Você está na página 1de 27

ACADEMIA NAVAL

DIRECÇÃO DE ENSINO

DEPARTAMENTO DE MARINHA

GUERRA ASSIMÉTRICA: CONCEITO

AMEAÇA DE SUPERFÍCIE

AMEAÇA TERRESTRE

AMEAÇA AÉREA

101038630-GMAR-HIBRAIM LENCASTRE MIÁPIA CELESTE

101038643-GMAR-SAMUEL BAPTISTA CONCEIÇÃO CÂNDIDO

101038624-GMAR-EVÂNIA SOFIA DA SILVA FERREIRA

101038647-GMAR-VALDAR RAIMUNDO JOÃO FRANCISCO

101038638-GMAR-MONIZ EDUARDO PEDRO

LUANDA-202
ACADEMIA NAVAL

DIRECÇÃO DE ENSINO

DEPARTAMENTO DE MARINHA

GUERRA ASSIMÉTRICA: CONCEITO

AMEAÇA DE SUPERFÍCIE

AMEAÇA TERRESTRE

AMEAÇA AÉREA

Trabalho realizado para obtenção de nota de avaliação na disciplina de Táctica e

Operações Navais II

O Docente

__________________________

TTN LUÍS DOMINGOS

LUANDA-2023
4

DEDICATÓRIA

Aos pilares das nossas vidas (nossos pais).

Aos nossos irmãos.

A nós mesmos.
5

AGRADECIMENTOS

Graças nós damos a Deus Todo-Poderoso pelo suporte, auxílio, protecção e

capacitação concedida ao longo da elaboração deste trabalho. Sem ELE nada seria

possível.

Aos nossos Professores TTN Luís Domingos e TTF Daniel Tchindele pela

disponibilidade e auxílio tanto em questões da vida como académicas, os nossos

profundos e sinceros agradecimentos, mesmo sabendo que nenhuma palavra será

suficiente para expressar a tamanha gratidão.

Aos pilares das nossas vidas (nossos pais), com todo nosso amor e gratidão

por nos proporcionarem acesso à formação e nunca medirem esforços para a

concretização da mesma. Aos nossos irmãos, pelo apoio e ensinamentos.

A todos os camaradas (colegas) pela camaradagem, companheirismo e por

nos permitem aprender com a sua colaboração.

A todos os funcionários da AcN / M.G.A, militares e civis que de forma

direita ou indirectamente contribuíram para a nossa formação.

Reverenciando a memória, com respeito e saudade, dedicamos também aos

nossos avôs e bisavôs (que já partiram deste mundo).

Aos que nos tenhamos esquecido de dirigir e que de alguma forma

contribuíram para a realização ou pela nossa formação na AcN / M.G.A.

A todos, bem-haja!
6

EPÍGRAFE

“Em vez de se tornar um homem de sucesso, tente tornar-se um homem de valor”

Albert Einstein.
7

RESUMO

Uma ameaça é uma declaração de intenção. Transmite o compromisso de

comunicar um acto malicioso, perverso ou prejudicial. Como alternativa, pode ser

simplesmente um aviso ou sinal de que algo pode acontecer. Vivemos em um mundo

onde existem ameaças à espreita. Ameaças essas que infelizmente, não são incomuns e

com o passar dos tempos têm se tornado mais significativas devido a prevalência das

unidades navais no mar. Para isso as unidades navais precisam estar preparadas, não só

com pessoal a bordo equipado para combater tais possíveis ameaças, mas também com

um sistema de fogo programado para reconhecer remotamente certos alvos e atirar. Por

outro lado, não se deve descartar o uso de uma peça controlada manualmente por um

operador. Uma maneira de começar é prestando atenção às ameaças e instalar

equipamentos de advertência que alertem sobre possíveis ameaças que possam

comprometer a estrutura e capacidade de operação do navio.

Palavras-chave: Guerra, Ameaça Aérea, Terrestre, Superfície.


