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Toxicologia Alimentar e Química 43 (2005) 655–661

www.elsevier.com/locate/foodchemtox

Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, monóxido de carbono,

alcatrão e nicotina no aerossol de fumaça principal do narguilé
Alan Shihadeh *, Rawad Saleh
Laboratório de Pesquisa de Aerossóis, Departamento de Engenharia Mecânica, Universidade Americana de Beirute, PO Box 11-0236, Riad El Solh, Beirute, Líbano

Recebido em 20 de dezembro de 2004; aceito em 20 de dezembro de 2004

Abstrato

Um protocolo de máquina de fumar e rendimentos para alcatrão, nicotina, PAH e CO são apresentados para o regime padrão de fumo periódico constante de
171 tragadas proposto por Shihadeh et al. [Shihadeh, A., Azar, S., Antonios, C., Haddad, A., 2004b. Rumo a um modelo topográfico de fumar narguilé em cafés com
narguilé: um estudo piloto em um bairro de alto nível socioeconômico de Beirute, Líbano. Farmacologia Bioquímica e Comportamento 79(1), 75]. Os resultados
mostram que os fumantes estão provavelmente expostos a mais “alcatrão” e nicotina do que se pensava anteriormente, e que os PAH pirossintetizados estão
presentes no “alcatrão”, apesar das baixas temperaturas características do tabaco no consumo de narguilé. Com um regime de fumar consistindo de 171 tragadas
cada uma com volume de 0,53 l e 2,6 s de duração com intervalo entre tragadas de 17 s, os seguintes resultados foram obtidos para uma única sessão de fumar de
10g de pasta de tabaco de moassel com 1,5 discos de carvão de acendimento rápido aplicados ao cabeça de narguilé: 2,94 mg de nicotina, 802 mg de alcatrão, 145
mg de CO e, em relação à fumaça de um único cigarro, maiores quantidades de criseno, fenantreno e fluoranteno. O antraceno e o pireno também foram
identificados, mas não quantificados. Os resultados indicam que a fumaça do narguilé provavelmente contém uma abundância de vários dos produtos químicos
considerados fatores causais na elevada incidência de câncer, doenças cardiovasculares e dependência em fumantes de cigarros.

2005 Elsevier Ltd. Todos os direitos reservados.

Palavras-chave: Argileh; Arguilé; Narguilé; Narguilé; Shisá; Narguilé; Bolha do Hubble; Cano de água; Fumo do tabaco

1. Introdução estudos chineses que abrangem um período de mais de 40 anos

Estudos sobre a composição química, toxicidade e carcinogenicidade
da fumaça do cigarro gerada por meio de uma máquina de fumar são
amplamente utilizados para prever e compreender os efeitos do
tabagismo na saúde e para comparar os efeitos de diversas misturas
de tabaco, métodos de administração e comportamento de fumar.
Complementam estudos in vivo e epidemiológicos sobre o tabagismo e
contribuíram significativamente para uma melhor compreensão da
toxicidade e carcinogenicidade do fumo do cigarro (Hoffmann et al.,
2001) e para gerar as evidências necessárias para políticas e ações
antitabaco. Mais de 4.800 compostos, incluindo 69 carcinógenos, foram
identificados em substâncias que fumam cigarros.
* Autor correspondente. Tel.: +961 1 374 444; fax: +961 1 744 462.
Endereço de e-mail: as20@aub.edu.lb (A. Shihadeh).
(Hoffmann et al., 2001). Em contraste, conseguimos localizar apenas
quatro estudos (Rakower e Fatal, 1962; Hoffman et al., 1963; Sajid et
al., 1993; Shihadeh, 2003) sobre a química da fumaça do narguilé na
literatura aberta de língua inglesa. , em que uma gama comparativamente
pequena de compostos químicos foi investigada.
Em nenhum destes estudos o CO ou os PAH, dois dos principais agentes
tóxicos presentes no fumo do tabaco, são quantificados utilizando
parâmetros relevantes do consumo de narguilé.
Esta relativa escassez de pesquisas sobre a química da fumaça do
narguilé não pode ser atribuída à insignificância do tema. O narguilé é
predominante no Sudoeste da Ásia e no Norte de África e, nos últimos
anos, tem mostrado um aumento acentuado na sua popularidade,
especialmente entre os jovens (Chaaya et al., 2004). Pesquisas
nacionais e locais no Kuwait (Memon et al., 2000), Egito

