Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 207

@apostilavet

MARIA EDUARDA CABRAL

GUIA DO
Estagiário
PEQUENOS ANIMAIS

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


SUMÁRIO
Exame Clínico ____________________________________________________ p.3
Parâmetros Vitais ________________________________________________ p.9
Exploração Física ________________________________________________ p.16
Contenção Física ________________________________________________ p.19
Contenção Química _____________________________________________ p.23
Aferição da Pressão Arterial _____________________________________ p.33
Pulso Arterial ___________________________________________________ p.36
Glicemia ________________________________________________________ p.40
Seringas e Agulhas _____________________________________________ p.43
Coleta de Sangue _______________________________________________ p.48
Tubos de Coleta ________________________________________________ p.60
Cateteres _______________________________________________________ p.70
Acesso Venoso _________________________________________________ p.72
Fluidoterapia ___________________________________________________ p.78
Administração de Medicamentos _______________________________ p.95
Emergência ____________________________________________________ p.107
Nutrição _______________________________________________________ p.129
Instrumentos Cirúrgicos _______________________________________ p.139
Mesa Cirúrgica _________________________________________________ p.155
Fios de Sutura _________________________________________________ p.156
Tipos de Sutura ________________________________________________ p.162
Clorexidina ____________________________________________________ p.184
Toracocentese _________________________________________________ p.186
Abdominocentese _____________________________________________ p.187
Coloração das Fezes ___________________________________________ p.188
Coloração da Urina _____________________________________________ p.191
Teste de Schirmer ______________________________________________ p.192
Vacinas ________________________________________________________ p.193
Transfusão de Sangue ________________________________________ p.200
Curativos ______________________________________________________ p.202
Intoxicação ____________________________________________________ p.203
Convulsão _____________________________________________________ p.206
PROIBIDO O COMPARTILHAMENTO E REVENDA SEM A AUTORIZAÇÃO PRÉVIA
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
DESSE MATERIAL
@apostilavet

Para um exame clínico bem


executado, é importante que
Exame
todo veterinário crie sua Clínico
sequência de exame para ser
bem realizada em todos os
pacientes.
O exame clínico é constituído pela:
- Resenha (identificação do animal): espécie, nome, sexo,
idade, castrado ou inteiro, raça do animal, dados do tutor...
- Anamnese: é a investigação histórica do animal.
- Exame físico e exames complementares.

Resenha
A resenha é a parte do exame clínico que faz a identificação
do animal.
Sendo que os mais importantes dados coletados nesse
momento, são:
- Espécie.
- Nome do animal.
- Raça.
- Sexo.
- Idade.
- Castrado ou Inteiro.
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.3
@apostilavet
Exame Clínico

DUDA, ALGUMAS FICHAS DE RESENHA POSSUEM A


PARTE PARA PREENCHER A PELAGEM DO ANIMAL,
POR QUÊ?
Pois os animais de PELAGEM ESCURA são mais resistentes aos
raios solares, enquanto que os animais de PELAGEM CLARA ou
que possuem ÁREAS DESPIGMENTADAS, estão mais suscetíveis
ao aparecimento de lesões causadas pelos raios solares.
ESPÉCIE
As espécies animais possuem uma suscetibilidade diferente
para as doenças infecciosas ou parasitárias, e, também, ao
comprometimento de determinados órgãos ou sistemas.
RAÇA
Geralmente, as raças puras são mais suscetíveis as doenças do
que as raças mistas ou animais sem raça definida (SRD).
SEXO
Determinadas doenças acometem somente animais de um
mesmo sexo, como por exemplo, a piometra que acomete as
fêmeas.
IDADE
Diversas doenças ocorrem com maior frequência em
determinada faixa etária, como a parvovirose que acomete
cães jovens.
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.4
@apostilavet
Exame Clínico

Anamnese
A anamnese é a etapa do exame clínico que o veterinário
realiza perguntas para guiar suas suspeitas diagnósticas.
É de extrema importância saber realizar as perguntas
corretamente, sem induzir o proprietário a uma resposta que
você queira.
EXEMPLO
Lyon, cão, macho, 4 meses, Shih Tzu, inteiro, pelagem
castanho-claro.
A queixa do tutor é que o animal não está se alimentando,
apresenta quadros de diarreia com sangue e vômitos.
ANAMNESE CORRETA

- O que está acontecendo com o Lyon? Faz quantos dias que o


senhor (a) notou que ele está mais tristinho, sem vontade de
comer e começou a ter esse quadro de diarreia?
- O Lyon já tomou alguma vacina?
- A vacina era nacional ou importada?
Nesse caso, se o tutor não souber responder, pode
perguntar se a vacina foi aplicada em alguma casa de
ração ou se ele levou ele no veterinário.
- Ele tem contato com outros cãezinhos na sua casa?
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.5
@apostilavet
Exame Clínico
- Os cães que moram com o Lyon, são vacinados? A vacina
está em dia ou só receberam a vacina quando eram
filhotinhos?
- Como está a diarreia dele? Tem a presença de sangue? Está
muito líquida?
- O senhor se lembra a quantos dias o Lyon está sem vontade
de comer?
- Ele come raçãozinha ou comida?
Muitos tutores tem receio em falar que o animal se
alimenta de comida caseira, nesse caso, você pode
perguntar se quanto tem algum churrasco não dá algum
pedacinho de carne para o animal ou algo do tipo.
As perguntas da anamnese continuam até o veterinário ter
todos os dados necessários.
A terminologia médica não deve ser utilizada para fazer as
perguntas para os tutores, mas SEMPRE descrever na ficha em
termos semiológicos!
ANAMNESE INCORRETA

- O que o Lyon tem? Você demorou quanto tempo desde o


começo dos "sintomas" para trazer ele no veterinário?
- O Lyon nunca tomou uma vacina né?
- Você deu vacina nacional para ele?
- Você tem outros animais também?
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.6
@apostilavet
Exame Clínico
- Os outros animais não foram vacinados não?
- O senhor não da ração para ele?
Nunca utilize as perguntas em tons de repressão, isso faz com
que o tutor tenha receio de falar a verdade por medo de ser
julgado.

Ouvir atentamente o tutor.


Evitar interrupções ou distrações.
Dispor de tempo para ouvir o tutor.
Não desvalorizar precocemente as informações.
Não se deixar levar pela suspeita do tutor.
Saber interrogar o tutor.
Não demonstrar tristeza, desprezo,
impaciência...

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.7
@apostilavet
Exame Clínico

Exame Físico
GERAL
- Avaliação do estado geral do animal: atitude,
comportamento, estado nutricional, grau de hidratação,
coloração de mucosas, exame de linfonodos...
- Parâmetros vitais: frequência cardíaca, frequência
respiratória, temperatura e afins.
ESPECIAL
- Exame físico direcionado aos sistemas envolvidos.

Exemplo Ficha de Anamnese


NOME:
RAÇA: SEXO: ( ) M ( ) F
IDADE: PELAGEM:
TUTOR: TELEFONE:
ENDEREÇO:
QUEIXA:

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.8
@apostilavet

Durante a rotina do estágio


no internamento ou nos
Parâmetros
ambulatórios, é de extrema Vitais
importância verificar os
parâmetros vitais dos animais.

Frequência Cardíaca
A avaliação da frequência cardíaca é possibilita pelo uso do
estetoscópio, possibilitando a AUSCULTA CARDÍACA.
DUDA, O QUE É AUSCULTAÇÃO?
A auscultação é a avaliação dos ruídos que alguns
órgãos emitem de forma espontânea, ou seja, o
veterinário não faz a produção desse som, como
na percussão. Mas, calma lá! Logo logo explicaremos o que é a
percussão.
QUAIS SÃO OS VALORES NORMAIS DA
FREQUÊNCIA CARDÍACA EM ADULTOS?

Espécie Batimentos Cardíacos/Min


CÃO 60 a 160 bpm
GATO 120 a 240 bpm

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.9
@apostilavet
Parâmetros Vitais

QUAIS SÃO OS VALORES NORMAIS DA


FREQUÊNCIA CARDÍACA EM NEONATOS?
A frequência cardíaca em neonato deve ser superior a 180
bpm.
TERMOS SEMIOLÓGICOS:
TAQUICARDIA: aumento da frequência cardíaca.
BRADICARDIA: diminuição da frequência cardíaca.
NORMOCARDIA: frequência cardíaca normal.
SOPRO: turbulência durante o ciclo cardíaco.
ARRITMIA: falta de ritmos no batimento cardíaco.

Frequência Respiratória
QUAIS SÃO OS VALORES NORMAIS DA
FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA EM ADULTOS?

Espécie Movimentos Respiratórios/Min


CÃO 18 a 36
GATO 20 a 40
TERMOS SEMIOLÓGICOS:
APNEIA: interrupção completa do fluxo de ar.
BRADIPNEIA: redução da frequência respiratória.
EUPNEIA: frequência respiratória normal.
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.10
@apostilavet
Parâmetros Vitais

TERMOS SEMIOLÓGICOS:
TAQUIPNEIA: aumento da frequência respiratória.
DISPNEIA: dificuldade na respiração.
Temperatura
A temperatura corporal sofre variações por diversas causas,
sendo algumas delas: idade (animais mais jovens costumam
ter uma temperatura mais elevada), gestação, estado
nutricional, tosquia, esforços físicos, doenças e afins.
QUAIS SÃO OS VALORES NORMAIS DA
TEMPERATURA CORPORAL EM ADULTOS?

Espécie Temperatura Retal


CÃO 37,5 a 39,2
GATO 37,8 a 39,2
TERMOS SEMIOLÓGICOS:
NORMOTERMIA: temperatura corporal normal.
HIPOTERMIA: baixa temperatura corporal.
HIPERTERMIA: aumento da temperatura corporal.
por alterações não inflamatórias, podendo ser por calor,
esforço...
FEBRE: é uma síndrome, sendo uma resposta benéfica à
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.11
@apostilavet
Parâmetros Vitais

TERMOS SEMIOLÓGICOS:
produção de anticorpos.
febre séptica: relacionada a processo infeccioso.
febre asséptica: queimaduras, traumas, medicação,
vacinação, processos alérgicos.
febre neurogênica: convulsão.
Coloração de Mucosas
Na maioria dos casos, a mucosa indica o estado de saúde
atual do animal.
As mucosas avaliadas são as oculopalpebrais, bucal, vulvar,
prepucial e raramente a anal.
Deve-se avaliar o brilho e umidade das mucosas e, também, o
tempo de preenchimento capilar (TPC).

Normocoradas Congestas Hipocoradas

Imagem: Internet Imagem: Internet Imagem: Internet

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.12
@apostilavet
Parâmetros Vitais

Ictéricas Pálidas

Imagem: Internet Imagem: Internet Imagem: Internet

Grau de
TPC
Reflete o estado circulatório Desidratação
do animal! É frequentemente estimado,
Normal: 1 a 2 segundos. porém pouco quantificado.
Desidratado: 2 a 4 segundos. A desidratação discreta
Muito desidratado: maior não possui alterações
que 5 segundos. clínicas marcantes.

Redução da elasticidade da pele discreta


ou sem alteração.
ATÉ 5% (NÃO Enoftalmia ausente ou discreta.
APARENTE)
Estado geral pouco ou sem alterado.
Animal alerta em posição quadrupedal.
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.13
@apostilavet
Parâmetros Vitais

Redução da elasticidade da pele (de 2 a 4


ENTRE 6 E segundos).
8% (LEVE) Enoftalmia leve.
Animal ainda alerta.

Redução da elasticidade da pele (de 6 a


10 segundos).
Enoftalmia evidente.
Diminuição dos reflexos palpebrais.
ENTRE 8 E Redução da temperatura das
10%
(MODERADA)
extremidades dos membros, orelhas e
focinho.
Mucosas secas.
Animal em posição quadrupedal e/ou
decúbito esternal.
Apatia de intensidade variável.

Diminuição marcante da elasticidade da


pele (> 10 segundos).
ENTRE 10 E
Enoftalmia intensa.
12% (GRAVE)
Extremidade, orelhas e focinhos frios.
Tônus muscular diminuído ou ausente.
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.14
@apostilavet
Parâmetros Vitais

Mucosas ressecadas.
ENTRE 10 E Reflexos diminuídos ou ausentes.
12% (GRAVE) Decúbito lateral.
Apatia intensa.

MAIOR QUE
12% Possível óbito.
(GRAVÍSSIMA)

Avaliação dos Linfonodos


Os linfonodos oferecem uma boa orientação sobre o local em
que está ocorrendo o processo infeccioso ou inflamatório.
LINFONODOS DE EXAMINAÇÃO POSSÍVEIS:
- Mandibulares ou maxilares.
- Retrofaríngeos.
- Cervicais superficiais ou pré-escapulares.
- Subilíacos (pré-femorais ou pré-curais).
- Poplíteos.
- Mamários.
- Inguinais superficiais ou escrotais.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.15
@apostilavet
Parâmetros Vitais

Imagem: FEITOSA, 2014


A exploração física utiliza os
sentidos do explorador, na Exploração
maioria dos casos, sendo a
visão, tato, audição e o olfato. Física
Os principais métodos de
exploração física, são: inspeção,
palpação, auscultação, percussão e olfação.
Inspeção
Realiza a investigação das superfícies corpóreas e das partes
mais acessíveis das cavidades em contato com o exterior.
O exame tem que ser realizado com uma boa iluminação.
Essa observação do animal pode trazer as informações acerca
do estado mental, postura e marcha, condição física ou
corporal, estado dos pelos e pele, formato abdominal e afins.
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.16
@apostilavet
Exploração Física

Palpação
É a utilização do sentido tátil ou da força muscular, usando-se
as mãos, as pontas dos dedo, o punho, ou até instrumentos.
É responsável pelas informações sobre estruturas superficiais
ou profundas.
Através da palpação é possível perceber alterações de
textura, espessura, consistência, sensibilidade, temperatura,
volume, dureza, percepção de frêmitos, flutuação, elasticidade,
edema e etc.
Auscultação
A auscultação possibilita a avaliação dos ruídos que os órgãos
produzem espontaneamente.
A auscultação é utilizada principalmente no exame dos
pulmões (verifica a presença de ruídos respiratórios normais
ou patológicos), exame do coração (auscultação das bulhas
cardíacas normais, sopros e outros ruídos) e para o exame da
cavidade abdominal (detectar ruídos característicos do
sistema digestório).
TIPOS DE RUÍDOS
AÉREOS: ocorre pela movimentação de massas gasosas, por
exemplo, movimentos inspiratórios.
HIDROAÉREOS: movimentação de massas gasosas em um meio
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.17
@apostilavet
Exploração Física

líquido, como por exemplo, borborigmo intestinal.


LÍQUIDOS: movimentação de massas líquidas em uma
estrutura, por exemplo, o sopro anêmico.
SÓLIDOS: atrito de duas superfícies sólidas rugosas, por
exemplo, o roce pericárdico nas pericardites.

Percussão
É um método físico que consiste em pequenos golpes ou
batidas aplicados em determinada parte do corpo, isso pode
trazer informações sobre a condição dos tecidos adjacentes e
das porções mais profundas.
SONS OBTIDOS
CLARO: se o órgão que sofrer a percussão tiver ar que possa
se movimentar, irá produzir um som de média intensidade,
duração e ressonância. Esse som se ouve ao percutir o pulmão
sadio.
TIMPÂNICO: é produzido esse som em órgãos ocos, com
grandes cavidades repletas de ar ou gás e com as paredes
semidistendidas.
MACIÇO: produzido em regiões compactas, desprovidas de ar.

