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Retas e Planos
Retas e Planos
2000
Introdução
Este texto é uma versão revisada e atualizada do texto " Retas e Planos" de
autoria das professoras Ana Maria Santos Costa, Heliacy Coelho Souza e
Maria Christina Fernandes Cardoso. Esta versão, do mesmo modo que a
primeira, é um recurso didático utilizado na Disciplina Matemática Básica II -
Mat. 002 do Departamento de Matemática da UFBA.
As autoras,
P1
P2
→ →
Um ponto P pertence à reta r se, e somente se, os vetores P1P e P1P2
→
são colineares. Como P1 e P2 são distintos, o vetor P1P2 é não nulo,
→ →
então existe um escalar λ tal que P1P = λ P1P2 . Assim, P pertence a r se,
→
e somente se, P = P1 + λ P1P2 ; λ ∈ IR . Podemos então concluir que todo
ponto da reta r satisfaz à equação:
→
X = P1 + λ P1 P2 ; λ ∈ IR ,
x = xo + h a
que equivale ao sistema r : y = yo + h b ; h ∈ IR •
z = z + h c
o
x − xo y − yo z − zo
r: = = ‚
a b c
Exemplos
1. Determine uma equação da reta r que:
Solução:
a) Como P 1 e P2 são distintos, determinam uma reta de equação vetorial
→
X = P1 + h P1P2 ; h ∈ IR , isto é, r : ( x, y, z) = (3,−1,1) + h ( −1,2,1); h ∈ R .
2
y −1 z
b) r : x − 4 = = ( equações simétricas da reta).
3 −1
x = −3 + h
b) s : y = −1 + h ; h ∈ IR
z = 2 h
x +1 y z − 4
c) t : = =
2 3 2
Solução:
a) P ∈ r se, e somente, existe ho ∈IR tal que:
(− 1,0,2) = (−7 ,−3,− 7) + h o (2,1,3) .
−1 = −3 − h o
b) P ∈ s se, e somente, existe ho ∈IR tal que 0 = −1 + h o
2= 2h
o
o que é impossível, pois, da primeira equação temos ho = − 2 e da
segunda ho = 1. Logo, P ∉ s .
−1 + 1 0 2 − 4
c) P ∈ t se, e somente, = = . Como 0 ≠ −1 temos que
2 3 2
P∉t.
x −1 y + 2
3. Seja r : = = z . Determine uma equação de r nas formas
2 4
vetorial e paramétrica.
3
Solução:
r
Das equações simétricas de r temos v r = ( 2,4,1) e P(1,−2,0) é um ponto
da reta r. Assim, (x, y, z) = (1,−2,0) + h (2,4,1); h ∈ IR e
x = 1 + 2 h
y = −2 + 4 h ; h ∈ IR , são equações da reta r nas formas vetorial e
z = h
paramétrica, respectivamente.
Um dos axiomas da Geometria Espacial nos diz que três pontos não
colineares determinam um plano. Consideremos então π o plano
determinado pelos pontos A, B e C. Desejamos encontrar uma condição
necessária e suficiente para que um ponto X pertença ao plano π.
Observemos então que, como A, B e C são não colineares, os vetores
→ →
BA e AC são linearmente independentes com representantes em π.
→
Portanto, um ponto X pertence ao plano π se, e somente se, o vetor XB é
→ →
coplanar com os vetores BA e AC .
Assim, existem escalares t e h
D → → →
C π tais que XB = t BA + h AC .
Observemos ainda que para cada ponto X do plano, existe um único par
ordenado ( t, h ) satisfazendo a esta equação e reciprocamente.
2. 2 Equações Paramétricas
r
Fixemos um sistema de coordenadas do espaço. Sejam u = (a 1, b1, c1 ) ,
r
v = (a 2 , b 2 , c 2 ) vetores linearmente independentes paralelos ao plano α e
Po (x o , y o , z o ) um ponto de α . Assim, uma equação vetorial do plano α
pode ser escrita como:
(x , y , z ) = (x o , y o , z o ) + t (a 1 , b1 , c1 ) + h (a 2 , b 2 , c 2 ) , t, h ∈ IR .
x = x o + a1t + a 2 h
y = yo + b1t + b 2 h ; t , h ∈ IR .