0278-6915/$ - ver capa 2005 Elsevier Ltd. Todos os direitos reservados. doi:10.1016/
j.fct.2004.12.013
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656 A. Shihadeh, R. Saleh / Toxicologia Alimentar e Química 43 (2005) 655–661
(Mohamed et al., 2003), Síria (Maziak et al, 2004) e
Líbano (Shediac-Rizkallah et al., 2002; Jabbour, 2003)
descobriram que 20–70% e 22–43% da amostra
populações já fumou ou fuma atualmente o
narguilé, respectivamente. Evidência anedótica no formulário
de reportagens de jornais (por exemplo, McNicoll, 2002; Landphair,
2003; Edds, 2003; Gangloff, 2004) e ''barra de narguilé''
anúncios em jornais universitários e na internet sugerem que fumar
narguilé está se popularizando no Norte.
América e Europa também.
Com a escassez de estudos científicos, pesquisadores, público
autoridades de saúde e o público em geral tiveram pouco
dados para avaliar os perigos potenciais do fumo de narguilé. Mesmo
assim, uma percepção generalizada entre os fumantes,
e até médicos (Kandela, 1997), é que a água
através do qual as bolhas de fumaça filtram os componentes tóxicos,
tornando a prática consideravelmente menos nociva do que fumar
cigarros.
Embora seja tentador fazê-lo devido ao grande volume de dados
disponíveis sobre a fumaça do cigarro, o narguilé é
tão diferente do cigarro que os dados sobre a composição e toxicidade
da fumaça não podem ser extrapolados a partir dos últimos
para o primeiro. Além das diferenças óbvias
liberação de fumaça, envolvendo longas passagens e um borbulhador
de água no caso do narguilé, o processo de geração de aerossol de
fumaça também é consideravelmente diferente. Considerando que a
cigarro envolve uma combustão autossustentável de aproximadamente
1 g de tabaco seco e picado em várias tragadas com
volumes da ordem de dezenas de ml, o argileh utiliza
uma fonte externa de calor (carvão) para desvolataizar em grande parte
normalmente 10–20 g de sabor forte e hidratado
pasta de tabaco (no caso do tabaco moassel; ver Shih-adeh (2003)
para uma descrição dos componentes do narguilé
e tipologia) com volumes puff uma ordem de grandeza
maior e com temperaturas características do tabaco várias centenas
de graus Celsius mais baixas. Assim existe uma
necessidade de desenvolver métodos de pesquisa e dados sobre a
composição da fumaça específicos do narguilé.
Nosso trabalho anterior (Shihadeh, 2003) sobre a química da
fumaça do narguilé convencional mostrou que ela contém
quantidades significativas de “alcatrão” e nicotina, e que mesmo
para o mesmo volume total defumado, os resultados variaram
consideravelmente dependendo do regime de sopro da máquina
usado. Descobrimos também que, embora o “alcatrão” de uma única
sessão de fumo de narguilé fosse surpreendentemente alto, normalmente duas
ordens de grandeza maiores do que as produzidas a partir de um
único cigarro, era provável que tivesse uma composição diferente
devido à temperatura muito mais baixa do tabaco
no narguilé. Previmos, portanto, que a proporção de PAHs de 4 e 5
anéis pirossintetizados, responsáveis por grande parte da
carcinogenicidade do “alcatrão”, deveria ser
consideravelmente inferior à dos cigarros. Também foi encontrado
que aproximadamente 5 g de carvão foram consumidos no
durante uma única sessão de fumo, sugerindo a possibilidade de
grandes quantidades de monóxido de carbono serem
entregue ao fumante.
O presente estudo dá continuidade a essas questões. O
os objetivos eram (1) fornecer novos dados para ''tar'' e
nicotina usando um modelo de baforada atualizado e consideravelmente
mais intenso, derivado de dados precisos
medições de topografia de tabagismo de 52 fumantes em
campo, (2) quantificar a quantidade de CO entregue ao
o fumante, e (3) quantificar PAH no material particulado
fase, de modo a permitir uma interpretação informada do
grandes quantidades de “alcatrão” em relação a agentes cancerígenos
Compostos PAH.
2. Materiais e métodos
2.1. Máquina de fumar
Um dispositivo para fumar digitalmente programável de primeira geração
máquina foi desenvolvida para este estudo (ver Fig. 1). O
entradas programáveis para a máquina de fumar incluem
duração da inalação, taxa de fluxo, intervalo entre inalações e total
número de baforadas. A máquina de fumar depende de um
bomba de vácuo de alto fluxo que é modulada por uma válvula
eletrônica de controle proporcional. O sinal da válvula de controle é
gerado usando controle de feedback fornecido por um
Sistema de aquisição e controle de dados (DAQ) baseado em PC.
O feedback é fornecido por um fluxo de massa eletrônico
medidor cujo sinal de saída é constantemente amostrado e registrado
em uma tabela contendo tensões de controle da válvula e as vazões
resultantes. Antes do primeiro
sessão de fumar, é executado um programa de calibração que
aumenta o sinal de tensão de controle da válvula de zero
