicamentos.
A pesquisa, _____ que o jornal teve acesso, foi realizada por um grupo de pesquisadores do
CINTESIS – Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde e da Escola Superior
de Enfermagem do Porto e publicada no Journal of Advanced Nursing.
Os resultados indicam um “efeito positivo da intervenção psicoterapêutica da enfermagem”,
realizada por um enfermeiro especialista em saúde mental, registrando-se uma clara diminui-
ção dos níveis de ansiedade e um aumento do autocontrole da ansiedade no final das cinco
sessões (45 a 60 minutos/semana) realizadas em cinco semanas consecutivas.
(Expresso. https://expresso.sapo.pt. Adaptado)

De acordo com a norma-padrão, as lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e respec-
tivamente, com:
a) a... a ... de
b) a... em... em
c) à... para... a

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d) à... à ... à
e) à... de... à

Primeira lacuna, o que é aliado, é aliado A algo. Logo há preposição e esta preposição se con-
trai com o artigo que antecede o substantivo feminino “medicação” formando a crase. Segun-
da lacuna, algo é mais eficaz PARA alguma coisa. Terceira lacuna, o termo “acesso” exige a
preposição A que deve ir para antes do pronome relativo.
Letra c.

028. (2019/VUNESP/UFABC/ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO) Assinale a alternativa que


preenche correta e respectivamente as lacunas da frase a seguir, no que se refere à ocorrência
da crase, conforme a norma-padrão da língua.
O operador de câmera quis confirmar se estava correta ____ informação de que o número de
pessoas dispostas _____ dedicar-se _____ aulas de matemática havia aumentado.
a) a … a … às
b) à … à … as
c) a … à … à
d) à … a … a
e) a … à … as

Primeira lacuna, apenas artigo, pois nenhum termo exige a preposição. Segunda lacuna, o ad-
jetivo “dispostas” exige complemento (dispostas A alguma coisa), porém esta preposição não
poderá formar crase, visto que antes de verbo não vai artigo, logo não há crase. Na terceira la-
cuna, quem se dedica, se dedica A alguma coisa. Aulas é substantivo feminino plural e admite
artigo que se contrai com a preposição do verbo “dedicar-se” formando assim a crase.
Letra a.

029. (2019/VUNESP/CÂMARA DE SERRANA – SP/TÉCNICO LEGISLATIVO) De acordo com


o uso indicativo da crase, assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as
lacunas da frase:
_______ qualidade material da Sala São Paulo soma-se _______ educação de um público fiel.
Somos os heróis que resistem_______ derrocada da cultura.
a) A.. à .. a
b) A.. à .. à
c) À.. à . à
d) A. a . à
e) A. a . a

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Crase e Acentuação
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Primeira lacuna, apenas o artigo que se refere ao substantivo qualidade. Na segunda, o ver-
bo “somar” é transitivo indireto (soma-se A alguma coisa) e esta preposição exigida por ele
contrai-se com o artigo anteposto ao substantivo “educação” (feminino singular) formando a
crase. Na terceira, quem resiste, resiste A algo (VTI), esta preposição exigida por ele contrai-se
com o artigo anteposto ao substantivo “derrocada” (feminino singular) formando a crase.
Letra b.

030. (2018/VUNESP/IPSM/ANALISTA DE GESTÃO – CONTABILIDADE) A destruição da huma-


nidade por uma guerra nuclear está prestes a ser detonada por uma “pirraça impulsiva”, alertou
neste domingo [10/12/2017] a Campanha Internacional para Abolir Armas Nucleares (Ican),
vencedora do Nobel da Paz deste ano.
“Será o fim das armas nucleares ou será o nosso fim?”, afirmou a líder da Ican, Beatrice Fihn,
em discurso ao receber o prêmio, em Oslo, na Noruega.
Também discursou em Oslo Setsuko Thurlow, 85, sobrevivente do ataque atômico de Hiroshi-
ma, em 1945 no Japão, durante a Segunda Guerra Mundial. Hoje ela é ativista da Ican.
Ela foi resgatada dos escombros de um prédio a 1,8 km do epicentro da bomba. A maioria de
seus colegas morreu queimada viva.
(Mundo. Folha de S. Paulo, 10/12/2017. Adaptado)

Em conformidade com a norma-padrão, o primeiro parágrafo pode ser finalizado com a frase:
a) Não foram citado nomes, mas EUA e Coreia do Norte têm trocado ameaças devido à testes
nucleares do país asiático.
b) Embora não tenham citado-se nomes, é sabido que EUA e Coreia do Norte vem trocando
ameaças devido os testes nucleares do país asiático.
c) Não foi citado nomes, mas EUA e Coreia do Norte vem trocado ameaças devido os testes
nucleares do país asiático.
d) Embora não tenham-se citados nomes, sabe-se que EUA e Coreia do Norte tem trocado
ameaças devido a testes nucleares do país asiático.
e) Não foram citados nomes, mas EUA e Coreia do Norte vêm trocando ameaças devido aos
testes nucleares do país asiático.

Na letra a, o correto seria foram citados e não deveria haver acento grave; na letra b, o prono-
me oblíquo foi usado após verbo no particípio e o correto seria vêm; na letra c, o correto seria
foram citados, vem e devido aos; na letra e, não houve respeito ao fator de atração e deveria
ter sido empregado têm.
Letra e.

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031. (2018/VUNESP/IPSM/ANALISTA DE GESTÃO – CONTABILIDADE)


Ensino com diretriz
Está quase pronto o documento que definirá o padrão nacional para o que crianças e jovens
devem aprender até o 9º ano do ensino fundamental. Trata-se da quarta versão da Base Nacio-
nal Comum Curricular (BNCC).
Caso aprovada até janeiro, a diretriz deve começar a ser implementada nos próximos dois anos.
A BNCC define conteúdos a serem estudados e competências e habilidades que os alunos
devem demonstrar a cada passo da vida escolar. Soa como obviedade, mas não existe norma
válida em todo o país que estabeleça de modo preciso a progressão do ensino e o que se deve
esperar como resultado.
Note-se ainda que a base curricular não especifica como alcançar seus objetivos – isso será
papel dos currículos a serem elaborados por estados e municípios, que podem fazer acrésci-
mos conforme necessidades regionais.
A existência de um padrão pode permitir a correção de desigualdades do aprendizado e ava-
liações melhores. A partir de um limiar mediano de clareza, inteligência pedagógica e pragma-
tismo, qualquer modelo é melhor do que nenhum. Nesse aspecto, a nova versão da BNCC está
perto de merecer nota de aprovação.
O programa ainda se mostra extenso em demasia, não muito diferente do que se viu nas es-
colas das últimas décadas, quando raramente foi cumprido. O excesso de assuntos dificulta
abordagens mais aprofundadas e criativas.
A BNCC lembra a Constituição de 1988. Detalhista, arrojada e generosa, mas de difícil aplica-
ção imediata e integral. É indiscutível, de todo modo, a urgência de pôr em prática esse plano
que pode oferecer educação decente e igualitária às crianças.
(Editorial. Folha de S. Paulo, 10/12/2017. Adaptado)

Leia as frases
Com a BNCC, busca-se chegar __________ um modo preciso de progressão do ensino.
A BNCC assemelha-se ________ Constituição de 1988: detalhista, arrojada e generosa.
Desigualdades do aprendizado podem ser corrigidas __________ partir da existência
deum padrão.
Estados e municípios se dedicarão __________ elaboração de seus respectivos currículos.
De acordo com a norma-padrão, as lacunas devem ser preenchidas, correta e respectiva-
mente, com:
a) a... a... à... à
b) à... à... a... a
c) a... à... a... à
d) à... a... a... à
e) a... à... à... a

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Na primeira lacuna, apenas preposição; na segunda, preposição + artigo; na terceira, apenas


preposição; na quarta, preposição + artigo.
Letra c.