8

ABSTRACT

A threat is a statement of intent. It conveys the commitment to report a malicious,

perverse or harmful act. Alternatively, it may simply be a warning or sign that

something may happen. We live in a world where there are threats lurking. These threats

are unfortunately not uncommon and over time have become more significant due to the

prevalence of naval units at sea. For this naval units need to be prepared, not only with

personnel on board equipped to combat such possible threats, but also with a fire system

programmed to remotely recognize certain targets and shoot. On the other hand, one

should not rule out the use of a part manually controlled by an operator. One way to

start is by paying attention to threats and installing warning equipment that warns of

potential threats that could compromise the ship's structure and ability to operate.

Keywords: War, Air Threat, Land, Surface.


9

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1. Utilização de meios não convencionais……………………….......……..14

Figura 2. Primeira Guerra Mundial – Bloco de professores……………....………..15

Figura 3. Era dos Conflitos Assimétricos………………………………....………..16

Figura 4. Ameaça Assimétrica………………………………..........….……………16

Figura 5. Guerra Aérea – Segunda Guerra Mundial…………...………………….. 17

Figura 6. Ameaça Assimétrica Terrestre……………………............………………20

Figura 7. Suécia de Landsort da Bateria da Artilharia de Costa……………………21

Figura 8. Ameaça Assimétrica de Superfície……………………........…………….23

Figura 9. Tipo de manobra na abordagem..................................................................24


10

SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS.................................................................................................4
EPÍGRAFE...................................................................................................................5
RESUMO......................................................................................................................6
ABSTRACT.................................................................................................................7
LISTA DE ILUSTRAÇÕES.........................................................................................8
1. INTRODUÇÃO......................................................................................................11
1.1. ENQUADRAMENTO DO TEMA...............................................................11
1.2 PROBLEMÁTICA........................................................................................11
1.2.1 QUESTÃO CENTRAL.......................................................................11
1.2.2 QUESTÕES DERIVADAS.................................................................11
1.3. OBJECTIVOS..............................................................................................11
1.3.1 OBJECTIVO GERAL.........................................................................11
1.3.2 OBJECTIVOS ESPECÍFICOS............................................................11
1.4. JUSTIFICATIVA..........................................................................................12
1.5. METODOLOGIA.........................................................................................12
1.5.1. CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA..................................................12
1.5.2. RECOLHA DE DADOS....................................................................12
1.6. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO...........................................................13
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..........................................................................14
2.1. AMEAÇA ASSIMÉTRICA..........................................................................14
2.2. AMEAÇA ASSIMÉTRICA AÉREA...........................................................19
2.2.1. VEÍCULO AÉREO NÃO TRIPULADO...........................................20
2.2.2. CAÇAS...............................................................................................20
2.2.3. MEDIDAS PARA CONTRARIAR O ATAQUE................................21
2.3. AMEAÇA ASSIMÉTRICA TERRESTRE...................................................22
2.3.1 ARTILHARIA COSTEIRA.................................................................23
2.4.1 ABORDAGEM DE NAVIOS..............................................................26
2.4.2 MEDIDAS DE PROTECÇÃO............................................................26
CONCLUSÃO............................................................................................................28
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................29
11

1. INTRODUÇÃO

1.1. ENQUADRAMENTO DO TEMA

A protecção de força compreende o emprego de todas as medidas e meios com

vista a minimizar a vulnerabilidade do pessoal, das instalações, do equipamento e das

operações perante qualquer ameaça, e em todas as situações, a fim de preservar a

liberdade de acção e a eficácia operacional de uma força. Se uma ameaça convencional

(AAW, ASW, ASUW) pode ser combatida por tácticas “tradicionais” uma ameaça

assimétrica exige um outro tipo de abordagem.

1.2 PROBLEMÁTICA

Em função dos ataques não proporcionais que têm ocorrido entre oponentes,

surge a necessidade de saber mais profundamente sobre como são tratadas essas práticas

e nascem as seguintes questões:

1.2.1 QUESTÃO CENTRAL

O que é a Guerra Assimétrica?

1.2.2 QUESTÕES DERIVADAS

a) Em que ambiente se desenvolve a Ameaça Assimétrica?

b) De que forma a Ameaça Assimétrica influencia nas operações de Superfície, Aérea e

Terrestre?

1.3. OBJECTIVOS

1.3.1 OBJECTIVO GERAL

 Conhecer o conceito de Guerra assimétrica.

