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Observe!

BOLETIM INFORMATIVO DO NEOA – JBS


ANO XIV – NÚMERO 4 – ABRIL DE 2023

EDITORIAL:

Prezados leitores,

Aqueles que nos acompanham por 14 anos já


sabem que tanto no NEOA-JBS como aqui nas
páginas do próprio Boletim Observe! sentimo-
nos bem à vontade para destacar demais
atividades astronômicas. Uma delas é o Encontro
Paranaense de Astronomia (EPAST) cuja 18ª
edição ocorrerá nos dias 8, 9 e 10 de junho de
2023 na cidade de Mandaguari/PR. A ideia da
criação do EPAST surgiu a pouco mais de 20
anos, mas como foi a sua origem? A resposta está
na página 10 no artigo assinado por Maurício Kaczmarech. Enquanto isso,
aqui em Santa Catarina, aguardamos ansiosamente notícias de Criciúma
para saber quando teremos a 10ª edição do nosso Simpósio Catarinense de
Astronomia (SCA). Até lá o NEOA-JBS pretende visitar ainda neste mês o
Parque Astronômico “Albert Einstein E=mc²” situado na cidade carvoeira.
Recém completamos dez anos de criação do SCA, mas não nos
esquecemos do cinquentenário da descoberta e observação do Cometa
Kohoutek como nos informa o Anuário Astronômico Catarinense 2023.
Para isso, publicamos um interessante artigo do Prof. Luiz Augusto da
Silva resgatando as expectativas divulgadas na época e como aquele
evento despertou o interesse do autor do artigo. O assunto vem em boa
hora, pois atualmente encontramos algumas especulações em torno do
Cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan-ATLAS) cujo máximo brilho só ocorrerá
em outubro do próximo ano. Por fim, parece que abril é o mês das
ocultações lunares: ao menos aqui em Santa Catarina podemos observar
seis delas. Desejando votos de céus limpos, esperamos que usufruam a
presente edição e que todos tenham uma boa leitura!
Alexandre Amorim
Coordenação de Observação Astronômica do NEOA-JBS
2

AGENDA ASTRONÔMICA – CÉU DO MÊS

Abril de 2023

Mercúrio é visível logo após o pôr-do-sol durante a primeira quinzena.


Vênus e Marte são visíveis ao anoitecer. Saturno é visível ao amanhecer.
Netuno é visível brevemente ao amanhecer. Júpiter e Urano têm suas
visibilidades prejudicadas em virtude de suas conjunções com o Sol
respectivamente em 11 de abril e 9 de maio. A luz cinérea da Lua é visível
ao amanhecer entre os dias 16 e 20 e ao anoitecer entre os dias 21 e 26.
Duas datas para ver a Lua Cheia nascer no mar são no dia 5 às 18:00 HBr
e no dia 6 às 18:30 HBr. A seguir temos o mapa do céu válido para o dia
15 de abril às 20:00 Horário de Brasília. (©CartasCelestes.com)
3
Dia Hora Evento – Fonte: AAC 2023 e NEOA-JBS
1 0 Ocultação de xi Cancri pela Lua
2 8 Regulus 4° ao sul da Lua
6 2 Lua Cheia
6 16 Spica 3° ao sul da Lua
9 22 Ocultação de omicron Scorpii pela Lua
10 3 Antares 1,5° ao sul da Lua
10 3 Ocultação de 22 Scorpii pela Lua
11 19 Mercúrio em máxima elongação (19°E)
11 19 Júpiter em conjunção com o Sol
13 6 Quarto Minguante
15 2 Ocultação de epsilon Capricorni pela Lua
15 4 Ocultação de kappa Capricorni pela Lua
15 23 Lua no perigeu
16 2 Saturno 3° ao norte da Lua
17 11 Vênus no periélio
17 15 Netuno 2° ao norte da Lua
19 14 Júpiter 0,1° ao sul da Lua
20 1 Lua Nova (eclipse não visível no Brasil)
20 13 Plutão em quadratura
21 4 Mercúrio 1,5° ao norte da Lua
21 6 Mercúrio estacionário
21 9 Urano 1,5° ao sul da Lua
23 Máxima atividade dos Lirídeos
23 2 Aldebarã 8,5° ao sul da Lua
23 9 Vênus 1,5° ao norte da Lua
24 Máxima atividade dos pi-Pupídeos
26 0 Marte 3° ao sul da Lua
26 14 Pollux 1,5° ao norte da Lua
26 19 Ocultação de phi Geminorum pela Lua
27 18 Quarto Crescente
28 4 Lua no apogeu
29 16 Regulus 4,5° ao sul da Lua