032. (2017/VUNESP/PREFEITURA DE SERTÃOZINHO-SP/FARMACÊUTICO) Leia um trecho


da entrevista com o psiquiatra Miguel Chalub, para responder a questão.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que a depressão será a doença mais comum do
mundo em 2030 – atualmente, 121 milhões de pessoas sofrem do problema.
Para o psiquiatra Miguel Chalub, há um certo exagero nessas contas. Ele defende que tanto
os pacientes quanto os médicos estão confundindo tristeza com depressão. Ele afirma que os
psiquiatras são os que menos receitam antidepressivos, porque estão mais preparados para
reconhecer as diferenças entre a “tristeza normal e a patológica”.
ISTOÉ: Por que tantas previsões alarmantes sobre o aumento da depressão no mundo?
Miguel Chalub: Porque estão sendo computadas situações humanas de luto, de tristeza, de
aborrecimento, de tédio. Não se pode mais ficar entediado, aborrecido, chateado, porque isso
é imediatamente transformado em depressão. É a medicalização de uma condição humana,
a tristeza. É transformar um sentimento normal, que todos nós devemos ter, dependendo das
situações, numa entidade patológica.
ISTOÉ: A que se deve essa mudança?
Miguel Chalub: Primeiro, a uma busca pela felicidade. Qualquer coisa que possa atrapalhá-la
tem que ser chamada de doença, porque, aí, justifica: “Eu não sou feliz porque estou doente,
não porque fiz opções erradas.” Dou uma desculpa a mim mesmo. Segundo, à tendência de
achar que o remédio vai corrigir qualquer distorção humana. É a busca pela pílula da felicidade.
Eu não preciso mais ser infeliz.
ISTOÉ: O que diferencia a tristeza normal da patológica?
Miguel Chalub: A intensidade. A tristeza patológica é muito mais intensa. A normal é um esta-
do de espírito. Além disso, a patológica é longa.
(Adriana Prado. https://istoe.com.br/74405_O+HOMEM+NAO+ACEITA+ MAIS+FICAR+TRISTE+/ Publicado em
26/05/2010. Adaptado.)

O sinal indicativo de crase está empregado corretamente nas duas ocorrências na alternativa:
a) Muitos indivíduos são propensos à associar, inadvertidamente, tristeza à depressão.
b) As pessoas não querem estar à mercê do sofrimento, por isso almejam à pílula da felicidade.
c) À proporção que a tristeza se intensifica e se prolonga, pode-se, à primeira vista, pensar em
depressão.
d) À rigor, os especialistas não devem receitar remédios às pessoas antes da realização de
exames acurados.

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e) Em relação à informação da OMS, conclui-se que existem 121 milhões de pessoas à serem
tratadas de depressão.

Na letra a, a crase antes de “associar” está incorreta; na letra b, está incorreta a que está antes
de “pílula”; na letra d, a que está antes de “rigor”; na letra e, a que está antes de “serem”.
Letra c.

033. 2017/VUNESP/PREFEITURA DE MARÍLIA-SP/AUXILIAR)


Voluntários respondem a cartas enviadas para Julieta
Junto à Casa de Julieta fica a sala do Clube de Julieta. O projeto existe oficialmente faz 30
anos e tem voluntários para responder, em diversas línguas, a cartas enviadas de todo o mun-
do para Julieta, conhecida personagem da obra de Shakespeare.
As cartas normalmente são tristes e sobre problemas em relacionamentos amorosos. Afinal,
por mais que a famosa história seja romântica, também é bastante trágica.
Para os casos mais delicados, envolvendo, por exemplo, risco de suicídio, o clube tem a contri-
buição de um médico especialista.
Desde os anos de 1930, cartas são enviadas a Verona; mas só nos anos de 1980 a entidade foi
criada oficialmente com apoio do governo.
O projeto ficou ainda mais famoso com o filme “Cartas para Julieta” (2010), em que a prota-
gonista se junta aos voluntários do grupo e tenta ajudar pessoalmente a mulher a quem acon-
selhou. No ano que se seguiu ao filme, quase 4.000 cartas foram recebidas, segundo o Clube.
Há caixas de correio e computadores na Casa de Julieta para enviar mensagens. Por outro
lado, uma placa na entrada alerta que escrever nas paredes – a exemplo de inúmeras picha-
ções no hall de entrada – pode ser punido com multa de até € 1.039 ou prisão por até um ano.
(MK. http://www1.folha.uol.com.br/fsp/turismo/fx2909201111.htm. Adaptado)

Assinale a alternativa em que o sinal indicativo de crase está empregado corretamente.


a) A voluntária aconselhou a remetente à esquecer o amor de infância.
b) O carteiro entregou às voluntárias do Clube de Julieta uma nova remessa de cartas.
c) O médico ofereceu à um dos remetentes apoio psicológico.
d) As integrantes do Clube levaram horas respondendo à diversas cartas.
e) O Clube sugeriu à algumas consulentes que fizessem novas amizades.

Na letra a, “esquecer” não aceita artigo; na letra c, “um” já é artigo indefinido; na letra d, “cartas”
não aceita artigo singular; na letra e, “algumas” rejeita artigo.
Letra b.

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Crase e Acentuação
Elias Santana

034. 2017/VUNESP/PREFEITURA DE MARÍLIA-SP/PROCURADOR JURÍDICO) O acento indicati-


vo de crase está empregado corretamente em:
a) No “Diário de São Paulo”, Mário de Andrade dedicava-se à crítica de música.
b) Na redação do jornal “Diário de São Paulo”, Mário e Braga sentaram lado à lado.
c) Se trocassem um bilhetinho sequer, os escritores chegariam à travar amizade.
d) Rubem Braga diz ter, em assuntos de amizade, horror à explicações sentimentais.
e) O cronista Rubem Braga foi o único à quem Mário de Andrade não escreveu.

Na letra b, não pode haver antigo antes de “lado”; na letra c, não é possível colocar artigo an-
tes de “travar”; na letra d, não é possível por artigo singular antes de “explicações”; na letra e,
“quem” não aceita artigo.
Letra a.

035. (2017/VUNESP/PREFEITURA DE ITANHAÉM-SP/FISIOTERAPEUTA) Assinale a alter-


nativa que apresenta enunciado redigido de acordo com a norma-padrão de concordância e
emprego do sinal indicativo de crase.
a) Um país pertence à todos que nele habita, não sendo proibido a entrada de estrangeiros,
foragidos ou não.
b) Os italianos vão acabarem tendo de tomar emprestado recursos de outros países para con-
ter à imigração desenfreada.
c) Os deslocamentos que estão havendo para à Itália deve trazer preocupação à autoridades
de qualquer países.
d) Existem mais de um país europeu disposto à dar acolhida aos refugiados, sendo o mais
possível acolhedores.
e) Países da União Europeia estão alerta diante do fluxo migratório, para que não se apresen-
tem problemas às suas populações.

Problemas das demais:


a) “todos” aceita artigo; o correto é proibida e habitam.
b) o correto é acabar; não pode haver preposição após “conter”.
c) há duas preposições (para e a) antes de “Itália”; o correto é devem; “autoridades” não aceita
artigo no singular.
d) o correto é existe; antes de “dar”, não é possível haver artigo.
Letra e.

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Crase e Acentuação
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036. (2017/VUNESP/CÂMARA DA ESTÂNCIA BALNEÁRIA DE ITANHAÉM-SP/ASSISTENTE


LEGISLATIVO)

Assinale a alternativa que preenche, respectivamente e de acordo com a norma-padrão, as


lacunas das frases baseadas no texto dos quadrinhos.
O pato______ formiga como estava a distribuição de renda no formigueiro.
Quanto à minha baiana, minha renda não dá nem para______ no carnaval.
a) indagou à … enfeitar ela.
b) indagou a … enfeitar a ela.
c) perguntou a … a enfeitar.
d) indagou a … lhe enfeitar.
e) perguntou à … enfeitá-la.

Primeiramente, você deve estar atento(a) à regência dos verbos listados. Como “formiga” será
o núcleo do OI, é preciso haver preposição + artigo (o que permite eliminar as alternativas B, C
e D). Na letra a, usou-se um pronome pessoal do caso reto como OD, o que não é gramatical-
mente correto.
Letra e.

