Você está na página 1de 37

POLUIÇÃO ODORÍFICA

ANNA SZUCHMAN LARA


GABRIEL QUEIROZ BRUN
GUILHERME VINÍCIUS SILVA GOMES PEREIRA
MAICON JONATAN DA ROSA DE SOUZA
MATEUS ANDREATTA CALLEGARI

1 CURITIBA 2022
INTRODUÇÃO
• Poluição atmosférica;

• Qualidade de vida;

• Atividades que afetam a qualidade do ar;

Tabela 1 – Gases componentes da atmosfera

Fonte: Adaptado de ALVARES Jr. et al. (2002)

2
INTRODUÇÃO

Tabela 2 – Padrões de qualidade do ar segundo a resolução CONAMA


• Natureza da poluição;

• Efeitos da poluição;

• Principais poluentes;

Fonte: Adaptado de CONAMA (1990)

3
POLUIÇÃO ODORÍFICA

4
POLUIÇÃO ODORÍFICA
• Detecção dos odores;

• Efeitos físicos e psicológicos;

• Caráter e limite de detecção;

• Legislação;
Tabela 3 – Características das substâncias odoríferas

Substância com Natureza Odorífera


Elevada pressão de vapor Fase gasosa a temperatura e pressão ambiente
Hidrossolubilidade Necessidade de solubilização no muco nasal
Lipossolubilidade Células olfativas compostas de lipídeos

Fonte: Os autores, 2022.

5
5
PARÂMETROS ASSOCIADOS COM ODORES

Tabela 4 - Limites de percepção e toxidade de alguns compostos odoríferos (Base Molar)

• Percepção olfativa;

• Valor limiar de percepção do odor;

Fonte: Adaptado de SCHIRMER (2004)

6
PARÂMETROS
Figura 1 – Roda de odores
ASSOCIADOS COM
ODORES

• Unidade de odor;

• Caráter de um odor;

Fonte: Adaptado de McGinley e McGinley (2002)

7
PARÂMETROS ASSOCIADOS COM ODORES
• Intensidade de um odor;
Tabela 5 – Categorias de intensidade de odor

Fonte: Adaptado de BUONICORE; THEODORE e DAVIS (1992)

• A relação entre a intensidade do odor e a concentração é dada pela equação (1):

8
FONTES DE ODORES NO SETOR
INDUSTRIAL
• Duas categorias:

• Odores provenientes da fermentação; • Odores provenientes da indústria de transformação.

9
FONTES DE ODORES NO SETOR
INDUSTRIAL
ETE em Curitiba
• Atividades industriais que podem gerar grandes quantidades de odores:
• Abatedouros;
• Frigoríficos;
• Curtumes;
• Estações de Tratamento de Efluentes;
• Criações de animais;
• Refinarias de petróleos;
• Indústrias de solventes e tintas;
• Produção de celulose.

Indústria de Tintas
10
COMPOSTOS QUÍMICOS
RESPONSÁVEIS PELOS ODORES
Tabela 6 – Principais composto odoríferos sulfurados

• Compostos Sulfurados
• Sulfetos (-S)
• Mercaptanas (-SH)

Fonte: Adaptado de Clanton et Schmidt (2000)


11
COMPOSTOS QUÍMICOS
RESPONSÁVEIS PELOS ODORES
Tabela 7 – Principais composto odoríferos nitrogenados

• Compostos Nitrogenados
• Amônia;
• Aminas;
• Heterociclos.

Fonte: BELLI FILHO Paulo et al.


12
COMPOSTOS QUÍMICOS
RESPONSÁVEIS PELOS ODORES
• Compostos Oxigenados e Aromáticos: Tabela 8 – Outros compostos odoríferos oriundos de processos industriais

• Acrilatos;
• Butiratos;
• Acetatos;
• Ésteres;
• Éteres;
• Ácidos orgânicos;
• Aldeídos;
• Cetonas;
• Álcoois;
• Fenóis;
• Hidrocarbonetos.
13 Fonte: Adaptado de BELLI FILHO Paulo et al.
TÉCNICAS PARA MENSURAR
EMISSÕES DE ODORES

Técnicas analíticas Técnicas Sensoriais ou


químicas Olfatométricas

Cromatografia gasosa Olfatometria de campo

Tubos colorimétricos Ciência cidadã

Nariz eletrônico Inspeção de campo


14
CROMATOGRAFIA GASOSA

• Método físico-químico;

• Usa a tecnologia e os sentidos humanos;

• Separa, identifica e quantifica amostras de odorantes;

• O gás de arraste deve ser um gás inerte.

Desvantagem: Ineficiente para detecção de espécies


químicas inorgânicas (amônia e sulfeto de hidrogênio,
por exemplo).

15
TUBOS COLORIMÉTRICOS

• Os tubos contêm espécies químicas que reagem com o analito;

• O tempo de análise pode variar bastante;

• Limites de detecção variam entre 0,2 e 1 ppm.

Desvantagem: espécies químicas semelhantes (aminas e


amônia, por exemplo) são detectadas simultaneamente
no momento da análise, gerando medidas incertas
parta o componente específico.
16
NARIZ ELETRÔNICO
• Também conhecido como monitorização instrumental;

• Similar ao olfatômetro;

• Mede a concentração ou intensidade odorante.


Figura 2 – Esquematização

Fonte: De Melo Lisboa et al, 2009.


