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Produção, Transporte e

Distribuição de Energia
Sistemas de produção dispersos
2023/2024

Mauro Costa
Sistemas Dispersos

Vão ser abordadas os seguintes sistemas:

▪ Biomassa

▪ Cogeração

▪ Solar

▪ Eólicas

2
Biomassa

3
Biomassa

▪ Na conceção da geração de energia, o termo biomassa aglomera todos os derivados


recentes de organismos vivos que são utilizados como combustíveis ou para a sua
produção desses mesmos combustíveis.

▪ Do ponto de vista ecológico biomassa é a quantidade total da matéria viva existente em


um ecossistema ou numa população quer animal quer vegetal. Estes dois conceitos
estão por conseguinte interligados entre eles, embora sejam algo diferentes.

4
Energia da Biomassa

▪ Para a definição de biomassa no contexto da geração de energia não são contabilizados


os tradicionais combustíveis fósseis, apesar de estes serem também derivados do ramo
vegetal e mineral (são exemplos carvão mineral do ramo vegetal e o petróleo e gás
natural do ramo mineral), no entanto estes são resultado de várias transformações que
requerem vários milhões de anos para acontecerem.

▪ A biomassa pode ser considerada um recurso natural renovável, contrariamente aos


combustíveis fosseis.

5
Biomassa
▪ Existem três classes de biomassa, a sólida, líquida e gasosa, conheça as caraterísticas:
1. A biomassa sólida
Tem como fonte os produtos e resíduos da agricultura (incluindo substâncias vegetais e animais), os
resíduos das florestas e a fração biodegradável dos resíduos industriais e urbanos.
2. A biomassa líquida
Existe em uma série de biocombustíveis líquidos com potencial de utilização, todos com origem nas
chamadas “culturas energéticas”. São exemplos o biodiesel, obtido a partir de óleos de colza ou girassol;
o etanol, produzido com a fermentação de hidratos de carbono (açúcar, amido, celulose); e o metanol,
gerado pela síntese do gás natural.
3. A biomassa gasosa
É encontrada nos efluentes agropecuários provenientes da agro-indústria e do meio urbano. É achada
também nos aterros de RSU (resíduos sólidos urbanos).
Estes resíduos são resultado da degradação biológica anaeróbia da matéria orgânica, e são constituídos
por uma mistura de metano e gás carbónico. Esses materiais são submetidos à combustão para a
geração de energia.
6
Central de Biomassa
▪ As centrais de biomassa funcionam com diferentes
combustíveis, dependendo de onde estão localizadas.
▪ Algumas centrais de biomassa queimam resíduos municipais ou
resíduos agrícolas, enquanto outras centrais queimam madeira
extraída das florestas.
▪ O método de produção de energia é o mesmo para todos os
tipos de biocombustíveis/biomassa:
1. Preparação da biomassa para a combustão;
2. A biomassa é queimada de forma a produzir calor para
aquecer água
3. Por sua vez a água transforma-se em vapor que sobe
4. O vapor no seu circuito ascendente faz com que as turbinas
do gerador girem
5. No processo final o movimento das turbinas do gerador
convertem a energia em energia elétrica
7
Energia da Biomassa – Transformação

▪ A biomassa é utilizada diretamente como combustível ou através da produção de


energia a partir de processos de pirólise, gasificação, combustão ou co-combustão de
material orgânico que se encontra presente num ecossistema.

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Energia da Biomassa – Pirólise

▪ É o processo onde a matéria orgânica é decomposta após ser submetida a condições de altas
temperaturas e ambiente desprovido de oxigênio. Apesar de sua definição esclarecer a
necessidade da inexistência de oxigênio, vários processos ocorrem com uma pequena
quantidade dele.

▪ O processo é endotérmico, logo é necessário que exista bastante fornecimento externo de calor
para acontecer o êxito da reação.

▪ Uma aplicação bastante comum é a carbonização da madeira. Seu propósito é a produção de


carvão vegetal, item essencial para o fornecimento de energia em diversas indústrias.

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Energia da Biomassa – Reator Pirolítico

▪ No reator pirólitico, a matéria orgânica passa por uma


série de etapas. A primeira é denominada de zona de
secagem, onde a temperatura varia entre 100ºC e
150ºC. Logo após segue para a zona de pirólise, onde
ocorrem importantes reações químicas como a fusão,
volatilização e oxidação. Nessa etapa já são retirados
vários subprodutos, como álcoois e alcatrão.

▪ Em seguida o processo é finalizado na zona de


resfriamento, onde são coletados produtos como o
bio-óleo. Vale salientar a existência de diversos tipos
de reatores, com variadas tecnologias.

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Energia da Biomassa – Gasificação

▪ Assim como na pirólise, aqui a biomassa também é acalorada na ausência do oxigénio,


originando como produto final um gás inflamável.

▪ Esse gás ainda pode ser filtrado, visando à remoção de alguns componentes químicos
residuais. A diferença básica em relação à pirólise é o fato de a gaseificação exigir
menor temperatura e resultar apenas em gás.

▪ Importante saber que a gaseificação pode ocorrer a partir de diferentes matérias-


primas, como madeira e outras formas da biomassa.

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Energia da Biomassa – Combustão

▪ Aqui a queima da biomassa é realizada a altas temperaturas na presença abundante de


oxigénio, produzindo vapor a alta pressão. Esse vapor geralmente é usado em caldeiras ou para
mover turbinas.

