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Copyright © 2018 por Chamada É proibida a reprodução desta obra em quaisquer meios sem a expressa permissão da editora, salvo para breves citações com a indicação da fonte.
Editor: Sebastian Steiger Tradução: Doris Körber Revisão: Chamada Capa e diagramação: Rômulo Spier do Nascimento Conversão para ePub: SCALT Soluções Editoriais Salvo
indicação em contrário, todas as passagens da Escritura foram extraídas da Bíblia Sagrada, Nova Versão Internacional, NVI®, copyright © 1993, 2000, 2011 por Biblica, Inc. Todos os
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Lumos Assessoria Editorial - Bibliotecária: Priscila Pena Machado CRB-7/6971
Kinley, Jeff.
K55 Como foi nos dias de Noé : advertências da profecia bíblica sobre a futura tempestade global / Jeff Kinley ; [tradução Doris Körber]. – 1. ed. – Porto
ISBN 978-65-89505-04-4
1. Noé (Patriarca hebreu). 2. Bíblia - Profecias - Fim do mundo. 3. Fim do mundo - Ensino bíblico. 4. Dilúvio - Ensino bíblico. I. Köber, Doris. II.
INTRODUÇÃO
1. OS DIAS DE NOÉ
3. ENXURRADA
4. PROFETA CARPINTEIRO
5. UM MUNDO ÍMPIO
6. UM HISTÓRICO DE VIOLÊNCIA
8. DIAS TERRÍVEIS
NOTAS
AGRADECIMENTOS
Autores estão sempre buscando seu próximo projeto literário. No entanto,
neste caso o livro encontrou o autor. Este projeto começou com uma “ideia
maluca” que rapidamente se transformou num grande passo de fé. Devo um
grande agradecimento ao meu agente, Bill Jensen, que inicialmente teve a
visão para o livro e sugeriu que eu o escrevesse. Sou grato a minha esposa,
Beverly, que orou fervorosamente comigo sobre assumir este projeto. Eu
também não conseguiria escrever este livro sem o auxílio de meu “escriba”
Stuart Kinley, que digitou incansavelmente minhas revisões e edições
originais, servindo também como um segundo par de olhos. Por fim, estou
em dívida com toda a equipe da Harvest House, que viu Como foi nos dias
de Noé como um livro oportuno para esta geração.
INTRODUÇÃO
Talvez não haja nenhum outro relato antigo na história humana que cative
tanto a nossa atenção quanto a narrativa a respeito de Noé e do grande
Dilúvio. A aventura da arca é tão antiga quanto o próprio tempo e, ao longo
das eras, cerca de 270 versões dela passaram de geração em geração em
culturas do mundo inteiro. Da Assíria-Babilônia ao Antigo Egito, China e
até mesmo Havaí, cada relato diluviano apresenta semelhanças marcantes
com a narrativa bíblica. Um aspecto especialmente espantoso é o fato de que
a maioria fala de uma população má, de um solitário homem justo, de uma
destruição universal pela água e de uma arca.
Os céticos apresentam esses “mitos do Dilúvio” como prova de que a
Bíblia não tem direito de exclusividade sobre essa alegoria pré-histórica tão
frequentemente contada. Alegam que Moisés (ou “quem quer que realmente
tenha escrito Gênesis”) provavelmente tomou emprestado um mito comum,
adaptando-o à cultura judaica e ao seu próprio conceito de Deus. Defendem
que a história de um homem que constrói um navio de carga gigante para
proteger sua família de uma divindade irada que quer destruir a humanidade
não passa de uma fábula fossilizada. Um conto de fadas. É claro que a
explicação alternativa é complicada – que a descrição bíblica seria 100%
acurada, inclusive nos menores detalhes, e que o Criador embutiu esse relato
em virtualmente todas as culturas antigas como testemunho de sua
veracidade. Mas Deus deu um passo além, providenciando para que o evento
fosse documentado para nós por meio de um livro.
Jesus Cristo acreditava em Noé. E no Dilúvio. E na arca. Na verdade, em
lugar algum da Escritura encontraremos a menor insinuação de que o
homem Noé, sua história ou o Dilúvio global seriam apenas uma metáfora,
um conto mitológico, uma parábola moralista ou uma obra de ficção. Pelo
contrário, ela estabelece a realidade do evento do Dilúvio com muita firmeza
(2Pe 3.5-6). Mas é claro que se esperaria isso da Bíblia, não é? No entanto,
ainda mais espantoso é que Jesus associe a historicidade de Noé e de sua
arca à certeza de eventos proféticos futuros e sua volta física a este planeta
(Mt 24.1-3,36-39).
Além disso, Jesus introduziu suas afirmações a respeito de Noé
declarando suas próprias palavras como tão verdadeiras que sobreviveriam a
céus e terra (Mt 24.35). Ou, em outras palavras, “tudo o que eu digo vai
acontecer”, garantiu, “e vocês podem contar com essa verdade”.
Para descartar ou negar a realidade de Noé e do Dilúvio, basta refutar a
pessoa de Jesus Cristo e sua reivindicação à divindade, coisa que mortal
nenhum conseguiu realizar com sucesso nos últimos dois mil anos. A
confiabilidade histórica da Escritura (e, com isso, do Dilúvio) está
inseparavelmente ligada ao caráter e à identidade do próprio Deus. E,
embora seja possível produzir um registro histórico acurado sem a ajuda do
Senhor, é impossível ter profecias ou o sobrenatural sem ele. Não há dúvida
de que Noé é a história quintessencial de profecia, intervenção divina e
juízo.
Com uma precisão de dar calafrios, a Bíblia reconta esse evento épico que
levou bilhões para uma cova de água.1 O que aparece na Escritura vai muito
além de qualquer blockbuster de Hollywood. Não há aqui nenhuma cena
gerada em computador, em 3D ou com efeitos especiais. Nem um filme de
ficção que atropela nossos sentidos com imagens gigantescas e sons
ensurdecedores, retratando o horror de um apocalipse aquático global.
Em vez disso, trata-se de algo muito pior.
Como foi nos dias de Noé levará você de volta a um mundo difícil de
reconhecer. Talvez você ache as cenas e os sons do mundo pré-diluviano
perturbadores. Essa história redirecionará sua perspectiva da humanidade e
desafiará até mesmo sua percepção a respeito do próprio Deus. Mas também
é minha esperança que você use a narrativa do Dilúvio como uma lente para
analisar o mundo de hoje, oferecendo-lhe um vislumbre pelo visor de Deus,
porque é através do estudo desse evento do passado que podemos entender
melhor o presente e nos preparar com mais eficácia para o futuro.
Quero encorajá-lo a pesquisar pessoalmente a Escritura enquanto você lê
este livro. Esse tal Noé é muito mais do que um personagem antigo em um
livro, e a classificação indicativa dessa história definitivamente não deveria
ser “livre”. As páginas a seguir contêm a versão sem cortes de um capítulo
tão perturbador da história humana que você pode ficar se perguntando se
realmente aconteceu da forma como a Bíblia descreve. Este livro desvela o
coração do homem e a santidade de Deus. Por isso, navegaremos com
reverência. Dito isso, o mar pode ficar agitado; portanto, se você estiver
pronto, suba a bordo, agarre seu colete salva-vidas e segure-se firme.
Você está prestes a descobrir como uma antiga história de escola bíblica
dá um salto no tempo, lançando luz sobre a geração de hoje e ligando-se a
outro juízo global ainda futuro. Mas, à medida que você mergulha na história
de Noé, também encontrará um reservatório de esperança.
E um Deus que espera com a porta aberta.
Jeff Kinley
Little Rock, Arkansas
1
OS DIAS DE NOÉ
... estou triste por havê-los feito.
Gênesis 6.7 (NAA) Está vindo um dilúvio. Deus vai destruir essa terra, incluindo você, a não ser que você se arrependa.
SENHOR” (Gn 6.8, NAA). Descrito como “homem justo, íntegro entre o povo da sua época”, Noé era um homem que “andava com Deus” (Gn 6.9). Mesmo não sendo perfeito, Noé
tinha integridade. E, ainda que certamente não fosse isento de culpa, Noé ainda era inocente, ou um homem de alto caráter e reputação morais. Em contraste com o caráter perverso,
odioso e violento de seus pares, ele se manteve puro, decente e civilizado. Não havia sujeira na vida de Noé. Ele sentia a pressão de se conformar à impiedade de sua geração, mas
também se sentia chamado a ser diferente dela em caráter e estilo de vida (ver 2Co 6.14-18).
ENXURRADA
Então veio o Dilúvio e os destruiu a todos.
Lucas 17.27b Para Noé e sua família, aqueles sete dias na arca antes do Dilúvio foram repletos de trabalho – era preciso embarcar cerca de 50 mil animais e organizá-los em seus
cercados, distribuir forragem e limpar a sujeira – algo que em breve se tornaria um trabalho de tempo integral por toda a duração de sua aventura aquática.26 O coração se enchia de
expectativa enquanto se preparavam para, pela primeira vez na história, viajar por “águas desconhecidas”. Mas a jornada ao inexplorado também trazia consigo um profundo senso de
alívio e reverência. Mesmo tendo imaginado esse dia durante 120 anos, nada poderia realmente ter preparado Noé e seus companheiros de viagem para a experiência que estavam para
enfrentar. Ele deve ter refletido sobre como seria esse juízo iminente, sonhando com isso à noite e com os pensamentos cheios de cenas de água, vento e ondas durante o dia. Mas ele
nunca teria sido capaz de realmente visualizar a realidade da destruição que estava para cair sobre o planeta Terra. Será que o barco ao qual ele dedicara tantos anos realmente flutuaria e
resistiria ao teste das águas revoltas? Sobreviveria à onda esmagadora da ira do Onipotente?
PROFETA CARPINTEIRO
Como foi nos dias de Noé, assim também será na vinda do Filho do
homem.
Mateus 24.37
Avançamos cerca de dois mil anos, e o homem de quem Enoque falava agora
caminha sobre a terra. É uma terça-feira, primavera de 30 d.C.45 O cenário é
uma encosta popular nas imediações de Jerusalém. Jesus, o Cristo, reuniu
um punhado de seus discípulos mais próximos para um encontro particular,
muito diferente das crescentes multidões que normalmente atraía. É a última
semana de sua vida na terra, e por isso ele se afastou dos holofotes para ficar
na companhia de seus seguidores mais íntimos. Ele sabe que na próxima
quinta-feira à noite virá o grande momento – a hora para a qual ele se
preparou e se esforçou nesses últimos três anos. Todos os ensinos, viagens e
tempo passado com os discípulos. Cada palavra dita, cada passo dado, até o
próprio propósito de seu nascimento, tudo encontrará seu auge na sexta-feira
pela manhã, em uma névoa sangrenta de chicotes, punhos e pregos.