1.3.2 OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

 Saber em que ambiente se desenvolve a Ameaça Assimétrica;

 Explicar de que forma a Ameaça Assimétrica influencia nas operações de

Superfície, Aérea e Terrestre;


12

1.4. JUSTIFICATIVA

A segurança virou uma ferramenta indispensável para as unidades navais que

querem impedir invasões e ataques capazes de comprometer tanto suas estruturas físicas

como a integridade física do pessoal nelas embarcado.

Praticamente todos os dias, uma unidade naval, se não várias, são vítimas de ataques

muitos deles planeados e outras vezes inesperados. Desta forma, este trabalho vem fazer

uma abordagem de 3 ameaças específicas que põem muitas das vezes em risco a

segurança e condução dos navios e da sua condução. Uma vez que essas mesmas

ameaças estão espalhadas e podem ser encontradas a qualquer momento, far-se-á

também uma abordagem resumida relactivamente às medidas de protecção contra elas

por formas a minimizar os riscos dentro de um contexto de protecção.

1.5. METODOLOGIA

1.5.1. CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA

Método: Dedutivo

Quanto a Natureza: Básica

Quanto aos Objectivos: Exploratória

Quanto aos Procedimentos: Bibliográfica e documental

Quanto a Abordagem: Qualitativa

1.5.2. RECOLHA DE DADOS

Quanto a colecta de dados: Bibliográfica e Electrónica


13

1.6. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

Capítulo 1- Reservado a introdução do tema, a problemática do tema, ou seja,

identifica-se as razões e os motivos da escolha do tema (problemática), consta ainda os

objetivos do trabalho, a justificativa do tema e a metodologia empregues na realização

do trabalho.

Capítulo 2 - Destina-se a fundamentação teórica, este, trata da abordagem sobre a

temática em estudo, oferecendo conceitos gerais sobre a Ameaça Assimétrica e posterior

as ameaças de superfície, aérea e terrestre.

Capítulo 3 - Reservado para a conclusão do trabalho bem como as referências

bibliográficas.
14

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. AMEAÇA ASSIMÉTRICA

A ameaça é uma forma de intimidar para se conseguir o que se deseja. A guerra

assimétrica pode descrever um conflito em que os recursos de dois beligerantes são

desiguais e esse tipo de conflito geralmente envolve estratégias e tácticas de guerra não

convencionais.

Ameaça assismétrica ou guerra assimétrica, algumas vezes também designada por

ameaça híbrida1 é um conflito armado caracterizado por extrema violência, agressão,

destruição e mortalidade cujo poder militar relactivo difere significativamente, podendo

ser entre uma força militar regular ou irregular e um grupo de cidadãos comuns armados

o com poder de polícia que muitas vezes têm o estatuto de combatentes ilegais (que na

prática não integram as forças armadas ou a polícia de um País).

Esta forma de ameaça faz com que os combates se dêem tanto no espectro

convencional quanto no não convencional simultaneamente com o intuito de tentar

explorar as fraquezas características um do outro. os combatentes mais fracos tentando

usar a estratégia para compensar deficiências na quantidade ou qualidade de suas forças

e equipamentos.

Em resumo, a guerra assimétrica é uma forma de guerra irregular – conflito violento

entre um exército formal e um oponente informal, menos equipado e apoiado, com falta

de pessoal, mas resiliente e motivado, ou seja, A guerra assimétrica é empregada,

genericamente, por aquele que se encontra muito inferiorizado em meios de combate,

em relação aos de seu oponente.

1
Aquela com capacidades convencionais e não convencionais e tácticas irregulares.
15

Figura 1

Ameaça Assimétrica

Nota: Utilização de meios não proporcionais.

Para o mais forte, a guerra assimétrica é traduzida como forma ilegítima de

violência, especialmente quando voltada a danos civis. Para o mais fraco, é uma forma

de combate. Os atos terroristas, os ataques aos sistemas informatizados e a sabotagem

são algumas formas de guerra assimétrica.” (BRASIL. Estado Maior da Armada.

EMA305: Doutrina Básica da Marinha. Brasília. 2004).

