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Rochas Magmáticas

Rochas Magmáticas
% de gases variável

mistura rochas “em fusão” 800 – 1500ºC

principais
elementos:
SILICATOS
Rochas Magmáticas

De acordo com o local


onde ocorre a consolidação
do magma originam-se:
- Rochas intrusivas ou
plutonitos (se o magma
consolida em
profundidade);
- Rochas extrusivas ou
vulcanitos se o magma
consolida à superfície.
Rochas Magmáticas
As rochas magmáticas podem ser classificadas como:

▪ Plutónicas – se o magma consolida no interior da crusta terrestre, de forma


lenta e gradual. Formam-se cristais visíveis à vista desarmada. Estas rochas
têm textura granular ou fanerítica.

▪ Vulcânicas – se o magma atinge a superfície terrestre (lava) e consolida de


forma rápida. Neste caso, a cristalização é reduzida, formando-se cristais não
visíveis à vista desarmada – rochas de textura agranular ou afanítica –, ou
não se formam cristais, o que origina rochas de textura vítrea.

O granito tem textura O basalto tem textura A obsidiana tem


granular. agranular. textura vítrea
Rochas Magmáticas

classificados quanto

Origem Riqueza em SiO2


Magma Primário Secundário

origem Manto (FeMa) Crosta


(SiAl e SiMa)

tipo basáltico riolítico

distribuição Pontos Colisão de


quentes; placas
rifts continentais
Rochas Magmáticas
Considerando a composição, os magmas podem ser classificados em três grupos
principais.

Basálticos Andesíticos Riolíticos

SiO2 Aℓ2O2 FeO + Fe2O3 MgO + CaO Na2O + K2O Outros

Reduzido teor em sílica Elevado teor em sílica


Teor intermédio de sílica (> 70%)
(≤ 50%)
(50% – 70%) – Magmas ácidos.
– Magmas básicos.
– Baixo teor de gases. – Teor intermédio de gases. – Elevado teor de gases.
– Originam lavas de baixa – Originam lavas de – Originam lavas de elevada
viscosidade. viscosidade intermédia. viscosidade.
Rochas Magmáticas
Em regra, nos limites convergentes e divergentes das placas litosféricas, em
certas condições de pressão e temperatura, ocorre a fusão das rochas da crosta
e do manto superior originando magmas.
Rochas Magmáticas
Rochas Magmáticas
Que factores condicionam a fusão do material que origina os
magmas ?

Três factores:
•Temperatura
•Pressão
•Conteúdo em água
Rochas Magmáticas
FATORES QUE INFLUENCIAM A FORMAÇÃO DE MAGMAS
Além da composição química das rochas, existem outros fatores que
influenciam a fusão dos materiais geológicos.

Aumento da
Em regiões tectonicamente ativas, o
aumento da temperatura com a profundidade
Fusão
é muito rápido, o que favorece a formação de
temperatura magmas.
A diminuição da pressão faz baixar o ponto
de fusão dos materiais. Assim, a
Diminuição descompressão dos materiais que
da pressão ascendem facilita a formação de magmas.

Conteúdo
em água

Quando os materiais são hidratados, a temperatura de fusão da rocha


é mais baixa. Assim, os materiais fundem a uma temperatura inferior
àquela que fundiriam num ambiente anidro (sem água).
Rochas Magmáticas

Magmas Origem Teor em Viscosidade Ponto de


sílica fusão
Riolítico Crosta Alto Alta Baixo
continental + 65%
Basáltico Manto Baixo Baixa Alto
superior ≤ 50%
Andesítico Crosta Intermédio Intermédia Intermédio
continental e 50 a 60%
oceânica
Rochas Magmáticas
Influência da água na formação de magmas

A água faz baixar o ponto de fusão dos minerais mas apenas a altas pressões. A baixas
pressões, ou seja, próximo da superfície, o ponto de fusão sobe na presença de água.
Rochas Magmáticas
TIPOS DE MAGMAS