para o valor máximo, inicializando assim a tabela de pesquisa.
Uma vez iniciada uma sessão de fumo, os valores iniciais em
a tabela é atualizada dinamicamente conforme condições de fluxo
mudança (por exemplo, à medida que a queda de pressão nos filtros aumenta,
ou à medida que os filtros são substituídos). Descobrimos que este
esquema de controle fornece menos de 1% de erro na sessão
volume cumulativo de sopro.
O aerossol de fumaça foi dividido em dois fluxos imediatamente a
jusante da saída da mangueira de narguilé e cada um
fluxo extraído através de um único Gelman tipo A/E de 47 mm
almofada de filtro de fibra de vidro antes de ser recombinada. Cada almofada
foi mantido em um suporte de policarbonato transparente, também
fabricado pela Gelman. Esta configuração de dois filtros paralelos
exigiu oito conjuntos de filtros (ou seja, sete filtros
alterações durante cada sessão de fumar) para limitar a carga de
partículas a cerca de 100 mg por filtro. (ISO 4387:1991
especifica que até 150 mg de condensado de fumaça de tabaco podem
ser coletados em um filtro de fibra de vidro de 47 mm
pad.) Um filtro secundário foi colocado a jusante do
Junção 2 para 1 e pesada antes e depois de cada corrida
para garantir que não houve avanço. Nós também
experimentou com filtro paralelo simples e quádruplo
configurações (também com um total de 16 filtros por fumar
sessão para limitar o carregamento) e descobri que os dois conjuntos de filtros
up foi mais conveniente de usar devido ao filtro on-line
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regime de sopro programado
procurar sinal de
controle
atualizar tabela de
consulta
salvar a sessão de
quociente
fumar resultante
vazão
de
tempo
fluxo de sinal
fluxo de aerossol de fumaça
Figura 1. Esquema da máquina de fumar digital.
mudanças durante uma corrida para fumar. Os porta-filtros foram
equipados com acessórios de polipropileno de liberação rápida para
ajudar a garantir que o operador pudesse trocar os filtros no intervalo
de 17 segundos entre aspirações.
Para limitar as perdas por evaporação quando os filtros eram
removidos da máquina de fumar, o encaixe a jusante de cada porta-
filtro tinha um mecanismo de válvula de corte automático acionado
por mola que fechava imediatamente quando o porta-filtro era removido
da máquina. O lado a montante foi simplesmente selado manualmente
com uma tampa de borracha imediatamente após a remoção. Não
instalamos uma válvula de corte automática no lado a montante, pois
isso provavelmente causaria perdas no transporte de partículas nas
passagens estreitas da válvula.
Para determinação de CO, uma fração (cerca de 9% vol) do fluxo
de aerossol de fumaça foi amostrada do caminho de fumaça do fluxo
principal através de um orifício crítico por uma bomba de diafragma
selada em miniatura que foi exaurida em um saco de amostra tedlar
de 10l (SKC, Inc. #232 -08). A bomba foi ativada durante cada
aspiração pelo sistema DAQ através de um relé digital de estado sólido.
2.2. Protocolo de fumar máquina
Exceto pelas mudanças no regime de defumação, cronograma de
substituição do filtro e método de aplicação de carvão indicado
657
bomba de vácuo
controle de voltagem
válvula de controle
medidor de vazão
Amostrador de saco de CO
filtro de backup
armadilha de partículas
Cano de água
discutidos abaixo, todos os outros procedimentos indicados em
Shihadeh (2003) foram seguidos, abrangendo a preparação da folha
de alumínio, trocas de água da tigela, tipo de tabaco, quantidade,
armazenamento e homogeneização e preparação de narguilé.
2.2.1. Regime de tabagismo
Um estudo topográfico do tabagismo de 52 fumantes voluntários
em um café popular no bairro de Hamra, em Beirute, foi realizado para
determinar parâmetros realistas de tabagismo para o estudo da
máquina de fumar. O estudo utilizou um instrumento eletrônico de
topografia de fumo para registrar a vazão do narguilé em função do
tempo.
Com base em análises segmentadas no tempo das sessões de
tabagismo registradas, derivamos um modelo de tabagismo periódico
constante da sessão de tabagismo “média”, consistindo de 171
tragadas, cada uma com volume de 0,53 l e duração de 2,6 s.
O intervalo entre sopradas foi de 17 s. O instrumento de topografia do
tabagismo e o estudo piloto com 52 fumantes são descritos
posteriormente em Shihadeh et al., 2004a,b, respectivamente.
2.2.2. Aplicação de carvão
Como o novo regime de fumar era consideravelmente mais intenso
do que o regime de 100 tragadas usado anteriormente, descobrimos
que o disco de carvão de acendimento rápido único anteriormente
suficiente (marca Three Kings, Holanda) foi consumido bem antes do
final da sessão de fumar. ,
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658 A. Shihadeh, R. Saleh / Toxicologia Alimentar e Química 43 (2005) 655–661

