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SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE

SLMBELOS CURSO “COORDENAÇÃO


PEDAGÓGICA: PRESSUPOSTOS TEÓRICO-
PRÁTICOS PARA AÇÃO TRANSFORMADORA”

CURSISTA: Élika Alves de Jesus Alencastro


UNIDADE ESCOLAR: CMEI Criança Feliz I
FORMADOR: Prof. Dr. Edson Ferreira Alves
DATA: 24/04/2024

ATIVIDADE DO MÓDULO 2 – PLANEJAMENTO E GESTÃO


PEDAGÓGICA

Título: Educação de qualidade: Equidade e Integralidade para o processo de ensino

Ao tratarmos de qualidade educacional, assim como descrito por Alves e Assis


(2018) evidencia-se que para tal existe um longo caminho a ser percorrido, o qual carece
de considerações cuidadosas relacionadas a fatores externos e internos os quais
determinam a real qualidade. uma tarefa que exige uma consideração cuidadosa dos
fatores internos e externos que determinam o que é essa qualidade. Segundo os autores o
termo qualidade vem do latim qualitatem, que engloba um conceito específico. , ou seja,
reconhecer a perspectiva social do sujeito, expressando assim qualidades.
Ainda, segundo Brasil (2014), qualidade refere-se a um conceito complexo que
sugere parâmetros comparativos do que é considerado boa ou má qualidade em situações
sociais. Como atributo, a qualidade e seus parâmetros fazem sempre parte do sistema de
valores sociais e apresentam mudanças de acordo com cada período histórico, de acordo
com as condições de tempo e espaço.
É importante entender que qualidade estende-se ainda para os diversos aspectos
que envolvem a designação e formação dos parâmetros, a qualidade dentro do ambito da
educação sugere um apanhado significativo das aprendizagem intra e extra escolares,
sendo assim é de suma importância entender o conceito de qualidade educacional, o
mesmo segundo Dourado e Oliveira (2009) refere-se ao estabelecimento da definição dos
aspectos, características e condições de qualidade que devem ser considerados como
referência analítica e política na melhoria da qualidade do processo educacional. e, além
disso, é apresentada ao público a integração de métodos de controlo público na
formulação, implementação e monitorização das políticas educativas e dos seus
resultados, com o objectivo de criar uma escola de qualidade.
A legislação brasileira na área da educação, que dá ênfase à Lei Nacional de Bases
e Diretrizes Educacionais (LDB) e ao Sistema Nacional de Educação (PNE), demonstra
a importância de definir padrões de qualidade do ensino. Esta questão demonstra a
importância de determinar padrões para a qualidade do ensino, as dificuldades e
diferenças envolvidas na definição de um nível único de qualidade, incluindo questões de
diversidade e pequeno número, de ano para ano de alunos, ideias importantes no ensino
e estudo, custos dos alunos, proporção aluno-professor, etc (Dourado e Oliveira, 2009).
Darling-Hammond e Ascher (1991) enfatizam que as medidas e dimensões da
qualidade educacional devem demonstrar a relação: a) autenticidade - entre os objetivos
educacionais e os resultados de aprendizagem do exercício, podem diminuir para níveis
médios ou similares; b) confiabilidade: levando em consideração fatores em que se pode
confiar no mundo escolar; c) incorruptibilidade: ou mais precisamente, características de
deformação mínima; d) comparabilidade: isto é, fatores que permitem avaliar as
condições escolares ao longo do tempo.
Portanto, a qualidade da educação não se limita a um nível médio, num
determinado momento, a um aspecto, mas organiza-se como um processo complexo e
dinâmico, integrado por um conjunto de valores como confiabilidade, comparabilidade,
entre outros . Afirma-se, portanto, que a qualidade educacional é um conceito
multifacetado e multifatorial, pois a definição e a compreensão do conceito teórico bem
como a análise da situação atual das escolas não serão impossíveis de considerar os
aspectos curriculares que preenchem esse contexto.
Para mais, ao referenciarmos a qualidade da educação torna-se de suma
importância relatar sobre a essência de um planejamento escolar real que considere todas
as referências de um indivíduo. Luckesi (2023) ressalta que se o ensino for planejado
previamente sobre o ponto de partida e para onde vamos levando em consideração a
aprendizagem dos alunos e o alcance dos objetivos ansiados, o ensino torna-se realizador.
Os professores que atuam em instituições de ensino, devem esclarecer o por que e a que
ponto pretendem chegar em sua prática. As práticas docentes, seja de forma consciente
ou habitual, estarão sempre vinculadas à compreensão filosófica, política e pedagógica.
O planejamento estabelece o curso das ações pedagógicas no âmbito escolar com
o olhar voltado para o futuro. No caso dos professores, para efeitos de ensino prático e,
portanto, de aprendizagem dos alunos, o plano de aula apresenta os conteúdos a seguir na
realização de uma ou mais tarefas pedagógicas previamente identificadas. O ato de
organização da sala de aula, cujo objetivo é planejar as atividades a serem realizadas
durante o ensino na escola ou universidade, compromete o conhecimento do professor
sobre os conteúdos especificamente ensinados e aprendidos, ao mesmo tempo em que