Magma Basáltico Magma Andesítico Magma Riolítico

Contém cerca Contém cerca de Contém 70 % ou


de 50% de SiO2, 60 % de SiO2, mais de SiO2,
poucos gases bastantes gases elevada quantidade
dissolvidos dissolvidos de gases dissolvidos

Origina o Origina o Origina o


basalto e andesito riólito e o
eo
o gabro granito
diorito
Rochas Magmáticas

MAGMA BASÁLTICO

Astenosfera (entre 100 e


350km): permite a fusão
parcial do peridotito com
granadas, podendo o
magma formado deslocar-
se.

Textura Textura
granular agranular
Rochas Magmáticas
MAGMA BASÁLTICO
Os magmas basálticos formam-se principalmente ao nível dos riftes e dos pontos
quentes.
Resultam sobretudo da fusão da rocha do manto – peridotito, na ausência de
água. O peridotito tem uma composição semelhante à do basalto, mas é mais rico
em minerais ferromagnesianos e, assim, mais básico.
Ao nível dos riftes, o material mantélico
ascende devido às correntes de convecção.
Perto da superfície, a diminuição da
pressão promove a fusão do material.

Nos pontos quentes ascendem plumas térmicas


oriundas do manto profundo (ou mesmo da zona
de separação entre o manto e o núcleo).

Os magmas basálticos originam basaltos quando


consolidam à superfície e gabros se cristalizarem
em profundidade.
Rochas Magmáticas
MAGMA ANDESÍTICO

Textura Textura
granular agranular
Rochas Magmáticas
MAGMA ANDESÍTICO
Os magmas andesíticos formam-se principalmente nas zonas de subdução.
Resultam da fusão das rochas quer da crusta continental quer da crusta
oceânica ou manto superior, na presença de água. Como os materiais que dão
origem a estes magmas têm origem diversa, a sua composição também é
muito variável.

Nas zonas de subducção, a placa oceânica


que subducta leva consigo sedimentos
saturados e minerais de argila que contêm
água na sua estrutura cristalina.
A água presente nos materiais diminui o ponto
de fusão destes, originando magmas com
temperaturas inferiores à dos magmas
basálticos.

Os magmas andesíticos originam andesitos


quando consolidam à superfície e dioritos se
cristalizarem em profundidade.
Rochas Magmáticas
MAGMA RIOLÍTICO

Textura Textura
granular agranular
Rochas Magmáticas
MAGMA RIOLÍTICO
Os magmas riolíticos ocorrem sobretudo nos limites convergentes entre placas
continentais. Formam-se a partir da fusão parcial de rochas da crusta
continental, na presença de elevada quantidade de água.

Nas zonas de convergência de crusta


continental, formam-se magmas muito ricos
em voláteis e de temperatura relativamente
baixa. As rochas que resultam da consolidação
deste tipo de magma possuem minerais que
contêm água na sua estrutura (ex. anfíbolas e
micas).

Os magmas riolíticos originam riólitos quando


consolidam à superfície e granitos se
cristalizam em profundidade.
Rochas Magmáticas

Magma Basáltico - A e E
Magma Andesítico – B e D
Magma Riolítico - C
Rochas Magmáticas
Magma Magma Magma
basáltico andesítico riolítico
Principal Manto Crusta oceânica Crusta continental
Crusta continental
origem Manto superior
Características • Pobre em sílica (≤ • Teor em sílica • Rico em sílica (>
50%) intermédio (50% – 70%) Rico em gases
• Pobre em gases 70%) • Temperatura mais
• Temperatura elevada • Teor em gases baixa (700 °C – 800
(1100 °C – 1200 °C) intermédio °C)
• Magma fluido – origina • Magma viscoso –
erupções efusivas origina erupções
explosivas
Rochas que • Basaltos (vulcânica) • Andesitos (vulcânica) • Riólitos (vulcânica)
origina • Gabros (plutónica) • Dioritos (plutónica) • Granitos (plutónica)

Localização • Zonasde rifte e pontos • Zonas de subducção •Zonas de colisão de


quentes crusta continental
Exemplo • Dorsal médio Atlântica • Andes • Himalaias
• Havai
Rochas Magmáticas
Rochas Magmáticas
Rochas Magmáticas
O QUE É UM CRISTAL ?

