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Tipos de Fontes de Tensão Regulada
Tipos de Fontes de Tensão Regulada
As fontes de alimentação lineares são um dos tipos mais comuns de fontes de tensão regulada,
caracterizadas por um processo de regulação que utiliza dispositivos semicondutores para
ajustar a tensão de saída. Essas fontes proporcionam uma regulação suave e contínua.
Componentes Principais
Vantagens e Desvantagens
Vantagens:
- Simplicidade de design.
Desvantagens:
Vantagens:
Desvantagens:
- Complexidade de design.
Ao entender esses dois principais tipos de fontes de tensão regulada, torna-se possível
escolher a abordagem mais adequada para as necessidades específicas de cada aplicação,
considerando critérios como eficiência, tamanho, complexidade e requisitos de regulação.
Componentes-chave
Esses componentes trabalham em conjunto para garantir que a tensão de saída permaneça
dentro dos limites especificados, proporcionando estabilidade e confiabilidade às fontes de
tensão regulada.
Circuitos de Proteção
Os circuitos de proteção contra sobrecorrente são projetados para monitorar a corrente que
flui através da fonte de alimentação. Se a corrente exceder os limites seguros, o circuito de
proteção entra em ação, interrompendo ou limitando a corrente para evitar danos aos
componentes da fonte de alimentação e aos dispositivos conectados. Essa medida é crucial
para prevenir situações de sobrecarga que podem ocorrer devido a curtos-circuitos ou falhas
nos dispositivos alimentados.
Os circuitos de proteção contra sobretensão são responsáveis por monitorar a tensão de saída
da fonte de alimentação. Se uma tensão excessiva for detectada, o circuito age rapidamente
para desconectar ou limitar a saída, protegendo os dispositivos conectados contra danos
causados por picos de tensão. Essa proteção é vital para garantir a integridade dos
componentes eletrónicos, especialmente em situações onde picos de tensão podem ser
induzidos na rede elétrica.
Na eletrónica industrial, as fontes de tensão regulada são utilizadas para alimentar uma gama
diversificada de equipamentos, como sistemas de controle, motores elétricos, sensores e
outros dispositivos críticos para os processos industriais. A estabilidade da tensão é crucial
para manter a integridade e a eficiência desses sistemas em ambientes industriais
desafiadores.
6.3 Telecomunicações
Na eletrónica médica, onde a precisão é crítica, as fontes de tensão regulada são usadas em
equipamentos de diagnóstico, monitores de paciente, dispositivos de imagem médica e outros
dispositivos médicos avançados. Essas fontes garantem uma alimentação elétrica estável e
confiável para garantir a precisão e a segurança desses dispositivos em ambientes de cuidados
de saúde.
Desafios e Soluções
Esses avanços tecnológicos e inovações estão moldando o cenário das fontes de tensão
regulada, abordando desafios tradicionais e impulsionando a eficiência, confiabilidade e
desempenho desses dispositivos essenciais na eletrónica moderna.
Todo circuito eletrônico precisa de uma fonte de tensão para funcionar. Neste trabalho vamos
apresentar os circuitos retificadores de meia onda e de onda completa. Estes circuitos
permitem implementar fontes simples e de baixo custo.
Observe o circuito abaixo. Ele é bastante simples e composto pelo transformador T, o diodo
retificador D e o capacitor C.
Fig 1
Como você sabe, a tensão de rede que chega à tomada de sua casa pode ser 127 Vac ou 220
Vac, conforme sua cidade ou a instalação de sua casa. Antigamente, os circuitos valvulados
trabalhavam com tensões elevadas, comumente acima de 220Vac. Mas hoje em dia os
circuitos trabalham com tensões bem menores, da ordem de 3 a 30V. Assim a tensão que
chega à tomada tem de ser reduzida para ficar adequada aos circuitos que serão alimentados.
O transformador T realiza esta função, como já vimos no módulo M029.
A senoide 1 representa a tensão da rede, 127Vac ou 220 Vac. A senoide no ponto 2,
representa a tensão de saída do transformador T e o sinal de tensão no ponto 3, a tensão após
o Diodo D
Características da Fonte
Fig 2
VE - Tensão Eficaz
A tensão VE da figura 2 é definida como a Tensão Eficaz de saída da fonte. Esta tensão
corresponde ao valor útil da tensão de saída que será aplicada à carga R.
