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Estrutura dos Metais

II Sem.2013

Prof. Dr. Feliciano Cangue


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19/03/2014
2. ESTRUTURA ATÔMICA E LIGAÇÃO 1
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INTERATÔMICA F.CANGUE

SUMÁRIO

1. Estrutura cristalina (célula unitária, Estruturas cristalinas dos


Metais, polimorfismo e alotropia, sistemas cristalinos; posições,
direções e planos cristalográficos; densidades Linear e Planar,
estruturas cristalinas compactas, monocristais, materiais
Policristalinos, anisotropia, Difração de Raios-X: Determinação
de estruturas cristalinas, estruturas cristalinas dos metais,
cerâmicos e polímeros).
2. Defeitos cristalinos (solução sólida; defeitos pontuais e difusão
em estado sólido; defeitos lineares – discordâncias; defeitos
planares; sólidos não cristalinos, técnicas de Microscopia,
Determinação do Tamanho de Grão.
3. Difusão atômica,mecanismos de difusão, coeficientes de
difusão, fatores que influenciam a difusão).
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INTERATÔMICA F.CANGUE

Principais Objetivos

1. Desenvolver o conceito de célula unitária a fim de utilizá-la na


visualização (a) dos arranjos atômicos conhecidos, b) da ordenação
de longo alcance presente ao longo das várias direções e dos vários
planos e c) das densidades de empacotamento para uma, duas, ou
três dimensões.
2.Identificar os modelos de ordenação (denominados reticulados)
encontrados em alguns dos metais mais comuns, especificamente os
CCC, CFC e HC
3.Habilitar o estudante a) ao cálculo das relações entre os raios
atômicos dos metais a i) suas células unitárias, ii) seus fatores de
empacotamento atômico, e iii) suas densidades.
4.Visualizar direções e planos cristalinos a partir de seus índices
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ESTRUTURA ATÓMICA
DEFNIÇÃO?
• As propriedades de
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ESTRUTURA ATÓMICA
DEFNIÇÃO
Estruturas cristalinas
Materiais sólidos podem ser classificados de acordo com a regularidade, segundo a qual seus
átomos ou íons estão arranjados em relação uns aos outros.

Material cristalino é aquele no qual os átomos estão situados em um arranjo que se repete ou que
é periódico ao longo de grandes distâncias atômicas. Sob certas condições normais de
solidificação, todos os metais, muitos materiais cerâmicos e certos polímeros formam estruturas
cristalinas.

Rede espacial é definida como um arranjo infinito, tridimensional de pontos, em que cada ponto
tem idênticas vizinhanças. Os pontos podem ser arranjados de 14 modos diferentes, que são
chamados redes de Bravais. Estas redes foram estudadas e descritas pelo matemático e
professor de física francês Auguste Bravais (1811-1863).
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Diferentes materiais possuem diferentes estruturas cristalinas e,


conseqüentemente, propriedades finais diferentes.
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ARRANJAMENTO ATÔMICO
Por quê estudar as estruturas dos metais
• As propriedades de alguns materiais estão
diretamente associadas à sua estrutura cristalina (ex:
magnésio e berílio que têm a mesma estrutura se
deformam muito menos que ouro e prata que têm
outra estrutura cristalina)
• Explica a diferença significativa nas propriedades de
materiais cristalinos e não cristalinos de mesma
composição (materiais cerâmicos e poliméricos não-
cristalinos tendem a ser opticamente transparentes
enquanto cristalinos não)
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ARRANJAMENTO ATÔMICO
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Empilhamento
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Cristalinidade
• Os materiais sólidos podem ser classificados em cristalinos ou não-
cristalinos de acordo com a regularidade na qual os átomos ou íons se
dispõem em relação à seus vizinhos.
• Todos os metais, uma relevante parte dos cerâmicos e certos plásticos
cristalizam-se que se solidificam, sob condições normais (de
solidificação).
• Significa dizer que os átomos se arranjam num modelo tridimensional,
ordenado e repetido. Esses tipos de estruturas são chamados cristais.

Fig. Estrutura cristalina.


As faces cúbicas do sal
de cozinha são as faces
do cristal da estrutura
do NaCl

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Arranjos Cristalinos
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Cristalinidade
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Cristalinidade
• Material cristalino é aquele no qual os átomos
encontram-se ordenados sobre longas distâncias
atômicas formando uma estrutura tridimensional que se
chama de rede cristalina.
• As propriedades dos materiais sólidos cristalinos depende da
estrutura cristalina, ou seja, da maneira na qual os átomos,
moléculas ou íons estão espacialmente dispostos.
• Nos materiais não-cristalinos ou amorfos não existe
ordem de longo alcance na disposição dos átomos.
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Cristalinidade
Materiais cristalinos, têm uma estrutura altamente organizada
Materiais amorfos (não cristalinos) não há ordem de longo alcance.