z = z + c t + c h
o 1 2
Exemplos
5
Solução:
→ →
Como os vetores AB = ( −2,1,1) e CA = ( −2,−1,−1) são linearmente
independentes, os pontos A, B e C não são colineares, logo determinam
um único plano. Uma equação vetorial do plano ABC é :
Solução:
r r r r
Como os vetores u e v são linearmente independentes então P, u e v
determinam um plano de equações paramétricas:
x = 2 − t + h
y = 4 + 2t ; t, h ∈ IR
z = −1 + t + 3h
x = 1 + 2h − t
β : y = −2 + h + 3t ; t, h ∈ IR
z = 3 + 5h
Solução:
x = 3 + 5h − t
α : y = −1 + h ; t, h ∈ IR .
z = 1 + 2h − t
2. 3 Equação Geral
r r
Seja α o plano determinado pelo ponto u v α
r r
P (x o , y o , z o ) e pelos vetores u e v . Po X
Lembremos que um ponto X(x, y, z)
r r →
pertence a α se, somente se, os vetores PX , u e v são coplanares.
→ r r r r →
Assim, [ PX, u, v ] = 0 , ou seja, ( u × v) ⋅ Po X = 0 . Considerando
r r
u × v = ( a, b, c) , podemos escrever:
(a , b, c) ⋅ ( x − x o , y − y o , z − z o ) = 0 ,
ou equivalentemente,
ax + by + cz + d = 0 , •
7
Exemplos
1. Determine uma equação geral do plano α que passa pelo ponto
r r
P = (3,−1,2) e é paralelo aos vetores u = ( −1,1,2) e v = (1,−1,0) .
Solução 1:
r r r
Como u e v são LI e têm representantes em α, podemos considerar n α
r r r
paralelo ao produto vetorial u × v = (2,2,0) . Considerando n α = (2,2,0 ) ,
uma equação geral do plano α tem a forma 2x + 2y + d = 0 , para um
certo valor real de d. Como o ponto P pertence ao plano α suas
coordenadas satisfazem a esta equação, assim temos:
2.3 + 2.(−1) + 0.2 + d = 0 , daí, d = − 4 . Logo, 2x + 2y − 4 = 0 é uma
equação do plano α.
Solução 2: r
r nα
Seja n α = (1,1,0 ) e X um ponto genérico de α.
→ r
Então, Po X ⋅ n α = 0 , ou equivalentemente, Po
X
α
(x − 3, y + 1, z − 2 ) ⋅ (1,1,0 ) = 0 .
Daí, uma equação geral do plano α é x + y − 2 = 0 .
x = 2 + 3t
b) α : y = 1 + 2t − h ; t , h ∈ IR .
z = −t + 2h
c) α : 2x − 3y + z − 1 = 0
Solução :
r
a) n α = (2 ,−1,3) × (1,1,0 ) = (−3,3,3)
r
b) n α = (3,2,−1) × (0,−1,2) = ( 3,−6,−3)
r
c) n α = (2,−3,1)
8
CAPÍTULO III - POSIÇÕES RELATIVAS DE DOIS
PLANOS
Observemos que dois planos são paralelos se, somente se , seus vetores
normais são paralelos. Consideremos α : a 1 x + b 1 y + c 1z + d1 = 0 e
β : a 2 x + b 2 y + c 2 z + d 2 = 0 . Temos que α e β são paralelos se,
somente se, existe um real k tal que:
a 1 = ka 2
b1 = kb 2
c = kc
1 2
ka 2 x1 + kb 2 y1 + kc 2 z1 + d1 = 0
a 2 x1 + b 2 y1 + c 2 z1 + d 2 = 0
Daí, d 1 = k (− a 2 x 1 − b 2 y 1 − c 2 z1 ) . Logo, d 1 = kd 2 .
9
Se os vetores normais dos planos α e β não
são paralelos, então estes planos são
r r
concorrentes. Neste caso, eles se interceptam nα nβ
segundo uma reta r. Assim, um ponto
P( x, y, z) pertence à reta r se, somente se,
β
suas coordenadas satisfazem ao sistema:
r
vr
a 1x + b1 y + c1z + d1 = 0 α
r
a 2 x + b 2 y + c 2 z + d 2 = 0
r
v r r
nα
Se os vetores n α e n β são ortogonais nβ
dizemos que os planos α e β são
perpendiculares. Assim, dois planos são
v r β
perpendiculares se, somente se, n α ⋅ n β = 0 .
α
Exemplos
a) α : 2x + y − z + 1 = 0 e β : 4x + 2y − 2z + 2 = 0 .
x − 2y − 1 = 0
r : .