VR - Tensão de Ripple
A tensão VR da figura 2 é definida como a Tensão de Ripple de saída da fonte. Ripple em inglês
significa "ruído". Assim, a Tensão de Ripple indica o ruído elétrico presente na saída da fonte.
Se a fonte fosse ideal, a tensão de saída da fonte seria uma tensão fixa, sem qualquer variação.
Seria uma linha reta. Mas como o retificador de meia onda não é uma fonte ideal, aparece esta
tensão de ripple na saída. O efeito do ripple de saída, depende do circuito que está sendo
alimentado. Se for um circuito de áudio, por exemplo, pode aparecer no som de saída como
aquele zumbido característico de 60Hz. Para outros circuitos, como os digitais, por exemplo,
pode não ter efeito nenhum.
TC - Tempo de Ciclo
O período TC da figura 2 é definida como Tempo de Ciclo do sinal senoidal de entrada que
alimenta o retificador de meia onda. Você sabe que no Brasil a frequência da rede de
alimentação é de 60Hz. Assim TC é dado por:
No próximo bloco, vamos utilizar os parâmetros definidos acima para calcular uma fonte linear
com retificação de meia onda.
No Módulo anterior vimos os conceitos básicos das fontes com retificação em meia onda.
Agora vamos mostrar como realizar um projeto simples deste tipo de fonte.
Fig 1
Fig 2
Na segunda condição Ch1 é fechada em T1 e logo depois volta a ser aberta em T2, como no
gráfico B.
No gráfico A da para ver claramente que a curva de descarga não é linear. Isto acontece
porque a corrente de descarga não é constante e vai caindo à medida que o capacitor
descarrega.
De uma forma geral, a variação de tensão no capacitor para uma corrente de descarga
constante Ic é dada pela seguinte fórmula:
Δ Vc = (Ic x Δ T) / C (fórmula1)
Resposta:
ΔT = T2 - T1 = 16,6 mS
Lembre-se que para aplicar qualquer fórmula, todas as variáveis devem estar no mesmo
sistema de unidades. Convertendo para o Sistema Internacional temos:
Ic = 10mA = 0,01A
ΔT = 16,6mS = 0,0166 S
C = 4700uF = 0,0047F
No circuito da figura 1, calcule a tensão eficaz de saída Ve, sabendo que a tensão de entrada
da rede é de 127Vac, a relação de transformação de T é de 10:1, a capacitância do capacitor é
de 2200uF e a carga R é de 100R. Considere a tensão de condução do diodo D como sendo
0,7V.
Resposta:
Primeiro precisamos calcular a tensão de pico na entrada de nosso circuito. Como já vimos em
M032, a tensão de pico é dada por Vrms x √2.
Como em nosso circuito a tensão rms de entrada é de 127Vac, a tensão de pico é dada por:
A relação de transformação foi dada como 10:1. Assim a tensão de pico na saída do
transformador é dada por:
Pela figura 1 fica claro que esta tensão Vps é o valor máximo de carga do capacitor, durante o
ciclo positivo da tensão na saída do transformador. Mas como o diodo D tem uma tensão de
condução informada de 0,7 V, temos que descontar esta tensão. Assim:
Então já sabemos que para uma entrada de 127Vac, a tensão máxima no capacitor será de
17,26V.
Para continuarmos nossa análise, o circuito de saída de nossa fonte, formado pelo capacitor e
a carga R é semelhante ao circuito da figura 2, e o diodo funciona como chave Ch1, mas só que
invertido. Enquanto D está conduzindo, a tensão Vc é igual a tensão de saída do transformador
- 0,7V de queda no diodo. Quando Vc chega ao valor máximo e a partir deste instante, o diodo
corta, é como estar no instante T1 da figura 2, onde o capacitor passará a se descarregar via a
carga R.
Podemos então calcular a tensão VR de ripple do circuito da mesma forma que calculamos ΔVc
na figura 2.
Pronto. Já sabemos que a tensão de ripple de nossa fonte é aproximadamente 1,28V. Estes
cálculos são aproximados mas funcionam muito bem se esta tensão de ripple for menor que
10% da tensão de carga do capacitor.