Cristal 1

Fronteira

Cristal 2

Fronteira entre dois cristais de TiO2. Carbono amorfo. Note a desorganização


Note a organização geométrica dos na posição dos átomos.
átomos.
Imagens obtidas com Microscópio Eletrônico de Transmissão (MET).
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Monocristais

• Monocristais Para um sólido cristalino, quando o


arranjo periódico e repetido dos átomos é perfeito ou se
estende ao longo da totalidade da amostra, sem
interrupções, o resultado é um monocristal. Totas as
células unitárias se interligam da mesma maneira e
possuem a mesma orientação.
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Materiais Policristalinos
Muitos dos sólidos cristalinos
são compostos de cristais
muito pequenos ou grãos tais
materiais são denominados
policristalinos.
Esta área é denominada de
Contorno de grão e será
discutida em detalhes nos
próximos capítulos.

 Figura. Diagrama esquemático dos vários


estágios da solidificação de um material
policristalino (as malhas quadradas esboçam
células unitárias. a) Núcleos cristalinos
pequenos b) Crescimento dos cristalitos c) Ao
término da solidificação, grãos tendo formas
irregulares se formam d) A estrutura do grão,
como ela apareceria sob microscópio;
A formação de um sólido cristalino através do resfriamento de um líquido
ocorre com a formação de núcleos de cristais e seu posterior crescimento
independentemente uns dos outros. À medida que os cristais crescem, o
volume do líquido diminui e os diferentes cristais se aproximam. Cada cristal
que cresce tem uma orientação diferente de sua estrutura cristalina. Depois
de completamente solidificado, o sólido é formado pelos cristais crescidos
com diferentes orientações que se encaixam em um arranjo tridimensional,
ocupando totalmente o espaço. Cada um destes cristais é chamado de grão e
o material é dito ser policristalino

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Cristalinidade
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Cristalinidade
Nos Materiais Não-Cristalinos ou Amorfos não existe
ordem de longo alcance na disposição dos átomos

Ordenamento regular dos átomos Ordenamento somente a curtas distâncias

As propriedades dos materiais sólidos cristalinos depende da


estrutura cristalina, ou seja, da maneira na qual os átomos,
moléculas ou íons estão espacialmente dispostos.
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Cristalinidade

O arranjo mais estável dos átomos em um


cristal será aquele que minimiza a energia
livre por unidade de volume ou, em outras
palavras:

• Material cristalino é aquele no da


• preserva a neutralidade elétrica da ligação;
• satisfaz o caráter direcional das ligações
covalentes;
• inimiza as repulsões íon-íon e, além disso,
• agrupa os átomos do modo mais compacto
possível.
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Célula Unitária
• A ordenação de longo alcance é uma
caracteristica dos cristais e mostra vários
padrões, ou reticulados.
• O modelo atômico é repetido indefinidamente,
torna-se conveniente subdividir a rede
cristalina em células unitárias.
• Células unitárias são pequenos volumes, cada
um tendo todas as características
encontradas no cristal inteiro.
• A célula unitária é escolhida para representar
a simetria da estrutura cristalina.

Célula Unitária - Unidade básica


repetitiva da estrutura tridimensional
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Célula Unitária

Células Não-Unitárias

Célula Unitária
Menor “tijolo” que repetido
reproduz a rede cristalina
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Parâmetro de rede
• A ordenação de longo alcance é uma
característica dos cristais e mostra
vários padrões, ou reticulados
• Parâmetro cristalino = parâmetro de
célulua = Parâmetro do reticulado
• Constante de rede = Parâmetro de
rede

Célula Unitária - Unidade básica repetitiva da estrutura tridimensional


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Sistemas cristalinos
• Qualquer empacotamento atômico deverá se encaixar em um dos sete
principais tipos de cristais.
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Sistemas cristalinos
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As 14 redes de Bravais (1811-1863) Dos 7 sistemas cristalinos


podemos identificar 14
tipos diferentes de células
unitárias, as quais
englobariam qualquer tipo
de estrutura cristalina
conhecida conhecidas com
redes de Bravais (cientista
francês). Cada uma destas
células unitárias tem certas
características que ajudam
a diferenciá-las das outras
células unitárias. Além do
mais, estas características
também auxiliam na
definição das propriedades
de um material particular.
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As 14 redes de Bravais

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As 14 redes de Bravais (CCC), (CFC) (HC) são aquelas que


permitem maior grau de
empacotamento atômico.

Três são as estruturas cristalinas


mais comuns em metais: Cúbica de
corpo centrado, cúbica de face
centrada e hexagonal compacta.
Como a ligação metálica é não-
direcional não há restrições quanto
ao número e posições dos vizinhos
mais próximos.

Então, a estrutura cristalina dos


metais têm geralmente um número
grande de vizinhos e alto
empacotamento atômico.