É uma porção de matéria mineral cujos átomos, iões ou moléculas estão


organizados regularmente em três direcções do espaço.
A estrutura cristalina é formada por fiadas de partículas ordenadas
ritmicamente segundo diferentes direcções do espaço. Essas fiadas definem
uma rede em que existem unidades de forma paralelipipédica que
constituem a malha elementar ou motivo cristalino, unidades essas que se
repetem.
Rochas Magmáticas
Em condições de formação ideais, a organização interna do cristal manifesta-se na
sua forma exterior, formando-se minerais delimitados por superfícies planas.
Na situação oposta, formam-se minerais informes, isto é, sem superfícies planas.

Assim definem-se três tipos de cristais:

Se o mineral é Se o mineral apresenta Se o mineral não


totalmente limitado por faces parcialmente bem apresenta qualquer
faces bem desenvolvidas desenvolvidas tipo de faces
Rochas Magmáticas
Podemos então definir um cristal como um sólido homogéneo de matéria
mineral que, sob condições favoráveis de formação, pode apresentar
superfícies planas e lisas, assumindo formas geométricas regulares.

Se as partículas não ocuparem posições de um arranjo


regular não se atinge o estado cristalino, sendo a
textura desordenada ( como nos líquidos) – matéria
amorfa ou vítrea
Rochas Magmáticas
QUAIS OS FACTORES EXTERNOS QUE CONDICIONAM A FORMAÇÃO DE CRISTAIS?

•A AGITAÇÃO DO MEIO EM QUE SE FORMAM;


•O TEMPO;
•O ESPAÇO DISPONÍVEL;
•A TEMPERATURA.
Rochas Magmáticas
Relação entre o tempo de cristalização e a formação de cristais

Quanto mais
Mais tempo há Formam-se cristais
lento é o
processo para formar cristais mais desenvolvidos

Relação entre a agitação do meio e a formação de cristais

Quanto mais Menos choques Formam-se cristais


calmo é o se verificam entre as mais desenvolvidos
meio partículas
Rochas Magmáticas
QUAIS AS CLASSES DE MINERAIS TENDO EM CONTA A SUA COMPOSIÇÃO
QUÍMICA?

• ÓXIDOS
Constituem
• CARBONATOS aproximadamente 95%
da massa e do volume
•HALOGÉNEOS
da crusta terrestre.
•FOSFATOS
•SULFATOS
•SULFURETOS
•ELEMENTOS NATIVOS
•SILICATOS
Rochas Magmáticas
Os Silicatos

A sua estruturas básica é o tetraédro (SiO4)4- que,


por não ser electricamente neutro, tende a
polimerizar formando conjuntos complexos.

Diferentes arranjos
nos silicatos
Rochas Magmáticas
ISOMORFISMO E POLIMORFISMO
Durante muito tempo pensou-se que para caracterizar os
minerais bastaria a sua composição química e estrutura interna.
Isso não é válido para todos os minerais. PORQUÊ ?

ISOMORFISMO
Ocorrência de minerais com
composição química diferente e
textura cristalina semelhante.

É o caso das plagioclases em que os


iões de Na+ e Ca2+ se podem inter-
substituir. O mesmo sucede com os iões
de Si4+ e Al3+.
Rochas Magmáticas
ISOMORFISMO

Série isomorfa ou Solução sólida – conjunto de minerais que


mantendo constante a sua estrutura interna variam de composição

Aos cristais assim constituídos dá-se o nome de Cristais de mistura,


misturas sólidas ou misturas isomorfas
Rochas Magmáticas
ISOMORFISMO
As plagióclases são feldspatos. Existem plagióclases sódicas e cálcicas.
Contudo, como os iões
de Ca+ e Na+ têm dimensão semelhante, podem ocupar a mesma
posição na estrutura cristalina, substituindo-se. Assim, as plagióclases
podem conter apenas sódio, apenas cálcio ou composição intermédia
(Na-Ca; Ca-Na) mantendo a estrutura cristalina – minerais isomorfos.