17
OLFATOMETRIA DE CAMPO

• A amostra é uma mistura desconhecida de substâncias;

• Única maneira efetiva de “quantificar” o odor;

• O teste envolve uma banca de analisadores e é conduzido num


olfatômetro;
Figura 3 – Esquema

18 Fonte: RAGNON e POURTIER, 2009


CIÊNCIA CIDADÃ E INSPECÇÃO DE CAMPO

Avaliadores treinados
Análise sensorial
realizam inspeções de
realizada pelo próprio
campo para avaliar a
nariz humano
dispersão do odor

19
TÉCNICAS DE TRATAMENTOS
Figura 4 – Classificação dos métodos

20
Fonte: Le Cloriec et al.
TÉCNICAS DE TRATAMENTO

Figura 5 – Incinerador catalítico

Fonte: Odour Guindance 2010 - SEPA

21
TÉCNICAS DE TRATAMENTO
Tabela 9 – Classificação de processos biológicos

Fonte: Lopes de Souza 2007

Figura 6 – Esquema das configurações do tratamento biológico de odores

22
Fonte: Pré et al.
TÉCNICAS DE TRATAMENTO
Tabela 10 – Exemplo de microorganismos utilizados

23 Fonte: Le Cloriec et al.


TÉCNICAS DE TRATAMENTO
Figura 7 – Principais configurações de torre de absorção

24
Fonte: Le Cloriec et al.
TÉCNICAS DE TRATAMENTO

Tabela 11 – Odorantes relacionados ao meio de absorção

Fonte: IPPC H4- Part 2

25
TÉCNICAS DE TRATAMENTO
Tabela 12 – Adsorção com carvão ativado

Fonte: Le Cloriec et al.


26
TÉCNICAS DE TRATAMENTO

Figura 8 – Gráfico de vazão x concentração do poluente

Fonte: Le Cloriec et al.


27
TÉCNICAS DE TRATAMENTO

Tabela 13 – Comparativo de custos com as técnicas de desodorização

Fonte: Le Cloriec et al.

28
29
ESTUDO DE CASO
Vista aérea da localização do frigorífico e das reclamações recebidas

30
Fonte: Google Earth (2010)
ESTUDO DE CASO
 Fortes odores detectados nas proximidades

 Tanques possuem cobertura, porém sem estanqueidade e


método de captação e tratamento de odores

 Compostos odoríficos liberados direto na atmosfera

Decantadores

Recomendações para minimizar as emissões


 Enclausuramentos dos tanques para evitar a emissão de
compostos odoríficos

 Instalar um sistema de exaustão para evitar a pressurização e


permitir a transferência dos gases para o sistema de tratamento

 Utilizar técnica de tratamento físico-químico como a absorção


31
Tanque Flotador
ESTUDO DE CASO
Reator Anaeróbio  Fortes presença de odores no topo dos reatores

 Não são cobertos e não possuem sistema de captação dos gases


formados

 Compostos odoríficos liberados direto na atmosfera

Recomendações para minimizar as emissões


 Enclausuramentos dos reatores e enviá-los a um sistema de
desodorização

 Como os gases gerados apresentam alta concentração e


evitando sua diluição com o ar, poderia utilizar a técnica de
incineração

32
ESTUDO DE CASO
 Emissões geradas nos processos de cozimento são tratadas num
lavador de gases e seu efluente é enviado à ETE.

 Próximo ao lavador, não percebe a emissão de odores, mas são


derivados de procedimentos de manuseio e movimentação no
interior das instalações, sendo esses gases enviados para à
atmosfera por exaustão

Recomendações para minimizar as emissões


 Melhorar a vedação de aberturas do pavilhão

 Construir um sistema mais eficaz de captura dos vapores


gerados

33 Chaminé de exaustão da graxaria


ESTUDO DE CASO

34
CONCLUSÃO

• A percepção dos odores varia para cada indivíduo;

• O impacto de um odor resulta da combinação de fatores que


interagem coletivamente, conhecidos como FIDOL;

• A mensuração dos odores é feita de maneira direta ou subjetiva;

• Na maioria dos casos, os problemas com odores podem ser reduzidos


com medidas simples.
35
REFERÊNCIAS
BALBINOT, A. Poluição Olfativa – Composição, mensuração e
técnicas de tratamento de efluentes com potencial odorífero.
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Engenharia.
Departamento de Química. Porto Alegre, 2010.

BELLI FILHO Paulo et al. Tratamento de odores em sistemas de


esgotos, p 1-3.

BUONICORE, A.; THEODORE, L. e DAVIS, W. Air Pollution


Engineering Manual. Van Nostrand Reinhold .1992.
CLANTON C.J et SCHMIDT D.R. Sulfur compounds in gases emitted
from sores manure. American Society of Agricultural Engineers, vol 43,
2000. P. 1229-1231.

FREITAS, C.A.L.B. Valiação do impacto de substâncias odoríferas


geradas a partir da emissão de gases oriundos de uma indústria
química. Centro Universitário das Faculdades Associadas de Ensino,
UNIFAE. São João da Boa Vista, 2013.

MCGINLEY C.; MCGINLEY M. Odor testing biosolids for decision


making. Apresented at: Water Environment Federation Specialty
36 Conference: Residuals and Biosolids Management Conference. Austin,
TX: 3-6 March, 2002.
REFERÊNCIAS
SCHIRMER, W. N. Amostragem, análise e proposta de tratamento de
compostos orgânicos voláteis (COV) e odorantes em estação de
despejos industriais de refinaria de petróleo. Dissertação (Mestrado
em Engenharia Ambiental) – Universidade Federal de Santa Catarina.
140p. 2004.

37

Você também pode gostar