▪ É uma das formas mais comuns hoje em dia e sua eficiência energética situa-se na faixa de 20 a
25%.
▪ Fornalhas são dispositivos de combustão direta projetados para assegurar a queima completa
do combustível de modo eficiente e contínuo, visando ao aproveitamento de sua energia
térmica liberada na combustão, com o máximo de rendimento na conversão da energia química
do combustível em energia térmica.
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Energia da Biomassa – Co-combustão

▪ A prática da co-combustão propõe a substituição de parte do carvão mineral utilizado


em urnas termoelétricas por biomassa. Dessa forma, reduz-se significativamente a
emissão de poluentes.

▪ A faixa de desempenho da biomassa encontra-se entre 30 e 37%, sendo por isso uma
escolha bem atrativa e económica atualmente..

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Energia da Biomassa – Vantagens

▪ A biomassa é uma energia renovável e está disponível e ao nosso alcance em praticamente todos os
locais;

▪ É pouco poluente, não emitindo dióxido de carbono (de acordo com o ciclo natural de carbono neutro);

▪ É altamente fiável e a resposta às variações de procura é elevada;

▪ A biomassa sólida é extremamente barata, sendo as suas cinzas menos agressivas para o ambiente;

▪ A biomassa apresenta-se como mais económica comparativamente aos combustíveis fósseis;

▪ Verifica-se uma menor corrosão dos equipamentos (caldeiras, fornos, etc);

▪ A utilização de biomassa permite a limpeza sustentável dos terrenos, principalmente nas comunidades
rurais.

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Energia da Biomassa – Desvantagens

▪ Desflorestação de florestas, além da destruição de habitats;

▪ Possui um menor poder calorífico quando comparado com outros combustíveis, ou seja a energia da
biomassa não é tão eficiente como outras fontes de energia;

▪ Os biocombustíveis líquidos contribuem para a formação de chuvas ácidas;

▪ Dificuldades no transporte e no armazenamento de biomassa sólida;

▪ Centrais de biomassa ocupam geralmente uma grande área, principalmente pelo espaço necessário ao
armazenamento da biomassa.
https://www.youtube.com/watch?v=nVl17JLn_u0&ab_channel=GreenMountainEnergy

https://www.youtube.com/watch?v=40ztd8uoU9Q&ab_channel=EDF
15
Cogeração

16
Cogeração

▪ A cogeração consiste na produção simultânea de duas ou mais formas de energia a partir de um

mesmo combustível.

▪ É uma forma de se reaproveitar a energia que se perde nos processos de conversão. Os

combustíveis geralmente utilizados neste processo são a biomassa ou o gás natural.

▪ Assim, pode ocorrer a produção da energia térmica e mecânica ou da energia térmica e elétrica.
https://www.youtube.com/watch?v=ZKUzm5vh3qc&ab_channel=J%C3%A4mtkraftAB

https://www.youtube.com/watch?v=WPw5JzN_MtQ&ab_channel=VeoliaPortugal

17
Cogeração

▪ Basicamente, os sistemas de cogeração são classificados em dois grupos: ciclos topping

e ciclos bottoming.

▪ No primeiro, a geração de energia elétrica antecede a produção de vapor. Assim, o calor

rejeitado é aproveitado num processo industrial. No segundo, o calor da queima do

combustível é utilizado primeiramente num processo térmico. Logo, o calor rejeitado é

utilizado na produção de eletricidade.

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Tecnologias utilizadas na Cogeração

▪ Podem ser utilizadas muitas tecnologias nos sistemas de cogeração de energia. As mais utilizadas são:
o Motores a combustão interna.
o Turbinas a gás ou vapor.
o Caldeiras de recuperação e trocadores de calor.
o Caldeiras que produzem vapor.
o Geradores elétricos, transformadores e equipamentos elétricos associados.
o Sistemas de chillers de absorção que utilizam calor (vapor ou água quente) para produção de frio.
o Sistemas de ciclo combinado (turbinas a vapor e gás natural) numa mesma central.
o Equipamentos e sistemas de controlo de geração e de uso final de energia.
19
Tecnologias utilizadas na Cogeração

▪ Um sistema de cogeração simples consiste num


motor acoplado de um recuperador de calor. O
motor utiliza combustível para produzir energia
mecânica que posteriormente é convertida em
energia elétrica por um gerador.

▪ Enquanto isto, o sistema de recuperação de calor


recolhe o calor resultante da combustão e do
funcionamento do motor e fornece-o à reserva
de calor para produção de águas quentes a 85-90
C.

20
Turbinas a gás em cogeração

▪ As turbinas a gás são cada vez mais usadas em sistemas de cogeração estando, atualmente, habilitadas
para trabalhar em sistemas pequenos, médios e de grandes dimensões. A maior vantagem deste
equipamento é o facto de conseguir rendimentos de cerca de 90%.

▪ Pode ainda assinalar-se a vantagem de ser um equipamento de fácil manutenção e baixos tempos de
paragem

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Cogeração - Vantagens

▪ Maior eficiência energética: a cogeração pode alcançar eficiências energéticas mais altas do que a geração de
energia convencional porque utiliza o calor residual gerado durante a produção de eletricidade.

▪ Custos de energia reduzidos: a cogeração pode proporcionar economia de custos para os usuários,
compensando seus custos de energia por meio da produção de sua própria eletricidade e calor.