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037. (2017/VUNESP/CÂMARA DE PORTO FERREIRA-SP/ASSESSOR DE IMPRENSA)


Leia a tira.

De acordo com a norma-padrão, a lacuna do segundo quadrinho deve ser preenchida com:
a) Encontrei ele
b) Fiquei frente à frente a ele
c) Deparei com ele
d) Vim à conhecê-lo
e) Achei-lhe

Nas letras b e letra d, há problemas com o emprego do acento grave. Na letra a, usou-se um
pronome pessoal do caso reto como OD; na letra e, o verbo “achei” é VTD e, por isso, não é
possível empregar “lhe”.
Letra c.

038. (2017/VUNESP/CÂMARA DE PORTO FERREIRA-SP/ASSESSOR DE IMPRENSA) Obser-


ve as manchetes, retiradas e adaptadas do site do jornal A Tarde (Salvador, 20/09/2017):
Trump vai ________ ONU e ameaça “destruir” Coreia do Norte.
Apresentador é condenado _______ devolver salários ______ emissora.
Líder quilombola é morto ______ tiros em Simões Filho.
De acordo com a norma-padrão, as lacunas devem ser preenchidas, respectivamente, com:
a) à... a... a... à
b) a... à... a... a
c) à... à... à... a
d) a... a... à... à
e) à... a... à... a

Na primeira lacuna, é preciso empregar preposição + artigo; na segunda, apenas preposição;


na terceira, preposição + artigo; na quarta, apenas preposição.
Letra e.

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039. (2017/VUNESP/IPRESB-SP/ASSISTENTE PREVIDENCIÁRIO)


Cresce preocupação de investidores com sustentabilidade
Pesquisa da consultoria Ernst & Young mostra que cada vez mais os investidores consideram
dados socioambientais e de governança antes de decidir pôr dinheiro em uma empresa.
No ano passado, 68% disseram que essas informações têm papel fundamental na escolha do
destino final dos recursos. É uma evolução em relação a 2015, quando 52% afirmavam atentar
para essas questões.
A consultoria ouviu 320 investidores ao redor do mundo, sendo um terço deles com mais de
US$ 10 bilhões em ativos sob gestão.
No Brasil, uma das tentativas de estabelecer parâmetros sobre esses dados para o mercado
financeiro vem do Índice de Sustentabilidade da Bolsa. Os dados comparam o desempenho
de empresas sob aspectos como eficiência econômica, equilíbrio ambiental, justiça social e
governança corporativa. Desde que foi lançado, esse Índice já acumula valorização de 154,6%.
Para H. Bueno, da EY, escândalos ambientais e sociais recentes – e as consequências desses
casos sobre as ações das empresas – fazem com que a sustentabilidade ganhe mais espaço
dentro das corporações.
O estudo cita o episódio envolvendo uma grande fabricante de veículos, que usava um softwa-
re para manipular testes de verificação das emissões de gases poluentes pelos veículos da
montadora.
Nos dias seguintes às denúncias, as ações da empresa chegaram a desvalorizar 42,2%.
O mercado e os consumidores cobram idoneidade das companhias. “O consumidor tem uma
reação imediata em parar de consumir o produto de empresas que estão envolvidas em cor-
rupção e em algum tipo de manipulação. A sustentabilidade é um caminho sem volta. As em-
presas precisam transitar por esse caminho, senão vão ser penalizadas no mercado consumi-
dor ou na capacidade de receber investimentos”, afirma Bueno.
(Danielle Brant. Folha de S. Paulo, 07/08/2017. Adaptado)

Considere a frase.
O consumidor costuma imediatamente ____________ adquirir produtos de empresas que
___________ corrupção ou algum tipo de manipulação.
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas da frase devem ser preenchi-
das, respectivamente, por:
a) se recusar de … estão implicadas em
b) se eximir de … têm elo à
c) se abster com … têm vínculos em
d) se negar a … estão comprometidas com
e) se furtar com … têm ligação à

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Crase e Acentuação
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Cuidado novamente com a regência! “recusar-se” e “furtar-se” exigem preposição “a”; “abster-
-se”, “de” (assim é possível eliminar as letras a, c e e). Na letra b, o correto seria tem ela com.
Letra d.

040. (2017/VUNESP/IPRESB-SP/ASSISTENTE PREVIDENCIÁRIO)

Assinale a alternativa em que a frase baseada na charge está correta quanto ao emprego do
sinal indicativo de crase.
a) Refletindo sobre o uso do Twitter, o rapaz faz menção à dificuldade para redigir os relatórios
detalhados pedidos à ele pela gerência.
b) Refletindo sobre o uso do Twitter, o rapaz cita à dificuldade para redigir os relatórios detalha-
dos pedidos a ele pela gerência
c) Refletindo sobre o uso do Twitter, o rapaz faz alusão a dificuldade para redigir os relatórios
detalhados pedidos a ele pela gerência.
d) Refletindo sobre o uso do Twitter, o rapaz se refere à dificuldade para redigir os relatórios
detalhados pedidos a ele pela gerência.
e) Refletindo sobre o uso do Twitter, o rapaz admite a dificuldade para redigir os relatórios de-
talhados pedidos à ele pela gerência.

Nas letras a e e, há crase antes de “ele”, o que é proibido. Na letra b, o verbo “citar” é VTD. Na
letra c, faltou crase em faz alusão à dificuldade.
Letra d.

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041. (2017/VUNESP/CÂMARA DE SUMARÉ-SP/PROCURADOR JURÍDICO) A questão foi elabo-


rada tendo como base o texto de Reinaldo José Lopes, a seguir.
Em livro ambicioso, sociólogo analisa incertezas do futuro
Falta de ambição claramente não é o problema de A Era do Imprevisto: A Grande Transição do
Século 21, novo livro do sociólogo mineiro Sérgio Abranches. Se o leitor já se perguntou, como
imagino, que diabos está acontecendo com o mundo nos últimos anos e o que pode vir daqui
para a frente, a obra do especialista formula algumas respostas – imaginativas, provisórias e
diabolicamente complicadas.
Ele tem se especializado na interface entre política global e questões ambientais, uma conexão
que, por si só, já seria suficiente para produzir calvície e gastrite nos espíritos mais serenos.
Esse eixo político-ambiental está no cerne do livro, mas o sociólogo também tenta investigar
como a ascensão das redes sociais pode afetar a organização da sociedade do futuro; como
o conhecimento emergente (biotecnologia, nanotecnologia, inteligência artificial) pode trans-
formar a vida humana neste século; e o que a tradição filosófica ocidental e as descobertas da
biologia evolucionista têm a dizer sobre nossa natureza e nosso futuro como espécie.
Para Abranches, a sede de ir ao cerne de todas essas questões existenciais se justifica pelo
próprio subtítulo do livro: estaríamos vivendo “a grande transição do século 21”, um ponto de
virada tão importante, à sua maneira, quanto o Renascimento do século 16 ou a Revolução
Industrial do século 18.
Num cenário fulcral como esse, nada mais lógico que tudo pareça bagunçado e em crise per-
manente. Estruturas políticas, sociais, econômicas e culturais velhas ainda estão se encami-
nhando lentamente para o leito de morte, enquanto suas substitutas passam por um parto di-
fícil. Resultado: sensação perpétua de caos e desalento, ainda que o momento também esteja
repleto de potencialidades positivas.
Abranches está convicto de que a falta de controle sobre o capitalismo tem solapado o funcio-
namento das democracias. “As leis de mercado são hoje um eufemismo que designa a com-
binação entre controle oligopolista e hegemonia do capital financeiro”, resume. Nesse cenário,
poucos decidem os destinos de bilhões.
Onde ver esperança? Para Abranches, será crucial usar as possibilidades do ciberespaço para
criar um modelo de participação política mais direto, evitando que a democracia representativa
se transforme de vez em oligarquia. Resta saber como fazer isso sem que as redes sociais se
transformem numa reunião de condomínio improdutiva de dimensões planetárias.
(Reinaldo José Lopes, Folha de S. Paulo, 27/05/2017. Adaptado)

O trecho – Tal complicação deriva da pesquisa de Abranches. Ele tem se especializado em


questões ambientais e políticas globais, conexão suficiente para produzir calvície e gastrite. –
apresenta reescrita correta, quanto ao padrão normativo da regência e da crase, em:
a) Tal complicação remete a uma pesquisa de Abranches, que tem se dedicado às questões
ambientais e políticas globais, conexão apta a produzir calvície e gastrite.