Metais cristalizaram-se,
preferencialmente:
CCC, CFC e Hexagonal,
CS (muito raro)
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Reticulados Cúbicos
• Os cristais
cúbicos
possuem um
dos três
seguintes tipos
de reticulado
• Cúbico simples
• Cúbico de
corpo centrado
(CCC)
• Cúbico de face
centrada (CFC)
• A maioria
significativa
dos metais
possui
reticulado CCC
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Três são as estruturas cristalinas mais comuns em metais

• Cúbica de corpo
centrado,
• cúbica de face
centrada e
• hexagonal
compacta
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Empilhamento
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ESTRUTURA CRISTALINA DOS METAIS

 Apenas 1/8 de cada átomo cai


dentro da célula unitária, ou seja,
a célula unitária contém apenas 1
átomo.
 Essa é a razão que os metais não
cristalizam na estrutura cúbica
simples (devido ao baixo
empacotamento atômico)

Parâmetro de rede
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RELAÇÃO ENTRE O RAIO ATÔMICO (R) E O PARÂMETRO DE REDE (a) PARA O


SITEMA CÚBICO SIMPLES

 No sistema cúbico simples os


átomos se tocam na face

 a= 2 R
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FATOR DE EMPACOTAMENTO ATÔMICO PARA CÚBICO SIMPLES

Fator de empacotamento = Número de átomos x Volume de cada atomo


Volume da célula unitária

Vol. dos átomos = número de átomos x Vol. Esfera (4R3/3)

Vol. da célula=Vol. Cubo = a


3

 Fator de empacotamento = 4R3/3


(2R) 3
O FATOR DE EMPACOTAMENTO PARA A EST. CÚBICA SIMPLES É O,52

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CÚBICA DE CORPO CENTRADO


 O PARÂMETRO DE REDE E O RAIO
ATÔMICO ESTÃO RELACIONADOS
NESTE SISTEMA POR:
accc= 4R /(3)1/2

 Na est. CCC cada átomo dos


vertices do cubo é dividido com 8
células unitárias
 Já o átomo do centro pertence
somente a sua célula unitária.
 Cada átomo de uma estrutura ccc é
cercado por 8 átomos adjacentes
 Há 2 átomos por célula unitária na
estrutura ccc
 O Fe, Cr, W cristalizam em CCC
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INTERATÔMICA F.CANGUE

RELAÇÃO ENTRE O RAIO ATÔMICO (R) E O PARÂMETRO DE REDE


(a) PARA O SITEMA CCC

 No sistema CCC os
átomos se tocam ao
longo da diagonal do
cubo: (3) 1/2.a=4R

accc= 4R/ (3)1/2


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FATOR DE EMPACOTAMENTO ATÔMICO PARA CCC

 Fator de empacotamento= Número de átomos x Volume dos átomos


Volume da célula unitária

4 8 3
2  R 3 R
3 3 3
FEAccc  3
 3
   0,68
a  4R  64 R 8
R  
 3  3 3

1 átomo inteiro1/8 de átomo

O FATOR DE EMPACOTAMENTO PARA A EST. CC É O,68


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NÚMERO DE COORDENAÇÃO PARA CCC

 Número de coordenação corresponde


ao número de átomos vizinhos mais
próximos . Para a estrutura ccc o
número de coordenação é 8.

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NÚMERO DE COORDENAÇÃO PARA CCC


1/8 de átomo

1 átomo inteiro
Para a estrutura ccc o número de coordenação é 8
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Estrutura Cristalina Cúbica de Corpo 19/03/2014
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Centrado (CCC) F.CANGUE

 2 átomos/cel.unit
 N.C. = 8
1 átomo inteiro
Filme  F.E.A. = 0.68
25  Cr, Fe(a), W
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Estrutura Cristalina Cúbica de Corpo 19/03/2014
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Centrado (CCC) F.CANGUE
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A rede CFC
 A rede cúbica de face centrada é uma rede cúbica na qual existe
um átomo em cada vértice e um átomo no centro de cada face
do cubo. Os átomos se tocam ao longo das diagonais das faces
do cubo.

Al, Ag, Cu, Au

a
1/8 de átomo

R
1/2 átomo
Número de átomos na célula unitária Fator de empacotamento atômico
Na= 6x1/2 + 8x(1/8) = 4 FEAcfc = Volume dos átomos = 0.74
Relação entre a e r Volume da célula
4R = a2 => a = 2R2 NC = 12 A rede cfc é a mais compacta
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INTERATÔMICA F.CANGUE

EST. CÚBICA DE FACE CENTRADA


 O PARÂMETRO DE REDE E O RAIO
ATÔMICO ESTÃO RELACIONADOS
PARA ESTE SISTEMA POR:

acfc = 4R/(2)1/2 =2R . (2)1/2

 Na est. cfc cada átomo dos vertices do cubo


é dividido com 8 células unitátias
 Já os átomos das faces pertencem somente
a duas células unitárias
 Há 4 átomos por célula unitária na
estrutura cfc
 É o sistema mais comum encontrado nos
Filme metais (Al, Fe, Cu, Pb, Ag, Ni,...)
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aCFC = 2R (2)1/2

 a2 + a2 = (4R)2
2 a2 = 16 R2
a2 = 16/2 R2
a2 = 8 R2
a= 2R (2)1/2
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2. ESTRUTURA ATÔMICA E LIGAÇÃO 1
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INTERATÔMICA F.CANGUE

