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GUIA DO ESTAGIÁRIO Pigecc - 4528 - 1703705057
GUIA DO ESTAGIÁRIO Pigecc - 4528 - 1703705057
GUIA DO
Estagiário
PEQUENOS ANIMAIS
Resenha
A resenha é a parte do exame clínico que faz a identificação
do animal.
Sendo que os mais importantes dados coletados nesse
momento, são:
- Espécie.
- Nome do animal.
- Raça.
- Sexo.
- Idade.
- Castrado ou Inteiro.
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Exame Clínico
Anamnese
A anamnese é a etapa do exame clínico que o veterinário
realiza perguntas para guiar suas suspeitas diagnósticas.
É de extrema importância saber realizar as perguntas
corretamente, sem induzir o proprietário a uma resposta que
você queira.
EXEMPLO
Lyon, cão, macho, 4 meses, Shih Tzu, inteiro, pelagem
castanho-claro.
A queixa do tutor é que o animal não está se alimentando,
apresenta quadros de diarreia com sangue e vômitos.
ANAMNESE CORRETA
Exame Físico
GERAL
- Avaliação do estado geral do animal: atitude,
comportamento, estado nutricional, grau de hidratação,
coloração de mucosas, exame de linfonodos...
- Parâmetros vitais: frequência cardíaca, frequência
respiratória, temperatura e afins.
ESPECIAL
- Exame físico direcionado aos sistemas envolvidos.
Frequência Cardíaca
A avaliação da frequência cardíaca é possibilita pelo uso do
estetoscópio, possibilitando a AUSCULTA CARDÍACA.
DUDA, O QUE É AUSCULTAÇÃO?
A auscultação é a avaliação dos ruídos que alguns
órgãos emitem de forma espontânea, ou seja, o
veterinário não faz a produção desse som, como
na percussão. Mas, calma lá! Logo logo explicaremos o que é a
percussão.
QUAIS SÃO OS VALORES NORMAIS DA
FREQUÊNCIA CARDÍACA EM ADULTOS?
Frequência Respiratória
QUAIS SÃO OS VALORES NORMAIS DA
FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA EM ADULTOS?
TERMOS SEMIOLÓGICOS:
TAQUIPNEIA: aumento da frequência respiratória.
DISPNEIA: dificuldade na respiração.
Temperatura
A temperatura corporal sofre variações por diversas causas,
sendo algumas delas: idade (animais mais jovens costumam
ter uma temperatura mais elevada), gestação, estado
nutricional, tosquia, esforços físicos, doenças e afins.
QUAIS SÃO OS VALORES NORMAIS DA
TEMPERATURA CORPORAL EM ADULTOS?
TERMOS SEMIOLÓGICOS:
produção de anticorpos.
febre séptica: relacionada a processo infeccioso.
febre asséptica: queimaduras, traumas, medicação,
vacinação, processos alérgicos.
febre neurogênica: convulsão.
Coloração de Mucosas
Na maioria dos casos, a mucosa indica o estado de saúde
atual do animal.
As mucosas avaliadas são as oculopalpebrais, bucal, vulvar,
prepucial e raramente a anal.
Deve-se avaliar o brilho e umidade das mucosas e, também, o
tempo de preenchimento capilar (TPC).
Ictéricas Pálidas
Grau de
TPC
Reflete o estado circulatório Desidratação
do animal! É frequentemente estimado,
Normal: 1 a 2 segundos. porém pouco quantificado.
Desidratado: 2 a 4 segundos. A desidratação discreta
Muito desidratado: maior não possui alterações
que 5 segundos. clínicas marcantes.
Mucosas ressecadas.
ENTRE 10 E Reflexos diminuídos ou ausentes.
12% (GRAVE) Decúbito lateral.
Apatia intensa.
MAIOR QUE
12% Possível óbito.
(GRAVÍSSIMA)
Palpação
É a utilização do sentido tátil ou da força muscular, usando-se
as mãos, as pontas dos dedo, o punho, ou até instrumentos.
É responsável pelas informações sobre estruturas superficiais
ou profundas.
Através da palpação é possível perceber alterações de
textura, espessura, consistência, sensibilidade, temperatura,
volume, dureza, percepção de frêmitos, flutuação, elasticidade,
edema e etc.
Auscultação
A auscultação possibilita a avaliação dos ruídos que os órgãos
produzem espontaneamente.
A auscultação é utilizada principalmente no exame dos
pulmões (verifica a presença de ruídos respiratórios normais
ou patológicos), exame do coração (auscultação das bulhas
cardíacas normais, sopros e outros ruídos) e para o exame da
cavidade abdominal (detectar ruídos característicos do
sistema digestório).
TIPOS DE RUÍDOS
AÉREOS: ocorre pela movimentação de massas gasosas, por
exemplo, movimentos inspiratórios.
HIDROAÉREOS: movimentação de massas gasosas em um meio
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Exploração Física
Percussão
É um método físico que consiste em pequenos golpes ou
batidas aplicados em determinada parte do corpo, isso pode
trazer informações sobre a condição dos tecidos adjacentes e
das porções mais profundas.
SONS OBTIDOS
CLARO: se o órgão que sofrer a percussão tiver ar que possa
se movimentar, irá produzir um som de média intensidade,
duração e ressonância. Esse som se ouve ao percutir o pulmão
sadio.
TIMPÂNICO: é produzido esse som em órgãos ocos, com
grandes cavidades repletas de ar ou gás e com as paredes
semidistendidas.
MACIÇO: produzido em regiões compactas, desprovidas de ar.
Olfação
É utilizado no exame das transpirações cutâneas, do ar
expirado e das excreções.
Para realizar a técnica de olfação, deve-se aproximar a mão
em formato de concha, fazendo um movimento que o ar seja
desviado para o nariz do examinador.
EXEMPLOS
Hálito com odor urêmico presente em pacientes em uremia.
Halitose é um odor que pode estar presente em cáries
dentárias, tártaro, afecções periodontais, corpos estranhos na
cavidade oral e esôfago, infecções de vias respiratórias...
Odor das fezes de cães com gastrenterite hemorrágica.
Odor da secreção de cães com hipertrofia da glândula ad
anal.
Intuito de restringir a
atividade física do animal, Contenção
para avaliar o paciente ou
executar algum procedimento. Física
Os principais objetivos de uma
contenção física é proteger o
examinador, o auxiliar e o animal; facilitar o exame físico;
evitar fugas e acidentes; possibilitar diversos procedimentos.
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Contenção Física
Cães
Antes de qualquer exame, deve-se verificar com o tutor o
comportamento do animal.
CONTENÇÃO MANUAL
A imobilização manual do animal em posição quadrupedal e o
seu decúbito lateral facilitam o exame físico e a realização de
outros procedimentos.
MORDAÇA E FOCINHEIRAS
Importante para evitar acidentes com o examinador ou outra
pessoa.
A focinheira é preferível em cães, pois proporciona uma maior
segurança ao examinador e não oclui as vias aéreas
superiores do animal.
Animais muito agressivos devem ser inicialmente contidos por
um cambão, porém, deve ter muito cuidado ao utilizá-lo pois
pode causar asfixia (enforcamento) e/ou fratura de vértebras
cervicais no animal.
Gatos
Quando o gato entrar ao consultório, ele deve ser solto no
ambulatório fechado (portas e janelas bem fechadas) para
terem o contato com o ambiente e se sentirem menos ansiosos.
