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Estrutura Cristalina
1. INTRODUÇÃO AOS MATERIAIS
2. ESTRUTURA ATÔMICA
3. ESTRUTURA CRISTALINA NÍVEIS DA ESTRUTURA DE UM MATERIAL
4. MICROESTRUTURA
5. PROPRIEDADES VS. ESTRUTURA
6. DEGRADAÇÃO DOS MATERIAIS
3. ESTRUTURA CRISTALINA
3-1 INTRODUÇÃO
3-2 ORDENAÇÃO DOS ÁTOMOS
3-3 CÉLULAS UNITÁRIAS
3-4 DIREÇÕES E PLANOS NO CRISTAL
3-5 METAIS
3-6 CRISTAIS IÔNICOS
3-7 CRISTAIS COVALENTES
3-8 POLÍMEROS
3-9 IMPERFEIÇÕES NO ARRANJO CRISTALINO
Ciência dos Materiais -PPGE3M-EE- UFRGS
3-1 INTRODUÇÃO
ESTRUTURA PROPRIEDADES
CIÊNCIA DOS MATERIAIS
ESTRUTURA ATÔMICA
ESTRUTURA CRISTALINA
MICROESTRUTURA
antes de entender fenômenos que determinam propriedades nos materiais a partir da MICROESTRUTURA deve-se
primeiramente entender a (ESTRUTURA ATÔMICA) e ESTRUTURA CRISTALINA dos materiais porque estas definem
algumas de suas propriedades mais importantes de interesse tecnológico.
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3-1 INTRODUÇÃO
3-1 INTRODUÇÃO
• As propriedades de materiais estão diretamente associadas à sua estrutura cristalina. Metais apresentam diferentes
características mecânicas. Exemplos:
-alguns são mais dúcteis que outros;
-magnésio e berílio que têm a mesma estrutura (HC) se deformam muito menos
que ouro e prata (CFC) que têm outra estrutura cristalina.
• Diferença significativa nas propriedades de materiais cristalinos e não cristalinos de mesma composição. Exemplos:
Diamante e carbono, BN-a e BN-b, Fe-a e Fe-g e outros. Fe-g
Fe-a
• Cerâmicos e polímeros não-cristalinos tendem a ser opticamente transparentes enquanto cristalinos não. Por quê?
• As propriedades dos materiais sólidos cristalinos depende da estrutura cristalina, ou seja, da maneira na qual os
átomos, moléculas ou íons estão espacialmente dispostos.
Fe-g
Fe-a
Ideais (teóricas): puras, temperatura 0 K, 1 atm pressão: baixa energia e maior empacotamento.
Exemplo esquemático de rede
Reais: compreendem os defeitos (imperfeições) possíveis nas ideais.
A célula unitária é menor porção da rede cristalina que retém as características de toda a rede.
TIPOS DE SIMETRIA
Até agora, eram conhecidos 5 tipos de simetria para descrever a estrutura cristalina: rotação, inversão, rotação-inversão, translação e reversão temporal. Um sexto tipo de simetria,
a rotação reversa foi proposta recentemente (2010), fazendo com que os materiais cristalinos possam se organizar em 17.800 estruturas diferentes (antes era 1.651 !).
14 REDES DE BRAVAIS (7 SISTEMAS CRISTALINOS)
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CCC
CFC
HC
n° pontos da rede = 12*(vértices) * 1 + 2 * 1 centro face + 3 no centro = 6 átomos
célula unitária 6 2
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CS CCC CFC HC
ao = 4r ao = 4r ao = 2r co = 1,633 ao
ao = 2r
31/2 21/2
Exemplo: O raio atômico do Fe é 1,24 A. Calcule o parâmetro de rede do FeCCC e do FeCFC. Hexagonal Hexagonal Compacto
FeCCC
FeCFC
Relação entre o raio atômico e o parâmetro para as células unitárias do sistema cristalino cúbico
CS CCC CFC HC
NC= 6
NC= 8
NC= 12 NC= 12
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CCC
FECCC = (n° átomos / célula) * volume cada átomo = (2 átomos / célula) * 4/3pr3 = 2 * 4/3pr3 = 2 . 4/3pr3 = 0,68 ou 68%
volume da célula unitária a o3 (4r/31/2)3 64.r3/(31/2)3
CFC
FECFC = (n° átomos / célula) * volume cada átomo = (4 átomos / célula) * 4/3pr3 = 4 * 4/3pr3 = 4 . 4/3pr3 = 0,74 ou 74%
volume da célula unitária a o3 (4r/21/2)3 64.r3/(21/2)3
HC
FEHC = (n° átomos / célula) * volume cada átomo = (6 átomos / célula) * 4/3pr3 = 6 * 4/3pr3 = 25,12r3 = 0,74 ou 74%
volume da célula unitária a o3 3.(2r)3.1,633.cos30° 33,94r3
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Exemplo: Determine a densidade do FeCCC, que tem um a0 de 2,866A e massa atômica de 55,85 g/g.mol.