NÚMERO DE COORDENAÇÃO PARA CFC


• A partir da primeira camada existem 04
tipos de empilhamento mais freqüente
para os metais:

a) se as camadas forem adicionadas sob a


primeira camada A seguindo esta ordem:
ABC, ABC...ABC formar-se-á um arranjo
periódico de átomos que dará a origem de
uma figura geométrica onde os átomos
estão colocados nos vértices de um cubo,
com átomos adicionais nos centros de
cada face do cubo. Esta estrutura é
normalmente conhecida por cúbica de
face centrada ou cfc.
Exemplo de metais cfc: alumínio (Al);
cobre (Cu); Ouro (Au); Chumbo (Pb).
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NÚMERO DE COORDENAÇÃO PARA CFC

Para a estrutura cfc o


número de
coordenação é 12.
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INTERATÔMICA F.CANGUE

FATOR DE EMPACOTAMENTO ATÔMICO PARA CFC

 Fator de empacotamento= Número de átomos X Volume dos átomos


Volume da célula unitária
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INTERATÔMICA F.CANGUE

FATOR DE EMPACOTAMENTO ATÔMICO (FEA) PARA CFC


 FE= Número de átomos X Volume dos átomos
Volume da célula unitária
Vol. dos átomos = Vol. Esfera= 4R3/3

Vol. da célula=Vol. Cubo = a3


Sabe-se que a = 2R (2)1/2
Fator de empacotamento = 4 X 4R3/3
(2R (2)1/2)3
Fator de empacotamento = 16/3R3
16 R3(2)1/2

Fator de empacotamento = 0,74


Estrutura Cristalina Cúbica de Face 51
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Centrada (CFC) 12:57
F.CANGUE

a = parâmetro de rede
R = raio atômico

 4 átomos/c.u.
 N. C. = 12
 F.E. A. = 0.74
 Al, Cu, Au, Pb, Ni, Pt, Ag
Estrutura Cristalina Cúbica de Face 52
19/03/2014
1
Centrada (CFC) 12:57
F.CANGUE
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1
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F.CANGUE
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INTERATÔMICA F.CANGUE

TABELA RESUMO PARA O SISTEMA CÚBICO

CS 1 2R 0,52
CCC 2 4R/(3)1/2 0,68
CFC 4 4R/(2)1/2 0,74

Átomos por célula


Parâmetro
de rede Fator de empacotamento
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1
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F.CANGUE
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INTERATÔMICA F.CANGUE

RAIO ATÔMICO E ESTRUTURA CRISTALINA


DE ALGUNS METAIS

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2. ESTRUTURA ATÔMICA E LIGAÇÃO 1
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INTERATÔMICA F.CANGUE

CÁLCULO DA DENSIDADE

• O conhecimento da estrutura cristalina


permite o cálculo da densidade ():
 = nA
VcNA
n = número de átomos da célula unitária
A = peso atômico
Vc= Volume da célula unitária
NA= Número de Avogadro (6,02 x 1023 átomos/mol)
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2. ESTRUTURA ATÔMICA E LIGAÇÃO 1
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INTERATÔMICA F.CANGUE

EXEMPLO:
• O conhecimento da estrutura
• Cobre têm raio atômico cristalina permite o cálculo da
densidade ():
de 0,128nm (1,28 Å), uma
estrutura CFC, um peso
atômico de 63,5 g/mol.
Calcule a densidade do
cobre. n = número de átomos da célula unitária

• Resposta: 8,89 g/cm3 A = peso atômico


Vc= Volume da célula unitária
• Valor da densidade NA= Número de Avogadro (6,02 x 1023
átomos/mol)
medida = 8,94 g/cm3
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2. ESTRUTURA ATÔMICA E LIGAÇÃO 1
12:57
INTERATÔMICA F.CANGUE

TABELA RESUMO PARA O SISTEMA CÚBICO

Átomos Número de Parâmetro Fator de


por célula coordenação de rede empacotamento

CS 1 6 2R 0,52
CCC 2 8 4R/(3)1/2 0,68
CFC 4 12 4R/(2)1/2 0,74
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INTERATÔMICA F.CANGUE

SISTEMA HEXAGONAL SIMPLES

• Os metais não
cristalizam no sistema
hexagonal simples
porque o fator de
empacotamento é muito
baixo
• Entretanto, cristais com
mais de um tipo de
átomo cristalizam neste
sistema
61
19/03/2014
2. ESTRUTURA ATÔMICA E LIGAÇÃO 1
12:57
INTERATÔMICA F.CANGUE

EST. HEXAGONAL COMPACTA

se as camadas forem adicionadas


sob a primeira camada A seguindo
esta ordem: AB, AB...AB formar-se-á
um arranjo periódico de átomos que
dará a origem de uma figura
geométrica onde os átomos estão
colocados de forma a gerar no
espaço uma figura geométrica de um
hexágono. Esta estrutura é chamada
hexagonal compacta, hc , e a
competição entre cfc e hc, é
determinada pelas forças de longo
alcance existentes entre os átomos.
62
19/03/2014
2. ESTRUTURA ATÔMICA E LIGAÇÃO 1
12:57
INTERATÔMICA F.CANGUE