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b) Tal complicação remete a uma pesquisa de Abranches, que tem se dedicado as questões
ambientais e políticas globais, conexão apta à produzir calvície e gastrite.
c) Tal complicação remete à uma pesquisa de Abranches, que tem se dedicado as questões
ambientais e políticas globais, conexão apta a produzir calvície e gastrite.
d) Tal complicação remete a uma pesquisa de Abranches, que tem se dedicado as questões
ambientais e políticas globais, conexão apta a produzir calvície e gastrite.
e) Tal complicação remete à uma pesquisa de Abranches, que tem se dedicado às questões
ambientais e políticas globais, conexão apta à produzir calvície e gastrite.

Antes de “uma”, não pode haver crase (o que permite eliminar as letras c e e). Nas letras b e d,
falta crase antes de “questões”.
Letra a.

042. (2017/VUNESP/CÂMARA DE SUMARÉ-SP/ESCRITURÁRIO) Leia o texto “Procura-se


restaurante sem TV”, para responder à questão.
No fim de semana passado, fui com a família a um dos nossos restaurantes prediletos. É um
desses lugares com cardápio gigante e pratos idem, ideal para um almoção de domingo. Um
dos atrativos do lugar é um agradável jardim com mesas ao ar livre. O jardim é a parte do res-
taurante preferida por famílias. Fica cheio de crianças nos fins de semana.
Ao chegar, tivemos uma surpresa: o restaurante havia colocado uma enorme televisão no jar-
dim, com caixas de som espalhadas por todo o lugar. A TV exibia – juro – um programa sobre
o cultivo de orégano.
Somos clientes antigos do lugar. Vamos tanto que até conhecemos os donos. Perguntei por
que haviam decidido instalar o aparelho.
“Cansei de perder clientes porque não tínhamos TV”, disse um dos proprietários. “Tem gente
que chega aqui, pergunta se tem TV e, quando digo que não, vai embora.”
Triste, mas verdadeiro: achar um restaurante sem TV está ficando cada vez mais difícil. Enten-
do que um restaurante de PF ou de almoço comercial tenha TV nas paredes para os clientes
verem as notícias ou os gols da noite anterior. É claro que já fui com amigos a bares para assis-
tir a jogos. Ninguém é contra a televisão. Mas não consigo entender como uma família prefere
ficar vendo um programa sobre plantação de orégano a conversar.
Nosso almoço foi uma depressão só: o som do programa impedia qualquer tentativa de comu-
nicação. Era impossível escapar do barulho da TV, já que as caixas cobriam toda a área do lugar.
O pior é que o dono do restaurante tinha razão: as famílias pareciam estar gostando do progra-
ma. Na mesa ao lado, um casal passou o almoço todo sem trocar uma palavra, aparentemente
hipnotizado pelas informações sobre a melhor época para plantar orégano.
Perdemos outro de nossos restaurantes favoritos. Uma pena. Mas tenho certeza de que o lu-
gar, agora com TV, não vai sentir nossa falta.
(André Barcinski, Folha de S. Paulo, 09/05/2012. Adaptado)

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Considere a frase.
O autor não se opõe ___ existência de TV em bares e restaurantes e afirma que há situações em
que ela é bem-vinda, ____ exemplo do horário de almoço, quando os clientes aproveitam esse
curto período para estar _____ par das últimas notícias e dos gols do campeonato.
De acordo com a norma-padrão, as lacunas dessa frase devem ser preenchidas, correta e res-
pectivamente, por:
a) a … à … à
b) a … à … a
c) à … a … a
d) à … à … a
e) à … a … à

Na primeira lacuna, deve haver preposição + artigo; na segunda; apenas preposição; na tercei-
ra, apenas preposição.
Letra c.

043. (2017/VUNESP/CÂMARA DE SUMARÉ-SP/AUXILIAR DE ADMINISTRAÇÃO) Assinale a


alternativa em que o emprego do sinal da crase está de acordo com a norma padrão da língua
portuguesa.
a) O texto refere-se à pais que desejam compensar ausência física.
b) As crianças ficam ocupadas de segunda à domingo, o que gera estresse.
c) À partir do próximo mês, ela terá outros compromissos.
d) Ontem à tarde, ela não foi ao cinema porque estava com febre.
e) A mãe levou à filha para o curso de inglês e de informática.

Erro das demais:


a) “pais” não aceita artigo.
b) erro de paralelismo (de segunda a domingo).
c) “partir” não aceita artigo.
e) antes de “filha”, deve haver apenas artigo, por ser OD.
Letra d.

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044. (2017/VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO) Leia o texto dos quadrinhos,


para responder à questão.

Assinale a alternativa que dá outra redação à fala dos quadrinhos, seguindo a norma padrão de
regência, conjugação de verbos e emprego do sinal indicativo de crase.
a) Espero que você nomeie à alguém que trata disso melhor do que seu advogado.
b) Se você não se dispor em ajudar à fazer a lição de casa, vou processar você.
c) Vou acionar à polícia se você não vir me ajudar com à lição de casa.
d) Caso você não me acuda quando eu fizer a lição de casa, apelarei à justiça.
e) Pergunto à você onde está seu advogado; não creio que ele resolva ao caso.

Erro das demais:


a) “alguém” não aceita artigo.
b) “fazer” não aceita artigo.
c) “com” já é uma preposição; então deveria haver apenas artigo.
e) “você” não aceita artigo.
Letra d.

045. (2017/VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO)


O problema de São Paulo, dizia o Vinicius, “é que você anda, anda, anda e nunca chega a Ipane-
ma”. Se tomarmos “Ipanema” ao pé da letra, a frase é absurda e cômica. Tomando “Ipanema”

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como um símbolo, no entanto, como um exemplo de alívio, promessa de alegria em meio à


vida dura da cidade, a frase passa a ser de um triste realismo: o problema de São Paulo é que
você anda, anda, anda e nunca chega a alívio algum. O Ibirapuera, o parque do Estado, o Jardim
da Luz são uns raros respiros perdidos entre o mar de asfalto, a floresta de lajes batidas e os
Corcovados de concreto armado.
O paulistano, contudo, não é de jogar a toalha – prefere estendê-la e se deitar em cima, caso
lhe concedam dois metros quadrados de chão. É o que vemos nas avenidas abertas aos pe-
destres, nos fins de semana: basta liberarem um pedacinho do cinza e surgem revoadas de
patinadores, maracatus, big bands, corredores evangélicos, góticos satanistas, praticantes de
ioga, dançarinos de tango, barraquinhas de yakissoba e barris de cerveja artesanal.
Tenho estado atento às agruras e oportunidades da cidade porque, depois de cinco anos vi-
vendo na Granja Viana, vim morar em Higienópolis. Lá em Cotia, no fim da tarde, eu corria em
volta de um lago, desviando de patos e assustando jacus. Agora, aos domingos, corro pela
Paulista ou Minhocão e, durante a semana, venho testando diferentes percursos. Corri em
volta do parque Buenos Aires e do cemitério da Consolação, ziguezagueei por Santa Cecília e
pelas encostas do Sumaré, até que, na última terça, sem querer, descobri um insuspeito parque
noturno com bastante gente, quase nenhum carro e propício a todo tipo de atividades: o esta-
cionamento do estádio do Pacaembu.
(Antonio Prata. “O paulistano não é de jogar a toalha. Prefere estendê-la e deitar em cima.” Disponível em:
<http://www1.folha.uol.com.br/colunas>. Acesso em: 13/04/2017. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a substituição dos trechos destacados na passagem – O pau-


listano, contudo, não é de jogar a toalha – prefere estendê-la e se deitar em cima, caso lhe
concedam dois metros quadrados de chão. – está de acordo com a norma padrão de crase,
regência e conjugação verbal.
a) prefere mais estendê-la do que desistir – põe à disposição.
b) prefere estendê-la à desistir – ponham a disposição.
c) prefere estendê-la a desistir – põe a disposição.
d) prefere estendê-la do que desistir – põem a disposição.
e) prefere estendê-la a desistir – ponham à disposição.