QR Code com vídeo mostrando sobre os


sons!
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.18
@apostilavet
Exploração Física

Olfação
É utilizado no exame das transpirações cutâneas, do ar
expirado e das excreções.
Para realizar a técnica de olfação, deve-se aproximar a mão
em formato de concha, fazendo um movimento que o ar seja
desviado para o nariz do examinador.
EXEMPLOS
Hálito com odor urêmico presente em pacientes em uremia.
Halitose é um odor que pode estar presente em cáries
dentárias, tártaro, afecções periodontais, corpos estranhos na
cavidade oral e esôfago, infecções de vias respiratórias...
Odor das fezes de cães com gastrenterite hemorrágica.
Odor da secreção de cães com hipertrofia da glândula ad
anal.
Intuito de restringir a
atividade física do animal, Contenção
para avaliar o paciente ou
executar algum procedimento. Física
Os principais objetivos de uma
contenção física é proteger o
examinador, o auxiliar e o animal; facilitar o exame físico;
evitar fugas e acidentes; possibilitar diversos procedimentos.
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.19
@apostilavet
Contenção Física

Cães
Antes de qualquer exame, deve-se verificar com o tutor o
comportamento do animal.
CONTENÇÃO MANUAL
A imobilização manual do animal em posição quadrupedal e o
seu decúbito lateral facilitam o exame físico e a realização de
outros procedimentos.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.20
@apostilavet
Contenção Física

MORDAÇA E FOCINHEIRAS
Importante para evitar acidentes com o examinador ou outra
pessoa.
A focinheira é preferível em cães, pois proporciona uma maior
segurança ao examinador e não oclui as vias aéreas
superiores do animal.
Animais muito agressivos devem ser inicialmente contidos por
um cambão, porém, deve ter muito cuidado ao utilizá-lo pois
pode causar asfixia (enforcamento) e/ou fratura de vértebras
cervicais no animal.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.21
@apostilavet
Contenção Física

Gatos
Quando o gato entrar ao consultório, ele deve ser solto no
ambulatório fechado (portas e janelas bem fechadas) para
terem o contato com o ambiente e se sentirem menos ansiosos.
Para isso, o veterinário deve abrir a porta da caixa de
transporte e deixá-la aberta enquanto realiza a anamnese do
animal. Colocar CATNIP perto do transportador pode
encorajar o gato a sair da caixa de transporte.
Muitos gatos preferem ser examinados na presença de um
cobertor familiar que já possui seu cheiro.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.22
@apostilavet
Contenção Física

Imagem: Internet

Em alguns casos, é necessário


fazer a contenção com o uso de
fármacos. Dessa forma,
Contenção
possibilita o exame de animais Química
estressados, agressivos e
agitados e, evita menores
alterações nos parâmetros por conta de estresse idem.
O jejum dos animais é imprescindível, pois o fármaco pode
causar um relaxamento da cárdia e facilitar o regurgitamento
do conteúdo gástrico, isso pode ocasionar obstrução das vias
respiratórias por aspiração, acarretando em pneumonia ou
morte.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.23
@apostilavet
Contenção Química

VIAS DE ADMINISTRAÇÃO MAIS UTILIZADAS

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.24
@apostilavet
Contenção Química

Posologia dos principais


fármacos utilizados
FENOTIAZÍNICOS
Acepromazina
DOSE PRÉ-ANESTÉSICA E SEDAÇÃO: 0,01 a 0,05 mg/kg, IV, IM,
SC.
dose única.
administrar lentamente por via IV.
não exceder a dose de 3 mg/cão e de 1 mg/gato.
os efeitos iniciam de 10 a 30 minutos, dependendo da via
de administração.
DOSE DE SEDAÇÃO/TRANQUILIZAÇÃO E CINETOSE: 0,5 A 2 mg/kg,
VO, a cada 6 ou 12 horas.
duração do tratamento enquanto julgar necessário.
se a administração for para acalmar o paciente e
prevenir o vômito em viagens, deve ser
administrado 1 hora antes da viagem.
quanto mais próximo a dose for de
2mg/kg, maiores são as chances de
efeitos colaterais prejudiciais.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.25
@apostilavet
Contenção Química

Os fenotiazínicos promovem tranquilização, sem


analgesia, não possibilitando manipulações muito
invasivas. O animal responde a estímulos externos.

BENZODIAZEPÍNICOS
Diazepam
Cães
DOSE PRÉ-ANESTÉSICA E SEDAÇÃO: 0,1 a 0,3 mg/kg, IV.
dose única.
administre o bolus de diazepam IV lentamente, ao longe
de 1 a 3 minutos para evitar tromboflebite, hipotensão e
cardiotoxicidade.
após isso, faça um flush com ringer lactato ou com salina
0,9 % para diminuir o risco de tromboflebite.

Gatos
DOSE PRÉ-ANESTÉSICA E SEDAÇÃO: 0,1 a 0,3 mg/kg, IV.
dose única.
administre o bolus de diazepam IV lentamente, ao longe
de 1 a 3 minutos para evitar tromboflebite, hipotensão e
cardiotoxicidade.
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.26
@apostilavet
Contenção Química

após isso, faça um flush com ringer lactato ou com salina


0,9 % para diminuir o risco de tromboflebite.
Midazolam
DOSE PRÉ-ANESTÉSICA E SEDAÇÃO: 0,1 a 0,3 mg/kg, SC, IV, IM.
a duração do tratamento depende do protocolo.

Para obtenção de contenção química, utiliza sempre em


associação a fenotiazínicos ou como medicação pré-
anestésica. O flumazenil (0,05 mg/kg IV) é o anatgonista
farmacológico específico.

OPIOIDES AGONISTAS
Morfina
Cães
DOSE ANALGESIA: 0,5 a 1 mg/kg, IM, SC, IV, a cada 2 a 4
horas.
duração do tratamento conforme a necessidade.
doses mais baixas em pacientes não hígidos, senis e
neonatos.
administre lentamente se administrado por via IV.
DOSE PRÉ-ANESTÉSICO: 0,1 a 0,5 mg/kg, IM, SC.
dose única.
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.27
@apostilavet
Contenção Química

doses mais baixas em pacientes não hígidos, senis e


neonatos.
Gatos
DOSE ANALGESIA: 0,05 a 0,4 mg/kg, IM, SC, IV, a cada 3 a 6
horas.
duração do tratamento conforme a necessidade.
doses mais baixas em pacientes não hígidos, senis e
neonatos.
administre lentamente se administrado por via IV.
Meperidina
DOSE SEDAÇÃO, ANALGESIA E PRÉ-ANESTÉSICO: 2 a 5 mg/kg,
IM, SC.
dose única.
não se recomenda a utilização em gatos por ter uma
baixa eficiência, mesmo em doses mais elevadas.
administrar doses mais baixas (2 mg/kg) quando utilizado
como pré-anestésico.
usar doses amis altas (5 mg/kg) quando utilizado como
analgésico e sedativo.
doses mais altas de 5 mg/kg a duração da ação pode
chegar até 4 horas, em média a duração é de 30 a 120
minutos.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.28
@apostilavet
Contenção Química

Citrato de Fentanila
DOSE ANALGESIA E PRÉ-ANESTÉSICO: 2 a 10 microgramas/kg,
IV, IM, SC.
geralmente a dose usada em gatos fica mais próximo da
dosagem mais baixa e em cães a dosagem mais alta.
como pré-anestésico, o fentanil é comumente utilizado em
associação com outros fármacos, como por exemplo,
acepromazina, benzodiazepínicos, cetamina e etc, por
isso, a dose deve ser adaptada.

Utilizado em associação aos tranquilizantes e


sedativos quando a manipulação provoca
dor.

AGONISTA-ANTAGONISTA
Butorfanol
DOSE ANALGESIA, SEDAÇÃO E PRÉ-ANESTÉSICO: 0,2 a 0,5
mg/kg, IV, IM, SC.
analgesia visceral de no máximo 1 hora.
sedação dura em média 2 a 4 horas.
frequentemente administrado com outros agentes
anestésicos.
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.29
@apostilavet
Contenção Química

Utilizado em associação aos tranquilizantes e


sedativos quando a manipulação provoca
dor.

AGONISTA 2
Xilazina
Cães
DOSE PRÉ-ANESTÉSICO: 0,2 a 1 mg/kg, IV, IM, SC.
dose única.
Gatos
DOSE PRÉ-ANESTÉSICO: 0,2 a 1 mg/kg, IV, IM, SC.
dose única.
Medetomidina
Cães
DOSE: 0,01 a 0,04 mg/kg.
Gatos
DOSE: 0,04 a 0,08 mg/kg.
Dexmedetomidina
Cães
DOSE: 0,1 a 3 mg/kg, IV.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.30
@apostilavet
Contenção Química

Sedação acompanhada de analgesia


e miorrelaxamento.

ANESTESIA DISSOCIATIVA
Cetamina
Cães
DOSE: 11 a 22 mg/kg IM, 5 a 10 mg/kg (IV).
Gatos
DOSE: 8 a 15 mg/kg IM, 2 a 8 mg/kg IV.
Tiletamina
Cães
DOSE: 9,9 a 13,2 mg/kg IM, 4 a 6,6 mg/kg IV.
Gatos
DOSE: 7,5 a 12,5 mg/kg IM, 5 mg/kg IV.

Associe a benzodiazepínicos,
fenotiazínicos ou agonistas alfa 2.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.31
@apostilavet
Contenção Química

ANESTÉSICOS GERAIS INTRAVENOSOS


Tiopental sódico
Cães
DOSE: 12,5 mg/kg com MPA, IV.
Propofol
Cães
DOSE: 5 mg/kg IV.

Administrados exclusivamente por


via IV. Precisa de jejum prévio.

Imagem: Internet

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.32
@apostilavet

A pressão arterial é importante Aferição da


na rotina clínica, pois auxilia
despistar sinais de doença em
Pressão
estágios precoces (ex. doença Arterial
cardiiovascular e renal),
monitorização da dor, de
pacientes em estado crítico e de terapêutica
medicamentosa, além de ser importante na monitorização
anestésica de cães e gatos.
A pressão arterial (PA) sistêmica é o resultado do débito
cardíaco (DC) e da resistência vascular periférica, ou seja,
PA = DC X RVP.
O DC é igual à frequência cardíaca (FC) multiplicada pelo
volume sistólico (VS), ou seja, DC = FC X VS.
O VS está relacionado com o volume de enchimento diastólico
ou carga diastólica (pré-carga), com isso, quanto mais
elevada for a taxa de enchimento ventricular, mais elevado
será o VS em situações fisiológicas. Da mesma forma, quanto
maior for a força de contração ventricular, maior será o VS.
(VS= Pré-carga X Contratilidade).
A pressão arterial sistólica (PAS) é determinada pelo VS do
ventrículo esquerdo, a velocidade de ejeção e as propriedades
elásticas da aorta.
A pressão arterial diastólica (PAD) é determinada pela
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.33
@apostilavet
Pressão Arterial
duração da diástole, pelo volume de sangue circulante e pela
elasticidade arterial.
A pressão arterial média (PAM) é a pressão média que ocorre
durante toda a duração do intervalo de ejeção.
A PAM pode ser calculada da seguinte forma: (2 X PAD) +
PAM, o valor obtido é dividido por 3.
Exemplo:
PAS: 120 mmHg
PAD: 80 mmHg
PAM = (2 X 80) + 120 = 280 = 93,33 mmHg.
3 3
MÉTODO DOPPLER
Para realizar a técnica, deve-se realizar a tricotomia da área
sobre uma artéria periférica e colocar o transdutor com um
gel.

Imagem: Internet
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.34
@apostilavet
Pressão Arterial
O manguito é colocado mais proximal e é conectado a um
manômetro, sendo insuflado e fazendo o som desaparecer, ao
desinsuflar o som retorna, sendo o surgimento
do som o indicativo da pressão sistólica.
Realizar de 5 a 7 determinação de PA, retirando
as médias da PA e eliminando os valores
discrepantes.
Os manguitos utilizados são os de neonatologia
ou pediatria humana, o tamanho deve ser de 40% do diâmetro
do local em cães e 30% em gatos.
Os lugares mais comuns de determinação
são artéria metatársica, metacárpica e
coccígea.
O valor da PAS varia conforme o tamanho,
raça e idade. Imagem: Internet
MÉDIA DA PAS EM CÃES: 133 mmHg.
MÉDIA DA PAS EM GATOS: 123 mmHg.
Para amplificar o som, pode colocar o estetoscópio na região
de saída do som do doppler.

QR Code com vídeo mostrando sobre a


aferição da pressão arterial em gatos!

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.35
@apostilavet
Pressão Arterial
OSCILOMÉTRICO
Alguns autores consideram que o oscilométrico subestima a
hipertensão (aumento da PA).

Imagem: Internet

QR Code com vídeo explicando essa


técnica de oscilometria!

A avaliação do pulso em
conjunto com a auscultação é
importante para verificar a Pulso
presença de arritmias.
O pulso femoral é o mais
Arterial
comumente utilizado, a cada 1
batimento tem que ter 1 pulso
palpável para estar rítmico, caso não ocorra, o animal
possui uma arritmia,
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.36
@apostilavet
Pulso Arterial

CLASSIFICAÇÃO DO PULSO
1) FORTE.
2) FRACO.
3) FILIFORME (quase não sente).
O pulso pode ser hipercinético (mais proeminente) e
hipocinéticos (fracos).

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.37
@apostilavet
Pulso Arterial

Pulso Arterial
A força e a regularidade das ondas de pressão arterial
periférica e a frequência do pulso são verificados por
palpação da artéria femoral ou outra artéria periférica.
Os pulsos femorais podem ser comparados entre si, sendo que
a ausência de pulso ou um pulso mais fraco em um dos lados,
pode ser causada por um tromboembolismo.
Em felinos, o pulso femoral pode ser difícil de ser palpado
mesmo em condições normais.
pode se encontrar o pulso nos gatos através da
movimentação suave com a ponta do dedo em direção ao
fêmur do animal, na área do triângulo femoral.
DUDA, QUAIS SÃO AS CAUSAS DE UM PULSO
ARTERIAL FRACO?
Cardiomiopatia dilatada.
Estenose (sub)aórtica.
Estenose pulmonar.
Choque.
Desidratação.
DUDA, QUAIS SÃO AS CAUSAS DE UM PULSO
ARTERIAL FORTE?
Excitação.
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.38
@apostilavet
Pulso Arterial
Hipertireoidismo.
Febre.
Cardiomiopatia hipertrófica.
DUDA, QUAIS SÃO AS CAUSAS DE UM PULSO
ARTERIAL MUITO FORTE, OSCILANTE?
Persistência do ducto arterial.
Febre/sepse.
Grave regurgitação da valva aórtica.
Classificação dos Pulsos
QUANTO À FREQUÊNCIA
Bradisfigmia: número de batidas do coração mais baixa
do que o normal; pulsação lenta.
Normofisgmia: normal.
Taquisfigmia: pulso acelerado.
QUANTO AO RITMO
Regular (cíclico).
Irregular (acíclico).
QUANTO À FORÇA
Fraco.
Normal.
Forte.
Filiforme.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.39
@apostilavet

A glicose é uma importante


fonte de energia e serve como
Glicemia
precursora de diversos
aminoácidos, ácidos nucleicos,
lipídios e carboidratos
complexos como o glicogênio.
O fígado atua no controle da glicemia, podendo secretar
glicose para o sangue através da glicogenólise e
gliconeogênese.
Valores normais da
glicemia em cães
O intervalo de referência para cães é entre 60 a 120 mg/dl.
Valores normais da
glicemia em gatos
O intervalo de referência para gatos é entre 60 a 180 mg/dl.

Glicosímetro
Os glicosímetros ou sensores portáteis são dispositivos
utilizados para mensurar a glicemia de forma rápida e com
baixo custo.
Para realizar a mensuração, é necessário picar uma área sem

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.40
@apostilavet
Glicemia

pelos com uma agulha, na região que possua algum vasinho


sanguíneo. Os locais que podem ser mensuradas, são:

Também pode ser realizada a tricotomia da parte mais distal


do rabo do animal e fazer um furinho com a agulha para
coletar o sangue para mensurar a glicemia.
O sangue será coletado com uma fita específica medidora de
glicose que está inserida no aparelho.

Você irá colocar a fita de glicose no glicosímetro, esperar um


tempo até o glicosímetro indicar que você pode colocar a gotinha
de sangue na fita.
Se coletar pouco sangue, sem preencher todo o espaço indicado
na fita de glicose, poderá dar erro na leitura.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.41
@apostilavet
Glicemia

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.42
@apostilavet
As seringas e agulhas são
materiais sempre utilizados na Seringas e
rotina clínica, seja para uma
coleta de sangue, administração
Agulhas
de medicamentos e entre outras
necessidades.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.43
@apostilavet
Seringas e Agulhas

Tipos de Bicos
LUER-LOK

Possui em sua ponta uma rosca dupla que dificulta o


desprendimento da agulha, com isso, proporciona maior
segurança durante a manipulação da agulha.
LUER-SLIP

Conexão de encaixe indicada para conectar agulhas no


sistema puxa e encaixa, assegurando uma conexão e
desconexão mais fácil.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.44
@apostilavet
Seringas e Agulhas

ECCENTRIC LUER-SLIP

Indicado para aplicações que requerem proximidade com a


pele.
CATETER

Usado para lavagens de cateteres (limpeza), tubos de


gastrostomia e outros dispositivos.

Tamanhos das Seringas


SERINGA 60 ML
Escala de 1 ml ou de 2 ml.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.45
@apostilavet
Seringas e Agulhas

SERINGA 20 ML
Escala de 1 ml.

SERINGA 10 ML
Escala de 0,2 ml.

SERINGA 5 ML
Escala de 0,2 ml.

SERINGA 3 ML
Escala de 0,1 ml.

SERINGA 1 ML
Escala de 0,02 ml.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.46
@apostilavet
Seringas e Agulhas

Agulhas
O tamanho das agulhas utilizado varia conforme o tipo de
paciente, a veia e a via de administração.
As suas cores variam conforme o seu diâmetro e largura.