Para isso, o veterinário deve abrir a porta da caixa de
transporte e deixá-la aberta enquanto realiza a anamnese do
animal. Colocar CATNIP perto do transportador pode
encorajar o gato a sair da caixa de transporte.
Muitos gatos preferem ser examinados na presença de um
cobertor familiar que já possui seu cheiro.
Imagem: Internet
BENZODIAZEPÍNICOS
Diazepam
Cães
DOSE PRÉ-ANESTÉSICA E SEDAÇÃO: 0,1 a 0,3 mg/kg, IV.
dose única.
administre o bolus de diazepam IV lentamente, ao longe
de 1 a 3 minutos para evitar tromboflebite, hipotensão e
cardiotoxicidade.
após isso, faça um flush com ringer lactato ou com salina
0,9 % para diminuir o risco de tromboflebite.
Gatos
DOSE PRÉ-ANESTÉSICA E SEDAÇÃO: 0,1 a 0,3 mg/kg, IV.
dose única.
administre o bolus de diazepam IV lentamente, ao longe
de 1 a 3 minutos para evitar tromboflebite, hipotensão e
cardiotoxicidade.
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Contenção Química
OPIOIDES AGONISTAS
Morfina
Cães
DOSE ANALGESIA: 0,5 a 1 mg/kg, IM, SC, IV, a cada 2 a 4
horas.
duração do tratamento conforme a necessidade.
doses mais baixas em pacientes não hígidos, senis e
neonatos.
administre lentamente se administrado por via IV.
DOSE PRÉ-ANESTÉSICO: 0,1 a 0,5 mg/kg, IM, SC.
dose única.
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Contenção Química
Citrato de Fentanila
DOSE ANALGESIA E PRÉ-ANESTÉSICO: 2 a 10 microgramas/kg,
IV, IM, SC.
geralmente a dose usada em gatos fica mais próximo da
dosagem mais baixa e em cães a dosagem mais alta.
como pré-anestésico, o fentanil é comumente utilizado em
associação com outros fármacos, como por exemplo,
acepromazina, benzodiazepínicos, cetamina e etc, por
isso, a dose deve ser adaptada.
AGONISTA-ANTAGONISTA
Butorfanol
DOSE ANALGESIA, SEDAÇÃO E PRÉ-ANESTÉSICO: 0,2 a 0,5
mg/kg, IV, IM, SC.
analgesia visceral de no máximo 1 hora.
sedação dura em média 2 a 4 horas.
frequentemente administrado com outros agentes
anestésicos.
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Contenção Química
AGONISTA 2
Xilazina
Cães
DOSE PRÉ-ANESTÉSICO: 0,2 a 1 mg/kg, IV, IM, SC.
dose única.
Gatos
DOSE PRÉ-ANESTÉSICO: 0,2 a 1 mg/kg, IV, IM, SC.
dose única.
Medetomidina
Cães
DOSE: 0,01 a 0,04 mg/kg.
Gatos
DOSE: 0,04 a 0,08 mg/kg.
Dexmedetomidina
Cães
DOSE: 0,1 a 3 mg/kg, IV.
ANESTESIA DISSOCIATIVA
Cetamina
Cães
DOSE: 11 a 22 mg/kg IM, 5 a 10 mg/kg (IV).
Gatos
DOSE: 8 a 15 mg/kg IM, 2 a 8 mg/kg IV.
Tiletamina
Cães
DOSE: 9,9 a 13,2 mg/kg IM, 4 a 6,6 mg/kg IV.
Gatos
DOSE: 7,5 a 12,5 mg/kg IM, 5 mg/kg IV.
Associe a benzodiazepínicos,
fenotiazínicos ou agonistas alfa 2.
Imagem: Internet
Imagem: Internet
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Pressão Arterial
O manguito é colocado mais proximal e é conectado a um
manômetro, sendo insuflado e fazendo o som desaparecer, ao
desinsuflar o som retorna, sendo o surgimento
do som o indicativo da pressão sistólica.
Realizar de 5 a 7 determinação de PA, retirando
as médias da PA e eliminando os valores
discrepantes.
Os manguitos utilizados são os de neonatologia
ou pediatria humana, o tamanho deve ser de 40% do diâmetro
do local em cães e 30% em gatos.
Os lugares mais comuns de determinação
são artéria metatársica, metacárpica e
coccígea.
O valor da PAS varia conforme o tamanho,
raça e idade. Imagem: Internet
MÉDIA DA PAS EM CÃES: 133 mmHg.
MÉDIA DA PAS EM GATOS: 123 mmHg.
Para amplificar o som, pode colocar o estetoscópio na região
de saída do som do doppler.
Imagem: Internet
A avaliação do pulso em
conjunto com a auscultação é
importante para verificar a Pulso
presença de arritmias.
O pulso femoral é o mais
Arterial
comumente utilizado, a cada 1
batimento tem que ter 1 pulso
palpável para estar rítmico, caso não ocorra, o animal
possui uma arritmia,
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Pulso Arterial
CLASSIFICAÇÃO DO PULSO
1) FORTE.
2) FRACO.
3) FILIFORME (quase não sente).
O pulso pode ser hipercinético (mais proeminente) e
hipocinéticos (fracos).
Pulso Arterial
A força e a regularidade das ondas de pressão arterial
periférica e a frequência do pulso são verificados por
palpação da artéria femoral ou outra artéria periférica.
Os pulsos femorais podem ser comparados entre si, sendo que
a ausência de pulso ou um pulso mais fraco em um dos lados,
pode ser causada por um tromboembolismo.
Em felinos, o pulso femoral pode ser difícil de ser palpado
mesmo em condições normais.
pode se encontrar o pulso nos gatos através da
movimentação suave com a ponta do dedo em direção ao
fêmur do animal, na área do triângulo femoral.
DUDA, QUAIS SÃO AS CAUSAS DE UM PULSO
ARTERIAL FRACO?
Cardiomiopatia dilatada.
Estenose (sub)aórtica.
Estenose pulmonar.
Choque.
Desidratação.
DUDA, QUAIS SÃO AS CAUSAS DE UM PULSO
ARTERIAL FORTE?
Excitação.
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Pulso Arterial
Hipertireoidismo.
Febre.
Cardiomiopatia hipertrófica.
DUDA, QUAIS SÃO AS CAUSAS DE UM PULSO
ARTERIAL MUITO FORTE, OSCILANTE?
Persistência do ducto arterial.
Febre/sepse.
Grave regurgitação da valva aórtica.
Classificação dos Pulsos
QUANTO À FREQUÊNCIA
Bradisfigmia: número de batidas do coração mais baixa
do que o normal; pulsação lenta.
Normofisgmia: normal.
Taquisfigmia: pulso acelerado.
QUANTO AO RITMO
Regular (cíclico).
Irregular (acíclico).
QUANTO À FORÇA
Fraco.
Normal.
Forte.
Filiforme.
Glicosímetro
Os glicosímetros ou sensores portáteis são dispositivos
utilizados para mensurar a glicemia de forma rápida e com
baixo custo.
Para realizar a mensuração, é necessário picar uma área sem
Tipos de Bicos
LUER-LOK
ECCENTRIC LUER-SLIP
SERINGA 20 ML
Escala de 1 ml.
SERINGA 10 ML
Escala de 0,2 ml.
SERINGA 5 ML
Escala de 0,2 ml.
SERINGA 3 ML
Escala de 0,1 ml.
SERINGA 1 ML
Escala de 0,02 ml.
Agulhas
O tamanho das agulhas utilizado varia conforme o tipo de
paciente, a veia e a via de administração.