O verbo “preferir” exige preposição “a”, e “desistir” não aceita artigo (assim, já se pode eliminar
as letras a, b e d). “À disposição”, por ser locução feminina, deve estar com crase.
Letra e.

046. (2017/VUNESP/TJ-SP/SERVIÇO SOCIAL) Leia o texto para responder à questão.


Surgiu a Maria da Anália, pediu se eu podia vender um pedaço de toucinho.
– Não vou vender. Quando você engordou e matou o teu porco, eu não fui aborrecer-te.

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Ela começou a dizer que queria só o toucinho. Perpassei o olhar no povo. Fitavam o toucinho
igual a raposa quando fita uma galinha. Pensei: e se eles invadir o quintal? Resolvi levar o tou-
cinho para dentro de casa o mais depressa possível. Fitei as tabuas do barraco, que já estão
podres. Se eles invadir, adeus barraco.
Juro que fiquei com medo...
(Carolina Maria de Jesus. Quarto de despejo – diário de uma favelada, 1993. Adaptado)

A Maria da Anália visava ___ um pedaço de toucinho, mas seu pedido não chegou ____ sen-
sibilizar a dona do porco que, vendo-se _____ mercê de uma invasão em seu quintal, decidiu
recolher-se ____ sua casa.
Assinale a alternativa cujos termos preenchem, correta e respectivamente, as lacunas do enun-
ciado conforme a norma-padrão.
a) a … à … a … à
b) a … a … a … a
c) à … à … à … à
d) a … a … à … à
e) à … a … a … a

Na primeira lacuna, deve-se empregar apenas preposição; na segunda, apenas preposição; na


terceira, preposição + artigo; na quarta, preposição + artigo.
Letra d.

047. (2017/VUNESP/UNESP/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO)


Fogo e Madeira
Não foi pouco para um único dia de fiscalização. Dois caminhões, um trator, uma camionete e
uma pá carregadeira foram inutilizados pelo Ibama*, por servirem à extração ilegal de madeira
na divisa entre Rondônia e Mato Grosso.
Embora os agentes do instituto tivessem o que comemorar, seria incorreto qualificar como
êxito o que ocorreu – pelo menos de uma perspectiva mais alongada no tempo.
A facilidade com que se encontraram sinais flagrantes de desmatamento nada mais revela do
que o extremo de sem cerimônia dos madeireiros ilegais na Amazônia.
Autorizada por decreto de 2008, a destruição dos equipamentos empregados nessa atividade
predatória parece ser uma das poucas punições efetivamente ressentidas pelos infratores.
Levada a cabo por meio de helicópteros, a ação do Ibama afugenta, pelo mero estardalhaço de
sua aproximação, os responsáveis diretos pelo crime.
Porém, mal os helicópteros levantam voo novamente, o desmatamento prossegue. Operações
dessa monta se fazem de raro em raro, e os madeireiros não chegam a abalar-se da área
protegida.

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Além da óbvia extensão da floresta, outros fatores tornam complexa a fiscalização. Madeirei-
ros possuem, por exemplo, licença para a exploração sustentável do recurso natural, mas a
utilizam para enveredar em áreas protegidas.
Iniciativas mais extensas e difíceis, mas de maior alcance, envolveriam o engajamento da po-
pulação em outras atividades atraentes do ponto de vista econômico. A falta de alternativas
de trabalho sem dúvida explica por que madeireiros ilegais encontram algum apoio entre os
habitantes da região.
Ainda que fulgurante, a ação de poucos fiscais será incapaz de interromper o desmatamento.
* Ibama: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis.
(Folha de S. Paulo, 24/12/2016. Adaptado)

Os fiscais do Ibama foram _______ Amazônia e lá chegaram _________ destruir equipamentos


que eram destinados ________ atividades ilegais de extração de madeira. De acordo com a nor-
ma-padrão, as lacunas da frase devem ser preenchidas, respectivamente, com:
a) à … à … à
b) a … à … à
c) à … a … a
d) a … a … à
e) à … à … a

Na primeira lacuna, deve-se empregar preposição + artigo; na segunda, apenas preposição; na


terceira, apenas preposição.
Letra c.

048. (2017/VUNESP/TJM-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO) Assinale a alternativa


que preenche, respectivamente, as lacunas da frase, conforme a norma-padrão da língua.
_______________anos, estudiosos________ acerca da contribuição que o conhecimento dos bura-
cos negros pode trazer_____________ nossas vidas.
a) Há... têm questionado-se... a
b) Há... têm se questionado... a
c) Há... têm se questionado... à
d) A... têm questionado-se... a
e) A... têm se questionado... à

Na primeira lacuna, emprega-se “há”, por haver ideia de tempo transcorrido; na segunda, como
“questionado” é particípio, não pode haver ênclise. Na terceira, apenas preposição.
Letra b.

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GRAMÁTICA
Crase e Acentuação
Elias Santana

049. (2017/VUNESP/CÂMARA DE MOGI DAS CRUZES-SP/PROCURADOR JURÍDICO) Leia


o texto “Chega de desculpas”, do jornalista português João Pereira Coutinho, para responder
à questão.
A herança ibérica é causa dos problemas do Brasil? A pergunta é recorrente. A convite de uma
associação de estudantes, estive em São Paulo para uma conversa sobre o assunto.
Não foi fácil: entrei no auditório, e estavam ali talvez umas 300 pessoas para escutar e, quem
sabe, pedir a minha pele. No fim, saí ileso e ninguém comprou a ideia de que os portugueses
são responsáveis pela situação do Brasil. É verdade. O país pode estar em crise, mas as novas
gerações enchem o meu coração de otimismo.
Mas vamos ao que interessa: a colonização foi coisa boa ou coisa má? A pergunta, pelo seu
maniqueísmo, já é falha. Nenhuma colonização é totalmente boa ou totalmente má. Existiram
bons legados e maus legados.
Começo pelos bons: a ausência de uma “superioridade de raça”. Sérgio Buarque de Holanda
sabia do que falava. Gilberto Freyre também. Como dizem ambos, os portugueses que chega-
ram em 1500 já eram um povo “mestiço” – uma salada de latinos, africanos, árabes etc. Isso
é importante?
É. Porque não foram apenas os portugueses a colonizar o Brasil. Os nativos também coloni-
zaram os portugueses – e essa “plasticidade”, para usar um termo caro a esses estudiosos,
impediu a rigidez cultural, social e até sexual, que outros povos colonizadores espalharam por
seus domínios.
Sim, sei: você gostaria de ter sido colonizado por holandeses, ingleses, quem sabe franceses.
Coisa chique, mas foram eles que colonizaram a África do Sul, a Índia e a Argélia…
Está no seu direito. Mas, como diz um amigo, você consegue imaginar a “Garota de Ipane-
ma” cantada em holandês? A musicalidade dos brasileiros precisou de semente mestiça para
florescer.
Pena – que nem tudo tenha florescido – e aqui mergulho no lado lunar. Os portugueses não
foram exemplares na educação da colônia. No século 18, afirma Sérgio Buarque, milhares de
livros eram publicados no México. Ao mesmo tempo, a Coroa portuguesa fechava as tipogra-
fias dos trópicos porque temia que ideias subversivas pudessem corromper a estabilidade
do Brasil.
E quem fala em livros fala em educação: Sérgio relembra que, entre os anos de 1775 e 1821,
7850 bacharéis e 473 doutores e licenciados saíram com diploma da Universidade do Méxi-
co. Em igual período, só 720 brasileiros conseguiram a proeza (pela Universidade de Coim-
bra, claro).
Finalmente, existe uma herança pesada da colonização portuguesa: esse patrimonialismo que
atribui ao Estado o papel de “baby-sitter” do cidadão. Isso significa que um homem assume a
mentalidade de uma criança que tudo espera do Estado, desde o berço até a sepultura.

