Língua Portuguesa - Aulas 15-16

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Professor André Gustavo

Regras gerais
É o conjunto de regras da gramática normativa que define a forma correta da escrita das
palavras na norma culta padrão de uma língua. Etimologicamente o termo deriva dos
vocábulos gregos orthos = correto + graphos = escrita, que significa escrita correta.

A ortografia se encarrega de determinar o uso correto das letras e dos sinais de acentuação
e de pontuação. Ao estabelecer as normas de escrita, a ortografia segue critérios
etimológicos e fonológicos.

A forma de escrita é fruto de acordos entre países que possuem o mesmo idioma. No caso
da língua portuguesa, há um acordo ortográfico que envolvem os países que têm o
português como língua oficial, vigente desde 1º de janeiro de 2009. O acordo, que tem por
objetivo promover a unificação ortográfica envolve Brasil, Portugal, Guiné-Bissau, Angola,
Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.
A escrita transcreve os sons da linguagem por meio de símbolos que
na língua portuguesa são chamados de letras. O conjunto dessas letras formam
o alfabeto.

O alfabeto da língua portuguesa é composto por 26 letras, das quais três


delas são usadas em casos especiais: K, W e Y. Além delas, outras letras da
língua portuguesa possuem regras e exceções de uso.
Nomes próprios originários
de outras línguas e seus Nomes de lugares originários
derivados. de outras línguas e seus
Exemplo: Kardec, Darwin, derivados:
darwinismo, Taylor, Exemplo: Kuwait, kuwaitiano.
taylorismo.

Siglas e símbolos utilizados em Palavras estrangeiras e seus


unidades de medida. derivados.
Exemplo: kW (kilowatt), kg Exemplo: kit, show, karaokê.
(quilograma), yd-jarda (yard).
Nos sufixos oso, ense, osa
quando formam adjetivos.
Exemplo: bondoso, feiosa,
catarinense. Na conjugação dos verbos
pôr e querer.
Exemplo: pôs, quis, quiseram.

Nos sufixo ês, esa, isa que


indicam nacionalidade,
título ou origem.
Exemplo: milanesa,
Já o z é usado nas seguintes situações:
inglês, poetisa.

• Nos sufixos ez, eza quando formam substantivos a


partir de adjetivos. Exemplo: firmeza, tristeza,
Após ditongos.
timidez.
Exemplo: náusea,
• No sufixo izar, que forma verbo.
maisena, coisa.
Exemplo: atualizar, alfabetizar, visualizar.
O g é utilizado nos casos a seguir: O j é utilizado nas seguintes
situações:

• Palavras terminadas em: ágio,


égio, ígio, ógio, úgio.
Exemplo: presságio, privilégio, • Em palavras que têm origem
relógio. indígena: pajé, jequitibá,
jenipapo.
• Em palavras de origem
• Em substantivos que terminados africana: jabá, jiló, jongo.
em gem.
Exemplo: viagem, barragem,
paisagem.
• A conjugação do verbo viajar no presente do subjuntivo é escrita
com j. Exemplo: (Que eles) viajem.
• Nos verbos que possuem g antes de e ou de i no modo infinitivo, o
g é substituído para j antes do a ou do o, para manter a mesma
pronúncia.
Exemplo: agir - ajam, ajo.
Casos em que se usa o x:

• Após ditongos.
Exemplo: ameixa, peixe, faixo.

• Depois da sílaba me.


Exemplo: mexido, mexilhão, mexicano.

• Depois da sílaba inicial en.


Exemplo: enxágue, enxaqueca, enxurrada.

• Palavras com origem indígena, africana ou nas palavras de origem


estrangeira que foram aportuguesadas.
Exemplo: xará, xangô, xampu.
• O verbo encher e seus derivados;
• A palavra recauchutar e seus derivados;
• Palavras iniciadas por ch que recebem o prefixo en como encharcar.

O uso ch ocorre nas seguintes situações:

• Em algumas palavras de origem estrangeira.


Exemplo: salsicha, sanduíche, chaminé.
• Em palavras derivadas de palavras latinas escritas com pl, cl e fl:
Exemplo: chuva (do latim pluvia), chumbo (do latim plumbum), chama (do
latim flama).
As situações nas quais a letra h é usada são:
• No início das palavras por questões etimológicas.
Exemplo: hélice, hoje, homem.
• No meio, como parte que integra os dígrafos ch, lh, nh.
Exemplo: cachaça, molho, manhã.

No final ou no início de algumas interjeições.


Exemplo: ah!, oh!, hum!

