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Abnt NBR 16416 2015
Abnt NBR 16416 2015
790/0001-95
Válida a partir de
06.09.2015
Número de referência
ABNT NBR 16416:2015
25 páginas
© ABNT 2015
Impresso por: RS - Novo Hamburgo - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95
© ABNT 2015
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reproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e microfilme, sem permissão por
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ABNT
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Sumário Página
Prefácio.................................................................................................................................................v
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................2
4 Tipologia de revestimentos................................................................................................6
4.1 Revestimento de pavimento intertravado permeável......................................................6
4.1.1 Revestimento peças de concreto com juntas alargadas................................................6
4.1.2 Revestimento de peças de concreto com áreas vazadas...............................................6
4.1.3 Revestimento de peças de concreto permeável..............................................................7
4.2 Revestimento de pavimento de placas de concreto permeável.....................................7
4.3 Revestimento de pavimento de concreto permeável......................................................7
5 Sistema de infiltração.........................................................................................................8
5.1 Infiltração total.....................................................................................................................8
5.2 Infiltração parcial.................................................................................................................8
5.3 Sem infiltração.....................................................................................................................9
6 Requisitos............................................................................................................................9
6.1 Considerações.....................................................................................................................9
6.2 Requisitos gerais de projeto..............................................................................................9
6.3 Requisitos da camada de sub-base e/ou base...............................................................10
6.4 Requisito da camada de assentamento.......................................................................... 11
6.5 Requisitos do material de rejuntamento.........................................................................12
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Figuras
Figura 1 – Pavimento com revestimento constituído por peças de concreto com juntas
alargadas..............................................................................................................................6
Figura 2 – Pavimento com revestimento constituído por peças de concreto com áreas
vazadas................................................................................................................................6
Figura 3 – Pavimento com revestimento constituído por peças de concreto permeável.............7
Figura 4 – Pavimento com revestimento constituído por placas de concreto permeável............7
Figura 5 – Pavimento revestido com concreto permeável moldado no local................................7
Figura 6 – Exemplo de sistema de pavimento permeável com infiltração total.............................8
Figura 7 – Exemplo de sistema de pavimento permeável com infiltração parcial.........................8
Figura 8 – Exemplo de sistema de pavimento permeável sem infiltração.....................................9
Figura 9 – Exemplo para verificação da área de percolação da junta alargada...........................13
Figura B.1 – Parâmetros de projeto para o dimensionamento da camada de base....................23
Tabelas
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Prefácio
Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT a
qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos. Nestes
casos, os Órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas para
exigência dos requisitos desta Norma, independentemente de sua data de entrada em vigor.
A ABNT NBR 16416 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados
(ABNT/CB-018), pela Comissão de Estudo de Pavimentos Permeáveis de Concreto (CE-018:600.010).
O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 03, de 26.03.2015 a 26.05.2015, com o
número de Projeto 018:600.010-001.
Scope
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This Standard establishes the minimum requirements to the design, specification, implementation and
maintenance of permeable concrete pavements built with interlocking units, concrete slabs or concrete
pavement cast on site.
1 Escopo
Esta Norma estabelece os requisitos mínimos exigíveis ao projeto, especificação, execução e manu-
tenção de pavimentos permeáveis de concreto, construídos com revestimentos de peças de concreto
intertravadas, placas de concreto ou pavimento de concreto moldado no local.
2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para refe-
rências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se
as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).
ABNT NBR 9778, Argamassa e concreto endurecidos − Determinação da absorção de água, índice
de vazios e massa específica
ABNT NBR 9781, Peças de concreto para pavimentação − Especificação e métodos de ensaio
ABNT NBR 9833, Concreto fresco − Determinação da massa específica, do rendimento e do teor
de ar pelo método gravimétrico
ABNT NBR 12142, Concreto − Determinação da resistência à tração na flexão de corpos de prova
prismáticos
ABNT NBR 13292, Solo − Determinação do coeficiente de permeabilidade de solos granulares à carga
constante − Método de ensaio
ABNT NBR 14545, Solo − Determinação do coeficiente de permeabilidade de solos argilosos a carga
variável
ABNT NBR 15805, Placa de concreto para piso − Requisitos e métodos de ensaio
ABNT NBR NM 46, Agregados − Determinação do material fino que passa através da peneira 75 um,
por lavagem
ABNT NBR NM 47, Concreto − Determinação do teor de ar em concreto fresco − Método pressométrico
3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.