▪ Benefícios ambientais: A cogeração pode ajudar a reduzir as emissões de carbono usando menos combustível
para gerar a mesma quantidade de energia.

▪ Maior segurança energética: a cogeração pode aumentar a segurança energética ao fornecer energia de
reserva durante interrupções.

▪ Produção de energia localizada: A cogeração pode reduzir a necessidade de transmissão de eletricidade a longa
distância, o que pode reduzir as perdas de energia e melhorar a eficiência energética.

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Cogeração - Desvantagens

▪ Custo inicial elevado: O custo inicial de instalação de sistemas de cogeração pode ser elevado, o que pode
dissuadir alguns potenciais utilizadores.

▪ Aplicabilidade limitada: A cogeração pode não ser aplicável em todas as situações, particularmente em
áreas com baixa necessidade de aquecimento.

▪ Requisitos de manutenção: Os sistemas de cogeração requerem manutenção regular para garantir que
continuem a operar de forma eficiente e eficaz.

▪ Flexibilidade limitada: Os sistemas de cogeração podem não ser capazes de se adaptar rapidamente às
mudanças nas demandas de energia, o que pode limitar sua utilidade em determinadas situações.

▪ Complexidade: Os sistemas de cogeração podem ser complexos, o que pode torná-los mais difíceis de
projetar, instalar e operar do que os sistemas tradicionais de geração de energia.
23
Energia Solar

24
Energia Solar Fotovoltaica

▪ O Sol representa um papel importantíssimo na vida da Terra, este atinge temperaturas que
rondam os 15 milhões de graus Celcius, que liberta uma enorme energia em forma de radiação
em todas as direções.

▪ Esta energia libertada é equivalente a 3845×1026𝑊, contudo, nem toda esta energia incide sob
a Terra, chegando apenas uma pequena fração dessa energia.

▪ Os sistemas solares fotovoltaicos funcionam de forma a permitir que os fotões, ou partículas de


luz, separem os eletrões dos átomos, criando assim um fluxo elétrico. Os painéis solares,
englobam múltiplos módulos solares fotovoltaicos constituídos por células fotovoltaicas.

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Energia Solar Fotovoltaica

▪ As células fotovoltaicas, não param a sua produção, isto é, não precisam de ser recarregadas
como uma bateria, depois de fornecer energia. Alguns destes sistemas já estão em operação
contínua na terra ou no espaço, há mais de 30 anos.

▪ Contudo, a maioria das células fotovoltaicas utilizadas em aplicações domésticas, recorrem ao


silício, como o material semicondutor para realizar a conversão da radiação solar em
eletricidade.

▪ Devido às células absorverem apenas uma pequena parte da radiação, faz com que a radiação
não absorvida e que incide na célula fotovoltaica gere calor. Este calor gerado por radiação não
absorvida combinado com as perdas dos materiais, são responsáveis por uma redução no
rendimento das células em mais de 50% da energia que incide na célula
26
Tipo de Células Fotovoltaicas

▪ Com o descobrimento da mecânica quântica, foi dada


importância, aos semicondutores de cristais únicos e estudado
o comportamento da junção pn. Assim surge a primeira célula,
criada em silício, com uma eficiência de 6%, aumentando para
10% em poucos anos.

▪ Inicialmente, o fator mais importante era dado à eficiência,


sem restrições a nível monetário. Apesar de o silício não ser
considerado o material ideal para a produção de células
fotovoltaicas, ainda é utilizado atualmente, isto porque a
tecnologia do silício já tinha sido bastante desenvolvida antes
da revolução da tecnologia fotovoltaica.
27
Tipo de Células Fotovoltaicas

▪ Em microtecnologias, devido à facilidade de obtenção deste


material. Atualmente, cerca de 90% das células solares
produzidas são de silício.

▪ Segundo o limite de Shockley-Queisser, uma célula solar com


único intervalo de banda apenas, pode alcançar uma
eficiência de 33,5%, devido essencialmente à distribuição
dos fotões emitidos pela luz solar. Este limite ocorre pelo
facto, da tensão de circuito aberto (Voc) ser limitada pelo
intervalo da banda do material absorvente e que diferentes
fotões não serão absorvidos.
28
Células Monocristalinas

▪ As células de silício monocristalino são constituídas, apenas por um


único cristal de silício. É a célula utilizada, com maior investimento na
investigação para futuros desenvolvimentos, sendo que pode ser
considerada o tipo de célula mais utilizada atualmente, a par das
células policristalinas.

▪ A maior desvantagem deste tipo de células, encontra-se na


perfeição da estrutura do cristal, que torna o processo de obtenção
mais dispendioso e complicado. Esta possui uma das eficiências mais
elevadas do mercado, variando entre os 13% e os 25%.
29
Células Policristalinas

▪ As células policristalinas são produzidas através de inúmeros


grãos de silício monocristalino. Após o processo de produção,
estas células não possuem o grau de pureza das células
monocristalinas, sendo por isso o seu processo mais simples e
menos dispendioso.

▪ A sua desvantagem prende-se à eficiência inferior, que varia


entre os 12% e os 17%. Comparativamente às células
monocristalinas, partilham o seu coeficiente de temperatura
relativamente elevado e possuem uma ampla variedade de
aplicações
30
Células de Silício Amorfo

▪ À base de silício, diferem das anteriores pela sua


constituição de uma fina camada de átomos de silício.
▪ Estas células absorvem a luz com mais eficácia que o
silício cristalino, o que leva a uma produção maior em
climas quentes, possibilitando que a sua estrutura seja
mais fina, ficando conhecidas por células de película fina.