FeCCC
Massa da célula unitária = n° átomos / célula * massa atômica = 2 átomos * 55,85 g/g.mol
número de Avogadro 6,02 .1023 átomos/g.mol
Volume da célula unitária = a03 = (2,866 A)3 = 23,54.10-30 m3/célula
= massa célula unitária = (2 átomos) * 55,85 g/g.mol = 0,7879.10-7g/m3 = 7,879.10-6 g/m3 = 7,879 Mg/m3 ou g/cm3
volume célula unitária (23,54.10-30 m3) * 6,02 .1023 átomos/g.mol Mgm3 = g/cm3
A densidade medida é 7,870 Mg/m3. Por que a diferença da densidade teórica e a medida?
Exemplo: Calcule a mudança de densidade e de volume que ocorre quando o FeCCC é aquecido e transforma-se em FeCFC. Na transformação de fase, o
parâmetro de rede muda de aoCCC = 2,863A para aoCFC = 3,591A.
CCC CFC FeCCC = massa célula unitária = (2 átomos) * 55,85 g/g.mol = 7,883 Mg/m3
volume célula unitária (23,54.10 m ) * 6,02 .10 átomos/g.mol
-30 3 23
0, 0, 1 e ½, 1, 0
ÍNDICES DE MILLER PARA DIREÇÕES:
1. Definir dois pontos por onde passa a direção ½, 1, 0 - 0, 0, 1 = ½ , 1 , -1
Direção A:
1. alvo= 1, 0, 0; origem= 0, 0, 0
2. alvo - origem = 1, 0, 0
3. sem frações
4. [1 0 0] Direção B:
1. alvo= 1,1,1; origem= 0, 0, 0
2. alvo - origem = 1, 1, 1
3. sem frações
4. [1 1 1]
Direção C:
1. alvo= 0, 0, 1; origem= 1/2, 1, 0
2. alvo - origem = -1/2, -1, 1
3. 2 (-1/2, -1, 1) = -1, -2, 2
4. [1 2 2]
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DISTÂNCIA DE REPETIÇÃO: De quanto em quanto se repete o centro de um átomo. É o inverso da densidade linear.
Exemplo: Calcule a distância de repetição para a direção [1 1 1] do Cu CFC.
Dado: ao= 0,362 nm
o centro do átomo se repete a cada
diagonal do cubo (Dr)
Dr = a0 31/2
Dr = 0,362 x 31/2
Dr = 0,627 nm (inverso da L)
FATOR DE EMPACOTAMENTO LINEAR: É quanto da direção está definitivamente coberta por átomos.
Exemplo: Calcule o fator de empacotamento para a direção [1 1 1] do Cu CFC.
Dado: ao= 0,362 nm
r = a0 21/2/4
r = 0,362 x 21/2 /4 FEL = 2r/ Dr = 0,408 ou 40,8%
r = 0,128 nm
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Observações importantes:
- Iguais Índices de Miller para direção e plano, significa que estes apresentam perpendicularidade.
- Índices de Miller simétricos são o mesmo plano, depende apenas do referencial (planos e seus
negativos são idênticos).
Plano A:
1. 1 1 1 Plano B:
2. 1/1 1/1 1/1 1. 1 2
3. Não tem frações 2. 1/1 1/2 1/
4. (1 1 1) 3. 2 1 0
4. (2 1 0)
Plano C: passa
pela origem
(x’, y’, z’)
1. -1
2. 1/ 1/-1 1/
3. 0 -1 0
4. (0 1 0)
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FATOR DE EMPACOTAMENTO PLANAR: É quanto da área está efetivamente coberta por átomos: FEP = área dos átomos
Exemplo: Calcule a densidade planar para os planos (1 1 0) do Cu CFC. área do plano
Dado: ao= 0,362 nm
FEP = 2 x p r2 = 0,56 ou 56%.
r = a0 2 /4
1/2
ao x ao 2½
r = 0,362 x 2 /4
1/2
r = 0,128 nm
DISTÂNCIA INTERPLANAR: Distância de 2 planos com mesmos índices de Miller. Para o sistema cúbico: D(hkl) = ao/(h2+k2+l2)1/2
Exemplo: Calcule a distância interplanar entre dois planos adjacentes (1 1 0 ) para o Au CFC.
