Resenha Como Se Tornar Um Tirano

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IESF – INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR FRANCISCANO

DISCIPLINA: TEORIA GERAL DO ESTADO


PROFESSOR(A): Mª KELDA SOFIA CAIRES
ALUNO: JEFFERSON TROVÃO CANTANHEDE

Resenha: Como se Tornar um Tirano

Dinklage, P. (Diretor). (2021). Como se Tornar um Tirano [Série documental].


Estados Unidos: Netflix.

Uma sede ardente de poder. Um desejo descomunal de dominar e ser visto como alguém
que exerce grande autoridade sobre seus semelhantes. A maioria dos ditadores já
apresentam desde muito cedo a ideia de que são pessoas diferenciadas, com uma missão
sobrenatural , escolhidos pelo universo ou por Deus para tal.

Tal ideia os levam a estudar a natureza humana, a psicologia do medo, da obediência,


das necessidades. Tornam-se especialistas em dominar. Estudam o psicológico, o
espiritual, as necessidades de reconhecimento e aceitação . Tem realmente tudo para
serem grandes líderes, porém seu interesse não está nos liderados mas sim em sua sede
de poder.

Os tiranos podem ser muito carismáticos e os são, ao mesmo tempo violentos e


implacáveis a ponto de literalmente destruir seus opositores para tirar do caminho
qualquer um que possa atrapalhar seus verdadeiros objetivos. Mostram o que acontece
com aqueles que lhe são contrários.

Assim, eles também buscam entre seus súditos aqueles com os quais deve acercar-se,
que o admiram e respeitam. Buscam um ideal que convence a todos. Uma frase de efeito,
uma busca coletiva. Assim vai agregando cada vez mais um número maior de apoiadores
pela admiração e pelo medo.

Como na maioria dos casos, eles procuram juntar-se e ganhar confiança daqueles que
têm acesso ao poder até chegar ao chefe para então de alguma forma surpreender com
seu ataque fulminante ou esperar um momento de transição para por em prática o
desfecho final ou o ato inicial de um novo domínio.
Assumindo o poder é hora de dar cabo a todos os seus inimigos, os que não são confiáveis
ou aqueles que despertam um mínimo de desconfiança. A fome de poder não tem limites.
Há sempre a vigilância quase que neurótica sobre qualquer levante. A necessidade de
executar qualquer que dê um mínimo de motivo para desconfiança. Um atraso, um
titubeio, um gaguejar pode ser uma sentença de morte.

Hitler, Stalin, Lenin, e por que não Vladimir Putin?? Homens que não mediram
esforços e nem consequências para chegarem ao poder e colocarem em práticas os seus
projetos.

Enfim, o que estes homens têm em comum? Um missão? Será que realmente são
escolhidos de Deus para uma grande missão no mundo? Deixo essa questão para que
você, querido leitor reflita e me diga quem são realmente estes homens com grande
missão sobre a terra ou serão apenas megalomaníacos com distúrbios mentais e uma
grande influência demoníaca? O que seria o grande motivo para que essas pessoas causem
tanta maldade e destruição
Contra seus semelhantes.

Na maioria dos tiranos podemos ver a desenfreada ganância pelo poder. Augusto César
foi assassinado porque seus companheiros não estavam mais aguentando sua ostentação
e abuso de poder. E isso acontece com todos pois, começam a tomar decisões ainda que
tenha que sacrificar princípios outrora defendido por ele em sua caminhada de ascensão
ao poder, decepcionando aqueles que por ele lutaram e nele acreditaram.
Uma das questões fundamentais que surgem ao examinar os tiranos é a relação entre sua
ascensão ao poder e as condições sociais e políticas do momento. Embora seja verdade
que os tiranos muitas vezes se aproveitam de crises e instabilidades para consolidar seu
poder, também é importante reconhecer que eles próprios contribuem para a criação
dessas condições por meio de suas ações e políticas. Oportunismo político, corrupção e
repressão são frequentemente características de regimes tirânicos que exacerbam as
tensões sociais e minam a estabilidade política.
Outro aspecto importante a se considerar é o papel das instituições democráticas na
prevenção do surgimento de tiranos. Sistemas robustos de freios e contrapesos, uma
imprensa livre e uma sociedade civil ativa são elementos essenciais para impedir o
surgimento de líderes autoritários. No entanto, essas instituições podem ser facilmente
corroídas por líderes tirânicos que buscam consolidar seu próprio poder e suprimir a
dissidência. Portanto, é vital que as democracias permaneçam vigilantes e fortaleçam suas
instituições para resistir a ameaças internas e externas.
Além disso, é importante reconhecer que os tiranos não surgem do nada. Eles são muitas
vezes produtos de suas próprias circunstâncias e experiências de vida. Traumas passados,
aspirações frustradas e inseguranças pessoais podem alimentar a ambição desmedida e a
sede de poder de um líder tirânico. Portanto, é essencial abordar as causas subjacentes da
tirania, incluindo a desigualdade social, a injustiça e a falta de oportunidades para todos
os membros da sociedade.
À luz dessas reflexões, torna-se claro que a ascensão dos tiranos é um fenômeno
complexo e multifacetado que exige uma abordagem holística e multifacetada. Devemos
estar atentos às lições do passado e trabalhar diligentemente para proteger nossas
instituições democráticas e promover uma cultura de respeito pelos direitos humanos e
pela dignidade individual. Somente assim poderemos construir um mundo onde a tirania
não encontre espaço para prosperar e onde a liberdade e a justiça sejam garantidas para
todos os indivíduos.
À medida que concluímos esta exploração sobre os tiranos e sua ascensão ao poder, é
imperativo refletir sobre as lições aprendidas e os compromissos que devemos assumir
para o futuro. Os tiranos, ao longo da história, representaram uma ameaça constante à
liberdade, à justiça e à dignidade humana. Suas histórias são um lembrete sombrio dos
perigos do poder descontrolado e da falta de responsabilidade.
Uma das principais lições que emergem dessa análise é a importância de fortalecer as
instituições democráticas e promover uma cultura de respeito pelos direitos humanos e
pela dignidade individual. Devemos proteger e fortalecer nossas instituições
democráticas, garantindo que elas permaneçam robustas e resilientes diante de ameaças
internas e externas. Isso inclui defender a independência do judiciário, garantir a liberdade
de imprensa e promover a participação cívica ativa.
Além disso, é essencial abordar as causas subjacentes da tirania, incluindo a desigualdade
social, a injustiça e a falta de oportunidades para todos os membros da sociedade.
Devemos trabalhar para construir sociedades mais justas e inclusivas, onde cada
indivíduo tenha a oportunidade de alcançar seu pleno potencial, independentemente de
sua origem ou circunstâncias.
Em última análise, a ascensão dos tiranos é um lembrete poderoso dos perigos do poder
descontrolado e da falta de responsabilidade. Devemos aprender com os erros do passado
e nos comprometer a construir um futuro onde a tirania não encontre espaço para
prosperar e onde os valores da democracia, dos direitos humanos e da dignidade sejam
respeitados em todos os cantos do mundo.

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