As suas cores variam conforme o seu diâmetro e largura.
A coleta/colheita do sangue é
um procedimento extremamente Coleta de
comum na rotina clínica
veterinária. Mas, é importante
Sangue
saber realizá-lo e conhecer
sobre as veias utilizadas.
Importante
Deve-se observar a proporção entre sangue e anticoagulante.
MUITO ANTICOAGULANTE: falso hematócrito, destruição de
hemácias, degeneração de neutrófilos, hemólise...
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Coleta de Sangue
Evitar o estresse do paciente.
JEJUM: falta de jejum aumenta a lipemia (taxa de gordura) do
sangue, podendo provocar alterações dos resultados de
glicose, proteínas, colesterol...
jejum de 6 horas, indicado para filhotes e fêmeas
prenhas.
jejum de 8 a 12 horas, indicado nos outros pacientes.
A ingestão de medicamentos podem interferir no resultado da
análise.
paciente medicado deve ser anotado na requisição do
exame os nomes dos medicamentos.
Garrote por mais de 2 minutos causa congestão local e
hemoconcentração, alterando os resultados de plaquetas,
testes de coagulação e cálcio.
Locais de Coleta
CÃES
Em cães, as veias mais utilizadas para a coleta de sangue,
são: veia jugular, veia cefálica e veia safena lateral.
A veia jugular é a veia preferencial para a coleta devido ao
seu fluxo sanguíneo ser maior do que nas veias dos membros
por conta do seu diâmetro.
As veias cefálicas e safena em animais de
raças pequenas, podem aumentar a
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Coleta de Sangue
agregação plaquetária.
Veia Jugular
A veia jugular passa pela região média
do pescoço, após conseguir localizá-la,
deve-se ser feito o garrote na entrada
do tórax.
Após isso, é inserida a agulha para a
coleta de sangue venoso na região
média da jugular.
QR Code com vídeo
mostrando sobre a a
punção venosa da jugular!
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Coleta de Sangue
Veia Cefálica
Veia Safena
GATOS
Em gatos, as veias mais utilizadas para a coleta de sangue,
são: veia jugular, veia cefálica e veia femoral (vista medial).
Nessa espécie é muito comum realizar a coleta com o
scalp/butterfly.
Veia Jugular
Essa veia possui um fluxo sanguíneo maior devido ao seu
diâmetro.
Veia Cefálica
Veia Femoral
Imagem: Internet
IMPORTANTE!
Antes de realizar a venopunção, é importante realizar a
tricotomia da região e fazer a limpeza da região com um
algodão ou gaze com álcool. Além disso, permitir a secagem
da área por 30 segundos para evitar hemólise da amostra e
ardência quando for puncionado.
Punções Venosas
IMPORTANTE!
DEVE SER FEITO O PREENCHIMENTO
ADEQUADO DO TUBO ROXO COM EDTA.
Cuidados!
JEJUM/LIPEMIA
Altera exames que utiliza a técnica de refratometria,
como hemoglobina e bilirrubina.
Eletrólitos podem estar subestimados.
TEMPO DE JEJUM IDEAL: 8 a 12 horas.
HEMÓLISE IN VITRO
Altera valores de hematócrito calculado, concentração
média de hemoglobina corpuscular (CHCM).
CAUSAS: coleta de amostra traumática, manuseio
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Tubos de Coleta
Imagem: Internet
GARROTE PROLONGADO
Pode causar agregação plaquetária.
Os agregados podem causar problemas na leitura do
hemograma e seus índices.
Pode causar pseudoleucocitose.
VEIA IDEAL PARA A COLETA
Quanto menor o calibre do vaso, menor o fluxo e mais
lenta e difícil é a coleta, com isso, aumenta a chance de
agregação plaquetária.
Priorize veias de calibre maior, ex: jugular.
A cefálica pode ser utilizada em animais de grande
porte e, em último caso em coletas difíceis.
CALIBRE DA AGULHA
Quanto menor a agulha, maior a taxa de hemólise in
vitro, podendo causar inúmeros erros análiticos.
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Tubos de Coleta
Como avaliar?
Turgor da pele.
Membrana mucosa e tempo de preenchimento capilar.
Avaliação do pulso femoral.
Avaliação ocular.
Frequência cardíaca.
TURGOR DA PELE
Faz uma pinça com os dedos e estica a pele do animal, quanto
mais tempo a pele demorar para voltar ao normal, mais
desidratado o animal está.
OBS: cães mais velhos costumam apresentar uma demora
maior para a pele voltar ao normal, não necessariamente
seja por desidratação!
Imagem: Internet
MEMBRANA MUCOSA E TPC
Quanto mais ressecada a mucosa do animal, mais
desidratado ele está.
Quanto maior o tempo de TPC, mais desidratado ele
estará.
Imagem: Internet
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Fluidoterapia
AVALIAÇÃO OCULAR
Casos de desidratação grave, o animal apresenta
ENOFTALMIA.
A enoftalmia é uma retração anormal do olho na órbita,
apresentando um aprofundamento do olho.
Imagem: Internet
FREQUÊNCIA CARDÍACA
Animal costuma apresentar taquicardia, pois o líquido
fica mais concentrado e o coração precisa trabalhar mais
para bombear.
Gatos com desidratação intensa podem apresentar
uma frequência cardíaca normal!
Grau de desidratação
Redução da elasticidade da pele discreta
ou sem alteração.
ATÉ 5% (NÃO Enoftalmia ausente ou discreta.
APARENTE)
Estado geral pouco ou sem alterado.
Animal alerta em posição quadrupedal.
Mucosas ressecadas.
ENTRE 10 E Reflexos diminuídos ou ausentes.
12% (GRAVE) Decúbito lateral.
Apatia intensa.
MAIOR QUE
12% Possível óbito.
(GRAVÍSSIMA)
Etapas
REANIMAÇÃO
EMERGÊNCIA!
Paciente com desidratação grave ou hipovolêmico, faz a
reanimação.
OBS: se o animal não chegar com uma desidratação superior a
10% ou hipovolêmico, não precisa fazer a reanimação.
REIDRATAÇÃO OU REPOSIÇÃO
Repõe as perdas dos compartimentos intra e extravascular.
OBS: para fazer essa etapa é necessário estimar o grau de
desidratação.
MANUTENÇÃO
Quantidade de líquido que o animal precisa para manter as
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Fluidoterapia
funções fisiológicas, como função cardíaca, renal, hepática...
Via de administração
VIA ORAL
VIA FISIOLÓGICA, MAS LIMITADA.
Animal com quadro de vômito e com histórico de
hiporexia/anorexia, não irá ingerir a fluido por essa via.
Muitos casos não é possível fazer uma reidratação eficiente
pela via oral.
VIA INTRAVENOSA
VIA DE ELEIÇÃO.
Reidratação mais rápida e possibilita a administração de
fármacos por ela.
Preferência por vasos mais calibrosos, na seguinte ordem:
1. VEIA CEFÁLICA.
2. VEIA SAFENA.
3. VEIA JUGULAR.
VIA SUBCUTÂENA
Via muito utilizada em pacientes renais crônicos.
Também pode ser usada para desidratação leve.
VIA INTRAÓSSEA
UTILIZADA EM FILHOTES PEQUENOS QUE POSSUEM
O ACESSO VENOSO DIFICULTADO.
Introdução do cateter intraósseo em ossos longos, como fêmur
e úmero.
