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VEGETAÇÃO,

VULNERABILIDADE
E QUALIDADE
AMBIENTAL

P O R : I S A B E L L A O L I V E I R A , M A R I A N A
S A I B E R T , N I C O L L Y N O G U E I R A , O T A V I O F R E I T A S
SUMARIO
1. INTRODUÇÃO
2. OS ELOS ENTRE INDIVÍDUO, POPULAÇÃO
E COMUNIDADE
3. O PROCESSO DE MUDANÇA NOS
ECOSSISTEMAS E EM PAISAGENS AO
LONGO DO TEMPO
4. CARACTERIZAÇÃO DOS BIOMAS
BRASILEIROS
5. DESMATAMENTO NO BRASIL
6. REFERENCIAS
INTRODUÇÃO
Este capítulo explora esses níveis de
organização e suas relações,
destacando a importância da
interdependência entre os
diferentes elementos e como a
interferência humana pode
desequilibrar esses sistemas
naturais, aumentando a
probabilidade de desastres
ambientais;

No contexto brasileiro, com sua


vasta diversidade de cobertura
vegetal e complexidade territorial,
essa compreensão se torna ainda
mais crucial para uma gestão
ambiental eficaz;
1. Estrutura da Comunidade:
Dominância de Espécie: Algumas espécies podem ser mais abundantes ou ter
um papel mais significativo na comunidade do que outras.

Estratificação Vertical: Em comunidades florestais, por exemplo, diferentes


espécies podem ocupar diferentes níveis verticais, como o dossel, o sub-
bosque e o estrato herbáceo.

Diversidade de Espécies: Refere-se à variedade de espécies presentes em uma


comunidade. Pode ser medida de várias maneiras, incluindo riqueza de
espécies e equitabilidade.

2. Funcionamento e Dinâmica:
Nicho Ecológico: Refere-se ao papel funcional de uma espécie na comunidade,
incluindo sua posição trófica, preferências de habitat e padrões de
comportamento.

Sucessão Ecológica: Processo pelo qual as comunidades biológicas mudam ao


longo do tempo, muitas vezes seguindo uma sequência previsível de espécies.

Resiliência e Estabilidade: Capacidade de uma comunidade para se recuperar


após perturbações e manter seu funcionamento ao longo do tempo.
3. Padrões Geográficos e Distribuição:
Biomas e Zonas Biogeográficas: Grandes
regiões do planeta caracterizadas por tipos
semelhantes de vegetação e fauna,
influenciadas por fatores como clima e
topografia.

Habitat e Nicho: As características físicas e


biológicas de um ambiente influenciam
quais espécies podem habitar lá e como
elas interagem. Fonte: Google

4.Dinâmica Temporal e Espacial:


Variação Temporal: Comunidades podem
exibir padrões sazonais ou ciclos de vida
que variam ao longo do tempo.

Variação Espacial: A distribuição das


espécies em uma comunidade pode variar
devido a fatores como topografia,
disponibilidade de recursos e interações
bióticas.
CONCEITOS E ATRIBUTOS DAS POPULAÇÕES E
COMUNIDADES VEGETAIS
A fisionomia de uma comunidade vegetal refere-se à sua
aparência física, incluindo a distribuição da biomassa e a
arquitetura das plantas, bem como padrões sazonais como
queda de folhas e floração;

Alterações na estrutura das comunidades, sejam naturais, ou


causadas pelo homem, iniciam processos de sucessão,
levando à substituição de comunidades ao longo do tempo;

Alguns descritores da estrutura de comunidades são


indicadores das características das populações que as
compõem:
Frequência, reflete a distribuição dos indivíduos de uma
população no espaço horizontal;

Densidade, é uma medida da sua abundância numérica;

Dominância, reflete a abundância da biomassa contida na


população, descrevendo a influência que a espécie tem na
comunidade.
O papel desempenhado por uma espécie dentro de uma
comunidade, nas suas interações com outras populações
no tempo, representa o seu nicho ecológico, e pode ser
representado por vários eixos ambientais ou o
hiperespaço-hipervolume;

Que definem as condições ecológicas em que uma espécie


pode sobreviver e se reproduzir.

O nicho ecológico de uma espécie representa o papel que


ela desempenha na comunidade em relação aos recursos
e ao habitat;

Cada espécie tem seu próprio nicho ecológico, e quanto


mais semelhantes forem os nichos de duas espécies, maior
será a competição potencial entre elas;

Uma espécie pode ter um nicho amplo, sendo capaz de


explorar uma variedade de recursos e habitats, sendo
chamada de generalista;
Por outro lado, se uma espécie é especialista em Vários fatores influenciam a diversidade em
utilizar recursos específicos ou habitats comunidades, incluindo grau de conservação,
particulares, então ela tem um nicho estreito; estabilidade climática, produtividade e interações
entre espécies.
Dentro das comunidades, ainda podem ser
definidas as sinúsias que são grupos de espécies Comunidades mais antigas, em climas estáveis,
que têm a mesma forma de vida e exploram a com maior disponibilidade de energia e
mesma classe de recursos ambientais, como as interações bióticas que estreitam nichos, tendem
bromélias-tanque epífitas. a ter maior diversidade;