Diferentemente de seus amigos discípulos, Jesus sabia muito bem o que
esperava por ele na cruz. Sabia que agonia e tortura excruciantes desabariam
sobre ele como uma onda de tormento, e que Deus lidaria com ele como se
ele fosse o pecado personificado (2Co 5.21). Faltavam poucos dias para que
ele cumprisse seu papel de Cordeiro de Deus, nosso Substituto bem-disposto
(1Jo 2.2). Ele nunca tinha experimentado qualquer ruptura em sua comunhão
com o Pai. Mas tudo isso mudaria na sexta-feira pela manhã, quando Deus
abandonaria seu Filho e o golpearia com toda a fúria do inferno.
Esse momento logo chegaria. Mas, por ora, ele estava ansioso pelo tempo
de qualidade com os homens aos quais tinha confiado a verdade nesses
últimos três anos. Por isso, esses últimos dias eram particularmente especiais
para Jesus. Assim, reclinado na encosta do monte das Oliveiras, ele lhes
concede um rico tesouro em informações para ser passado adiante aos
futuros discípulos.46
Curiosos, eles perguntam: “Dize-nos, quando acontecerão essas coisas? E
qual será o sinal da tua vinda e do fim dos tempos?” (Mt 24.3).
Jesus tinha acabado de informá-los que seu amado templo judaico, que
naquela época ainda estava em construção, seria totalmente destruído.47 A
despeito de tudo o que ele já lhes ensinara, continuavam esperando que o
reino e domínio terreno de seu Mestre chegassem imediatamente (Lc 19.11).
Assim, a profecia de Jesus sobre o templo não combinava muito bem com a
ideia que tinham sobre o fim dos tempos – daí a pergunta. Mas, em vez de
falar sobre o quando (momento) da sua vinda, Jesus se concentra nos sinais
que precederão seu retorno definitivo. Os discípulos não conseguiam
conceber a ideia de que seu Senhor os deixaria, nem eram capazes de
compreender o conceito da era da igreja. Assim, ao tratar de sua pergunta,
ele dá um salto para a frente, para um tempo que os Doze nunca veriam
pessoalmente e que nunca teriam sido capazes de imaginar.
Jesus explica que uma série de sinais se manifestará nos dias anteriores à
sua volta. Esses sinais lembrarão “dores de parto” (Mt 24.8, NVT). As dores
de parto manifestam-se bem no final da gravidez, começando com
ocorrências esporádicas e então aumentando em frequência e intensidade até
o bebê nascer. Jesus diz que essas dores de parto ocorrerão durante um
período de sete anos conhecido como tribulação (Dn 7.25; 9.27; 12.1,7; Mt
24.21; Ap 11.3; 12.6; 13.5).48 A Escritura descreve esse terrível capítulo da
história mundial como um tempo em que Deus mais uma vez trará juízo
global sobre a humanidade. No entanto, diferentemente do Dilúvio, não será
um evento único, mas uma série de ocorrências (algumas simultâneas) no
mundo inteiro durante um período de sete anos. Embora não aborde cada
profecia ou detalhe, Jesus dá aos seus discípulos um resumo esclarecedor
sobre as coisas futuras. E, à medida que ele descrevia esse apocalipse,
certamente os olhos de seus amigos arregalavam-se cada vez mais, enquanto
seus queixos barbados caíam.
Mateus 24 desvela para nós alguns dos sinais que precederão a segunda
vinda de Jesus: 1º Sinal: Falsos Cristos (v. 4-5) Em tempos de incerteza, os
oportunistas são rápidos em tirar proveito dos medos e das inseguranças das
pessoas (você ainda se lembra do medo do bug do milênio?). A Escritura diz
que, imediatamente antes dessa tribulação, Jesus recolherá sua noiva (a
igreja), levando-a para longe da “ira que há de vir”. Milhões de pessoas
desaparecerão do planeta de forma repentina, sem qualquer advertência
prévia. Os cristãos chamam esse evento de arrebatamento (1Ts 1.10; 4.13-
18; 5.8-9).49 Esse momento é um catalisador que inaugurará os sete anos da
tribulação. Ele afundará nosso mundo em grande confusão emocional,
econômica e espiritual. Nessa escuridão, o vazio atrairá uma exorbitância de
autoproclamados deuses e gurus, cada um com suas próprias reivindicações
em termos de verdade, conhecimento e profecia.
Mais tarde, Jesus diz que alguns desses deuses e gurus terão poder
demoníaco, capazes de realizar “grandes sinais e maravilhas para, se
possível, enganar até os eleitos” (Mt 24.24). Atualmente, nosso mundo não
sofre de carência de falsas fés e filosofias, messias equivocados, gurus
espirituais, místicos sábios e conselheiros charlatães. O apóstolo João
advertiu que “o anticristo está vindo, já agora muitos anticristos têm surgido.
Por isso sabemos que esta é a última hora” (1Jo 2.18). À medida que nos
aproximamos dos últimos dias, é preciso preparar-se para um aumento de
falsos profetas e imitações de cristos, mesmo nas culturas permeadas por
céticos e ateus. Até lá, recomenda João, “examinem os espíritos” para ver se
eles confessam Jesus como o Cristo (1Jo 4.1-3).
UM MUNDO ÍMPIO
Não têm o menor temor de Deus.
Romanos 3.18 (NVT) Poucos mistérios da vida são tão intrigantes quando a problemática tensão entre a soberania de Deus e o livre-arbítrio humano. A forma como eles se
relacionam e interagem é um enigma perturbador – um que força os limites da mente. É uma daquelas verdades ocultas das quais recebemos apenas vislumbres ocasionais. Um dia esse
mistério será esclarecido. Mas por enquanto ainda não (1Co 13.12-13).
UM HISTÓRICO
DE VIOLÊNCIA
Saiba disto: nos últimos dias... os homens serão... cruéis...
2Timóteo 3.1-3
CINQUENTA TONS
DE IMORALIDADE
Saiba disto: nos últimos dias... os homens serão... amantes dos
prazeres...
2Timóteo 3.1-3
Conteúdo Adulto
Já vimos que a homossexualidade não era a única corrupção sexual no
mundo antigo. A perversão heterossexual era igualmente disseminada. Ao
discutir os tons de imoralidade de Satanás, é fácil apontar o dedo para o
pecado alheio enquanto lutamos contra nossos próprios demônios. E, mesmo
vivendo num mundo ímpio, não podemos simplesmente condenar a cultura.
As experimentações sexuais da década de 1960 podem ter alimentado uma
revolução de carnalidade e erotismo, mas não podemos jogar toda a culpa na
geração hippie. O problema é bem mais profundo, encontrando sua
verdadeira gênese na crescente rejeição social aos padrões morais de Deus e
na confusão universal em relação à sexualidade.
Como nos dias de Noé, nosso mundo ama o sexo, e hoje em dia ele é
usado para vender de tudo, de goma de mascar a carros. O sexo está por toda
parte. Filmes. Revistas. Televisão.113 Comerciais. Livros. Videogames. E, é
claro, na internet, como demonstram as estatísticas a seguir: • A pornografia
é uma indústria de 10 bilhões de dólares ao ano; em 2006, arrecadou cerca
de 13 bilhões de dólares. Isso é mais do que os lucros reunidos das ligas
nacionais de futebol americano, basquete e beisebol dos EUA.114
• Uma em cada oito buscas online é por conteúdo erótico. Uma em
cinco buscas em celulares é por pornografia.
• Homens têm 543% mais probabilidade de olhar pornografia.
• Dois terços dos estudantes universitários homens e metade das moças
dizem que assistir à pornografia é uma forma aceitável de expressar sua
sexualidade.
• A indústria pornográfica para celulares já recolhe mais de um bilhão
de dólares em assinaturas.
• Mais da metade de todos os meninos e um terço das meninas veem a
primeira imagem pornográfica antes dos 13 anos, sendo que a
popularidade do “sexting” cresce cada vez mais.
• Cinquenta e oito por cento dos homens reconhecem que assistem à
pornografia no mínimo uma vez por semana.
• Uma pesquisa de agosto de 2006 relatou que 50% dos homens cristãos
e 20% das mulheres cristãs são viciados em pornografia. Na mesma
pesquisa, 60% das mulheres admitiram ter dificuldades consideráveis
para lidar com a luxúria, e 40% admitiram que se envolveram em
pecado sexual no ano anterior.115
• Pessoas que se autoidentificam como “fundamentalistas” têm 91%
mais de probabilidade de olhar pornografia.
Estamos vendo muita pornografia. Em casa. Nos nossos quartos. No
trabalho. Até na escola. E os resultados são devastadores.116 Em nossa
sociedade saturada por sexo, até mesmo os pré-adolescentes estão sendo
expostos à pornografia, o que contribui para despertar curiosidade,
compulsão e até mesmo vício em tenra idade.
De acordo com o Departamento de Justiça dos EUA, “nunca antes na
história da mídia de telecomunicação da nação houve tamanha quantidade de
material indecente (e obsceno) acessível com tanta facilidade a tantos
menores de idade em tantos domicílios do país com tão poucas restrições”.117
Não se pode subestimar o impacto da pornografia sobre a degradação e
desvalorização das mulheres – inclusive (mas não só) o abuso sexual.118 A
promiscuidade é tão comum na nossa cultura que, hoje em dia, a declaração
aberta de ser virgem acarreta a mesma ridicularização e estigmatização que
pessoas imorais sofriam em eras passadas. Certa vez, presenciei um
conselheiro de jovens, ex-membro de uma gangue, desafiando os estudantes
do Ensino Médio no colégio da sua região a se abster de sexo na noite da
festa de formatura. Centenas de jovens riram a plenos pulmões, zombando
com assobios e provocações enquanto ele tentava explicar as vantagens de
uma noite sem sexo. Nos dias de hoje, a pureza não é uma virtude apreciada,
e quem a abraça é visto como “perdendo alguma coisa” ou como esquisito.
Sexo sem compromisso, sexo com desconhecidos ou “juntar as escovas de
dente” são comportamentos comuns. Fazer sexo é considerado normal e,
muitas vezes, até esperado. Ao contrário da pureza.
O espírito prevalente de hoje retrata as mulheres como pouco mais que
objetos sexuais a serem explorados por homens famintos de desejo. E
aparentemente algumas delas nem se importam com isso, desde que sejam
consideradas lindas, sensuais ou desejáveis. Essa cultura obcecada por sexo
engana as meninas ao levá-las a pensar que seu valor como pessoa está na
sua capacidade de atrair homens. O que elas não conseguem entender é que
o homem em geral costuma pensar apenas em satisfazer suas fantasias
sexuais, e não em apreciar a mulher pela pessoa que ela é. Eles não se
importam com a mulher como ser humano, apenas como brinquedo. Apenas
como um meio para uma finalidade depravada. Não é de admirar que o
tráfico sexual e a escravização sexual estejam prosperando e que durante
grandes eventos esportivos (como o Super Bowl e a Copa do Mundo) a
demanda por moças jovens aumente dramaticamente. Em alguns casos,
espera-se dessas mulheres que tenham relações com até 50 homens por dia.119
Nos Estados Unidos, o tráfico sexual interestadual de menores de idade está
aumentando.120 De acordo com o FBI, a quantidade de escravas sexuais chega
aos milhões em lugares como a Rússia, o sudeste asiático e os Estados
Unidos. Estupros coletivos, surras e perversões inimagináveis são coisas
rotineiras para meninas presas no tráfico e na escravidão sexual.