A tensão eficaz Ve pode ser facilmente cálculada como a média da tensão de saída:
logo:
Projete uma fonte retificadora em meia onda para uma tensão de saída de 12V. O circuito que
será alimentado com esta fonte consome 1A em 12V. Para que ele funcione adequadamente, a
máxima tensão de ripple permitida é de 1V. A tensão de entrada da fonte é de 220Vac. Calcule
a relação de transformação do transformador e a capacitância do Capacitor. Considere a
tensão de condução do diodo de 0,7V.
Como vimos no Módulo anterior é possível montar uma fonte de alimentação bem simples do
tipo retificador de meia onda. O nome "meia onda" vem juntamente do fato de que este tipo
de retificador aproveita apenas metade da onda senoidal, aplicada em sua entrada. Por este
motivo, os retificadores em meia onda têm o problema de "desperdiçar" o outro semiciclo,
apresentando um desempenho limitado. Eles são adequados a aplicações específicas, onde a
carga R consome pouca corrente e não é exigente quanto à qualidade do sinal de tensão da
saída da fonte.
Neste Módulo vamos estudar a Retificação de Onda Completa, que é uma melhoria em relação
à anterior.
Fig 1
Na implementação do esquema A são utilizados somente 2 diodos, mas o transformador
precisa ter a derivação central (center tap). Já no esquema B são utilizados 4 diodos mas o
transformador pode ser mais simples, sem a derivação final.
O esquema A funciona como se fossem 2 fontes retificadoras de meia onda em paralelo. Hora
é o diodo D1 que esta conduzindo, hora é o diodo D2. Durante a condução de D1 a corrente
circula pelo caminho vermelho, carregando o capacitor. Nesta fase o diodo D2 está cortado.
Quando o sinal de entrada da fonte muda de semiciclo, o diodo D1 corta e é a vez de D2
conduzir. Ai a corrente circula pelo caminho azul, carregando o capacitor. Observe que as
correntes tanto pelo caminho azul ou vermelho, entram pelo capacitor pelo terminal positivo,
que é o sentido de carga.
Fig 2
Se você comparar com a forma de onda na saída do retificador de meia onda(veja baixo na
figura 3) vai perceber que a principal diferença é a presença do segundo semiciclo, que na
forma de onda da figura 3 está na faixa negativa de tensão e é desperdiçado. Com isso, na
retificação de onda completa, o período Tc vale a metade de Tc na retificação de meia onda.
Assim o ripple diminui e o desempenho da fonte é um pouco melhor.
Fig 3
No próximo bloco vamos calcular uma fonte retificadora de onda completa e as vantagens vão
ficar claras.
No Módulo anterior vimos os conceitos básicos das fontes com retificação em onda completa.
Agora vamos mostrar como realizar um projeto simples deste tipo de fonte.
Observe que no esquema A da figura 1, a corrente circula apenas por 1 diodo, tanto no ciclo
positivo quanto no negativo. Neste caso, nos cálculos da fonte, precisamos descontar apenas 1
queda de tensão no diodo.
Fig 2
No circuito B da figura 1, calcule a tensão eficaz de saída Ve, sabendo que a tensão de entrada
da rede é de 127Vac, a relação de transformação de T é de 10:1, a capacitância do capacitor é
de 2200uF e a carga R é de 100R. Considere a tensão de condução dos diodos D1,D2,D3 e D4
como sendo 0,7V.
Resposta:
Primeiro precisamos calcular a tensão de pico na entrada de nosso circuito. Como já vimos em
M032, a tensão de pico é dada por Vrms x √2.
Como em nosso circuito a tensão rms de entrada é de 127Vac, a tensão de pico é dada por:
Pela figura 1, esquema B, fica claro que esta tensão Vps é o valor máximo de carga do
capacitor, tanto durante o ciclo positivo da tensão na saída do transformador, quanto do
negativo. Mas como os diodos têm uma tensão de condução de 0,7 V, temos que descontar
esta tensão 2 vezes como já explicamos acima. Assim:
Então já sabemos que para uma entrada de 127Vac, a tensão máxima no capacitor será de
16,56V.
Podemos então calcular a tensão VR de ripple do circuito da mesma forma que calculamos no
Módulo M036
A grande diferença em relação ao cálculo da fonte em meia onda é o valor de Tc. Na fonte com
retificação em onda completa Tc equivale ao período de meio ciclo, ou seja:
Assim:
Pronto. Já sabemos que a tensão de ripple de nossa fonte é aproximadamente 0,63V. Estes
cálculos são aproximados mas funcionam muito bem se esta tensão de ripple for menor que
10% da tensão de carga do capacitor.