2x + y − z + 1 = 0
v r
Observemos ainda que n α ⋅ n β = 0 , assim α e β são perpendiculares.
r r
c) Consideremos os vetores n α = (1,−2,0) e n β = ( −2, 4,0) . Observemos
v r
que n α = −2 n β , daí, os planos α e β são paralelos. No entanto,
P = (1, 0, 1) pertence ao plano α e não pertence ao plano β.
Consequentemente, α e β são estritamente paralelos.
Solução :
v r
Como o plano β é paralelo ao plano α, temos que n β = k n α , k ≠ 0 .
r
Podemos então considerar n β = ( −2, − 6, 4) . Assim, podemos escrever:
β : 2x − 6y + 4z + d = 0 . Para determinarmos o valor de d basta
utilizarmos o fato de que o ponto P pertence a β e por isso, satisfaz a sua
equação. Daí, 2.1 − 6.0 + 4.(−2) + d = 0 , ou seja, d = 6. Logo, uma
equação geral de β é 2x − 6y + 4z + 6 = 0 .
3. Dados os planos α : 2x + 4y − z + 1 = 0 e β : − x + 2y + z + 2 = 0
determine uma equação vetorial da reta r interseção dos planos α e β.
11
Solução :
2x − z + 1 = 0
− x + z + 2 = 0
− 6x + y + 8z + 8 = 0
r :
− 2x − y + 8z = 0
13
14
CAPÍTULO IV - POSIÇÕES RELATIVAS
DE UMA RETA E UM PLANO
E
DE DUAS RETAS
π
r r
r // π ⇔ v r ⋅ n π = 0 e R ∉ π
r
nπ
r b) r contida em π (r ⊂ π )
r
R vr
π
r r
r ⊂ π ⇔ vr ⋅ n π = 0 e R ∈ π
r
r nπ
c) r e π concorrentes vr
P
(r ∩ π = {P} )
π
r r r
r ∩ π = {P} ⇔ v r ⋅ n π ≠ 0
14
Caso particular:
r v
vr nπ
π
r
Exemplos:
a) r : X = (1,6,2) + t (1,1,1) ; t ∈ IR
π: x − z − 3 = 0
b) r : x − 1 = y − 2 = 2 (z − 1)
π : X = h(6,2,1) + t (1,2,1); t, h ∈ IR
x = t
c) r : y = −3 + 3 t ; t ∈ IR
z = −t
π : x + y + 2z − 1 = 0
Solução:
r r
a) v r ⋅ n π = (1,1,1) ⋅ (1,0,−1) = 0, logo, r ∩ π = r ou r ∩ π = φ .
Como R(1,6,2) é um ponto de r, verificamos que R ∉ π . Logo r ∩ π = φ .
r 1 r
b) Sendo v r = 1,1, e n π = (6,2,1) × (1,2,1) = (0,−5,10), temos que
2
r r
v r ⋅ n π = 0 . Logo, r ∩ π = r ou r ∩ π = φ . Como R(1,2,1) é um ponto de
r, verificamos que R ∈ π . Logo r ⊂ π e consequentemente r ∩ π = r.
15
r r
b) De v r ⋅ n π = (1,3,−1) ⋅ (1,1,2) = 2 ≠ 0 concluímos que r e π são
concorrentes. Seja r ∩ π = {P} = {( a, b, c)} . Temos então:
a = t
(1) a + b + 2c − 1 = 0. (2) b = −3 + 3 t , para algum escalar t .
c = − t
Solução:
r r r r r r
Como r //α e r // β, temos v r ⊥ n α e v r ⊥ n β . Sendo n α e n β LI,
r r r
temos que vr // n α × n β . Assim podemos considerar
r r r
vr = n α × n β = (1,01) × (2,−1,0) = (1,2,−1) .
16
Resumindo, duas retas r1 e r2 podem ser:
Coplanares
w Concorrentes : r1 ∩ r2 = {P} π
P
r1 r2
w Paralelas:
w Distintas : r1 ∩ r2 = φ w Coincidentes : r1 ≡ r2
π π
r1
r2 r1 ≡ r2
Reversas r1
P
r2
π
17
r r → r r r r
ii) v r e v s LI, nesse caso RS, vr e vs são LD. Como v r e v s são
→
linearmente independentes, então podemos escrever RS como
r r
combinação linear de v r e v s . Logo, existem escalares ho e to tais que
r r r r
S = R + h o v r + t o v s . Assim, o plano β : X = R + h v r + t v s ; h, t ∈ IR ,
contém as retas r e s, que portanto são coplanares. Observemos ainda
que, neste caso as retas são concorrentes.