Oferece-se sexo tanto com a fragrância sedutora da mídia convencional
quanto com o fedor nojento do esgoto da pornografia hardcore e da
escravidão sexual. Ele corre nas veias do mundo inteiro e flui livremente.
Mas por que essa área específica do pecado humano é tão disseminada? Por
que a nossa geração parece apresentar constantemente essa febre sexual? Por
que o sexo é tão popular e sedutor? Até mais que outros pecados?
Pureza ou Paixão?
Diante disso, o que os seguidores de Cristo devem fazer com essa
informação? Como viver numa cultura sobrecarregada de sexo que corre
furiosamente em direção aos últimos dias? O que Deus espera de nós? Com
certeza o seu conselho deve ser mais profundo do que “Não faça isso!”,
“Espere!” e “Ok, agora vá em frente!”. Ocorre que as Escrituras têm muito a
dizer sobre o tema da sexualidade, e 1Tessalonicenses 4.3-8 é uma passagem
que trata diretamente dela.
Em primeiro lugar, Paulo nos admoesta: “Abstenham-se da imoralidade
sexual” (v. 3b). A chave para isso, diz ele, é “aprender a controlar o próprio
corpo” (v. 4, NVT). A palavra principal aqui é “aprender”. Ninguém nasce
sabendo quem é ou como lidar com a puberdade e a sexualidade. Ninguém
sabe inerentemente como olhar para o sexo oposto ou como administrar o
desejo sexual. Cada indivíduo precisa aprender isso, de preferência com uma
fonte confiável.127 E há muitos aspectos envolvidos neste aprendizado. Ele
começa na convivência com pessoas que demonstrem o que é ser homem e o
que é ser mulher. Parte dele também tem relação com o ambiente – coisas
que você assiste ou às quais é exposto, definição de limites e prestação de
contas.128 Adicionalmente, tem relação com seu círculo de influência –
amigos, companheiros de equipe, colegas de trabalho.
Contudo, mesmo com obstáculos externos bem posicionados, eles não são
suficientes para supervisionar totalmente o coração. Podemos guardar os
nossos olhos, mas proteger o nosso íntimo é outra coisa. Este é o objetivo
maior, pois só assim é possível impedir que os nossos desejos vaguem por aí.
Isso começa com uma decisão diária de submeter nossa vontade a Cristo (Tg
4.7-8). Na verdade, trata-se de uma escolha que precisamos fazer várias
vezes ao longo do dia, por muitas razões diferentes. Um coração totalmente
rendido a Deus é a melhor defesa contra o desejo. Se nos deleitarmos no
Senhor – intencional e mentalmente –, ele colocará os seus desejos em nosso
coração (Sl 37.4).
A vitória sobre essa batalha requer também reconhecer tentações e
fraquezas. Cada pessoa tem áreas específicas – e às vezes únicas – nas quais
é suscetível ao pecado. Conhecer-se bem ajuda a identificar essas áreas
quando elas surgem. Dessa forma, você não é surpreendido nem se vê
derrotado por desobediência recorrente. Uma coisa é ferir-se durante a luta,
outra bem diferente é ser derrubado por um franco-atirador. Descubra em
que pontos e momentos você fica vulnerável, de forma que você possa
enfrentar suas batalhas com honestidade e preparo. E saiba quando pedir
ajuda por meio de um acompanhamento saudável.
Em terceiro lugar, preencha sua mente com pensamentos que promovam
pureza. Escolha meditar no que é útil, não no que lhe faz mal. Este é um
princípio de vida: o que preenche nossos pensamentos moldará nosso caráter
e influenciará nossas ações. Isso é importante no que diz respeito à
sexualidade, porque você não entrará em nenhuma atividade imoral se não
pensar nela primeiro, certo? E naqueles momentos em que seu corpo
provocar algum impulso, sua mente será capaz de controlá-lo porque você se
submeteu a Cristo (2Co 10.5). Isso é parte do que Paulo quis dizer com
“controlar o próprio corpo”. Permitir que os pensamentos de Deus (a
Escritura) ocupem sua mente traz paz e ajuda a vencer o pecado (Sl 119.11;
Fp 4.8). Ao tratar desse assunto, Jesus se concentrou no coração e na mente
(Mt 5.27-28).
Paulo afirma que exercitar esse tipo de controle contribui para a nossa
santificação e honra nossos corpos. Ele contrasta isso com o fato de que os
que não conhecem a Deus vivem em “desejos desenfreados” (1Ts 4.5). “Não
se aproveitem do próximo, roubando e enganando sexualmente o outro dessa
forma”, acrescenta.129 Uma conduta sexual impura importa porque vai contra
o plano de Deus, além de atrair a sua disciplina. Para o cristão, a pureza
sexual não é apenas uma boa ideia, mas um chamado (1Ts 4.7).
Se tirarmos Deus do contexto da nossa sexualidade, o resultado é que
passamos a ser dominados por nossas próprias paixões. Foi exatamente essa
advertência que Paulo fez a Timóteo em relação aos tempos do fim. Na sua
carta derradeira, escreveu: “Saiba disto: nos últimos dias... os homens serão
egoístas... sem domínio próprio... mais amantes dos prazeres do que amigos
de Deus” (2Tm 3.1-4, ênfase acrescentada). A expressão “amantes dos
prazeres” combina duas palavras gregas – phileo e a palavra da qual
derivamos o termo hedonismo, isto é, a crença de que o prazer é o maior
bem que o ser humano pode obter. É a filosofia que diz: “Se algo é agradável
ou me dá prazer, vou buscar e desfrutar disso. Já que é gostoso ou me traz
alegria, deve ser bom”. É assim que, de acordo com Paulo, os não cristãos
viverão nos últimos dias. A busca pelo prazer pessoal dominará suas mentes
e ações, levando a toda a variedade de imoralidade.
Especificamente as relações homossexuais tentam imitar o plano original
de Deus para a humanidade. Sexualmente, elas imitam o modelo da criação,
mas substituem a intimidade bíblica com uma experiência falsificada. De
acordo com antigos mestres judeus, a homossexualidade era uma prática
global antes do Dilúvio. Esses respeitados mestres alegam que na época de
Noé havia contratos de casamento celebrados entre homossexuais, e que
havia até mesmo cânticos compostos especialmente para essas ocasiões.130 Se
estiverem corretos, isso é algo que ainda não foi legitimado em nenhuma
civilização desde antes do Dilúvio, e pode acrescentar um significado
especial às palavras de Jesus sobre aqueles que “da[vam]-se em casamento”
nos dias de Noé (Mt 24.38).131 Os mesmos rabinos também registraram que o
reconhecimento oficial concedido aos casamentos homossexuais serviu para
desencadear o juízo de Deus por meio do Dilúvio.
A geração corrupta da época de Noé incitou um motim sexual que
produziu um planeta mergulhado em sensualidade. A mesma obsessão por
sexo caracterizará também a humanidade do fim dos tempos (Ap 9.21).132
Satanás continua sendo o grande falsificador. Um mestre em manipular a
verdade. Em distorcer a realidade. E em nenhuma outra área a sua
especialidade brilha com tanta força do que na sexualidade. Por definição,
cair numa mentira significa que você não sabe disso, e por isso acredita ser
sincero e ter razão. É isso que Satanás fez em relação à nossa consciência
global sobre o sexo. Seu projeto caminha conforme o planejado.
Tragicamente, vivemos agora num mundo que celebra o casamento
homossexual e envergonha aqueles que defendem o plano de Deus. É um
mundo que considera como heróis corajosos aqueles que “exibem seu
pecado como o povo de Sodoma” (Is 3.9, NVT).
Mesmo que seja impossível, irresponsável e tolo fazer previsões em
relação ao tempo exato dos últimos dias, parece-me que estamos vendo as
nuvens da tempestade se acumulando no horizonte. O planeta intoxicado
com seus passatempos e perversões sexuais é um sinal certo de que estamos
mais próximos do fim agora do que jamais estivemos no passado.
8
DIAS TERRÍVEIS
Saiba disto: nos últimos dias... os homens... tendo aparência de
piedade, mas negando o seu poder...
2Timóteo 3.1-5
VINDO COM
AS NUVENS
O tempo está próximo.
Apocalipse 1.3
A PORTA ABERTA
O Espírito e a noiva dizem: “Vem!”
Apocalipse 22.17
sobrevivente. O relato havaiano conta de um homem chamado Nu-u, que construiu uma canoa gigante, colocou uma casa nela e a encheu de animais. Então, a água cobriu a terra,
2. Tom Pickett, “Population of the PreFlood World”, Lambert Dolphin’s Library, 7 out. 2004. Disponível em: <http://www.ldolphin.org/pickett.html>. “The Great World Wide Flood”,
3. A devastação das cidades gêmeas Sodoma e Gomorra ocorreu cerca de 500 anos após o Dilúvio e do recomeço da humanidade por intermédio de Noé. É evidente que a maldade
humana rapidamente passou por nova deterioração em escala internacional, resultando num julgamento divino catastrófico. A Bíblia diz que os homens de Sodoma ansiavam com
tal intensidade por relações homossexuais que, mesmo depois de serem cegados pelos anjos do Senhor, eles “se cansaram à procura da porta”, tentando entrar na casa de Ló para
molestar os anjos (que tinham assumido forma de homens). Logo cedo no outro dia, conta a Escritura, “o SENHOR, o próprio SENHOR, fez chover do céu fogo e enxofre sobre
Sodoma e Gomorra” (Gn 19.24), destruindo as cidades, seus habitantes e toda a vegetação.
5. Essa linha de interpretação entende que as “mulheres bonitas” eram parte da linhagem ímpia de Caim. Assim, os homens se casaram com mulheres de fora da linhagem aprovada por
Deus, corrompendo a moral da descendência de Sete e acarretando assim o resultado descrito em Gênesis 6.5 (declínio moral, pecado contínuo etc.).
6. Esses versículos fundamentam diversas verdades: (1) a salvação não é oferecida a anjos caídos, que, portanto, não podem ser salvos; (2) Deus não tem nenhuma intenção de salvar
anjos; (3) anjos estão sujeitos a um padrão mais alto por causa de sua posição elevada; (4) os cristãos participarão do julgamento dos anjos; (5) o Diabo será atormentado dia e
noite para sempre; e (6) o inferno foi original e especificamente criado para o Diabo e seus anjos caídos.