Comunidades tropicais geralmente são mais


diversas do que aquelas em latitudes maiores,
mas também são mais vulneráveis a alterações
humanas;

A dominância é uma característica oposta à


diversidade, onde uma ou poucas espécies têm
um grande número de indivíduos ou biomassa,
exercendo influência significativa sobre as demais
espécies da comunidade.
RELAÇÕES ECOLÓGICAS DENTRO DE UMA A herbivoria é uma relação ecológica em que
animais se alimentam de um organismo
COMUNIDADE:
vegetal;
Competição é a interação de indivíduos da
mesma espécie ou espécies diferentes que
disputam algo;

Fonte: Google Fonte: Google


Predação é uma relação ecológica em que O parasitismo é uma relação interespecífica
animais predadores se alimentam de outros em que um dos envolvidos é prejudicado;
animais para obter os recursos necessários
para sobrevivência;

Fonte: Google
Fonte: Google
O comensalismo é uma relação ecológica em LIMITES, PADRÕES E DISTRIBUIÇÃO DE
que apenas um organismo é beneficiado, mas
POPULAÇÕES E COMUNIDADES VEGETAIS:
o outro não sofre nenhum malefício;
As comunidades são grupos de populações
interagindo, com limites espaciais definidos pelos
limites das populações. Elas apresentam padrões

Fonte: Google
estruturais, funcionais e de distribuição;

A transição entre comunidades é chamada de


ecótono;

A estabilidade das comunidades depende de


O mutualismo é uma relação ecológica, entre
fatores como persistência, inércia, elasticidade,
indivíduos de espécies diferentes, em que
amplitude e estabilidade cíclica e de trajetória;
todos os envolvidos são beneficiados.

Essas propriedades de estabilidade dependem de


fatores como heterogeneidade ambiental,

Fonte: Google
existência de manchas de vegetação, ambiente
físico adequado, quantidade e diversidade de
recursos, longevidade média dos indivíduos, taxas
de nascimento, dispersão e migração.
1.3 O CONCEITO DE ECOSSISTEMA, SUAS Esses elementos bióticos e abióticos estão
interligados através de interações complexas,
RELAÇÕES TRÓFICAS E DE ENERGIA
como ciclagem de nutrientes e fluxo de energia.
Concepção Ecológica de Arthur George Tansley:
Tansley destacou a importância de ver os
Componentes e Interações do Ecossistema:
ecossistemas como sistemas integrados, nos
Os componentes bióticos incluem produtores
quais tanto os organismos quanto os fatores
(plantas e outros organismos fotosintetizantes),
físicos do ambiente desempenham papéis
consumidores (herbívoros, carnívoros, etc.) e
interdependentes.
decompositores (fungos, bactérias, etc.).

Ele enfatizou que não se pode entender


Os componentes abióticos abrangem fatores
completamente um organismo sem considerar
físicos como luz solar, temperatura, água e solo.
seu ambiente e as interações dentro deste
sistema.
As interações incluem a produção de alimentos
pelos produtores, o consumo pelos
Definição de Ecossistema:
consumidores e a decomposição da matéria
Um ecossistema é uma unidade funcional que
orgânica pelos decompositores, com nutrientes
consiste em todos os organismos vivos (a
sendo reciclados no processo.
comunidade biótica ou biocenose) em uma
área específica e os fatores não vivos (o
ambiente físico ou biótopo) com os quais eles
interagem.
Produtividade Primária e Secundária: As teias alimentares são redes mais complexas
A produtividade primária é a taxa na qual a de interações alimentares que refletem a
energia é estocada pelos produtores através da variedade de relações tróficas em um
fotossíntese, influenciada por fatores como ecossistema.
disponibilidade de luz solar, nutrientes, água e
temperatura.

A produtividade primária bruta é a energia total


assimilada pelas plantas, enquanto a
produtividade primária líquida é a energia
armazenada após a respiração.]

A produção secundária refere-se à energia


disponível para os consumidores após a
respiração e é limitada pela quantidade de
energia disponível nos níveis tróficos inferiores. Fonte: Google
Estrutura Trófica e Pirâmides Ecológicas:
Cadeia Trófica e Teias Alimentares: A estrutura trófica de um ecossistema é
A cadeia trófica representa a transferência de frequentemente representada por pirâmides
energia entre os diferentes níveis tróficos, ecológicas, que podem ser de números,
começando com os produtores, passando pelos biomassa ou energia.
herbívoros, carnívoros e decompositores.
Fonte: Google
Nas pirâmides de números, cada nível trófico Interferências humanas nos ecossistemas
indica o número de sorganismos, enquanto nas podem perturbar essas interações e levar a
pirâmides de biomassa e energia, a quantidade desequilíbrios ecológicos.
de biomassa ou energia diminui em cada nível
trófico, refletindo a perda de energia na Compreender a estrutura e as interações dos
transferência entre níveis. ecossistemas é essencial para conservar e
gerenciar de forma sustentável os recursos
Estabilidade e Equilíbrio dos Ecossistemas: naturais.
A estabilidade dos ecossistemas depende da
complexidade e integridade das interações
tróficas e dos ciclos biogeoquímicos.
1.4 ECOSSISTEMAS E CICLOS DA Ciclos nos Ecossistemas Terrestres:
Nutrientes percorrem uma cadeia trófica e
NATUREZA
eventualmente retornam ao solo através da
Ciclos Biogeoquímicos:
decomposição.
Trocas físicas e químicas ocorrem no meio vivo
e no meio físico, conhecidas como ciclos
Algumas vezes, os nutrientes podem retornar à
biogeoquímicos.
atmosfera através da respiração ou queimadas.