Um caso particular de retas concorrentes
r r
são as retas perpendiculares. Observemos vs P
que se duas retas r e s são perpendiculares
r r r s
então v r ⋅ v s = 0 . vr π
Exemplos
2x − y − z + 2 = 0
a) r : e s : X = (1,0,2) + h (1,−3,7); h ∈ IR
x + 3y − z + 2 = 0
x = h
1− x y
b) r : y = 1 − h ; h ∈ IR e s : = =z−8
z = 4 + 4h 2 3
x −3 z − 12
c) r : X = ( −2,1,3) + t ( −10,−2,−18) ; t ∈ IR e s : = y− 2=
5 9
x = 4
d) r : X = ( 4,−3,1) + h (0,2,1); h ∈ IR e s : y = −1 − 2t ; t ∈ IR
z = 3 − t
Solução:
r r
a) Como v r // ( 2,−1,−1) × (1,3,−1) = ( 4,1,7 ) e v s // (1,−3,7) temos que as
retas r e s são concorrentes ou reversas. Vamos então considerar
R(0,0,2) e S(1,0,2) pontos de r e s, respectivamente. Assim,
18
→ r
1 0 0
r
[ RS, vr , vs ] = 4 1 7 = 28 ≠ 0 .
1 −3 7
r r
c) Como v r // (1,−1,4) e v s // ( −2,3,1) temos que as retas r e s são
concorrentes ou reversas. Vamos então considerar R(0,1,4) e S(1,0,8)
pontos de r e s, respectivamente.
Assim,
→ r
1 −1 4
r
[ RS, v r , vs ] = 1 − 1 4 = 0 . Logo as retas r e s são concorrentes.
−2 3 1
r r
c) Como v r // ( −10 ,−2,−18) e v s // (5,1,9) temos que as retas r e s são
paralelas (distintas ou coincidentes). Além disso, o ponto R ( −2,1,3)
pertence às retas r e s. Assim, podemos concluir que as retas r e s são
coincidentes.
r r
d) Como v r // ( 0,2,1) e v s // (0,− 2,−1) temos que as retas r e s são
paralelas (distintas ou coincidentes). Observemos que o ponto R ( 4,−3,1)
pertence à reta r, no entanto não pertence à reta s, pois o sistema
4= 4
− 3 = −1 − 2 t o não tem solução.
1= 3− t
o
19
Solução:
r r
Sendo r e s retas paralelas podemos considerar v r = v s . Como
r
v s // (2,− 1,4) × (1,5,−1) = (− 19,6,11) as equações simétricas de s são:
x +1 y −1 z −1
= = .
− 19 6 11
x = 4 + t
3. Mostre que as retas r : x − 2 = − y = z − 1 e s : y = −2 − t; t ∈ IR
z = 3
Solução:
r r
Sejam v r = (1,−1,1), v s = (1,− 1,0) e R(2,0,1) e S(4, −2,3) pontos de r e
s,
1 −1 1
r r →
respectivamente. Então [ v r , vs , RS] = 1 −1 0 = 0 e assim
2 −2 2
concluímos
r r
que r e s são coplanares. Como não são paralelas pois v r e v s são
vetores LI, temos que as retas são concorrentes. Seja
{Po } = {( x o , y o , z o )} = r ∩ s .
x o = 4 + t o
Então, x o − 2 = − y o = z o − 1 e y o = −2 − t o .
z = 3
o
Daí, t o = 0 e Po = ( 4,−2,3).
Solução:
r
O eixo OX tem vetor direção i = (1,0,0 ). Então, uma reta r é paralela ao
r r
eixo OX se, e somente se, v r é paralelo ao vetor i = (1,0,0 ).
Solução:
P0 P
r Seja {Po } = r ∩ s então, existe t ∈ IR tal que
→
Po = (1 + 2t , t ,1 + t ) e PPo = ( 2t , t , t − 1) .
π
Como r // π temos ( 2t, t , t − 1) ⋅ ( 2,−3,4) = 0 .
s
4
Assim, t = .
5
r
Considerando v r = (8,4,−1) , uma equação vetorial de r é:
21
CAPÍTULO V - ÂNGULOS
r r
vr vs
Se r e s são retas paralelas
r r
− vs então (r, s ) = 0 .
s α
r α
Na figura ao lado, o ângulo − vs
(r, s ) = (vr r ,− vr s ) = θ . r
vs r θ
vr r
s
r
vs r
vs
θ
r Na figura ao lado, as retas r e s
r r
r vr são reversas e (r, s ) = (v r , v s ) = θ .