A tensão eficaz Ve pode ser facilmente cálculada como a média da tensão de saída:
logo:
Se você comparar estes resultados com os obtidos no cálculo para retificação em meia onda,
vai ver que a tensão eficaz de saída é praticamente a mesma mas o ripple de saída caiu
praticamente para a metade. A tensão eficaz de saída só não foi melhor porque adotamos o
circuito B da figura 1, com dois diodo provocando perda de tensão em cada ciclo de
retificação.
Se você repetir os cálculos para o circuito A da figura 1 vai ver que a tensão eficaz de saída
para retificação em onda completa é maior que a do retificador de meia onda.
Os retificadores de onda completa, ao contrário dos de meia onda, aproveitam os dois ciclos
da tensão de entrada e por isso são mais eficientes.
Fontes não reguladas e fontes reguladas
Nos Módulos ateriores nós estudados as fontes de tesão com retificador meia onda e onda
completa. Os circuitos apresentados são do tipo fontes de tensão Não Reguladas. O que são
fontes não reguladas?
Fontes não reguladas são aquelas cuja tensão de saída apresenta grande dependência da tesão
de entrada e da corrente de consumo da carga.
Nos circuitos apresentados nos Módulos anteriores, se você recalcular a tensão de saída Vs,
considerando uma tensão de entrada Ve com, por exemplo, o dobro do valor, vai ver que Vs
também dobra (aproximadamente).
Fig 1
Em muitas aplicações, esta variação na tensão de saída é aceita. Mas em muitas outras não.
Para resolver este problema foram desenvolvidas as Fontes de Tensão Reeguladas
Fontes Reguladas
As Fontes de Tensão Reguladas são basicamente fontes não reguladas onde você acrescenta
um circuito eletrônico na saída para regular a tensão.
Regular a tensão de saída significa diminuir sua depedência, tanto da tensão de entrada Ve,
quanto da corrente de saída Ic.
Fig 2
Está fórmula é importante porque mostra a eficiência do circuito. Todo circuito regulador
consome alguma corrente para funcionar e ela é representada por I2. Normalmente I2 é muito
menor que I1, indicando um circuito regulador de boa eficiência. Nesta situação podemos
dizer que a corrente de saída da fonte Ic é praticamente a corrente de entrada do circuito
regulador I1.
Como no item 1 vimos que Ic é praticamente igual a I1, podemos afirmar com boa
aproximação o que é apresentado na fórmula 2. Esta conclusão é importante porque um dos
principais problemas das fontes lineares reguladas como a apresentada na figura 2 é a
dissipação de potência no circuito regulador. E não tem solução. Sempre haverá esta perda de
potência e portanto de eficiência da fonte. Para minimizar a perda só diminuido a queda de
tensão Vd.
O ideal é que a tensão Vd fosse 0V sempre. Assim a potência dissipada pela fórmula 2 seria
0W. Mas todo circuito regulador linear precisa de uma tensão Vd mínima para funcionar
adequadamente. No circuito da figura 2, a tensão mínima na entrada do circuito regulador
pode ser calculada como a tensão de carga do capacitor menos a tensão de Ripple, como já
vimos em M038.
O projeto apresentado aqui é de uma fonte regulada com tensão fixa de 12V de saída. Apesar
de ser um circuito bem simples, pode ser utilizado em aplicações mais exigentes como
amplificadores de áudio, por exemplo. Veja a figura 1.
Fig 1
O Projeto
Observe que esta fonte regulada é basicamente formada pela fonte não regulada de entrada e
pelo circuito regulador. Este circuito regulador é basicamente formado por T1, R1 e Z1. A
tensão de saída é dada pela tensão de base de T1 - Vbe, onde Vbe é a tensão base-emissor de
T1. R1 fornece a corrente de polarização do diodo zener Z1. Assim a tensão na base de T1 é a
tensão do diodo zener = 13V. Desta forma a tensão de saída da fonte pode ser calculada como:
Tensão de Entrada
Para alimentar o circuito da figura 1, será necessário um transformador de entrada, cuja saída
será conectada ao conector CN1. Para calcular a tensão de secundário do transformador
vamos considerar que o circuito regulador precise de um mínimo de 3V para funcionar. Assim,
como a tensão na saída do circuito regulador é o valor já calculado de 12,4V, a tensão mínima
de entrada deverá ser de12,4V + 3V = 15,4V.