A albite é uma plagióclase A labradorite é uma A anortite é uma


sódica presente nas rochas plagióclase cálcica- plagióclase cálcica
ácidas e intermédias. sódica. presente nas rochas
básicas.
Rochas Magmáticas
ISOMORFISMO – outro caso

OLIVINAS

As olivinas são minerais isomorfos cuja composição varia entre a


composição da fosterite (Mg2SiO4) e a composição da faialite
(Fe2SiO4).
Rochas Magmáticas
POLIMORFISMO
Ocorrência de minerais com a mesma composição química e redes
cristalinas diferentes.
É o caso do carbono que pode cristalizar na forma de diamante ou
grafite.
Rochas Magmáticas
POLIMORFISMO – outro caso

Cristais de calcite Cristais de aragonite

Calcite e Aragonite são minerais de diferentes formados por


carbonato de cálcio
Rochas Magmáticas
DIFERENCIAÇÃO MAGMÁTICA

UM MAGMA ROCHAS DIFERENTES.


COMO ?

Um só tipo de magma pode originar diferentes


tipos de rochas porque:
- O magma é uma mistura complexa de
substâncias minerais;
- A cristalização desses minerais ocorre a
temperaturas diferentes (apresentam pontos de
solidificação diferentes);
- Do contínuo processo de cristalização resulta
um magma residual de composição
continuamente alterada.
Rochas Magmáticas
DIFERENCIAÇÃO MAGMÁTICA
Em alguns vulcões verifica-se, por vezes, variação do tipo de atividade
vulcânica ao longo do tempo. A episódios efusivos seguem-se fases
explosivas, associadas a magmas mais ácidos. Este facto pode ser
explicado pelo processo de diferenciação magmática.
Magma
basáltico
A diferenciação magmática permite a formação de rochas de
diferentes composições, a partir de um magma inicial, e ocorre porque
os minerais se formam a diferentes temperaturas (têm diferentes
pontos de fusão). Magma
andesítico
Assim, durante o arrefecimento do magma, a temperatura de
cristalização de diferentes minerais vai sendo atingida
sucessivamente. Estes, ao cristalizarem, retiram do magma os Magma
elementos químicos que os compõem. Deste modo, a composição do riolítico
magma vai variando à medida que arrefece.

A sequência de formação dos minerais das rochas magmáticas é


representada na série de Bowen.
Rochas Magmáticas

A composição química inicial do magma se altera,


isto é, ocorre:

DIFERENCIAÇÃO MAGMÁTICA

ASSIMILAÇÃO MISTURA DE
CRISTALIZAÇÃO
MAGMÁTICA MAGMAS
FRACCIONADA

DIFERENCIAÇÃO
GRAVÍTICA
Rochas Magmáticas
CRISTALIZAÇÃO FRACCIONADA Mecanismo que permite a formação
Séries de Bowen sequencial dos diferentes minerais
Rochas Magmáticas
CRISTALIZAÇÃO FRACCIONADA
Séries de Bowen
Série DESCONTÍNUA:
Durante o arrefecimento magmático, um
dado mineral, uma vez formado, tem
tendência a reagir com o líquido magmático
(se permanecer em contacto com ele).
Este mineral é reabsorvido e, no seu lugar,
surgirá a uma temperatura inferior, o termo
seguinte da sua série:
Alta T(ºC)(1º cristalizar) → baixa T (ºC) (último a cristalizar)