compromete a aventura de estar disposto a ensinar e garantir que seus alunos aprendam o
conteúdo proposto e, como resultado, se transformem em indivíduos saudáveis (Luckesi,
2023).
A ação de elaborar um plano de aula é o traçar dos caminhos a serem seguidos e
isso depende da filosofia que o guiará. A ação organizadora examina a mediação entre as
aspirações filosóficas e culturais e as práticas cotidianas de ensino dos professores e
aprendizagem dos alunos. Daí a sua importância na profissão docente. O planejamento
de um curso escolar ou universitário, assim como o planejamento de uma sala de aula, é
um recurso intermediário que auxilia no direcionamento efetivo da prática docente em
nossas instituições de ensino.
Por conta disso, é necessário lembrar a importância do planejamento na prática
docente quando organizamos as discussões a serem realizadas com os alunos, com o
objetivo de tornar realidade as aspirações filosóficas, sociais, políticas, nossa governança
e educação. O planejamento se dá na perspectiva de avaliar o desenvolvimento
educacional com vistas a identificar como os conteúdos podem afetar as diversidades de
ensino, este documento norteador garante ao educador aplicar a sua prática de forma a
gerir o funcionamento da sala de aula identificando dificuldades e possibilidades de
aprendizagem. Sendo assim conforme levantado por Luckesi (2023) as formas de
avaliação se dão de duas maneiras específicas, sendo elas a avaliação em larga escala e a
avaliação de aprendizagem, em relação a primeira tem-se-a como ferramenta para garantir
a qualidade da educação, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), por
exemplo, apresenta-se como um padrão de qualidade aprovado pelos princípios
empresariais e políticos vigentes (Alves, 2023).
A qualidade do ensino básico reflete-se na determinação dos objetivos do
programa educativo, pela eficácia da avaliação padronizada que incide apenas nos
resultados. Este é o nível de qualidade administrativa, em que os resultados dos testes
utilizados em larga escala tornam-se indicadores de qualidade educativa. Por outras
palavras, uma escola que atinja os pontos indicados na escala de desempenho identificada
no cerne da política educativa será uma escola de qualidade, concentrando-se quase
exclusivamente nos resultados de aprendizagem dos alunos em testes periódicos. Em
contrapartida, a avaliação da aprendizagem há a caracterização de um tipo avaliativo
levantado no decorrer das aulas, feito continuamente de forma a alavancar o ensino e
promover a superação das dificuldades e desafios encontrados nas disciplinas, este feito
permanentemente no âmbito educacional (Neto e Aquino, 2009).
O referido método de avaliação interliga-se ao planejamento, ambos devem andar
de forma conjunta trazendo para o processo de ensino e aprendizagem, a avaliação de
aprendizagem e o planejamento devem trazer como objetivo: alcançar metas,
desempenho, continuidade, produtividade e sucesso demonstrável nas atividades voltadas
ao aprendizado. Portanto, ao planejar o trabalho docente, os professores precisam estar
atentos ao que desejam exercer. Isso o ajuda a identificar/selecionar e organizar toda a
gama de componentes instrucionais para atender às necessidades e interesses dos alunos
(Neto e Aquino, 2009).
É compreensível que o planejamento de ações seja essencial para um ensino eficaz
e exija o comprometimento do professor, o desenvolvimento da formação, o
desenvolvimento do conhecimento, a inovação na prática e a capacidade de criatividade
diária para ensinar em sala de aula. envolvente, incentivando os alunos a adquirir
conhecimentos e desenvolver habilidades. O planejamento e a avaliação da aprendizagem
constantemente garantem o propósito da sala de aula, apoia o planejamento de diferentes
estratégias, faz um balança das aprendizagens, planeja a intervenção educacional, ajuda
a alinhar o conteúdo instrucional e o tempo disponível e desenvolve as habilidades
esperadas, garantindo assim um ensino de qualidade e uma aprendizagem significativa.
Por fim, é importante mencionar que o ensino de qualidade se faz através da
participação ativa de todos os membros da comunidade escolar, assim a coordenação
pedagógica possui papel fundamental, onde os coordenadores agem como mediadores,
facilitadores e formadores tendo conhecimento das especificidades e objetivos
pretendidos para cada turma com o intuito de promover práticas e sugerir metologias que
alcancem o processo educativo em concretude, possibilitando a garantia da educação de
qualidade a qual permite a todos os sujeitos desenvolverem-se integralmente no proceso
de ensino e aprendizagem. O planejamento norteador transforma o processo de ensino
sendo assim, o coordenador como agente transformador através da avaliação interna e
externa garante o respaldo das necessidades educacionais para o crescimento intelectual
e social.
Para mais, em prol da melhoria na qualidade educacional torna-se imprescindivel
que educadores e coordenadores pedagógicos caminhem para o aperfeiçoamento de suas
práticas, a formação continuada é o caminho para a superação de desafios e o
oferecimento de novas possibilidades.
Considerações Finais