α
s
π r r r r
Assim, 0 ≤ (r, s ) ≤ e cos (r, s ) =| cos (v r , v s ) |=| cos (v r ,− v s ) | .
2
Logo,
r r
| vr ⋅ vs |
(r , s ) = arc cos r r
| vr || vs |
π
Quando (r, s ) = , dizemos que r e s são ortogonais e escrevemos r ⊥ s.
2
Se r e s são ortogonais e concorrentes dizemos que as retas são
r r
perpendiculares. É claro que r ⊥ s ⇔ v r ⋅ v s = 0 .
22
Exemplos
x = 1 − t
a) r : X = λ(1,−1,1) ; λ ∈ IR e s : y = t ; t ∈ IR
z = 2 − t
x + 2 y − z = 0 y−2
b) r : e s: x +1= = z.
x − y + z − 1 = 0 2
x = 1 − 2 t
x −3 z +1
c) r : y = 2 + 2t ; t ∈ IR e s: = y +1=
z = 3 2 3
Solução:
r r
a) Como v r = (1,−1,1) e v s = (−1,1,−1) , as retas r e s são paralelas.
Assim, (r, s ) = 0 .
r r
b) Temos v r = (1,2,−1) × (1,−1,1) = (1,−2,−3) e v s = (1,2,1) . Daí,
Daí, t o − 1 + t o = ( t o − 1) 2 + t o 2 . Logo, t o = 0 ou t o = 1 .
u t o = 1 ; r ′ : X = (1,0,0) + h (0,1,0) ; h ∈ IR .
r r
| n α ⋅ nβ |
(α , β ) = arc cos r r
| n α | | nβ |
π
Quando (α, β ) = , dizemos que α e β são ortogonais e escrevemos
2 r v
α ⊥ β . É claro que α ⊥ β ⇔ n α ⋅ n β = 0 .
Solução:
v r
a) Das equações de α e β temos n α = (2,1,−1) e n β = (1,1,1) . Assim,
| (2,1,−1) ⋅ (1,1,1) | 2 2
cos (α, β) = = = .
6 3 3 2 3
2
Logo, (α, β) = arc cos .
3
v r
b) n α = (1,1,−1) e n β = (1,0,1) × (1,−1,0) = (1,1,−1) .
| (1,1,−1) ⋅ (1,1,−1) |
Daí, cos (α, β) = = 1 . Logo, (α, β) = 0 .
3 3
r r
c) n α = (1,1,0) × (1,0,1) = (1,−1,−1) e n β = (2,1,1) .
| (1,−1,−1) ⋅ (2,1,1) | π
Assim, cos (α, β) = = 0 . Logo, (α, β) = .
3 6 2
π
Quando (r, α) = , dizemos que a reta r e o plano α são
2
r r
perpendiculares e escrevemos r ⊥ α . É claro que r ⊥ α ⇔ v r // n α .
Exemplo
a) r : X = (1,0,1) + t (1,0,2) ; t ∈ IR
α : X = t (1,0,1) + h (1,2,−3) ; t, h ∈ IR.
x − y + 2 = 0
b) r : e α : x − 2 y − 2z + 1 = 0
2x + 2y − z + 1 = 0
Solução:
r r
a) Como v r = (1,0,2) e n α = (1,0,1) × (1,2,−3) = (−2,4,2) , temos:
| (1,0,2) ⋅ (−1,2,1) | 1
sen (r, α) = = .
5 6 30
1
Logo, (r, α) = arc sen .
30
27
r v
b) Temos v r = (1,−1,0) × (2,2,−1) = (1,1,4) e n α = (1,−2,−2) , assim,
| (1,1,4) ⋅ (1,−2,−2) | 2
sen (r, α) = = .
18 9 2
π
Logo, (r, α) = .
4
28
CAPÍTULO VI - DISTÂNCIA
Daí, d( A, B) = (b1 − a1 ) 2 + (b 2 − a 2 ) 2 + (b 3 − a 3 ) 2
Considerando π : ax + by + cz + d = 0 Po ( x o , y o , x o ) e P(x, y, z)
então:
→ r | a(x o − x) + b( y o − y) + c( z o − z) |
d( Po , π) = | PPo ⋅ n °π | =
a 2 + b2 + c2
| axo + by o + czo + d |
Logo, d( Po , π) | = .