EST. HEXAGONAL COMPACTA

• Os metais em geral não cristalizam


no sistema hexagonal simples
porque o fator de empacotamento é
muito baixo, exceto cristais com
mais de um tipo de átomo
• O sistema Hexagonal Compacta é
mais comum nos metais (ex: Mg,
Zn)
• Na HC cada átomo de uma dada
camada está diretamente abaixo ou
acima dos interstícios formados
entre as camadas adjacentes
63
19/03/2014
2. ESTRUTURA ATÔMICA E LIGAÇÃO 1
12:57
INTERATÔMICA F.CANGUE

EST. HEXAGONAL COMPACTA

• Cada átomo tangencia 3


átomos da camada de cima,
6 átomos no seu próprio
plano e 3 na camada de
baixo do seu plano
• O número de coordenação
para a estrutura HC é 12 e,
portanto, o fator de
empacotamento é o mesmo
da cfc, ou seja, 0,74.

Relação entre R e a:
a= 2R
64
19/03/2014
2. ESTRUTURA ATÔMICA E LIGAÇÃO 1
12:57
INTERATÔMICA F.CANGUE

EST. HEXAGONAL COMPACTA

Há 2 parâmetros de rede representando os parâmetros


64
Basais (a) e de altura (c)
65
A rede hc 19/03/2014
1
12:57
 A rede hexagonal compacta pode ser representada porF.CANGUE
um
prisma com base hexagonal, com átomos na base e topo e um
plano de átomos no meio da altura.
Cd, Mg, Ti, Zn

Número de átomos na célula


unitária
c Na= 12x1/6 + 2x(1/2) + 3 = 6
Relação entre a e r
2R = a

c/2 FEA = 0.74 NC =12


A rede hc é tão compacta quanto
a cfc

a
66
Empacotamento ótimo 19/03/2014
1
12:57
F.CANGUE
 O fator de empacotamento de 0,74, obtido nas redes CFC e
HC, é o maior possível para empilhar esferas em 3D.
A A A
B B
C C C
A A A A
B B B
CFC C C C C
A A A A A
B B B B
C C C
A A A A
B B B
C C
A A A
HC
67
Empacotamento ótimo 19/03/2014
1
12:57
F.CANGUE

Empilhamento de planos compactos das estruturas CFC e HC


67
68
Características das 19/03/2014
1
12:57
estruturas cristalinas F.CANGUE

compactas: cfc, cc e hc
• Cubica de Face Centrada (cfc): possui célula unitária com
geometria cúbica , com os atomos localizados em cada um dos
vértices e nos centros de todas as faces do cubo, o numero de
coordenação corresponde ao numero de atomos vizinhos mais
próximo, o número de coordenação é 12.
• Cubica de Corpo Centrado (ccc): possui celula unitária cubica com
átomos localizados em todos os 08 vértices e um único átomo
localizado no centro do cubo, o numero de coordenação
corresponde ao numero de átomos vizinhos mais próximo, o
numero de coordenação é 8.
• Hexagonal Compacta (hc): os metais não cristalizam no sistema
hexagonal simples porque o fator de empacotamento é muito baixo,
porém cristais com mais de um tipo de átomo cristalizam neste
sistema. Cada atomo de uma dada camada esta diretamente
abaixo ou acima dos interstícios formados pelas camadas
adjacentes, cada atomo tangencia 3 átomos da camada de cima ,
06 átomos no seu próprio plano e 3 na camada de baixo do seu
plano, o número de coordenação é 12.
68
69
19/03/2014
2. ESTRUTURA ATÔMICA E LIGAÇÃO 1
12:57
INTERATÔMICA F.CANGUE

POLIMORFISMO OU ALOTROPIA

• Alguns metais e não-metais podem ter mais de uma


estrutura cristalina dependendo da temperatura e
pressão. Esse fenômeno é conhecido como
polimorfismo.
• Geralmente as transformações polimorficas são
acompanhadas de mudanças na densidade e
mudanças de outras propriedades físicas.
70
19/03/2014
2. ESTRUTURA ATÔMICA E LIGAÇÃO 1
12:57
INTERATÔMICA F.CANGUE

POLIMORFISMO OU ALOTROPIA

EXEMPLO DE MATERIAIS QUE EXIBEM POLIMORFISMO


•Ferro
•Titânio
•Carbono (grafite e diamente)
•SiC (chega ter 20 modificações cristalinas)
•etc
71
19/03/2014
2. ESTRUTURA ATÔMICA E LIGAÇÃO 1
12:57
INTERATÔMICA F.CANGUE

ALOTROPIA DO FERRO

• Na temperatura ambiente, o
ccc De 1394°C-PF Ferro têm estrutura ccc,
número de coordenação 8,
fator de empacotamento de
0,68 e um raio atômico de
cfc De 910-1394°C
1,241Å.
• A 910°C, o Ferro passa para
estrutura cfc, número de
coordenação 12, fator de
ccc Até 910°C empacotamento de 0,74 e um
raio atômico de 1,292Å.
• A 1394°C o ferro passa
novamente para ccc.
72
19/03/2014
2. ESTRUTURA ATÔMICA E LIGAÇÃO 1
12:57
INTERATÔMICA - ALOTROPIA DO FERRO F.CANGUE