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GRAMÁTICA
Crase e Acentuação
Elias Santana

Os portugueses deixaram o Brasil há quase 200 anos, e qualquer pessoa adulta sabe que o
presente do Brasil é um produto das escolhas dos brasileiros, portanto chega de desculpas.
(Folha de S. Paulo, 20/10/2015. Adaptado)

Assinale a alternativa que completa corretamente a seguinte frase:


O leitor tem direito
a) à restrições com relação ao ponto de vista exposto pelo autor.
b) à defesa da ideia de que outros colonizadores seriam preferíveis aos portugueses.
c) à acreditar que o Brasil deveria ter sido colonizado por outros povos.
d) à uma opinião diversa da veiculada por esse texto jornalístico.
e) à argumentos que tornem discutível o parecer do autor.

Nas demais alternativas, todos os termos após a crase não admitem artigo.
Letra b.

050. (2016/VUNESP/PREFEITURA DE GUARULHOS-SP/ASSISTENTE DE GESTÃO) Consi-


dere a charge de Pelicano para responder à questão.

(http://paduacampos.com.br/2012/wp-content/uploads/2013/10/ AUTO_pelicano13.jpg. Adaptado)

Considere a frase.
__________escolas que_________ em prática a troca de mensagens, enviando frequentemen-
te_________ famílias informações a respeito do desempenho dos filhos.
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas dessa frase.
a) Existe … põe … às
b) Existe … põem … as
c) Existem … põe … as
d) Existem … põem … às
e) Existem … põem … as
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GRAMÁTICA
Crase e Acentuação
Elias Santana

Na primeira lacuna, emprega-se existem, para concordar com “escolas” (o mesmo vale para
põem); na terceira, deve-se empregar preposição + artigo.
Letra d.

051. (2016/VUNESP/PREFEITURA DE GUARULHOS-SP/ASSISTENTE ESCOLAR) Leia a fra-


se a seguir:
O garoto aconselhou _________ irmã __________ levar o lanche __________ escola numa lancheira.
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas da frase.
a) a … à … a
b) a … à … à
c) à … a … à
d) à … à … a
e) a … a … à

Na primeira lacuna, emprega-se apenas artigo; na segunda, apenas preposição; na terceira,


preposição + artigo.
Letra e.

052. (2016/VUNESP/ODAC/AGENTE ADMINISTRATIVO) Assinale a alternativa em que o si-


nal indicativo de crase está empregado corretamente.
a) A autora diz ter crescido junto às flores.
b) A garota imaginou que dariam tudo à ela.
c) A mãe deu à seu bebê um nome de pássaro.
d) Se o passarinho não voa, é levado à piar.
e) Ela comparou-se à um brotinho de feijão.

Erro das demais:


b) “ela” não aceita artigo.
c) “seu bebê” não aceita artigo feminino.
d) “piar” não aceita artigo.
e) “um brotinho” não aceita artigo definido.
Letra a.

053. (2016/VUNESP/MPE-SP/BIÓLOGO) Assinale a alternativa que preenche as lacunas do


texto a seguir, observando o emprego do sinal de crase e a conjugação verbal, segundo a
norma-padrão.

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GRAMÁTICA
Crase e Acentuação
Elias Santana

Implantaremos um sistema capaz de levar____________ consumidores fiéis informações sobre


nossas promoções,____________________ partir do momento em que forem lançadas.
Se___________ de recursos suficientes, anunciaremos prêmios que atraiam clientes, para que
______________ incondicionalmente ____________ campanhas promocionais.
a) aqueles... a... dispormos... aderem... as
b) àqueles... a... dispusermos... adiram... às
c) àqueles... à... dispusermos... aderem... às
d) aqueles... à... dispormos... adiram... as
e) aqueles... a... dispormos... adiram... as

Na primeira lacuna, deve haver acento grave (pela preposição exigida por “levar” (isso elimina
as letras a, d e e). Na segunda, apenas artigo (isso elimina a letra c).
Letra b.

054. (2016/VUNESP/UFABC/ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO) Leia o texto, para respon-


der à questão.
O que é a paixão senão um sentimento imenso que nos tira a razão? Quando estamos apaixo-
nados, não queremos nada, além daquilo ou daquele que nos hipnotizou.
Ficamos cegos e nada mais faz sentido. Tudo em nossa volta se transforma em um nevoeiro,
cinza e espesso, permitindo ver apenas o que tanto queremos.
Todos nos apaixonamos, seja por alguém ou por algo, e de repente nossos corações perdem a
harmonia das batidas. De repente somos fisgados por algo que nos conquistou.
Não somente os jovens, adultos ou velhos se apaixonam. As crianças também. E, assim, um
dia caí na armadilha de um cupido mal-intencionado.
Eu era criança, não lembro minha idade, mas lembro que aqui no hospital amanhecera. Dava
para sentir o calor da luz do sol e o silêncio que pairava no ambiente do quarto onde, sozinho,
eu ficava.
Em instantes, alguém, que estava ali para cuidar de mim, entra no quarto. Havia uma vitrola e,
para permitir um momento agradável, essa que veio ser minha cuidadora pôs um disco para
tocar. Não tenho certeza, mas era um vinil com canções românticas de uma dessas novelas.
Não sei como foi, mas lembro até hoje o nome dessa que, naquele dia, me ofertou grande afe-
to. Seu nome era Silvana, e lembro que ela tinha cabelos compridos e loiros.
Enquanto a música tocava, eu sentia que algo não estava certo com ela. Parecia que, apesar
de estar diante de mim, estava com seu coração em outro mundo.
Mesmo assim, eu me sentia bem e feliz. Depois do banho e do café da manhã, ela sai do quarto
para outras tarefas. Embalado pelas músicas da vitrola, fico vislumbrando a paisagem da ja-
nela. Bem ao longe, em cima do prédio da Faculdade de Medicina, em frente ao Instituto onde
fico, uma bandeira do Brasil dança ao ritmo do vento que a embala.

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GRAMÁTICA
Crase e Acentuação
Elias Santana

Muitos momentos, quando se é garoto, são como fotografias, nas quais o maior sentimento
que se expressa é a solidão.
A música parou de tocar, e assim voltei meu olhar para o quarto em que somente eu estava
presente. Não demorou muito para que Silvana voltasse e colocasse outro disco. Poucas ho-
ras depois, irei dormir feliz, pois o carinho e o afeto que Silvana me permitiu deixarão um doce
conforto. Como o filho de que a mãe cuida, fecho meus olhos, tranquilo e feliz.
Mas, infelizmente, nada dura para sempre. Veio outra pessoa cuidar de mim no dia seguinte, e
no lugar do afeto que Silvana trazia, não veio o desprezo, mas alguém em quem eu mal poderia
encontrar conforto. Aos soluços, pedi de volta a Silvana que tinha cuidado de mim no dia ante-
rior. A resposta das minhas súplicas foi que ela não viria mais.
(Paulo Henrique, Minha primeira paixão. Disponível em: www.folha.uol.com.br. Acesso em 16/02/2016. Adap-
tado)

Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas no texto a seguir:


Embora um hospital, para muitos, associe-se ____ imagem de um lugar sombrio e triste, existe
nele uma beleza que poucos _____. Não sei se pelo tempo que vivo aqui, aprendo ______ ver
essa beleza que muitas vezes produz _______uma sensação de completa felicidade.
a) à … veem … a … em mim
b) à … vêm … à … me
c) a … veem … à … em mim
d) a … veem … a … a mim
e) à … vêm … a … me

Na primeira lacuna, deve-se empregar preposição + artigo; na segunda, “veem” (do verbo “ver”).
Isso já resolveu a questão.
Letra a.