3.1
pavimento
estrutura construída após a terraplenagem e destinada, econômica e simultaneamente, em seu
conjunto a:
—— resistir aos esforços horizontais que nela atuam tornando mais durável a superfície de
rolamento
3.2
tráfego de pedestres
corresponde ao uso exclusivo do pavimento por pedestres, sendo vetada a passagem de qualquer
veículo automotor
3.3
tráfego leve
solicitação do pavimento ao tráfego preferencial de veículos leves, como ciclomotor, motoneta,
motocicleta, triciclo, quadriciclo, automóvel, utilitário, caminhonete e camioneta, com volume diário
médio (VDM) de até 400, podendo existir ocasionalmente o tráfego de ônibus e caminhões em número
não superior a um VDM de 20
3.4
pavimento permeável
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3.6
base permeável
camada constituída de materiais de granulometria aberta, destinada a resistir e distribuir os esforços
aos quais o pavimento estará submetido e que permite a percolação e/ou o acúmulo temporário
de água e sobre a qual se constrói um revestimento permeável
3.7
sub-base permeável
camada constituída de materiais de granulometria aberta, utilizada como reforço do subleito ou
camada complementar à base
3.8
subleito
terreno de fundação do pavimento
3.9
granulometria aberta
agregados com predominância de um mesmo tamanho de partícula, que não contêm finos ou
contêm uma pequena quantidade de finos, resultando após a compactação em um índice de vazios
relativamente grande
3.10
índice de vazios
razão entre o volume de vazios e o volume de sólidos total da amostra
3.11
revestimento permeável
camada que recebe diretamente a ação de rolamento e carga de veículos, tráfego de pedestres
ou cargas estáticas, e simultaneamente atende aos critérios de coeficiente de permeabilidade
3.12
concreto permeável
concreto com vazios interligados que permitem a percolação de água por ação da gravidade
3.13
peça de concreto
componente pré-moldado de concreto, utilizado como material de revestimento em pavimento intertra-
vado permeável e cujo índice de forma é igual ou inferior a 4
3.14
peça de concreto permeável
componente pré-moldado de concreto permeável, utilizado como material de revestimento em pavi-
mento intertravado permeável e cujo índice de forma é igual ou inferior a 4
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3.15
placa de concreto permeável
componente pré-moldado de concreto permeável, utilizado como material de revestimento em pavi-
mento permeável e cujo índice de forma é superior a 4
3.16
índice de forma (IF)
relação entre o comprimento e a espessura da peça ou da placa de concreto, descontando a espessura
do espaçador
3.17
medida de coordenação
medida do espaço de coordenação de um elemento ou componente, incorporando o espaço da junta
3.18
medida nominal
medida especificada pelo fabricante, descontado o espaço da junta
EXEMPLO peça retangular com 9,7 cm × 19,7 cm × 6 cm, que corresponde às medidas nominais das
dimensões (largura × comprimento × espessura).
3.19
medida real
medida verificada diretamente no componente, descontado o espaçador, se existir
3.20
tolerância
diferença admissível entre uma medida real e a medida nominal correspondente
3.21
manta geotêxtil
manta de material não tecido, com filamentos que permitem a passagem do fluxo de água e evitam
a migração de particulas sólidas entre as camadas do pavimento
3.22
manta impermeável
material impermeável utilizado para reter toda a água que percolou pela estrutura do pavimento e
proteger o subleito
3.23
precipitação pluviométrica
processo de condensação do vapor de água da atmosfera até que, gravitacionalmente, atinja a
superfície terrestre sob forma de chuva (água precipitada)
3.24
altura pluviométrica
volume de água precipitada por unidade de área horizontal
3.25
intensidade pluviométrica
quociente entre a altura pluviométrica precipitada em um intervalo de tempo e este tempo
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3.26
duração de precipitação
intervalo de tempo de referência para a determinação de intensidades pluviométricas
3.27
período de retorno
número médio de anos em que, para a mesma duração de precipitação, uma determinada intensidade
pluviométrica é igualada ou ultrapassada
3.28
tempo de concentração
intervalo de tempo decorrido entre o início da chuva e o momento em que toda a área de contribuição
passa a contribuir para determinada área do pavimento permeável
3.29
drenagem
remoção da água da superfície do pavimento e/ou da estrutura do pavimento, por meio de drenos
3.30
dreno
conduto aberto (canal) ou fechado (tubo perfurado ou permeável), usado para coletar e conduzir, por
gravidade, a água a ser drenada