▪ A sua capacidade de absorção na gama dos azuis,


proporciona uma maior eficácia durante dias nublados.

▪ A maior vantagem é a adaptação da célula a diferentes


estruturas, podendo moldar-se à necessidade do
consumidor. A eficiência é a sua desvantagem sendo que
ronda os 6% e 7%. 31
Células de Telureto de Cádmio (CdTe)

▪ Sendo também uma célula de filme fino, uma célula


de Telureto de Cádmio usufrui de uma grande
tolerância ao calor, coeficiente de temperatura entre
0,25 e 0,35%/ᵒC, com uma eficiência entre os 10 a
11%.

▪ Possui um baixo custo e grande volume de fabrico,


eficiência moderada, capacidade de absorção de
quase toda a luz incidente, este tipo de células foi
responsável pela criação do mercado de obtenção
de um grande número de painéis, para criação de
32
centrais de energia solar
Células de Nova Geração

▪ Apesar das células apresentadas anteriormente, representarem uma grande percentagem do


mercado, a sua eficiência atinge no máximo 25%, tendo sido alvo de estudo, a junção de
diferentes camadas capazes de absorver diferentes gamas de radiação, de forma a tirar o
melhor partido possível de todo o espectro solar, permitindo ultrapassar o limite de Shockley-
Queisser.

▪ Estas células são chamadas de células multifuncionais, e são constituídas por uma célula
superior, capaz de absorver uma banda alta, capaz de absorver os fotões de alta energia e
permitir a passagem aos fotões de energia inferior, onde estes serão absorvidos por outra
camada, de um diferente material, capaz de absorver os que não foram absorvidos pela camada
anterior. 33
Células de Nova Geração

▪ Usualmente utiliza-se duas ou mais junções, o que permite que a sua eficiência máxima teórica
aumente consoante o número de junções que serão aplicadas. Os semicondutores escolhidos
possuem propriedades, dos elementos compostos pelas colunas III e V da tabela periódica,
sendo que a junção de três destes elementos poderá resultar numa eficiência de 45%.

▪ A principal barreira a este tipo de células, consiste no seu elevado custo de obtenção, que não
consegue competir com o silício. Como sugestão para esta barreira, exploram-se tecnologias de
remoção e reutilização de substratos ou substituição de substratos por um mais barato, como
por exemplo o silício .

▪ Atualmente as células investigadas são as CIGS, CdSe silício, moléculas orgânicas entre outros
34
materiais .
Comparação das várias tecnologias

10-11%

35
Modelo Elétrico da Célula Solar Fotovoltaica

▪ A performance das instalações solares fotovoltaicas, está diretamente relacionada com a


temperatura ambiente, a incidência da radiação solar e a própria configuração da instalação. Em
situações de sombra parcial, as características dos painéis solares tornam-se mais complexas de
analisar e compensar devido à oscilação repentina das mesmas.

▪ Para além destes factos, a configuração da instalação solar fotovoltaica, isto é, a quantidade de
painéis solares conectados em serie e em paralelo, afetam significativamente a máxima
potência disponível aquando expostos a sombra parcialmente.

▪ Torna-se assim essencial analisar os parâmetros dos módulos solares.

36
Ponto de Potência Máxima

▪ O ponto de potência máximo, conhecido por maximum power point (MPP), é a zona ótima de
operação, isto é, o ponto da curva característica corrente-tensão do módulo solar.

37
Tensão Nominal

▪ A tensão nominal, também referida como maximum power point voltage (Vpp), é o valor de
tensão que o módulo solar fornece, quando o mesmo atinge o valor de MPP.

38
Corrente Nominal

▪ A corrente nominal, também referida como maximum power point current (Impp), é o valor de
corrente que o módulo solar fornece quando o mesmo atinge o valor de MPP.

39
Tensão de Circuito Aberto

▪ A tensão de circuito aberto, conhecida por open-circuit voltage (Voc), é a tensão que atravessa o
módulo solar, quando os terminais do mesmo são deixados em aberto, isto é, quando se
conecta aos terminais do módulo, uma resistência com um valor infinito, a corrente que o
atravessa é nula.

40
Corrente de Curto Circuito

▪ A corrente de curto-circuito, conhecida por


short-circuit current (Isc), representa o valor
máximo de corrente produzida pelo módulo
solar quando os terminais do mesmo estão
curtos-circuitados, ou seja, quando a tensão
que o atravessa é nula. Usualmente, na
modulação dos módulos solares é considerada
a Isc como a corrente nominal do mesmo.
Posto isto, parte-se para a análise da influência
dos fatores externos nos módulos solares. 41
Temperatura

▪ As oscilações da temperatura estão conectadas ao fator de idealidade dos módulos solares, isto é,
o fator de idealidade varia linearmente com a temperatura. O parâmetro afetado pelas oscilações
da temperatura, a que as células fotovoltaicas operam é o Voc.

▪ Assim, quando a temperatura nas células aumenta, o Voc diminui. Esta diminuição provoca
consequentemente, uma queda na potência máxima passível de ser extraída do módulo
fotovoltaico.

▪ É possível verificar que a tensão de circuito aberto, tem uma queda mais elevada quanto mais
elevada a temperatura e que a corrente de curto-circuito não apresenta variações significativas.