Líquido 1.539 oC
1.500 -
CCC Ferro 
1.400 - 1.394 oC

1.300 -
Ferro 
1.200 -
Temperatura oC

1.100 - CFC

1.000 -

912 oC
900 -
Ferro 
800 - 768 oC
Líquido 
700 - CCC

Tempo
73
19/03/2014
2. ESTRUTURA ATÔMICA E LIGAÇÃO 1
12:57
INTERATÔMICA - ALOTROPIA DO FERRO F.CANGUE
74
19/03/2014
2. ESTRUTURA ATÔMICA E LIGAÇÃO 1
12:57
INTERATÔMICA F.CANGUE

ALOTROPIA DO TITÂNIO
FASE 
 Existe até 883ºC
 Apresenta estrutura hexagonal compacta
 É mole
FASE 
 Existe a partir de 883ºC
 Apresenta estrutura ccc
 É dura
75
19/03/2014
2. ESTRUTURA ATÔMICA E LIGAÇÃO 1
12:57
INTERATÔMICA F.CANGUE

POLIMORFISMO OU ALOTROPIA DO CARBONO

(a) Diamante (b) Grafite


(b) Figura 3.9. Estruturas cristalinas do carbono nas variações alotrópicas "diamante" e "grafite".
76
19/03/2014
2. ESTRUTURA ATÔMICA E LIGAÇÃO 1
12:57
INTERATÔMICA F.CANGUE

Exercício
• O ferro passa de ccc para cfc a 910 ºC. Nesta temperatura os raios
atômicos são respectivamente , 1,258Å e 1,292Å. Qual a percentagem de
variação de volume percentual provocada pela mudança de estrutura?

• Vccc= 2a
3 Vcfc= a
3
accc= 4R/ (3)1/2 acfc = 2R (2)1/2
Vccc= 49,1 Å3 Vcfc= 48,7 Å3

V%= 48,7 - 49,1 /48,7 = - 0,8% de variação

Para o cálculo foi tomado como base 2 células unitárias ccc, por isso Vccc= 2a3
uma vez que na passagem do sistema ccc para cfc há uma contração de volume
77
19/03/2014
2. ESTRUTURA ATÔMICA E LIGAÇÃO 1
12:57
INTERATÔMICA F.CANGUE
78
19/03/2014
1
12:57
Cristalografia F.CANGUE

• Direções
 [uvw]
• Famílias de direções
 <uvw>
• Planos
 (hkl) (índices de Miller)
 Na hexagonal (hkil) (índices de Miller-Bravais)
i = - (h + k)
• Famílias de planos
 {hkl}
79
19/03/2014
1
12:57
Cristalografia F.CANGUE

COORDENADAS CRISTALINAS

1 - A adoção de um sistema de eixos permite a localização de átomos na rede


bem como a identificação de direções e planos cristalinos

2 - Um átomo ou um ponto qualquer da rede é localizado através de suas


coordenadas em relação ao sistema de eixos.
80
19/03/2014
1
12:57
Cristalografia F.CANGUE

DIREÇÕES CRISTALINAS

3 - Devido à regularidade da estrutura cristalina formam-se colunas de átomos. Estas colunas


atômicas podem ser identificadas por sua direção
81
19/03/2014
1
12:57
Cristalografia F.CANGUE

DIREÇÕES CRISTALINAS

Uma direção cristalina é identificada por três índices entre colchetes [u,v,w].
Estes índices representam um vetor
82
19/03/2014
1
12:57
Cristalografia F.CANGUE

• Para poder descrever a estrutura cristalina é necessário


escolher uma notação para posições, direções e planos.
• Posições
 São definidas dentro de um cubo com lado unitário.
83
19/03/2014
1
12:57
Cristalografia F.CANGUE
84
19/03/2014
1
12:57
Cristalografia F.CANGUE
85
19/03/2014
Direções cristalográficas 1
12:57
F.CANGUE

 As direções são definidas a partir da origem.


 Suas coordenadas são dadas pelos pontos que cruzam o cubo
unitário. Se estes pontos forem fraccionais multiplica-se para
obter números inteiros.
[0 0 1]

[1 1 1]
[1 -1 1]
1 1 1 [0 1 1/2]=[0 2 1]

[0 1 0]

[1/2 1 0]=[1 2 0
[1 1 0]
[1 0 0]
86
19/03/2014
2. ESTRUTURA ATÔMICA E LIGAÇÃO 1
12:57
INTERATÔMICA F.CANGUE

DIREÇÕES NOS CRISTAIS


Algumas direções da
família de direções <100>
87
19/03/2014
Direções cristalográficas 1
12:57
• Famílias de direções F.CANGUE

 Formadas por posições semelhantes dentro da estrutura


cristalina.
<111> = [111],[111],[111],[111],[111],[111],[111],[111]
• Ângulo entre direções no sistema cúbico
 Dado pelo produto escalar entre as direções, tratadas como
vetores.
D=ua +vb + wc
D’=u’a +v’b + w’c
Ex: [100] e [010]
D.D’ = /D/ /D’/ cos  cos = 1.0 + 0.1 + 0.0 = 0
1
cos  = D.D’/ /D/ /D’/ = uu’+vv’+ww’/ u2+v2+w2 u’2+v’2+w’2
 = 90°
Ex: [111] e [210]
cos = 1.2 + 1.1 + 1.0 = 3
3.5 5
 = 39.2°
88
19/03/2014
2. ESTRUTURA ATÔMICA E LIGAÇÃO 1
12:57
INTERATÔMICA F.CANGUE