Dado: ao= 0,408 nm.
Direção C:
Plano A: 1. alvo= 0, 0, 0, 1; origem= 1, 0, 0, 0
1. 1
2. alvo - origem = -1, 0, 0, 1
2. 1/ 1/ 1/ 1/1
3. 0 0 01 3. sem frações
4. (0 0 0 1) ou (0 0 1) 4. [1 0 01]
Plano B: Direção D:
1. 1 1 -1/2 1 1. alvo= 0, 1, 0, 0; origem= 1, 0, 0, 0
2. 1/1 1/1 -2/1 1/1 2. alvo - origem = -1, 1, 0, 0
3. 1 1 -2 1 3. sem frações
4. (1 1 -2 1) ou (1 1 1) 4. [1 1 0 0]
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3-5 METAIS
Os metais cristalizam preferencialmente em sistemas cúbico (CCC, CFC) ou hexagonal (HC). Metais não cristalizam no
sistema hexagonal simples, pois o fator de empacotamento é muito baixo.
Sistema cúbico Sistema hexagonal compacto
O sistema Hexagonal Compacto (HC) é mais comum nos metais (ex: Mg, Zn).
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3-5 METAIS
Os metais cristalizam preferencialmente em sistemas cúbico (CCC, CFC) ou hexagonal (HC). Metais não cristalizam no
sistema hexagonal simples, pois o fator de empacotamento é muito baixo.
Sistema cúbico Sistema hexagonal compacto
O sistema Hexagonal Compacto (HC) é mais comum nos metais (ex: Mg, Zn).
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A relação de raios entre o ânion (geralmente maior) e o cátion vai determinar o tipo de arranjo cristalino de um composto iônico. O cátion
(geralmente menor) preencherá os vazios intersticiais da rede, procurando maximizar a ocupação do sítio, respeitando a neutralidade de cargas
na rede.
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Cálculo do tamanho de um sítio intersticial: (a) cúbico (cúbico simples); (b) octaédrico e (c) tetraédrico do CFC.
tetraédrico
CS cúbico CFC octaédrico
2R + 2r = D = ao 3½ ao = 2R
D/4 = R+ r
2R + 2r = 2R 3½ 2R + 2r = ao = 4R/ 2½
ao 3½/4 = R + r
r = 3½ R - R 2r = (4R/ 2½) - 2R
(4R /2½).3½/4 = R + r
r = (3½ - 1) R 2r = 0,828 R
(R.3½)/2½ - R = r
r /R= 0,414
r /R= 0,732 r /R= 0,225
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Os íons se tocam pela diagonal do cubo: Os íons se tocam na aresta do cubo: Os íons se tocam pela diagonal do cubo
Dc = 2 (R+r) ao= 2(r+R)/31/2 ao = 2 (R+r) ao= 4(r+R)/31/2
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BaTiO3
Estrutura da Perovskita
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FE = Víons/Vcél. Unit.
Vol íons cél. unit.= 4VMg+2 + 4VO-2 (4. 4/3p r3 + 4. 4/3p R3 )= 0,0433 . 10-29 m3
Volume da célula unitária = a03 = 0,0621 . 10-27 m3
FE = 0,0433 . 10-29 m3 / 0,0621 . 10-27 m3 = 69,8%
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ao= 8r / 31/2
3-8 POLÍMEROS
Tipicamente: amorfos (ordem a curto alcance)
DIFRATÔMETRO:
ABC = n
AB = BC = d sen • Na interferência construtiva, com feixes em fase, a
Então: diferença no comprimento da trajetória dos feixes de
raio-x adjacentes é um número inteiro de .
Lei de Bragg:
n = 2d sen Distância interplanar (exemplos):
Cúbico
d é a distância interplanar Dhkl= ao/(h2+k2+l2)0,5
é o ângulo de difração com a
superfície (2 = ângulo de
difração - medido Hexagonal
Difratograma pó de alumínio. experimentalmente) Dhkl= ao/[4/3(h2+hk+k2)+l2(ao2/co2)]0,5
A lei de Bragg é necessária, mas não suficiente. As células unitárias não primitivas
provocam difração não prevista pela lei de Bragg para certos ângulos.