A actual tipologia de conflitos é marcada pela assimetria. Desde o desmembramento

da URSS, em 1991, até hoje esta tendência acentuou-se, com vários textos de referência

a sinalizarem apenas 10 conflitos armados convencionais nos últimos 15 anos.


16

Figura 2

Primeira Guerra Mundial – Bloco de professores

Nota: século XX havia um certo clima de tensão e rivalidade entre os governos e os empresários

das grandes potências europeias, como Alemanha, Inglaterra e França. Esse clima vinha das disputas

territoriais por colônias.

Assim, passámos para um contexto mais complexo e indefinido, em que as

ameaças e riscos assumem uma natureza mais difusa, imprevisível, polimorfa,

desterritorialização e não menos perigosa.

Em 2001, Marwan Bishara caracterizou: o século XXI como a “Era dos

Conflitos Assimétricos”.
17

Figura 3

Era dos Conflitos Assimétricos

A assimetria assenta no desafio do ‘fraco’ ao ‘forte’. Ou seja, as ações assimétricas

fogem àquilo em que o inimigo é forte (os grandes equipamentos militares) e visam

diretamente as pessoas, procurando influenciar os seus raciocínios e consciências.

Esta assimetria tem-se evidenciado em muitos sentidos. Quer quanto aos objectivos,

quer quanto aos meios e métodos utilizados, como se tem verificado nos múltiplos

conflitos.

Figura 4

Ameaça Assimétrica
18

2.2. AMEAÇA ASSIMÉTRICA AÉREA

Um ataque aéreo é uma operação ofensiva realizada por aeronaves de ataque. A

ameaça assimétrica aérea pode ser constituída por aeronaves militares ou não militares e

outras máquinas voadoras na num conflito.

Figura 5

Guerra aérea – Segunda Guerra Mundial

As ameaças aéreas são comumente desferidas a partir de:

 Aeronaves comerciais roubadas ou desviadas;

 Aeronaves lentas a baixa altitude (LSF)126;

 Pequenas aeronaves;

 Helicópteros civis;

 Aeronaves tripuladas não convencionais (UMA)127;

 Ultra-leves e asas-delta;

 Parapente (propulsionados ou não);

 Trike gliders ;

 Girocópteros;
19

 Balões de ar quente

 Aeronaves Tripuladas não Convencionais (UMA)

As aeronaves tripuladas não convencionais (UMA) são normalmente operadas por

um só piloto (que não tem de ser treinado nem qualificado) e propulsionadas por

motores com menos de 200 hp (ou mesmo sem propulsão). Facilmente disponíveis no

mercado, podem carregar até 200 kg de explosivos, sendo ideais para ataques suicidas a

baixa altitude.

2.2.1. VEÍCULO AÉREO NÃO TRIPULADO

Veículo aéreo não tripulado (VANT), também conhecido como drone, é todo e

qualquer tipo de aeronave que pode ser controlada que não necessite

de pilotos embarcados para ser guiada."Criados originalmente como veículos de

reconhecimento, uma vez que poderiam poupar a vida de militares em missões dessa

espécie, os drones passaram a ser utilizados também como armas de ataque, ganhando

um rápido desenvolvimento desde sua origem. Atualmente, são capazes de efetuar

ataques com mísseis”. Por não dar ao inimigo qualquer capacidade de rendição e por

não ser possível distinguir se o alvo é civil ou militar, os drones vêm sendo alvos de

intensos debates sobre a legalidade de seu uso. Como os drones não possibilitam isto,

eles vêm sendo apontados como uma arma de uso ilegal na esfera do Direito

Internacional.

2.2.2. CAÇAS

Caça é um tipo de avião militar concebido para combate aéreo (com outros aviões)

podendo este realizar uma operação ofensiva a um objectivo terrestre ou naval. Os caças

são relativamente pequenos, rápidos e muito ágeis, e foram equipados com sistemas de

armamento e perseguição cada vez mais sofisticados para interceptar e atacar outros

aviões, geralmente caças são supersónicos2. Classifucados como mono e bimotor. Os


2
Velocidade acima de 1 Mach
20

de motor único eram de menor dimensão e utilizados como interceptadores e caças

diurnos, por vezes designados de perseguidores (caçadores), enquanto que os de duplo

motor eram de maior dimensão eram utilizados como caças pesados. Caça noturno é

um caça adaptado para o uso durante a noite ou em períodos de baixa visibilidade, ou

seja, eram caças "diurnos" modificados para aumentar sua efetividade em operações

durante a noite, frequentemente empregando radares ou outros sistemas que

permitissem a capacidade de detecção em baixa visibilidade e redesenhados como

aeronaves de combate para todos os "climas. Por conseguinte, caças modernos são

capazes de cumprir o papel de caças noturnos sem quaisquer modificações.

