Caso 2sistema Respiratório Superior - 240226 - 010613

Você também pode gostar

Você está na página 1de 9

SISTEMA RESPIRATÓRIO SUPERIOR

FUNÇÕES

• TROCA GASOSA

- Facilita a troca de oxigênio e dióxido de carbono entre o sangue e o ambiente.

- Isso ocorre nos alvéolos, onde o oxigênio do ar inspirado passa para o sangue e o dióxido de carbono é
exalado.

• REGULAÇÃO DO PH SANGUÍNEO

- O sistema respiratório desempenha um papel crucial na manutenção do equilíbrio ácido-base do corpo

- Eliminando dióxido de carbono, um ácido fraco

• PROTEÇÃO:

- Através do muco e dos cílios nas vias aéreas superiores, o sistema respiratório filtra patógenos e partículas

- Protegendo os pulmões de infecções e irritações

- Além de aquecer e umidificar o ar

• FONAÇÃO:

- A laringe, com suas cordas vocais, é essencial para a produção de sons, permitindo a fala.

• OLFATO

- As fossas nasais contêm receptores olfativos, tornando possível a percepção de odores.

EPITÉLIO RESPIRATÓRIO
Pq aprender?
O entendimento detalhado dessas células que compõem o epitélio respiratório é essencial para
a compreensão de diversas condições que podem afetar o sistema respiratório. Por exemplo a
fibrose cística ocorre pq há uma produção anormal dde muco pelas células caliciformes e leva a
obstrução das vias aéreas. Tem o tabagismo tbm que vamos ver que afetam as células ciliadas.

- Tecido especializado que reveste maior parte das vias aéreas do sistema respiratório

- É predominantemente PSEUDOESTRATIFICADO COLUNAR CILIADO com células caliciformes


- O epitélio respiratório repousa sobre uma lâmina basal, abaixo observam-se uma lâmina
própria fibrosa rica em glândulas do tipo misto, e sua secreção ajuda a manter úmidas as
paredes das cavidades nasais

- OBS: Predominante na porção condutora, mas não onde ocorre a troca gasosa

• CÉLULAS CALICIFORMES

- Produção e secreção de muco rico em polissacarídeos.


- Esse muco desempenha um papel importante na captura de partículas estranhas, como poeira e
microorganismos, e ele carreia essas partículas facilitando a remoçaõ pelo sistema respiratorio
- LOCALIZAÇÃO: Nas áreas mais expostas ao ar, o epitélio apresenta maior número de células
caliciformes. Por isso a quantidade delas diminui a medida que se aproxima dos bronquíolos

• CÉLULAS CILIADAS

- Possuem cerca de 300 cílios na superfície apical

- Embaixo dos corpúsculos basais tem numerosas mitocôndrias (produzem ATP para possibilitar os
batimentos ciliares).

- Esses cílios batem ritmicamente para mover o muco, junto com partículas capturadas, em direção à
faringe, onde pode ser engolido ou expectorado

- LOCALIZAÇÃO: Toda extensão do trato respiratório, desde a nasofaringe até os bronquíolos

• CÉLULAS EM ESCOVA

- Essas células possuem microvilosidades na superfície

- Desempenham papel sensorial, monitorando a composição do ar inalado

- LOCALIZAÇÃO: intercaladas entre as células ciliadas e caliciformes

• CÉLULAS BASAIS

- Atuam como células progenitoras. Ou seja, se diferencia nas outras células do epitélio respiratório

- Muito importantes para regeneração e reparo do epitélio

- LOCALIZAÇÃO: Na base do epitélio

• CÉLULAS GRANULARES OU KULCHITSKY

- São parte do sistema neuroendócrino

- Secretam peptídeos e serotonina, que podem ter funções parácrinas ou autócrinas

- LOCALIZAÇÃO: Distribuídas de forma dispersa por todo o epitélio respiratório.


FOSSAS NASAIS
- Principal via de entrada para o ar inalado

- Elas são divididas em três regiões: o vestíbulo, a área respiratória e a área olfatória.