tornando as últimas 20 tragadas quase sem fumaça. Fumantes tabela 1

normalmente adicione carvão durante uma sessão de fumar para manter Efeito da quantidade de carvão e do momento da segunda aplicação no tabaco
queimado e TPM gerado
subjetivamente a “força” da fumaça. Realizamos vários experimentos
Agendar discos de carvão Segunda aplicação Tabaco TPM,g
com vários tipos de carvão
número de sopro queimado, g
esquemas de aplicação para identificar aquele que proporcionasse resultados realistas
A 1 N/D 3,78 1,15
ainda diminuindo a produção de fumaça no final do
B 1.5 804.901.64
sessão de fumar, como era comumente observado em campo. C 1,5 105 4,66 1,38
Para isso, monitoramos a fração queimada do tabaco no D 2 805,08 1,92
cabeça, o material particulado total resolvido por sopro (TPM),
O Cronograma C foi usado neste estudo.
e inspecionou visualmente a carga de tabaco queimado em
o final da sessão.
A Fig. 2 mostra dados TPM típicos coletados por três ções para as quatro variações. A condição C foi usada para
cronogramas de aplicação de carvão envolvendo 1, 1,5 e 2 discos de o restante do estudo.
carvão. Os casos de carvão 1,5 e 2 foram iniciados com um Deve-se notar que estes carvão de acendimento rápido
disco de carvão único que foi aumentado na 80ª baforada discos são comumente usados para fumar narguilé e são
com um disco adicional de carvão pré-aceso, meio ou inteiro. Metade invariavelmente vendido onde quer que o tabaco narguilé seja vendido.
discos foram feitos executando discos inteiros através de um Os fumantes confiam neles quando a conveniência exige, uma vez que o
serra de fita de alta velocidade. Como mostrado, a produção de fumaça para o carvão mais tradicional requer uma pequena grelha e
o caso único do carvão caiu vertiginosamente após 100 tempos de iluminação mais longos. Mesmo assim, estimamos que
baforadas, enquanto a caixa de 2 carvões foi superproduzida na embora discos de carvão auto-iluminados sejam usados em uma fração
segunda metade da sessão, levando a uma carga de tabaco importante das sessões de fumar narguilé, a maioria
excessivamente queimada (ou seja, totalmente enegrecida) pelo do consumo de narguilé, especialmente em restaurantes e cafés,
as sessões terminam. A condição de carvão 1,5 pareceu dar é feito com carvão tradicional, que é inerentemente heterogêneo em
uma taxa de produção de fumo relativamente consistente durante toda tamanho e formato. No interesse
a sessão de fumagem, deixando ao mesmo tempo uma parte da carga Para reproduzir experimentos e simplificar os procedimentos, usamos
de tabaco relativamente húmida, como é normalmente o caso os discos padrão de carvão de acendimento rápido.
com fumo real. Para ajustar ainda mais o procedimento de carvão 1,5,
o momento da segunda aplicação de carvão foi
passou da 80ª para a 105ª tragada, produzindo frações de queimadura 2.2.3. Filtrar alterações
de tabaco um pouco mais baixas, próximas da mediana Conforme mencionado acima, foram utilizados oito pares de filtros
Fração de queima de 46% encontrada em nosso relato anterior durante cada execução para evitar sobrecarga do filtro. O filtro
estudo piloto de campo com 28 fumantes (Shihadeh, 2003). tabela 1 pares foram alterados em 40, 60, 80, 95, 110, 125, 140,
fornece um resumo do TPM e da taxa de queima de tabaco e 171 inalações, rendendo uma carga média de 90 mg
TPM por filtro.

