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Lusitânia - Uma Terra No Fim Do Mundo - PÚBLICO
Lusitânia - Uma Terra No Fim Do Mundo - PÚBLICO
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2/15/2017 Lusitânia: Uma terra no fim do mundo PÚBLICO
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2/15/2017 Lusitânia: Uma terra no fim do mundo PÚBLICO
Herói construído
“A Lusitânia é uma construção romana – ela não existe antes como território
único”, explica o arqueólogo Carlos Fabião, que divide o comissariado desta
exposição que inaugurou no ano passado no Museu Nacional de Arte
Romano de Mérida com o seu director, José María Álvarez Martínez, e com
António Carvalho.
O que deles conhecemos é o que nos dizem gregos e
romanos, que falam de uma gente mais ou menos
selvagem, que tinha uma relação muito próxima da
terra
Carlos Fabião
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Olisipo ﴾Lisboa﴿, numa reconstituição virtual de César Figueiredo para o filme Fundeadouro romano
em Olisipo, de Raul Losada DR
Na vanguarda
No século I, Roma tinha já cerca de um milhão de
habitantes. Para que uma cidade europeia voltasse a ter
este peso demográfico, foi preciso esperar pela Londres
do século XVIII"
Carlos Fabião
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“Pela leitura desta lei ficamos a saber que, tal como hoje, as riquezas do
subsolo pertenciam ao Estado e que a exploração destes recursos também
era feita sob concessão. Sabemos até como funcionava a povoação junto às
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“Com Augusto [63 a.C. – 14] os romanos vêm para ficar.” Imperador
habituado à guerra, Augusto era sobretudo um homem de paz, diz o director
do MNA, que manda o seu genro fundar Mérida transformando em colonos
os veteranos da 5.ª e da 10.ª legiões, que lhe são muito próximas. “É verdade
que há membros da elite romana que são mandados para a Lusitânia como
se fossem mandados para o degredo, de castigo, mas não era assim que
Augusto olhava para esta província. Os primeiros colonos estão entre os seus
soldados preferidos, os seus dilectos, daí o nome de Augusta Emerita. É
claro que estamos num espaço periférico, que não é tão atraente como a
Gália, a Sicília ou a Mauritânia, mas é uma terra que não destoa do resto do
império, de bons mármores e bons cavalos.”
Nota Carlos Fabião, no entanto, que a ideia de que nas lezírias do Tejo
corriam alguns dos mais velozes cavalos do império não passa de um mito,
algo que perdurou no tempo, acrescenta o director do museu de arqueologia,
devido à existência de grandes hipódromos em Mérida e Lisboa (na zona do
Rossio) e da carreira de sucesso de um auriga nascido na Lusitânia, Caio
Apúlio Diócles, que ganhou quase 1500 das mais de 4000 corridas em que
participou.
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“Também se dizia que aqui havia tritões e nereides e houve até uma
embaixada de homens de Lisboa que foi contar isto a Roma, ao imperador
Tibério. O que não é mito é que este território ajudou a aproximar o império
do Atlântico”, conclui Carlos Fabião. A exposição do MNA, que em Julho
deverá instalarse no Museu Arqueológico Nacional, em Madrid, volta a abrir
essa porta sobre o oceano, 2000 anos depois.
lcanelas@publico.pt
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