Ciclos podem ser locais, predominantes em um


Lixiviação ocorre quando a água de
ecossistema específico, ou globais, afetando
precipitação atravessa o solo, levando consigo
toda a biosfera.
nutrientes.

Fontes e Ciclagem de Nutrientes:


Produtividade em Estuários e Pântanos:
Ecossistemas terrestres dependem de fontes
Estuários e pântanos salobros são altamente
como rochas, solos e atmosfera para nutrientes
produtivos devido à proximidade com
essenciais.
ecossistemas terrestres e à capacidade de
ciclagem de nutrientes.
Nutrientes como fósforo, potássio e magnésio
são absorvidos pelas plantas através das raízes.
Eles são importantes exportadores de nutrientes
para ecossistemas marinhos adjacentes.
Precipitações trazem nutrientes atmosféricos
para os ecossistemas, enquanto o dióxido de
carbono é fixado na fotossíntese.
Reservas de Água e Nutrientes nos Solos: 2.4 A PROTEÇÃO E O MANEJO DOS
Nos ecossistemas terrestres, as reservas de
BIOMAS BRASILEIROS E A QUALIDADE
água e nutrientes encontram-se nos solos, fora
dos organismos vivos. AMBIENTAL
Os biomas brasileiros, incluindo florestas,
Ações humanas, tanto em áreas urbanas bosques, savanas e campos, desempenham
quanto rurais, podem interferir nos ciclos papéis essenciais na proteção do solo contra
biogeoquímicos, levando a consequências que erosão, assoreamento e deslizamentos, com
variam de perda de fertilidade do solo a características estruturais e funcionais distintas
impactos globais, como o aquecimento global. que dependem de fatores físicos como relevo,
precipitação, ventos e propriedades do solo.

As florestas são eficientes na manutenção do


equilíbrio local, com estruturas complexas que
reduzem os impactos de ventos e chuvas, além
de sistemas radiculares profundos que
protegem o solo.

A Mata Ciliar é especialmente relevante na


proteção de cursos d'água, atuando como um
Fonte: Google filtro biológico contra a erosão e retendo
substâncias nocivas.
Os manguezais, as florestas de várzea e A fragmentação de habitats naturais reduz o
paludosa, assim como os campos tropicais e tamanho das populações, dificulta a circulação
savanas, desempenham funções similares na de espécies e facilita a invasão biológica,
conservação do solo, cada um com levando à perda de diversidade e a
adaptações específicas ao ambiente. consequências negativas para os ecossistemas

A substituição dos biomas por monoculturas A introdução de espécies exóticas pode


ou pecuária leva à degradação ambiental, desequilibrar os ecossistemas nativos,
aumento da erosão e perda de biodiversidade, transformando espécies em pragas ou agentes
além de funções essenciais como proteção do patogênicos.
solo e manutenção de ciclos hidrológicos.
É crucial uma abordagem clara e abrangente na
proteção de áreas naturais, considerando desde
indivíduos até biomas inteiros, e planejando a
conservação levando em conta aspectos como
composição, tamanho, arranjo e conectividade
dos habitats.

Fonte: Google
O PROCESSO DE MUDANÇA NOS influenciadas pelo componente biótico, ou seja, pelas
interações entre as espécies e com o ambiente. Isso
ECOSSISTEMAS E EM PAISAGENS AO
pode incluir competição por recursos, predação,
LONGO DO TEMPO herbivoria, e outras interações entre organismos vivos
A sucessão ecológica refere-se às mudanças na que moldam a estrutura e a composição das
composição de espécies, na estrutura e na comunidades ao longo do tempo.
disponibilidade de energia e nutrientes ao longo do
tempo. Cada estágio da sucessão é chamado de E se diferenciam entre primaria e secundaria:
sere. 1. Sucessão Primária: ocorre em substratos sem
ocupação prévia, como rochas recém-expostas ou
Existem dois tipos principais de sucessão: áreas recém-formadas, onde não há sementes ou
1. Sucessão Alogênica: ocorre quando os fatores que outros dissemínulos presentes.
influenciam a sucessão são principalmente
provenientes do ambiente físico e são Os primeiros colonizadores são organismos
independentes da comunidade biótica. Isso adaptados a condições extremas, como líquens e
significa que mudanças ambientais, como eventos musgos em rochas ou plantas de desenvolvimento
climáticos extremos, incêndios florestais, ou vegetativo em praias. Nesses estágios iniciais, a
alterações geológicas, desempenham um papel ciclagem de nutrientes ocorre principalmente no
fundamental na determinação dos padrões de ambiente físico.
sucessão.