Estrutura cristalina Difração não ocorre Difração ocorre
CCC h+k+l=número par h+k+l=número ímpar
CFC h, k, l (par e ímpar) h, k, l (ou par ou ímpar)
HC h+2k=3n, l par (n é inteiro) todos outros casos
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ii) defeitos lineares: discordâncias. Propriedades: mecânicas (deformação plástica), fragilidade, dureza.
iii) defeitos planares: superfícies interna e externa, interfaces (falhas de empilhamento, contorno de fases). Propriedades:
magnéticas e dielétricas.
Influência na densidade:
Exemplo: O ferro tem a densidade medida de 7,87 Mg/m3. O parâmetro de rede do FeCCC é 2,866 A. Calcule a percentagem de vacâncias no ferro puro.
Dados: a0 = 2,866 A; MFe = 55,85g/gmol.
Deveriam ser 2
= n° átomos/célula x massa de cada átomo 7,87 Mg/m3 = n° átomos/célula x 55,85 g/gmol n° átomos/célula = 1,998 átomos no
volume da célula unitária x n° Avogadro (2,866 x 10-8 cm)3 x 6,02 x 1023 FeCCC!
Exemplos:
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3-10 IMPERFEIÇÕES NO ARRANJO CRISTALINO
3.10.2 Defeitos pontuais
3.10.2.1 Quanto à forma
Exemplo: Supondo ao= 0,40185 do CsCl e a densidade medida de 4,285 Mg/m3, calcular o número de defeitos Schottky por célula
unitária. Dados: rCs+= 0,167 nm; MCs+=132,91 RCl- = 0,181 nm; MCl-= 35,45.
Exemplo: Supondo a estrutura CCC com ao= 0,4 nm, com uma discordância como na figura ao lado,
determine o comprimento e a direção do vetor de Burgers.
Comprimento: D(hkl)= ao/(h2+k2+l2)0,5 D(222)= 0,4/(22+22+22)0,5 = 0,115 nm
Direção:
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3-10 IMPERFEIÇÕES NO ARRANJO CRISTALINO
3.10.4 Defeitos planares
SUPERFÍCIE EXTERNA: Mais evidente dos defeitos de superfície
devido a descontinuidade. Coordenação atômica na superfície
não é comparável a dos átomos no interior do cristal. Átomos
superficiais tem seus vizinhos em apenas um lado, logo possuem
mais energia e estão menos firmemente ligados aos átomos
externos.
CONTORNO DE GRÃO: Microestrutura de metais e outros materiais sólidos consistem de muitos grãos. Grão: porção de
material onde o arranjo cristalino é idêntico, variando sua orientação. Contorno de grão: fronteira entre os grãos.
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3-10 IMPERFEIÇÕES NO ARRANJO CRISTALINO
3.10.5 Defeitos volumétricos
Algumas estruturas sem ordenamento a longo alcance são consideradas como defeitos volumétricos, como é o caso
do vidro e dos polímeros
Vidros
Polímeros
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3-11 EXERCÍCIOS
1 Quais são os níveis de ordenação dos átomos em um sólido e como diferem entre si?
2 O que se entende por estrutura cristalina de um material?
3 O que é a célula unitária de uma rede cristalina.
4 Quantos e quais são os sistemas cristalinos? Como diferem entre si? Quais são suas características?
5 O que é parâmetro de rede da célula unitária?
6 Faça uma lista de metais com estrutura cristalina hexagonal, outra com metais CFC e CCC.
7 Quantos tipos de células unitárias são conhecidas. Que são redes de Bravais?
8 Qual o número de átomos (ou número de pontos de rede) das células unitárias do sistema cúbico para metais?
9 Determine as relações entre o raio atômico e o parâmetro de rede para o sistema cúbico em metais.
10 Número de coordenação: o que é e do que depende? Quais são os números de coordenação nas células
unitárias dos metais?
11 O que é fator de empacotamento em uma célula unitária? Calcule o fator de empacotamento para as células
cúbicas para metais.
12 Calcule a densidade do FeCFC e FeCCC.
13 Quantas células unitárias estão presentes em um centímetro cúbico do NiCFC?
14 O que é alotropia? O que é anisotropia?
15 O que é distância interplanar.
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3-11 EXERCÍCIOS
16 Determine os índices de Miller para as direções das Figuras 1e 2. b) Determine os índices de Miller para os planos
das Figuras 3 e 4.