Tipos de fluidos
CRISTALÓIDES
Basicamente são água e eletrólitos, sendo os de preferência
para fluidoterapia. Devido a sua base ser água e moléculas
pequenas, elas são permeáveis aos capilares.
Dependendo do fluido, podemos encontrar potássio, cálcio,
magnésio e tampões (bicarbonato, lactato, acetato ou
gluconato).
A hemodiluição pode ocorrer se o cristaloide for
trato gastrointestinal.
Ringer simples
DIFÍCIL DE ENCONTRAR.
Mais caro que o ringer com lactato, mas pode ser
utilizado para a reposição.
Não contém lactato, mas contém mais cálcio e cloro do
que as outras, sendo ACIDIFICANTE.
pH 5,5.
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Fluidoterapia
NaCL
CHAMADO DE SORO FISIOLÓGICO.
Não é mais fisiológico que o ringer com lactato.
Reposição.
Possui apenas sódio, cloro e água.
ACIDIFICANTE.
Glicofisiológica
SOLUÇÃO FISIOLÓGICA + GLICOSE.
Fluido de reposição, pacientes em jejum
prolongado ou com hipoglicemia pode optar pela
administração da glicofisiológica ou adicionar
glicose no ringer com lactato.
pH 4.
COLÓIDES
Contém moléculas de alto peso molecular,
Equipos
Bomba de infusão
MAIOR PRECISÃO NA ADMINISTRAÇÃO
DE FLUIDOS.
Imagem: Internet
Imagem: Internet
Cálculo
REANIMAÇÃO
15 ML/KG EM 10 MINUTOS.
GRAU DE DESIDRATAÇÃO: >10%, severa ou pacientes
hipovolêmicos.
Exemplo
Cão, 10 kg.
15 ml/kg em 10 min
15 X 10 = 150 ml em 10
minutos.
MANUTENÇÃO + REPOSIÇÃO
Manutenção
CÃO JOVEM: 50 ml/kg/dia.
CÃO ADULTO: 50 ml/kg/dia.
CÃO IDOSO: 40 ml/kg/dia.
GATO: 40 ml/kg/dia.
Tem que ser levado em consideração se tem perdas contínuas,
como vômito e/ou diarreia.
Primeiro é feito o cálculo de manutenção e depois acrescenta
as perdas contínuas.
Perdas contínuas
VÔMITOS: 40 ml/kg/dia.
DIARREIAS: 40 ml/kg/dia.
VÔMITOS E DIARREIAS: 60 ml/kg/dia.
Manutenção + perdas contínuas
Reposição
% DESIDTRAÇÃO X PESO (KG) X 10 = VOLUME EM
ML/24H
CÁLCULO FINAL
ml/24 horas
Exemplo
Cão, 6kg, apresenta vômito e diarreia, grau de desidratação
de 7%.
MANUTENÇÃO
Cão adulto: 50 ml/kg/dia.
Cão adulto: 50 X 6 = 300 ml/24h.
PERDAS CONTÍNUAS
VÔMITOS E DIARREIAS: 60 ml/kg/dia
VÔMITOS E DIARREIAS: 60 ml X 6 kg
VÔMITOS E DIARREIAS: 360 ml/24h
MANUTENÇÃO + PERDAS CONTÍNUAS
300 + 360 = 660 ml/24h.
REPOSIÇÃO
% DESIDRATAÇÃO X PESO (KG) X 10
7 X 6 X 10 = 420 ml/24h.
MANUTENÇÃO + REPOSIÇÃO
660 + 420 = 1080ml/24h.
1080ml/24h = 45ml/h (na bomba de infusão colocamos dessa
forma).
EQUIPO MICROGOTA
60 GOTAS/ML.
45ml/h X 60 gotas = 2.700 gotas/hora.
2.700 gotas/3.600 gotas = 0,7 gotas/segundo.
segundos.
Escolha da fluido
VÔMITO
É a perda de água, potássio, sódio e cloro,
causando alcalose e acidose metabólica.
ESCOLHER: solução de ringer com lactato ou solução
isotônica de NaCL e KCl.
DIARREIA
É a perda de água, potássio, sódio, cloro e
bicarbonato.
ESCOLHER: solução de ringer com lactato ou solução
isotônica de NaCL.
INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA
Retenção de potássio, sódio e cloro, causando
acidose metabólica.
ESCOLHER: solução isotônica de NaCl.
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
Retenção de água e sódio, causando acidose
metabólica em casos crônicos.
ESCOLHER: glicose 5%.
Cálculo de Dose
PESO X DOSE
CONCENTRAÇÃO
TRANSFORMAÇÃO DA UNIDADE
Quando tem a porcentagem, deve-se multiplicar
por 10. Por exemplo, a concentração da dipirona
injetável pode estar escrito como 50%, então,
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p.101
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Medicamentos
7,8 KG X 25 MG/KG
500 MG/ML
0,39 ML
Tramadol
Dose: 2 a 4 mg/kg (utilizaremos a dose de 3 mg/kg)
Concentração: 50 mg/mL
Peso do paciente: 9,7 kg
9,7 KG X 3 MG/KG
50 MG/ML
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p.102
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Medicamentos
9,7 KG X 3 MG/KG
50 MG/ML
0,58 ML
Doxiciclina
Dose: 10 mg/kg
Concentração: 50 mg, 100 mg, 200 mg
Peso do paciente: 8 kg.
8 KG X 10 MG/KG
80 MG
A dosagem para esse paciente é de
80 mg, como não temos uma
concentração de medicamentos que
equivale a essa dosagem, podemos
dividir a concentração em 4, pois
podemos dividir o medicamento em 4 partes, ficando:
- 100 dividido em 4, cada parte equivale a 25 mg.
- precisamos de 80 mg, o mais perto que conseguimos chegar
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Medicamentos
10 KG X 0,5 MG/KG
5 MG
A dosagem para esse paciente é de 5 mg, temos as seguintes
concentrações desse comprimido: 10 mg e 20 mg.
Com isso, você pode administrar 1/2 comprimido do de 10mg
ou 1/4 do de 20 mg.
- 1/2 comprimido de 10 mg: cada parte terá 5 mg.
- 1/4 comprimido de 20 mg: cada parte terá 5 mg.
Aplicação em Felinos
Os gatos tem um risco maior de
apresentar o sarcoma de
aplicação.
O VAZIO DO FLANCO é um
local com margem para
cirurgia oncológica.
IMPORTANTE!
Cardiopatas, nefropatas,
hepatopatas, pacientes
oncológicos, diabéticos e
Emergência
politraumatizados podem
descompensar a qualquer
momento e precisar de um
atendimento de emergência.
Atendimento
A triagem deve focar no risco de morte do paciente, sendo um
exemplo de classificação de triagem para atenção de
urgência:
Classe de Necessidade de
Triagem Atendimento
Atender no máximo em 1 min, se
possível, em segundos.
São as paradas cardiorrespiratórias,
obstrução completa da via respiratória
I. EMERGÊNCIA,
ATENDIMENTO e todos os pacientes inconscientes.
IMEDIATO Geralmente, os sinais que caracterizam
esse grupo são a hipotensão, ausência
de sons cardíacos, hipotermia e
midríase.
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Emergência
ANAMNESE
Deve ser breve e objetiva, de no máximo 1 minuto e é feita em
conjunto com o exame físico inicial de emergência.
A anamnese de urgência deve ser realizada pelo método
CAPUM (cenário, alergia, passado/prenhez, última refeição e
medicações em uso).
Quem? O quê? Onde? Por quê? Quando?