20
2.3. Análises químicas
18 2 carvões

16 Foram realizadas trinta e duas sessões repetidas de tabagismo.

Para cada corrida para fumar, o peso do
14
cabeça carregada e embrulhada em papel alumínio foi registrada antes e depois
12
1,5 carvões cada corrida de defumação, assim como os porta-filtros e o carvão
10 discos. O TPM foi determinado como o aumento de peso total
TPM
dos 16 conjuntos de suporte de filtro.
8

1 carvão
Para determinar o teor de água, as 16 almofadas filtrantes foram
6 combinados em uma garrafa de 250ml e agitados por 20min com
4 carvão adicionado 50ml de etanol. 5 ml da solução resultante foram então
adicionado à câmara de reação de um aparelho KF modificado
2
(Aquametry II, Barnstead-Thermolyne). Usando filtros em branco com
0
quantidades conhecidas de água, descobrimos que
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180
este procedimento de extração foi quantitativo para a precisão do
número de sopro
instrumento KF. O conteúdo de água foi determinado desta forma
Figura 2. Evolução do TPM médio intervalar com número de puffs para um durante cinco sessões repetidas de fumo.
variedade de cronogramas de aplicação de carvão. Todas as programações começaram com um único
Para quantificar a nicotina, as 16 almofadas filtrantes de cada
disco de carvão; na 80ª baforada, e metade adicional ou todo o carvão foi
sessão de fumo foram combinadas e extraídas em acetato de etila.
adicionado. O cronograma de carvão 1,5 pode ser visto como proporcionando uma distribuição relativamente uniforme