2 2 2
a +b +c
29
Exemplos:
Solução:
Assim, se P ∈ r e m é a reta P r
definida pelos pontos P e Q, temos
que : m
→
→ → | PQ × rv |
d(Q, r ) = | PQ | . sen (r, m) = | PQ | r .
→ r
| PQ | | v r |
→ r
| PQ × v r |
Logo, d( Q, r ) = r .
| vr |
30
Utilizando a interpretação
geométrica do produto vetorial, Q
podemos observar que d(Q,r) é a
altura do paralelogramo, cujos h = d (Q, r)
lados são representantes dos r
→ r
r P vr R
vetores v r e PQ , em relação à
r
base PR, sendo R = P + v r .
Exemplos:
x = 2 + t
a) Q(1,1,0) e r : y = 2t ; t ∈ IR
z = 1 − t
x − y + 2z + 1 = 0
b) Q(1,2,3) e r :
2x + y − z + 3 = 0
Solução:
r
a) Sejam P(2,0,1) e v r = (1,2, −1) .
Então,
| ( −1,1,−1) × (1,2, −1) | 21
d(Q, r ) = = .
6 3
r
b) Sejam P ( 0,−7,−4 ) e v r = (− 1,5,3) .
Então,
| (1,9,7) × ( −1,5,3) | 6 14
d(Q, r ) = = .
35 7
31
6.4 Distância entre uma reta e um plano
Assim:
R
r
β
a) Se α e β são concorrentes então d(α, β) = 0.
α
32
Exemplos:
b) r : X = (1,2,1) + h( −1,1,0); h ∈ IR e π : 3x + 3y + z − 2 = 0
Solução:
r
a) Sabemos que v r // (2,− 1,1) × (1,1,−1) = ( 0,3,3) . Consideremos
r r r r
v r = ( 0,1,1) e n π = (3,− 1,2 ) . Como v r ⋅ n π = 1 , temos que r e π são
concorrentes. Portanto, d(r, π )=0.
r r
b) Como v r ⋅ n π = 0 e R(1,2,1) ∉ π , concluímos que r é paralela a
π.
| 3.1 + 3.2 + 1.1 − 2 | 8 19
Assim, d( r, π) = d(R, π) = = , sendo R(1,2,1)
19 19
um ponto de r.
33
6.6 Distância entre duas retas
→ r r
| [RS , v r , v s ] |
Ou seja, d(r, s) = r r
| vr × v s |
Da interpretação geométrica de
produto misto e produto vetorial, R
concluímos que d(r,s) é a altura do r
paralelepípedo cujas arestas são
representantes dos vetores
r P
→ r r vr
SR, v r e vs em relação à base s
r r
SPQ, sendo P = S + vr e π S vs Q
r
Q = S + vs .
34
Exemplos:
x = 6 − h
b) r : X = (3,−1,1) + t ( 2,0,1); t ∈ IR e s : y = −2 + h ; h ∈ IR
z =1 + h
Solução:
r r
a) As retas r e s são paralelas pois v r = (1,1,1) = v s .
Assim, d(r,s) = d(R,s) = d(S,r).
Consideremos R (1,0,2) e S(1, −2,3) pontos de r e s, respectivamente.
Então:
| (0,−2,1) × (1,1,1) | 42
d( r, s ) = = .
| (1,1,1) | 3
r r
b) Temos v r = ( 2,0 ,1) e v s = ( −1,1,1) . Assim, as retas não são paralelas.
Sejam R (3,−1,1) e S(6, −2,1) pontos de r e s, respectivamente. Então:
3 −1 0
→ r r
RS, v r , vs = 2 0 1 = 0.
−1 1 1
x = ah
2) Sejam r: X = (1,2,0) + t(1,1,1); t ∈ R e s: y = 1 + h ; h ∈ R .
z = 2 − h
Determine a, de modo que :
a) d(r,s)= 0
b) r e s sejam reversas.
Solução:
b) Da solução do item a), temos que r e s são reversas se, e somente se,
a ∈ R − {1}.
36
Exercícios propostos
b) P( 2,1,3), π : x + y − 2z + 3 = 0.
x = 1 − h + t
c) P(3,2,2) , π : y = 2 − h − t ; t, h ∈ IR
z = 1 − h
46
05. O ponto P( 2,2,−1) é o pé da perpendicular traçada do ponto Q(5,4,−5) ao
plano π. Determine uma equação de π.