Conjunções em abril

O Anuário Astronômico Catarinense 2023, nas páginas 29 e 157, aponta


para três conjunções vespertinas que ocorrem neste mês. A primeira delas
envolve o planeta Vênus e as Plêiades nos dias 10 a 12. Essa conjunção é
similar à que ocorreu em abril de 2015, seguindo a periodicidade de oito
anos para as temporadas de visibilidade de Vênus1. No sábado, 22 de
1
Veja Boletim Observe! Maio de 2020.
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abril, é uma ótima oportunidade para contemplar a conjunção envolvendo


a Lua, Vênus, Plêiades, Híades e Aldebarã logo após o pôr-do-sol. Todos
esses astros estão num campo de 15 graus. No dia seguinte, domingo, 23
de abril, a Lua já se encontra mais próxima de Vênus, fazendo jus a um
ditado popular de que “aquela estrela está sempre ao lado da Lua”. Na
terça-feira, 25 de abril, a Lua já se afasta de Vênus, mas dessa vez forma
um quarteto com Marte, Pollux e Castor. Embora Castor e Pollux estejam
sempre lá no céu, nem sempre o par recebe uma dupla visita, ainda mais
com a Lua exibindo sua luz cinérea. (AAX)

27 de abril: Crescente de apogeu, X Lunar e Ptolomeu

Já por dez anos temos incentivado os leitores a detectar a diferença no


diâmetro aparente da Lua em menos de um mês por acompanhar o Quarto
Crescente e Minguante quando eles ocorrem próximo das apsides. Até
2016 sugerimos o uso da fotografia para tal comparação. Porém, após a
criação do Gabarito LunarTM no Boletim Observe! Dezembro de 2016,
destacamos a possibilidade de detectar essa diferença a olho nu. O Anuário
Astronômico Catarinense 2023 nos avisa que estamos na época da
ocorrência do Quarto Crescente de apogeu. A melhor ocasião para
fotografar essa Lua é no anoitecer da quinta-feira, 27
de abril, pois o instante do Quarto Crescente ocorre
cerca de 10 horas antes do instante do apogeu. Ao
fotografar, o observador deve se certificar de usar o
mesmo equipamento e configurações da câmera a fim
de fazer a posterior composição das imagens. Se for
realizar a medição por meio do Gabarito LunarTM
notamos que o melhor momento para fazer a
avaliação visual é durante o crepúsculo, quando o
fundo do céu não está tão escuro. No presente caso, o
observador gira o dispositivo de modo a medir o eixo
norte-sul do disco lunar, como vemos na figura ao
lado. A atual Lua Crescente ocorre numa época
próxima de sua máxima declinação norte, como
indica a página 75 do Anuário 2023. Por fim, essa
publicação acrescenta que no anoitecer da mesma
data é possível observar o “X Lunar” bem como o
início da iluminação na cratera Ptolomeu. (AA)
5

Cratera Schickard

Schickard é uma velha e gigantesca cratera de impacto de morfologia


complexa, relativamente rasa, que apresenta 206 km de diâmetro e 3,08
km de profundidade. Schickard está localizada perto do limbo sudoeste da
Lua e possui um amplo piso interno inundado por lava basáltica, de
aspecto relativamente liso com duas tonalidades, que originalmente era
bem mais profundo. Suas paredes são bastante desgastadas e erodidas por
impactos menores subsequentes. Devido à sua localização junto ao limbo
sudoeste, apesar de ser relativamente circular, Schickard parece ter
formato de elipse a partir de nosso ponto de vista. O melhor período de
observação é 5 dias após o Quarto Crescente (amanhecer na cratera) ou 4
dias após o Quarto Minguante (entardecer na cratera).

Cratera Schickard em 4 de março de 2023,


20:04:02 (23:04:02 UT).
Foto de frame único.

Diâmetro: 206 Km.


Profundidade: 3,08 Km.
Coordenadas Selenográficas:
Lat.: 44° 24’ 00” S; Long.: 54° 36’ 00” W.
Período Geológico Lunar: Pré-Nectárico:
4,5 bilhões (logo após o tempo da
formação inicial da Lua) até 3,92 bilhões
de anos atrás.

A cratera foi nomeada em homenagem a Wilhelm Schickard (1592–1635),


professor de astronomia e hebraico, de origem germânica. Em 1613,
Schickard tornou-se ministro luterano, continuando seu trabalho com a sua
igreja até 1619, quando foi nomeado professor de hebraico na
Universidade de Tübingen.
Com seus 206 km de diâmetro, Schickard é a quarta maior cratera presente
no hemisfério lunar visível, atrás apenas de Bailly (300 km), Deslandres
(256 km) e Clavius (245 km). Por causa de sua grande dimensão Schickard
é considerada por alguns selenógrafos como “planície murada”. Ela está
inserida numa categoria intermediária que define a transição de cratera de
morfologia complexa para bacia.
Ricardo Vaz Tolentino
Vaz Tolentino Observatório Lunar
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Formações presentes no Sol