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Efeito Sombra

▪ O efeito sombra ocorre, quando um painel solar fotovoltaico recebe níveis diferentes de radiação
solar nos seus módulos, isto é, as células fotovoltaicas de um módulo estão a receber níveis de
radiação diferentes.

▪ Este efeito pode ser provocado por vários possíveis obstáculos, nomeadamente nuvens, árvores,
construções e até sujidade nas próprias células. Acontece que nestas condições de operação, as
células fotovoltaicas que estão a receber um baixo, ou até nulo, nível de radiação e limitam a
corrente que é produzida pelos mesmo, resultado assim numa produção de diferentes valores de
corrente nos módulos fotovoltaicos.
43
Futuro da Tecnologia dos Sistemas Fotovoltaicos

▪ Um dos mais material promissor é a perovskita, um tipo de mineral muito bom em absorver a luz.

▪ O primeiro painel de perovskita, em 2009, converteu apenas 3,8% da energia contida na luz solar
em eletricidade. No entanto, porque os cristais são muito fáceis de fazer no laboratório, o seu
desempenho melhorou rapidamente e, em 2018, a eficiência subiu para 24,2%, segundo
investigadores nos Estados Unidos e na República da Coreia.

▪ Os recordes de eficiência da perovskita, só foram estabelecidos em pequenas amostras. As


perovskitas ainda enfrentam alguns desafios significativos, antes de atingir a maturidade do
mercado

44
Perovskita - Vantagens

▪ Uma das vantagens desta célula, é a possibilidade de fabricar estas, recorrendo a técnicas de
impressão.
▪ São maioritariamente fabricadas em substratos de vidro ou politereftalato de etileno com um
elétrodo de óxido de índio-estanho.

▪ O papel é um substrato leve, flexível, abundante, de baixo custo e reciclável. É produzido


recorrendo a materiais celulosos, como é o caso das plantas, o que significa que também pode ser
queimado e destruído.

▪ O baixo custo de produção, flexibilidade e disponibilidade levaram a um rápido crescimento de


tecnologias baseadas em papel, bem como, à investigação de transístores orgânicos e outras
aplicações 45
Perovskita - Desvantagens

▪ Uma das principais desvantagens é a durabilidade, como os cristais se dissolvem facilmente, estes
não são capazes de lidar com condições húmidas, e precisam ser protegidos da humidade através
do encapsulamento, por instância através de uma camada de óxido de alumínio ou selada placas
de vidro.

▪ Outro desafio para os cientistas é que, enquanto eles foram capazes de alcançar alta eficiência,
em níveis com pequenas perovskitas, eles não foram capazes de replicar tal efeito, com áreas
celulares maiores.

46
Perovskita

Se essas barreiras conseguirem ser superadas, as células de perovskitas têm o potencial de mudar a dinâmica e
economia da energia solar por serem mais baratas produzir do que células solares e pode ser produzido em
temperaturas relativamente baixas, ao contrário do silício. 47
Futuro da Tecnologia dos Sistemas Fotovoltaicos

▪ Umas das tecnologias promissoras, são as células solares bifaciais, que estão em
desenvolvimento há décadas, e o seu processo de fabricação pode ser considerado atualmente,
um dos mais avançados para módulos solares.

▪ Estas células são capazes de gerar eletricidade, não apenas a partir luz solar recebida na sua parte
frontal, mas também na reflexão da luz recebida no lado oposto da célula.

▪ A China, de momento, domina o mercado final de módulos bifaciais


https://www.portal-energia.com/maiores-parques-solares-fotovoltaicos-mundo-147890/

https://www.youtube.com/watch?v=m8crjuL8FFs&ab_channel=UndecidedwithMattFerrell

48
Inclinação dos Painéis

▪ A inclinação ideal dos painéis fotovoltaicos


está diretamente relacionada com a latitude
do local da obra.

▪ Para obter a inclinação ideal para a época do


Verão, Inverno ou para o ano inteiro deve
fazer o seguinte:

o Inclinação ideal no Verão: latitude -15º

o Inclinação ideal no Inverno: latitude +15º

o Inclinação ideal para o ano inteiro: latitude -


5º 49
Painel Solar - Vantagens

▪ Fonte de energia renovável: os painéis solares geram eletricidade usando a luz solar, que é uma fonte de
energia renovável e abundante.

▪ Custo-benefício: Com o tempo, os painéis solares podem ser econômicos, pois podem ajudar a reduzir as
contas de energia e fornecer um retorno sobre o investimento.

▪ Baixa manutenção: os painéis solares requerem muito pouca manutenção, tornando-os uma fonte de energia
de baixa manutenção.

▪ Reduzir as emissões de carbono: os painéis solares são uma fonte de energia limpa que reduz as emissões de
carbono e ajuda a mitigar as mudanças climáticas.

▪ Pode ser instalado em praticamente qualquer lugar: os painéis solares podem ser instalados em vários locais,
incluindo telhados, pátios e até mesmo no espaço.

50
Painel Solar- Desvantagens

▪ Alto custo inicial: o custo inicial de instalação de painéis solares pode ser alto, o que pode ser uma barreira à
adoção para algumas pessoas.

▪ Dependente do clima: os painéis solares dependem da luz solar para gerar eletricidade, o que significa que
podem não ser tão eficazes durante períodos de tempo nublado ou chuvoso.