PLANOS CRISTALINOS

• São representados de maneira similar às


direções
• São representados pelos índices de
Miller = (hkl)
• Planos paralelos são equivalentes
tendos os mesmos índices
89
19/03/2014
2. ESTRUTURA ATÔMICA E LIGAÇÃO 1
12:57
INTERATÔMICA F.CANGUE

PLANOS CRISTALINOS
1 - A regularidade da estrutura cristalina também forma planos de átomos.
Estes planos são representados por índices, denominados índices de Miller.
90
Planos cristalográficos 19/03/2014
1
12:57
F.CANGUE

• A notação para os planos utiliza os índices de Miller,


que são obtidos da seguinte maneira:
 Obtém-se as intersecções do plano com os eixos.
 Obtém-se o inverso das intersecções.
 Multiplica-se para obter os menores números inteiros.

Intersecções: 1/2,  1
Inversos: 2, 0 ,1
Índices de Miller: (201)
Em sistemas cúbicos o plano (hkl)
é normal a direção [hkl]
1/2
Planos cristalográficos 91
19/03/2014
1
12:57
F.CANGUE

91
19/03/2014 12:57 Prof. Feliciano CANGÜE 92
Planos cristalográficos 93
19/03/2014
1
12:57
F.CANGUE

•  1,  • 1 1,  •  1/2,  • 1 1, 1
• 0, 1, 0 • 1, 1, 0 • 0, 2, 0 • 1, 1, 1
• (010) • (110) • (020) • (111)

Quando as
intersecções com os
eixos não são óbvias,
deve-se deslocar o
plano ou a origem até
obter as intersecções
corretas. • 1, -1,  • 1, -1, 1
• 1, -1, 0 • 1, -1, 1
• (110) • (111)
93
94
19/03/2014
2. ESTRUTURA ATÔMICA E LIGAÇÃO 1
12:57
INTERATÔMICA F.CANGUE

PLANOS CRISTALINOS
95
19/03/2014
2. ESTRUTURA ATÔMICA E LIGAÇÃO 1
12:57
INTERATÔMICA F.CANGUE

PLANOS CRISTALINOS

Planos (010)
• São paralelos aos
eixos x e z (paralelo à
face)
• Cortam um eixo
(neste exemplo: y em
1 e os eixos x e z em
)
• 1/ , 1/1, 1/  = (010)
96
19/03/2014
2. ESTRUTURA ATÔMICA E LIGAÇÃO 1
12:57
INTERATÔMICA F.CANGUE

PLANOS CRISTALINOS

Planos (110)
• São paralelos a um
eixo (z)
• Cortam dois eixos
(x e y)
• 1/ 1, 1/1, 1/  = (110)
97
19/03/2014
2. ESTRUTURA ATÔMICA E LIGAÇÃO 1
12:57
INTERATÔMICA F.CANGUE

PLANOS CRISTALINOS

Planos (111)

• Cortam os 3 eixos
cristalográficos
• 1/ 1, 1/1, 1/ 1 = (111)
98
19/03/2014
2. ESTRUTURA ATÔMICA E LIGAÇÃO 1
12:57
INTERATÔMICA F.CANGUE

FAMÍLIA DE PLANOS {110}


É paralelo à um eixo
99
19/03/2014
2. ESTRUTURA ATÔMICA E LIGAÇÃO 1
12:57
INTERATÔMICA F.CANGUE

FAMÍLIA DE PLANOS {111}


Intercepta os 3 eixos
100
19/03/2014
2. ESTRUTURA ATÔMICA E LIGAÇÃO 1
12:57
INTERATÔMICA F.CANGUE

PLANOS NO SISTEMA CÚBICO

• A simetria do sistema cúbico faz com


que a família de planos tenham o
mesmo arranjamento e densidade
• Deformação em metais envolve
deslizamento de planos atômicos. O
deslizamento ocorre mais facilmente
nos planos e direções de maior
densidade atômica
101
19/03/2014
2. ESTRUTURA ATÔMICA E LIGAÇÃO 1
12:57
INTERATÔMICA F.CANGUE

PLANOS DE MAIOR DENSIDADE


ATÔMICA NO SISTEMA CCC
• A família de planos
{110} no sistema ccc
é o de maior
densidade atômica
2. ESTRUTURA ATÔMICA E LIGAÇÃO 1
INTERATÔMICA
PLANOS DE MAIOR DENSIDADE
ATÔMICA NO SISTEMA CFC

• A família de planos
{111} no sistema cfc
é o de maior
densidade atômica
103
19/03/2014
2. ESTRUTURA ATÔMICA E LIGAÇÃO 1
12:57
INTERATÔMICA F.CANGUE