VESTIBULO NASAL (vide tablet)

ÁREA RESPIRATÓRIA

- Maior parte das fossas nasais

- Epitélio pseudoestratificado ciliado

- região ricamente vascularizada, isso ajuda no aquecimento do ar inalado

- Função: aquecer, umidificar e remover partículas menores através do muco. Os cílios movem
em direção a faringe pra ser engolido ou expectorado

ÁREA OLFATORIA

- LOCALIZAÇÃO: parte superior das fossas nasais

- área menor que a respiratória

- Epitélio olfatório especializado

Contém: células receptoras olfativas; Celulas de suporte e céls basais

- células receptoras olfativas: são neurônios bipolares com cílios na superfície apical que
detectam moléculas pdpríferas

- células de suporte: fornecem suporte estrutural e metabólico pras células receptoras

- Na lamina própria (tec conjuntivo frouxo) contem células de Bowman: secretam fluido pra
dissolver moléculas odoríferas, facilitando sua detecção pelas células receptoras

DISTURBIOS NAS FOSSAS NASAIS PODEM CAUSAR RINITE ALERGICA, SINUSITE, ANOSMIA....

NASOFARINGE (vide tablet)

LARINGE

- Orgão complexo e multifuncional

- Atua na respiração, FONAÇÃO e proteção das vias aéreas inferiores

-Estrutura: peças cartilaginosas unidas por tecido conjuntivo fibroelastico

São as principais: cartilagem tireoide, cricoide e aritenoides

- HIALINA: tireoide e cricoide, fornecendo estrutura e suporte

- ELASTICA: aritenoides, pois permitem movimento e ajuste fino na produção do som

- A mucosa da laringe forma as pregas vocais (verdadeiras cordas vocais) e as pregas


vestibulares (falsas)
- as pregas vocais são essenciais para a fonação , vibram para produzir o somquando o ar passa
através delas

- Revestimento????

- Acima das pregas, na região supraglotica, é epitélio respiratório pseudoestratificado ciliado

- Nas pregas e epitélio é escamoso estratificado, que dá mais resistência pra vibração durante a
fonação

- Abaixo das pregas, região subglotica, volta a ser epitélio respiratório

SEIOS PARANASAIS

- São cavidades aéreas localizadas nos ossos do crânio e da face, que se comunicam com as
fossas nasais

- São eles frontais, etmoides, esfenoides e maxilares

- Cavidades: são revestidas por mucosa e preenchidas com ar. Elas ajudam a reduzir o peso do
crânio e influenciam a qualidade da voz.

- Epitélio: epitélio respiratório pseudoestratificado ciliado, semelhante ao encontrado nas

fossas nasais.

- Lâmina própria: Contem glândulas seromucosas que secretam muco, ajudamdo a umidificar e
limpar o ar inalado

- EXAME FISICO
- Verificar possíveis alterações relacionadas ao sistema respiratório

- Inspeção; palpação; auscuta : nessa ordem e feito sem camisa para não interferir nos sons

- Palpação: procurar áreas sensíveis e ver o frêmito toracovocal (famoso 33)

- Auscuta : mais importante

- AVALIAÇÃO DA RESPIRAÇÃO:

- Verificar frequência respiratória e esforço respiratório (dá pra ver até antes do exame físico)

- Coloração: cianótico? Não está com troca gasosa normal; não está bem oxigenado

- Ruídos audíveis: Sibilo mesmo sem auscuta respiratória com o esteto

- usa musculatura acessoria ? retração dos espaços intercostais

- Respiração torácica ou abdominal

PALPAÇÃO

- procurar áreas sensíveis e ver o frêmito toracovocal

Fremito toracovocal: colocar parte mais dura da palma da mão no tórax do paciete, fazer uma pequena
pressaoe pedor 33, ver o som reverberando. Se tiver algo entre o parênquima pulmomar e a mao como
ex: um derrame pleural, um pneumotórax, esse som não sera transmitido tao bem. Então o frêmito
estará diminuído ou abolido

- PERCUSSÃO:

técnica que avalia os sons produzidos pelo contato da mão com a parece torácica nos espaços
intercostais

Pedir para paciente cruzar os braços (mãos nos ombros) para afastar as escápulas , fazer a auscuta em S,
para obter um padrão de comparação dos 2 pulmoes e os hemitorax

- Normal: som claro atimpanico ou pulmonar

- MURMÚRIO VESICULAR: pede para o paciente fazer uma respiração profunda; respiração pelo nariz

Se estiver ouvindo murmúrio vesicular bem distribuído, sem nenhum ruido adventício, acabou o exame.