2. Sucessão Autogênica: ocorre quando as


mudanças nos ecossistemas são principalmente
2. Sucessão Secundária: ocorre em áreas Produção de grande número de propágulos.
previamente ocupadas por vegetação, mas que Longevidade e dormência que favorecem a
foram perturbadas, como florestas derrubadas para permanência no solo por muitos anos.
agricultura ou áreas agrícolas abandonadas e Requerimento de grande quantidade de luz solar
posteriormente abandonadas. em todas as etapas de seus ciclos de vida
(heliófilas).
Nesses casos, sementes e nutrientes ainda estão Ciclo de vida curto.
presentes no solo, o que acelera o processo de Indivíduos de portes pequenos, resultando em
sucessão. As plantas pioneiras nesses casos são pouca biomassa.
frequentemente as chamadas ruderais, que são Geralmente são espécies euriécas, ou seja,
adaptadas a ambientes perturbados e alterados generalistas no uso dos recursos.
pelo homem.
Comunidade pioneira na sucessão secundária:
Crucial observar para o manejo e conservação Composta principalmente por plantas ruderais.
ambiental, especialmente em ecossistemas
urbanos ou rurais, onde as interferências Ciclagem de nutrientes na sere pioneira:
humanas podem ter impactos significativos na A ciclagem de nutrientes ocorre
dinâmica e estabilidade do ecossistema. predominantemente no ambiente físico.
A produção é maior que a respiração, o que
Características das espécies pioneiras: resulta em uma elevada produtividade primária.
Capacidade de dispersão de sementes a longas A razão entre a produção bruta e a biomassa é
distâncias. elevada, indicando uma rápida acumulação de
biomassa em relação à produção de energia.
Alterações causadas pela comunidade pioneira: Características da sere de desenvolvimento máximo
A comunidade pioneira altera as condições do ou clímax:
ambiente através de mudanças microclimáticas, O ecossistema torna-se capaz de
fixação de nutrientes e aumento na quantidade automanutenção, o que significa que é capaz de
de húmus no solo. sustentar suas principais propriedades sem
Essas alterações podem exercer uma função intervenção externa significativa.
facilitadora, permitindo o desenvolvimento de A ciclagem de nutrientes ocorre
espécies mais exigentes em características preponderantemente no componente biótico do
ambientais. ecossistema, indicando uma forte interação entre
Por outro lado, a comunidade pioneira também as espécies e o ambiente na regulação dos
pode competir com as populações que chegam nutrientes.
posteriormente, dificultando a sucessão. Há um equilíbrio entre a produção e a respiração,
resultando em uma baixa produtividade primária.
Desenvolvimento até o estágio de clímax:
As comunidades vão se sucedendo ao longo do Quantidade de energia produzida através da
tempo até que se atinja a sere de fotossíntese = quantidade de energia consumida
desenvolvimento máximo ou o estágio de clímax. pelos organismos através da respiração.
No estágio de clímax, há um equilíbrio entre a
comunidade biótica e o meio ambiente, onde as A razão entre a produção bruta e a biomassa é
interações entre as espécies e com o ambiente baixa, o que sugere que a taxa de acumulação de
atingem um ponto de estabilidade. biomassa é menor em relação à produção total
de energia. Isso indica que o ecossistema atin
A ESTRUTURAÇÃO DE ECOSSISTEMAS Paisagem como unidade de estudo:
A paisagem é definida como a unidade composta
EM PAISAGENS
por vários ecossistemas interagindo entre si.
Fatores determinantes da distribuição dos
ecossistemas: Esses ecossistemas podem apresentar diferentes
Características do ambiente físico local, como formas, tamanhos, distribuição, disponibilidade de
padrão de distribuição, precipitação, radiação energia, materiais e espécies, que podem se
solar, temperatura, características físicas e alterar ao longo do tempo de forma natural ou
químicas dos solos, e disponibilidade de devido às ações humanas.
nutrientes.
Conservação de ecossistemas e tamanho da área a
Arranjos e interações populacionais que ser preservada:
determinam a complexidade estrutural e o Uma questão relevante para a conservação de
funcionamento dos ecossistemas. ecossistemas é o tamanho da área a ser
preservada. Alterações no tamanho e na forma
Repetição de conjuntos de ecossistemas: das manchas de vegetação podem resultar em
Em muitas regiões, os ecossistemas se repetem, mudanças nas características dos ecossistemas,
seguindo os limites de padrões geomorfológicos como disponibilidade de nutrientes, número de
que são respostas ao clima atuando sobre as indivíduos e espécies, e efeito das interferências
rochas e modelando o relevo ao longo de humanas sobre a faixa de ecótono ou efeito de
períodos longos de tempo. borda.
Influência do tamanho e forma das manchas de ao dessecamento, aumentando a competição por
ecossistema: recursos.
Quanto maior a área da mancha de
ecossistema, maior o número de espécies que É comum observar lianas e trepadeiras na borda
pode conter. Muitas espécies unissexuadas de fragmentos competindo com as copas das
reproduzem-se na presença de um número árvores por luz, podendo levar à morte destas
mínimo de indivíduos na população. últimas. Além disso, são observadas plantas com
sinais de patogenias diversas, evidenciando as
Em populações de árvores com baixa densidade invasões biológicas que podem ocorrer a partir
populacional e encontradas em manchas das bordas.
pequenas, pode não haver produção de frutos,
levando à consideração de que a população Influência do tamanho e forma das manchas na
esteja efetivamente extinta no local, apesar da influência de bordas:
presença de indivíduos vivos. Quanto menores e mais alongadas forem as
manchas, maior será a influência das bordas na
Efeito de borda em florestas: vegetação contida em seu interior.
O efeito de borda influencia na taxa de
sobrevivência das espécies de plantas do Corredores como elementos característicos das
clímax, cujas sementes e plantas jovens paisagens:
desenvolvem-se na sombra. Os corredores são definidos como faixas estreitas
que diferem do ecossistema vizinho em cada um
Por outro lado, o efeito de borda favorece a dos seus lados.
entrada de espécies heliófilas e mais resistentes
em diferentes tipos de elementos na paisagem que
podem ser muito similares entre si. Além disso,
podem ocorrer variações em grande escala, onde os
ecossistemas são muito distintos entre si, como em
gradientes