▪ Vida útil limitada: os painéis solares têm uma vida útil limitada e podem precisar ser substituídos após 25 a 30
anos.

▪ Uso da terra: fazendas solares de grande escala requerem uma quantidade significativa de terra, o que pode
levar a preocupações sobre o uso da terra e o impacto ambiental.

▪ Armazenamento de energia: os painéis solares geram eletricidade durante o dia, mas o armazenamento de
energia é necessário para fornecer energia à noite ou durante períodos de pouca luz solar. Isso pode adicionar
custos adicionais e complexidade ao sistema.
51
Energia Eólica

52
Energia Eólica

▪ Energia eólica consiste na transformação da energia cinética


do vento em energia elétrica, e é uma forma de obter energia
de forma renovável e limpa, uma vez que, não produz
poluição.

▪ Sendo assim uma alternativa aos combustíveis fósseis e


estando permanentemente disponível em qualquer região do
mundo, tendo em conta que os ventos sopram das áreas de
alta pressão, para as áreas de baixa pressão em busca do
equilíbrio atmosférico, tanto de temperatura, como de
pressão. 53
Energia Eólica

▪ A energia eólica é gerada por meio de turbinas


eólicas, que normalmente são compostas por
grandes pás montadas em uma torre.

▪ Quando o vento sopra, as pás da turbina eólica


giram, o que aciona um gerador para produzir
eletricidade. A quantidade de eletricidade
gerada depende da velocidade do vento, do
tamanho da turbina e de outros fatores, como a
altitude do local e a temperatura.

https://www.youtube.com/watch?v=qSWm_nprfqE&ab_channel=Lesics 54
Turbinas Eólicas

▪ As turbinas eólicas têm como função transformar a energia cinética dos ventos em energia
mecânica e posteriormente em energia elétrica.

▪ O rotor e suas pás são os responsáveis por transformar a energia cinética dos ventos em energia
mecânica.

▪ O vento faz girar as pás do rotor (tipicamente 3), que por sua vez faz girar o eixo que está ligado
através de um conjunto de engrenagens (caixa de velocidades) a um gerador elétrico.

▪ O rotor está ligado ao eixo principal (transmissão), o qual adequa as velocidades de rotação ao
gerador que é responsável por converter a energia mecânica em energia elétrica.

55
Rotor da Turbina

▪ O rotor é o responsável por captar a energia


cinética dos ventos e convertê-la em energia
mecânica. A potência nominal de uma turbina
está diretamente relacionada com o diâmetro do
rotor.

▪ Os diâmetros do rotor podem variar um


pouco, uma vez que os fabricantes se
preocupam em otimizar as suas turbinas às
condições locais do vento.
56
Turbina Eólica de Eixo Horizontal

▪ O rotor aponta habitualmente para o vento, pois o


suporte causa turbulência. As pás são afastadas do
suporte e suficientemente rígidas para que não
toquem no suporte por ação do vento. Por vezes o
rotor é ligeiramente inclinado para cima.

▪ As turbinas pequenas são apontadas para o vento


com um leme; as grandes têm um sensor de
direção de vento e um servo motor.

57
Turbina Eólica de Eixo Horizontal

▪ Possuem três pás, duas, ou uma pá com


contrapeso. As de três são as mais caras, mas
são mais eficientes e possuem menores
variações de binário. A velocidade da ponta é
cerca de 6x a velocidade do vento. É o tipo de
turbina mais usual para produzir eletricidade.
Costumam ser brancas.

▪ Habitualmente possuem uma caixa de


engrenagens para aumentar a velocidade de
rotação do gerador relativamente ao rotor 58
Turbina Eólica de Eixo Horizontal

▪ Esforços cíclicos – são a principal causa de falhas nestas turbinas: a velocidade do vento é
superior a maior altitude. As pás oferecem mais resistência ao ar quando estão no topo e menor
quando estão em baixo, causando esforço de rotação do eixo e respetivos rolamentos ou
chumaceiras. Em turbinas com número de pás par, a situação é mais grave. Como solução, os
apoios do eixo são vacilantes.

▪ Precessão giroscópica – quando o apoio da turbina gira para se apontar ao vento, o rotor atua
como um giroscópio que tende a torcer as pás da turbina para a frente e para trás. Para cada pá,
o esforço é mínimo quando está na horizontal e máximo na vertical (e sentidos opostos se
estiver para cima ou para baixo). Este efeito causa grandes esforços na base das pás, eixo e
chumaceiras, podendo danificar gravemente as turbinas (ruturas). 59
Turbina Eólica - Constituição

60
Turbina Eólica - Constituição

61
Turbina Eólica de Eixo Horizontal

▪ Número de pás – é determinado pela eficiência aerodinâmica, custos de material, fiabilidade e


estética. O ruído é pouco afetado pelo número de pás, mas sim pelo facto de se situarem antes
ou depois da torre.

▪ Os custos aumentam com o número de pás, além disso, a velocidade diminui, sendo necessário
maiores caixas de engrenagens. Quando a turbina muda de direção, os esforços cíclicos nas de 3
pás são menores do que nas de 1 ou 2.

▪ Esteticamente, a maioria das pessoas prefere as turbinas de 3 pás.