Mas se vc ouve algum ronco ou ruído, pode ser um ruido de transmissão de alguma obstrução das vias
aéreas superiores ,

ele pode estar com o nariz obstruído por exemplo

- Pede para repetir respirando pela boca, se o som sumir é pq era obstrução superior, se continuar vem
das vias aéreas inferiores

AUSCUTA

- Sibilos : mais agudos e contínuos – mostra obstrução das vias aéreas

- Roncos: mais grave. Caracterizar onde está ouvindo e se não é de transmissão


TABAGISMO
- Apresenta 4.000 substâncias e, desse grupo, 250 são tóxicas e 50 são cancerígenas; aos exemplos da

- nicotina,

- monóxido de carbono e

- alcatrão

Causam hiperplasia e metaplasia das células escamosas e caliciformes do trato respiratório

- espessamento do epitélio da laringe,

- acúmulo de macrófagos alveolares pigmentados

- atrofia do epitélio olfativo

- Estão presentes também na fumaça, intermediários de oxidação mais estáveis, os

aldeídos, com potencial de induzir estresse oxidativo endógeno e inflamação.

- Esses aldeídos causam remodelamento epitelial com aumento do número de células caliciformes e
hipertrofia das células mucosas,

- as quais propiciam um aumento considerável na produção de muco e geram prejuízo ao transporte


mucociliar com consequente acúmulo de secreção e instalação de processos inflamatórios da mucosa
brônquica, levando a um aumento de morbidade por doenças respiratórias (TACAO et al., 2014)

- Dessa forma, esses elementos são responsáveis pelo desmantelamento fisiológico do corpo em nível
geral, a partir, principalmente, da hiperplasia e metaplasia das células escamosas e caliciformes do trato
respiratório, resultando em espessamento do epitélio da laringe, acúmulo de macrófagos alveolares
pigmentados e atrofia do epitélio olfativo

- o revestimento interno do aparelho respiratório não suporta a toxicidade nem a alta temperatura da
fumaça e

- começa a sofrer um processo de substituição de células. Dessa forma, a produção de muco aumenta
muito em razão da capa protetora do tecido epitelial, que reveste as vias aéreas e pode ajudar a expelir
os elementos irritantes que foram inalados

- A exposição às substâncias tóxicas da fumaça do tabaco causa inflamação ativa com acúmulo de
neutrófilos, macrófagos e linfócitos no pulmão.

- Elastases, citocinas e oxidantes são liberados, causando proteólise da matriz extracelular e lesão
epitelial

- A inflamação crônica pode induzir a condições como asma, enfisema e bronquite.


CRIANÇAS

Este estudo visou avaliar a associação entre sintomas, morbidade e hospitalizações por causas
respiratórias em crianças de seis a dez anos e o fumo passivo no ambiente domiciliar. A hipótese
estudada é de que as crianças, com exposição ao tabagismo passivo, apresentam mais morbidade
respiratória

- Os resultados do estudo mostram que as crianças expostas ao tabagismo passivo domiciliar


apresentaram sintomas respiratórios como tosse, chiado no peito, respiração rápida e dor ou secreção
no ouvido. Na faixa etária aqui estudada, a tosse foi o sintoma mais prevalente

- Crianças expostas ao tabagismo passivo demonstram risco aumentado para a apresentação de


sintomas respiratórios como taquipneia, retração subdiafragmática, além de morbidades respiratórias.

PQ CRIANÇAS TEM MAIS SUSCETIBLIDADE?

- A fragilidade infantil, com relação à exposição ao tabagismo passivo, dá-se não só pelas vias aéreas
curtas, imaturidade imunológica e maior tempo em casa

- mas também por falta de conhecimento dos pais, especialmente nas classes socioeconômicas menos
privilegiadas, sobre o tabagismo passivo e seus efeitos deletérios sobre a saúde da criança

ARTIGOS:

EFEITOS NOCIVOS DO TABAGISMO NO SISTEMA RESPIRATÓRIO: UMA REVISÃO ATUALIZADA DA


LITERATURA1 Ana Beatriz Santos Pisciotta

Associação entre doenças respiratórias e fumo passivo domiciliar em crianças de 6 a 10 anos atendidas
pela atenção primária em Araguaína/TO