Olivinas → Piroxenas → Anfíbolas → Biotite

Após a cristalização deste mineral o magma


residual, que ainda exista, não possui Fe nem Mg.
Rochas Magmáticas
CRISTALIZAÇÃO FRACCIONADA
Séries de Bowen Série CONTÍNUA:
Plagioclase cálcica

À medida que a temperatura vai baixando


as plagioclases cálcicas formadas vão
reagir com o magma residual, dando
origem às calcossódicas, até se formarem
as sódicas, sendo a última a albite.
Plagioclases
Calcossódicas
minerais mantêm a
Nesta série os
sua estrutura interna idêntica,
alterando apenas a composição química
(isomorfos) devido à substituição
gradual de Ca+ por Na2+ ( e de Si4+ por
Al3+).
Plagioclase sódica
Rochas Magmáticas
Feldspato
Plagioclases Calcossódicas = Minerais Isomorfos
Potássico
Rochas Magmáticas
CRISTALIZAÇÃO FRACCIONADA Após a cristalização completa
Séries de Bowen dos minerais que constituem
os dois ramos, a fracção
magmática pode apresentar
elevadas concentrações de
sílica e de metais leves (k, Al).
A moscovite, o feldspato
potássico e o quartzo,
cristalizarão então até ao
esgotamento do magma
residual.

O mineral que cristaliza, normalmente, nos espaços existentes


entre os cristais já formados é o quartzo, o último a cristalizar por
ter o ponto de fusão mais baixo.
Rochas Magmáticas
CRISTALIZAÇÃO FRACIONADA Séries de Bowen
A série de Bowen é uma Rocha

Magma
representação esquemática dos Olivinas

principais minerais das rochas 1200


Periodito
°C Anortite
magmáticas, dispostos por ordem

Série Contínua

Basáltico
decrescente do seu ponto de Piroxena Basalto

Plagióclases
Gabro
fusão.

Série Descontínua
Na série de Bowen: Anfíbolas
▪ Série descontínua – minerais Albite

Andesítico
cuja estrutura cristalina e Andesito

Cristalização
Diorito
composição são diversas e não Biotite

relacionadas.
▪ Série contínua – minerais Feldspato potássico
isomorfos, ou seja, com a Riolito

Riolítico
Granito
Moscovite
mesma estrutura e variando
gradualmente a sua Quartzo
500 °C
composição. Estes minerais
pertencem ao grupo das
plagióclases.
Rochas Magmáticas
CRISTALIZAÇÃO FRACIONADA Séries de Bowen
Partindo de um hipotético magma rico em todos os componentes dos
minerais da série de Bowen:
Rocha

Magma
Os primeiros minerais a formarem-se
Olivinas
durante o arrefecimento do magma são a Anortite Periodito
1200
olivina (rica em ferro e magnésio) e as °C

Série Contínua
plagióclases ricas em cálcio (e alumínio).

Basáltico
Piroxena

Plagióclases
Basalto
Assim, o magma fica mais pobre nos

Série Descontínua
Gabro

elementos químicos que compõem estes


minerais e percentualmente mais rico em Anfíbolas

silício, sódio e potássio. Albite

Andesítico
Cristalização
Andesito
A moscovite e o quartzo são os últimos Biotite Diorito

minerais a formarem-se, quando o


magma já se tornou mais ácido, isto é,
Feldspato potássico
mais rico em sílica, e está provavelmente

Riolítico
Riolito
mais próximo da superfície. Assim, estes Moscovite Granito

minerais serão mais estáveis quando a


Quartzo
rocha aflora. 500 °C
Rochas Magmáticas
CRISTALIZAÇÃO FRACCIONADA
Séries de Bowen
Rochas Magmáticas
DIFERENCIAÇÃO GRAVÍTICA
A cristalização fracionada não explica totalmente a formação de rochas de composição
química muito diferente a partir de um magma original, uma vez que, se os minerais formados
se mantiverem em contacto com o magma residual, sofrem alterações químicas e estruturais,
originando minerais mais estáveis. É o caso da olivina, que em contacto com magma, pode
ser convertida em piroxena.