62
Turbina Eólica de Eixo Horizontal

▪ A velocidade do vento durante o dia, aumenta proporcionalmente à raiz sétima da altitude, ou


seja, duplicando a altitude, a velocidade aumenta 10% e a potência 34%. Duplicar a altura da
torre implica duplicar o seu diâmetro, gastando assim 8x mais material. A altura das torres, na
prática, é 2 ou 3x o comprimentos das pás.

▪ Potência das turbinas – as turbinas modernas têm diâmetros compreendidos entre 40 e 100
metros e potências entre 500kW e 2,5 MW.

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Turbina Eólica de Eixo Vertical

▪ Turbinas eólicas de eixo vertical – têm a vantagem de possibilitar a


montagem do gerador e engrenagens no solo, não sendo necessário
a torre suportá-los e não precisam ser orientadas para o vento.

▪ Por outro lado, o binário é pulsante e é difícil montar este tipo de


turbinas em torres, obrigando a funcionar com ar mais turbulento
próximo do chão, o que diminui a eficiência energética.

▪ Turbina Darrieus – é semelhante a uma batedeira de ovos. Tem boa


eficiência, mas produz grandes oscilações de binário, o que diminui a
fiabilidade. Normalmente requer um sistema de arranque (pode ser
uma turbina Savonius), pois o seu binário inicial é muito baixo. As
64
oscilações de binário diminuem utilizando 3 ou mais pás.
Turbina Eólica de Eixo Vertical

▪ Cicloturbina – variante da turbina Giromill, trata-se de uma turbina Darrieus modificada que
inclui uma ale\ta destinada a controlar o passo da turbina, para diminuir as oscilações de binário
e aumentar a eficiência.

▪ Turbina Savonius – é um dispositivo que utiliza “colheres” que oferecem resistência à passagem
do ar (semelhante ao utilizado nos anemómetros e ventiladores de furgonetas). São muito fiáveis
de, baixo rendimento e arrancam por si (se tiverem pelo menos 3 pás).

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Tipos de Geradores

O gerador é o componente responsável por converter a energia mecânica em energia eléctrica. Dependendo

da aplicação podem ser utilizados diferentes tipos de geradores:

▪ gerador de corrente contínua (muito pouco utilizado)

▪ gerador síncrono (alternador)

▪ gerador de indução (assíncrono)

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Controlo da Velocidade

▪ Controlo de velocidade – as turbinas antigas tinham pás de aço e a sua velocidade de rotação era determinada pela
frequência da rede, o que contribuía para uma potência mais estável. As modernas são feitas de materiais leves,
possuem baixa inércia e são concebidas para funcionar a velocidades variáveis, conseguindo extrair energia de ventos
variáveis com mais eficiência.

▪ Razões para controlar a velocidade:


1. Optimizar a eficiência aerodinâmica com ventos fracos.

2. Manter o gerador dentro dos seus limites de velocidade e binário.

3. Limitar as forças centrífugas máximas que os órgãos rotativos suportam, pois são proporcionais ao quadrado da velocidade de rotação.
4. Respeitar os limites mecânicos de toda a estrutura: como a força do vento aumenta com o cubo da velocidade, as turbinas devem ser
dimensionadas para suportar rajadas de vento muito maiores do que aquelas das quais é capaz de extrair energia.

5. Permitir a manutenção, que por razões de segurança só deve ser feita a turbinas paradas.

6. Reduzir o ruído, pois este aumenta com a quinta potência da velocidade. Em ambientes sensíveis ao ruído a velocidade da ponta das pás é limitada
a 60m/s (216km/h). 67
Controlo da Velocidade

▪ Métodos de controlo da velocidade:


1. Controlo do passo das pás (controlo do ângulo de ataque das pás – ângulo formado pela direção do

vento e pela superfície plana da pá).

2. Frenagem elétrica.

3. Travagem mecânica.

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Controlo do passo das pás

▪ Aumentando o ângulo de ataque, reduz-se o atrito induzido (associado com a elevação de uma
asa de avião). É muito simples de efetuar, pois pode acontecer de forma passiva e automática,
com o aumento da velocidade do vento.

▪ A turbina para quando o ângulo de ataque é máximo: a superfície plana da pá fica voltada
diretamente para o vento. Diminuindo o ângulo de ataque, reduz-se o atrito induzido e também a
secção voltada para o vento. Requer atuação direta no mecanismo de suporte das pás. Quando
parada, as pás da turbina têm a aresta voltada para o vento (posição de bandeira).

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Controlo do passo das pás

▪ As turbinas de velocidade de rotação constante, aumentam inerentemente o ângulo de ataque


das pás quando a velocidade do vento aumenta.

▪ As turbinas de velocidade de rotação variável utilizam a diminuição do ângulo de ataque como


forma principal de controlo de velocidade. São muito mais dispendiosas, pois requerem
atuadores para variar o passo das pás.

▪ Possuem três modos de funcionamento: abaixo, próximo e acima da velocidade nominal. A


velocidades acima da nominal, aumentam o passo, para manter o binário constante. 70
Frenagem elétrica

▪ A frenagem de uma turbina pode ser feita ligando um


banco de resistências de potência diretamente aos
terminais do gerador, convertendo a energia cinética em
calor.

▪ É particularmente útil quando a carga do gerador é


reduzida rapidamente, ou quando é muito baixa,
mantendo a velocidade de rotação dentro dos seus
limites.

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Travagem mecânica

▪ Os travões de disco ou de tambor são usados para


manter a turbina parada.

▪ Só são aplicados quando a turbina está parada, ou em


rotação muito baixa, caso contrário desgastar-se-iam
rapidamente.