Condisera-se que o processo de ensino e aprendizagem tem sim a capacidade de


promover uma educação de qualidade, os coordenadores assim como os professores
através da avaliação em larga escala e avaliação de aprendizagem permanente, cotidiana,
possuem fatores fundamentais de crescimento integral, de qualidade e com equidade.

Referências

ALVES, Edson Ferreira. Planejamento de aula docente: orientações e sugestões. In:


ARAÚJO, V. F. de. A prática pedagógica e as concepções de ensino aprendizagem.
Ponta Grossa - PR: Atena, 2023.

ALVES, Edson Ferreira; ASSIS, Lúcia Maria. Qualidade educacional e Ideb: uma
análise dos Planos de Educação de Goiás e de São Luís de Montes Belos em contraponto
à percepção dos professores dessa Rede Municipal de Ensino. Jornal de Políticas
Educacionais. V. 12, n. 7, maio 2018. Disponível em:
https://revistas.ufpr.br/jpe/article/view/56421. Acesso em: 22 abr. 2024.

DARLING-HAMMOND, L.; ASCHER, C. Creating accountability in big city


schools. Urban Diversity Series, n. 102, 1991.

DOURADO, Luiz Fernandes; OLIVEIRA, João Ferreira de. A qualidade da educação:


perspectivas e desafios. Cad. CEDES, Campinas, v. 29, n. 78, Aug. 2009. Disponível
em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-
32622009000200004&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 24 abr. 2024.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Planejamento do ensino: traçando o caminho para o ato
pedagógico de ensinar. In: . O ato pedagógico: planejar, executar, avaliar.
São Paulo: Cortez, 2023. p. 49-72.
NETO, Ana Lúcia Gomes C; AQUINO, Josefa de Lima F. A avaliação da
aprendizagem como um ato amoroso: o que o professor pratica?.Educação em Revista,
Belo Horizonte, v.25, n.2, p.1-7, ago. 2009. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-46982009000200010.
Acesso em: 24 abr. 2024.
VASCONCELLOS, Celso dos S. Sobre o trabalho da equipe diretiva no processo de
mudança da prática pedagógica: por uma gestão democrática. In: . Coordenação do
trabalho pedagógico: do projeto político-pedagógico ao cotidiano da sala de aula. 16.
ed. São Paulo: Cortez, 2019. p.73-9.

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