17 O lantânio tem uma estrutura CFC abaixo de 865°C com a=5,337 A, mas tem uma estrutura CCC com a=4,26 A
acima de 865°C. Calcule a troca de volume quando La passa por 865°C. La expande ou contrai se lhe fornece
energia a essa temperatura?
18 Calcule a densidade linear e o fator de empacotamento linear nos sistemas: a) CS para a direção [011] e b) CCC
para a direção [111], supondo ligações metálicas entre os átomos e que o parâmetro de rede seja 4 Å.
19 Para um metal hipotético com parâmetro de rede de 0,4 nm, calcule a densidade planar: A) de um plano (101) para
a célula CCC. B) do plano (020) de uma célula CFC.
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3-11 EXERCÍCIOS
20 Para o cobre: qual é o espaçamento de repetição (vetor de Burgers) dos átomos na direção [211]?
21 Como podem apresentar-se os compostos cerâmicos de estrutura AX? Descreva-os.
22 Como podem apresentar-se os compostos cerâmicos de estrutura AmXp? Descreva-os.
23 Como podem apresentar-se os compostos cerâmicos de estrutura AmBnXp? Descreva-os.
24 Defina a constante de Madelung. Qual é seu significado físico?
25 Baseado na razão entre os raios e a necessidade de balanço de cargas da estrutura cúbica, qual o arranjo
atômico do CoO?
26 Baseado no raio iônico, determine o número de coordenação esperado para os seguintes compostos:
a)FeO b)CaO c)SiC d)PbS e)B2O3
27 Calcule a densidade do composto CdS.
28 Descreva a estrutura cristalina do Al2O3.
29 Descreva a estrutura cristalina tipo perovskita. Cite um exemplo.
30 Descreva a estrutura cristalina tipo espinélio. Cite um exemplo.
31 Descreva a estrutura cristalina “cúbica tipo diamante”. Cite exemplos de materiais que cristalizam nessa
estrutura.
32 Comente a cristalinidade de materiais poliméricos.
33 Descreva a estrutura não-cristalina dos vidros. O que são pontes-de-oxigênio e modificadores de redes?
34 Como pode-se obter informações sobre estrutura cristalina de materiais a partir da difração de raio-X?
35 Nos exercícios em que você calculou a densidade teórica de metais ou compostos, esta difere dos valores
que você obtém na prática analisando sólidos mesmo com porosidade nula. A que se deve a diferença? E qual
sua conseqüência?
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3-11 EXERCÍCIOS
36 Que tipo de defeitos podem ocorrer num cristal. Quais são os defeitos pontuais? Descreva-os.
37°Classifique os defeitos pontuais quanto à forma, origem e estequiometria.
38 O que são defeitos: a) não-estequiométricos?
39 O que são defeitos extrínsecos e intrínsecos?
40 O que é íon aliovalente e íon isovaente?
41 Calcule o número de vacâncias por cm3 e o número de vacâncias por átomo de cobre (a) a temperatura
ambiente e (b) a 1084°C (justo acima do ponto de fusão. 83,6 kJ são necessários para produzir uma vacância
no cobre.)
42 Quais as consequências de um defeito tipo Frenkel na rede, por exemplo, do MgO?
43 Supondo o parâmetro de rede do CsCl de 4,0185 A e a densidade de 4,285 Mg/m3, calcular o número de
defeitos Schottky por célula unitária.
44 O que é a notação de Kröger-Vink. Utilize esta notação para representar: a) vacância de um cátion Mg+2 em
MgO; b) vacância de um cátion Cs+ em NaCl; c) vacância de um ânion O-2 em NiO; d) Al substituindo íon Ni
em NiO; e) Mg substituindo Ni em NiO; f) Mg+2 substituindo Na em NaCl; g) Mg intersticial em MgO e O em um
interstício de Al2O3.
45 O que são discordâncias e como podem ocorrer?
46 Qual o significado do vetor de Burgers? Qual a relação entre a discordância e a direção do vetor de
Burgers para cada tipo de discordância?
47 Defina grão. O que é contorno de grão. Que tipo defeito é considerado um contorno de grão?
48°Como pode a superfície de um cristal ser considerado um defeito da estrutura cristalina?
49 O que são defeitos volumétricos?
50 Cite algumas propriedades influenciadas diretamente pela presença de defeitos.