2x + y + 2z = 1
08. a) Verifique se P(1,3,−2) pertence a r : .
− x + y + 3z + 4 = 0
b) Escreva uma equação da reta r passa pelo ponto P(1,1,1) e tem a
direção
x = 1 + 2t
de um vetor normal ao plano α : y = 2 − t + 3h ; t e h ∈ IR .
z = t + h
47
11. Verifique se as retas r e s nos casos a seguir são coplanares:
x − 2y + z = 0
a) r : e s : X = (1,0,1) + h (3,−1,1); h ∈ IR
3x + y − z + 1 = 0
x −1 z−2
b) r : = y+ 2= e s : X = (1, −2,2) + h (0,1,3) ; h ∈ IR
2 3
x = 1 + h
x− 4 2− y z− 2
c) r : y = 2 − 3h ; h ∈ IR e s : = =
z = h 2 6 2
a) r : X = (1,2,0) + h ( −1,2,3) ; h ∈ IR
x −1 y − 2
s: = = −z
2 3
b) r : X = ( −1,2,1) + h (1,2,−1) ; h ∈ IR
s : X = (2,5, −2) + t ( −2,4,2) ; t ∈ IR
c) r : X = (1,2,3) + h (1,0,2) ; h ∈ IR
x = 2t
s : y = 3 ; t ∈ IR
z = 1 + 4t
48
x = 1 + h
z
14. Sejam α : 2x + By + z + 1 = 0, β : x + y + + D = 0, s : y = h ; h ∈ IR
2 z = A
y+2 z
e r : x −1= − = . Determine, se possível:
3 4
16. a) Determine uma equação da reta s que passa pela origem do sistema de
coordenadas, é paralela ao plano π : 3x − 2y + z − 2 = 0 e intercepta a reta
y+ 2
r :x −1= = z.
3
b) Ache uma equação do plano α que passa pelo ponto P(2,1,3), é paralelo
à reta r : X = (1,2,3) + h(1,2, −1); h ∈ IR , e é perpendicular ao plano
π : x − y + 2z − 4 = 0 .
49
18. Dado o plano π : X = ( 0,0,1) + h(1,−1,−1) + t ( −1,−2,−4); h, t ∈ IR e a reta
AB, sendo A(0,0,0) e B(1,1,1), determine uma equação do plano α que
passa pelo ponto onde a reta AB fura o plano π e é paralelo ao plano
β : x − 3 = 0.
x = 2 − h
b) α : y = 1 + 2t ; h, t ∈ IR e β : −2x + y + 3z − 2 = 0 .
z = 2h − 3t
23. Determine uma equação da reta s que passa por P(1,0,1) e intercepta a reta
π
r : x = y = z + 1, formando um ângulo de rd .
3
50
24. Determine uma equação do plano α que passa pelo ponto P(2,1,1), é
perpendicular ao plano coordenado yz e (α , β) = arc cos( 2 3) rd , sendo o
plano β : 2x − y + 2z + 3 = 0 .
x − 2
x −1 =z
c) as retas r : = 2 − y = z − 3 e s : 5 .
2 y = z − 1
y −1 z − 2
d) as retas r : X = (1,0,0) + h( −2,4,2); h ∈ IR e s : 2 − x = = .
2 1
e) a reta r : x = −y = z e o plano π : 2x − y − z − 1 = 0 .
51
28. De um triângulo ABC temos as seguintes informações:
x = 1 + t
(i) A(1,2,−3) (ii) B e C são pontos da reta r : y = t ; t ∈ IR .
z = 1 − t
Determine a altura do triângulo ABC relativa à base BC.
x = y + 1
29. Considere α : 2x + 3y − z + 1 = 0 , P(1,−4,5) e s : .
z = 3
Determine, justificando:
a) d(P,s) b) d(P, α)
c) uma equação da reta m que satisfaz às três condições:
(i) d(P,m) = 0 (ii) d(m,s) = 0 (iii) d(m, α) = d(P, α).
52
32. Determine o volume da pirâmide delimitada pelos planos coordenados e
pelo plano 5x − 2y + 4z = 20 .
Respostas
02. a) P ∉r b) P ∈r c) P ∉r
53
03. a) α : (x, y, z) = (1,0,2) + t (1,−1,1) + h (0,1,2) ; t e h ∈ IR
b) α : 3x − 4y + z − 4 = 0.
x = 1 + t
c) α : y = t ; t e h ∈ IR
z = 2 + t + h
04. a) P ∉ π b) P ∈ π c) P ∈ π
05. π : 3x + 2y − 4z − 14 = 0 .
x = 1 + 2t
08. a) P ∈r b) r : y = 1 + t ; t ∈ IR .
z = 1 − 3t
09. a) 2x − y − z − 4 = 0 b) 2x − y − z = 0.