7. Por causa do Dilúvio, Deus preservou, de forma eficaz, um remanescente da humanidade que temia a Deus e não tinha sido contaminado pela influência satânica, como os
contemporâneos de Noé tinham sido. O Messias acabou vindo pela linhagem de Noé.
8. Nessa passagem, Jesus não distingue entre anjos bons e maus (demônios). Mais uma vez: depois da rebelião celestial de Satanás, todos os seres angelicais foram “selados” em seu
estado pós-rebelião, impedindo assim que os anjos maus fossem redimidos e que os anjos bons se tornassem maus. Se nesse verso Jesus estava se referindo apenas aos anjos bons,
então ele estava simplesmente afirmando que eles (em seu estado divino) não eram capazes de manter relacionamentos conjugais (bem como relacionamentos sexuais) com
mortais. Ele não aborda se demônios em forma humana são capazes de ter relações sexuais. Ou então ele está falando apenas do casamento em geral, sem implicar qualquer
conotação sexual.
9. Em Gênesis 3.16, Deus diz para Eva que o efeito do pecado para as mulheres seria um desejo antinatural de dominar (“governar”) os homens. A combinação do machismo brutal no
homem com o desejo desafiador de dominar nas mulheres causou um conflito explosivo entre os sexos, acompanhado de violência. Mesmo assim, certamente havia em ambos os
gêneros aqueles que, como hoje, aceitam ser dominados (sexual, emocional e fisicamente) por outros.
10. Teshuqah é a mesma palavra que Moisés usa em Gênesis 3.16 ao explicar a maldição que o pecado de Eva trouxe para as mulheres. Ele diz que o seu “desejo” seria para o seu
marido. Esta não é uma referência à intimidade sexual, mas uma alusão ao desejo de “dominar ou controlar”, como explicita a frase seguinte: “e ele a dominará”.
11. Sem salvação e sem o Espírito, somos totalmente incapazes de obedecer à lei de Deus (Rm 8.6-8). Mesmo assim, Caim poderia ter escolhido o caminho de vencer por “fazer o bem”,
submetendo sua vontade a Deus (Gn 4.7). Mesmo um não crente pode abrir mão do controle de seu próprio coração – especialmente quando o próprio Deus diz: “Você pode fazer
isso!”.
12. O nome Noé significa “descanso”.
13. O Lameque que descendeu de Caim inaugurou a prática da bigamia (ter mais de um companheiro). Ele também teve três filhos, que se tornaram os pioneiros da pecuária, da música
e da metalurgia. Depois de anunciar às suas esposas que tinha matado um jovem, ele se gaba de que, caso alguém tentasse puni-lo por esse homicídio, sua morte seria vingada dez
vezes mais que a de seu antepassado Caim (Gn 4.23-24). Depois de apelar a Deus, Caim ouviu do Senhor que qualquer pessoa que o matasse sofreria uma vingança sete vezes
pior (Gn 4.15). Essa atitude arrogante é radicalmente diferente da do outro Lameque (o pai de Noé).
14. A expressão “velho como Matusalém” é comum para referir-se a uma pessoa muito idosa. Há registros dessa expressão já no século XIV. Cita-se uma alusão a ela por volta de 1390
na obra Minor Poems, de F. J. Furnivall (1901): “... se um homem puder viver aqui tanto quanto o tal Matusalém”.
15. Hebreus 11.5: “Pela fé Enoque foi arrebatado, de modo que não experimentou a morte; ‘e já não foi encontrado, porque Deus o havia arrebatado’, pois antes de ser arrebatado
16. Judas aplica a profecia de Enoque aos falsos profetas do primeiro século, aos que seguem “o caminho de Caim” e àqueles que se rebelam contra a verdade e a autoridade de Deus.
Como na época de Enoque a rebeldia era galopante, ele com certeza aplicava esse aviso também a eles, de forma que sua profecia tinha significado contemporâneo.
17. Quando Noé nasceu, Matusalém e várias gerações de seus ancestrais ainda viviam, incluindo Enos (Enoque já tinha sido arrebatado ao céu). Todos eles morreram durante a vida de
Noé.
18. Embora Jesus e Paulo tenham realizado milagres, a intenção destes era que fossem medidas temporárias até que a verdade do evangelho começasse a ser proclamada. Ao ler o Novo
Testamento, vemos um decréscimo gradual dos milagres usados para autenticar a mensagem cristã. Em seu lugar, o amor de Cristo pelo mundo e a verdade do evangelho
proclamados através dos cristãos tornaram-se os métodos escolhidos por Deus. Isso continua assim até o fim dos tempos (Ap), quando os milagres de Deus serão usados para
trazer juízo. As pessoas não são convencidas a crer em Jesus por verem um milagre. Antes, são levadas à fé quando veem Jesus nos cristãos e quando o evangelho as convence de
19. O mesmo acontece em Gênesis 3 quando a serpente fala com Eva. Ela responde ao animal exatamente como falaria com qualquer outra pessoa, sem o menor vestígio de surpresa em
sua voz. Eva conduz seu diálogo com a serpente diabolicamente possuída como se fosse um evento corriqueiro. O Senhor também aparece falando audivelmente a Adão, e o
20. Por exemplo: Deus mandou um general do exército conquistar uma cidade com uma banda marcial de tocadores de trombeta (Js 6.1-5). Em outra ocasião, orientou o profeta Eliseu a
ordenar que um leproso simplesmente tomasse banho no rio Jordão para ser curado (2Rs 5.1-14). Ao ser questionado sobre o pagamento da taxa do templo, Jesus mandou que
Pedro lançasse um anzol na água e recolhesse o primeiro peixe que conseguisse fisgar. Ele obedeceu, e o peixe obtido tinha uma moeda na boca, a quantia exata para pagar a taxa
para duas pessoas (Mt 17.24-27). Deus mandou Isaías andar nu durante três anos (Is 20.2-3). Ele ordenou a Ezequiel que ficasse deitado sobre seu lado esquerdo durante 390 dias
enquanto profetizava, e depois fazer a mesma coisa deitado sobre o lado direito, durante mais 40 dias (Ez 4.1-8).
21. Gênesis 6.14 fala literalmente em “madeira de Gofer” (NVT), possivelmente se referindo a cedro ou cipreste, supostamente abundante nas montanhas da antiga Armênia e Caldeia.
Como não sabemos exatamente onde Noé vivia, é difícil afirmar isso com certeza. Também é possível que fosse uma referência ao método pelo qual a madeira era preparada ou
usada.
22. Veja http://creation.com/the-pitch-for-noahs-ark. Como esse site explica, piche nem sempre foi extraído de alcatrão e petróleo. Durante mais de mil anos, construtores europeus
usaram resina para selar e impermeabilizar seus barcos. É possível que Noé tenha usado esse método.
23. Devido ao tamanho gigantesco da arca (cerca de 40 mil m3), estima-se que ela poderia ocupar 125 mil ovelhas. Atualmente há cerca de 18 mil espécies de animais (ver p. ex.
http://www.icr.org/article/1105/) e, mesmo que essa quantidade tenha sido duas vezes maior na época de Noé, com macho e fêmea, chegaríamos a um total de 72 mil animais, o
que deixava espaço suficiente para armazenar alimento tanto para os animais quanto para a família de Noé.
24. Deus falou com Noé quando este tinha 480 anos, 120 anos antes do Dilúvio. Seus filhos nasceram quando ele tinha 500, portanto presume-se que teriam passado uns 30 anos de
27. Moisés registra os eventos anteriores ao Dilúvio em seu característico estilo resumido: Deus ordena a Noé que entre na arca (Gn 7.1); Noé obedece ao Senhor (Gn 7.5,7,9,13,16);
passam-se sete dias (Gn 7.4,10); Deus fecha a porta da arca (Gn 7.14-16); e o Dilúvio começa (Gn 7.6,10-12,17).
28. Uma vez que Moisés escreveu o Pentateuco (os primeiros cinco livros da Bíblia) especificamente para o povo de Israel, ele provavelmente usou um calendário judaico para esse tipo
de definição de data. Caso positivo, o momento do Dilúvio coincidiria aproximadamente com o nosso mês de maio, há uns 4 362 anos. Esses cálculos baseiam-se no registro e nas
genealogias bíblicas, e derivam de uma interpretação literal, gramatical, histórica e abrangente da Escritura.
29. Os anjos estão bem informados sobre a ação de Deus na terra, já que muitas vezes são enviados para cumprir sua vontade. A Escritura diz que o exército angelical celebra quando
um pecador se arrepende (Lc 15.7,10). Se os anjos demonstram tanta alegria quando Deus salva um pecador, qual terá sido o clima no céu quando o Senhor destruiu bilhões?
Ficaram perturbados? Pesarosos como Deus? Será que choraram a perda da criação e da humanidade? E teriam tremido em reverente temor diante da santidade e da justiça de
Deus?
30. Evidências nos registros fósseis sugerem que esse evento desencadeou uma série de erupções vulcânicas em todo o globo, lançando lava, detritos e vapores a quilômetros de altura
no céu. O dr. John Morris observa: “Até 70% do que sai dos vulcões hoje em dia é água, muitas vezes na forma de vapor”.
31. Se a superfície terrestre atual, com todas as suas montanhas e fossas oceânicas, fosse completamente aplanada, a enorme quantidade de água presente no planeta cobriria o globo
inteiro com uma camada de mais de 2,7 quilômetros de profundidade! (Ken Ham e Tim Lovett, “Was There Really a Noah’s Ark & Flood?”, Answers in Genesis, 11 out. 2007.
Disponível em: <https://answersingenesis.org/the-flood/global/was-there-really-a-noahs-ark-flood/>.) 32. Nosso planeta era muito diferente antes do Dilúvio, como se fosse de
fato outro mundo. Temperaturas, climas e atmosfera eram muito mais favoráveis à vida e à longevidade. O renomado cientista Henry Morris escreveu (baseado em Gn 1.7) que
por cima da terra havia um “vasto cobertor invisível de vapor de água, transparente à luz das estrelas, que produzia um maravilhoso efeito estufa responsável por manter
temperaturas amenas de polo a polo, de forma a impedir a circulação atmosférica e a chuva decorrente (Gn 2.5). Com certeza, essa cobertura também contribuiria de forma eficaz
para filtrar a radiação prejudicial proveniente do espaço, reduzindo significativamente a taxa de mutações somáticas em células vivas, o que, por sua vez, diminuiria drasticamente
a taxa de envelhecimento e morte” (Henry Morris, Scientific Creationism [San Diego, CA: Master Books, 1984], p. 211). A magnitude desse dossel em torno de todo o globo
explicaria como o céu seria capaz de produzir 40 dias e noites de chuva constante. Esse escudo de água em torno da terra também explicaria como os organismos eram capazes de
sobreviver durante muito mais tempo nessa atmosfera rica em oxigênio. Isso responde pelo tempo de vida médio pré-diluviano de 910 anos para determinados indivíduos listados
em Gênesis. A cobertura de água também teria facilitado a distribuição uniforme de calor em todo o planeta, uma prevenção contra a formação de tempestades. Experimentos
modernos com câmaras de biosfera hiperbárica que tentam recriar os níveis pré-diluvianos de oxigênio e proteção contra radiação ultravioleta resultaram na triplicação da
expectativa de vida de alguns organismos (“The Hyperbaric Biosphere”, Genesis Park, s.d. Disponível em: <https://www.genesispark.com/exhibits/early-earth/hyperbaric/>).