Importância da escala de paisagens:


A escala de paisagens é fundamental para a
tomada de decisões, como na criação de
Unidades de Conservação, devido à integração de
diversos ecossistemas em seu interior.

Estudando áreas urbanas e rurais em nível de


paisagem, é possível concluir sobre a composição
de elementos, quantidades, tamanhos, formas,
distribuições e graus de conectividade dos
Fonte: Google
fragmentos de vegetação e as permeabilidades
da matriz, garantindo um estado dinâmico de
conservação ambiental.

A análise da paisagem é crucial para tomar


decisões sobre a configuração do território.
CARACTERIZAÇÃO
DOS BIOMAS
BRASILEIROS
POPULAÇÃO:
FLORESTAS OMBRÓFILAS
Têm a maioria das suas populações estenoéca.
Anteriormente denominado de “florestas pluviais”,
Tais espécies especializam-se na obtenção de
são todos os ecossistemas caracterizados por
certos recursos, e compõem nichos muito
vegetação de folhas largas e perenes, e que
estreitos. Por isso, suportam apenas pequenas
possuem grande frequência e abundância de
variações de fatores ecológicos e são restritas a
chuvas;
determinados ambientes para sua sobrevivência
Presentes nos biomas Mata Atlântica e Amazônia;
Possui três tipos diferentes: densas, abertas e
CARACTERÍSTICAS:
mistas. Cada uma com suas fisionomias
Encontradas sob climas tropicais chuvosos.
diferentes, que são definidas também de acordo
Não possuem nenhuma estação seca ou de
com as faixas altitudinais
monção.
Breve estação seca, que pode se estender até três
DENSAS
meses.
São os biomas terrestres mais ricos e diversos da
Chuvas intensas no resto do ano.
Terra.
As espécies de plantas não apresentam padrões
Apresentam complexidade estrutural que
fenológicos marcados por sazonalidade climática.
favorece a existência de muitos nichos ou funções
sendo sazonalidade climática toda a variação e
ecológicas.
mudança do clima da região

CLIMA:
Situam-se em regiões de alta produtividade sem
estresses climáticos, favorecendo assim,
interações biológicas complexas.
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL
Se encontram em duas regiões:
CLIMA:
Floresta Ombrófila Densa Amazônica (a que
Situa-se sob climas sazonais.
possui maior extensão)
Os tipos incluem: tropical chuvoso, com chuvas de
Floresta Ombrófila Densa Atlântica.
verão, e temperados chuvosos e quentes, com
chuvas de verão.
MISTAS E ABERTAS
Verão quente ou moderadamente quente.
Há também florestas ombrófilas mistas e abertas.
Período marcado por um período seco de 3 a 4
Em comparação às densas, as mistas possuem
meses.
um clima muito mais chuvoso, com grande
Precipitações anuais entre 1500 e 2000mm.
amplitude térmica em temperaturas absolutas.
Concentração de 40 a 50% das chuvas em três
Em comparação às densas e mistas, as abertas
meses.
possuem regiões com mais períodos de seca,
Temperaturas médias de 18ºC a 22ºC.
chegando até a 2-3 meses de duração.
Temperaturas absolutas de –4ºC a 40ºC.
Ocorrência de geadas no Paraná, São Paulo e em
Minas Gerais.
VEGETAÇÃO:
Fonte: Google

Floresta bastante desenvolvida.


Arranjo vertical muito complexo.
Diversas espécies características da sub-mata:
Plantas herbáceas, arbustos e árvores de pequeno
porte.
OUTRAS FLORESTAS DECÍDUAS
Contém lianas e epífitas.
há também as florestas tropicais decidual e
Espécies de árvores, emergentes ou do dossel,
temperada decídua.
respondem ao clima com um ritmo sazonal.
Em comparação à estacional semidecidual, as
Parte das populações perde folhas no período
tropicais deciduais se encontram na borda da
seco do ano, caracterizando a semi-deciduidade
caatinga, com uma presença marcante de
foliar.
estação seca, e perda completa das folhas nesse
Padrões de floração e de frutificação estão
período.
relacionados com a sazonalidade climática.
Já com relação às temperadas decíduas, situadas na
bacia do Alto rio Uruguai, em comparação às outras,
possui um clima propriamente temperado,
extremamente sazonal, permitindo assim, sua
característica decídua.