Disco de freio

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Parques Eólicos Marítimos

▪ São considerados menos “agressivos”, pois o ruído e o


tamanho aparente são diminuídos pela distância. Por outro
lado, como o mar é plano, o vento é mais intenso e menos
turbulento, podendo diminuir-se a altura das torres.

▪ No entanto, só podem ser instalados em águas calmas e o


custo é maior (fundações das torres, cabos submarinos).

▪ O ambiente é também mais corrosivo, sendo necessário usar


proteção catódica.

▪ A Dinamarca produz 25 a 30% da energia que consome em


parques deste tipo e pretende aumentar a quota para 50%. 73
Windfloat Atlantic: O primeiro Parque Eólico Marítimo em Portugal

▪ O Projeto WindFloat desenvolveu uma tecnologia inovadora


para permitir a exploração do potencial eólico no mar.
▪ O foco de inovação do projeto foi o desenvolvimento de uma
plataforma flutuante, com base nas experiências da indústria
de petróleo e gás, para suportar turbinas eólicas multi-MW
em aplicações marítimas.

▪ A plataforma flutuante é semi-submersível e está ancorada no


fundo do mar. A estabilidade é devida ao uso de "placas de
aprisionamento de água" na parte inferior dos três pilares,
associada a um sistema estático e dinâmico de lastro.
74
Windfloat Atlantic: O primeiro Parque Eólico Marítimo em Portugal

▪ O WindFloat adapta-se a qualquer tipo de turbina eólica marítima. É construído inteiramente em


terra, incluindo a instalação da turbina, evitando, deste modo, que os trabalhos tenham de ser
feitos em alto mar, o que teria um impacto no meio marinho.

▪ O WindFloat Atlantic, que tem uma capacidade total instalada de 25 MW, é o primeiro parque
eólico flutuante semi-submersível do mundo e irá gerar energia suficiente para abastecer o
equivalente a 60 000 utilizadores por ano, poupando quase 1,1 milhões de toneladas de CO2.
https://www.youtube.com/watch?v=QP17gngHC-k&ab_channel=EDPRenewables

https://www.youtube.com/watch?v=8OsG62K-NPM&t=1s&ab_channel=EDPRenewables

https://www.youtube.com/watch?v=PiKa6steniw&t=77s&ab_channel=EDPRenewables

https://www.youtube.com/watch?v=PiKa6steniw&t=77s&ab_channel=EDPRenewables 75
Energia Eólica - Vantagens

▪ Renovável e Limpa: A energia eólica é uma fonte de energia renovável e limpa que não produz
emissões de gases de efeito estufa ou outros poluentes, ao contrário dos combustíveis fósseis.
▪ Custo-benefício: O custo de produção de eletricidade a partir da energia eólica diminuiu
significativamente nos últimos anos, tornando-o mais econômico do que outras fontes de energia
em algumas regiões.

▪ Fácil de instalar: As turbinas eólicas podem ser instaladas de forma relativamente rápida e fácil e
requerem menos área de terra em comparação com outros tipos de usinas de energia.

▪ Criação de empregos: Os projetos de energia eólica criam empregos na fabricação, instalação e


manutenção de turbinas eólicas.
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▪ https://www.youtube.com/watch?v=IsUBq3BM8rU&ab_channel=DWPlanetA
Energia Eólica - Desvantagens

▪ Intermitente: A energia eólica é uma fonte de energia intermitente, o que significa que não está
disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana, pois depende da velocidade e direção do vento.

▪ Poluição sonora: as turbinas eólicas podem produzir ruído, o que pode ser um problema para as
pessoas que moram nas proximidades.

▪ Poluição Visual: As turbinas eólicas podem ser grandes e altas e podem alterar a aparência da
paisagem, que algumas pessoas podem achar desagradável.

▪ Impacto na vida selvagem: turbinas eólicas podem representar um risco para pássaros e morcegos,
que podem colidir com as pás, levando a mortes.

http://noctula.pt/10-paises-com-maior-capacidade-eolica-do-mundo/ 77
Ruído Sonoro

▪ Apesar das eólicas da primeira geração terem provocado alguns incómodos do ponto de vista sonoro,
atualmente, os avanços tecnológicos permitiram uma considerável redução do ruído provocado por estes
aproveitamentos energéticos. Com efeito, numa escala de ruído, a eólica situa-se entre o barulho
provocado por um vento ligeiro e o do interior de uma habitação, ou seja, cerca de 45 dB. A evolução do
nível sonoro em função do número de eólicas apresenta um crescimento logarítmico isto é, a instalação de
uma segunda eólica aumenta o nível sonoro de apenas 3 dB, em vez de o duplicar.

▪ Para diminuir os incómodos sonoros:


➢ os multiplicadores de velocidade são especificamente concebidos para as eólicas. Atualmente, privilegiam-se os acoplamentos
diretos isto é, acoplamentos sem multiplicador.

➢ os perfis das pás são objeto de estudos aerodinâmicos, afim de se reduzir o ruído provocado pelo trajeto do vento nas pás ou à
emissão de ruído proveniente do núcleo ou da torre. Os eixos de transmissão são equipados de amortecedores para limitar as
vibrações.

➢ o isolamento sonoro (acolchoado) do corpo da unidade eólica contribui, igualmente, para a redução do ruído. 78
Ruído Sonoro

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