33. Noé tinha 480 anos quando Deus falou com ele e 600 quando o Dilúvio veio, 120 anos depois; Matusalém tinha 969 (ver Gn 5.27).
34. Proporcionalmente, era como um homem de 70 anos com expectativa de vida de 80.
35. De acordo com Gênesis 5.20, Matusalém quebrou o recorde de longevidade de 962 anos, que pertencia ao seu avô Jarede, ultrapassando-o em sete anos.
36. Gênesis 5.25 informa que Matusalém tinha 187 anos quando nasceu seu filho Lameque (o pai de Noé), e que Lameque estava com 182 quando Noé nasceu. 187 + 182 = 369. Ou
seja, Matusalém tinha 369 anos quando Noé nasceu. Gênesis 7.6 afirma que o Dilúvio veio 600 anos depois do nascimento de Noé, resultado que faz Matusalém ter 969 quando o
Dilúvio começou, o exato ano de seu falecimento. Por isso, “sua morte o trará”.
37. Ao chamar seu filho de “sua morte o trará”, o pai de Matusalém talvez tenha inaugurado seu próprio ministério profético. Terá sido essa outra razão para Deus levar Enoque ao céu
prematuramente – para poupá-lo de testemunhar o devastador cumprimento de seu próprio oráculo divino?
38. Alguém poderia tentar argumentar que Jesus nunca disse nada sobre Noé, e que seus discípulos simplesmente “acrescentaram” esse versículo. Mas discordam disso 2 000 anos de
desaparecido com mudanças e movimentações de geleiras ao longo de milhares de anos, que quebraram a madeira do navio de forma a impossibilitar sua identificação. Também é
possível que Noé e sua família tenham desmontado a arca para usar a madeira como lenha. Deus pode ter duas razões para não permitir que a arca seja encontrada: (1) ele prefere
que acreditemos pela fé no testemunho de sua Palavra e de seu Filho; (2) ele sabe que o coração inerentemente religioso do ser humano exploraria a descoberta, comercializando
ou transformando o barco (ou partes dele) em objetos de veneração e adoração idólatra. Se, no entanto, Deus permitir que esses restos sejam definitivamente descobertos e
confirmados, isso pode ser uma prova final dos últimos dias a respeito da veracidade da Escritura e mais um alerta à pecaminosa raça humana para que se lembre do Dilúvio e se
arrependa.
41. Noé passou um total de 377 dias dentro da arca (John F. Walvoord e Roy B. Zuck, eds., The Bible Knowledge Commentary [Wheaton, IL: Victor Books, 1983], p. 39).
42. A saber: (1) confirmação da ordem: “Sejam férteis, multipliquem-se e encham a terra” (Gn 8.17; 9.1); (2) renovação do domínio sobre o reino animal (9.2); (3) liberação para comer
carne de animais, exceto o sangue (9.3-4). É possível que uma das hediondas ofensas praticadas pela humanidade pré-diluviana tenha sido o consumo de sangue (humano e
animal) em rituais pagãos ou como símbolo da conquista de tribos vizinhas ou inimigas. Mais tarde, Deus dedicaria uma parte da Lei Mosaica a proibições ao consumo do sangue
de animais. Sangue representa vida, e por isso é sagrado para Deus. Ingerir sangue é desrespeitar a vida. Ele também era símbolo de expiação e de sacrifício pelos pecados, e por
isso precisava ser tratado com respeito (Lv 17; Dt 12.16,23-25; 1Sm 14.32-33; Hb 9.12-14; 1Pe 1.18-19); (4) estabelecimento da pena capital para quem cometesse assassinato.
Aparentemente, na sociedade pré-diluviana tinha havido poucas – se é que houve – repercussões legais para assassinatos. Agora deveria haver uma punição justa e equilibrada
para quem injustificadamente tirasse a vida dos seres criados à imagem de Deus (Gn 9.6); (5) estabelecimento de uma aliança (conhecida como aliança noaica), na qual Deus
promete a Noé e seus filhos que nunca mais enviaria uma inundação para destruir a terra (9.8-11); (6) criação do arco-íris como sinal visível dessa aliança (9.12-17). A existência
desse arco multicolorido era impossível antes do Dilúvio. Mas agora, com a nova infusão de luz solar e as condições atmosféricas pós-Dilúvio, tornou-se possível. É o símbolo
divino da promessa à humanidade; e (7) recomeço da raça humana pelos três filhos de Noé. Na genética desses três homens estavam as características físicas de toda a raça
humana. Cada ser humano vivo hoje descende, em última instância, da linhagem desses três homens (Gn 9.18-19).
43. Ver também Êxodo 20.5-6, onde, dentro da Lei Mosaica, Deus pune os filhos pelos pecados de seus pais.
44. Aqui há duas interpretações principais possíveis: (1) Cam olhou para a nudez do pai com grande prazer, chegando ao ponto de realizar algum tipo de ato sexual com o homem
inconsciente, por estimulação oral ou manual (ver Lv 18.6-18; 20.17, onde o mesmo autor, Moisés, trata dos relacionamentos sexuais imorais entre o povo de Deus). Gênesis 9.24
diz que, ao acordar de sua bebedeira, Noé soube “o que seu filho caçula lhe havia feito”. Isso nos levaria a concluir que ele definitivamente tinha sido submetido a algum ato
sexual. Também é possível que Canaã, o filho de Cam, foi amaldiçoado porque (a) acompanhou o pai nesse ato ou (b) simplesmente porque era o favorito de Cam. Lembre-se de
que os filhos de Noé nunca foram chamados de “retos” ou “justos” diante de Deus como o pai. Embora tivessem, pela fé, ajudado a construir a arca, a Bíblia nunca diz que eles
“andaram com Deus” como Noé tinha feito. Eram filhos de um homem reto, mas não há nenhuma garantia de que também buscassem a Deus, ao menos da forma como o pai o
fazia (ver Gn 19.31-36, onde essa espécie de incesto paterno também acontece com as filhas de Ló, que embebedaram o pai para dormir com ele e engravidar). Pelo contrário, é
altamente provável que os filhos de Noé ainda carregassem consigo parte da influência e moralidade da cultura pré-diluviana. Ao menos neste caso, Cam exibiu comportamento
correspondente. Também contribui para isso o fato de que Cam, como seu pai, tinha natureza pecaminosa. Cada pessoa é atraída ao pecado de uma forma bem individual. Se foi
isso o que aconteceu, aparentemente os descendentes de Cam herdaram sua moral sexual, uma vez que Deus é insistente ao advertir os israelitas para que evitassem as práticas
imorais dos cananeus (Êx 23.23-24; Lv 18.1-18). (2) Outra possibilidade é que Cam tenha causado grande vexame a Noé, ridicularizando sua embriaguez e zombando de sua
nudez. Isso soa um tanto tolo hoje em dia, visto que o respeito pelos pais (na verdade, por qualquer figura de autoridade) é tão desprezado. Na época de Noé (e em especial nessa
família de pessoas tementes a Deus), no entanto, a nudez muito provavelmente ainda era vista como símbolo de vergonha e pecado, um conceito transmitido de pai para filho
desde o Éden. A nudez também era vergonhosa na cultura hebraica posterior, e a desonra ao pai ou à mãe podia até mesmo justificar uma pena de morte (Êx 21.15,17; Dt 21.18-
21; 27.16). Honrar os pais era um dos dez princípios mais importantes que Deus deu ao seu povo escolhido (Êx 20.12). A indisposição de Cam em cobrir a vergonha de seu pai,
optando em vez disso em olhar para ele, talvez o tenha levado a ridicularizar ou zombar de seu pai diante dos irmãos. Os irmãos de Cam, no entanto, demonstraram respeito pelo
pai, cobrindo-o e tomando o cuidado de não olhar para seu corpo nu (Gn 9.23).
45. De acordo com Lucas 21.37, esses discursos particulares na verdade podem ter acontecido ao longo de dois dias durante a Semana da Paixão (terça e quarta).
46. O discurso encontrado em Mateus 24.1–25.46 é conhecido como o Discurso do Monte das Oliveiras e contém parte do material profético mais fascinante e importante de toda a
Bíblia.
47. A profecia de Jesus cumpriu-se literalmente 40 anos mais tarde, no ano 70 d.C., quando o general romano Tito sitiou Jerusalém. E, exatamente como Cristo previu, ele não deixou
48. Algumas tradições interpretativas entendem essas profecias como simbólicas e não literais, enquanto outras defendem que esses eventos apocalípticos já aconteceram no primeiro
49. A palavra arrebatamento se trata de um termo escatológico usado para referir-se ao evento mencionado em 1Tessalonicenses 4.17. A palavra grega que Paulo usa deriva do verbo
harpazo, que significa “arrancar para fora” ou “arrancar para longe”. O contexto desse trecho da Escritura (1Ts 4.13–5.11) é o final dos tempos e a salvação dos crentes da ira de
Deus no “Dia do Senhor” (1Ts 5.2; 2Ts 2.2; 2Pe 3.10). Seja como for, alguns cristãos, teólogos e denominações não creem em um evento específico de arrebatamento; em vez
disso, têm uma interpretação mais simbólica de Apocalipse e dos últimos dias. As cinco principais linhas de pensamento sobre o arrebatamento são: (1) já aconteceu no primeiro
século, no ano 70 d.C., mas foi de natureza espiritual, e não literal; (2) é puramente simbólico, não real; (3) é essencialmente o mesmo evento que a segunda vinda (arrebatamento
pós-tribulacionista); (4) ocorrerá no meio da tribulação (arrebatamento meso-tribulacionista); e (5) ocorrerá imediatamente antes do início da tribulação (arrebatamento pré-
tribulacionista). Esta última linha é a única que entende que o retorno de Cristo para buscar sua noiva é iminente (ou que pode acontecer a qualquer momento sem outra
50. “Earthquakes: Lists, Maps, and Statistics”, Serviço Geológico dos Estados Unidos, s.d. Disponível em: <https://on.doi.gov/3dKo1FO>.
51. Junto à costa da Itália está o vulcão Marsili, o maior vulcão submarino da Europa, apelidado de “Monstro”. Vulcanólogos dizem que suas paredes são frágeis, tornando-o “instável”
e suscetível a erupção iminente. Uma erupção dessas causaria um tsunami que ameaçaria todo o sul da Itália. Será que esse gigante – e centenas de outros como ele – despertará
durante a tribulação para ser usado como parte do juízo de Deus sobre a terra?