AGULHA ROXA 20X5,5


Pode ser utilizada para administração
de medicamentos pela via subcutânea
(dependendo do tamanho do animal e
do tipo de medicamento), verificar a
glicemia ao puncionar um vaso...
Medicamentos oleosos são difíceis de puxar por essa agulha,
como a dipirona e o fenobarbital.
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.47
@apostilavet
Seringas e Agulhas

AGULHA CINZA 25X7


Pode ser utilizada para administração
de medicamentos pela via subcutânea e
através do acesso venoso, também
pode ser usada para verificar a
glicemia ao puncionar um vaso. Muito
utilizada para a coleta de sangue e afins.
AGULHA ROSA 40X12
Por ser uma agulha com um calibre maior, é
mais utilizada para a administração de
fluidoterapia subcutânea e para a coleta de
bolsas de sangue para a transfusão em cães.

A coleta/colheita do sangue é
um procedimento extremamente Coleta de
comum na rotina clínica
veterinária. Mas, é importante
Sangue
saber realizá-lo e conhecer
sobre as veias utilizadas.
Importante
Deve-se observar a proporção entre sangue e anticoagulante.
MUITO ANTICOAGULANTE: falso hematócrito, destruição de
hemácias, degeneração de neutrófilos, hemólise...
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.48
@apostilavet
Coleta de Sangue
Evitar o estresse do paciente.
JEJUM: falta de jejum aumenta a lipemia (taxa de gordura) do
sangue, podendo provocar alterações dos resultados de
glicose, proteínas, colesterol...
jejum de 6 horas, indicado para filhotes e fêmeas
prenhas.
jejum de 8 a 12 horas, indicado nos outros pacientes.
A ingestão de medicamentos podem interferir no resultado da
análise.
paciente medicado deve ser anotado na requisição do
exame os nomes dos medicamentos.
Garrote por mais de 2 minutos causa congestão local e
hemoconcentração, alterando os resultados de plaquetas,
testes de coagulação e cálcio.
Locais de Coleta
CÃES
Em cães, as veias mais utilizadas para a coleta de sangue,
são: veia jugular, veia cefálica e veia safena lateral.
A veia jugular é a veia preferencial para a coleta devido ao
seu fluxo sanguíneo ser maior do que nas veias dos membros
por conta do seu diâmetro.
As veias cefálicas e safena em animais de
raças pequenas, podem aumentar a
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.49
@apostilavet
Coleta de Sangue
agregação plaquetária.

Veia Jugular
A veia jugular passa pela região média
do pescoço, após conseguir localizá-la,
deve-se ser feito o garrote na entrada
do tórax.
Após isso, é inserida a agulha para a
coleta de sangue venoso na região
média da jugular.
QR Code com vídeo
mostrando sobre a a
punção venosa da jugular!
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.50
@apostilavet
Coleta de Sangue

Deve sentir bem a veia antes de puncioná-la, a agulha é


introduzida em um ângulo de 20º a 30º, em paralelo com a
pele.
O bisel sempre voltado para cima.

QR Code com vídeo mostrando sobre a


punção venosa da jugular!

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.51
@apostilavet
Coleta de Sangue

Veia Cefálica

Utilizada para a punção venosa em cães que apresentem um


diâmetro dessa veia maior, principalmente em animais de
raças maiores, mas também pode ser utilizada para a coleta
de raças pequenas e médias.
Pode aumentar a agregação plaquetária em alguns casos.
Essa veia está localizada no membro torácico do animal.
Para realizar a punção dessa veia, deve-se colocar o animal
sobre a mesa em decúbito esternal, realizando a contenção do
paciente.
A pessoa que for realizar a coleta irá fazer a punção da pele
na parte medial da veia, um pouco abaixo do metacarpo.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.52
@apostilavet
Coleta de Sangue

QR Code com vídeo mostrando sobre a


punção venosa da cefálica!

Veia Safena

Utilizada para a punção venosa em cães que apresentem um


diâmetro dessa veia maior, principalmente em animais de
raças maiores.
Pode aumentar a agregação plaquetária em alguns casos.
Essa veia está localizada no membro pélvico do animal.
Para a punção dessa veia, o animal deve ser contido em
decúbito lateral, além disso, essa veia pode apresentar
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.53
@apostilavet
Coleta de Sangue
mobilidade, dificultando a introdução da agulha.

QR Code com vídeo mostrando sobre a


punção venosa da safena!

GATOS
Em gatos, as veias mais utilizadas para a coleta de sangue,
são: veia jugular, veia cefálica e veia femoral (vista medial).
Nessa espécie é muito comum realizar a coleta com o
scalp/butterfly.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.54
@apostilavet
Coleta de Sangue

Veia Jugular
Essa veia possui um fluxo sanguíneo maior devido ao seu
diâmetro.

QR Code com vídeo


mostrando sobre a coleta!

Veia Cefálica

QR Code com vídeo mostrando sobre


a coleta!

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.55
@apostilavet
Coleta de Sangue

QR Code com vídeo mostrando sobre


a coleta!

Veia Femoral

É uma venopunção considerada comum na rotina quando não


consegue coletar pela veia jugular ou veia cefálica.
Alguns veterinários preferem coletar por essa veia com a
utilização de um scalp, também conhecido como butterfly.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.56
@apostilavet
Coleta de Sangue

Imagem: Internet

QR Code com vídeo mostrando sobre


a coleta!

IMPORTANTE!
Antes de realizar a venopunção, é importante realizar a
tricotomia da região e fazer a limpeza da região com um
algodão ou gaze com álcool. Além disso, permitir a secagem
da área por 30 segundos para evitar hemólise da amostra e
ardência quando for puncionado.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.57
@apostilavet
Coleta de Sangue

Punções Venosas

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.58
@apostilavet
Coleta de Sangue

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.59
@apostilavet
Coleta de Sangue

Na rotina clínica se deparamos


com diversos tubos de coleta,
sendo importante entender em Tubos de
quais momentos utilizaremos
cada um deles e quais são suas
Coleta
finalidades.

Nos consultórios podem ser encontrados tanto microtubos


quanto tubos de tamanho normal, as suas indicações serão
descritas nessa parte do guia.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.60
@apostilavet
Tubos de Coleta

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.61
@apostilavet
Tubos de Coleta

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.62
@apostilavet
Tubos de Coleta

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.63
@apostilavet
Tubos de Coleta

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.64
@apostilavet
Tubos de Coleta

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.65
@apostilavet
Tubos de Coleta

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.66
@apostilavet
Tubos de Coleta

IMPORTANTE!
DEVE SER FEITO O PREENCHIMENTO
ADEQUADO DO TUBO ROXO COM EDTA.

A quantidade de sangue no tubo não deve


ultrapassar a linha demarcada.
Caso ultrapasse, pode causar:
a relação sangue:EDTA inadequada pode
gerar alterações morfológicas nas
hemácias.
formação de coágulo sanguíneo.

Cuidados!
JEJUM/LIPEMIA
Altera exames que utiliza a técnica de refratometria,
como hemoglobina e bilirrubina.
Eletrólitos podem estar subestimados.
TEMPO DE JEJUM IDEAL: 8 a 12 horas.
HEMÓLISE IN VITRO
Altera valores de hematócrito calculado, concentração
média de hemoglobina corpuscular (CHCM).
CAUSAS: coleta de amostra traumática, manuseio
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.67
@apostilavet
Tubos de Coleta

incorreto da amostra, temperaturas extremas, processamento


retardado e excesso de álcool.
COÁGULOS/FIBRINA
CAUSAS: coleta de sangue prolongada, punção venosa
traumática, mistura inadequada de sangue total em uma
amostra coagulada.
Exames feitos pela máquina não identifica coágulos
microscópicos e agregação, podendo levar a uma
pseudotrombopenia não identificada.
VOLUME DO TUBO
Preencher no mínimo 50% da quantidade indicada e não
exceder a quantidade;
Excesso de EDTA pode levar a hemodiluição e alteração
dos valores.
Exceder a quantidade de sangue no tubo pode levar a
coagulação.
Ter em mãos diferentes volumes de tubos para a
coleta.
PROCESSAMENTO ATRASADO
Ideal processar o quanto antes.
Mudanças nos resultados são observadas
12 horas após a coleta e aumenta conforme
o tempo passa.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.68
@apostilavet
Tubos de Coleta

Alterações morfológicas pseudotóxicas em neutrófilos:


basofilia citoplasmática; aumento da vacuolização
citoplasmática; e presença de corpúsculos de Dohle.
Alterações em eritrócitos:
micoplasma que "fogem"; e
hemácias crenadas.

Imagem: Internet
GARROTE PROLONGADO
Pode causar agregação plaquetária.
Os agregados podem causar problemas na leitura do
hemograma e seus índices.
Pode causar pseudoleucocitose.
VEIA IDEAL PARA A COLETA
Quanto menor o calibre do vaso, menor o fluxo e mais
lenta e difícil é a coleta, com isso, aumenta a chance de
agregação plaquetária.
Priorize veias de calibre maior, ex: jugular.
A cefálica pode ser utilizada em animais de grande
porte e, em último caso em coletas difíceis.
CALIBRE DA AGULHA
Quanto menor a agulha, maior a taxa de hemólise in
vitro, podendo causar inúmeros erros análiticos.
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.69
@apostilavet
Tubos de Coleta

Priorize agulhas de maior calibre, de acordo com o


calibre do vaso.
Os cateteres podem ser
utilizados para realizar o
acesso venoso, além do Cateteres
procedimento de
abdominocentese e
toracocentese.

14 G 16G 18G 20G 22G 24G


Quanto menor a numeração do cateter, maior é o calibre.
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.70
@apostilavet
Cateteres

Cães e gatos costumam utilizar:


AMARELO (24G).
AZUL (22G).
ROSA (20G).

O cateter tem como função principal facilitar o acesso à veia


do paciente para administrar medicamento, ou até fazer
coleta para exames.
Possibilita a drenagem ou injeção de fluidos e medicamentos.
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.71
@apostilavet
O acesso venoso na rotina clínica
de animais de companhia, é Acesso
realizado desde para uma
coleta de sangue, administração
Venoso
de medicamentos ou
fluidoterapia.
Os acessos venosos são realizados através dos cateteres, os
principais acessos realizados na rotina são os das veias
cefálicas (membro torácico) e as veias safenas laterais
(membro pélvico), sendo estes os cateteres periféricos.

Como realizar o acesso?


Antes de iniciar o acesso venoso, é importante deixar
organizado tudo que será utilizado, sendo assim, deve-se já
deixar cortado os esparadrapos para fixar o cateter, álcool,
clorexidina degermante, algodão...
Uma das formas utilizadas para a fixação do
cateter é cortar 3 esparadrapos, sendo um mais
largo e dos um pouco mais finos.
No esparadrapo mais largo, eu gosto de colocar
uma "almofadinha" com gaze na ponta, dessa
forma, no segundo esparadrapo que é um pouco
mais fino, eu gosto de realizar uma abertura até
o centro (como mostra na imagem), e, por fim,
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.72
@apostilavet
Acesso venoso

um esparadrapo mais fino de todos.


Para o acesso venoso, é importante realizar a tricotomia de
toda a região (retirar os pelos das regiões craniais e caudais
do membro).
Após a tricotomia, deve ser realizado a antissepsia da região,
para isso, primeiro deve-se embebedar a gaze com clorexidina
degermante, limpar bem a região quantas vezes for
necessária e, por último, pode utilizar a gaze com álcool.
O passo seguinte é a escolha do cateter, devendo ser
levado em consideração o diâmetro do vaso que será
puncionado e o calibre do cateter.
Após a escolha do cateter, o auxiliar irá realizar o
garrote do membro e segurar firme para que o animal
não se mexa durante a inserção do cateter.
Com o garrote feito, será possível visualizar a região
que a veia se encontra, pois a mesma irá se ingurgitar.
Com a veia sendo visualizada, você irá puncionar a mesma
com um ângulo de 5 a 30°, com o bisel voltado para cima,
sendo que quanto mais superficial a veia, menor o ângulo de
inserção.
Ao adentrar no lúmen vascular haverá o refluxo de sangue e
deve-se avançar o cateter em direção à veia, retirando a
agulha (ou seja, nessa etapa você irá empurra somente o
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.73
@apostilavet
Acesso venoso

cateter), após a inserção completa do cateter deve-se


remover o garrote.

Feito a punção venosa, você pode escolher


duas formas de continuar o acesso venoso:
Fixar o cateter com o esparadrapo e após
fixado, acoplar o equipo.
Acoplar o equipo e depois fixar o cateter.
Caso você opte por conectar o equipo antes de
fixar, você irá observar se há a presença de edema,
vermelhidão, extravasamento ao redor do local de inserção ou
desconforto, caso apresente alguma dessas alterações,
significa que o cateter está fora da veia.
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.74
@apostilavet
Acesso venoso

Agora, se você fixar primeiro o cateter e depois acoplar o


equipo, você também irá observar se o mesmo ainda está
dentro do lúmen do vaso.
Se não for observado nenhuma alteração, você irá fixar o
cateter, sendo fixado na posição adequada a fim de impedir a
movimentação do mesmo para dentro ou fora da pele, pois
isso acarretaria um traumatismo mecânico do vaso,
introdução de bactérias e perda do acesso.
DUDA, QUAL FORMA VOCÊ USA PARA FIXAR
O CATETER?
Para fixar o cateter, eu prefiro começar com o esparadrapo
mais fino, da seguinte forma:

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.75
@apostilavet
Acesso venoso

Após a colocação do esparadrapo mais fino na forma de um


"laço" como mostra a imagem, eu gosto de terminar de fixar
com o esparadrapo médio que tem a abertura na ponta.
Essa abertura é encaixada no adaptador do cateter e é dado
a volta desse esparadrapo no momento.
É importante lembrar que durante a fixação não pode apertar
muito essas voltas de esparadrapo, pois pode fazer um garrote.
Por fim, o último esparadrapo com a almofadinha de gaze é
colocada, terminado de fixar o cateter.
CONFIRA ALGUNS VÍDEOS MOSTRANDO AS
DIVERSAS FORMAS DE REALIZAR O
ACESSO VENOSO E AFIXAÇÃO DO CATETER!

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.76
@apostilavet
Acesso venoso

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.77
@apostilavet

A fluidoterapia possibilita uma


correta reposição de água e
eletrólitos no organismo animal, Fluidoterapia
sendo que as situações de
desidratação e choque são
comuns na rotina clínica.
A fluidoterapia é a reposição de fluidos, sendo um
TRATAMENTO SUPORTE, com isso, a doença primária deve ser
diagnosticada e tratada corretamente.
Se a via da fluidoterapia for a intravenosa (IV), ela pode
auxiliar na administração de fármacos também.
Indicações
HEMORRAGIA: o animal está perdendo o volume sanguíneo,
sendo que a fluidoterapia é indicada para repor esse volume.
se a hemorragia for intensa e gere um quadro de anemia,
será necessário realizar a transfusão sanguínea para
repor os hemoderivados.
em muitos casos, a fluidoterapia é suficiente para manter
a volemia até que a causa da hemorragia seja corrigida.
a fluidoterapia irá auxiliar na manutenção da volemia,
não deixando que a pressão caia, que não acarrete em
uma lesão renal por uma baixa perfusão e etc.
HIPOVOLEMIA: basicamente, é a perda de todos os
componentes sanguíneos.
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.78
@apostilavet
Fluidoterapia
vômito e diarreia intensa.
sangramento.
poliúria intensa.
vasodilatação.
HEMORRAGIA: perda do plasma sanguíneo,
ou seja, de água e eletrólitos:
poliúria.
diarreia.
vômitos.
peritonite.
traumatismo grave.
obstrução intestinal.
Desidratação intensa leva ao quadro de
hipovolemia!

Como avaliar?
Turgor da pele.
Membrana mucosa e tempo de preenchimento capilar.
Avaliação do pulso femoral.
Avaliação ocular.
Frequência cardíaca.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.79
@apostilavet
Fluidoterapia

TURGOR DA PELE
Faz uma pinça com os dedos e estica a pele do animal, quanto
mais tempo a pele demorar para voltar ao normal, mais
desidratado o animal está.
OBS: cães mais velhos costumam apresentar uma demora
maior para a pele voltar ao normal, não necessariamente
seja por desidratação!

Imagem: Internet
MEMBRANA MUCOSA E TPC
Quanto mais ressecada a mucosa do animal, mais
desidratado ele está.
Quanto maior o tempo de TPC, mais desidratado ele
estará.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.80
@apostilavet
Fluidoterapia

AVALIAÇÃO DO PULSO FEMORAL


Pulsos acelerados tendem a sugerir desidratação mais
intensa.
Pulsos fracos e lentos sugerem uma hipovolemia.

Imagem: Internet
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.81
@apostilavet
Fluidoterapia

AVALIAÇÃO OCULAR
Casos de desidratação grave, o animal apresenta
ENOFTALMIA.
A enoftalmia é uma retração anormal do olho na órbita,
apresentando um aprofundamento do olho.

Imagem: Internet
FREQUÊNCIA CARDÍACA
Animal costuma apresentar taquicardia, pois o líquido
fica mais concentrado e o coração precisa trabalhar mais
para bombear.
Gatos com desidratação intensa podem apresentar
uma frequência cardíaca normal!

