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Formas Principais

A. Formas Binárias
A1. Forma Suite
Característica de diversos andamentos da suite barroca
Plano Formal: A (que se repete) | B (que se repete)
A (I-V ou i-III (V)) | B ([V]-I ou [III (V)]-i)

A2. Forma bar


Estrutura das canções dos Minesänger e Meistersinger medievais e
alguns corais
Plano Formal: A A B

B. Formas Ternárias
B1. Forma Lied
B1.1. Simples
Frequente nos andamentos lentos das sonatas e géneros similares1
Plano Formal: A B A

B1.2. Aria da Capo


Característica de certas árias de ópera, oratório e cantatas. Pode ser
combinada com a forma ritornello.
Plano Formal: A (Fine) B (Da Capo)

B1.3. Com repetições


Em peças curtas. Estrutura do Menueto ou Trio, na forma Menueto-Trio
(ver B3.1.)
Plano Formal: A (que repete) | BA (que se repete)

B1.4. Variada (ou com variações)


Semelhante à Simples (B1.1.)
Plano Formal: A B A’

B1.5. Com repetições variadas


Plano Formal: AA´ BA” B’A”’

B1.6. Desenvolvida
Ver D2

B1.7. Sonata
Ver C2

1
Géneros similares da Sonata: Trios, Quartetos, Quintetos, etc. Sinfonias e Concertos com Solista
2 Análise 1

B2. Forma bar com repetições


Característica de algumas canções populares
Plano Formal: AA BA

B3. Alargada
B3.1. Menueto-Trio
A 3 tempos, moderada, 3º andamento da sonata e géneros similares,
com excepção dos Concertos
Plano Formal: Menueto: A (que se repete) | BA (que se repete) [Fine]
Trio: C (que se repete) | DC (que se repete) [Menueto da
Capo, sem repetições]

B3.2. Scherzo-Trio
Introduzido por Beethoven em substituição do anterior, mantendo
tempo e plano formal, mas mais rápido (compassos sentidos a 1 tempo)

B4. Em Arco
Forma ternária com regressos simétricos
Plano Formal: A B C D C B A

C. Forma Sonata
C1. Caso Geral
Forma ternária derivada da forma binária alargada, construída sobre um
tema (forma sonata monotemática), ou dois temas ou grupos temáticos
(forma sonata bitemática), frequentemente separadas por uma ponte
ou transição.
A forma sonata clássica é geralmente bitemática e afecta o primeiro
andamento da sonata e dos géneros similares (de onde sai o nome de
Allegro de Sonata)
Uma coda desenvolvida ganha o nome de desenvolvimento conclusivo.
Plano Formal: Exposição: A (que se repete) a e b primeiro e segundo
temas ou grupos temáticos (I-V ou i-III)
Desenvolvimento: B
Reexposição: A (os temas mantêm-se em I ou i) [repete-se
desde o desenvolvimento] Por vezes as repetições são
omissas.

C2. Sonata-lied (ou Forma Sonata sem desenvolvimento)


Frequente nos andamentos lentos das sonatas e géneros similares
Plano Formal: A A B
Formas Principais 3

D. Forma Rondó
D1. Caso Geral
Alternância de um refrão com versos diferentes em número variável.
Tempo rápido
Característico do último andamento da sonata e géneros similares.
Plano Formal: A B A C A D A ...

D2. Lied desenvolvido ou Forma Romance


Tempo moderado
No andamento lento da sonata e géneros similares.
Plano Formal: semelhante ao caso geral

D3. Forma Rondó-Sonata


Bitematismo da forma sonata associado à forma refrão-verso
Plano Formal: A B A C A B A

D4. Ritornello
Na época barroca, típico de certas árias e coros, tal como dos primeiros
andamentos dos Concertos Grossos e Concertos com Solista
Plano Formal: R (ritornello) A R B R ... R

E. Variações
E1. Caso Geral
Escolhida frequentemente para os andamentos centrais ou finais da
sonata e géneros similares.
Dependendo das variações, as modificações podem ser melódicas
(ornamentais), harmónicas, rítmicas, de escrita instrumental ou de
carácter.
As variações podem ser separadas ou encadeadas umas nas outras.
Plano Formal: A A’ A” ...

E2. Variações sobre um baixo ostinato


E2.1. Ground
E2.2. Chaconne
E2.3. Passacalha
Iguais ao caso geral, sem alterações no baixo, que se mantém sempre
igual (ostinato)
Plano Formal: como no caso geral

F. Forma Estrófica
Característica das peças vocais criadas sobre um texto estrófico.
Cada estrofe do texto usa a mesma música, com eventuais pequenas variações.
Frequente nas canções populares
4 Análise 1

G. Formas Livres
G1. Fantasia
Toccata
Prelúdio
Abertura2
Música programática3
Nenhuma tem forma fixa que se associe às formas precedentes
(excepção da Abertura como referido na nota respectiva)

G2. Forma rapsódica (Rapsódia)


Sem regressos temáticos

G3. Durchkomponiert
Sobretudo reportório vocal

G4. Fuga e Géneros Similares


Ainda que no plano geral conste de uma exposição e desenvolvimento,
a Fuga mantém, na sua organização, uma forma livre, com excepção da
Fuga académica, ou escolástica.

H. Forma Aberta
Obras na qual a execução se desenrola segundo possibilidades sempre
diferentes, implicando a participação do intérprete ou do público na sua
determinação.

2
Abertura romântica, como obra independente, ou seja, sem relação de Abertura a nenhuma outra obra,
muitas vezes aparentada com a Obra Programática. As aberturas barrocas têm formas especificas,
derivadas das formas binárias (alargadas ou não), Abertura Francesa, e das formas ternárias, Abertura
Italiana.
3
Associada à abertura referida na nota acima e ao Poema Sinfónico e peças de carácter narrativo.

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