52. Quando Roma foi incendiada no ano 64 d.C., Nero culpou os cristãos. Os judeus receberam a culpa pela Peste Negra. Satanás não precisa de muitos motivos para perseguir aqueles a
quem Deus ama, e qualquer razão servirá em seus últimos dias na terra.
53. “Number of Christian martyrs continues to cause debate”, World Watch Monitor, 13 nov. 2013. Disponível em: <https://www.worldwatchmonitor.org/2013/11/number-of-christian-
martyrs-continues-to-cause-debate/>.
54. Atualmente, extremistas muçulmanos usam essa forma nas execuções públicas de cristãos, judeus e outros “infiéis”, usando basicamente dois métodos: cortar a cabeça com um
golpe de espada preciso e rápido ou serrando lenta e barbaramente o pescoço com uma faca. Esses assassinatos e martírios, frequentemente filmados e exibidos na internet, são
apenas uma prévia da terrível morte que os crentes sofrerão nas mãos de seus perseguidores depois do arrebatamento.
55. Seja como for, Jesus afirma que aquele que perseverar durante essa perseguição demonstrará que sua fé é genuína.
57. Os ensinos desses falsos profetas podem incitar ainda mais ódio a quem professa fé em Jesus durante a tribulação.
58. “Global Statistics”, Joshua Project. Disponível em: <https://bit.ly/2z9TBhq>. Acesso em: 5 jun. 2020.
59. Renomados estudiosos da Bíblia e das profecias debatem se esse ministério das tuas testemunhas (Zc 4.12-14) ocorrerá durante a primeira ou durante a segunda metade da
tribulação. Pessoalmente, entendo que Apocalipse 11.3-7 afirma que os dois serão mortos pelo Anticristo depois de 1 260 dias de ministério. Um ato público dessa magnitude
combinaria bem com o “sacrilégio terrível” no meio dos sete anos de tribulação, quando o Anticristo quebrar seu pacto com os judeus (Mt 24.15; Dn 9.27), profanar o templo
judeu reconstruído em Jerusalém e exigir que o mundo inteiro o adore. Por isso, entendo que o ministério das duas testemunhas se iniciará no começo da tribulação.
60. Se o mapa de Israel daquela época for remotamente parecido com a geografia atual (com países árabes cercando-o por todos os lados), a morte das duas testemunhas judias que
pregavam um Messias judeu será amplamente celebrada pelos muçulmanos, tanto local quanto globalmente (assim como por outros povos).
61. Essa marca identificadora talvez também seja um contraste com a futura marca da besta mencionada em Apocalipse 13.16-18, que, de forma semelhante, identificará os seguidores
do próprio Anticristo.
63. O texto diz que o anjo voará “pelo céu”, muito possivelmente circulando em torno da terra enquanto anuncia a última oferta de salvação da parte de Deus.
64. Essa pergunta tão frequente normalmente tenta lançar dúvidas sobre a justiça de Deus ao condenar aqueles que morrem sem Cristo. Não haverá nenhuma desculpa possível para
aqueles que viverem durante a tribulação, uma vez que todos ouvirão as boas novas e terão a oportunidade de se arrepender. Mas há igual responsabilidade para aqueles que
viveram antes disso. Deus deu a cada pessoa uma consciência íntima que lhe diz que há um Deus, além de exibir seus atributos nos céus e na criação (Rm 1.18-23; 2.14-16). A
rejeição ao evangelho não é o único fundamento para a condenação proferida por Deus. O simples fato de ser pecador já nos qualifica para o juízo. Mesmo assim, qualquer pessoa
que queira conhecer esse Deus não terá negada a oportunidade de encontrá-lo, e ninguém que o invocar por salvação será rejeitado (Is 55.6-7; Jo 6.37; Rm 10.13-17; 2Pe 3.9).
Quando o anjo do final dos tempos falar, não restará nenhuma dúvida a respeito de quem é esse Deus (ver Sl 2.8-10; Fp 2.9-11).
65. A Bíblia já comprovou estar certa em vários assuntos relacionados à história e à ciência. A ciência é uma ótima ferramenta que já ajudou a humanidade em muitas áreas. Mas ela
também já nos deixou na mão. Ela não é capaz de dar explicações boas ou satisfatórias sobre a origem ou o significado da vida, de curar muitas doenças (incluindo o câncer) nem
de prolongar a vida indefinidamente. A ciência não pode falar com autoridade a respeito de assuntos fora de sua área de especialização. É um campo de estudos com limites e
fronteiras inerentes. A Bíblia, no entanto, mesmo não sendo um livro científico, mostrou-se 100% precisa cada vez que aborda assuntos da ciência, antecipando até mesmo muitas
descobertas científicas modernas. Por exemplo: a forma redonda da Terra e cosmologia (Is 40.22); a extensão quase infinita do universo (Is 55.9); a lei da conservação de massa e
energia (2Pe 3.7); o ciclo hidrológico (Sl 135.7; Ec 1.7); o vasto e incontável número de estrelas (Jr 33.22); a lei da entropia crescente – segunda lei da termodinâmica (Sl 102.25-
27); a importância do sangue nos processos vitais – circulação sanguínea (Lv 17.11); a circulação atmosférica (Ec 1.6); o campo gravitacional, ou o fato de que a Terra está
suspensa no espaço (Jó 26.7); a força misteriosa nas subestruturas do átomo (Cl 1.17). Obviamente, Deus é um cientista brilhante!
66. Hoje em dia, quem procura provas da existência de Deus por meio de sinais e milagres ficará decepcionado. Isso não significa que o Senhor não os realize, mas que, de acordo com
Jesus, enviar sinais sobrenaturais não é a principal forma pela qual ele convence as pessoas de sua existência ou da realidade da vida após a morte. Nem mesmo ressuscitar
alguém dos mortos será capaz de derreter a frieza do coração humano e convencer a sua mente. A verdadeira prova, diz Jesus, está na própria Palavra de Deus (Lc 16.30-31).
67. Durante seu tempo na terra, Jesus escolheu depositar total confiança no Pai em todas as áreas (Jo 8.28; 12.49-50; 14.31). Voluntariamente, abriu mão (deixou de lado) determinados
privilégios e poderes da divindade, como onipresença, glória e a adoração dos anjos (Fp 2.5-8; 2Co 8.9; Hb 2.9; Is 6.3; Ap 4.8-11; 5.6-14). Viveu como servo, revelando aos seus
discípulos apenas aquilo que o Pai revelava a ele (Jo 15.15), voluntariamente restringindo seu conhecimento durante o período de seu ministério terreno. Agora glorificado nos
68. Ao mesmo tempo em que a onipresença de Deus determina que não há um único lugar no qual seu Espírito não esteja, o Senhor não se manifesta ou revela em todos os lugares em
que está.
69. C. H. Spurgeon, The Treasury of David, vol. 1 (Peabody, MA: Hendrickson, s.a.), p. 271.
70. Essa negação e desprezo a Deus como Criador ficam óbvios em Gênesis 6.5,11-12 (ver tb. Sl 14.1-3; Rm 3.10-12).
71. A questão da homossexualidade é uma controvérsia inflamada em nossa cultura e mundo. Embora a Escritura seja clara em relação a esse assunto, a igreja tem reagido
(especialmente nas últimas décadas) de forma desajeitada àqueles que abraçam esse estilo de vida. Fora o argumento moral óbvio e o fato de que se trata de uma escolha, há
outros fatores mais complexos que contribuem para que alguém adote a homossexualidade ou alguma outra orientação sexual. Componentes físicos, familiares, relacionais,
sociais e emocionais também influenciam. Esse assunto complicado leva muitas pessoas a conclusões erradas e não bíblicas. Deus ama todos os homossexuais e deseja que eles
encontrem sua identidade no Senhor e sua salvação em Jesus. Isoladamente, a homossexualidade em si não é o que impede que alguém vá para o céu; o problema é, antes, o
princípio pecaminoso embutido nela. Da mesma forma, simplesmente abandonar a homossexualidade (ou o adultério, o roubo etc.) não torna alguém automaticamente justo.
Paulo enumera esses pecados específicos como evidências de que há um problema de pecado maior no coração dessas pessoas. Um estilo de vida marcadamente pecaminoso (a
que Paulo se refere em 1Co 6.9-11) é simplesmente o fruto exterior de um coração repleto de pecado. E, embora essa escolha de pecado em especial seja uma contradição direta à
ordem natural criada dos gêneros masculino e feminino (diferentemente, por exemplo, do que acontece com ciúme ou ira), nosso problema real é “o” pecado, não os pecados. A
descrição de Paulo em Romanos 1 ilustra a verdade de que a sexualidade humana está relacionada à criação fundamental de Deus e à própria identidade da humanidade, o que
explica a severidade do juízo divino sobre ela. Por fim, muitos cristãos lutam com pensamentos, sentimentos e ações homossexuais assim como lutam com muitas outras tentações
72. O fato de a homossexualidade ser contrária à natureza não é uma conclusão que requeira a existência de Deus. Em outras palavras, mesmo não incluindo Deus na discussão, ainda
74. O faraó endureceu seu coração dez vezes (Êx 7.13,14,22; 8.15,19,32; 9.7,34,35; 13.15) e Deus endureceu o coração do faraó dez vezes (Êx 4.21; 7.3; 9.12; 10.1,20,27; 11.10;
14.4,8,17). Em sete dessas ocasiões, o faraó endureceu o próprio coração antes de Deus endurecê-lo.
75. Na verdade, o coração do faraó há muito tempo já tinha se revestido de uma dura incredulidade. Ele seguiu quase que ao pé da letra todo o padrão descrito em Romanos 1, da
rejeição à revelação de Deus na natureza e na consciência, passando pela idolatria egípcia, até chegar, por fim, à crença de que ele mesmo era deus. Isso acarretou o abandono
76. Outra linha de pensamento entende que essa restrição é representada pelo governo, uma vez que o Anticristo terá de guerrear e vencer reinos em sua ascensão ao poder (Dn 7.23-24;
Ap 6.2; 17.12-14).
77. “Hades” era um eufemismo judeu para a morte (Jó 38.17; Is 38.10; Mt 16.18).
78. Ao longo da história, a perseguição aos cristãos só serviu para promover a causa de Cristo.
79. Robin Schumacher, Matt Slick (ed.), “The Myth that Religion is the #1 Cause of War”, Christian Apologetics & Research Ministry, 22 abr. 2012. Disponível em:
<http://carm.org/religion-cause-war>.
80. James F. Williams, “The Social and Historical Impact of Christianity”, Probe for answers, 27 mai. 2000. Disponível em: <http://probe.org/the-social-and-historical-impact-of-
christianity/>. Leia também “The Impact of Christianity”, FAITH facts, s.d. Disponível em: <http://www.faithfacts.org/christ-and-the-culture/the-impact-of-christianity>.