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.82
@apostilavet
Fluidoterapia

Grau de desidratação
Redução da elasticidade da pele discreta
ou sem alteração.
ATÉ 5% (NÃO Enoftalmia ausente ou discreta.
APARENTE)
Estado geral pouco ou sem alterado.
Animal alerta em posição quadrupedal.

Redução da elasticidade da pele (de 2 a 4


ENTRE 6 E segundos).
8% (LEVE) Enoftalmia leve.
Animal ainda alerta.

Redução da elasticidade da pele (de 6 a


10 segundos).
Enoftalmia evidente.
Diminuição dos reflexos palpebrais.
ENTRE 8 E Redução da temperatura das
10% extremidades dos membros, orelhas e
(MODERADA)
focinho e mucosas secas.
Animal em posição quadrupedal e/ou
decúbito esternal e apatia de intensidade
variável.
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.83
@apostilavet
Fluidoterapia

Mucosas ressecadas.
ENTRE 10 E Reflexos diminuídos ou ausentes.
12% (GRAVE) Decúbito lateral.
Apatia intensa.

MAIOR QUE
12% Possível óbito.
(GRAVÍSSIMA)

Etapas
REANIMAÇÃO
EMERGÊNCIA!
Paciente com desidratação grave ou hipovolêmico, faz a
reanimação.
OBS: se o animal não chegar com uma desidratação superior a
10% ou hipovolêmico, não precisa fazer a reanimação.
REIDRATAÇÃO OU REPOSIÇÃO
Repõe as perdas dos compartimentos intra e extravascular.
OBS: para fazer essa etapa é necessário estimar o grau de
desidratação.
MANUTENÇÃO
Quantidade de líquido que o animal precisa para manter as
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.84
@apostilavet
Fluidoterapia
funções fisiológicas, como função cardíaca, renal, hepática...

Via de administração
VIA ORAL
VIA FISIOLÓGICA, MAS LIMITADA.
Animal com quadro de vômito e com histórico de
hiporexia/anorexia, não irá ingerir a fluido por essa via.
Muitos casos não é possível fazer uma reidratação eficiente
pela via oral.
VIA INTRAVENOSA
VIA DE ELEIÇÃO.
Reidratação mais rápida e possibilita a administração de
fármacos por ela.
Preferência por vasos mais calibrosos, na seguinte ordem:
1. VEIA CEFÁLICA.
2. VEIA SAFENA.
3. VEIA JUGULAR.
VIA SUBCUTÂENA
Via muito utilizada em pacientes renais crônicos.
Também pode ser usada para desidratação leve.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.85
@apostilavet
Fluidoterapia

VIA INTRAÓSSEA
UTILIZADA EM FILHOTES PEQUENOS QUE POSSUEM
O ACESSO VENOSO DIFICULTADO.
Introdução do cateter intraósseo em ossos longos, como fêmur
e úmero.
Tipos de fluidos
CRISTALÓIDES
Basicamente são água e eletrólitos, sendo os de preferência
para fluidoterapia. Devido a sua base ser água e moléculas
pequenas, elas são permeáveis aos capilares.
Dependendo do fluido, podemos encontrar potássio, cálcio,
magnésio e tampões (bicarbonato, lactato, acetato ou
gluconato).
A hemodiluição pode ocorrer se o cristaloide for

infundido em grande quantidade. Além disso, se

for muito infundida em um pequeno período de

tempo, pode gerar edema periférico e edema no

trato gastrointestinal.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.86
@apostilavet
Fluidoterapia

Ringer com lactato


MAIS UTILIZADO.
Considerado a solução mais fisiológica, pois a
sua composição é a mais semelhante com a do
sangue em questão de pH, eletrólitos e líquidos, é uma solução
ALCALINIZANTE.
pH 6,5.
Não deve ser administrado junto com hemoderivados.
Não é administrado quando o animal está

recebendo transfusão de sangue ou

quando acabou de receber, nesse caso, é

preferível a solução fisiológica (NaCL).

Ringer simples
DIFÍCIL DE ENCONTRAR.
Mais caro que o ringer com lactato, mas pode ser
utilizado para a reposição.
Não contém lactato, mas contém mais cálcio e cloro do
que as outras, sendo ACIDIFICANTE.
pH 5,5.
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.87
@apostilavet
Fluidoterapia

NaCL
CHAMADO DE SORO FISIOLÓGICO.
Não é mais fisiológico que o ringer com lactato.
Reposição.
Possui apenas sódio, cloro e água.
ACIDIFICANTE.
Glicofisiológica
SOLUÇÃO FISIOLÓGICA + GLICOSE.
Fluido de reposição, pacientes em jejum
prolongado ou com hipoglicemia pode optar pela
administração da glicofisiológica ou adicionar
glicose no ringer com lactato.
pH 4.
COLÓIDES
Contém moléculas de alto peso molecular,

atualmente questiona-se que essas moléculas

grandes podem causar importantes lesões renais,

não sendo muito mais utilizados.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.88
@apostilavet
Fluidoterapia

Mas, os colóides são indicados para a reposição do plasma


quando há a perda de hemácias aguda e nas patologias que
causam o deslocamento de fluidos ricos em proteína para o
interstício.
Possuem moléculas grandes que fazem uma pressão oncótica
na barreira tecidual microvascular, com isso, os fluidos são
retidos para dentro dos vasos.
Aumenta a volemia.
Aumenta o débito cardíaco.
Aumenta a perfusão dos tecidos.

Equipos

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.89
@apostilavet
Fluidoterapia

Bomba de infusão
MAIOR PRECISÃO NA ADMINISTRAÇÃO
DE FLUIDOS.

Imagem: Internet
Imagem: Internet
Cálculo
REANIMAÇÃO
15 ML/KG EM 10 MINUTOS.
GRAU DE DESIDRATAÇÃO: >10%, severa ou pacientes
hipovolêmicos.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.90
@apostilavet
Fluidoterapia

Exemplo
Cão, 10 kg.

15 ml/kg em 10 min

15 X 10 = 150 ml em 10
minutos.

MANUTENÇÃO + REPOSIÇÃO
Manutenção
CÃO JOVEM: 50 ml/kg/dia.
CÃO ADULTO: 50 ml/kg/dia.
CÃO IDOSO: 40 ml/kg/dia.
GATO: 40 ml/kg/dia.
Tem que ser levado em consideração se tem perdas contínuas,
como vômito e/ou diarreia.
Primeiro é feito o cálculo de manutenção e depois acrescenta
as perdas contínuas.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.91
@apostilavet
Fluidoterapia

Perdas contínuas
VÔMITOS: 40 ml/kg/dia.
DIARREIAS: 40 ml/kg/dia.
VÔMITOS E DIARREIAS: 60 ml/kg/dia.
Manutenção + perdas contínuas

Reposição
% DESIDTRAÇÃO X PESO (KG) X 10 = VOLUME EM
ML/24H
CÁLCULO FINAL

Manutenção + perdas contínuas + reposição

ml/24 horas

Exemplo
Cão, 6kg, apresenta vômito e diarreia, grau de desidratação
de 7%.
MANUTENÇÃO
Cão adulto: 50 ml/kg/dia.
Cão adulto: 50 X 6 = 300 ml/24h.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.92
@apostilavet
Fluidoterapia

PERDAS CONTÍNUAS
VÔMITOS E DIARREIAS: 60 ml/kg/dia
VÔMITOS E DIARREIAS: 60 ml X 6 kg
VÔMITOS E DIARREIAS: 360 ml/24h
MANUTENÇÃO + PERDAS CONTÍNUAS
300 + 360 = 660 ml/24h.
REPOSIÇÃO
% DESIDRATAÇÃO X PESO (KG) X 10
7 X 6 X 10 = 420 ml/24h.
MANUTENÇÃO + REPOSIÇÃO
660 + 420 = 1080ml/24h.
1080ml/24h = 45ml/h (na bomba de infusão colocamos dessa
forma).
EQUIPO MICROGOTA
60 GOTAS/ML.
45ml/h X 60 gotas = 2.700 gotas/hora.
2.700 gotas/3.600 gotas = 0,7 gotas/segundo.

A cada 2 segundos tem que cair 1,4 gotas, para

facilitar, arredondamos para 1 gota a cada 2

segundos.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.93
@apostilavet
Fluidoterapia

Escolha da fluido
VÔMITO
É a perda de água, potássio, sódio e cloro,
causando alcalose e acidose metabólica.
ESCOLHER: solução de ringer com lactato ou solução
isotônica de NaCL e KCl.
DIARREIA
É a perda de água, potássio, sódio, cloro e
bicarbonato.
ESCOLHER: solução de ringer com lactato ou solução
isotônica de NaCL.
INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA
Retenção de potássio, sódio e cloro, causando
acidose metabólica.
ESCOLHER: solução isotônica de NaCl.
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
Retenção de água e sódio, causando acidose
metabólica em casos crônicos.
ESCOLHER: glicose 5%.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.94
@apostilavet

A aspiração de medicamentos Administração


é um dos passos mais de
frequentes na rotina clínica,
Medicamentos
sendo importante treinar e
saber realizar.

Antes de abordarmos sobre a aspiração de medicamentos, é


importante revisarmos conceitos básicos.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.95
@apostilavet
Medicamentos

Sabendo a diferença entre esses dois conceitos de ampola e


frasco-ampola, que são itens muito presentes na rotina
clínica, é importante recordarmos como realizar a abertura da
ampola.

Caso não esteja acostumado a realizar a abertura da ampola


ou esteja com medo de se cortar, pode utilizar o jaleco/pijama
cirúrgico para proteger os dedos, ou, também pode utilizar
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.96
@apostilavet
Medicamentos

algodão ou gaze não estéril para a proteção, mas, antes de


realizar essa quebra da tampa da ampola é importante
percutir a ampola e mover o líquido para baixo.
Antes de inserir a agulha com a
seringa na ampola para aspirar o
medicamento, é necessário tirar a
pressão da seringa, para isso, é
realizado uma aspiração do ar na
seringa e o mesmo é retirado em
seguida.
Após isso, é importante colocar a
agulha na seringa com cuidado
para não contaminar a seringa
e/ou a agulha.
Aspirar a solução do frasco para
dentro da seringa, puxando
suavemente o êmbolo para trás.

QR Code com vídeo mostrando sobre


a aspiração de medicamentos!

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.97
@apostilavet
Medicamentos

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.98
@apostilavet
Medicamentos

Além da ampola, tem o frasco-ampola que tem que ser


retirado a tampa que forma um lacre mostrando que o
medicamento ainda não foi utilizado.
Exemplo de frasco-ampola que precisa da diluição é a
ceftriaxona, utilizar para diluir o pó do medicamento a
ampola de água para injeção.

Após isso, coloque a agulha com cuidado para não contaminar


a seringa e/ou a agulha, depois aspire a solução do frasco
para dentro da seringa, puxando suavemente o êmbolo para
trás.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.99
@apostilavet
Medicamentos

É importante se atentar com a via de administração de cada


medicamento, as vias mais comumente utilizadas são:
- Intravenoso (IV).
- Intramuscular (IM).
- Oral.
- Subcutâneo (SC).
- Intrarretal (IR).

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.100
@apostilavet
Medicamentos

Posologia dos Comprimidos

Cálculo de Dose

PESO X DOSE
CONCENTRAÇÃO
TRANSFORMAÇÃO DA UNIDADE
Quando tem a porcentagem, deve-se multiplicar
por 10. Por exemplo, a concentração da dipirona
injetável pode estar escrito como 50%, então,
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.101
@apostilavet
Medicamentos

ao multiplicar por 10, obtemos a sua concentração em mg/mL,


sendo assim, a concentração é de 500 mg/ml.
EXEMPLOS
Dipirona
Dose: 25mg/kg
Concentração: 50% (500 mg/mL)
Peso do paciente: 7,8 kg.

7,8 KG X 25 MG/KG
500 MG/ML

0,39 ML
Tramadol
Dose: 2 a 4 mg/kg (utilizaremos a dose de 3 mg/kg)
Concentração: 50 mg/mL
Peso do paciente: 9,7 kg

9,7 KG X 3 MG/KG
50 MG/ML
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.102
@apostilavet
Medicamentos

9,7 KG X 3 MG/KG
50 MG/ML

0,58 ML
Doxiciclina
Dose: 10 mg/kg
Concentração: 50 mg, 100 mg, 200 mg
Peso do paciente: 8 kg.

8 KG X 10 MG/KG

80 MG
A dosagem para esse paciente é de
80 mg, como não temos uma
concentração de medicamentos que
equivale a essa dosagem, podemos
dividir a concentração em 4, pois
podemos dividir o medicamento em 4 partes, ficando:
- 100 dividido em 4, cada parte equivale a 25 mg.
- precisamos de 80 mg, o mais perto que conseguimos chegar
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.103
@apostilavet
Medicamentos

é dar 3 partes desse medicamento, ficando 3 partes que


totaliza 75 mg, ou seja, a posologia é 3/4 do comprimido.
Omeprazol
Dose: 0,5 a 1 mg/kg (iremos utilizar a dose de 0,5 mg)
Concentração: 10 mg, 20 mg.
Peso do paciente: 10 kg.

10 KG X 0,5 MG/KG

5 MG
A dosagem para esse paciente é de 5 mg, temos as seguintes
concentrações desse comprimido: 10 mg e 20 mg.
Com isso, você pode administrar 1/2 comprimido do de 10mg
ou 1/4 do de 20 mg.
- 1/2 comprimido de 10 mg: cada parte terá 5 mg.
- 1/4 comprimido de 20 mg: cada parte terá 5 mg.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.104
@apostilavet
Medicamentos

Aplicação em Felinos
Os gatos tem um risco maior de
apresentar o sarcoma de
aplicação.

As vacinas e medicamentos aplicados podem causar a reação


de SARCOMA no local da injeção.
A vacinação causa uma reação inflamatória crônica
localizada, com isso, ocorre uma transformação maligna das
células mesenquimais.
Fazemos a aplicação nas extremidades, pois se por acaso
surgir o sarcoma de aplicação, terá margem cirúrgica para a
ressecção total, a margem deve ser de 3 cm.
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.105
@apostilavet
Medicamentos

O VAZIO DO FLANCO é um
local com margem para
cirurgia oncológica.

IMPORTANTE!

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.106
@apostilavet

Cardiopatas, nefropatas,
hepatopatas, pacientes
oncológicos, diabéticos e
Emergência
politraumatizados podem
descompensar a qualquer
momento e precisar de um
atendimento de emergência.

Atendimento
A triagem deve focar no risco de morte do paciente, sendo um
exemplo de classificação de triagem para atenção de
urgência:
Classe de Necessidade de
Triagem Atendimento
Atender no máximo em 1 min, se
possível, em segundos.
São as paradas cardiorrespiratórias,
obstrução completa da via respiratória
I. EMERGÊNCIA,
ATENDIMENTO e todos os pacientes inconscientes.
IMEDIATO Geralmente, os sinais que caracterizam
esse grupo são a hipotensão, ausência
de sons cardíacos, hipotermia e
midríase.
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.107
@apostilavet
Emergência

Atender dentro de 5 a 10 minutos no


máximo. Animais com insuficiência
respiratória grave, geralmente com
II. MUITO quadro hemodinâmico estável, mas que
GRAVES,
terão parada total se não atendidos
CRÍTICOS
rapidamente.
Pertencem a esse grupo animais com
dispneia, dificuldade de manutenção da
via respiratória, alterações ventilatórias
e doentes em choque clássico.

São os pacientes com lesões múltiplas,


mas que possuem ventilação adequada
e via respiratória patente.
Atendimento no máximo entre 2 e 3h.
Estão nesse grupo animais com fraturas
III. SÉRIOS,
expostas, feridas abertas ou
URGENTES
queimaduras, corpo estranho
penetrante no abdomen sem
hemorragia, trauma sem sinais
aparentes de choque, estados de
alteração de consciência (ex.
convulsões).
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.108
@apostilavet
Emergência

Atendimento em até 24h. A maioria dos


pacientes traumatizados não se encaixa
nessa categoria, mas alguns só
IV. URGÊNCIA evidenciam após o proprietário relatar
RELATIVA persistência dos sinais clínicos.
Casos de anorexia, êmese, claudicação,
mau cheiro (miíase, ferida infectada,
abscesso...) e apatia.

ANAMNESE
Deve ser breve e objetiva, de no máximo 1 minuto e é feita em
conjunto com o exame físico inicial de emergência.
A anamnese de urgência deve ser realizada pelo método
CAPUM (cenário, alergia, passado/prenhez, última refeição e
medicações em uso).
Quem? O quê? Onde? Por quê? Quando?
- Quem viu o evento?
- O que aconteceu? Teve perda da
consciência ou somente falha na
CENÁRIO
locomoção?
- Onde o animal está machucado? Onde
dói?
- Por que reanimar? Idade, doença,
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.109
@apostilavet
Emergência
trauma grave ou custos são
determinantes? Quando aconteceu? Se
houve parada cardiorrespiratória,
quando foi observada a última
respiração?