3.31
área permeável
superfície que permite a rápida percolação de água e contribui para a diminuição do escoamento
superficial
3.32
área impermeável
superfície que não permite a rápida percolação de água e contribui para o aumento do escoamento
superficial
3.33
área de contribuição
soma das áreas com superfícies impermeáveis que recebem e conduzem a água precipitada para
determinada área permeável do pavimento
3.34
área pavimentada permeável
área total que deve ser considerada como área permeável. Compreende a soma das áreas permeáveis
e das áreas de contribuição referentes a estas áreas
3.35
escoamento superficial
parte da água precipitada que escoa sobre a superfície
3.36
coeficiente de escoamento superficial (runoff )
razão do volume de água precipitada escoado superficialmente pelo volume total de água
precipitada
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3.37
percolação
movimento descendente da água precipitada, pela ação da gravidade, através de um material
ou estrutura permeável
3.38
permeabilidade
percolação da água através dos vazios interligados, no estado saturado, de um material ou estrutura
permeável submetida a determinada pressão. Quando é considerado um intervalo de tempo nesse
processo, obtém-se o coeficiente de permeabilidade
3.39
coeficiente de permeabilidade (k)
parâmetro que representa a velocidade com que uma determinada quantidade de água percola um
elemento ou estrutura permeável
3.40
permeâmetro
aparelho utilizado para determinação do coeficiente de permeabilidade
3.41
infiltração
processo pelo qual a água superficial penetra no subleito, se movendo por ação da gravidade através
dos vazios interligados do solo, até atingir uma camada impermeável, formando um lençol d’água
3.42
nível do lençol d’água
nível de água que varia ao longo da camada do subleito e abaixo do qual o solo se encontra saturado
4 Tipologia de revestimentos
Os pavimentos permeáveis de concreto podem ser executados com as tipologias de revestimentos
permeáveis apresentadas em 4.1 a 4.3.
O revestimento de pavimento intertravado permeável pode ser constituído pelo previsto em 4.1.1
a 4.1.3.
Revestimento permeável cuja percolação de água ocorre por juntas entre as peças de concreto,
conforme mostrado na Figura 1.
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Revestimento permeável cuja percolação de água ocorre por áreas vazadas das peças de concreto,
conforme mostrado na Figura 2.
Revestimento permeável cuja percolação de água ocorre por peças de concreto permeável, conforme
mostrado na Figura 3.
Pavimento revestido com placas de concreto permeável, cuja percolação de água ocorre pelo
concreto da placa, conforme mostrado na Figura 4.
NOTA Este tipo de revestimento difere do apresentado em 4.1.3 por não apresentar intertravamento.
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Pavimento revestido com concreto permeável moldado no local em que a percolação de água ocorre
pelo concreto, conforme mostrado na Figura 5.
5 Sistema de infiltração
O pavimento permeável pode ser concebido de três diferentes maneiras em relação à infiltração
de água precipitada. A escolha do sistema de infiltração depende das características do solo ou de
condicionantes de projeto. Os sistemas de infiltração podem ser classificados conforme 5.1 a 5.3.
Neste sistema de infiltração, toda a água precipitada alcança o subleito e se infiltra, conforme exemplo
mostrado na Figura 6.
Revestimento permeável
(peças, placas ou concreto permeável)
Camada de assentamento
(apenas para revestimento c/ peças e placas)
Base permeável
Subleito
(solo permeável)
Infiltração total
Neste sistema de infiltração, parte da água precipitada alcança o subleito e se infiltra, porém parte da
água fica temporariamente armazenada na estrutura permeável, sendo depois removida pelo dreno,
conforme exemplo mostrado na Figura 7.
Revestimento permeável
(peças, placas ou concreto permeável)
Camada de assentamento
(apenas para revestimento c/ peças e placas)
Base permeável
Dreno
Manta geotêxtil (opcional)
Subleito
Infiltração parcial
Revestimento permeável
(peças, placas ou concreto permeável)
Camada de assentamento
(apenas para revestimento c/ peças e placas)
Base permeável
Dreno
Manta geotêxtil (opcional)
Subleito
Sem infiltração
6 Requisitos
6.1 Considerações
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Os locais revestidos com pavimentos permeáveis devem permitir a percolação de 100 % de água
precipitada incidente sobre esta área, bem como 100 % da precipitação incindente sobre as áreas de
contribuição consideradas no projeto, desde que cumpridas as especificações desta Norma.