81. Muitas organizações não cristãs realizam serviços positivos para a humanidade, especialmente em termos de socorro a pessoa carentes, melhoria da qualidade de vida e promoção da
paz.
82. Ver também 2Coríntios 5.16-17, onde Deus muda a percepção de Paulo a respeito de Cristo, tornando-o uma nova criação em Jesus. A sentença sobre Satanás foi selada na cruz (Jo
12.31), assim como o juízo sobre os descrentes que não aceitarem a salvação (Jo 3.36).
83. Em 1Coríntios 7.14, Paulo diz que uma esposa crente exerce uma influência residual positiva sobre seu marido e seus filhos, tornando-os “santificados” ou “santos”. Da mesma
forma, indivíduos cristãos e igrejas autênticas levam uma influência santificadora a seus amigos e comunidades, junto com um ambiente de graça e decência. Mas quando esses
valores piedosos forem removidos, o que dominará serão conveniência moral e impiedade. De forma misteriosa, é a presença do Espírito Santo no mundo e em nós que retarda o
juízo divino, como aconteceu com Matusalém, Noé e Ló. Quando o Espírito (e os crentes) forem removidos, nada mais poderá deter o pecado ou desviar a ira de Deus.
84. Saeed Kamali Dehghan, “Iran public execution outrages human rights groups”, The Guardian, 22 jul. 2011. Disponível em: <https://www.theguardian.com/world/2011/jul/22/iran-
public-execution-human-rights>.
85. Steven Pinker, The Better Angels of Our Nature: Why Violence Has Declined (Nova York: Penguin, 2012). Neste livro de 800 páginas, o autor, professor de psicologia em Harvard,
argumenta que somos uma raça muito melhor do que aqueles que vieram antes de nós. Entre outras causas, ele atribui essa evolução em bondade ao comércio internacional, aos
86. Will Durant e Ariel Durant, The Lessons of History (Nova York: Simon & Schuster, 2010), p. 81.
87. Nick Valencia e Arturo Chacon, “Juarez shedding violent image, statistics show”, CNN, 5 jan. 2013. Disponível em: <https://edition.cnn.com/2013/01/05/world/americas/mexico-
juarez-killings-drop>. Entre 2007 e 2011, mais de nove mil pessoas foram assassinadas, sendo que o auge ocorreu no ano de 2010, quando Juárez registrou o número recorde de 3
116 homicídios, ou cerca de oito assassinatos por dia, de acordo com números públicos pela Procuradoria do Estado de Chihuahua.
88. Muitos membros da igreja americana antes da Guerra de Secessão toleravam essa prática, visto que a escravidão era comum. Neste sentido, a igreja era apenas um produto de seu
tempo, refletindo os valores culturais correspondentes. E, embora os cristãos do primeiro século tenham nascido em uma cultura que conhecia a escravidão, estes crentes eram
ensinados a tratar os escravos como irmãos e indivíduos iguais a si mesmos (ver Gl 3.28; Fm 15-16).
89. Deus está intricadamente envolvido no desenvolvimento e na formação do bebê dentro do útero. Interromper intencionalmente essa obra divina de criação ao tirar a vida da criança é
90. Menos de 1% dos abortos acontecem por causa de estupro ou incesto. Disponível em: <http://www.operationrescue.org/about-abortion/abortions-in-america/>.
91. Esse número estimado de assassinados aconteceu em apenas três meses. Disponível em: <http://survivors-fund.org.uk/resources/rwandan-history/statistics>.
93. Hoje em dia, a China aborta 13 milhões de bebês todos os anos, cerca de 35 mil por dia. Na maior parte dos casos, os abortos são forçados. Dados da Comissão Nacional de
Planejamento Familiar da China, conforme relatado pelo jornal China Daily e citados em Vicky Jiang, “Of the 13 Million Abortions a Year in China, Most Are Forced”, The
94. Mesmo nos casos mais extremos (gravidez resultante de estupro ou incesto), torna-se moralmente correto punir a criança, ou punir o estuprador?
95. Apocalipse 6.10 confirma o princípio justo de vingar a morte de pessoas assassinadas. O próprio Deus introduziu esse princípio em Gênesis 9.6.
97. Deus deseja que seus filhos busquem a paz com todos os homens na medida do possível e que nunca retribuam o mal com mal (Rm 12.14-21). O agravamento é natural; o desarme,
não. Precisamos do Santo Espírito de Deus para nos impelir em direção à paz, seja essa reconciliação familiar, racial ou relacional.
98. Algumas pessoas questionam: “Mas Deus não aceitava e ordenava atos violentos no Antigo Testamento, até mesmo contra crianças?”. Sim. Não há como negar que Deus instruiu
Israel a matar os moradores da terra cuja propriedade ele prometera ao povo. A nação da sua aliança precisava ser separada e santa, livre das influências malignas das nações
pagãs vizinhas. Naquela era histórica específica, Deus considerou o matar como justificado dos pontos de vista prático e moral. O contexto histórico também justificava isso, visto
que Israel vivia numa cultura de terrorismo, cuja mentalidade era “mate ou seja morto”. Deus também ordenou apenas a vingança retaliatória (1Sm 15.3; Sl 135.8; 136.10; 137.9).
O Dilúvio também foi um ato muito violento. Deus destruiu um mundo que tinha se tornado violento e corrupto. No entanto, o Novo Testamento (nova aliança ou acordo)
introduziu uma nova perspectiva, à medida que Jesus nos desafia a concentrar nossa atenção em mudar o coração, não matar os inimigos. No Sermão do Monte, ele mostra um
lado mais profundo do espírito por trás da lei moral de Deus (os Dez Mandamentos). Ainda assim, nem Jesus nem o restante do Novo Testamento negam ou escondem o legado
de Israel em termos de conquista violenta e guerra. Pelo contrário, alguns desses atos e indivíduos são honrados e louvados porque “conquistaram reinos” e foram “poderosos na
batalha” (Hb 11.33-34). Os próprios discípulos de Jesus esperavam que ele os liderasse numa revolta contra a opressão de Roma, estabelecendo seu reino pela força. Fica claro
que a preocupação com o pacifismo não era a mentalidade prevalente na cultura do primeiro século nem na igreja primitiva. Paulo reconhecia que o governo tinha o direito
divinamente de “porta[r] a espada” (pena capital) e de “punir quem pratica o mal” a fim de manter a ordem pública e proteger os cidadãos de bem (Rm 13.4). Os argumentos a
seguir podem ajudar a esclarecer o assunto: (1) Nosso entendimento humano tem dificuldades para apreender a ideia de um Deus que é tanto justo quanto gracioso. É o mesmo
princípio de Jó 2.10, que reconhece que tanto o bem quanto o “mal” vêm de Deus. Êxodo 34.6 fala da compaixão, da graça e do perdão do Senhor, enquanto o versículo
imediatamente seguinte declara que nenhum culpado ficará sem punição (ver tb. Rm 11.22). (2) Algumas pessoas usam a Bíblia para defender violência pessoal (ou nacional)
injustificada. Essas pessoas não compreendem a Bíblia. (3) Violência e força física não eram coisas desconhecidas para Jesus. Ele expulsou os cambistas do templo pela força,
usando um chicote (Jo 2.15). Ele também foi vítima de brutalidade, violência física e crueldade. A crucificação foi uma experiência violenta para Cristo, e o Pai despejou sua ira
violenta sobre seu próprio Filho. (4) A volta de Jesus à terra será intensamente violenta, pois ele arrasará brutalmente seus inimigos (Ap 19.11-16). (5) A violência é inevitável
num mundo envolto em pecado e pessoas pecadoras. E isso tudo só piorará. (6) A violência justifica-se em alguns casos, como por exemplo: a) atos diretos de Deus (conforme
demonstrado em Apocalipse); b) Israel (no Antigo Testamento); c) razões atuais que justifiquem conflito militar; d) para defender a si mesmo ou a família; e) punição
governamental para assassinos. (7) Deus (por ser Deus) tem a prerrogativa de tirar qualquer vida que desejar, ou dar ordens para que ela seja tirada de acordo com sua justa
vontade (como no Antigo Testamento). O desagrado de Deus vai além da simples questão da violência, alcançando a eliminação não autorizada da vida humana. Sua ira sobre a
cultura antes do Dilúvio brotou do fato de que as pessoas tiravam as vidas umas das outras pela força, e essa violência galopante perturbou o coração de Deus.
99. De acordo com Apocalipse 6.4, a carnificina violenta será ampla e universal durante a tribulação.
100. Francis Brown, Edward Robinson, S. R. Driver e Charles A. Briggs, “Shachath”, A Hebrew and English Lexicon of the Old Testament (Oxford, Inglaterra: Brown, Clarendon Press,
s.d.). Esta palavra é usada 136 vezes no Antigo Testamento, e os vários usos e o significado da raiz da palavra podem ser encontrados nas páginas 1007-1008.
101. Êxodo 32.6b: “O povo se assentou para comer e beber, e levantou-se para se entregar à farra”. Tanto o contexto imediato quanto outros usos dessa palavra sugerem enfaticamente
que se tratava de atividade sexual ilícita (cf. Gn 26.8). Paulo faz referência a este evento em 1Coríntios 10.7.
102. Antes de atravessar o rio Jordão, o povo de Deus contaminou-se sexualmente com mulheres moabitas e seus deuses pagãos. Por causa disso, Deus enviou uma praga, que matou 24
mil israelitas (Nm 25.1-9). Em 1Coríntios 10.8, Paulo cita dois incidentes diferentes da imoralidade de Israel para ilustrar a ira de Deus em relação a este pecado. Diante da
idolatria sexual no Sinai, Moisés ordenou que os filhos de Levi purificassem Israel dos principais responsáveis, e eles mataram três mil pessoas (Êx 32.25-28).
103. Embora perdoados e restaurados, sua família foi abalada pela tragédia do fratricídio. Só quando o terceiro filho nasceu é que eles começaram a ver novamente fruto espiritual
positivo. As consequências do pecado estendem-se enquanto a humanidade lida com as suas maldições, que foram lançadas sobre ela (Gn 3.14-20).
104. Paulo usa duas palavras gregas específicas para descrever homossexuais (1Co 6.9; 1Tm 1.10). Uma delas refere-se aos homossexuais praticantes; a outra, a pessoas mais
efeminadas, passivas, que permitem que outras se aproveitem dela sexualmente, como era o caso dos prostitutos cultuais.
105. A palavra encontrada aqui é o mesmo termo hebraico yada usado para descrever o sexo entre um homem e uma mulher (Gn 4.1; 38.26; Jz 19). No presente trecho, é uma referência
106. Charles Ryrie escreve: “Depósitos de enxofre e asfalto (ou betume, cf. Gn 14:10) têm sido encontrados naquela região” (A bíblia anotada: edição expandida, ed. rev. e expandida
[São Paulo: Mundo Cristão; Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2007], p. 25). Grandes depósitos de enxofre, assim como restos de uma civilização antiga, foram
107. É verdade que todo pecado fere o padrão de Deus. Mas nem todo pecado é igual, porque nem todos os comportamentos pecaminosos acarretam as mesmas consequências naturais
ou divinas. Você não será despedido por roubar um clipe de papel do escritório, mas será demitido se embolsar fundos da empresa.