produção de TPM durante toda a sessão de fumar e foi utilizado neste e tolueno e analisados por GC-MS de acordo com métodos padrão
estudar. (Siegmund et al., 1999). A nicotina era
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determinado desta maneira para cinco sessões repetidas de
tabagismo. '' Alcatrão '' ou material particulado seco sem nicotina
(NFDPM) foi então calculado para os dados agregados
subtraindo o teor médio de água e a nicotina média do TPM médio
encontrado. Porque
o TPM e o teor de água foram encontrados em três
ordens de grandeza maiores que a nicotina, o
O NFDPM era essencialmente igual ao DPM.
Para quantificar a HAP, utilizou-se o método descrito por Brunne-
mann et al. (1994) foi adotado com algumas modificações. As 16
camadas de filtro foram combinadas e extraídas
usando sonicação em uma solução de diclorometano a 10%
em acetonitrila. A solução resultante foi concentrada
por evaporação e limpo por eluição com mistura de hexano
diclorometano 80:20 através de uma coluna de sílica gel tratada
com sulfato de sódio. A mistura foi
depois evaporou-se até à secura sob azoto e redissolveu-se em
acetonitrilo. A solução de acetonitrila foi então
analisado por HPLC (Hewlett Packard, Modelo 1100) acoplado a
um detector UV de matriz de diodos. Cromatográfico
a separação foi conseguida usando um C18 de 25 cm · 4,6 mm
coluna, com um programa de solvente começando com 50%
mistura de acetonitrila-água por 3 min, seguido por uma
Rampa linear de 10 min até 100% de acetonitrila e finalizando
com mais 25 minutos nesta condição. PAH eram
identificado pelos espectros registrados do detector UV,
e confirmado pelo aumento dos padrões. Os PAH foram
quantificados utilizando o método de adição padrão com uma mistura
de 13 PAH: antraceno, benzo(a)antraceno, benzo(a)-
pireno, benzo(b)fluoranteno, benzo(g,h,i)perileno,
benzo(k)fluoranteno, criseno, bibenzo(a,h)antraceno,
fluoranteno, flúor, indeno(1,2,3-cd)pireno, fenano-treno e pireno.
As quantificações foram feitas neste
maneira para 10 sessões repetidas de fumar.
O monóxido de carbono foi quantificado para cada uma das
cinco sessões repetidas de fumo usando um analisador
eletroquímico de CO calibrado (Monoxor II, Bacharach Inc.) que
foi conectado ao saco de amostra após o fumo
sessão foi encerrada. Um número limitado de experimentos foi
feito com um CO infravermelho não dispersivo.
analisador (Emission Systems Inc., Modelo 4001) para validar a
medição. Concentrações de volume medidas
de CO foram relatados em unidades de massa multiplicando por
o volume total de fumaça aspirada e a densidade do CO
à temperatura e pressão ambiente. Os primeiros mortos
O volume entre o ponto de amostragem e o saco de recolha foi
insignificante para a precisão do instrumento de CO, e
foi, portanto, excluído da análise.
3. Resultados
3.1. TPM e tabaco consumido
O TPM médio para as 32 sessões repetidas de tabagismo foi
de 1,38 ± 0,26 g (média ± desvio padrão),
659
enquanto a média de tabaco consumido foi de 4,7 ± 0,4 g.
A grande variedade de tabaco consumido nas 32 réplicas
sessões provavelmente reflete a variabilidade inerente ao
empacotamento manual da mistura de tabaco na cabeça do narguilé, como
bem como diferenças na história da queima do carvão
disco causado pelos vários graus de fratura, desintegração e
migração do carvão na cabeça que resultou
de sua “percussão” na frequência borbulhante.
A Figura 3 mostra que o TPM e o tabaco consumido são
correlacionado linearmente. Para contabilizar as variações entre
experimentos, todas as determinações químicas foram relatadas
por g de TPM para a sessão de fumar em questão. O
a quantidade média de analito por grama de TPM foi então
dimensionado pela média de TPM para as 32 réplicas de tabagismo
sessões para inferir as quantidades médias populacionais para
''alcatrão'', nicotina, CO e HAP selecionados da ''média''
sessão de fumar.
3.2. Umidade
As determinações médias do conteúdo de água para cinco
sessões repetidas de fumo foram de 0,416 ± 0,019
g/g TPM. A média do TPM nessas cinco sessões de tabagismo foi
de 1,45 ± 0,10 g.
3.3. Monóxido de carbono
Determinações de monóxido de carbono para cinco repetições
sessões de fumar produziram uma média de 105 ± 4 g/g
TPM. O TPM médio para estas cinco sessões de fumo
foi de 1,36 ± 0,11g.
3.4. Nicotina e “alcatrão”
As determinações de nicotina para cinco sessões de fumo
rendeu uma média de 2,15 ± 0,049 mg/g TPM. O TPM
para essas cinco sessões foi de 1,36 ± 0,21 g. Usando isso
2,5
2
1,5
TPM
R2 = 0,52
1
0,5
0
3 3.5 4 4,5 5 5.5 6
tabaco consumido (g)
Figura 3. TPM e tabaco consumidos em 32 sessões repetidas de fumo
consistindo em 171 baforadas de 0,53 l de volume, 2,6 s de duração e 17 s
intervalo entre sopros.
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660 A. Shihadeh, R. Saleh / Toxicologia Alimentar e Química 43 (2005) 655–661

percentual e o encontrado anteriormente para o teor de água, foi mesa 2

calculado o ''alcatrão'' médio das 32 sessões Substâncias encontradas na fumaça do argileh para uma sessão de fumar com 171 baforadas.
Média aritmética relatada para 5 sessões repetidas de fumar na máquina (10
ser 802 mg.
sessão de fumar para determinações de HAP). Resultados anteriores usando 100,
tragadas de três segundos, bem como dados de fumaça de cigarro são mostrados para
3.5. PAH comparação