Você já viu no módulo M038 como calcular a tensão de ripple em função dos capacitores e
corrente. Aqui vamos fazer o contrário. Vamos calcular o valor da capacitância da associação
de C1, C2 e C3 para garantir um ripple (Vr) de no máximo 3V, quando a corrente na saída da
fonte for de 2A. Este valor para tensão de ripple Vr = 3V pode ser definido em função do
circuito a ser alimentado e em função do valor final para os capacitores C1, C2 e C3. Quanto
menor Vr, maior o valor dos capacitores. Escolhemos 3V por ser adequado ao projeto e
garantir capacitores não muito elevados.
Ct = (Ic x Tc) / Vr (esta fórmula você deduz do que foi apresentado no M038)
então:
Ct = (2A x 8,3mS) / 3V
Então vamos utilizar C1 = C2 = C3 = 2.200uF x 50V. Como você já sabe, a capacitância total de
capacitores em paralelo é dada pela soma das capacitâncias individuais. Assim Ct = 6.600uF.
Completando nosso cálculo, a tensão de pico nos capacitores será dada por:
Vs = Vmin + Vr + 2 x Vdiodo
Onde:
Assim:
Ou seja, nosso transformador tem que gerar 21,6V de pico no secundário para nosso circuito
funcionar adequadamente. Mas os fabricantes de transformador especificam a tensão do
primário e secundário em Vrms. Você já sabe que para calcular o valor rms a partir do de pico,
basta dividir por raiz de 2. Assim:
Tensão de entrada: 127Vac e 220Vac (dois enrolamentos para permitir selecionar a tensão de
entrada). Observe que na maioria dos estados brasileiros, a tensão oficial é 127Vac ou 220Vac.
Mas alguns estados não obedecem a esta regra. Assim, pode ser necessário adaptar a
especificação do transformador às tensões fornecidas em sua cidade.
Isolação entre primário - secundário: 800V. Especificar a tensão de isolação entre primário e
secundário é importante para o fabricante escolher adequadamente o material isolante. O
transformador de entrada, além de fornecer a tensão para a fonte, tem também a função de
isolar nosso circuito da rede, evitando choques elétricos.
Cada diodo retificador trabalha apenas meio ciclo, já que a corrente ora circula por D1 e D4,
ora por D3 e D2. Assim, para circular 2,2A na saída da fonte cada diodo deverá conduzir:
Id = 2,2 / 2 = 1,1A
Outra característica importante na escolha dos diodos é a tensão reversa. Os diodos são
projetados para resistir a uma tensão reversa máxima quando estão reversamente
polarizados. No nosso circuito esta tensão é aproximadamente a tensão de pico de carga dos
capacitores. Esta tensão vai aparecer quando a rede elétrica estiver 10% acima do nominal.
Nesta situação a tensão de carga de pico dos capacitores vai ser dada por:
Vamos escolher o diodo 1N5402 que é especificado para 3A e tensão reversa de 200V.
T1 deve ser escolhido em função da corrente que vai conduzir (2,2A) e dissipação máxima.
A dissipação máxima será dada pela tensão Vce (coletor-emissor) e corrente de 2,2A. A tensão
máxima Vce em T1 será:
Vce = Vp - Vsaida
Onde:
Então:
O transistor TIP41C pode dissipar até 65W. Mas observe a especificação do fabricante:
Fig 2
Pela especificação para dissipação máxima, se o transistor for montado sem dissipador a uma
temperatura ambiente de 25°C, ele só consegue dissipar 2W. Ou seja, nesta aplicação tem de
ser utilizado dissipador de calor. Se o dissipador mantiver o encapsulamento do transistor a
25°C (tem de ser um bom dissipador) ai T1 pode dissipar até 65W.
Diodo Zener
Qual a corrente que circula pelo zener Z1 e qual a dissipação de potência nele?
Vamos analisar o pior caso que é para a máxima tensão ne carga dos capacitores. A corrente
que circula pelo zener é dado por:
Assim, nosso projeto fica finalizado. Se você quiser montar esta fonte fixa com outra tensão de
saída ou capacidade de corrente, repita os cálculos acima com seus novos parâmetros