É natural que, simultaneamente à diferenciação magmática, ocorra diferenciação


gravítica, isto é separação dos minerais já formados do restante magma, ainda fluido. Esta
separação pode ocorrer por acumulação no fundo das câmaras magmáticas (devido à
gravidade) ou por migração do magma, por exemplo devido a movimentos tectónicos.
Magma com determinada Magma com nova
composição química composição química

Arrefecimento
Rochas Magmáticas
DIFERENCIAÇÃO GRAVÍTICA
Se durante a cristalização, os minerais formados se forem
acumulando no fundo da câmara magmática, e se forem
separando do líquido residual do magma, este poderá formar
novas rochas. Esta separação e deposição sequencial face à
ordem de cristalização e respectiva densidade =
Diferenciação gravítica
Rochas Magmáticas
DIFERENCIAÇÃO GRAVÍTICA
Ocorreu compressão da
câmara magmática
permitindo que o
magma escape
enquanto os cristais
ficam retidos na câmara
magmática

Os 1º cristais a formarem-se são mais densos Os minerais são menos densos que o magma
residual, por circulação do fluído, acumulam-
do que o magma residual e depositam-se no
se no topo da câmara magmática
fundo da câmara magmática.
Rochas Magmáticas
DIFERENCIAÇÃO GRAVÍTICA
-Uma vez que os 1os minerais a cristalizar são, também, os mais densos,
depositam-se (por acção da gravidade) na base da câmara magmática (sendo
preservados até ao final da cristalização).
- Os elementos mais leves, tendem a acumular-se nas partes mais altas do
reservatório (ajudados pela subida de gases como o vapor de H2O e o CO2.
- No final da cristalização do magma encontram-se, em ≠s locais da câmara
magmática, rochas ≠s:
» posição inferior: rochas (+) densas (com Fe, Mg e Ca);
» posição menos profunda: rochas (-) densas (com SiO2, Al, K e Na).

DIFERENCIAÇÃO CRISTALIZAÇÃO
GRAVÍTICA FRACCIONADA

Permite o surgimento, durante o arrefecimento do magma, de produtos/fracções


magmáticas ≠s entre si e ≠s do magma original/inicial (diferenciação magmática).
Rochas Magmáticas

Apenas 10% de um magma basáltico pode diferenciar-se num magma


riolítico pelo que não é esta a principal matéria-prima para a formação dos
granitos.
Rochas Magmáticas
ASSIMILAÇÃO MAGMÁTICA

O magma pode reagir com as rochas envolventes (das paredes da


câmara magmática e das paredes das condutas por onde ele sobe).
Podem ocorrer 2 situações:

1. Se a Temp. do magma > Temp de fusão das rochas envolventes


(os minerais das rochas envolventes fundem e incorporam a
composição do magma, alterando a sua composição).

2. Se a fusão dos minerais das rochas envolventes não for


completa, o magma conserva os restos sólidos desses minerais
(encraves ou xenólitos).
Rochas Magmáticas
MISTURA DE MAGMAS

Pode ocorrer entre materiais em fusão, como por exemplo em zonas orogénicas
(formação de cadeias montanhosas), onde há possibilidade de contaminação
entre magmas diferentes.
Quando os magmas 1os (basálticos) ascendem (câmara magmática B) podem
encontrar magmas 2os (graníticos, câmara magmática A), misturarem-se e
originarem magmas de composição intermédia (andesíticos).
Rochas Magmáticas
CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS – QUANTO À COR

Minerais félsicos
(feldspato + sílica)-
apresentam cores claras.
Ex: quartzo, feldspatos e
moscovite.

Minerais máficos (magnésio +


ferro) – apresentam cores
escuras. Ex: biotite, piroxenas,
anfíbolas e olivina.
Rochas Magmáticas
CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS MAGMÁTICAS – QUANTO À COR

Rochas leucocratas – ácidas, de


tons claros, ricas em minerais félsicos

Rochas mesocratas – com coloração


intermédia, resultante de idênticas proporções de
minerais félsicos e máficos.