Atual Shihadeh Solteiro

Foi possível identificar positivamente criseno, fluoranteno, antraceno, estuda (2003)b cigarro
pireno e fenantreno no Tabaco consumido, g 4.7 3,0
condensação de fumaça de narguilé. Destes, apenas os sinais '' Alcatrão '', mg 802 242 1–27c (11.2)d
correspondentes a criseno, fluoranteno e fenantreno Nicotina, mg 2,96 2,25 0,1–2c (0,77)d
CO, mg 143 1–22c (12.6)d
foram bem resolvidos e quantificáveis. Esses compostos
exibiu recuperações médias de 32%, 64% e 93%, PAH
Fenantreno, lg 0,748 0,2–0,4c
respectivamente usando o método de extração e limpeza
Fluoranteno, lg 0,221 0,009–0,099e
descrito acima. Os cromatogramas estavam fortemente
Crisene, lg 0,112 0,004–0,041e
povoado com picos possivelmente resultantes dos vários aromas da
a
Dez gramas de mistura de tabaco usada na cabeça de arghileh, 171 2,6-
pasta de tabaco de moassel. Determinações para HAPs em dez
segundas tragadas de 0,53 l de volume cada, espaçadas de 30 s.
sessões repetidas de tabagismo b
Dez gramas de mistura de tabaco usada na cabeça de arghileh, 100 tragadas de
rendeu 0,543 ± 0,151 lg/g de fenantreno TPM, 0,160 ± três segundos com volume de 0,3 l cada, espaçadas de 30 s.
c
0,053 lg/g de fluoranteno TPM e 0,081 ± 0,044 lg/g Intervalos relatados para cigarros comerciais, Jenkins et al. (2000).
d
Criseno TPM. O TPM médio para essas dez sessões Média aritmética para 1.294 marcas de cigarros nacionais testadas pela FTC
para 1998 (FTC, 2000).
foi de 1,36 ± 0,22g. e
LGC (2002).