- Quem viu o evento?
- O que aconteceu? Teve perda da
consciência ou somente falha na
CENÁRIO
locomoção?
- Onde o animal está machucado? Onde
dói?
- Por que reanimar? Idade, doença,
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Emergência
trauma grave ou custos são
determinantes? Quando aconteceu? Se
houve parada cardiorrespiratória,
quando foi observada a última
respiração?
ABORDAGEM PRIMÁRIA
O A-B-C é indicado para a abordagem primária, sendo que
envolve o estabelecimento da patência da via respiratória, de
boa respiração/ventilação e da circulação.
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Emergência
Intubação Orotraqueal
Selecione o tubo endotraqueal
apropriado, levando em
consideração o tamanho do animal
ao escolher o tubo que seja inserido
sem necessidade de forçar.
Peso Diâmetro
Tamanho Tamanho
Corporal Interno
Magill Francês
(kg) (mm)
2 2 22 6
4 4-5 26-28 8
6 6-7 28-30 9
CÃES 9 8 32 10
12 9-10 34-36 11-12
14 9-10 34-36 11-12
16 10-11 36-38 11-12
18-20 11-12 38-44 12
1 00 13 4
GATOS 2 0 16 5
4 1 20 6
Traqueostomia
Punção Cricotireoidiana
É a punção da membrana cricotireoidiana por um cateter
venoso de grosso calibre, com isso, permite a rápida passagem
de ar nos quadros de obstrução total das vias aéreas
superiores.
Posicione o animal em decúbito lateral ou dorsal e a porção
ventral do pescoço deve ser manipulada para localizar e
tracionar a área da glote, onde ao centro se localiza a
membrana cricotireoidiana, sendo detectada por conta de
uma suave depressão observada quando se pressiona a
região.
Utilize um cateter periférico de grosso calibre (12 G ou 14 G)
para a punção na porção média da membrana
cricotireoidiana, em seguida, retire o mandril do cateter e
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Emergência
ESCALA AVDN
A - Alerta
V - alerta à resposta Verbal
D - alerta ao estímulo Doloroso
N - não responde
Escala de Glasgow
Deve somar os pontos contabilizados nas três áreas, obtendo
um valor de 3 a 18 pontos.
03 a 08 pontos - desfavorável.
09 - 14 pontos - reservado.
15 - 18 pontos - favorável.
Deambulação intermitente 4
Rigidez extensora constante 3
Rigidez extensora com opistótono 2
Reflexos ausentes/deprimidos, hipotonia 1
Reflexos Cerebrais
Parada Cardíaca
Antes de abordarmos sobre os ritmos de parada cardíaca, é
importante recordarmos como é um eletrocardiograma (ECG)
normal.
Tratamento
O tratamento mais eficaz é a desfibrilação
elétrica (5 a 10 J/kg nas massagens fechadas
e 0,5 a 1 J/kg nas massagens internas).
Pode usar EPINEFRINA intravenosa (0,1 mg/kg) ou
intratraqueal (0,2 ml/kg diluídos em 5 a 10 ml de solução
salina fisiológica).
Lidocaína em bolus (2 mg/kg) seguida de infusão
contínua, que deve ser mantida após a desfibrilação.
Ritmos fibrilatórios JAMAIS é indicado o uso de atropina.
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Emergência
FÁRMACOS
Amiodarona
DOSE PARA CÃO:
ATAQUE: 10 a 30 mg/kg, a cada 24h, por 7 a 10 dias.
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Emergência
Cloreto de magnésio
DOSE PARA CÃO:
1 a 2 mg/kg/min IV.
Dobutamina
DOSE PARA CÃO:
5 A 20 µg/kg/min IV (iniciar com dose baixa e aumentar
para efeito).
DOSE PARA GATO:
1 a 5 µg/kg/min IV (iniciar com dose baixa e aumentar
para efeito).
Dopamina
DOSE PARA CÃO:
2 a 20 µg/kg/min IV (iniciar com dose baixa e aumentar
para efeito).
DOSE PARA GATO:
2 a 10 mg/kg/min IV (iniciar com dose baixa e aumentar
para efeito).
Epinefrina
DOSE PARA CÃO E GATO:
0,2 mg/kg IV ou intra-ósseo (IO) ou 0,4 mg/kg,
intratraqueal, a cada 3 a 5 minutos.
Fludrocortisona
DOSE PARA CÃO:
0,025 mg/kg, VO, a cada 12 a 24h.
DOSE PARA GATO:
0,1 mg/animal VO a cada 24h.
Gliconato de cálcio
DOSE PARA CÃO E GATO:
0,5 a 0,75 ml/kg IV lenta (solução a 10%).
Insulina
DOSE PARA CÃO E GATO:
HIPERPOTASSEMIA: 0,5 a 1 UI/kg, insulina regular com 2g
de glicose por UI de insulina IV.
Lidocaína
DOSE PARA CÃO:
2 A 8 mg/kg IV em bolus lentos de 2 mg/kg, seguidos de
infusão venosa contínua de 25 a 100 µg/kg.min.
DOSE PARA GATO:
0,25 a 0,75 mg/kg IV em 5 minutos.
Avaliação nutricional
Para escolher a melhor abordagem nutricional, é importante
fazer a avaliação nutricional sistemática dos pacientes.
A determinação do escore de condição corporal é uma forma
útil e simples de avaliar o estado nutricional, mas ele foi
desenvolvido para verificar os depósitos de gordura e não
para analisar as perdas de massa muscular.
INDICAÇÕES PARA A INTERVENÇÃO
NUTRICIONAL INTENSIVA
Consumo prolongado de dieta desbalanceada.
Ingestão inadequada de alimentos, inferior à necessidade
energética basal, por mais de 3 dias.
Rápida perda de peso (acima de 5% do peso corporal) ou
perda crônica (acima de 10%) sem perda de fluidos.
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Nutrição
Necessidades nutricionais
As necessidades energéticas dos pacientes doentes são
estimadas através da soma da energia necessária para o
metabolismo basal, atividade física voluntária e enfermidade.
As dietas comerciais do tipo superpremium de elevada caloria
(acima de 420 kcal por 100 g) possui todos os nutrientes
necessários, podendo ser utilizadas no suporte nutricional de
animais com anorexia, tanto aqueles que precisam da
alimentação via tubo como aqueles que consomem por via
oral voluntariamente.
Cálculo de Consumo
ANIMAIS NÃO ENFERMOS!
Peso metabólico (PM).
Peso corporal (PC).
Necessidade energética (NE).
NRC recomenda: expoente 0,75 para cães e 0,67 para
gatos não obesos.
0,75
NE = EM X PC
0,67
NE = EM X PC
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p.131
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Nutrição
Gatos 0,67
Sexo - atividade Kcal EM/kg
GATOS CASTRADOS E/OU 52 - 75
VIVENDO EM AMBIENTES
INTERNOS
GATOS ATIVOS 100
Depois de descobrir a necessidade energética do animal, você
irá dividir a NECESSIDADE ENERGÉTICA pela ENERGIA
METABÓLICA DO ALIMENTO, a informação da energia
metabólica está presente na embalagem da ração.
Após a divisão, é só converter o valor para gramas.
SELEÇÃO DE ALIMENTOS INDUSTRIALIZADOS
PARA PACIENTES EM ESTADO CRÍTICO
Cão
ENERGIA METABOLIZÁVEL (kcal/g): > 4,2
PROTEÍNA (%): > 26
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Nutrição
SONDAS GÁSTRICAS
Pode ser utilizada por longos períodos (meses a anos).