Filamento: é uma proeminência que surge no disco


solar, apresentando-se como um “fio” de
tonalidade mais escura do que a região
circundante, devido à temperatura menor do que o
plasma. É a estrutura mais fria e densa da
cromosfera, esticada pelas linhas do campo
magnético solar.
Manchas solares: são fenômenos temporários na
fotosfera solar, podendo durar dias, semanas ou
meses, que aparecem visualmente como manchas
escuras em comparação com as regiões vizinhas.
As manchas podem se expandir ou contrair à
medida que se movimentam ao redor da superfície
da esfera solar. As regiões ativas de manchas
solares concentram intensa atividade magnética,
com diminuição de pressão das massas gasosas.
Isso causa a diminuição da temperatura na região ativa da mancha em
relação à fotosfera circundante. Por isso a região de uma mancha solar se
torna menos brilhante e produz um aspecto escuro para quem a observa.
Plages (praias): são nódoas brilhantes e quentes
associadas a campos magnéticos intensos e
presentes nas regiões ao redor das manchas solares.
Muitas vezes elas precedem o aparecimento das
manchas e podem permanecer após o
desaparecimento dessas mesmas manchas.
Proeminências: são grandes formações brilhantes
que se estendem para fora da superfície do Sol e
são bem observadas junto ao limbo do disco solar.
Elas se caracterizam como grandes nuvens
incandescentes de gás quente ionizado (plasma,
composto de hidrogênio e hélio) que se projetam
por centenas de milhares de quilômetros acima da
fotosfera, em direção à coroa solar. Quando
estáveis, as proeminências podem persistir por
vários meses e muitas delas se projetam em forma
de alças (loop).
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Granulações: são formações causadas por


processos de convecção na fotosfera, produzindo
zonas mais claras, devido ao gás quente que sobe à
superfície, e zonas mais escuras, devido ao gás frio
que submerge. O ciclo de surgimento e de
desaparecimento dos grânulos dura apenas alguns
minutos. (RVT)

Sol em 7 de março de 2023 às 08:33 HBr (11:33 TU)

Máxima amplitude ortiva e ocasa da Lua para Florianópolis

Segundo Mourão (1987), amplitude é o “ângulo formado pelo primeiro


vertical com a vertical do astro no momento do seu nascer ou ocaso.
Conta-se a partir dos pontos leste ou oeste, conforme se tratar do nascer ou
ocaso, para o norte ou para o sul”. Quando a amplitude se refere ao nascer
do astro, chama-se “amplitude ortiva”. Se ela referir ao ocaso do astro, é
denominada “amplitude ocasa”.
Ao longo do ano o Sol segue a Eclíptica cujos afastamentos máximos em
relação ao Equador Celeste são respectivamente +23,45° e –23,45°.
Quando o Sol atinge esses dois valores de declinação boreal e austral
temos os solstícios.
A órbita da Lua é inclinada em 5,14° em relação à Eclíptica. Assim, a Lua
pode transitar valores de declinações mais ao norte ou mais ao sul em
relação àquelas duas declinações extremas do Sol. Portanto, os valores
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máximos geocêntricos de declinação boreal e austral que a Lua pode


atingir são: +28,59° e –28,59°.
No entanto, como o observador se situa na superfície terrestre e não no
centro da Terra, é necessário fazer a correção da paralaxe lunar cujo valor
médio é de 57,7 minutos de arco (ou 0,96167 graus). Considerando a
latitude média de Florianópolis como sendo de 27,6° Sul, a máxima
declinação boreal que a Lua pode atingir para tal valor de latitude é
+29,5°. Já a máxima declinação austral não é muito afetada uma vez que
Florianópolis situa-se no hemisfério sul. Assim, simplificamos o valor da
declinação máxima austral da Lua para Florianópolis em –28,6°.
A fórmula usada para encontrar os valores de azimute (A) para o nascer e
ocaso dos astros e, consequentemente, as amplitudes ortivas e ocasas é:
sen δ
cos A =
cos φ
Sendo δ a Declinação e φ a Latitude do observador.
Apresentamos uma tabela resumo contendo os valores extremos de
declinação geocêntrica, topocêntrica, amplitude e azimutes da Lua para a
latitude de Florianópolis (φ = 27,6° Sul) sem as correções de refração
atmosférica:
δgeo δtopo amplitude azimute (ortivo) azimute (ocaso)
+28,6° +29,5° 33,76° 56° 14’ 303° 45’
–28,6° –28,6° 32,69° 122° 41’ 237° 18’
Para ilustrar isso, usamos as previsões feitas por meio do programa
SkyMap Pro 10 levando em consideração as correções para refração
atmosférica e distância da Lua para a respectiva data:
Em 24 de setembro de 2024 a Lua deve atingir sua máxima declinação
boreal geocêntrica de +28,7°. No momento de seu nascimento, às 00:39
HBr para a latitude de Florianópolis, a declinação geocêntrica da Lua é de
+28,45° enquanto o valor corrigido para Florianópolis, declinação
topocêntrica, é de +28,95°. Com base na declinação topocêntrica, a
amplitude ortiva da Lua para esta data é de 33,11° e o nascer da Lua se dá
em azimute 57° 15’. Na mesma data, o ocaso da Lua se dá às 10:48 HBr
quando a declinação geocêntrica da Lua ainda é de +28,7°, porém o valor
topocêntrico aumenta para +29,2°. A amplitude ocasa da Lua para essa
situação é de 33,4° com azimute do ocaso de 303° 5’.
Em 9 de outubro de 2024 a Lua deve atingir sua máxima declinação
austral geocêntrica de –28,7°. Nessa data, no momento de seu nascimento,
9

às 10:03 HBr, para a latitude de Florianópolis a declinação geocêntrica da


Lua é de –28,7° enquanto o valor corrigido para Florianópolis, declinação
topocêntrica, é de –28,2°. A amplitude ortiva da Lua para essa data é de
32,22° e o nascer da Lua se dá em azimute 122° 36’. O ocaso da Lua se dá
na data seguinte, 10 de outubro, às 00:45 HBr quando a declinação
geocêntrica da Lua é de –28,33°, porém o valor topocêntrico é de –27,85°.
A amplitude ocasa da Lua nessa circunstância é de 31,81° com azimute do
ocaso de 237° 47’. (AA)

Referências:

MARRIOTT, C. A. SkyMap Pro v10.0.5.