FLORESTA CILIAR
formação:
Ocorre nos domínios de biomas florestais,
campestres (como os Campos Meridionais e
Tropicais) e savânicos (parte do Cerrado).
Responde a condições distintas de umidade,
fertilidade e microclimáticas do domínio em que
se situam.
Fonte: Google
várias espécies de plantas e animais.
tipos de formação:
Oferecem condições favoráveis à germinação ou
Formadas pelas espécies da floresta adjacente
deslocamento.
em domínios florestais.
Situam-se em áreas periodicamente inundáveis
(várzeas) planícies de inundação, apenas durante

Fonte: Google
a cheia ou permanentemente encharcadas
(paludosas) não apenas durante a cheia,
dependendo da topografia local.
composição:
Depende da frequência e intensidade de cheias
nas margens da drenagem.
FLORESTA DE VÁRZEA vs FLORESTA PALUDOSA
Exige diferentes níveis de adaptação.
formação:
Enquanto as florestas de várzea se formam em
corredores biológicos:
áreas periodicamente inundadas, em margens de
Em domínios de biomas não florestais ou regiões
curso d’água, as florestas paludosas se formam
antropizadas, são corredores biológicos para
em áreas permanentemente inundadas, com
várias espécies de plantas e animais.
águas de circulação lenta.
Oferecem condições favoráveis à germinação ou
deslocamento.
fauna e flora:
Devido a essas condições, ambas florestas
diferenças nas florestas:
apresentam desenvolvimento estrutural, riqueza e
Em domínios de biomas não florestais ou regiões
diversidade de espécies bem mais inferiores às
antropizadas, são corredores biológicos para
matas que se encontram sobre terra firme.
localização: Também estão presentes nas Florestas Ombrófilas
A maior extensão das florestas de várzea no Brasil Abertas Amazônicas (inajal) e no Pantanal
se encontram na região amazônica, em planícies (carandazal e acurizal).características das
formadas no período quaternário. iniciado a 2,6 formações:
milhões de anos atrás, na era Cenozóica, esse Dominadas por uma ou poucas espécies de
período moldou o formato da terra conhecido hoje palmeiras, acompanhadas por dicotiledôneas.
em dia, e tais características bem definidas do Predominam o babaçu, o buriti e a carnaúba.
bioma amazônico.
origem dos cocais:
É apontado como resultado da ação humana,
principalmente em regiões de transição entre as
Florestas Amazônicas, o Cerrado e a Caatinga.

Fonte: Google
COCAIS
localização:
Ocorrem na faixa que cobre as regiões centrais do
Maranhão e do Piauí, com interpenetrações nos
estados do Ceará, Mato Grosso e Tocantins. Fonte: Google
CAMPOS: DE ALTITUDE; RUPESTRES; ÚMIDOS, PÂNTANOS E BREJOS; TEMPERADOS
localização:
De altitude: situa-se sobre as Serras do Mar, da Bocaina, da Mantiqueira e dos Órgãos, nos estados de São
Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo.
também, em altitudes acima de 1800m, aparecem nos domínios da Floresta Ombrófila Densa ou Mista, em
áreas contínuas ou entremeadas por rochas aflorantes, entre arbustos e arvoretas e sobre solos litólicos

Rupestres: localizam-se em afloramentos rochosos da Serra do Espinhaço, em Minas Gerais, Chapada


Diamantina, na Bahia, e das Serras Dourada e Geral, em Goiás.
Também podem ser encontradas no Rio Grande do Sul, ao redor de Porto Alegre, no qual aparecem
morros graníticos ou areníticos que sustentam campos rupestres.

Úmidos, Pântanos e Brejos: ocorrem em todo o território brasileiro.

Temperados: No Estado do Rio Grande do Sul ocorrem as formações Estepe e Savana-Estépica,


denominadas genericamente de Pampas ou Campanha Gaúcha.

Também há a Savana gramíneo-lenhosa, que se estende aos estados de Santa Catarina, Paraná e sul de
São Paulo, onde é denominada de Campo Geral.

vegetação:
De altitude: É formado por plantas perenes, herbáceas ou lenhosas, com folhas coriáceas, pequenas,
arranjadas em espiral.
Essas características evitam a evapotranspiração Influenciados pela frequência e intensidade de
intensa. cheias, apresentando grande heterogeneidade
Rupestres: Sua flora é extremamente adaptada. fisionômica.
É extremamente rica em espécies, com elevado
grau de endemismo em regiões restritas.
Suas espécies têm adaptações à resistência ao

Fonte: Google
período de seca.
Temperados: vegetação dominada por
gramíneas e diversas dicotiledôneas herbáceas,
que serve de pastagem natural
A floração, a frutificação e a rebrota são eventos
sazonais que respondem às características do
clima.

características:
Úmidos, Pântanos e Brejos: campos
temporariamente inundados, ou de várzeas, ou
permanentemente encharcados.
Áreas com alta produtividade primária, acúmulo
de matéria orgânica e minerais trazidos pelas
águas dos lagos, rios ou ecossistemas
adjacentes.
Fonte: Google
ESTUÁRIOS Influenciados pela frequência e intensidade de
definição: cheias, apresentando grande heterogeneidade
São corpos de água costeira confinados por fisionômica.
barreiras.
Têm saída para o oceano e podem ser vegetação:
temporariamente interrompidos sob influência Predominantemente herbácea.
das marés. Geralmente forma pouca biomassa.
É onde as águas de drenagens continentais se
encontram com as águas oceânicas.