INFECCÇOES E MICROBIOTA
- O trato respiratório superior é formado por uma variedade de cavidades anatômicas,

que incluem a cavidade nasal; seios da face; nasofaringe; orofaringe e laringofaringe,

contando com uma microbiota distinta em cada uma dessas localidades distintas

- O primeiro contato com microrganismos ao nascimento marca o

estabelecimento da microbiota respiratória. E a formação da microbiota respiratória tem

efeito no desenvolvimento do trato respiratório

- A microbiota da nasofaringe em adultos saudáveis é predominantemente colonizada por bactérias dos


gêneros Corynebacterium, Dolosigranulum, Staphylococcus, Streptococcus e Lactobacillus. Além disso,
fungos dos filos Ascomycota e Basidiomycota

- Mas a microbiota pode variar de indibiduo para individuo


- FATORES QUE INTERFEREM NA MICROBIOTA

- Idade

- estado imunitário,

- condições do ambiente,

- uso prévio de antimicrobianos,

- internação anterior e

- esquema de vacinação.

- Infecções respiratórias de origem viral são acompanhadas por desregulação da

microbiota (MARSLAND et al., 2015; LI et al., 2019). A interação estabelecida entre

hospedeiro, patógeno e microbiota residente durante quadros de infecção podem induzir

perfis de disbiose no hospedeiro

- A microbiota influencia significativamente a imunidade do hospedeiro,

desenvolvendo papel crucial no combate a invasões de origem viral. Uma microbiota

saudável ajuda a manter uma imunidade robusta contra o ataque de patógenos, ao passo

que uma microbiota desregulada pode aumentar a suscetibilidade a uma infecção viral (LI

et al., 2019)

- Sendo assim, alterações na estrutura da comunidade microbiana do hospedeiro resultam em uma


maior suscetibilidade a infecções de origem viral, uma vez que essas mudanças podem tornar o

sistema imune incapaz de limitar e frear as infecções causadas por patógenos virais

COVID

- A microbiota coloniza as áreas por onde o vírus se liga para infectar o hospedeiro; assim, é especulado
que a microbiota e o vírus invasor interajam, alterando o ambiente do trato respiratório. Por meio de
diferentes mecanismos moleculares, a microbiota pode desempenhar papéis chaves que impactam na
progressão ou prevenção de condições patológicas infecciosas de maneira direta por meio de
competição com o patógeno e indireta via modulação imunológica

- Por exemplo, a microbiota contribui com a produção de moléculas sinalizadoras que influenciam na
ação das células imunes frente a uma resposta imunológica contra infecções causadas no ser humano

- Na COVID-19, as narinas são uma das principais portas de entrada do SARS-CoV-2 (GALLO et al., 2020),
pois a enzima ACE2 é altamente expressa nas células do epitélio nasal e trato respiratório superior,
consolidando um importante indicador para entender a patogênese da COVID-19
Laringite: Vírus (influensae tipo A e B, adenovirus, parainfluensae)

Laringotraqueobronquite: vírus e Mycoplasma pneumoniae (raro)

Epiglotite: Haemophilus influenzae tipo B (diagnóstico clínico ou hemoculturas>50% dos casos são
bacterêmicos, podem confirmar a etiologia)

Faringite e amigdalite: Streptococcus pyogenes (Grupo A)

Vírus (causa primária)

Streptococcus spp. (beta hemolítico) Grupos C,G, F (raros)Angina de Vicent (anaeróbios)

Rinite: vírus

Swab de orofaringe: para verificar qual bactéria

- SINUSITE

Agentes etiológicos mais comuns: Haemophilus influenzae(sinusite) S. pneumoniae

Moraxella catarrhalisS. pyogenes

- Anaeróbios

- Na maioria dos casos o diagnóstico é feito através da história clínica, estudo radiológico, e outras
técnicas como tomografia, ressonância magnética.

Não coletar swab nasal!!!! Amostras obtidas com swabda

nasofaringe ou narina anterior, escarro e saliva são inaceitáveis para o diagnóstico microbiológico de
sinusites.

Se necessário diagnóstico laboratorial, a coleta é feita por punção, sempre durante cirurgia.

Você também pode gostar