MOURÃO, R. R. de F. Dicionário enciclopédico de astronomia e astronáutica.


Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1987.

United States Naval Observatory e Nautical Almanac Office (Great Britain). The
astronomical almanac for the year 1981. Disponível em:
https://tinyurl.com/aa1981. Acesso em: 22 fev. 2023.

Ocultações em abril

O Anuário Astronômico Catarinense 2023, página 159, mostra pelo menos


as ocultações de seis estrelas pela Lua previstas para ocorrer neste mês
com visibilidade em Santa Catarina. Apresentamos na tabela abaixo os
instantes em Tempo Universal (TU) calculados para Florianópolis:

data estrela mag. imersão emersão


31 mar – 1º abr 2023 ξ Cancri 5,2 02:56:08 04:05:27
9 – 10 abr 2023 ο Scorpii 4,6 01:14:19 01:43:44
10 abr 2023 22 Scorpii 4,8 06:26:17 07:37:33
15 abr 2023 ε Capricorni 4,5 05:01:49 05:59:22
15 abr 2023 κ Capricorni 4,7 07:58:22 08:56:20
26 abr 2023 φ Geminorum 3,8 21:49:24 23:17:17

A ocultação de φ Geminorum ocorre numa quarta-feira no horário em que


o NEOA-JBS se reúne no IFSC – Florianópolis. Assim, em caso de céu
limpo devemos estar a postos para cronometrar a imersão dessa estrela que
é favorecida por se situar no limbo escuro da Lua. (AAX)
10

EPAST: Astronomia e as fake news

O Encontro Paranaense de Astronomia (EPAST), evento iniciado na


cidade de Ponta Grossa/PR em 2004, objetiva reunir em um só lugar os
interessados por qualquer uma das Ciências do Espaço (Astronomia e
Astronáutica e suas subdivisões), oferecendo palestras, apresentação de
resumos, minicursos, exposições, concurso de astrofotografia, visitas
orientadas a observatórios, planetários e outras atrações astronômicas. O
EPAST chega neste ano de 2023 ao seu 20º ano de existência em sua 18ª
edição (as edições de 2020 e 2021 foram canceladas, obviamente, devido
às restrições envolvendo a pandemia de COVID-19). O EPAST surgiu da
seguinte forma:
Período anterior a 2001: Como, eu próprio relatei em uma reunião da
Sociedade Princesina de Ciências Astronômicas (Ponta Grossa/PR): “A
ideia de um encontro astronômico estadual já vinha de uma data que já não
é nem mais lembrada em um tempo em que não havia grupos de amadores
de Astronomia no Paraná e somente um observatório astronômico existia.
A realização de tal encontro foi incentivada até pelo famoso astrônomo
Rubens de Azevedo que tinha enviado a mim um convite para participar de
um Encontro Nordestino de Astronomia, o que confirmava a viabilidade
de uma atividade destas”.
Em 2001: o planejamento do EPAST, com estrutura, possíveis locais de
realização, modelo para um cartaz de divulgação etc., terminou no final de
2001. E devido ao meu vínculo com a Universidade Estadual de Ponta
Grossa (UEPG) que possui, dentro de sua estrutura, o Observatório
Astronômico Manoel Machuca.
Neste, eu era na época, o responsável,
não havia dúvida em buscar a
realização do evento com o apoio da
própria UEPG e com a utilização da
infraestrutura astronômica dessa
instituição. Para conseguir o aceite da
UEPG, foi encaminhado o Processo
nº 00145, protocolado às 10:35 do dia
31/01/2002 (ver figura ao lado, cópia
da capa do processo), propondo a
realização do evento. Infelizmente,
por efeito de uma série de
11