características:
Promovem um gradiente de salinidade,
dependendo do volume de água e da
configuração geomorfológica da região.

divisão em setores: Fonte: Google


MANGUEZAL
Baixo estuário ou marinho: livremente conectado localização:
com o mar aberto. Estende-se desde o estado de Santa Catarina, na
Médio estuário: sujeito à mistura de água do mar altura da Ilha de Santa Catarina, até os limites com
e água doce. a Guiana Francesa, ao norte.
Estuário superior ou fluvial: caracterizado pela Mais desenvolvido também ao longo do litoral
presença de água doce, mas sensível às marés. contínuo dos estados do Amapá, Pará (incluindo
parte da ilha de Marajó), Maranhão e Piauí.
Também presente na baía de Todos os Santos
(BA), baía de Vitória (ES), baías da Guanabara, de
Sepetiba e da Ilha Grande (RJ), regiões de Santos
e Cananéia (SP), baías de Paranaguá e
Guaratuba (PR), e nas regiões de São Francisco
do Sul e da Ilha de Santa Catarina (SC).

descrição:
Bioma de interface situado sobre pântano
salobro.
Composto pela mistura de águas da drenagem
CERRADO Fonte: Google
dos continentes e do Oceano Atlântico.
distribuição geográfica:
Esta mistura carrega partículas de matéria
Abrange uma área significativa de savana no Brasil.
orgânica e argila, formando um substrato
O Cerrado ocorre principalmente no norte da
movediço.
Amazônia, em Roraima, e no Brasil Central.
Condições anaeróbicas e salinas permitem o
Distribui-se de forma contínua em vários estados
desenvolvimento de poucas espécies de plantas.
brasileiros: Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins,
Distrito Federal, centro-sul de Mato Grosso, sul do
características específicas: Maranhão e do Piauí, oeste da Bahia e centro-oeste
Único bioma brasileiro que forma verdadeiros de Minas Gerais.
bosques. Também aparece em manchas disjuntas em outros
Com um componente dominante e plântulas, estados como Paraná, São Paulo, Pernambuco,
sem uma estrutura complexa em seu interior. Rondônia, Amazonas, Pará, Amapá e Roraima.
Pode ter epífitas, mas não apresenta lianas.
clima:
Fisionomias savânicas incluem campo sujo, campo
Predominantemente sob clima tropical, com
cerrado e cerrado senso restrito.
chuvas entre 500 e 1500 mm anuais, além de O Complexo do Cerrado é caracterizado por árvores
chuvas de verão e invernos secos de 5 a 7 meses. esparsas e um estrato herbáceo denso, dominado
Também pode ocorrer sob clima temperado por gramíneas.
chuvoso e quente, com mês de maior
temperatura média superior a 22ºC

adaptação das plantas:


A maioria das plantas perde folhas ou tem morte
de ramos de brotamento durante o período seco.
Os eventos fenológicos, como floração e
frutificação, são marcados pelos ritmos
climáticos.

importância do fogo:
Fonte: Google
O fogo é relevante na ciclagem de nutrientes.
Além das queimadas naturais, existem registros CAATINGA (SAVANA-ESTÉPICA)
origem termo savana-estépica:
de queimadas antrópicas antigas, incorporadas
Usado para designar biomas tropicais com
aos hábitos culturais dos indígenas.
características estépicas, inicialmente na África.
Refere-se a uma formação decídua, espinhosa, com
variações fisionômicas:
cobertura herbácea descontínua. a equivalência
Apresenta variações desde campos limpos até
desse bioma no Brasil é a caatinga
fisionomias tidas como florestais.
ocorrência: CAATINGA AMAZÔNICA
A Caatinga ocorre no Nordeste, compreendendo Caracteriza-se um tipo de mata - ou pequenas
os estados da Bahia, Sergipe, Pernambuco, Ceará, variações dela - que ocorrem na bacia do Alto-
Rio Grande do Norte, Alagoas, Paraíba, médio Rio Negro, como caatinga amazônica.
Também está presente no norte de Minas Gerais
e leste do Piauí. condições climáticas:
Predominantemente sob precipitações superiores a
4000 mm anuais.
clima e precipitação:
Cresce sobre solo hidromórfico e areias quartzosas
Observada sob clima seco, com 6 a 11 meses
hidromórficas.
secos, quente e temperatura média anual
superior a 18ºC, semiárido.
erro de tradução:
As precipitações variam de 200 a 750 mm anuais,
Os indígenas chamavam esse tipo de mata de
concentradas em poucos meses, no inverno. caatinga-gapó.
Entre 45% a 70% do total de precipitação anual Por um erro de tradução, é genericamente
concentram-se em 3 meses, muitas vezes denominada na literatura como Caatinga do Rio
causando enchentes de grandes proporções e Negro.
interrompendo o fluxo de rios intermitentes ao
longo do ano. vegetação:
Constitui uma vegetação bastante heterogênea.
riqueza e diversidade: Varia de floresta com 15 a 20m de altura, conhecida
Devido a suas características, a Caatinga é o como Campinarana arbórea, Campinarana alta ou
complexo de biomas brasileiro com menor Mata de campina.
riqueza e diversidade de flora e fauna.
Passa por uma formação arbórea baixa, de 5 a Predominantemente composta por campos,
7m, chamada Campinarana arbustiva, geralmente sobre solos aluviais e hidromórficos.
Campinarana baixa ou campina.
Essas fisionomias são formadas pelo mesmo clima:
grupo de espécies e também podem apresentar- Sob clima tropical, sazonal, com 2 a 4 meses de seca
se com fisionomia gramíneo-lenhosa. e chuvas no verão.
Situa-se no domínio do Cerrado e da Floresta
Estacional Semidecidual.