O diâmetro da sonda permite a administração de alimentos
mais consistentes e na forma não digerida.
Indicações
Animais acometidos por doenças orofaringianas ou
distúrbios esofágicos.
Casos de lipidose hepática.
Quadros de anorexia resultantes de distúrbios
debilitantes.
Contraindicações
Animais com vômitos incoercíveis, distúrbios
gastroentéricos, ascite, peritonite, pancreatite e
pacientes que precisam de suporte nutricional por
período inferior a 5 dias.
SONDAS INTESTINAIS
Indicado nos quadros que o estômago não apresenta
condições de uso.
Indicações: pancraetite, cirurgia pancreática, cirurgia
hepatobiliar, obstrução gastrointestinal proximal, neoplasia,
cirurgia gastrointestinal extensa e animais com risco de
aspiração, coma, decúbito prolongado e distúrbios de
motilidade esofágica.
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Nutrição
Alimentação pode começar 24 horas após a cirurgia, devido
ao pequeno calibre do tubo a dieta deve ser líquida e é
recomendada o emprego de dietas pré-digeridas.
Pode utilizar as mesmas dietas recomendadas para as sondas
nasoesofágicas, mas o animal pode apresentar diarreia,
flatulência e desconforto abdominal pelo animal não sofrer a
digestão.
O alimento deve ser administrado por infusão contínua
através de um equipo de administração.
Seu uso é indicado para períodos longos (semanas a meses) e
o período mínimo recomendado é de 5 a 7 dias.
Durante a rotina na clínica
cirúrgica você irá se deparar
com diversos instrumentos que Instrumentos
possui finalidades variáveis.
Saber sobre o seu nome, momento
Cirúrgicos
de utilização e finalidade dos
principais instrumentos, é muito
importante.
Diérese
São instrumentos que possuem a função de cortar e/ou
divulsionar os tecidos.
BISTURI
Utilizado para realizar incisões precisas dos tecidos, causando
um dano mínimo às estruturas ao redor.
Formado por um cabo com encaixe em uma das
extremidades para colocar a lâmina.
Cabo número 3: utiliza lâminas de nº 9
17, são lâminas pequenas que possibilitam incisões mais
delicadas.
Cabo número 4: utiliza lâminas nº18 a 50.
Cabo número 7 e 9: recebem as mesmas lâminas que o
cabo nº 3, porém possuem um comprimento maior, sua
indicação é para incisões em locais mais profundos.
TESOURAS
Suas funções inclui cortar, dissecar, debridar ou divulsionar
tecidos orgânicos, além disso, também podem ser utilizadas
para cortar fios cirúrgicos, gaze, borrachas, plásticos e etc.
As tesouras cirúrgicas mais utilizadas são as de Metzenbaum,
Mayo e tesouras cirúrgicas de uso geral.
As pontas das tesouras podem ser romba-romba, romba-fina
ou fina-fina.
Tesoura romba-
romba.
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p.141
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Instrumentos
Tesoura romba-fina.
Tesoura fina-fina.
Imagem: Internet
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p.142
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Instrumentos
As tesouras de Mayo são utilizadas para debridar e cortar
tecidos mais densos.
ex.: fáscias e músculos.
A tesoura de bandagem de Lister é
utilizada para remover ataduras.
Imagem: Internet
As tesouras de Littauer e
Spenser são usadas para a
remoção das suturas cirúrgicas.
Imagem: Internet
Pinças de
Dissecção
Imagem: Internet
Usada para a manipulação de tecidos,
variando em comprimento e formato das
pontas.
As pontas podem ser com ou sem dentes de rato.
Imagem: Internet
Imagem: Internet
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p.145
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Instrumentos
Imagem: Internet
Imagem: Internet
Síntese
São instrumentos voltados para a aplicação de suturas.
PORTA-AGULHA DE MAYO-HEGAR
É um dos mais utilizados.
Temos o porta-agulha com ranhuras em
sua parte prensora e uma fenda central
em sentido longitudinal, isso ajuda a
impedir a rotação da agulha quando a
força é aplicada.
Além desse modelo, temos o porta-
agulha sem a presença da fenda
central, esse proporciona melhor preensão com maior
durabilidade.
Imagem: Internet
PORTA-AGULHA DE OLSEN-HEGAR
Similar ao Mayo-Hegar, sendo utilizado por cirurgiões que
operam sozinhos devido a combinação de porta-agulha e
tesoura.
Imagem: Internet
PORTA-AGULHA DE MATHIEU
Não possui anéis digitais.
Imagem: Internet
Instrumentos Especiais
PINÇAS DE CAMPO OPERATÓRIO
Pinças usadas para prender os panos de campo à pele do
paciente, impedindo que estes deslizem no campo operatório
durante a cirurgia.
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p.148
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Instrumentos
Pinça Backhaus
Imagem: Internet
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PINÇAS DE TECIDOS
Pinças que fazem a preensão dos tecidos, podem ser
traumáticas ou atraumáticas.
Pinça Allis
Pinça de preensão traumática, possui dentes na sua
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Instrumentos
superfície. Indicado o uso em tecido conjuntivo ou planos
fasciais, não pode ser utilizada em pele ou vísceras.
Imagem: Internet
Imagem: Internet
Imagem: Internet
Instrumentos de Exposição
AFASTADORES MANUAIS
Exposição é feita pela tração exercida pelo cirurgião ou
auxiliar.
Afastadores de Farabeuf
Indicado para afastar a pele, subcutâneo e músculos
superficiais. Muito utilizado na medicina veterinária.
Imagem: Internet
Imagem: Internet
Instrumentos de Exposição
AFASTADORES MANUAIS
Exposição é feita pela tração exercida pelo cirurgião ou
auxiliar.
Afastadores de Farabeuf
Indicado para afastar a pele, subcutâneo e músculos
superficiais.
Imagem: Internet
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Categute
ORIGEM: animal.
Fio monofilamentar torcido.
Alta reação tecidual.
Sua absorção é irregular.
Baixa força tênsil, está mais sujeito a deiscência
(abertura das suturas), além disso, tem uma alta
capilaridade, com isso, o nó tende a afrouxar,
principalmente em tecido edemaciado.
INDICAÇÃO: tecidos com pouca resistência, ligaduras de
vasos sanguíneos e vias urinárias.
CONTRAINDICAÇÃO: uso sob tensão, procedimentos
neurológicos ou cardiovasculares. Não usar em
aponeuroses, tecido edemaciado e contaminado.
Ácido Poliglicólico
Fio absorvível sintético e multifilamentar.
Absorvido entre 40 e 70 dias.
Mais estável e pequena reação inflamatória.
Aderência bacteriana baixa e pode ser usado em tecidos
infectados.
INDICAÇÃO: praticamente para todos os tecidos, mas seu
uso em aponeurose é controverso.
CONTRAINDICAÇÃO: neurocirurgias e cirurgias
cardiovasculares.
Poliglactina 910
Absorvido entre 30 e 40 dias.
Mesmas indicações do ácido poliglicólico.
CONTRAINDICAÇÃO: oftalmologia, neurologia e
cardiovascular.
Poliglecaprona
Fio sintético monofilamentar.
Absorvido entre 90 e 120 dias.
INDICAÇÕES: similares às dos fios anteriores.
CONTRAINDICAÇÃO: aponeurose, microcirurgia,
neurologia, oftalmologia e cardiovascular.
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Fios de Sutura
Polidioxanona
Fio absorvível sintético.