O paciente é alérgico a algum fármaco,


ALERGIA
vacina...?

Há histórico de doenças, cirurgias ou


PASSADO/
internamentos prévios?
PRENHEZ
Toda fêmea é uma gestante em potencial

ÚLTIMA O que e quando o animal se alimentou


REFEIÇÃO pela última vez?

MEDICAÇÕES Há algum tratamento para doença


EM USO crônica ou fármaco em uso?

ABORDAGEM PRIMÁRIA
O A-B-C é indicado para a abordagem primária, sendo que
envolve o estabelecimento da patência da via respiratória, de
boa respiração/ventilação e da circulação.
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.110
@apostilavet
Emergência

A utilização do ABC como


A - Ar protocolo padrão nos serviços
B - Boa respiração de urgência é essencial para
C -Circulação melhorar as condições de
atendimento e de sobrevida.
Exceções do protocolo
Hemorragias de grande calibre.
Fibrilação ventricular.
Reanimações cardiopulmonares realizada por apenas um
reanimador.
Assegurar que tenha via respiratória
patente e livre, com ventilação
contínua.
Caso não tenha, estabilize a coluna
cervical e estenda a língua do animal,
AR
realize a aspiração da cavidade oral e,
caso não funcione, faça uma intubação
orotraqueal ou retrógrada, a
cricotireoideostomia, traqueostomia ou
punção cricoide para a abertura de via
respiratória.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.111
@apostilavet
Emergência

Estabeleça boa ventilação e oxigenação.


Caso necessário, faça uma
toracocentese ou colocação de tubo
BOA torácico para ter expansão torácica
RESPIRAÇÃO adequada e esteja treinado para
utilizar todos os meios de oxigenação
disponíveis.

Verifique se tem uma boa perfusão.


Estabeleça um acesso vascular.
A sincronia de pulso arterial e
frequência cardíaca e a qualidade da
ausculta cardíaca devem ser realizada
em conjunto com os parâmetros
CIRCULAÇÃO
circulatórios:
- deltas de temperatura, tempo de
enchimento e de esvaziamento jugular,
coloração de mucosas, ausculta
abdominal, pressão arterial, pressão
venosa central e oximetria.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.112
@apostilavet
Emergência

Intubação Orotraqueal
Selecione o tubo endotraqueal
apropriado, levando em
consideração o tamanho do animal
ao escolher o tubo que seja inserido
sem necessidade de forçar.
Peso Diâmetro
Tamanho Tamanho
Corporal Interno
Magill Francês
(kg) (mm)
2 2 22 6
4 4-5 26-28 8
6 6-7 28-30 9
CÃES 9 8 32 10
12 9-10 34-36 11-12
14 9-10 34-36 11-12
16 10-11 36-38 11-12
18-20 11-12 38-44 12

1 00 13 4
GATOS 2 0 16 5
4 1 20 6

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.113
@apostilavet
Emergência

A pessoa que fizer a intubação, deve segurar e estender a


língua com um pedaço de gaze.
A língua é estendida para facilitar a visualização da laringe.
Deve-se evitar pressionar em excesso a língua para baixo
para não causar laceração ou danos pelos dentes incisivos
inferiores.
Coloque a ponta do laringoscópio na base da língua e
pressione delicadamente a sua ponta em sentido ventral para
mover a epiglote e expor a glote.
Visualize as cartilagens aritenoides e introduza o tubo até a
traqueia, não fazendo o tubo avançar além da carina.
Após isso, pegue uma seringa e puxe o ar, essa seringa você
colocará no manguito do tubo para inflá-lo.
Cuidado para não inflar exageradamente, pois pode causar
ulceração traqueal, traqueíte, hemorragia, traqueomalacia,
fibrose, estenose e enfisema subcutâneo.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.114
@apostilavet
Emergência

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.115
@apostilavet
Emergência

Traqueostomia

É a abertura rápida da traqueia e permite o acesso patente


da via respiratória.
Deve ser realizado nos casos de obstrução das vias aéreas
superiores que a intubação orotraqueal esteja impossibilitada;
pós-operatório de pacientes instáveis que precisam de
suporte ventilatório, mas não podem permanecer sob o efeito
de anestesia geral que permite a manutenção do tubo
orotraqueal.
A traqueostomia é realizada da seguinte forma:
Coloque o paciente em decúbito dorsal e faça uma breve
antissepsia, mantendo a cabeça e o pescoço estendidos.
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.116
@apostilavet
Emergência

Com o bisturi, faça uma incisão na linha média ventral da


pele, na altura do terço médio da região cervical.
Faça uma breve dissecção dos tecidos subcutâneos
próximos e separar os músculos esternóideos com uma
pinça hemostática curva, circundando a traqueia até sua
exposição parcial.

Com a mão ou pinça hemostática curva, tracione a


traqueia para cima e realize uma incisão transversal
entre dois anéis traqueais, local que será colocado o tubo
de traqueostomia.
A incisão deve ser de um terço da circunferência da
traqueia.
Se a traqueostomia for mantida por um tempo mais
longo, o tubo de traqueostomia deve ser fixado na pele
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.117
@apostilavet
Emergência

através de suturas simples ou de sistema de fixação.

Punção Cricotireoidiana
É a punção da membrana cricotireoidiana por um cateter
venoso de grosso calibre, com isso, permite a rápida passagem
de ar nos quadros de obstrução total das vias aéreas
superiores.
Posicione o animal em decúbito lateral ou dorsal e a porção
ventral do pescoço deve ser manipulada para localizar e
tracionar a área da glote, onde ao centro se localiza a
membrana cricotireoidiana, sendo detectada por conta de
uma suave depressão observada quando se pressiona a
região.
Utilize um cateter periférico de grosso calibre (12 G ou 14 G)
para a punção na porção média da membrana
cricotireoidiana, em seguida, retire o mandril do cateter e
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.118
@apostilavet
Emergência

acople o mesmo ao circuito de oxigênio com alto fluxo (até


200 ml/kg/min) enquanto desobstrui a via aérea ou a
traqueostomia de emergência.
ABORDAGEM SECUNDÁRIA
Após a abordagem primário deve ser feito um exame físico
mais completo. Conforme o livro de Jericó e colaboradores
(2015), um exemplo para uma abordagem secundária é:

AR Há patência de vias respiratórias?

Como está o ritmo cardíaco?


Tem boa sincronia de pulso arterial e
BATIMENTOS/ batimentos? Como estão os parâmetros
BOA hemodinâmicos?
RESPIRAÇÃO
Tem uma boa relação respiração com a
ventilação?

Como está a perfusão?


OXIGENAÇÃO A ventilação e a circulação funcionam?
Como está a curva de lactato?

Há hematoma na região inguinal? Há


fratura de pelve? Realize toque retal à
RETROPERITÔNIO
procura de sangue e fragmentos ósseos.
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.119
@apostilavet
Emergência

Avalie os parâmetros de hidratação e


volemia.
DESIDRATAÇÃO/
Faça um protocolo de controle da dor.
DOR
Em muitos casos, a dor é a causa da má
respiração/ventilação.

Tem dor? Tem hematoma umbilical?


A percussão é positiva para ar livre?
ABDOME
Há líquido na cavidade?
A ausculta é normal para borborigmos?
Tem risco de convulsão? O paciente é
diabético?
GLICEMIA/
Está bem nutrido, pode ser
GÂNGLIOS/
hipoglicemia?
GESTAÇÃO
Como estão os linfonodos?
Há risco de prenhez positiva?
Faça o exame completo, cheque a
consciência pela escala AVDN.
ENCÉFALO Tem trauma craniano? Utilize a escala e
Glasgow adaptada para avaliar a
gravidade do trauma crânioencefálico.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.120
@apostilavet
Emergência

Tem fratura, luxação, laceração?


MEMBROS
Algum ferimento importante?

ESCALA AVDN
A - Alerta
V - alerta à resposta Verbal
D - alerta ao estímulo Doloroso
N - não responde

Escala de Glasgow
Deve somar os pontos contabilizados nas três áreas, obtendo
um valor de 3 a 18 pontos.
03 a 08 pontos - desfavorável.
09 - 14 pontos - reservado.
15 - 18 pontos - favorável.

AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA PONTUAÇÃO


Atividade motora
Normal, reflexos normais 6
Hemiparesia ou tetraparesia 5

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.121
@apostilavet
Emergência

Deambulação intermitente 4
Rigidez extensora constante 3
Rigidez extensora com opistótono 2
Reflexos ausentes/deprimidos, hipotonia 1

Reflexos Cerebrais

Pupilares e oculocefálico normais 6


Pupilares lentos e oculocefálicos normais ou 5
reduzidos
Miose bilateral responsiva com reflexos 4
oculocefálicos reduzidos ou ausentes
Pupilas vidradas com reflexos oculocefálicos 3
reduzidos ou ausentes
Midríase unilateral e arresponsiva, com 2
reflexos oculocefálicos reduzidos ou ausentes
Midríase bilateral e arresponsiva, com 1
reflexos oculocefálicos reduzidos ou ausentes
Nível de Consciência
Responsivo ao ambiente e alerta 6
Depressão, com capacidade de responder ao 5
ambiente
Semicomatoso, com resposta ao estímulo 4
visual
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.122
@apostilavet
Emergência

Semicomatoso, com resposta ao estímulo ao 3


estímulo auditivo
Semicomatoso, com resposta apenas aos 2
estímulos neurológicos repetidos
Comatoso, sem resposta a qualquer estímulo 1

Parada Cardíaca
Antes de abordarmos sobre os ritmos de parada cardíaca, é
importante recordarmos como é um eletrocardiograma (ECG)
normal.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.123
@apostilavet
Emergência

FLUTTER E FIBRILAÇÃO VENTRICULARES


É uma disfunção elétrica grave dos ventrículos.
Flutter ventricular é uma taquicardia ventricular
muito rápida, não conseguindo distinguir os
complexos QRS ou ondas T.
Com isso, transforma-se rapidamente em fibrilação
ventricular, sendo uma forma de parada cardíaca com
prognóstico desfavorável.

Tratamento
O tratamento mais eficaz é a desfibrilação
elétrica (5 a 10 J/kg nas massagens fechadas
e 0,5 a 1 J/kg nas massagens internas).
Pode usar EPINEFRINA intravenosa (0,1 mg/kg) ou
intratraqueal (0,2 ml/kg diluídos em 5 a 10 ml de solução
salina fisiológica).
Lidocaína em bolus (2 mg/kg) seguida de infusão
contínua, que deve ser mantida após a desfibrilação.
Ritmos fibrilatórios JAMAIS é indicado o uso de atropina.
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.124
@apostilavet
Emergência

Na ausência de desfibrilador tenta a associação de


cloreto de potássio (1 mEq/kg), lidocaína (1 mg/kg) e
gliconato de cálcio (0,5 mg/kg de solução a 10%) IV ou
intracardíaca.
ASSISTOLIA VENTRICULAR
Nenhum impulso é gerado por marca-passos atriais ou
ventriculares.
Tratamento
Reanimação cardiopulmonar.
Epinefrina intravenosa ou intratraqueal pode converter a
assistolia em fibrilação ventricular, permitindo a
desfibrilação elétrica.
PACIENTE EM FIBRILAÇÃO: preferível realizar lidocaína na
dose de 2 mg/kg IV (dose única)
OUTRAS MEDICAÇÕES EM CASO DE PARADA:
- adrenalina na dose de 0,01 mg/kg (caso a parada
cardiopulmonar tenha ocorrido a um tempo significativo,
usar doses elevadas de 0,1 mg/kg IV ou intra-ósseo.
- atropina: 0,04 mg/kg, utilizar nos quadros de bradicardia
quando TEM batimento cardíaco!

FÁRMACOS
Amiodarona
DOSE PARA CÃO:
ATAQUE: 10 a 30 mg/kg, a cada 24h, por 7 a 10 dias.
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.125
@apostilavet
Emergência

MANUTENÇÃO: 5 a 15 mg/kg, a cada 24h.


Atenolol
DOSE PARA CÃO:
6,25 a 50 mg, a cada 12h (iniciar com baixa dose e
aumentar para efeito.
DOSE PARA GATO:
6,25 a 12,5 mg, a cada 12h (iniciar com baixa dose e
aumentar para efeito.
Atropina
DOSE PARA CÃO:
0,01 a 0,04 mg/kg IV, IM ou o dobro da dose
intratraqueal.
0,02 a 0,04 mg/kg SC.
DOSE PARA GATO:
0,01 a 0,04 mg/kg IV, IM ou o dobro da dose
intratraqueal.
0,02 a 0,04 mg/kg SC.
Bicarbonato de sódio
DOSE PARA CÃO:
0,5 a 1 mEq/kg IV
1 mEq = 85 mg.
DOSE PARA GATO:
0,5 a 1 mEq/kg IV.
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.126
@apostilavet
Emergência

Cloreto de magnésio
DOSE PARA CÃO:
1 a 2 mg/kg/min IV.
Dobutamina
DOSE PARA CÃO:
5 A 20 µg/kg/min IV (iniciar com dose baixa e aumentar
para efeito).
DOSE PARA GATO:
1 a 5 µg/kg/min IV (iniciar com dose baixa e aumentar
para efeito).
Dopamina
DOSE PARA CÃO:
2 a 20 µg/kg/min IV (iniciar com dose baixa e aumentar
para efeito).
DOSE PARA GATO:
2 a 10 mg/kg/min IV (iniciar com dose baixa e aumentar
para efeito).
Epinefrina
DOSE PARA CÃO E GATO:
0,2 mg/kg IV ou intra-ósseo (IO) ou 0,4 mg/kg,
intratraqueal, a cada 3 a 5 minutos.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.127
@apostilavet
Emergência

Fludrocortisona
DOSE PARA CÃO:
0,025 mg/kg, VO, a cada 12 a 24h.
DOSE PARA GATO:
0,1 mg/animal VO a cada 24h.
Gliconato de cálcio
DOSE PARA CÃO E GATO:
0,5 a 0,75 ml/kg IV lenta (solução a 10%).
Insulina
DOSE PARA CÃO E GATO:
HIPERPOTASSEMIA: 0,5 a 1 UI/kg, insulina regular com 2g
de glicose por UI de insulina IV.
Lidocaína
DOSE PARA CÃO:
2 A 8 mg/kg IV em bolus lentos de 2 mg/kg, seguidos de
infusão venosa contínua de 25 a 100 µg/kg.min.
DOSE PARA GATO:
0,25 a 0,75 mg/kg IV em 5 minutos.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.128
@apostilavet
A maioria dos animais
internados possuem alguma
alteração sistêmica que faz com Nutrição
ocorra um balanço calórico
negativo, com o tempo leva a
desnutrição, perda de massa
muscular, disfunções sistêmicas, queda na resposta
imune, comprometimento na cicatrização tecidual e
alteração no metabolismo de fármacos.