acontecimentos lamentáveis, a proposta foi simplesmente ignorada e eu


não estava mais em posição para insistir nessa possibilidade. Entretanto, e
isso é importante, o evento já estava criado, embora ainda não tivesse
encontrado o devido apoio. Tal revés, somente atrasou a realização do
planejado e tão sonhado 1º EPAST. Este continuou seguindo o seu
caminho, depois da estranha falta de apoio de um observatório
astronômico público para um evento de caráter astronômico! O EPAST
continuou seu caminho como apresentado na cronologia a seguir.
2002: neste ano houve a criação da Sociedade Princesina de Ciências
Astronômicas (SPCA), pela união de vários astrônomos amadores de
Ponta Grossa, dentre eles Sérgio G. Carbonar, Maurício J. Kaczmarech,
Adriano A. Smolarek, dentre outros. Já na primeiríssima reunião, foi
apresentada, discutida e prontamente aprovada a realização do Encontro
Paranaense de Astronomia. A partir desse momento, o EPAST ficou
associado aos grupos de astrônomos amadores do Paraná e não a qualquer
entidade de caráter astronômico como era o plano inicial, embora não
fosse algo que impedisse a participação delas no evento.
2003: foi aperfeiçoado o emblema para o evento, melhorada a estrutura e
pesquisados possíveis palestrantes. Buscou-se, também, um local para
realização do evento, patrocínios etc. E a partir daí, outros grupos de
astrônomos amadores do Paraná foram contactados, informando da criação
do evento e de sua realização numa data a ser escolhida2. Assim, foram
contactados, por exemplo, o Clube de Astronomia do Colégio Estadual do
Paraná (CACEP, Curitiba), o Planetário Erna Gohl (União da Vitória) e o
Grupo de Ensino e Divulgação da Astronomia de Londrina (GEDAL).
2004: enfim, neste ano houve
a realização do 1º EPAST na
cidade de Ponta Grossa (veja
logotipo ao lado), tendo
como primeiro coordenador
local, o próprio criador do
evento. Na programação foi
apresentado um resumo com
o título “O 1º EPAST”,
contando o histórico de sua criação, sem haver manifestações em
contrário, quanto aos fatos expostos. E até no símbolo do 1º EPAST
2
Posteriormente, foi escolhida uma data simbólica para a História da Astronomia de Ponta Grossa e
do Paraná: o mês de setembro, data de fundação do primeiro grupo de amadores de Astronomia.
12

aparece a indicação que ele foi criado em Ponta Grossa, como vemos no
detalhe da figura acima, em que em um dos pinheiros aparecem duas
pombas em referência à conhecida lenda da fundação da cidade de Ponta
Grossa. Foi proposta a continuidade do evento e a sua realização em outras
cidades do Paraná. Representantes do GEDAL se ofereceram para realizar
e organizar o 2º EPAST na cidade de Londrina, o que foi aprovado em
assembleia.
Recentes fake news: durante o 16º EPAST (realizado em Londrina em
2019), na abertura do evento, o presidente do grupo local de Astronomia,
iniciou sua fala afirmando que ele e outro colega de Curitiba eram os
criadores do EPAST. A estória se completa com a afirmação de que a
criação do EPAST ocorreu em uma conversa entre um membro do grupo
de Londrina e de um astrônomo amador curitibano. E que essa conversa
(que, providencialmente, não existe registro, mas que juram que
aconteceu!) foi feita dentro de um grupo de discussão do Yahoo Grupos,
criado em setembro de 2003 e que essa suposta conversa parece que é
indicada como tendo ocorrido em 2004. E foi propalado algo bem estranho
que, depois de criado naquele grupo na Internet, os dois supostos
“criadores” resolveram que o EPAST não seria realizado nem em Londrina
e muito menos em Curitiba, mas sim na cidade de Ponta Grossa, pois esta
tinha uma “posição estratégica” e, por essa razão, foi dada a ordem para a
realização no 1º EPAST em Ponta Grossa. Por mais estranho que possa
parecer, essa suposta “ordem” nunca chegou ao grupo de astrônomos de
Ponta Grossa e o EPAST criado em Ponta Grossa, seguiu o seu caminho.
Parece que existem duas criações do EPAST, uma factual e outra
“fantasiosa”! Outro fato estranho é que de 2004 a 2019 nunca houve
contestação da origem e do histórico do evento! E nunca apareceu alguma
informação real que pudesse mudar o que já era fato! Assim, parece que
estamos diante da criação da primeira fake news astronômica do Paraná!
Posteriormente, numa live na Internet, feita por um grupo de astrônomos
amadores do noroeste do Paraná, ocorreu uma entrevista, em que um dos
participantes propalou, sem se ruborizar, que ele era o criador do EPAST:
um astrônomo amador e dois grupos de amadores juntos para criar uma
informação falsa, isto em uma live de um grupo que se apresenta como
sendo científico! Algo para se lamentar, principalmente envolvendo uma
Ciência que (teoricamente) leva seus praticantes a uma elevação da
reflexão sobre a nossa vida, até mostrando a nossa insignificância diante
do Universo.
13

“Bad Astronomy”: recorrendo à História da Astronomia brasileira,


encontraremos vexames astronômicos, desde o que foi feito com Einstein
(relatado em um livro de sua autoria), observatórios fechados ou
abandonados a ponto de virarem ruínas, plágio de livros astronômicos (o
mais famoso tinha por vítima Ronaldo Mourão), “facilitação” na
realização de cursos de pós-graduação em Astronomia em universidades
públicas etc., etc. Na estória mundial, podemos relembrar da “Farsa da Lua
de 1835” e a nova farsa da Lua (quando desocupados cacarejam que o
Projeto Apollo foi uma fraude). E encontramos ainda, a tribo do povo da
“terra plana”!
Tomo a liberdade de compartilhar esses fatos, sendo a primeira vez que
mergulhei no desagrado quando da elaboração de um texto ligado à
Astronomia. Assim, me vi compelido a escrever este relato diante dos
ataques que me indicavam como sendo um mentiroso e açambarcador da
ideia de outro, algo que repudio, por ser isto totalmente calunioso e
desrespeitoso, me enojando a ideia de que pessoas envolvidas com a
Ciência da Astronomia não sejam nobres, admiradoras da verdade e
humildes. Provo aqui, o que não precisava ser provado, que o autor deste
artigo, é o criador do EPAST e ponto final.
O conteúdo deste artigo é de total responsabilidade do autor que abaixo
subscreve. Agradecemos os responsáveis deste informativo por abrir um
espaço para tais esclarecimentos públicos e resgatar os fatos históricos
envolvendo o Encontro Paranaense de Astronomia.