Absorção em 180 dias.
INDICAÇÃO: pode ser usado em cirurgia pancreática e em
tecidos infectados, seu uso é adequado a quase todos os
tecidos, mas seu custo é alto.
CONTRAINDICAÇÃO: tecidos que requerem prolongada
manutenção de aproximação, procedimentos neurológicos
e próteses em geral.
Seda
Fio multifilamentar trançado e não absorvível.
ORIGEM: biológica.
Biodegradado em aproximadamente 2 anos.
Reação tecidual alta e pode potencializar processos
infecciosos.
INDICAÇÃO: cirurgia gastrointestinal e em ligaduras de
vasos sanguíneos.
CONTRAINDICAÇÃO: cirurgia do sistema urinário e em
sensibilidades ou alergia ao linho.
Algodão
Fio não absorvível biológico e multifilamentar torcido.
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p.158
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Fios de Sutura
Polipropileno
Fio não absorvível sintético e monofilamentar.
Utilizado em anastomose vascular, não induzindo a
formação de trombos.
Bom fio para sutura intradérmica e é indicado para
fixação de próteses cardíacas.
CONTRAINDICAÇÃO: sistema urinário.
Poliéster
Não absorvível multifilamentar trançado.
Fio mais resistente depois do náilon e pode ser usado
para a síntese de aponeurose.
Aço
Fio não absorvível biológico, mono ou multifilamentar,
torcido ou trançado.
Maior força tênsil e menor reação tecidual.
Pode ocasionar lesões teciduais e levar a necrose.
Grande dificuldade de manuseio.
Escolha do Fio
Tecido Tamanho do Fio Materiais de Sutura Classe
não absorvível e
PELE 3-0a4-0
monofilamentar
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p.160
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Fios de Sutura
absorvível sintético
FÁSCIA 1a3-0 (degradação prolongada)
ou não absorvível sintético
esquelético - absorvível ou
MÚSCULO 0a3-0
não absorvível sintéticos
ÓRGÃO
PARENQUIMA- 2-0a4-0 absorvível
TOSO
ÓRGÃO
absorvível ou não
VISCERAL 2-0a5-0
OCO absorvível monofilamentar
não absorvível
TENDÃO, monofilamentar, absorvível
0a3-0
LIGAMENTO sintético (degradação
prolongada)
LIGADURA
3-0a4-0 absorvível
VASCULAR
Suturas Descontínuas
Também conhecida como suturas descontínuas ou em pontos
separados.
Os fios passam de 2 a 3 mm de distância da borda. Após
confeccionar o nó, o fio é cortado, repetindo o procedimento
até o final da incisão.
O nó deve ficar ao lado da incisão cirúrgica, pois se ficar
sobre a incisão irá favorecer o acúmulo de secreções sob a
ferida e a instalação de um processo infeccioso, também
retardará a cicatrização.
Vantagens
Contribui para a drenagem de líquidos;
Diminui o seroma entre os pontos;
Se precisar retirar só um ponto, não irá comprometer a
sutura em toda a sua extensão.
Grande habilidade em manter a sua resistência.
Desvantagens
Gasto de material é maior;
Demora mais;
Provoca uma reação inflamatória mais intensa devido à
quantidade de pontos.
SUTURA ENCAVILHADA
As alças de cada sutura são apoiadas em um cilindro, que é
colocado de forma paralela às bordas da ferida.
NÃO DIMINUI O APORTE SANGUÍNEO DURANTE O
PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO.
SUTURA DE LEMBERT
Agulha entra longe e sai perto em apenas uma borda da
ferida e, depois de cruzar a borda, entra perto e sai longe.
Evita contaminação por não ser perfurante total e é
invaginante.
PODE SER FEITA EM
ÓRGÃOS OCOS COMO
PULMÃO E INTESTINO.
A agulha penetra as camadas
serosa, muscular e submucosa,
mas não atravessa a membrana
mucosa.
SUTURA DE SWIFT
A agulha entra pela mucosa e sai na adventícia, no sentido de
dentro para fora, e, após cruzar a ferida, volta no sentido
contrário, ou seja, da adventícia para a mucos.
O nó cirúrgico fica para dentro do lúmen do órgão.
INDICADA ESPECIALMENTE PARA SUTURAR O
ESÔFAGO.
SUTURA EM JAQUETÃO
Ocorre sobreposição das bordas da ferida.
A agulha entra longe em uma borda da ferida, estando a
outra logo abaixo. A agulha entrará perto na outra borda.
PODE FAZER EM SUTURAS DE HÉRNIAS UMBILICAIS.
afastada da borda.
PODE FAZER EM SUTURAS QUE ARESENTAM TENSÃO E
PRECISAM DIMINUIR O ESPAÇO MORTO.
SUTURA DE GAMBEE
USADA EM CIRURGIAS INTESTINAR POR REDUZIR A
EVERSÃO DE MUCOSA.
Suturas Contínuas
Não são cortadas após dar o nó inicial e após cada repasse
nas bordas.
SUTURA CONTÍNUA SIMPLES
A agulha entra na pele formando um ângulo reto em relação à
incisão, em ambos os lados.
Ao retornar para o outro lado, o fio vem de forma oblíqua
atravessando a borda, esse processo se repete até o final.
APLICADA NOS TECIDOS ELÁSTICOS QUE NÃO SÃO
SUBMETIDOS A UMA TENSÃO CONSIDERÁVEL.
SUTURA FESTONADA
Após a agulha passar pelas bordas da ferida, o fio é ancorado
na lançada anterior, sendo apertado em seguida, esse
processo se repete até o final da incisão.
PODE FAZER EM PELE, FÁSCIA MUSCULAR, VESÍCULA
URINÁRIA E ESTÔMAGO.
SUTURA DE CUSHING
Sutura feita na seromuscular das vísceras, com isso, não
oferece muito risco de contaminação.
Introduz a agulha paralelamente à borda da ferida de um
lado e do outro, pegando somente a camada serosa e
muscular. Seu retorno é através da muscular e da serosa.
PODE FAZER EM ESTÔMAGO E VESÍCULA URINÁRIA.
SUTURA DE CONELL
Semelhante com a de Cushinh, mas atravessa todas as
camadas incorporando a mucosa (padrão seromucosa).
PODE FAZER EM ÓRGÃOS OCOS.
SUTURA DE PARKER-KERR
Sutura em dois planos. O primeiro é confeccionado com um
padrão de Cushing aplicado sobre uma pinça de hemostasia.
Após isso, a pinça é retirada lentamente e o fio é tracionado.
As bordas se invertem e em seguida faz uma sutura de
Lembert contínua.
FEITA EM COTO UTERINO.
Saber a finalidade e a
utilização das clorexidinas na
rotina de estágio é muito
importante e é um dos princípios Clorexidina
básicos.
Degermante
A clorexidina degermante é um antisséptico tópico utilizado
para a degermação da pele do paciente, antes de
procedimentos invasivos, como cirurgia, cateter venoso e
afins.
Além disso, também é utilizada para o banho pré-operatório
do paciente, preparo da mãos...
Aquosa
A clorexidina aquosa é um antisséptico químico, antifúngico e
um bactericida, sendo capaz de eliminar bactérias gram-
negativa e gram-positiva. Indica-se o seu uso diário em
Licenciado para Bruna Gabrielly da Silveira Guimarães, CPF: 519.852.968-02
p.184
@apostilavet
Instrumentos
higienização da pele íntegra.