Avaliação nutricional
Para escolher a melhor abordagem nutricional, é importante
fazer a avaliação nutricional sistemática dos pacientes.
A determinação do escore de condição corporal é uma forma
útil e simples de avaliar o estado nutricional, mas ele foi
desenvolvido para verificar os depósitos de gordura e não
para analisar as perdas de massa muscular.
INDICAÇÕES PARA A INTERVENÇÃO
NUTRICIONAL INTENSIVA
Consumo prolongado de dieta desbalanceada.
Ingestão inadequada de alimentos, inferior à necessidade
energética basal, por mais de 3 dias.
Rápida perda de peso (acima de 5% do peso corporal) ou
perda crônica (acima de 10%) sem perda de fluidos.
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.129
@apostilavet
Nutrição

Cirurgia ou trauma recente e aumento da perda de


nutrientes por ferimentos, êmese, diarreia ou
queimaduras.
Baixo escore de condição corporal (inferior a 3 na escala
de 9 pontos e inferior a 2 na escola de 5 pontos).
Perda acentuada de massa muscular em membros e
região frontal e parietal do crânio.
Concentração de albumina sérica inferior aos parâmetros
normais.
Situações de hipermetabolismo, como infecção, traumas,
queimaduras e cirurgia.
Uso prolongado de fármacos catabólicos.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.130
@apostilavet
Nutrição

Necessidades nutricionais
As necessidades energéticas dos pacientes doentes são
estimadas através da soma da energia necessária para o
metabolismo basal, atividade física voluntária e enfermidade.
As dietas comerciais do tipo superpremium de elevada caloria
(acima de 420 kcal por 100 g) possui todos os nutrientes
necessários, podendo ser utilizadas no suporte nutricional de
animais com anorexia, tanto aqueles que precisam da
alimentação via tubo como aqueles que consomem por via
oral voluntariamente.
Cálculo de Consumo
ANIMAIS NÃO ENFERMOS!
Peso metabólico (PM).
Peso corporal (PC).
Necessidade energética (NE).
NRC recomenda: expoente 0,75 para cães e 0,67 para
gatos não obesos.
0,75
NE = EM X PC
0,67
NE = EM X PC
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.131
@apostilavet
Nutrição

ENERGIA METABÓLICA RECOMENDADA


Cães 0,75
Idade (anos) Kcal EM/kg
1-2 130 (125 - 140)
3-7 110 (95 - 130)
+ 7 (CÃES IDOSOS) 95 (80 - 120)

Gatos 0,67
Sexo - atividade Kcal EM/kg
GATOS CASTRADOS E/OU 52 - 75
VIVENDO EM AMBIENTES
INTERNOS
GATOS ATIVOS 100
Depois de descobrir a necessidade energética do animal, você
irá dividir a NECESSIDADE ENERGÉTICA pela ENERGIA
METABÓLICA DO ALIMENTO, a informação da energia
metabólica está presente na embalagem da ração.
Após a divisão, é só converter o valor para gramas.
SELEÇÃO DE ALIMENTOS INDUSTRIALIZADOS
PARA PACIENTES EM ESTADO CRÍTICO
Cão
ENERGIA METABOLIZÁVEL (kcal/g): > 4,2
PROTEÍNA (%): > 26
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.132
@apostilavet
Nutrição

EXTRATO ETÉREO (%): > 18


CARBOIDRATOS (%): < 35
FIBRA BRUTA (%): < 2
MATÉRIA MINERAL (%): < 7,5
Gato
ENERGIA METABOLIZÁVEL (kcal/g): > 4,2
PROTEÍNA (%): > 32
EXTRATO ETÉREO (%): > 18
CARBOIDRATOS (%): < 25
FIBRA BRUTA (%): < 2
MATÉRIA MINERAL (%): < 7,5
Suporte nutricional enteral
A terapia nutricional enteral é o fornecimento de nutrientes
no lúmen do trato gastrointestinal, administrado pela boca,
sondas ou ostomias.
SONDAS NASOESOFÁGICAS
Método mais indicado para cães e gatos doentes que
precisam de suporte nutricional por período inferior a 1
semana.
A sonda não deve penetrar o estômago, o pequeno calibre da
sonda permite somente a administração de dietas líquidas
sem partículas, dificultando o suprimento calórico e proteico.
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.133
@apostilavet
Nutrição

O comprimento da sonda deve ser estimada pelo


posicionamento dela desde o plano nasal até a extensão
do 7º espaço intercostal.
Lubrificar a extremidade com lidocaína a 5% e manter a
cabeça do paciente em posição normal.
A sonda deve ser colocada na face ventrolateral de uma
das narinas externas (direita ou esquerda) e introduzida
em direção caudoventral e medial em uma das cavidades
nasais.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.134
@apostilavet
Nutrição

Para a confirmação da localização da sonda no interior


do esófago, pode colocar 5 ml de solução fisiológica
estéril através do tubo, sendo que a ausência do reflexo
de tosse ou espirro sugere posição esofágica.
A fixação da sonda pode ser feita com cola de
cianocrilato, na linha média nasal.
Usar colocar elisabetano para a proteção do tubo.
Qual dieta escolher?
Indicado o uso de alimentos úmidos (enlatados)
hipercalóricos para cães ou gatos, diluídos em
água.
É um alimento úmido hipercalórico quando possui mais de 1,7
kcal por grama.
O fornecimento do alimento deve ser aos poucos e respeitando
a capacidade de absorção e digestão do animal, fornece 1/3
da quantidade calculada no primeiro dia, no segundo dia 2/3
e no terceiro dia fornece toda a necessidade energética basal
do paciente.
SONDAS ESOFÁGICAS
É uma via segura por proporcionar uma digestão eficiente.
O animal consegue beber água e comer normalmente, mesmo
com a sonda.
Possibilita a administração de alimentos mais consistentes e
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.135
@apostilavet
Nutrição

em maior quantidade, também pode permanecer por longos


períodos.
A alimentação pode se iniciar aproximadamente 2h após o
término da cirurgia.
Cálculo para cães
0,75
NE = PC X 95 KCAL/DIA

Cálculo para gatos


0,67
NE = PC X 100 KCAL/DIA
No primeiro dia administre 25% da quantidade total calculada
de alimento, no segundo dia forneça 50% e no terceiro dia
75%, no quarto dia administre via sonda a quantidade total
estipulada.
Pode usar de alimento a ração comercial seca tipo
superpremium, para cães ou gatos em crescimento.
A ração deve ser umedecida em água potável, triturada em
liquidificador, coada em peneira e administrada via sonda
com o auxílio de seringa.
A quantidade total de alimento diário é dividida em 6
refeições, com o intervalo mínimo de duas horas entre elas e
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.136
@apostilavet
Nutrição

duração de 10 a 15 minutos cada, sendo fornecida em bolus.


A sonda deve ser higienizada com água após cada
alimentação.
A capacidade gástrica de cães e gatos pode ser estimada em
até 50 ml por kg de peso corporal em cada refeição.
A ingestão hídrica pode ser calculada em 70 a 85 ml por kg
de peso corporal, sendo que o volume hídrico utilizado para
umedecer a dieta e para a higienização da sonda devem ser
contabilizados.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.137
@apostilavet
Nutrição

SONDAS GÁSTRICAS
Pode ser utilizada por longos períodos (meses a anos).
O diâmetro da sonda permite a administração de alimentos
mais consistentes e na forma não digerida.
Indicações
Animais acometidos por doenças orofaringianas ou
distúrbios esofágicos.
Casos de lipidose hepática.
Quadros de anorexia resultantes de distúrbios
debilitantes.
Contraindicações
Animais com vômitos incoercíveis, distúrbios
gastroentéricos, ascite, peritonite, pancreatite e
pacientes que precisam de suporte nutricional por
período inferior a 5 dias.
SONDAS INTESTINAIS
Indicado nos quadros que o estômago não apresenta
condições de uso.
Indicações: pancraetite, cirurgia pancreática, cirurgia
hepatobiliar, obstrução gastrointestinal proximal, neoplasia,
cirurgia gastrointestinal extensa e animais com risco de
aspiração, coma, decúbito prolongado e distúrbios de
motilidade esofágica.
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.138
@apostilavet
Nutrição
Alimentação pode começar 24 horas após a cirurgia, devido
ao pequeno calibre do tubo a dieta deve ser líquida e é
recomendada o emprego de dietas pré-digeridas.
Pode utilizar as mesmas dietas recomendadas para as sondas
nasoesofágicas, mas o animal pode apresentar diarreia,
flatulência e desconforto abdominal pelo animal não sofrer a
digestão.
O alimento deve ser administrado por infusão contínua
através de um equipo de administração.
Seu uso é indicado para períodos longos (semanas a meses) e
o período mínimo recomendado é de 5 a 7 dias.
Durante a rotina na clínica
cirúrgica você irá se deparar
com diversos instrumentos que Instrumentos
possui finalidades variáveis.
Saber sobre o seu nome, momento
Cirúrgicos
de utilização e finalidade dos
principais instrumentos, é muito
importante.
Diérese
São instrumentos que possuem a função de cortar e/ou
divulsionar os tecidos.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.139
@apostilavet
Instrumentos

BISTURI
Utilizado para realizar incisões precisas dos tecidos, causando
um dano mínimo às estruturas ao redor.
Formado por um cabo com encaixe em uma das
extremidades para colocar a lâmina.
Cabo número 3: utiliza lâminas de nº 9
17, são lâminas pequenas que possibilitam incisões mais
delicadas.
Cabo número 4: utiliza lâminas nº18 a 50.
Cabo número 7 e 9: recebem as mesmas lâminas que o
cabo nº 3, porém possuem um comprimento maior, sua
indicação é para incisões em locais mais profundos.

A lâmina é encaixada e retira no cabo com o auxílio de uma


pinça de preensão.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.140
@apostilavet
Instrumentos

TESOURAS
Suas funções inclui cortar, dissecar, debridar ou divulsionar
tecidos orgânicos, além disso, também podem ser utilizadas
para cortar fios cirúrgicos, gaze, borrachas, plásticos e etc.
As tesouras cirúrgicas mais utilizadas são as de Metzenbaum,
Mayo e tesouras cirúrgicas de uso geral.
As pontas das tesouras podem ser romba-romba, romba-fina
ou fina-fina.

Tesoura romba-
romba.
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.141
@apostilavet
Instrumentos

Tesoura romba-fina.

Tesoura fina-fina.

As tesouras de Metzenbaum são usadas para o corte e


disecção de tecidos mais delicados, não sendo utilizada para
a abertura da linha alba.
são utilizadas em cavidades, pois alcançam estruturas
mais profundas.
podem ser retas ou curvas.

Imagem: Internet
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.142
@apostilavet
Instrumentos
As tesouras de Mayo são utilizadas para debridar e cortar
tecidos mais densos.
ex.: fáscias e músculos.
A tesoura de bandagem de Lister é
utilizada para remover ataduras.

Imagem: Internet
As tesouras de Littauer e
Spenser são usadas para a
remoção das suturas cirúrgicas.

Imagem: Internet

Pinças de
Dissecção
Imagem: Internet
Usada para a manipulação de tecidos,
variando em comprimento e formato das
pontas.
As pontas podem ser com ou sem dentes de rato.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.143
@apostilavet
Instrumentos

As pinças com dentes de


rato são mais traumáticas.
Pode ser utilizada na
preensão de tecidos mais
densos, como pele e
Imagem: Internet aponeurose.

As pinças sem dentes,


também conhecida como
anatômica, possuem
ranhuras transversais nas
pontas, sendo atraumático e
utilizado na manipulação de Imagem: Internet
vasos, nervos e paredes de
vísceras.
Hemostasia
Instrumentos destinados a prevenir ou deter uma hemorragia
ou impedir a circulação temporária de um determinado local.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.144
@apostilavet
Instrumentos

PINÇA HEMOSTÁTICA DE CRILE


Apresenta ranhuras transversais em toda a sua porção
prensora, permitindo o pinçamento de pedículos sem que
deslizem.

Imagem: Internet

PINÇA HEMOSTÁTICA KELLY


Possui ranhuras nos dois terços iniciais da garra, pode ser
curva ou reta. Indicada para o pinçamento de vasos e fios
calibrosos.

Imagem: Internet
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.145
@apostilavet
Instrumentos

PINÇA HEMOSTÁTICA DE HALSTED


É a pinça mais delicada, possui ranhuras transversais em toda
a porção prensora, pode ser reta ou curva. Indicada para o
pinçamento de vasos de menor calibre e reparo de fios.

Imagem: Internet

PINÇA HEMOSTÁTICA DE KOCHER


Pinça robusta com ranhuras transversais em toda a porção
prensora e apresenta dentes de rato nas suas pontas. É mais
traumática e pode ser retas ou curvas.

Imagem: Internet

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.146
@apostilavet
Instrumentos

Síntese
São instrumentos voltados para a aplicação de suturas.
PORTA-AGULHA DE MAYO-HEGAR
É um dos mais utilizados.
Temos o porta-agulha com ranhuras em
sua parte prensora e uma fenda central
em sentido longitudinal, isso ajuda a
impedir a rotação da agulha quando a
força é aplicada.
Além desse modelo, temos o porta-
agulha sem a presença da fenda
central, esse proporciona melhor preensão com maior
durabilidade.

Imagem: Internet

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.147
@apostilavet
Instrumentos

PORTA-AGULHA DE OLSEN-HEGAR
Similar ao Mayo-Hegar, sendo utilizado por cirurgiões que
operam sozinhos devido a combinação de porta-agulha e
tesoura.

Imagem: Internet

PORTA-AGULHA DE MATHIEU
Não possui anéis digitais.

Imagem: Internet

Instrumentos Especiais
PINÇAS DE CAMPO OPERATÓRIO
Pinças usadas para prender os panos de campo à pele do
paciente, impedindo que estes deslizem no campo operatório
durante a cirurgia.
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.148
@apostilavet
Instrumentos

Pinça Backhaus

Imagem: Internet

PINÇAS PARA ANTISSEPSIA


Pinças com hastes longas e é utilizada durante a antissepsia
do paciente.
Pinça Foerster

Imagem: Internet

PINÇAS DE TECIDOS
Pinças que fazem a preensão dos tecidos, podem ser
traumáticas ou atraumáticas.
Pinça Allis
Pinça de preensão traumática, possui dentes na sua
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.149
@apostilavet
Instrumentos
superfície. Indicado o uso em tecido conjuntivo ou planos
fasciais, não pode ser utilizada em pele ou vísceras.

Imagem: Internet

Pinça Intestinal de Babcock


Pinça menos traumática que a Allis.

Imagem: Internet

Pinça Intestinal de Doyen


Pinça de preensão atraumática. Usada nas ressecções de
segmentos do tubo digestivo, tendo como funções evitar a
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.150
@apostilavet
Instrumentos
passagem de secreções para o campo operatório, além de
promover a hemostasia temporária do local. Pode ser reta ou
curva.

Imagem: Internet

Instrumentos de Exposição
AFASTADORES MANUAIS
Exposição é feita pela tração exercida pelo cirurgião ou
auxiliar.
Afastadores de Farabeuf
Indicado para afastar a pele, subcutâneo e músculos
superficiais. Muito utilizado na medicina veterinária.

Imagem: Internet

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.151
@apostilavet
Instrumentos
passagem de secreções para o campo operatório, além de
promover a hemostasia temporária do local. Pode ser reta ou
curva.

Imagem: Internet

Instrumentos de Exposição
AFASTADORES MANUAIS
Exposição é feita pela tração exercida pelo cirurgião ou
auxiliar.
Afastadores de Farabeuf
Indicado para afastar a pele, subcutâneo e músculos
superficiais.

Imagem: Internet

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.152
@apostilavet
Instrumentos

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.153
@apostilavet
Instrumentos

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.154
@apostilavet

Saber montar a mesa


cirúrgica é muito importante, Mesa
dessa forma, otimiza a Cirúrgica
cirurgia e deixa mais
organizado para o cirurgião
encontrar os instrumentais.
4. EXPOSIÇÃO 5. ESPECIAL 6. SÍNTESE
Afastadores CAMPO Agulhas, porta-
agulhas, fio,
Mathieu/Hegar

3. HEMOSTASIA 2. PREENSÃO 1. DIÉRESE


Pinças Kocher/ Pinças anatômicas Tesoura, bisturi
Rochester/ Kelly/ com dente/sem
Halsted dente

Imagem: Internet
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.155
@apostilavet

Podem ser classificados de


várias formas, como com base Fios de
nas características de Sutura
absorção, número de
filamentos, características
capilares e origem das fibras.
Os fios cirúrgicos são compostos por material de várias
origens, podendo ser orgânicos ou sintéticos.

Categute
ORIGEM: animal.
Fio monofilamentar torcido.
Alta reação tecidual.
Sua absorção é irregular.
Baixa força tênsil, está mais sujeito a deiscência
(abertura das suturas), além disso, tem uma alta
capilaridade, com isso, o nó tende a afrouxar,
principalmente em tecido edemaciado.
INDICAÇÃO: tecidos com pouca resistência, ligaduras de
vasos sanguíneos e vias urinárias.
CONTRAINDICAÇÃO: uso sob tensão, procedimentos
neurológicos ou cardiovasculares. Não usar em
aponeuroses, tecido edemaciado e contaminado.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.156
@apostilavet
Fios de Sutura

Ácido Poliglicólico
Fio absorvível sintético e multifilamentar.
Absorvido entre 40 e 70 dias.
Mais estável e pequena reação inflamatória.
Aderência bacteriana baixa e pode ser usado em tecidos
infectados.
INDICAÇÃO: praticamente para todos os tecidos, mas seu
uso em aponeurose é controverso.
CONTRAINDICAÇÃO: neurocirurgias e cirurgias
cardiovasculares.
Poliglactina 910
Absorvido entre 30 e 40 dias.
Mesmas indicações do ácido poliglicólico.
CONTRAINDICAÇÃO: oftalmologia, neurologia e
cardiovascular.
Poliglecaprona
Fio sintético monofilamentar.
Absorvido entre 90 e 120 dias.
INDICAÇÕES: similares às dos fios anteriores.
CONTRAINDICAÇÃO: aponeurose, microcirurgia,
neurologia, oftalmologia e cardiovascular.
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.157
@apostilavet
Fios de Sutura

Polidioxanona
Fio absorvível sintético.
Absorção em 180 dias.
INDICAÇÃO: pode ser usado em cirurgia pancreática e em
tecidos infectados, seu uso é adequado a quase todos os
tecidos, mas seu custo é alto.
CONTRAINDICAÇÃO: tecidos que requerem prolongada
manutenção de aproximação, procedimentos neurológicos
e próteses em geral.
Seda
Fio multifilamentar trançado e não absorvível.
ORIGEM: biológica.
Biodegradado em aproximadamente 2 anos.
Reação tecidual alta e pode potencializar processos
infecciosos.
INDICAÇÃO: cirurgia gastrointestinal e em ligaduras de
vasos sanguíneos.
CONTRAINDICAÇÃO: cirurgia do sistema urinário e em
sensibilidades ou alergia ao linho.
Algodão
Fio não absorvível biológico e multifilamentar torcido.
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.158
@apostilavet
Fios de Sutura

Características similares às da seda, com as mesmas


indicações de uso e contraindicações.
Intensa reação tecidual e tende a desfiar, aumentando a
reação.
Não deve ser usado em tecido infectado.
Linho
Fio não absorvível biológico e multifilamentar.
Alta reação tecidual e não deve ser usado em tecidos
infectados.
Vantagens e desvantagens dos fios de seda e algodão.
Pode formar focos de abscessos que são solucionados
somente com a sua remoção.
Náilon
Fio inabsorvível sintético, monofilamentar ou
multifilamentar trançado.
Pode ser usado em diversos tecidos, como anastomoses
intestinais, vias biliares, cirurgia cardiovascular e
neurocirurgia.
CONTRAINDICAÇÃO: uso em vias urinárias e em tecidos
que requer manutenção permanente da força tênsil.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.159
@apostilavet
Fios de Sutura

Polipropileno
Fio não absorvível sintético e monofilamentar.
Utilizado em anastomose vascular, não induzindo a
formação de trombos.
Bom fio para sutura intradérmica e é indicado para
fixação de próteses cardíacas.
CONTRAINDICAÇÃO: sistema urinário.
Poliéster
Não absorvível multifilamentar trançado.
Fio mais resistente depois do náilon e pode ser usado
para a síntese de aponeurose.
Aço
Fio não absorvível biológico, mono ou multifilamentar,
torcido ou trançado.
Maior força tênsil e menor reação tecidual.
Pode ocasionar lesões teciduais e levar a necrose.
Grande dificuldade de manuseio.