13. a) α : − 11x + 5y − 7z + 1 = 0 b) β : x + z = 0 c) γ : − 2x + z − 1 = 0
5
14. a) B = 2 b) B = − c) D = 1 d) A = −2
2
17
15. a) a ≠ −4 b) m = −2 e b ≠ −
5
c) ∃ m ∈ IR tal que π1 ∩ π 2 = r
17 7
16. a) s : X = h1, , ; h ∈ IR b) α : − x + y + z − 2 = 0
9 9
54
x = h
y −1 z +1
17. a) r : x − 3 = = b) t : y = h ; h ∈ IR .
−2 −1 z = h
18. α : 4x + 3 = 0
2 53 3
19. a) (i) P ′( 4,−3,−1) (iii) P′ − , ,−
(ii) P ′(0,−1,1)
17 17 17
b) s : X = ( −1,−2,0) + h(15,87,−3) ; h ∈ IR
20. ( r ,s ) = 0°
2 3
21. a) ( r , α) = arc sen b) ( r, α) = arc sen .
3 2 29
7 1
22. a) ( α, β) = arc cos b) (α, β) = arc cos .
2 21 29 14
23. s : X = (1,0,1) + h ( 2 , 3 + 2 , − 3 + 2 ); h ∈ IR e
s′ : X = (1,0,1) + t ( − 2 , 3 − 2 , − 3 − 2 ); t ∈ IR .
24. α 1 : z − 1 = 0 e α 2 : 4 y − 3z − 1 = 0 .
14
25. ( α, s ) = arc sen .
3 105
29 32
26. a) d( P, r ) = b) d( P, π) = 0 c) d( r, s ) =
6 62
3 2
d) d( r, s ) = e) d( r , π) = 0 .
2
27. a) β : 2x − 2y − z + 12 = 0 e γ : 2x − 2y − z −18 = 0 .
x = 2
b) (i) Plano π : 6x + 5y − 7z − 27 = 0 . (ii) Reta s :
y − 2 = 3 − z
2x − y + 2z − 3 = 0
c) r :
x − y − z − 1 = 0
55
28. h = 2 2 u.c.
29. a) d ( P, s ) = 2 3 b) d ( P, α ) = 14 c)
m : X = (1,−4,5) + t (7,−3,5) ; t ∈ IR .
x = −1 + h
30. a) α : x + y + z − 1 = 0 b) r : y = 3 − 2h ; h ∈ IR . c) β : x − z − 1 = 0
z = −1 + h
2
d) h = e) E( −1,2,0) .
2
x = t + h
y− 2 z
31. a) reta AF : x = = b) Plano ABF : y = 2 + 2t + h , t , h ∈ IR .
2 −3 z = −3t − h
c) D = ( −1,−2,3) . d) Plano EFG : x + y − z − 2 = 0 .
100
32. V = u.v.
3
56
r r r
Como r é a interseção de α e β, temos que vr = n α × nβ , daí,
r r r r r r r r r
n γ ⋅ (n α × n β ) = 0 . Ou seja, [ n γ , n α , n β ] = 0 . Logo, os vetores n γ , n α e n β são
r r
coplanares. Como n α e n β são linearmente independentes, existem escalares
r r r
t1 e t2 , tais que n γ = t 1n α + t 2 nβ . Observe que como γ e β são distintos, t1
r r t r
não pode ser igual a zero. Assim, podemos escrever: n γ = n α + 2 nβ .
t1
t r
Fazendo t 0 = 2 , temos n γ = (a , b, c) = ( a + t 0a1 , b + t 0 b1 , c + t 0c1 ) . Então
t1
uma equação do plano γ é :
( a + t 0 a1 ) x + ( b + t 0 b1 ) y + (c + t 0 c1 )z + d = 0 .
Utilizando a condição (ii), seja P ( x 0 , y 0 , z 0 ) um ponto de r, então temos:
( a + t 0 a1 ) x 0 + (b + t 0b1 ) y0 + (c + t 0c1 ) z0 + d = 0
d) x − 14y + 13z − 8 = 0
e) 3x − 2y + 7z − 32 = 0 f) 5y − 4z − 1 = 0 .
57