• Quando a palavra composta ou derivada pertence a um elemento


que está ligado ao anterior por meio de hífen.
Exemplo super-homem, anti-higiênico, pré-histórico.
Exceção:
A palavra Bahia quando se refere ao estado é uma
exceção, pois o h é mantido por questão etimológica.
No entanto, quando a palavra se refere ao acidente
geográfico baía é grafado sem h.
Sombrancelha Sobrancelha
Desiquilíbrio Desequilíbrio
Meterologia Meteorologia
Asterístico Asterisco
Áurea Aura
Beneficiente Beneficente
Impecilho Empecilho
Envólucro Invólucro
Previlégio Privilégio
Frustado Frustrado
Adevogado Advogado
A semântica é a área da linguística que estuda o significado e a sua
relação com o significante. O significado está associado ao sentido e,
portanto, ao conteúdo e ao contexto; o significante está associado à forma (de
palavras ou de sinais, de grafia ou de som).

Dentro da semântica, há conceitos relacionando o uso e a estrutura do


significado dentro de determinados contextos, bem como
alguns fenômenos gramaticais a respeito do significado na língua. Vamos
aprender melhor sobre esses conceitos a seguir.
A sinonímia refere-se a A antonímia, por outro lado,
vocabulários diferentes refere-se a vocabulários
com carga semântica diferentes com carga semântica
(significado) semelhante, (significado) com relação
podendo ser usados um no de oposição/contradição entre
lugar do outro dependendo do si. São os antônimos.
contexto. São os sinônimos. Antônimo de bonito: feio.
Sinônimo de espaço: ambiente. Antônimo de limpo: sujo.
Sinônimo de carinhoso: Antônimo de bom: mau.
afetuoso.
Sinônimo de apoiar: sustentar.
Hiponímia X hiperonímia
Hiponímia e hiperonímia referem-se à relação de significado entre
palavras. Hiperônimos são palavras com significado mais
abrangente, que, por vezes, refere-se a uma “categoria” que
engloba diversos outros termos mais específicos. Esses termos são
conhecidos como hipônimos, pois têm significado mais
específico dentro de outro mais abrangente.
“Minha namorada adora ver esportes na
televisão: futebol, vôlei, basquete, ela não perde nenhuma
transmissão!”
A palavra “esportes” é um hiperônimo por ter significado mais
abrangente, englobando outros termos hipônimos, como “futebol”,
“vôlei” e “basquete”.
Paronímia
A paronímia refere-se a palavras com significados diferentes,
mas significantes (estrutura) parecidos. Os parônimos muitas
vezes geram confusão nos falantes, que trocam o seu uso por conta
da semelhança escrita e sonora entre essas palavras. Como
exemplos de parônimos, temos:
comprimento e cumprimento,
soar e suar,
mandado e mandato,
cavaleiro e cavalheiro,
absolver e absorver,
eminente e iminente.
Polissemia ou homonímia
A homonímia é a relação entre diferentes palavras (ou
expressões) que têm significantes iguais (forma igual na
escrita, no som ou em ambos), mas significados distintos.
São (do verbo “ser”); são (santo); são (saudável).
Em cima (locução); encima (do verbo “encimar”).
Gosto (substantivo sinônimo de “sabor”); gosto (do verbo
“gostar”).
A polissemia é a propriedade de um mesmo significante ter
mais de um significado, que pode ser entendido pelo
contexto.
Pregar (um sermão); pregar (um botão na camiseta); pregar (um
prego na parede).
Manga (fruta); manga (da camiseta).
Conotação e denotação
As palavras e os discursos podem ter sentido conotativo ou denotativo.
A denotação refere-se ao uso de palavras ou de expressões com
significado literal, real e dicionarizado. Já a conotação, ao contrário,
refere-se ao uso dessas palavras ou expressões no sentido figurado,
podendo ser metafórico, irônico ou para passar um significado que vai
além (ou que é diferente) do literal.
Uma gota fez o copo transbordar.
Com sentido denotativo, “gota” tem o significado real de gota de algum
líquido. No sentido conotativo, “gota” pode representar um evento ou
uma ação que desencadeou uma série de consequências.
Ambiguidade
A ambiguidade ocorre quando um enunciado tem mais de uma
interpretação possível devido à sua estrutura, muitas vezes gerando
problemas de comunicação. Pode também ser usada como recurso
estilístico para gerar humor ou na licença poética.
Ele reencontrou a mãe em sua casa.
A casa era de quem? Do filho ou da mãe? Esse é um exemplo comum
de ambiguidade. Para saber mais sobre esse fenômeno linguístico,
leia o texto: ambiguidade.

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