Escolha do Fio
Tecido Tamanho do Fio Materiais de Sutura Classe
não absorvível e
PELE 3-0a4-0
monofilamentar
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.160
@apostilavet
Fios de Sutura

Tecido Tamanho do Fio Materiais de Sutura Classe


TECIDO
2-0a4-0 absorvível
SUBCUTÂNEO

absorvível sintético
FÁSCIA 1a3-0 (degradação prolongada)
ou não absorvível sintético

esquelético - absorvível ou
MÚSCULO 0a3-0
não absorvível sintéticos

ÓRGÃO
PARENQUIMA- 2-0a4-0 absorvível
TOSO

ÓRGÃO
absorvível ou não
VISCERAL 2-0a5-0
OCO absorvível monofilamentar

não absorvível
TENDÃO, monofilamentar, absorvível
0a3-0
LIGAMENTO sintético (degradação
prolongada)

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.161
@apostilavet
Fios de Sutura

Tecido Tamanho do Fio Materiais de Sutura Classe


não absorvível
NERVO 5-0a7-0
monofilamentar

absorvível sintético, não


CÓRNEA 8 - 0 a 10 - 0
absorvível não metálico

LIGADURA
3-0a4-0 absorvível
VASCULAR

REPARO não absorvível


5-0a7-0
VASCULAR monofilamentar

As suturas são importantes


para a recuperação da
integridade dos tecidos. Elas Tipos de
podem ser classificadas em
contínuas ou descontínuas de
Suturas
acordo com a sua extensão.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.162
@apostilavet
Tipos de Suturas

Suturas Descontínuas
Também conhecida como suturas descontínuas ou em pontos
separados.
Os fios passam de 2 a 3 mm de distância da borda. Após
confeccionar o nó, o fio é cortado, repetindo o procedimento
até o final da incisão.
O nó deve ficar ao lado da incisão cirúrgica, pois se ficar
sobre a incisão irá favorecer o acúmulo de secreções sob a
ferida e a instalação de um processo infeccioso, também
retardará a cicatrização.
Vantagens
Contribui para a drenagem de líquidos;
Diminui o seroma entre os pontos;
Se precisar retirar só um ponto, não irá comprometer a
sutura em toda a sua extensão.
Grande habilidade em manter a sua resistência.
Desvantagens
Gasto de material é maior;
Demora mais;
Provoca uma reação inflamatória mais intensa devido à
quantidade de pontos.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.163
@apostilavet
Tipos de Suturas

SUTURA DESCONTÍNUA SIMPLES OU


PONTOS SIMPLES SEPARADO
É realizado a inserção da agulha e do fio através do tecido de
um lado da incisão/ferimento, cruza a ferida em ângulo reto e
é inserido através do tecido no lado oposto, amarrando o fio.
TIPO DE SUTURA MAIS INDICADO PARA SER FEITO NA
PELE!
Mas, também pode ser utilizada em fáscia muscular, vaso
sanguíneo, intestino, cápsula renal, ureter, uretra, córnea,
linha média, traqueia, nervo e diafragma.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.164
@apostilavet
Tipos de Suturas

SUTURA DE DONATTI OU "U" VERTICAL


Sutura definida como longe-longe-perto-perto, tendo como
referência a borda da ferida.
A AGULHA ENTRA LONGE DA BORDA NOS DOIS LADOS
E DEPOIS RETORNA PERTO DA BORDA NOS DOIS
LADOS!
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.165
@apostilavet
Tipos de Suturas

O cirurgião deverá envolver o tecido subcutâneo além da pele.


PODE SER FEITA EM PELE OU FÍGADO

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.166
@apostilavet
Tipos de Suturas

SUTURA DE WOLFF OU "U" HORIZONTAL OU


DE COLCHOEIRO
A agulha entra paralela nos dois lados da borda da ferida,
sendo que esse tipo de sutura pode everter as bordas,
devendo tomar cuidado ao aproximar as bordas.
PODE SER UTILIZADA EM PELE, SUTURAS DE HÉRNIAS
OU APONEUROSES E FERIMENTOS EXTENSOS NA PELE.
A sutura de Wolff e de Donatti são indicadas para situações
em que a sutura ofereça tensão.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.167
@apostilavet
Tipos de Suturas

SUTURA DE WOLFF CAPTONADA


Utiliza tubos de borracha, ou silicone ou gaze durante o ponto
Wolff. O fio fica protegido pelo tubo, evitando assim que corte
a pele.
PODE SER EMPREGADA EM SITUAÇÕES QUE O FIO FICA
SOB FORTE TENSÃO, POIS A PRESENÇA DO TUBO
IMPEDE QUE O FIO SOB TENSÃO, PENETRE A PELE.
Outro modelo de sutura, como a sutura de pontos simples,
pode ser usado para coaptar (juntar) a linha de incisão.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.168
@apostilavet
Tipos de Suturas

SUTURA ENCAVILHADA
As alças de cada sutura são apoiadas em um cilindro, que é
colocado de forma paralela às bordas da ferida.
NÃO DIMINUI O APORTE SANGUÍNEO DURANTE O
PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.169
@apostilavet
Tipos de Suturas

SUTURA DE LEMBERT
Agulha entra longe e sai perto em apenas uma borda da
ferida e, depois de cruzar a borda, entra perto e sai longe.
Evita contaminação por não ser perfurante total e é
invaginante.
PODE SER FEITA EM
ÓRGÃOS OCOS COMO
PULMÃO E INTESTINO.
A agulha penetra as camadas
serosa, muscular e submucosa,
mas não atravessa a membrana
mucosa.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.170
@apostilavet
Tipos de Suturas

SUTURA DE SWIFT
A agulha entra pela mucosa e sai na adventícia, no sentido de
dentro para fora, e, após cruzar a ferida, volta no sentido
contrário, ou seja, da adventícia para a mucos.
O nó cirúrgico fica para dentro do lúmen do órgão.
INDICADA ESPECIALMENTE PARA SUTURAR O
ESÔFAGO.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.171
@apostilavet
Tipos de Suturas

SUTURA EM "X" OU SULTAN


Começa como se fosse dois pontos simples paralelos passando
através da ferida cirúrgica, mas sem interromper, com isso,
forma um X.
PODE FAZER NA LINHA MÉDIA E FÁSCIA MUSCULAR.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.172
@apostilavet
Tipos de Suturas

SUTURA EM JAQUETÃO
Ocorre sobreposição das bordas da ferida.
A agulha entra longe em uma borda da ferida, estando a
outra logo abaixo. A agulha entrará perto na outra borda.
PODE FAZER EM SUTURAS DE HÉRNIAS UMBILICAIS.

SUTURA DE BUNELL E DE KESSLER


Recomendado para reparo de tendões e ligamentos.
SUTURA DE RELAXAMENTO
Após a realização de dois ou três pontos simples, faz outro
ponto simples, porém entrando e saindo com a agulha mais
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.173
@apostilavet
Tipos de Suturas

afastada da borda.
PODE FAZER EM SUTURAS QUE ARESENTAM TENSÃO E
PRECISAM DIMINUIR O ESPAÇO MORTO.

SUTURA DE GELLY OU DE HALSTED


Sutura resistente, aproxima bem e comprime pouco os tecidos.
INDICADA PARA SUTURAS DE ESTÔMAGO

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.174
@apostilavet
Tipos de Suturas

SUTURA DE GAMBEE
USADA EM CIRURGIAS INTESTINAR POR REDUZIR A
EVERSÃO DE MUCOSA.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.175
@apostilavet
Tipos de Suturas

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.176
@apostilavet
Tipos de Suturas

Suturas Contínuas
Não são cortadas após dar o nó inicial e após cada repasse
nas bordas.
SUTURA CONTÍNUA SIMPLES
A agulha entra na pele formando um ângulo reto em relação à
incisão, em ambos os lados.
Ao retornar para o outro lado, o fio vem de forma oblíqua
atravessando a borda, esse processo se repete até o final.
APLICADA NOS TECIDOS ELÁSTICOS QUE NÃO SÃO
SUBMETIDOS A UMA TENSÃO CONSIDERÁVEL.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.177
@apostilavet
Tipos de Suturas

SUTURA FESTONADA
Após a agulha passar pelas bordas da ferida, o fio é ancorado
na lançada anterior, sendo apertado em seguida, esse
processo se repete até o final da incisão.
PODE FAZER EM PELE, FÁSCIA MUSCULAR, VESÍCULA
URINÁRIA E ESTÔMAGO.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.178
@apostilavet
Tipos de Suturas

SUTURA DE CUSHING
Sutura feita na seromuscular das vísceras, com isso, não
oferece muito risco de contaminação.
Introduz a agulha paralelamente à borda da ferida de um
lado e do outro, pegando somente a camada serosa e
muscular. Seu retorno é através da muscular e da serosa.
PODE FAZER EM ESTÔMAGO E VESÍCULA URINÁRIA.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.179
@apostilavet
Tipos de Suturas

SUTURA DE CONELL
Semelhante com a de Cushinh, mas atravessa todas as
camadas incorporando a mucosa (padrão seromucosa).
PODE FAZER EM ÓRGÃOS OCOS.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.180
@apostilavet
Tipos de Suturas

SUTURA DE LEMBERT CONTÍNUA


Primeira perfuração feita um pouco mais longe da borda da
ferida e sai do mesmo lado mais perto da borda. Na segunda
borda, entra perto e sai longe.
É uma sutura invaginante e seromuscular.
FEITA NO FECHAMENTO DO INTESTINO OU DO ÚTERO,
REQUER MENOS TEMPO QUE A INTERROMPIDA.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.181
@apostilavet
Tipos de Suturas

SUTURA EM BOLSA DE TABACO


Realizada em círculo, circundando uma abertura ou um
orifício. Ao concluir o círculo, aperta-se o fio e dá o nó.
FEITA EM FECHAMENTO DE ORIFÍCIOS NATURAIS,
COMO ÂNUS, EVITANDO CONTAMINAÇÃO E SAÍDA DE
LÍQUIDOS PARA O CAMPO OPERATÓRIO, ALÉM DISSO,
TAMBÉM REALIZA O FECHAMENTO DE ABERTURAS
FEITAS POR TROCARTE.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.182
@apostilavet
Tipos de Suturas

SUTURA DE PARKER-KERR
Sutura em dois planos. O primeiro é confeccionado com um
padrão de Cushing aplicado sobre uma pinça de hemostasia.
Após isso, a pinça é retirada lentamente e o fio é tracionado.
As bordas se invertem e em seguida faz uma sutura de
Lembert contínua.
FEITA EM COTO UTERINO.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.183
@apostilavet
Tipos de Suturas

Saber a finalidade e a
utilização das clorexidinas na
rotina de estágio é muito
importante e é um dos princípios Clorexidina
básicos.

Degermante
A clorexidina degermante é um antisséptico tópico utilizado
para a degermação da pele do paciente, antes de
procedimentos invasivos, como cirurgia, cateter venoso e
afins.
Além disso, também é utilizada para o banho pré-operatório
do paciente, preparo da mãos...
Aquosa
A clorexidina aquosa é um antisséptico químico, antifúngico e
um bactericida, sendo capaz de eliminar bactérias gram-
negativa e gram-positiva. Indica-se o seu uso diário em
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.184
@apostilavet
Instrumentos
higienização da pele íntegra.
Alcoólica
A clorexidina alcoólica é indicada como antisséptico tópico,
possuindo baixo potencial de toxicidade e é um pouco
absorvido pela pele íntegra, sendo o seu uso considerado
seguro.

O álcool 70% é um bactericida de


amplo espectro (gram + e gram
-), sendo usado em
procedimentos de rotina, como
aplicação, coleta de materiais,
mão... Sozinho não faz uma
antissepsia boa.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.185
@apostilavet

Realizada para a
estabilização emergencial na
clínica de pequenos animais,
Toracocentese
além de permitir esclarecer as
dúvidas referentes a presença
de líquido ou gás no tórax.
Todo paciente com efusão torácica em dispneia,
deverá ser submetido a toracocentese e drenagem
pleural antes de ser encaminhado para o
diagnóstico por imagem, pois pode ter apneia se
for posicionado em decúbito dorsal na radiografia
antes da drenagem.
O paciente deve estar em decúbito esternal e a punção é
realizada entre o 6º, 7º ou 8º espaço intercostal (é definido
em contagem regressiva a partir do 12º espaço.
A junção costocondral é para a coleta de líquido e o terço
dorsal do tórax para a coleta de ar.
É usado o escalpe 19 ou 21 G, ou cateter 18 ou 21 G,
conectado a uma seringa de 10 ou 20 ml por meio de uma
torneira de 3 vias.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.186
@apostilavet
Toracocentese

Procedimento realizado em
suspeitas de efusão abdominal,
pacientes com histórico de Abdominocentese
trauma (hemoperitônio ou
uroperitônio) e peritonite.

A punção permite a classificação do líquido em transudato,


transudato modificado ou exsudato séptico ou asséptico.
O material utilizado para a punção é uma seringa de 3ml ou 5
ml associada a uma agulha 25 X 7 mm ou a um escalpe 19 G
ou 21 G.
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.187
@apostilavet
Abdominocentese

Animal é posicionado em estação ou decúbito lateral, é


realizado a tricotomia e antissepsia da região.
A punção é realizada caudal à cicatriz umbilical, na região de
linha alba.
Saber identificar a coloração
das fezes e os seus aspectos é
importante para verificar se o Coloração
paciente está acometido por
parasitas, se possui alguma lesão
das Fezes
que cause sangramentos e etc.

Fezes de Cães

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.188
@apostilavet
Fezes

Consistência das Fezes

Imagem: VetSmart

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.189
@apostilavet
Fezes

Fezes de Gatos
SAUDÁVEIS
São consistentes e compactas, de uma cor
uniforme e que pode oscilar entre vários
tons de marrom, dependendo de sua
alimentação.
FEZES MOLES
Podem estar relacionados com alguma infecção
gastrointestinal, parasitas ou algum problema em sua
alimentação.
FEZES ESCURAS
É um marrom muito escuro ou preto, é
conhecido como melena, ou seja, é a presença
de sangue digerido nas fezes. Indica a presença
de uma hemorragia em algum ponto do sistema digestivo,
podendo ser por uma úlcera gastrointestinal ou as lesões
derivadas de uma infestação de parasitas.
SANGUE NAS FEZES
Sangue fresco ou coágulos podem ser decorrentes de alguma
lesão do sistema digestivo ou na zona anal.
FEZES BRANCAS
Raro nos gatos, mas o consumo elevado de ossos pode fazer
com que as fezes fiquem brancas e duras.
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.190
@apostilavet
Fezes

FEZES AMARELAS E VERDES


Ocorre quando a passagem do alimento pelo
intestino é mais rápida do que o normal
devido a alguma alteração digestiva.
MUCO TRANSPARENTE NAS FEZES
Pode ser devido a presença de infecções ou parasitas no
sistema digestivo.
Conseguir identificar a
coloração da urina é um passo
importante, pois possibilita Coloração da
identificar se o animal está com
alguma perda de hemácias
Urina
através da urina, se está
desidratado e afins.