Maurício José Kaczmarech


Astrônomo amador (Ponta Grossa/PR)

Há 50 anos... Kohoutek: o fiasco do século?3

1973 foi um ano bom e feliz. Eu cursava a sexta série do ensino


fundamental. Naquele ano meus pais me presentearam com um binóculo
4×50 de fabricação nacional, marca DF Vasconcelos, meu primeiro
instrumento astronômico. Também ganhei o livro 2001, uma Odisseia no
Espaço, best-seller de Arthur C. Clarke que havia inspirado o clássico de
ficção científica exibido em 1968 nas telas de todo o mundo, até hoje um
marco na história do cinema. De minha avó paterna recebi um exemplar de
Eram os Deuses Astronautas? de Erich von Däniken, que na época fazia
3
Publicado originalmente em https://tinyurl.com/ROC-29jun2021.
14

furor nos círculos intelectuais, e havia dado origem a um documentário


cinematográfico de longa-metragem.
Dois dias antes do Natal, a revista Manchete, em sua edição 1131, trazia,
entre os destaques, matéria com confissões da atriz brasileira Sílvia
Falkenburg (!), outra sobre a criação em massa de tartarugas ameaçadas de
extinção na Amazônia, além da cobertura do flyby inédito de Júpiter,
realizado pela sonda norte-americana Pioneer 10 que havia sido lançada
no ano anterior, e também uma reportagem sobre Luboš Kohoutek (n.
1935), astrônomo tcheco que trabalhava no Observatório de Hamburgo.
A exploração de Júpiter já tinha sido noticiada pelo jornal Correio do Povo
em sua edição de 5 de dezembro. As imagens do planeta nem se
comparavam a aquelas que seriam transmitidas 6 anos mais tarde, no
outono-inverno de 1979, pelas naves Voyager 1 e 2, mas eram inéditas, e a
Grande Mancha Vermelha, mesmo em baixa resolução, enchia meus olhos
e me deixava com a respiração suspensa.
Cometa – no dia 7 de março de 1973, Luboš Kohoutek descobriu um
cometa. Ele já havia encontrado outro em 1969, hoje catalogado como
C/1969 O1 (naquela época designado provisoriamente como 1969b, e
depois como 1970 III). Já era o segundo cometa encontrado por ele em
1973 (o primeiro, catalogado agora como C/1973 D1, fora designado à
época como 1973e, depois como 1973 VII). As letras minúsculas
indicavam a ordem de descoberta dentro do ano, enquanto o numeral
romano, a ordem de passagem pelo periélio. Dois anos depois, em
fevereiro de 1975, ele descobriria outro, de curto período (7 anos). Este
astro foi observado pela última vez no seu retorno de 1988, mas nunca
ultrapassou a magnitude 13. Em 2021, deveria estar de volta, mas é
considerado perdido4. E teve outro cometa ainda, o 76P/West-Kohoutek-
Ikemura, descoberto em 1976, além de uma extensa lista de asteroides,
detectados ao longo de sua carreira de estudioso do sistema solar.
Mas foi o cometa de março de 1973 que lhe deu fama mundial. Na data da
descoberta ele brilhava com magnitude 16. Um cálculo preliminar revelou
que se movia numa órbita ligeiramente hiperbólica (excentricidade e =
1,000008) e que alcançaria o periélio na data de 28 de dezembro de 1973,
a uma distância de apenas 21 milhões de quilômetros do Sol (0,1424 ua).
Posteriormente a sua órbita foi refinada, revelando-se uma elipse muito
excêntrica, que lhe conferia um período da ordem de 150 mil anos.