As áreas pavimentadas permeáveis devem ter toda a sua superfície (área permeável + área de
contribuição) considerada como 100 % permeável.
—— coeficiente de permeabilidade do subleito, conforme a ABNT NBR 13292 ou a ABNT NBR 14545,
dependendo do tipo de solo;
—— medição do nível do lençol freático, sendo necessário que a parte inferior da base do pavimento
deve estar no mínimo a 0,6 m de distância do nível mais alto do lençol;
—— as áreas de contribuição não podem exceder em até cinco vezes as áreas permeáveis do
pavimento;
—— detalhamento das juntas longitudinais e transversais, quando for o caso, do concreto permeável
moldado no local;
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NOTA Caso ocorra risco de contaminação do lençol freático, recomenda-se a utilização do sistema
sem infiltração no projeto do pavimento permeável.
A camada de sub-base e/ou de base deve ser constituída de materiais pétreos de granulometria
aberta, devendo cumprir as especificações da Tabela 1.
A camada deve ser uniforme e constante e sua espessura deve ser especificada em projeto, podendo
estar entre 20 mm e 60 mm na condição não compactada. A variação máxima permitida da camada
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Deve-se utilizar na camada materiais pétreos de granulometria aberta, devendo cumprir as especifi-
cações da Tabela 3.
O material de rejuntamento deve ser constituído de materiais pétreos de granulometria aberta, devendo
cumprir as especificações da Tabela 5.
O material de rejuntamento deve preencher as juntas ou áreas vazadas até 5 mm abaixo do topo das
peças após a compactação.
No caso de uso de material de rejuntamento com adição de polímeros, com o objetivo de estabilização
para evitar o carreamento do material, não pode haver o comprometimento do coeficiente de
permeabilidade especificado nesta Norma.
A área de percolação das juntas alargadas ou das áreas vazadas entre peças de concreto deve
corresponder a uma área compreendida no intervalo entre 7 % a 15 % em relação à área total,
incluindo a área correspondente à metade da espessura dos espaçadores de cada peça, conforme
apresentado na Figura 9 e considerações a seguir.
onde
—— a Aext deve ser calculada somando-se ao comprimento e à largura das peças, a metade da
espessura dos espaçadores (e/2) em cada uma das direções;
—— a Aesp deve ser calculada considerando-se toda a largura e espessura (e) dos mesmos;
Área do espaçador
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e/2
e
Área externa
Área interna
O mesmo procedimento deve ser utilizado para calcular a área de percolação em peças com áreas
vazadas.
As juntas alargadas e/ou as áreas vazadas entre as peças devem ser preenchidas com material
de rejuntamento que atenda às especificações de 6.5.
Todos os tipos de revestimento podem utilizar o método descrito no anexo A para a avaliação prévia
do coeficiente de permeabilidade. Neste caso, o ensaio deve ser realizado em um segmento de
pavimento, com no mínimo 0,5 m2 de área.
Este segmento de pavimento pode ser ensaiado juntamento com as camadas que estão previstas
para compor a estrutura do pavimento, reproduzindo as mesmas espessuras do projeto ou apenas
com a camada de revestimento. As camadas de assentamento e rejuntamento, conforme o caso,
devem ser reproduzidas na avaliação prévia dos revestimentos de pavimento intertravado permeável
e pavimentos de placas de concreto permeável.
Os lotes de peças ou placas de concreto, quando entregues na obra com idade inferior a 28 dias,
devem apresentar no mínimo 80 % da resistência especificada no momento de sua instalação, sendo
que, aos 28 dias ou mais de idade de cura, a resistência característica do concreto deve ser igual
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Para o concreto permeável moldado no local, a empresa de serviços de concretagem deve atender
aos requisitos da ABNT NBR 7212 e as especificações de projeto quanto às propriedades do concreto,
devendo cumprir os valores mínimos da Tabela 8.