Variações da Coloração
PÁLIDA OU AMARELO-CLARA: urina diluída
com baixa densidade, associada a poliúria.
doença renal terminal, ingestão
excessiva de líquidos, diabetes insipidus,
hiperadrenocorticismo...
AMARELO-ESCURA OU ÂMBAR: urina concentra-
da com densidade elevada e associada à oligúria.
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.191
@apostilavet
Urina
febre, desidratação, diminuição da ingestão hídrica,
nefrite aguda, nefrose tóxica.
ALARANJADO-ÂMBAR OU AMARELO-ESVERDEADA: presença de
bilirrubina ou bilverdina.
AVERMELHADA: presença de hemoglobina
e/ou de hemácias.
VERMELHO-ACASTANHADA: presença de
hemácias, hemoglobima, meta-hemoglobina
ou mioglobina.
AZUL-ESVERDEADA: azul de metileno (antissépticos urinários).
O teste de Schirmer é um
exame realizado para avaliar
a produção lacrimal do Teste de
paciente e para detectar Schirmer
doenças principalmente
ligadas à córnea e a
conjuntiva, por exemplo, a
ceratoconjuntivite seca.
O teste de Schirmer é feito com a colocação de tiras de papel
absorvente estéril no 1/3 médio do saco conjuntival inferior,
durante 1 minuto.
Valores menor que 15 mm/min é sugestivo de
ceratoconjuntivite seca em cães. Enquanto que o valor
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.192
@apostilavet
Teste de Schirmer

normal de felinos é de 10 mm/min.

Saber o protocolo vacinal de


cães e gatos na rotina clínica
é de extrema importância,
além disso, é importante
Vacinas
entender sobre para
conscientizar o tutor sobre a
importância da vacinação.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.193
@apostilavet
Vacinas

Vacinas Essenciais - Cães


As VACINAS ESSENCIAIS para cães, são:
CINOMOSE (CDV) ADENOVÍRUS
CANINO (CAV-1 E
PARVOVÍRUS
2)
CANINO TIPO 2
(CPV-2) RAIVA
A vacinação essencial se inicia a partir da sexta semana até a
oitava semana, com um intervalo de 2 a 4 semanas entre as
próximas doses e termina na 16ª semana.
QUATRO DOSES de vacinas serão
INICIA NA 6 OU
administradas com um intervalo de 4
8 SEMANA
semanas.

TRÊS DOSES de vacinas serão


INICIA NA 8 OU
administradas com um intervalo de 4
9 SEMANA
semanas.
A vacinação essencial pode ser iniciada mais cedo, mas nunca
antes de 4 semanas de idade com produtos contendo vírus
vivo modificado. Para cães filhotes, um produto contendo alto
título de CDV e CPV-2 pode ser usado às 4 a 6 semanas de
idade, antes de trocar para a vacina essencial trivalente às
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.194
@apostilavet
Vacinas

8 semanas de idade ou mais.


A VACINA DE REFORÇO pode ser com 12 meses de idade ou 12
meses após a última dose de vacinas de filhotes.
REVACINAÇÃO EM CÃES ADULTOS
Os cães que responderem à vacinação com vacinas essenciais
possuem uma sólida imunidade com uma memória imunológica,
essa memória imunológica perdura por vários anos.
Após o reforço com 26 ou 52 semanas, as revacinações
subsequentes são dadas em intervalos de 3 anos ou mais.
SER REVACINADO ANUALMENTE!
CÃO ADULTO Os componentes dessas vacinações
podem diferir a cada ano.
Um cão adulto ou filhote com mais de 16 semanas de
idade que foi adotado ou que possui um histórico de
vacinação desconhecido, uma dose de vacinação
essencial já induz a uma resposta imune protetora.

VACINA NOBIVAC® PUPPY DP


É uma vacina viva contra Cinomose e Parvovirose Canina.
A idade para a vacinação é entre 6 e 9 semanas de idade.
Porém, recentes pesquisas, demonstram que alguns filhotes
apresentam níveis baixos de anticorpos maternos a partir de
4 semanas de idade. O programa de vacinação normal com
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.195
@apostilavet
Vacinas

vacinas de alto título e baixa dosagem, começa com 6


semanas de idade e termina com 12 semanas de idade. Em
alguns casos especiais é necessário proteger filhotes a partir
de 4 semanas de idade, por exemplo animais com baixos
títulos de anticorpos maternos, animais expostos a alto risco e
estresse, raças mais sensíveis a parvovirose (Rottweiler,
Doberman, Labrador) e animais criados em locais onde já
ocorreram casos de parvovirose ou cinomose. Nestes casos a
vacina Nobivac® Puppy DP é utilizada.
Programa para áreas de alto risco de
parvovirose e cinomose canina
4 semanas Nobivac® Puppy DP.
6 semanas Vacina contra Cinomose, Hepatite,
Parvovirose, Parainfluenza e Leptospirose com ou sem
Coronavírus Canino.
9 semanas Vacina contra Cinomose, Hepatite,
Parvovirose, Parainfluenza e Leptospirose com ou sem
Coronavírus Canino.
12 semanas Vacina contra Cinomose, Hepatite,
Parvovirose, Parainfluenza e Leptospirose com ou sem
Coronavírus Canino.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.196
@apostilavet
Vacinas

Programa para áreas de risco


moderado para parvovirose e cinomose
canina
6 semanas Nobivac® Puppy DP.
9 semanas Vacina contra Cinomose, Hepatite,
Parvovirose, Parainfluenza e Leptospirose e Coronavírus
Canino.
12 semanas Vacina contra Cinomose, Hepatite,
Parvovirose, Parainfluenza e Leptospirose e Coronavírus
Canino.
Vacinas Essenciais - Gatos
As VACINAS ESSENCIAIS para gatos, são:
CALICIVIRUS HERPESVÍRUS
FELINO (FCV) FELINO (FHV-1)
PANLEUCOPENIA RAIVA
FELINA (FPV)
As vacinas contra FCV e FHC-1 não causam uma proteção ou
imunidade tão robusta quando comparado com o FPV.
A do FeLV é uma vacina não essencial, depende do estilo de
vida, do risco de exposição observado dos gatos individuais e
prevalência de infecção no ambiente. Deve realizar o exame
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.197
@apostilavet
Vacinas

para verificar se o gato é positivo ou não para FeLV, se o


teste der negativo, vacina-se para FeLV, caso dê positivo não
vacina para FeLV.
A vacinação essencial se inicia a partir da sexta semana até a
oitava semana, com um intervalo de 2 a 4 semanas entre as
próximas doses e termina na 16ª semana.
QUATRO DOSES de vacinas serão
INICIA NA 6 OU
administradas com um intervalo de 4
8 SEMANA
semanas.

TRÊS DOSES de vacinas serão


INICIA NA 8 OU
administradas com um intervalo de 4
9 SEMANA
semanas.
Gato geralmente começa no protocolo de vacinar na 8 ou 9
semana, faz menos vacinação, por isso começa com 2 meses
pelo menos.
A VACINA DE REFORÇO pode ser com 12 meses de idade ou 12
meses após a última dose de vacinas de filhotes.
REVACINAÇÃO EM GATOS ADULTOS
A vacinação com vacinas essenciais gera uma sólida
imunidade e uma boa memória imunológica contra o FPV,
podendo permanecer por vários anos na ausência de qualquer
repetição.
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.198
@apostilavet
Vacinas

A imunidade contra o FCV e FHV-1 é apenas parcial, sendo a


vacinação avaliada conforme os riscos que o animal é
submetido.
1. BAIXO RISCO: revacinação com vacinas essenciais a
intervalo de 3 anos ou mais.
2. ALTO RISCO: vacina contra o FPV a cada 3 anos, mas
dando as vacinas contra o FCV e FHV-1 anualmente.
GATO ADULTO
Série completa de vacinação para FVP, FHV-1 e FCV quando
filhote. Se não ter sido vacinado regularmente quando adulto,
uma única dose de vacina essencial.
GATO ADULTO OU FILHOTE COM MAIS DE
16 SEMANAS DE IDADE ADOTADO
Aplica duas doses de vacina contra o FHV-1/FCV e uma única
dose de vacina essencial contra o FPV.
VACINA ANTI-RÁBICA É APLICADA COM 16 SEMANAS E O
REFORÇO É ANUAL PARA CÃES E GATOS!
Vacinas não essenciais
EXEMPLOS PARA CÃES
Leptospira, complexo respiratório infeccioso canino ( "tosse
dos canis") e Leishmania.
Administrar de acordo com as recomendações do fabricante,
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.199
@apostilavet
Vacinas

geralmente duas doses com 2 a 4 semanas de intervalo.


EXEMPLOS PARA GATOS
Vírus da leucemia felina e C. felis.
Administrar de acordo com as recomendações do fabricante,
geralmente duas doses com 2 a 4 semanas de intervalo.

A transfusão de sangue é um
procedimento realizado com
certa frequência na rotina Transfusão
clínica, sendo a transferência de
de Sangue
células de um organismo para
outro.

Escolha de Doadores
GATOS
PESO: maior que 4,5 kg.
HEMATÓCRITO: maior que 35%.
VACINAÇÃO ANUAL.
EXAMES PERIÓDICOS: hemograma completo +
esfregaço, bioquímica sérica, sorológico - FIV/FeLV
negativos.
Colheita de Sangue
TOTAL DE SANGUE: 7 a 9 ml/kg do gato.
Faz anestesia ou seda o paciente, pode utilizar:
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.200
@apostilavet
Transfusão

cetamina 2 a 4 mg/kg/IV + diazepam 0,1 a 0,2 mg/kg/IV.


propofol: dose efeito.
EVITA O USO DE DIAZEPAM NO GATO PORQUE PODE
FAZER NECROSE HEPÁTICA AGUDA.
Utiliza a seringa de 20 ml, coleta 8 ml de sangue e 1 ml de
anticoagulante (CPDA1 ou CPD, presentes na bolsa).
Usar o scalp nº 19 e deve movimentar a seringa lentamente
durante a colheita para não coagular, depois de ter colhido,
utilize uma seringa de maior calibre e a introduz em uma
bolsa satélite (bolsa vazia conectada a bolsa principal),
coloque o sangue de uma forma lenta dentro da bolsa. Após
isso, acopla o equipo de transfusão.
Pós-colheita, faça uma reposição de fluido de 75 a 100 ml de
RL/SF IV por uma hora, para prevenir a hipotensão.
CÃO
PESO: maior que 28 kg.
HEMATÓCRITO: maior que 40%.
Intervalo mínimo entre doação de 3 meses.
EXAMES PERIÓDICOS: hemograma completo +
plaquetas, bioquímica sérica, PCR/sorologias.
Colheita de Sangue
Fazer em um local apropriado e de uma forma asséptica,
realizando a contenção, tricotomia, antissepsia e a colheita.
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.201
@apostilavet
Transfusão

MOVIMENTAR A BOLSA DE SANGUE DURANTE TODO O


PROCEDIMENTO.
Coletar o sangue na veia jugular por ter um fluxo sanguíneo
maior e utilizar a agulha 40X12.
Os curativos protegem as feridas
de novas lesões. das fezes, urina
e sujeiras do meio, além de
impedir que as secreções fiquem CURATIVOS
expostas e atraiam moscas e
criam um microambiente úmido
auxiliando no reparo.
Os curativos possuem 3 camadas:
1. CAMADA DE CONTATO.
2. CAMADA ABSORVENTE.
3. CAMADA DE PROTEÇÃO.

Camada de
Contato
Composta pelo agente tópico (pomadas e produtos em gel ou
óleo que auxiliam na manutenção da umidade na ferida) e a
gaze.
Camada Absorvente
Algodão hidrofílico que absorve as secreções produzidas.
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.202
@apostilavet
Curativos

Camada de Proteção
Auxilia a evitar novas lesões e a tornar o curativo
impermeável.
Evita contato com urina, fezes e sujidades do meio.

A intoxicação é um quadro
frequente na rotina clínica,
sendo importante instituir Intoxicação
medidas que dificultem a
absorção do veneno.

Exposição Cutânea
Se o animal não estiver estabilizado, não é indicado fazer o
banho. Caso esteja estabilizado, coloca o animal em baixo do
chuveiro ou no tanque para lavar.
CUIDADO: se ficar esfregando a pele do animal pode acelerar
a absorção.
Dar banho na água fria por no mínimo 15 minutos e retirar
substâncias oleosas com sabão neutro, após o banho,
enxaguar e secar o animal, porém, evitar alta temperatura.
NÃO TENTAR NEUTRALIZAR O QUE CAIU NA PELE E TOSAR O
ANIMAL!
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.203
@apostilavet
Intoxicação

Pode fazer a lavagem do animal com o carvão ativado, pois é


um adsorvente e pode se ligar ao componente tóxico.
Exposição Ocular
Lavagem do olho por 30 segundos com água limpa ou solução
fisiológica, em sentido mediolateral, com a cabeça
lateralizada.
Exposição Inalatória
Remover o animal para um ambiente arejado e com
temperatura agradável.
Oferecer oxigênio e suporte ventilatório adequado.
Caso necessite, tratar broncoespasmo e edema pulmonar.
Exposição Gastrointestinal
Levar em consideração o tempo de ingestão, até 2h e no
máximo até 4h após a ingestão pode fazer a indução do
vômito e lavagem estomacal.
INDUÇÃO DO VÔMITO
Contraindicado em casos de ingestão de substâncias
cáusticas ou corrosivas/voláteis e em animal estado de
depressão do SNC.
Pode ser feita com apomorfina (IV ou IM), xilazina (IM) e
peróxido de hidrogênio 3% de 2 a 5 ml/kg por VO.
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.204
@apostilavet
Intoxicação

LAVAGEM GÁSTRICA
Abordagem controvérsia e feita até 2h após a ingestão.
Pode ser feita com água ou solução salina morna, pode repetir
várias vezes, porém, os cuidados são:
entubação.
não colocar um volume muito grande para não romper a
estrutura do estômago ou esôfago.
TRANSFORMAÇÃO DO TOXICANTE
O carvão ativado é um adsorvente inespecífico, ou seja, se
liga no veneno e nos nutrientes, com isso provoca a formação
de um complexo e não deixa que a substância seja absorvida.
USO DE CATÁRTICOS
Eliminação das fezes com sorbitol, manitol e sulfato de
magnésio, ou seja, são laxantes e faz com que o produto passe
mais rápido pelo intestino e tenha uma menor absorção.
DEMULCENTES
Clara de ovo.
ENEMAS
ELIMINAÇÃO DIRETA
Pouco usado, sendo a gastrotomia/enterotomia.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.205
@apostilavet

Saber a conduta
medicamentosa a adotar
frente a uma emergência, onde
Convulsão
o paciente chega
convulsionando é fundamental.

INICIALMENTE:
diazepam: 1 a 2 mg/kg intrarretal.
midazolam: 0,2 mg/kg intramuscular.
Após conseguir o acesso venoso, pode fazer:
diazepam: 0,5 a 1 mg/kg intravenosa.
se não funcionar, aplicar 2º dose e, se não funcionar
mesmo assim, aplicar a 3ª dose e associar com o
fenobarbital.
FENOBARBITAL: 15 mg/kg TOTAIS intravenoso.
3 doses de 5 mg/kg ou 5 doses de 3 mg/kg a cada hora.
SE A CRISE PERSISTIR, ENTRAR COM O PROPOFOL OU CETAMINA,
propofol: 1 a 2 mg/kg intravenoso seguindo de infusão
contínua de 0,1 a 0,6 mg/kg/min.
cetamina: 5 mg/kg IV seguido de infusão contínua de 5
mg/kg/hora.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02


p.206
REFERÊNCIAS
ARVELA, S. C. Medição da Pressão Arterial em Canídeos e Felinos.
2013. Dissertação (Mestrado em Medicina Veterinária), Universidade
Técnica de Lisboa, Lisboa, 2013.
CONTE, T. C. L. P. Indicações, complicações e cuidados no uso de
cateteres periféricos em pequenos animais. Veterinária em Foco, v. 15,
n. 1. 2017.
DAY, M. J. et al. Recomendações sobre a vacinação para médicos
veterinários de pequenos animais da América Latina: um relatório do
Grupo de Diretrizes de Vacinação da WSAVA. Journal Of Small
Animal Pratice. 2020.
FEITOSA, F. L. F. Semiologia Veterinária: a arte do diagnóstico. São
Paulo: Roca. 2014.
JERICÓ, M. M.; NETO, J. P. A.; KOGIKA, M. M. Tratado de Medicina
Interna de Cães e Gatos. Rio de Janeiro: Roca. 2015.
OLIVEIRA, A. L. A. Técnicas Cirúrgicas em Pequenos Animais. Elsevier.
2012.
PIGATTO, J. A. T. et al. Ceratoconjuntivite Seca em Cães e Gatos. Acta
Scientiae Veterinariae, v. 35, n. 2. 2007.
PRADO, R. R. et al. Apostila Ilustrada de Cirurgia Veterinária.
PUBVET, v. 10, n. 1. 2016.
SILVA, D. S. Novas Diretrizes para o Manejo Clínico do Paciente
Felino. 2017. Monografia (Trabalho de Conclusão de Curso).
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2017.

Foi utilizado alguns conteúdos dos nossos próprios materiais para


complementação.

Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02

Você também pode gostar