4
N. do Editor: esse cometa é catalogado atualmente como 75D/Kohoutek.
15

Logo no início, o cometa chamou a atenção dos astrônomos, pois se


pensou que ele fosse um astro proveniente da nuvem de Oort, situada nos
confins do sistema solar, realizando sua primeira incursão até as
proximidades do Sol. Seria, portanto, um cometa “cheio de gás”, com
potencial de se tornar excepcionalmente brilhante nas vizinhanças do
periélio. Os primeiros prognósticos projetavam um brilho máximo de
magnitude –10, quase igual ao brilho da Lua Cheia!
Da noite para o dia, o cometa ganhou as manchetes internacionais,
recebendo antecipadamente o honorável título de “cometa do século”,
propalado aos quatro cantos pela mídia sensacionalista. Nos EUA, uma
seita mística intitulada “Meninos de Deus” chegou mesmo a anunciar que
o cometa era o arauto do fim do mundo, marcado para janeiro de 1974.
Não só o mundo não acabou, como a magnitude máxima do cometa
durante a passagem pelo periélio só alcançou –3, um pouco menor que o
brilho do planeta Vênus. Ele pôde ser observado pelos astronautas a bordo
da estação espacial norte-americana Skylab e por cosmonautas soviéticos
na cápsula Soyuz 13. A cauda atingiu 25 graus de comprimento, e ele
também ostentou uma anticauda. No réveillon de 1973 para 1974, o
Kohoutek despencou para a quarta magnitude, e no final de janeiro já
estava com magnitude 7, invisível a olho nu… Suspeita-se que seu núcleo
possa ter se fragmentado quando da passagem periélica, o que poderia
explicar o declínio rápido de brilho. A sua órbita também sofreu
modificações, e o período acabou reduzido para 75 mil anos. Sendo assim,
não voltará tão cedo.
Inspiração – embora tenha sido taxado de no show pela mídia, é preciso
observar que o cometa não fracassou. Ele simplesmente se desempenhou
de acordo com sua natureza física. Sob este aspecto, a palavra fiasco não
faz nenhum sentido, só assumindo significado quando se compara o
comportamento fotométrico do cometa com as expectativas otimistas
iniciais dos astrônomos, e com o estardalhaço promovido pela mídia. Algo
semelhante, mas então sem o endosso dos cientistas, aconteceria 13 anos
mais tarde, em 1986, no retorno do famoso cometa Halley.
Mas, para mim, o Kohoutek serviu para reacender em definitivo a chama
da paixão pela astronomia. Eu não consegui ver o Kohoutek. Mas ele me
motivou, principalmente após ter lido a extensa matéria publicada pelo
jornalista Fernando G. Sampaio, um dos meus grandes mestres, na edição
dominical do Correio do Povo dia 18 de novembro de 1973, intitulada
Kohoutek: Um Grande Espetáculo Está Começando. Ali, Sampaio
desenvolvia uma retrospectiva dos cometas mais famosos da história.
16

Menos de um ano depois, eu estaria comprando meu primeiro telescópio,


uma modesta luneta muito parecida com aquela de Galileu que ainda
guardo com carinho e incluo na decoração do estúdio onde hoje gravamos
as Oficinas de Astronomia® para o canal da Rede Omega Centauri no
Youtube5.
O Kohoutek, também apelidado de “cometa Watergate”, voltou para as
profundezas obscuras do espaço, onde permanecerá pelas próximas
dezenas de milhares de anos. Mas aqui na Terra, com certeza, seu impacto
foi positivo. Fico pensando em quantas carreiras de astrônomos
profissionais ele pode ter incentivado. Neste sentido, podemos dizer que os
astros realmente influenciam nossas vidas.

Luiz Augusto L. da Silva


Rede Omega Centauri

Cometa C/1973 E1 (Kohoutek) em 19 de janeiro de 1974.


Foto obtida por Michael Hendrie (Essex, Reino Unido) usando lente 100mm de
abertura f/4,5, acompanhando o cometa das 18:55 até as 19:15 TU.
© Arquivo de imagens de cometas da BAA e The Astronomer6.

5
URL: https://www.youtube.com/@redeomegacentauri2832.
6
URL: https://britastro.org/cometobs
17

Relatório de observação (fevereiro - março de 2023)


[Dados até 24 de março de 2023]

Data Juliana 2.460.000 – Apesar de o NEOA-JBS ter se organizado para realizar


diversas observações em 24-25 de fevereiro de 2023, o céu nublado frustrou o plano
inicial. Mas pelo menos A. Amorim fez a contagem de manchas solares na manhã de
25 de fevereiro de 2023, às 10:08 TU. Na ocasião, a superfície visível do Sol
apresentava um total de 7 grupos e 69 manchas, indicando o número de Wolf R = 139
(Veja gráfico de número relativo de manchas no próximo item). No hemisfério norte
havia 4 grupos e 47 manchas enquanto que no hemisfério sul foram identificados 3
grupos e 22 manchas.

Sol – manchas solares: recebemos 25


registros de A. Amorim, 2 registros de
Anita Holderbaum (NEOA-JBS,
Florianópolis/SC) e 15 registros enviados
por Walter Maluf (Monte Mor/SP). Ao
lado temos uma imagem que mostra o
aspecto do Sol em 8 de março de 2023 às
20:32 TU obtida por Anita Holderbaum
usando o telescópio CPC-800 (200 mm
f/10) + filtro Seymour + smartphone. Com
respeito à contagem de manchas solares,
abaixo temos o gráfico do número de Wolf
nos últimos 12 meses.

Cronometragens – A. Amorim realizou 6 cronometragens do trânsito do disco da


Lua em 6-7 de março de 2023. O tempo médio de 5 cronometragens válidas foi de
128,27 segundos e o diâmetro aparente calculado foi de 1826,45 segundos de arco. O
valor O–E obtido foi +29,96”.
18
Planeta anão – A. Amorim fez 3 estimativas de brilho de 1 Ceres.

Asteroide – A. Amorim fez 8 estimativas de brilho de 2 Pallas. A seguir temos a


curva de luz contendo os registros feitos na atual temporada de observação desse
asteroide. A linha vertical indica o periélio ocorrido em 6 de março de 2023.

Cometa – C/2017 K2 (Pan-STARRS): A. Amorim fez 9 registros. C/2022 E3 (ZTF):


A. Amorim fez 8 registros. A seguir temos as curvas de luz desses dois cometas
contendo os registros visuais enviados à Secção de Cometas/REA & Comissão de
Cometas/UBA.