055. (2016/VUNESP/PREFEITURA DE SÃO PAULO-SP/ANALISTA)


O mundo vive hoje um turbilhão de sentimentos e reações no que diz respeito aos refugia-
dos. Trata-se de uma enorme tragédia humana, à qual temos assistido pela TV no conforto de
nossas casas.
Imagens dramáticas mostram famílias inteiras, jovens, crianças e idosos chegando à Europa
em busca de um lugar supostamente mais seguro para viver. Embora os refugiados da Síria te-
nham ganhado maior destaque, existem ainda os refugiados africanos e os latino-americanos.
Dentro da América Latina, vemos grandes migrações, uma marcha de pessoas que buscam o
refúgio, mas que terminam em uma espécie de exílio.
O Brasil, que sempre se destacou por sua capacidade de acolher diferentes culturas, apresenta
uma das sociedades com maior diversidade. Podemos afirmar nossa capacidade de lidar com
o multiculturalismo com bastante naturalidade, embora, muitas vezes, a questão seja tratada

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GRAMÁTICA
Crase e Acentuação
Elias Santana

de maneira superficial. Por outro lado, o preconceito existente, antes disfarçado, deixou de ser
tímido e passou a se manifestar de forma aberta e hostil. Comparado a outros países, o Brasil
não recebe um número elevado de refugiados, e a maioria da sociedade brasileira aceita-os,
acreditando que é possível fazer algo para ajudá-los, mesmo diante do momento crítico da
economia e da política.
Diante desse cenário, destacam-se as iniciativas de solidariedade, de forma objetiva e prati-
cada por jovens estudantes de nossas universidades. Com a cabeça aberta e o respeito ao
diferente, muitos deles manifestam uma visão de mundo que permite acreditar em transfor-
mações sociais de base.
(Soraia Smaili, Refugiados no Brasil: entre o exílio e a solidariedade. Em: cartacapital.com.br. 02/02/2016. Adap-
tado)

Nas universidades, as iniciativas de solidariedade visam oferecer apoio_____ precisa, com res-
peito___ diferenças, entendendo-se que não se deve negar_____ um refugiado______ esperança
por uma vida melhor.
De acordo com a norma-padrão, as lacunas da frase devem ser preenchidas, respectiva-
mente, com:
a) aquele que … à … a … à
b) àquele que … às … a … a
c) à quem … às … à … à
d) a quem … as … à … a
e) àquele que … as … a … à

Pela regência de “oferecer”, na primeira lacuna deve haver preposição (assim, é possível eli-
minar as letras a e c – “quem” não aceita artigo). Na segunda lacuna, é necessário empregar
preposição + artigo (e a questão já está resolvida). Na terceira, “um” rejeita outro artigo. Na
quarta, preposição + artigo.
Letra b.

056. (2016/VUNESP/CÂMARA DE MARÍLIA-SP/PROCURADOR JURÍDICO)


Uma noite no mar Cáspio
Na semana passada, uma aluna da Sorbonne foi encarregada de fazer um estudo sobre a
literatura latino-americana, mal informada de tudo, inclusive sobre a América Latina. Veio en-
trevistar algumas pessoas e, não sei por que, pediu-me que a recebesse para uma conversa
que pudesse explicar o Brasil com apenas um título que serviria de roteiro para o trabalho que
deveria apresentar.
Já me pediram coisas extravagantes, recusei algumas, aceitei outras. Aleguei minha incompe-
tência para titular qualquer coisa.

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GRAMÁTICA
Crase e Acentuação
Elias Santana

Mas não quis decepcionar a moça. Pensando na atual crise política, sugeri “Garruchas e pu-
nhais” – era o nome da briga entre os meninos da rua Cabuçu contra os meninos da rua Lins
de Vasconcelos. Morei nas duas e era considerado um espião a soldo de uma ou de outra. O
que no fundo era verdade, considerava idiotas os dois lados.
A moça riu mas não gostou. Todos os países têm garruchas e punhais. Dei outra sugestão: “O
mosteiro de tijolos de feltro”. Ela não gostou – nem eu. Parti então para uma terceira via, por si-
nal, a mais estúpida. Pensou um pouco, inicialmente recusou. Olhou bem para mim e aprovou:
“Uma noite no mar Cáspio”. Para meu espanto, ela aceitou.
Acredito que os professores da Sorbonne também gostarão. E eu nem sei onde fica o mar Cás-
pio, embora também não saiba onde fica o Brasil.
(Carlos Heitor Cony. Folha de S. Paulo, 26/01/2016. Adaptado)

Comecei ___________ conversar com a aluna e entendi que caberia a mim escolher o título de
seu estudo. Perguntei _________ ela o que achava de “Garruchas e punhais”. Não gostou. Então,
dei outra sugestão _______ moça: “O mosteiro de tijolos de feltro”. De acordo com a norma-pa-
drão, as lacunas da frase devem ser preenchidas, respectivamente, com:
a) a … a … àquela
b) à … a … àquela
c) a … à … aquela
d) à … à … aquela
e) a … à … àquela

Na primeira lacuna, deve-se empregar apenas preposição (o que elimina as letras b e d); na
segunda, apenas preposição (o que elimina as letras c e e).
Letra a.

057. (2016/VUNESP/IPSMI/AGENTE ADMINISTRATIVO)


Cuidado
O sedentarismo está entre os principais fatores de risco que ameaçam________ saúde. No en-
tanto, é preciso ter cuidado ao começar___________ praticar atividades físicas.
“Exercícios sem orientação profissional ou visando resultado a qualquer custo, normalmente,
levam________ sobrecarga de peso e podem provocar lesões nos ombros, nos joelhos e na lom-
bar”, diz Helder Montenegro, diretor do Instituto de Tratamento da Coluna Vertebral.
(Especialista aconselha quem quer deixar o sedentarismo. www.estadao.com.br, 08/01/16. Adaptado)

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do texto.


a) a...a... à
b) à...à... à
c) a...à... a

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GRAMÁTICA
Crase e Acentuação
Elias Santana

d) à...à... a
e) à...a... à

Na primeira lacuna, emprega-se apenas artigo. Na segunda, apenas preposição. Na terceira,


preposição + artigo.
Letra a.

058. (2016/VUNESP/PREFEITURA DE SUZANO-SP/AGENTE DE GESTÃO ADMINISTRATI-


VA) Leia o texto a seguir.
Eu fico realmente impressionado ao perceber como os colunistas políticos da grande mídia
sentem prazer em pintar o país em cores sombrias: tudo está sempre “terrível”, “desespera-
dor”. Nunca estivemos “tão mal” ou numa crise “tão grande”.
Em primeiro lugar, é preciso perguntar: estes colunistas não viveram os anos 90?! Mas, mesmo
que não tenham vivido e realmente acreditem que “crise” é o que o Brasil enfrenta hoje, outra
indagação se faz necessária: não leem as informações que seus próprios jornais publicam,
mesmo que escondidas em pequenas notas no meio dos cadernos?
Vejamos: a safra agrícola é recordista, o setor automobilístico tem imensas filas de espera por
produtos, e os aeroportos estão lotados. Passe diante dos melhores bares e restaurantes de
sua cidade no fim de semana e perceberá que seguem lotados.
Aliás, isso é sintomático: quando um país se encontra realmente em crise econômica, as pri-
meiras indústrias que sofrem são as de entretenimento. Sempre. Famílias com o bolso vazio
não gastam com o que é supérfluo – e o entretenimento não consegue competir com a neces-
sidade de economizar para gastos em supermercado, escola, saúde, água, luz etc. Portanto, é
revelador notar, por exemplo, como os cinemas brasileiros estão tendo seu melhor ano desde
2011. Público recorde. “Apesar da crise”. A venda de livros aumentou 7% no primeiro semestre.
“Apesar da crise”.
Se banissem a expressão “apesar da crise” do jornalismo brasileiro, a mídia não teria mais o
que publicar.
Faça uma rápida pesquisa no Google pela expressão “apesar da crise”: quase 400 mil resultados.
“Apesar da crise, produção de batatas atrai investimentos em Minas”
“Apesar da crise, brasileiros pretendem fazer mais viagens internacionais.” Apesar da crise,
Piauí registra crescimento na abertura de empresas.” Apesar da crise. Apesar da crise. Ape-
sar da crise.
Uma coisa é dizer que o país está em situação maravilhosa, pois não está; outra é inventar um
caos que não corresponde à realidade. A verdade, como de hábito, reside no meio do caminho:
o país enfrenta problemas sérios, mas está longe de viver “em crise”. E certamente teria mais
facilidade para evitá-la caso a mídia em peso não insistisse em semear o pânico na mente da
população – o que, aí, sim, tem potencial de provocar uma crise real.