precipitação pluviométrica:
As precipitações variam de 2000mm na região norte
a 1250mm no sudoeste.

complexidade da região:
As precipitações variam de 2000mm na região norte
a 1250mm no sudoeste.
PANTANAL Fonte: Google
Não reflete as etapas típicas de morfogênese dos
localização: pântanos.
O Pantanal ocupa o sudoeste do Mato Grosso e o
noroeste do Mato Grosso do Sul. evolução da área:
É banhado pela bacia do rio Paraguai. Caracterizada pelos processos de acumulação, com
fatores de controle variáveis para cada pantanal.
características físicas: Relaciona-se também a sub-bacias com dinâmica
Forma a mais extensa área de várzeas no Brasil. fluvial complexa.
composição da restinga:
Terras baixas com depósitos marinhos antigos
cobertos por material proveniente das serras
costeiras ou dos tabuleiros.
Baixadas aluviais formadas pela drenagem interior.
Cordões arenosos que podem conter Florestas de
Várzea, Campos ou Florestas Paludosas,
dependendo da retenção de água.
Dunas e a linha de praia, que suportam vegetação
herbácea pioneira e herbácea-arbustiva.

Fonte: Google
FORMAÇÕES SOBRE A RESTINGA
definição do termo “restinga”:
Refere-se aos depósitos marinhos litorâneos e
depósitos de material continental.

características básicas:
Seu desenvolvimento depende da extensão da
costa.
Geralmente, sua idade não ultrapassa 5.100 anos.
Também conhecida como Planície Litorânea.
Fonte: Google
DESMATAMENTO
NO BRASIL
O ano de 2020 foi particularmente desafiador para o
Brasil. Durante esse período, enquanto uma média de
672,2 brasileiros perdia suas vidas diariamente devido à
Covid-19, aproximadamente 2 milhões de árvores, ou
3.795 hectares de vegetação nativa e sua
biodiversidade associada, eram perdidos devido ao
desmatamento.

O Relatório Anual do Desmatamento no Brasil 2020,


divulgado pelo Projeto MapBiomas, revelou um
aumento de 13,6% no desmatamento em comparação
com o ano anterior, atingindo uma área de 13.853 km2,
o equivalente a nove vezes o tamanho da cidade de
São Paulo.

Os biomas Amazônia e Cerrado foram os mais


afetados, respondendo por 92% do total desmatado.

O relatório também destacou que 99,8% dos 74.218


alertas de desmatamento analisados tinham indícios
de ilegalidade, mas apenas 2% desses alertas ou 5%
das áreas desmatadas foram alvo de multas ou
embargos pelo Ibama, indicando uma baixa
Fonte: Google
capacidade de resposta por parte do governo federal.
Segundo Tasso Azevedo, coordenador geral do
Fonte: Google
MapBiomas, o desmatamento aumentou em todos os
biomas, com os maiores desmatamentos em termos de
área ocorrendo no Pantanal e em Altamira (PA).

Ele ressaltou a importância de ter instrumentos remotos


de responsabilização para lidar com os 203 novos
desmatamentos por dia no Brasil, citando o exemplo do
estado do Mato Grosso, onde 47% dos desmatamentos
ilegais foram alvo de ações consolidadas, como embargo
preventivo.

O relatório aponta que a maioria dos desmatamentos


identificados estava associada a áreas registradas no
Cadastro Ambiental Rural (CAR), facilitando a
identificação dos responsáveis.

Foi calculada a velocidade do desmatamento, O desmatamento cresceu 9% na Amazônia, 6%


ressaltando a urgência de ações. no Cerrado, 43% no Pantanal e 99% no Pampa.
Na Mata Atlântica, ele explodiu, subindo 125%. Na
Tasso Azevedo enfatizou a importância de detectar, Caatinga o crescimento foi de 405%, mas se
relatar e punir o desmatamento, além da necessidade de deveu ao fato de que o bioma agora conta
ação por parte dos órgãos de controle e empresas para com um novo sistema próprio de detecção de
remover áreas desmatadas ilegalmente de suas cadeias desmates por satélite.
de produção.
REFERENCIAS
BRAUNA, L. Vulnerabilidade ambiental desastres naturais ou fenomenos induzidos MMA 2007.
www.academia.edu. Acesso em 27 de março de 2024.

LISBOA, C. Relatório mostra que 99,8% dos desmatamentos no Brasil em 2020 foram ilegais. Disponível em:
<https://oeco.org.br/reportagens/relatorio-mostra-que-998-dos-desmatamentos-no-brasil-em-2020-
foram-ilegais/>. Acesso em 27 de março de 2024.
OBRIGADA
PELA ATENÇÃO!

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