Alcoólica
A clorexidina alcoólica é indicada como antisséptico tópico,
possuindo baixo potencial de toxicidade e é um pouco
absorvido pela pele íntegra, sendo o seu uso considerado
seguro.
Realizada para a
estabilização emergencial na
clínica de pequenos animais,
Toracocentese
além de permitir esclarecer as
dúvidas referentes a presença
de líquido ou gás no tórax.
Todo paciente com efusão torácica em dispneia,
deverá ser submetido a toracocentese e drenagem
pleural antes de ser encaminhado para o
diagnóstico por imagem, pois pode ter apneia se
for posicionado em decúbito dorsal na radiografia
antes da drenagem.
O paciente deve estar em decúbito esternal e a punção é
realizada entre o 6º, 7º ou 8º espaço intercostal (é definido
em contagem regressiva a partir do 12º espaço.
A junção costocondral é para a coleta de líquido e o terço
dorsal do tórax para a coleta de ar.
É usado o escalpe 19 ou 21 G, ou cateter 18 ou 21 G,
conectado a uma seringa de 10 ou 20 ml por meio de uma
torneira de 3 vias.
Procedimento realizado em
suspeitas de efusão abdominal,
pacientes com histórico de Abdominocentese
trauma (hemoperitônio ou
uroperitônio) e peritonite.
Fezes de Cães
Imagem: VetSmart
Fezes de Gatos
SAUDÁVEIS
São consistentes e compactas, de uma cor
uniforme e que pode oscilar entre vários
tons de marrom, dependendo de sua
alimentação.
FEZES MOLES
Podem estar relacionados com alguma infecção
gastrointestinal, parasitas ou algum problema em sua
alimentação.
FEZES ESCURAS
É um marrom muito escuro ou preto, é
conhecido como melena, ou seja, é a presença
de sangue digerido nas fezes. Indica a presença
de uma hemorragia em algum ponto do sistema digestivo,
podendo ser por uma úlcera gastrointestinal ou as lesões
derivadas de uma infestação de parasitas.
SANGUE NAS FEZES
Sangue fresco ou coágulos podem ser decorrentes de alguma
lesão do sistema digestivo ou na zona anal.
FEZES BRANCAS
Raro nos gatos, mas o consumo elevado de ossos pode fazer
com que as fezes fiquem brancas e duras.
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Fezes
Variações da Coloração
PÁLIDA OU AMARELO-CLARA: urina diluída
com baixa densidade, associada a poliúria.
doença renal terminal, ingestão
excessiva de líquidos, diabetes insipidus,
hiperadrenocorticismo...
AMARELO-ESCURA OU ÂMBAR: urina concentra-
da com densidade elevada e associada à oligúria.
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Urina
febre, desidratação, diminuição da ingestão hídrica,
nefrite aguda, nefrose tóxica.
ALARANJADO-ÂMBAR OU AMARELO-ESVERDEADA: presença de
bilirrubina ou bilverdina.
AVERMELHADA: presença de hemoglobina
e/ou de hemácias.
VERMELHO-ACASTANHADA: presença de
hemácias, hemoglobima, meta-hemoglobina
ou mioglobina.
AZUL-ESVERDEADA: azul de metileno (antissépticos urinários).
O teste de Schirmer é um
exame realizado para avaliar
a produção lacrimal do Teste de
paciente e para detectar Schirmer
doenças principalmente
ligadas à córnea e a
conjuntiva, por exemplo, a
ceratoconjuntivite seca.
O teste de Schirmer é feito com a colocação de tiras de papel
absorvente estéril no 1/3 médio do saco conjuntival inferior,
durante 1 minuto.
Valores menor que 15 mm/min é sugestivo de
ceratoconjuntivite seca em cães. Enquanto que o valor
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Teste de Schirmer
A transfusão de sangue é um
procedimento realizado com
certa frequência na rotina Transfusão
clínica, sendo a transferência de
de Sangue
células de um organismo para
outro.
Escolha de Doadores
GATOS
PESO: maior que 4,5 kg.
HEMATÓCRITO: maior que 35%.
VACINAÇÃO ANUAL.
EXAMES PERIÓDICOS: hemograma completo +
esfregaço, bioquímica sérica, sorológico - FIV/FeLV
negativos.
Colheita de Sangue
TOTAL DE SANGUE: 7 a 9 ml/kg do gato.
Faz anestesia ou seda o paciente, pode utilizar:
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Transfusão
Camada de
Contato
Composta pelo agente tópico (pomadas e produtos em gel ou
óleo que auxiliam na manutenção da umidade na ferida) e a
gaze.
Camada Absorvente
Algodão hidrofílico que absorve as secreções produzidas.
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Curativos
Camada de Proteção
Auxilia a evitar novas lesões e a tornar o curativo
impermeável.
Evita contato com urina, fezes e sujidades do meio.
A intoxicação é um quadro
frequente na rotina clínica,
sendo importante instituir Intoxicação
medidas que dificultem a
absorção do veneno.
Exposição Cutânea
Se o animal não estiver estabilizado, não é indicado fazer o
banho. Caso esteja estabilizado, coloca o animal em baixo do
chuveiro ou no tanque para lavar.
CUIDADO: se ficar esfregando a pele do animal pode acelerar
a absorção.
Dar banho na água fria por no mínimo 15 minutos e retirar
substâncias oleosas com sabão neutro, após o banho,
enxaguar e secar o animal, porém, evitar alta temperatura.
NÃO TENTAR NEUTRALIZAR O QUE CAIU NA PELE E TOSAR O
ANIMAL!
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Intoxicação
LAVAGEM GÁSTRICA
Abordagem controvérsia e feita até 2h após a ingestão.
Pode ser feita com água ou solução salina morna, pode repetir
várias vezes, porém, os cuidados são:
entubação.
não colocar um volume muito grande para não romper a
estrutura do estômago ou esôfago.
TRANSFORMAÇÃO DO TOXICANTE
O carvão ativado é um adsorvente inespecífico, ou seja, se
liga no veneno e nos nutrientes, com isso provoca a formação
de um complexo e não deixa que a substância seja absorvida.
USO DE CATÁRTICOS
Eliminação das fezes com sorbitol, manitol e sulfato de
magnésio, ou seja, são laxantes e faz com que o produto passe
mais rápido pelo intestino e tenha uma menor absorção.
DEMULCENTES
Clara de ovo.
ENEMAS
ELIMINAÇÃO DIRETA
Pouco usado, sendo a gastrotomia/enterotomia.
Saber a conduta
medicamentosa a adotar
frente a uma emergência, onde
Convulsão
o paciente chega
convulsionando é fundamental.
INICIALMENTE:
diazepam: 1 a 2 mg/kg intrarretal.
midazolam: 0,2 mg/kg intramuscular.
Após conseguir o acesso venoso, pode fazer:
diazepam: 0,5 a 1 mg/kg intravenosa.
se não funcionar, aplicar 2º dose e, se não funcionar
mesmo assim, aplicar a 3ª dose e associar com o
fenobarbital.
FENOBARBITAL: 15 mg/kg TOTAIS intravenoso.
3 doses de 5 mg/kg ou 5 doses de 3 mg/kg a cada hora.
SE A CRISE PERSISTIR, ENTRAR COM O PROPOFOL OU CETAMINA,
propofol: 1 a 2 mg/kg intravenoso seguindo de infusão
contínua de 0,1 a 0,6 mg/kg/min.
cetamina: 5 mg/kg IV seguido de infusão contínua de 5
mg/kg/hora.