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GRAMÁTICA
Crase e Acentuação
Elias Santana
(Apesar da crise. Disponível em: www.pragmatismopolítico. Adaptado)

Assinale a alternativa em que o acento indicativo de crase e a colocação pronominal foram


empregados de acordo com a norma padrão da língua portuguesa.
a) Os problemas que o país enfrenta não assemelham-se à essa tragédia publicada nos jornais.
b) Os problemas que o país enfrenta quase sempre assemelham-se à uma situação de-
sesperadora.
c) Os problemas que o país enfrenta não se assemelham à toda essa crise pintada pela mídia.
d) Os problemas que o país enfrenta quase sempre se assemelham à um cenário de pânico.
e) Os problemas que o país enfrenta não se assemelham àquilo que é publicado pela mídia.

Erro das demais:


a) desrespeito ao fator de atração e crase indevida.
b) desrespeito ao fator de atração e crase indevida.
c) crase indevida.
d) crase indevida.
Letra e.

059. (2016/VUNESP/CÂMARA DE MARÍLIA-SP/AGENTE DE COPA) Assinale a alternativa em


que o acento indicativo de crase está empregado corretamente.
a) Em casa, a família se reúne à mesa para tomar o café.
b) O cafezinho pareceu agradar à todos que o provaram.
c) O café foi servido à essas visitas em xícaras especiais.
d) No Brasil, o cafezinho se ajusta à qualquer tipo de reunião.
e) Recomenda-se o café descafeinado à quem sofre de insônia.

Na letra b, “todos” não aceita artigo; na letra c, “essas” não aceita artigo; na letra d, “qualquer”
não aceita artigo; na letra e, “quem” não aceita artigo.
Letra a.

060. (2016/VUNESP/PREFEITURA DE SERTÃOZINHO-SP/PROCURADOR MUNICIPAL) Leia a


crônica “Não parta”, de Antonio Prata, para responder à questão.
Ter trinta e poucos anos significa, entre outras coisas, que é praticamente impossível reunir
cinco casais num jantar sem que haja pelo menos uma grávida. E estar na presença de uma
grávida significa, entre outras coisas, que é praticamente impossível falar de qualquer outro
assunto que não daquele rotundo e miraculoso acontecimento, a desenrolar-se do lado de lá
do umbigo em expansão.

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Crase e Acentuação
Elias Santana

Enquanto a conversa gira em torno dos nomes cogitados, da emoção do ultrassom, dos dife-
rentes modelos de carrinho, o clima costuma ser agradável e os convivas se aprazem diante
da vida que se aproxima. Mas eis então que alguém pergunta: “e aí, vai ser parto normal ou
cesárea?”, e toda possível harmonia vai pra cucuia.
Num extremo, estão as mulheres que querem parir de cócoras, ao pé de um abacateiro, sob os
cuidados de uma parteira de cem anos, tendo como anestesia apenas um chá de flor de ma-
caúba e cantigas de roda de 1924. Na outra ponta, estão as que têm tremedeiras só de pensar
em parto normal, pretendem ir direto pra cesárea, tomar uma injeção e acordar algumas horas
depois, tendo no colo um bebê devidamente parido, lavado, escovado, penteado e com aquela
pulseirinha vip no braço, já com nome, número de série e código de barras.
Os dois lados acusam o outro de violência: as naturebas dizem que a cesárea é um choque; as
artificialebas alegam que dar as costas à medicina é uma irresponsabilidade. Eu, que durante
meses ouvi calado as discussões, pesei bastante os argumentos e cheguei, enfim, a uma con-
clusão: abaixo o nascimento! Viva a gravidez!
Imaginem só a situação: os primeiros grãos de consciência germinam em seu cérebro. Você
boia num líquido morninho – nem a gravidade, essa pequena e constante chateação, te abor-
rece. Você recebe alimento pelo umbigo. Você dorme, acorda, dorme, acorda e jamais tem que
cortar as unhas dos pés. Então, de repente, o líquido se vai, as paredes te espremem, a fonte
seca, a luz te cega e, daí pra frente, meu amigo, é só decadência: cólicas, fome, sede, pernilon-
gos, decepções, contas a pagar. Eis um resumo de nossa existência: nove meses no paraíso,
noventa anos no purgatório.
Freud diz que todo amor que buscamos é um pálido substituto de nosso primeiro, único e
grande amor: a mãe. Discordo. A mãe já é um pálido substituto de nosso primeiro, único e
grande amor: a placenta. Tudo, daí pra frente – as religiões, os relacionamentos amorosos, a
música pop, a semiótica* e a novela das oito – é apenas uma busca inútil e desesperada por
um novo cordão umbilical, aquele cabo USB por onde fazíamos, em banda larga, o download
da felicidade. Do parto em diante, meu caro leitor, meu caro companheiro de infortúnio, a vida
é conexão discada, wi-fi mequetrefe, e em vão nos arrastamos por aí, atrás daquela impossível
protoconexão.
No próximo jantar, se estiver do lado de uma grávida, jogarei um talher no chão e, ao abaixar
para pegá-lo, cochicharei bem rente à barriga: “te segura, garoto! Quando começar a tremedei-
ra, agarra bem nas paredes, se enrola no cordão, carca os pés na borda e não sai, mesmo que
te cutuquem com um fórceps, te estendam uma mão falsamente amiga, te sussurrem belas
cantigas de roda, de 1924. Te segura, que o negócio aqui é roubada!”.
(Revista Ser Médico. Edição 57 – Outubro/Novembro/Dezembro de 2011. www.cremesp.org.br. Adaptado)

*semiótica: ciência dos modos de produção, de funcionamento e de recepção dos diferentes


sistemas de sinais de comunicação entre indivíduos ou coletividades.
Assinale a alternativa que está redigida de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.

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Crase e Acentuação
Elias Santana

a) Em meio às diferentes opiniões, existem as artificia-lebas, que consideram que se contrapor


à medicina é uma irresponsabilidade à qual as mulheres não devem se submeter.
b) Em meio às diferentes opiniões, existem as artificia-lebas, que consideram que se contrapor
à medicina é uma irresponsabilidade a qual as mulheres não devem se submeter.
c) Em meio às diferentes opiniões, existe as artificia-lebas, que consideram que se contrapor a
medicina é uma irresponsabilidade a qual as mulheres não devem se submeter.
d) Em meio as diferentes opiniões, existe as artificia-lebas, que consideram que se contrapor a
medicina é uma irresponsabilidade à qual as mulheres não devem se submeter.
e) Em meio as diferentes opiniões, existem as artificia-lebas, que consideram que se contrapor
à medicina é uma irresponsabilidade a qual as mulheres não devem se submeter.

No primeiro caso, deve haver crase (em meio às diferentes opiniões), o que elimina as letras d
e e; o verbo deve ser existem, para concordar com o sujeito “as artificia-lebas” (o que elimina a
letra c); deve-se empregar “à qual” por exigência do verbo “se submeter” (veremos mais sobre
a crase com pronomes relativos no PDF de orações adjetivas).
Letra a.

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Elias Santana
Licenciado em Letras – Língua Portuguesa e Respectiva Literatura – pela Universidade de Brasília. Possui
mestrado pela mesma instituição, na área de concentração “Gramática – Teoria e Análise”, com enfoque
em ensino de gramática. Foi servidor da Secretaria de Educação do DF, além de pro­fessor em vários
colégios e cursos preparatórios. Ministra aulas de gramá­tica, redação discursiva e interpretação de textos.
Ademais, é escritor, com uma obra literária já publicada. Por essa razão, recebeu Moção de Louvor da
Câmara Legislativa do Distrito Federal.

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