Rochas melanocratas – básicas,


com tons escuros, ricas em minerais
máficos
Rochas Magmáticas
CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS MAGMÁTICAS – QUANTO À COR

Mesocrata Leucocrata

Melanocrata
Rochas Magmáticas
TIPOS DE ROCHAS MAGMÁTICAS

podem ser classificadas consoante

ORIGEM TEXTURA TEOR EM SIO2 COR

Rochas Afanítica ou Rochas ácidas; Rochas


vulcânicas ou agranular; melanocratas;
Rochas intermédias;
extrusivas;
Fanerítica ou Rochas mesocratas;
Rochas básicas;
Rochas granular;
Rochas ultrabásicas. Rochas leucocratas.
plutónicas ou
intrusivas. Vítrea
Rochas Magmáticas
CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS MAGMÁTICAS

quanto

ORIGEM
(local de consolidação do magma)

ROCHAS VULCÂNICAS ROCHAS PLUTÓNICAS


OU EXTRUSIVAS OU INTRUSIVAS

Formadas à superfície, Formadas no interior


da crosta A profundidade de arrefecimento
em consequência da
actividade vulcânica do magma reflecte-se na sua
velocidade de consolidação e, por
Riolito Granito consequência, no grau de
Traquito Sienito desenvolvimento dos minerais da
Andesito Diorito rocha – TEXTURA.
Basalto Gabro
Rochas Magmáticas
Tipos de textura Desenvolvimento Aspeto Exemplo
dos cristais macroscópico
Fanerítica/ granular Granito
Se os diferentes cristais Gabro
que constituem a rocha se Diorito
distinguem uns dos outros
macroscopicamente

Afanítica/agranular Basalto
Se a rocha é formada, total Riólito
ou parcialmente por Andesito
cristais tão pequenos que
não se distinguem uns
dos outros
macroscopicamente
Vítrea Sem Obsidiana
Se a rocha é totalmente desenvolvimento
constituída por matéria cristalino
amorfa (não cristalizada)
Rochas Magmáticas

textura agranular textura granular


= =
afanítica fanerítica
Rochas Magmáticas

CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS MAGMÁTICAS

quanto

TEOR EM SIO2
(composição química do magma que lhe deu origem)

ROCHAS ÁCIDAS ROCHAS INTERMÉDIAS ROCHAS BÁSICAS ROCHAS ULTRABÁSICAS

SiO2 >70% 50% < SiO2 < 70% 45% < SiO2 < 50% SiO2 < 45%
Rochas Magmáticas
CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS MAGMÁTICAS
Rochas Magmáticas
CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS MAGMÁTICAS
Rochas Magmáticas
CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS MAGMÁTICAS
Rocha Textura Local de Composição Locais de formação
consolidação mineralógica

Granito Fanerítica Em Quartzo, ortoclase, Colisão entre placas


profundidade plagioclase e continentais (fusão de
moscovite rochas da crosta)
Riolito Afanítica À superfície

Diorito Fanerítica Em Plagioclase, Colisão entre placas


profundidade anfíbola e biotite continental e oceânica
(fusão do manto e da crosta)
Andesito Afanítica À superfície

Gabro Fanerítica Em Plagioclase, Limites divergentes de


profundidade piroxena e olivina placas e pontos quentes
(ascensão e fusão de
Basalto Afanítica À superfície peridotitos)
Rochas Magmáticas
FAMÍLIA DAS DAS ROCHAS MAGMÁTICAS
FAMÍLIA DO GABRO
BASALTO GABRO
Rochas Magmáticas
CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS MAGMÁTICAS
FAMÍLIA DO GRANITO

RIÓLITO GRANITO
Rochas Magmáticas
CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS MAGMÁTICAS

FAMÍLIA DO DIORITO

ANDESITO DIORITO

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