A linha verde na curva para o Cometa C/2017 K2 segue a fórmula m1 = 4 + 5 log Δ +


7,5 log r, conforme cálculo de Yoshida, enquanto que as linhas vermelhas de ambas
as curvas seguem os parâmetros do Minor Planet Center.

Ocultação lunar – A. Amorim acompanhou a ocultação da estrela dupla 29 Aquarii


por meio do refrator de 90mm f/10 + ocular 10mm. Esse evento não foi publicado na
edição anterior do Boletim Observe! tampouco no Anuário Astronômico Catarinense
2023 pelo fato da magnitude total do objeto ser mais fraca do que a magnitude 6,0.
Seguem os contatos em Tempo Universal:
data estrela imersão O–C emersão O–C
19 mar 2023 29 Aquarii B 08:29:54 –11s - -
19 mar 2023 29 Aquarii A 08:29:57 –15s - -
19
Como as imersões ocorreram no limbo iluminado da Lua, embora ela estivesse
apenas 8% iluminada, houve dificuldade em determinar esses instantes. Mas foi
possível notar que o desaparecimento da componente A se deu 3 (três) segundos após
a imersão da componente B. Na previsão indicada pelo software Occult v.4.3.4 é
informado que 29 Aqr é dupla cujas componentes AB possuem magnitudes 7,2 e 7,2
separadas em 3,8” em AP 247,1° e que a diferença entre os dois instantes de imersão
é de 7 segundos.

Estrelas variáveis – A. Amorim fez 228 estimativas de 53 estrelas. Em março de


2023 A. Amorim ultrapassou a marca de 40 mil observações visuais submetidas a
AAVSO (American Association of Variable Stars Observers). Nos dias 1º e 8 de
março de 2023 os participantes dos encontros do NEOA-JBS avaliaram o brilho de
Betelgeuse (α Orionis) usando Marte e Aldebarã como referência, Os resultados
obtidos foram:
Data Hora local 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9
01-03-23 19:30 Marte α Tau
08-03-23 19:30 Marte α Tau

EVENTOS e PALESTRAS

Palestras do Grupo de Estudos de Astronomia

O GEA reiniciou sua programação de palestras regulares na sexta-feira, às


20h, cujas apresentações acontecem no Planetário da UFSC em 14 e 28 de
abril. Mais informações no website: https://geaufsc.paginas.ufsc.br.

19 de maio: XXVI Olimpíada Brasileira de Astronomia

Neste dia ocorre a aplicação da prova teórica da 26ª edição da OBA. Mais
informações no website: http://www.oba.org.br.

24 de maio: Dia do Mourão

O NEOA-JBS promoverá pela sétima vez uma atividade especial


envolvendo palestras e sessão de observação do céu para celebrar esse dia
especial dedicado à memória astronômica brasileira na pessoa de Ronaldo
Rogério de Freitas Mourão. Mais informações no website:
http://geocities.ws/costeira1/neoa/mourao.html.
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EVENTOS e PALESTRAS

Palestras Públicas do NEOA-JBS

Desde 9 de fevereiro o NEOA-JBS retornou às suas atividades semanais


no IFSC – Campus Florianópolis às quartas-feiras das 17:40 às 19:00.
Neste mês as datas ocorrem nos dias 5, 12, 19 e 26 de abril. Em caso de
céu limpo, a aula é no pátio de observações. Se o céu estiver nublado, as
apresentações ocorrem na Sala D-111. Mais informações estão disponíveis
no website: http://www.geocities.ws/costeira1/neoa.

Atividades astronômicas ao ar livre

Observação do nascer da 1ª Lua Cheia do outono


É possível observar o nascer da Lua Cheia nas seguintes datas:
quarta-feira, 5 de abril, às 18:00 HBr
quinta-feira, 6 de abril, às 18:30 HBr
A dica é passear pelas praias do leste da Ilha de Santa Catarina, em
especial a praia da Armação do Pântano do Sul.

Observe! é o boletim informativo do Núcleo de Estudo e Observação


Astronômica “José Brazilício de Souza”, editado por Alexandre Amorim com
colaboração de demais integrantes do NEOA-JBS. Colaboraram nesta edição:
Alexandre Amorim, Luiz A. L. da Silva, Maurício Kaczmarech e Ricardo
Tolentino. Salvo indicação específica, as fotos foram obtidas e/ou fornecidas
pelos autores de cada artigo. A distribuição deste boletim é gratuita aos
integrantes e participantes do NEOA-JBS. Observe! é publicado mensalmente
em formato eletrônico e obtido por meio dos seguintes modos:

a) Enviando e-mail para marcos@ifsc.edu.br ou costeira1@gmail.com

b) Acessando o link: http://www.geocities.ws/costeira1/neoa/observe.pdf

c) Associando-se ao NEOA-JBS no Groups.io para ter acesso a todas as


edições do Observe! Acesse o website http://www.geocities.ws/costeira1/neoa

O NEOA-JBS está localizado no Instituto Federal de Santa Catarina – Campus


Florianópolis, Avenida Mauro Ramos, 950, Florianópolis/SC. Fones: (48)
3211-6135 e (48) 99989-3590, contato: Prof. Marcos Neves.

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