O concreto permeável moldado no local deve ter sua resistência à tração na flexão ensaiada
previamente à execução do pavimento, devendo ser moldados corpos de prova prismáticos
de 10 cm × 10 cm × 40 cm para serem ensaiados conforme a ABNT NBR 12142.
A correlação entre os valores de resistência à tração na flexão e a massa específica do concreto deve
ser realizada com no mínimo seis corpos de prova, devendo apresentar coeficiente de determinação
(R2) igual ou maior que 90 %, para que a correlação tenha validade.
O valor da resistência à tração na flexão deve ser especificado em projeto, devendo cumprir os valores
mínimos da Tabela 8, porém esta propriedade não é utilizada no controle de aceitação do pavimento,
conforme especificado na Tabela 9.
A massa específica do concreto moldado no local deve ser avaliada por método de ensaio conforme
a ABNT NBR 9833, durante o recebimento do concreto fresco e conforme a ABNT NBR 9778, no caso
de necessidade de sua comprovação, no estado endurecido.
Para o concreto fresco, o ensaio deve ser realizado utilizando um recipiente com capacidade de 5 dm3,
com as caracrísticas especificadas na ABNT NBR NM 47. A moldagem deve ser realizada em duas
camadas, sendo aplicadas 20 golpes por camada, por soquete de 4,5 kg e altura de 45 cm.
A massa específica do concreto deve ser considerada aceita, caso o valor obtido, tanto no estado
fresco quanto no estado endurecido, seja igual ao valor especificado em projeto, com tolerância
de ± 80 kg/m3. O valor mínimo a ser especificado em projeto deve ser de 1 600 kg/m3.
As peças ou placas de concreto devem ser fabricadas por processos que assegurem atender às
seguintes características:
a) aspecto homogêneo, arestas regulares e ângulos retos, livres de rebarbas, defeitos, delaminação
ou descamação do concreto;
c) espessura com medida nominal mínima igual ou maior ao especificado em 6.7.2, podendo ser
especificadas em projeto medidas superiores com múltiplos de 20 mm;
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O lote do pavimento deve corresponder a no mínimo 2 500 m2 de área pavimentada. Para cada lote
devem ser realizados os ensaios indicados na Tabela 9.
A cada acréscimo de 300 m2 de área pavimentada no mesmo lote, deve-se acrescer um corpo
de prova ou ensaio na amostragem. O lote máximo deve corresponder a uma área pavimentada de
10 000 m2.
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Os corpos de prova devem ser coletados de forma aleatória, de modo a representar todo o lote
pavimentado. Todos os corpos de prova da amostragem devem ser claramente identificados, de forma
indelével e remetidos ao laboratório de ensaios.
8 Execução
A execução do pavimento permeável deve ser realizada conforme as metodologias construtivas
compatíveis com o tipo de revestimento escolhido. Para tanto, podem ser empregados os procedimentos
utilizados em sistemas de pavimentação convencional (não permeável), desde que não entrem com
conflito com as especificações desta Norma.
Toda a documentação comprobatória dos requisitos desta Norma deve ser avaliada pela fisca-
lização ou pelo responsável pela liberação, sendo o pavimento liberado ao tráfego caso todas
as especificações desta Norma estejam atendidas.
10 Manutenção
O pavimento permeável deve sofrer intervenções de manutenção sempre que existirem condições
que comprometam o desempenho mecânico ou hidráulico do pavimento.
11 Limpeza
A verificação do desempenho do pavimento permeável quanto à permeabilidade deve ser realizada
periodicamente conforme indicação de projeto.
—— remoção de sujeiras e detritos em geral da superfície do pavimento por meio de varrição mecânica
ou manual;
cações de 6.5.
Após a execução das etapas de limpeza, deve-se medir novamente o coeficiente de permeabilidade
do pavimento conforme especificado no Anexo A. As áreas que receberam a limpeza devem
apresentar no mínimo 80 % do coeficiente de permeabilidade especificado em 6.7.1.
Anexo A
(normativo)
A.1 Introdução
Este método de ensaio tem como objetivo medir o coeficiente de permeabilidade do pavimento
permeável, podendo ser utilizado em campo ou no laboratório.
A.2 Equipamentos
Os equipamentos necessários para a execução do ensaio são os seguintes:
a) anel de infiltração: cilíndrico vazado com diâmetro de (300 ± 10) mm e altura mínima de 50 mm.