2.2.3. MEDIDAS PARA CONTRARIAR O ATAQUE

Para se defender da ameaça aérea assimétrica, os navios devem:

- Estar engajados na instalação meios que servirão como medidas para defesa contra

aeronaves (defesa antiaérea);

- Tintas absorventes de radar;

- Negar EEI e informação de targeting;

- Garantir aviso aéreo antecipado;

- Proteger HVUs e MEUs129;

- Optimizar de arcos de fogo para armas anti-aéreas;

- Desencadear reacções pré-planeadas;

- Interpor-se entre a HVU e a ameaça;

- Efectuar avisos às aeronaves em aproximação.


21

2.3. AMEAÇA ASSIMÉTRICA TERRESTRE

A ameaça assimétrica terrestre consiste numa acção proveniente de terra com

objectivo de atacar plataformas navais e aéreas. É um tipo de acção tem usado conceitos

e métodos de guerra anfíbia para projetar poder de fogo para os oceanos e mares.

As forças terrestres incluem pessoal, plataformas de armas, veículos e elementos de

apoio que operam em terra para cumprir as missões e tarefas designadas.

Figura 6

Ameaça Assimétrica Terrestre

A ameaça assimétrica terrestre pode ser constituída por:

 Bombas;

 Engenhos explosivos improvisados (IED);

 Viaturas armadilhadas (VBIED)130;

 Bombistas suicidas;

 Ataque a tiro ou granada por viatura em movimento (drive-by shooting);

 Manifestações hostis ou revoltas;

 Introdução furtiva no interior do navio;

 Ataques à distância;

 Rapto ou ataque a elementos da guarnição.


22

2.3.1 ARTILHARIA COSTEIRA

Artilharia costeira que tradicionalmente defendia as áreas costeiras contra ataques

marítimos e controlava a passagem de navios usando sua capacidade de negar o acesso

através da ameaça de fogo costeiro. Também inclui artilharia de campanha terrestre que

São os veículos de combate3 que fornecem dispõem de meios para mobilizar poder de

fogo pesado para engajar às forças opostas.

A artilharia de costa ou artilharia costeira é o ramo da artilharia responsável pela

operação de armas antinavio baseadas em terra ou pela guarnição de baterias fixas

em fortificações costeiras. são responsáveis por lançar misséis antinavio4, tendo por

finalidade destruir e neutralizar o potencial militar do inimigo.

Considera-se que uma única peça de artilharia baseada na costa equivale a três peças

navais do mesmo calibre, uma vez que a estabilidade da peça baseada na costa permite

uma precisão significativamente maior que as suas homólogas baseadas em navios.

Conforme o país, a artilharia de costa poderia ser parte integrante da marinha (como

nos países escandinavos: Alemanha e Rússia) ou poderia ser parte integrante

do exército (como em Portugal, Brasil, EUA e Reino Unido).

Figura 7

Suécia de landsort da Bateria da Artilharia de Costa.

3
Os veículos de combate são geralmente equipados para dirigir em terrenos acidentados
4
designado para uso contra navios. A maioria voa perto do mar, é subsônico, e usa uma combinação
de guia inercial e varredura de radar.
23

2.4 AMEAÇA DE SUPERFÍCIE

A ameaça assimétrica de superfície pode ser constituída por:

 Pequenas embarcações;

 Embarcações rádio-controladas;

 Jet-ski e windsurfistas;

 Embarcações armadilhadas com explosivos;

 Embarcações comerciais ou de recreio desviadas.

 Os ataques podem ser feitos de vários modos, sendo os mais comuns:

 Ataque armado a curta distância com embarcações de alta velocidade (FIAC) 118;

 Utilização de embarcações/navios como plataformas de ataque à distância;

 Lançamento de embarcações carregadas com explosivos (WBIED)119.