Resumo
• Direções
 [uvw]
• Famílias de direções
 <uvw>
• Planos
 (hkl) (índices de Miller)
 Na hexagonal (hkil) (índices de Miller-Bravais)
i = - (h + k)
• Famílias de planos
 {hkl}
104
19/03/2014
2. ESTRUTURA ATÔMICA E LIGAÇÃO 1
12:57
INTERATÔMICA F.CANGUE

DENSIDADE ATÔMICA LINEAR E PLANAR

• Densidade linear= átomos/cm (igual ao


fator de empacotamento em uma
dimensão)
• Densidade planar= átomos/unidade de
área (igual ao fator de empacotamento
em duas dimensões)
105
19/03/2014
2. ESTRUTURA ATÔMICA E LIGAÇÃO 1
12:57
INTERATÔMICA F.CANGUE

PLANOS DE MAIOR DENSIDADE


ATÔMICA NO SISTEMA CCC
• A família de planos
{110} no sistema ccc é
o de maior densidade
atômica
106
19/03/2014
2. ESTRUTURA ATÔMICA E LIGAÇÃO 1
12:57
INTERATÔMICA F.CANGUE
107
19/03/2014
1
12:57

PLANOS DE MAIOR DENSIDADE F.CANGUE

ATÔMICA NO SISTEMA CFC

• A família de planos
{111} no sistema cfc é
o de maior densidade
atômica

Fonte: Eleani Maria da Costa


DEM/PUCRS
108
Densidade Atômica Planar 19/03/2014
1
12:57
• Análogo ao fator de empacotamento atômico, que corresponde à
F.CANGUE

densidade volumétrica de átomos, podemos definir a densidade


atômica planar
 DAP = Área Total de Átomos/Área do Plano
• Exemplo
 Calcule a DAP dos planos {100} na rede CFC

Número total de átomos = 1 + 4*1/4 = 2

Área total de átomo = 2 x Área de 1 átomo = 2R2

Área do Plano = a2 e 4R = a2 => a = 2R2

DAP = 2R2/a2 = 2R2/8R2 = /4  0785


1 átomo
1/4 de átomo 108
109
Planos e Direções Compactas 19/03/2014
1
12:57
• Como já vimos, as redes CFC e HC são as mais densas do ponto
F.CANGUE

de vista volumétrico.
• Por outro lado, em cada rede, existem planos e direções com
valores diferentes de Dens.Atomico Planar e DAL.
• Em cada rede, existe um certo número de planos e direções
compactos (maior valor de Dens Atomico Planar e DAL)

As direções compactas estão contidas em planos compactos


Estes planos e direções serão fundamentais na deformação
mecânica de materiais.
A deformação mecânica normalmente se dá através do
deslizamento de planos.
110
Sistemas de deslizamento 19/03/2014
1
12:57
F.CANGUE

•O deslizamento ocorrerá mais facilmente em certos planos e


direções do que em outros.

•Em geral, o deslizamento ocorrerá paralelo a planos compactos,


que preservam sua integridade.

•Dentro de um plano de deslizamento existirão direções


preferenciais para o deslizamento.

•A combinação entre os planos e as direções forma os sistemas de


deslizamento (slip systems), característicos das diferentes estruturas
cristalinas.
111
Sistemas de deslizamento 19/03/2014
1
12:57
F.CANGUE

Número de
Estrutura Planos de Direções de Geometria da
Sistemas de Exemplos
Cristalina Deslizamento Deslizamento Célula Unitária
Deslizamento

{110} 6x2 = 12
-Fe, Mo,
CCC {211} <111> 12
W
{321} 24

Al, Cu,
CFC {111} <110> 4x3 = 12
-Fe, Ni

{0001}
{1010} 3
Cd, Mg, -
HC {1011} <1120> 3
Ti, Zn
6

A tabela mostra os sistemas de deslizamento das 3 redes básicas. Em vermelho aparecem os sistemas
principais. Em cinza aparecem os secundários. Por exemplo: Como a rede CFC tem 4 vezes mais sistemas
111
primários que a HC, ela será muito mais dúctil.
112
19/03/2014
1. INTRODUÇÃO AOS MATERIAIS 1
12:57
F.CANGUE

Referências Bibliográficas

1.CALLISTER JÚNIOR, W.D. Ciência e Engenharia de Materiais: uma


Introdução. Rio de Janeiro: LTC, 8.ed, 2012
2.William D. Callister, Jr. Fundamentos da Ciência e Engenharia de Materiais:
uma abordagem Integrada: Rio de Janeiro: LTC, 2012, 702p.
3.VAN VLACK, L.H. Princípios de Ciência e Tecnologia dos Materiais. Rio de
Janeiro: Campus, 1984.
4.VAN VLACK, L.H. Princípios de Ciência e Tecnologia dos Materiais. São
Paulo: Editora Bl”ucher, 2012.
5.SMITH, W.F. Princípios de Ciência e Engenharia dos Materiais. Lisboa:
McGraw-Hill, 3a edição, 1998
6.JAMES F. SHACKELFORD. Ciência dos Materiais. São Paulo: Pearson
Prentice, 2008

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