Internamente o cilindro deve ter duas linhas de referência com distâncias de 10 mm e 15 mm em
relação à face da inferior do anel. O material deve ser resistente à água, com rigidez suficiente
para não deformar quando cheio;
de água;
e) massa de calafetar;
f) água limpa.
Os locais de ensaio devem ser escolhidos de forma aleatória e ser localizados de modo a representar
o lote.
O ensaio deve ser executado com intervalo superior a 24 h após a última precipitação ocorrida
no local. Não é permitida a execução do ensaio caso haja água na superfície do pavimento.
A.4 Procedimento
O pavimento deve ser limpo apenas varrendo o lixo, sedimentos e outros materiais que não estejam
aderidos ao pavimento. O anel de infiltração deve ser posicionado no local de ensaio e vedado
na parte em contato com o pavimento com massa de calafetar, para não permitir vazamentos.
—— despejar a água no anel de infiltração com velocidade suficiente para manter o nível da água
entre as duas marcações do anel (10 mm a 15 mm);
—— marcar o intervalo de tempo acionando o cronômetro assim que a água atingir a superfície
do pavimento permeável e parar o cronômetro quando não houver mais água livre na superfície
do mesmo. Registar o tempo com exatidão de 0,1 s.
—— despejar a água no anel de infiltração com velocidade suficiente para manter o nível da água
entre as duas marcações do anel (10 mm a 15 mm);
—— marcar o intervalo de tempo da pré-molhagem, acionando o cronômetro assim que a água atingir
a superfície do pavimento permeável e parando o cronômetro quando não houver mais água livre
na superfície do pavimento permeável. Registrar o tempo com exatidão de 0,1 s.
Se o pavimento tiver inclinação, manter o nível de água entre as duas marcas no cilindro na parte mais
baixa do aclive.
Se o ensaio for repetido no mesmo ponto, a segunda determinação não requer a realização do
procedimento de pré-molhagem, se for iniciada em até 5 min após o primeiro. Neste caso, deve-se
considerar a média das duas determinações como resultado do ensaio. Não se pode repetir o ensaio
mais que duas vezes no mesmo local no mesmo dia.
A.5 Cálculo
Calcular a coeficiente de permeabilidade (k) usando a seguinte equação:
C⋅m
k=
(d 2 ⋅ t )
onde
C fator de conversão de unidades do sistema SI, com valor igual a 4 583 666 000.
a) identificação da obra;
e) data do ensaio;
Anexo B
(informativo)
B.1 Introdução
O dimensionamento da altura de base proposta neste Anexo serve apenas de referência, podendo
ser utilizado qualquer outro método de dimensionamento hidráulico. Recomenda-se a utilização
de dimensionamento detalhado considerando-se as condições locais de solo e precipitação.
> 10-3
Permeabilidade do subleito
definida pelo coeficiente de 10-3 a 10-5 x
permeabilidade k (m/s)
10-5 a 10-7 x x
Máximo registro do lençol freático a pelo
x x
menos 1,0 m da camada inferior da base
Presença de contaminantes no subleito x x
onde
∆Qc é a precipitação excedente da área de contribuição para uma dada chuva de projeto,
expressa em metros (m);
Solo do subleito
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Taxa de infiltração
final do solo
Na ausência de curvas IDF para locais próximos à área em estudo, pode-se recorrer à análise estatística
de dados de chuva de pluviômetros, coletados em intervalo de tempo diário. A partir desses dados são
estimadas chuvas intensas de um dia de duração, com períodos de retorno de 2, 5, 10, 50 e 100 anos.
As chuvas intensas de 1 dia de duração podem ser desagregadas para durações inferiores a um dia
usando relações de altura pluviométrica entre duas durações diferentes. Os métodos apresentados
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nos trabalhos de Torrico (1975) ou Pfafstetter (1957) são comumente utilizados no caso de ausência
de curvas IDF.
O período de retorno da precipitação deve ser no mínimo de dez anos, considerando-se a duração
mínima de 1 h.
Bibliografia
[1] SMITH, D.R. Permeable interlocking concrete pavements. Washington, DC: Interlocking Concrete
Pavements Institute, 2001, 44p.
[3] PFAFSTETTER, O. Chuvas intensas no Brasil: Relação entre precipitação, duração e frequência
de chuvas em 98 postos com pluviógrafos. Rio de Janeiro: DNOCS, 1957, 419p.
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