Figura 8

Ameaça Assimétrica de Superfície


24

2.4.1 ABORDAGEM DE NAVIOS

As embarcações empregues podem utilizar o mais variado armamento (portátil),

nomeadamente: mísseis anti-tanque (ATGM)120, MANPADs121, lançagranadas

(RPG)122 ou metralhadoras ligeiras (LMG)123. Os seus alvos podem ser navios em

trânsito, navios em patrulha junto à costa ou navios atracados/fundeados.

Figura 9

Tipo de Manobra feita na Aboradagem de Navi manobra

2.4.2 MEDIDAS DE PROTECÇÃO

As medidas gerais de protecção contra a ameaça assimétrica de superfície incluem:

 Negar EEI (Essential Elements of Information) a pessoas estranhas, assim como

informação susceptível de ser utilizada para targeting;

 Tirar partido das condições meteorológicas (as embarcações pequenas têm

dificuldade em navegar de noite e com mau tempo);

 Compilar panorama em avanço (manter identificados todos os contactos em redor);

 Estabelecer zonas de segurança dentro e em torno do navio;

 Em águas interiores ou junto a costa, aconselham-se as seguintes medidas de

protecção:

 Manter a máxima velocidade e efectuar zig-zag;


25

 Aproximar dos choke points aos primeiros alvores (reduzindo o risco de detecção);

 Evitar as concentrações de embarcações e maximizar as distâncias de cruzamento

com outros navios (CPA) 124;

 Elevar a prontidão de sensores, vigias, armas de curto alcance e helicópteros;

 Elevar prontidão LA e minimizar número de pessoal no exterior e abaixo da linha

de água.

Durante um ataque, devem ser tomadas as seguintes medidas:

a) Utilizar reacções pré-planeadas;

b) Interpor navio entre a HVU e a ameaça, fazendo uso de manobras de obstrução;

c) Fazer avisos aos atacantes (visuais e por fonia), efectuando, se necessário, tiros de

aviso;

d) Procurar ganhar tempo;

e) Aumentar a velocidade e utilizar a própria esteira para dificultar a manobra das

embarcações atacantes;

f) Abrir/maximizar arcos de fogo.

Alguns ataques podem ser conduzidos por embarcações lentas (SSAV)125, as quais,

não constituindo uma ameaça tão grande, devem ser objecto de algumas acções básicas

de protecção, tais como:

 Manter uma distância de segurança;

 Conduzir buscas pela equipa de segurança (se necessário abordando as

embarcações suspeitas);

 Monitorização das actividades das embarcações suspeitas.


26

CONCLUSÃO

Com os avanços das ameaças, a protecção, funcionamento e posicionamento

estratégico de uma unidade naval tornou-se uma preocupação muito maior e garantir a

segurança da mesma passou a ser uma prioridade para muitas Marinhas.

É importante destacar que o investimento em tecnológias de proteção, capaz de

monitorar e proteger os navios torna-se muito mais eficaz e económico do que tentar

remediar um ataque depois de acontecer.

Daí, o ditado popular: “é melhor prevenir do que remediar”. Essa sentença vem

elevar a importância de desenvolver práticas de proteção exactamente para evitar que

unidades navais sejam atacadas por plataformas terrestre, aéreas e até mesmo navais.
27

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Paulo, J. M. (2020). ELEMENTOS DE TÁCTICA NAVAL. (única). Academia

naval.

Stepanova, E. 2008 Terrorism in asymmetrical conflict: SIPRI Report 23 (PDF).

[S.l.]: Oxford Univ. Press. Consultado em 19 de março de 2016. Arquivado do original

(PDF) em 10 de março de 2016

Monica, 1776 Main Street Santa; California 90401-3208. «Asymmetric Warfare».

Extraído de http://www.rand.org (em inglês). Consultado em 12 de agosto de 2022

COSTA, Darc. Visualizações da guerra assimétrica. Rio de Janeiro: Escola Superior

de Guerra (ESG), 2003. Extraído de: http://www.coisasinternacionais.com

Você também pode gostar