4. Discussão a composição do “alcatrão” deveria ser direcionada para produtos de

Usando um modelo de fumo baseado em fumo detalhado
medições de campo topográfico, novos dados foram
gerado na composição da fumaça de um narguilé
carregado com 10g de mistura de tabaco moassel e abastecido
com 1,5 discos de carvão de acendimento rápido aplicados de forma
maneira a fornecer taxas realistas de produção de aerossóis
e frações de queima de tabaco. Como esperado, a atualização
modelo de tabagismo, que prescreve uma dose mais intensiva
regime de tabagismo do que o usado em nosso estudo anterior, resultou
em quantidades significativamente maiores de nicotina e alcatrão.
Além disso, os PAH e o CO, que não foram anteriormente
relatados para aerossóis de fumaça de narguilé gerados de forma
realista, foram quantificados. Limitações do Estudo
incluem a possibilidade de que o tipo de carvão e o cronograma de
aplicação não sejam representativos do fumo real,
e que poucos compostos PAH poderiam ser quantificados com
confiança.
Os resultados estão resumidos na Tabela 2. Em comparação
ao nosso estudo anterior, a quantidade de tabaco consumido,
a nicotina e o “alcatrão” aumentaram substancialmente,
afirmando a importância do regime de tabagismo quando
investigando a química dos aerossóis da fumaça do tabaco.
Embora a nicotina produzida numa sessão de fumo seja de
magnitude semelhante ao que seria encontrado em vários
cigarros, o '' alcatrão '' é de uma a duas ordens de grandeza
maior, assim como o CO. ''Alcatrão'' é normalmente tomado como uma
indicação da quantidade de carcinógenos presentes no
fumaça de cigarro (por exemplo, benzo(a)pireno, BaP, escamas
linearmente com a fumaça do cigarro ''alcatrão''). Contudo no
No caso do narguilé, as temperaturas muito mais baixas do tabaco
envolvidas (cerca de 450 C versus 900 C) implicam que
destilação simples, em vez de pirólise e combustão. Na verdade, com
base nos números apresentados na Tabela 2,
fenantreno por mg de “alcatrão” é aproximadamente 30 vezes maior
na fumaça do cigarro do que na fumaça do narguilé, indicando
que com relação ao HAP pirossintetizado, o cigarro
'' alcatrão '' é mais potente. O mesmo pode não ser verdade para
outros compostos cancerígenos, como específicos do tabaco
nitrosaminas, que já estão presentes no tabaco.
Apesar da menor concentração por mg de
alcatrão, os três PAH quantificados na fumaça, todos com 3 ou 4
compostos de anel, foram encontrados em quantidades muitas vezes
a de um único cigarro. Chrysene é um iniciador de tumor
enquanto o fluoranteno e o pireno (identificados, mas não quantificados)
são co-cancerígenos (Surgeon General, 1979). O
fato de que PAHs de 5 anéis, como o notório BaP, eram
não detectado neste estudo pode ser devido ao mascaramento por
compostos coeluentes na complexa fumaça do narguilé
matriz, ou pode indicar que estão presentes em quantidades abaixo
dos limites detectáveis. Desenvolvimento adicional do
São necessários procedimentos de quantificação de PAH para resolver
firmemente esta questão, embora seja geralmente aceite que
O BaP está presente onde quer que os PAH originários da combustão
compostos são encontrados. Além disso, trabalhos recentes sobre
A formação de PAH a partir da pirólise de catecol mostrou
que a cinética de formação de BaP exibe pseudo-primeira ordem
Parâmetros de Arrhenius muito próximos aos do criseno
(Ledesma et al., 2002), indicando que como o criseno é
encontrado em abundância, as condições no narguilé são
favorável para a formação de BaP. Gostaríamos, portanto, de alertar
contra a conclusão de que a ausência de BaP e
outros PAH de 5 anéis cancerígenos na Tabela 2 significa que
eles estão ausentes da fumaça do narguilé. Crisene em BaP
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A. Shihadeh, R. Saleh / Toxicologia Alimentar e Química 43 (2005) 655–661
as quantidades no “alcatrão” do cigarro são normalmente de 2–3:1.
Além disso, se os PAH forem sintetizados durante a sessão de fumar,
sua presença sugere fortemente que o precursor benzeno também
existe na fase de vapor da fumaça.
O alto CO relatado na Tabela 2 é provavelmente resultado da
combustão de carvão vegetal. O monóxido de carbono é considerado
o principal agente causador de doenças cardiovasculares entre
fumantes (Hoffmann et al., 1997). Vale a pena notar que a proporção
de CO para nicotina na fumaça do narguilé é de aproximadamente
50:1, em comparação com 16:1 para os cigarros.
Assim, se os fumantes de narguilé titulam a nicotina como fazem
alguns fumantes de cigarros, eles podem ser expostos a um CO
significativamente maior no decorrer da busca pela satisfação com a nicotina.
O mesmo se aplica aos PAH; O criseno, por exemplo, produz uma
proporção de nicotina de 40 ng/mg em comparação com 2–3 ng/mg
para a fumaça do cigarro. Assim, os fumadores que mudam de cigarros
para narguilé com a impressão de que a água filtra o fumo podem, na
verdade, expor-se a quantidades mais elevadas de PAH e CO.
Tomados em conjunto, os dados limitados até à data já indicam
que o fumo do narguilé provavelmente contém uma abundância de
vários dos tóxicos que se pensa tornarem os fumadores de cigarros
mais propensos ao cancro, doenças cardíacas e dependência.
Agradecimentos
Os autores agradecem Carol Sukhn, Sana Fayad e Osan Nashalian,
do Core Environment Laboratory da American University of Beirut,
pela realização das análises de GC-MS e HPLC. Os autores também
reconhecem o papel de Sima Azar no desenvolvimento da máquina de
fumar e de Nour El Lababidi e Ahmad Dahrouj na ajuda na execução
do estudo da máquina de fumar.
Este trabalho foi financiado pelo Conselho de Pesquisa Universitária
da Universidade Americana de Beirute e pela Secretaria de Pesquisa
para Controle Internacional do Tabaco do Centro Canadense de
Pesquisa para o Desenvolvimento Internacional.
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