108. Algumas pessoas, no desejo de justificar a homossexualidade, o fazem alegando que Deus destruiu Sodoma e Gomorra por sua “falta de hospitalidade”. O problema dessa
interpretação risível é que não há absolutamente nenhuma justificação para ela em qualquer parte da Bíblia, nem mesmo naquele único verso arrancado de seu contexto para ser
usado como argumento (Gn 19.9). Além disso, ninguém diria que não ser hospitaleiro é um pecado “extremamente perverso”, levando Deus a aniquilar aquelas cidades.
109. Os defensores da homossexualidade às vezes ressaltam que Jesus não disse nada sobre isso. Mas isso não é verdade. Ao falar sobre o divórcio, Jesus cita especificamente Gênesis
1.27; 2.24; 5.2, confirmando não apenas que Deus criou gêneros distintos, mas também o padrão judaico aceito em seus dias – a saber, que o homem foi feito para a mulher, e que
ambos foram projetados para ser “uma só carne”. O argumento do silêncio sempre é insuficiente, uma vez que Cristo também não trata diretamente de outros pecados sexuais,
como pedofilia ou bestialidade. Mas ele fala do adultério entre homem e mulher.
110. Se os milagres que Jesus realizou em Cafarnaum tivessem acontecido em Sodoma, a cidade teria sido poupada do juízo. No entanto, Deus não o fez, optando em vez disso por
destruí-la. O objetivo de Jesus era enfatizar que pecado pior era não acreditar nele, e que aqueles que o rejeitam por isso sofrerão juízo ainda mais severo. Recusar fé na provisão
de Deus para o problema do pecado elimina qualquer esperança de salvação, perdão e céu, sendo este o “pecado imperdoável” (Mt 12.31-32). De forma sobrenatural, os anjos
cegaram a multidão. Tristemente, esse milagre antes do juízo não foi suficiente para amolecer seus corações repletos de luxúria. O Espírito Santo convence o indivíduo de que
necessita de Cristo, e por isso o pecado da incredulidade é chamado de “blasfêmia contra o Espírito”.
111. Ações, atitudes e palavras raivosas de determinados grupos religiosos mancharam o nome de Jesus. Deus não odeia os homossexuais. Em um movimento típico, Satanás usa tais
grupos para desviar a atenção da mensagem de Cristo sobre a salvação do coração. Esses grupos temperam suas mensagens de ódio com versículos bíblicos, o que faz com que as
112. A palavra neotestamentária traduzida como “luxúria” significa “desejo intenso” e, neste contexto, desejo sexual intenso.
113. Horário nobre da TV, canais a cabo e pay-per-view para maiores de idade – todos transmitem programação com insinuações sexuais, atos sexuais, nudez e pornografia dos mais
variados graus. Há pouco tempo, estreou na TV japonesa um reality show intitulado Orgasm Wars [Guerras de orgasmo], ver Ron Dicker, “‘Orgasm Wars’ In Japan Features Gay
Man Trying To Make Straight Man Climax (NSFW VIDEO)”, HuffPost, 15 nov. 2013. Disponível em <http://www.huffingtonpost.com/2013/11/15/orgasm-wars-video-japan-
gay-straight-man-orgasm_n_4282083.html>.
114. Salvo indicação em contrário, todas as estatísticas apresentadas aqui foram extraídas deste site: http://www.covenanteyes.com/pornstats.
116. Homens felizes no casamento têm 61% menos probabilidade de ver pornografia; 56% dos casos de divórcio envolvem situações em que uma das partes tem um interesse obsessivo
em sites pornográficos.
117. Departamento de Justiça dos EUA, Posthearing Memorandum of Points and Authorities, art. l (ACLU v. Reno, 929 F. Supp. 824, 1996).
118. Judith Reisman, “Pornography’s link to rape”, WND, 29 jul. 2006. Disponível em: <www.wnd.com/2006/07/37244>.
119. Eleanor Goldberg, “Super Bowl Is Single Largest Human Trafficking Incident In U.S.: Attorney General”, HuffPost, 3 fev. 2013. Disponível em:
<https://www.huffpost.com/entry/super-bowl-sex-trafficking_n_2607871>. Cerca de 10 mil prostitutas foram levadas a Miami para o Super Bowl de 2010. Esses eventos em
grande escala não passam da ponta do iceberg quando se trata do que realmente acontece com mulheres jovens em todo o mundo.
120. Amanda Walker-Rodriguez e Rodney Hill, “Human Sex Trafficking”, FBI Law Enforcement Bulletin, 1 mar. 2011. Disponível em: <https://leb.fbi.gov/articles/featured-
articles/human-sex-trafficking>.
121. Gênesis 3.6 descreve o fruto proibido como “agradável”, “atraente” e “desejável”.
122. Hebreus 11.25 enfatiza que o pecado é prazeroso. Se não fosse, quem iria querê-lo ou ser atraído por ele?
124. Provérbios 27.20: “O Sheol [morte] e a Destruição [túmulo] são insaciáveis, como insaciáveis são os olhos do homem”. Essa verdade certamente vale para a luxúria.
127. De preferência, pais que conhecem a Deus, conhecem seu filho e também entendem a si mesmos.
131. Ou seja, também homens, e não apenas mulheres, eram dados em casamento.
132. Aqui, a imoralidade (grego: porneia) universal é citada entre os pecados mais frequentes dos quais a humanidade recusa-se a deixar no fim dos tempos.
133. Benjamin Peirce, A History of Harvard University (Cambridge, MA: Brown, Shattuck, and Co., 1833), Apêndice, p. 5, Regras de 1636.
135. A Escritura deixa claro que desde o início a linhagem de Caim tomou um outro rumo.
136. A palavra “apostasia” refere-se a desviar-se da fé ou abandoná-la, partindo do princípio de que antes houve um “abraçar da fé”.
137. Por causa do aparente apoio do Anticristo à fé judaica e à luz de sua profanação do templo, Paulo chama esse evento de “apostasia”.
138. Essa profecia contém um cumprimento próximo e um distante, referindo-se originalmente ao rei Antíoco Epifânio, que em 186 a.C. invadiu Jerusalém, entrou no templo e
transformou o altar num santuário a Zeus, posteriormente sacrificando porcos sobre ele.
139. Em Mateus 22.37-39, Jesus diz que o segundo mandamento é “ame o seu próximo como a si mesmo”. O que Jesus queria enfatizar aqui é que não devemos nos concentrar em nós
mesmos, mas nos outros. Mas nós colocamos isso de cabeça para baixo, invertendo o significado pretendido. Uma vez que entendia o quanto nossa natureza é egoísta e quanto
afeto dedicamos a nós mesmos, Jesus estava simplesmente dizendo: “Deem aos outros a mesma atenção que vocês dão a si mesmos com tanta naturalidade”.
140. Alguns desses milagres podem até ser reais, realizados por poderes demoníacos.
141. Melissa Steffan, “An Inside Look at Church Attenders Who Tithe the Most”, Christianity Today, 17 mai. 2013. Disponível em:
<http://www.christianitytoday.com/gleanings/2013/may/inside-look-at-church-attenders-who-tithe-most.html>.
143. Minha intenção não é criticar o uso de apresentações ultramodernas, a busca por excelência ou desprezar o trabalho feito nos diversos ministérios e programas. É preciso ter
pessoas liderando e servindo. Mas estamos realmente exercitando nossos dons espirituais, ou apenas fazendo trabalho voluntário em uma igreja? Estamos servindo os programas
144. “United States Senate Inquiry: Report”, Titanic Inquiry Project, s.d. Disponível em: <http://www.titanicinquiry.org/USInq/USReport/AmInqRep04.php>.
145. A mensagem completa na verdade era: “Cale-se. Estou ocupado. Estou falando com Cabo Race”. Durante a viagem, o Titanic manteve contato constante com Cabo Race (província
146. Esse vale também foi o cenário de várias batalhas do Antigo Testamento, incluindo a vitória de Baraque sobre os cananeus (Jz 4) e da luta de Gideão contra os midianitas (Jz 7).
147. Para uma descrição mais detalhada dessas batalhas, ver Mark Hitchcock, The End: A Complete Overview of Bible Prophecy and the End of Days (Carol Stream, IL: Tyndale House
Publishers, 2012).
148. Brian Thomas, “Rapid Rifting Presages Future Events”, Institute for Creation Research, 19 nov. 2009. Disponível em: <http://www.icr.org/article/5107/>.
149. Compare esse cenário e o caráter de Deus no juízo com Gênesis 18.25.
150. Para que certos eventos escatológicos ocorram, é necessário que Israel esteja estabelecido como nação e o povo volte para a sua antiga terra (Jr 30.1-5; Ez 34.11-24; 37; Zc 10.6-
10).
152. Desde a publicação da obra original, o número de judeus em Israel ultrapassou o daqueles vivendo nos EUA (Fonte: JTA, “Global Jewish population hits 14.7 million”, The
Australian Jewish News, 21 abr. 2020. Disponível em: <https://ajn.timesofisrael.com/global-jewish-population-hits-14-7-million/>.). (N. E.) 153. A Escritura não diz que ordem
será essa. Talvez seja algo como: “Venham para cá!”. Ninguém sabe. Mas o que sabemos é que todo crente verdadeiro reconhecerá a sua voz (Jo 10.27-28; ver tb. 5.28; 11.43).
154. C. H. Spurgeon, Susannah Spurgeon e Joseph Harrald, The Autobiography of Charles H. Spurgeon: 1834-1854, vol. 1 (Londres: Passmore & Alabaster, 1897), p. 106.
Jeff Kinley
já escreveu mais de 30 livros e é convidado para falar em diversas igrejas e conferências. Seu ministério equipa igrejas e cristãos a fim de que possam discernir os tempos e
viver com confiança. Seu podcast semanal, Vintage Truth, é escutado em mais de 70 países. Também é um dos apresentadores do podcast The Profecy Pros. Ele e sua esposa
vivem em Little Rock, Arkansas, e têm três filhos adultos Seu site é jeffkinley.com.
Table of Contents
ROSTO
CRÉDITOS
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS
INTRODUÇÃO
1. OS DIAS DE NOÉ
2. O ÚLTIMO HOMEM (JUSTO) NA TERRA
3. ENXURRADA
4. PROFETA CARPINTEIRO
5. UM MUNDO ÍMPIO
6. UM HISTÓRICO DE VIOLÊNCIA
7. CINQUENTA TONS DE IMORALIDADE
8. DIAS TERRÍVEIS
9. VINDO COM AS NUVENS
10. A PORTA ABERTA
NOTAS
SOBRE O AUTOR