Proposta 05

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“O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele.”


Kant

Texto I

O Jovem e o gosto pelas manifestações


Os jovens brasileiros voltaram recentemente a se organizar e participar de mani-
festações populares distintas. Só neste ano, aconteceram o "churrasco de gente diferen-
ciada", para discutir a construção do metrô no bairro nobre de Higienópolis em São Pau-
lo, e as famosas marchas anticorrupção e a favor da legalização da maconha, só para citar
alguns exemplos. Nesta semana, a mobilização dos estudantes da Universidade de São
Paulo culminou na detenção de 72 alunos que invadiram a reitoria para protestar. Após a
ocupação que gerou a ação da Polícia Militar e posteriormente uma greve de alunos com
baixa adesão, a pergunta que fica no ar é: "Qual o melhor modo de o jovem se manifestar
hoje?"
O caso da Universidade

Um pequeno grupo, encabeçados pelos alunos da Faculdade de Filosofia, Letras


e Ciências Humanas (FFLCH), invadiu a reitoria para protestar contra a política de segu-
rança da Universidade, a parceria com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo e
contra o reitor João Grandino Rodas. "Fui contrário à ocupação da reitoria, pois foi uma
decisão derrotada em assembleia de alunos", conta Guilherme Lampe, 23 anos, que cursa
História na instituição.
Entretanto, ele acredita que a discussão está sendo superficial, pois não aborda os
reais motivos. "Os protestos são legítimos, pois a polícia é um órgão repressor em um local
PRATIQUE REDAÇÃONº 5 − 2012

de livre expressão, e ela não apenas evita a violência, mas também a comete", afirma refe-
rindo-se aos casos de alunos revistados aleatoriamente enquanto transitavam pelo Campus.
Mesmo assim, a socióloga Roseli Aparecida Martins Coelho, professora da Fundação Escola
de Sociologia e Política de São Paulo, acredita que o policiamento na USP é uma exigência
da época em que vivemos. "Autonomia é na vida universitária, não tem nada a ver com a
presença da polícia", enfatiza.
Para ela, manifestações são importantes mesmo quando contam com pouca
gente, já que são indícios de mudanças na sociedade, mas devem ser feitas de modo
organizado. A socióloga explica que no caso da universidade estadual o erro foi a invasão
da reitoria, que acabou com a depredação dos portões de entrada e com paredes picha-
das. "Vandalismo não é comum em atos populares". Ela crê que a atitude de acampar em
um prédio administrativo é injustificada. "É diferente do MST, que se apropria de áreas
desocupadas", argumenta.(....)
Só neste ano, diversas outras manifestações aconteceram nas avenidas das grandes
cidades pela iniciativa dos jovens. A marcha anticorrupção reuniu em diferentes municípios
milhares de brasileiros descontentes com o desvio de dinheiro público, o que atraiu pessoas de
todas as idades e classes sociais sem a participação de partidos políticos. "É normal em uma
sociedade avançada e democrática como a do Brasil existir todos os tipos de manifestação,
partidárias ou não", acredita Daniel Iliescu, presidente da União Nacional dos Estudantes
(UNE), entidade presente na passeata.(...)
Outra característica do Ocupa São Paulo é a forte atuação na internet, por meio
de blogs e redes sociais, como recurso de mobilização. Pesquisa divulgada recentemente
pelo iG, apontou que 71% dos jovens acreditam que usar a rede mundial de computado-
res para mobilizar as pessoas é uma forma de fazer política. "É importante que esses
movimentos consigam também ultrapassar a internet e fazer a diferença no mundo real",
diz o representante da UNE ao explicar que o movimento estudantil utiliza as redes sociais
como instrumento de organização e mobilização. "Por meio das redes, conseguimos fazer
espécies de passeatas virtuais para pressionar os parlamentares e, assim, conseguirmos
vitórias", conta.
Apesar disso, ainda existe ceticismo em relação aos movimentos restritos ao mundo
virtual. "É uma ferramenta eficaz para manifestações, mas, em geral, não é suficiente para
conquistar mudanças", conta o estudante Guilherme Lampe, que refuta comparações entre
manifestações distintas, como a da USP e o Ocupa São Paulo. "É difícil estabelecer limites de
ação, cada caso é um caso, com adversários diferentes".
Passeatas convocadas pelo Facebook, por exemplo, são cada vez mais frequentes,
mas nem sempre os protestos conseguem passar da boa intenção e ganhar as ruas. "A
internet é uma ferramenta eficaz de manifestação, mas, para ter impacto, precisa sair do
meio virtual, que serve como espaço de recrutamento", explica a socióloga Roseli Apareci-
da. Mesmo assim, Iliescu, como representante estudantil, argumenta que os jovens estão
ocupando diversos espaços, em movimentos culturais e de meio ambiente, associações de
bairro e, claro, na internet e nas redes sociais. "Isso tudo não deixa de ser uma participação
ativa dos jovens na política", defende. (...)
Fonte: http://www.guiame.com.br

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PRATIQUE REDAÇÃONº 5 − 2012

Texto II
Movimento estudantil
Nas décadas de 60 e 70, o movimento estudantil universitário brasileiro se trans-
formou num importante foco de mobilização social. Sua força adveio da capacidade de
mobilizar expressivos contingentes de estudantes para participarem ativamente da vida
política do país.
Dispondo de inúmeras organizações representativas de âmbito universitário (os
DCEs: diretórios centrais estudantis), estadual (as UEEs: uniões estaduais dos estudantes)
e nacional (representada pela UNE: União Nacional dos Estudantes), o movimento estu-
dantil, com suas reivindicações, protestos e manifestações, influenciou significativamente
os rumos da política nacional.(...)
Ironicamente, no final da década de 70, apesar das principais organizações esta-
rem em pleno funcionamento, o movimento estudantil universitário havia perdido sua
força e prestígio político. Desde o final da ditadura militar, a importância do movimento
estudantil tem declinado significativamente. Em 1992, o amplo movimento social de opo-
sição ao presidente Fernando Collor de Mello fez ressurgir o movimento estudantil, mas
apenas por um breve período.
Fonte:UOL Educação/História do Brasil

PROPOSTA 1 (ENEM)
Considerando os textos acima como motivadores, redija um texto
DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO a respeito do seguinte recorte temático:

Os jovens e sua participação em manifestações políticas e sociais


Desenvolva seu texto utilizando os conhecimentos adquiridos ao longo de sua
formação e as reflexões feitas sobre o tema em questão. Selecione, organize e relacione
argumentos, fatos e opiniões para defender seu ponto de vista e suas propostas, sem ferir
os direitos humanos. Coerente com sua argumentação, elabore uma proposta de inter-
venção ou de conscientização destinada a resolver a(s) problemática(s) em foco.

ATENÇÃO ALUNOS DA 3ª SÉRIE

* A proposta 1 deste Pratique Redação deve ser feita para o TA2.


* O TA2 (somente análise) deverá ser apresentado entre os dias 20 de fevereiro e 9 de março;
* O agendamento para a entrega do TA2 no Laboratório de Redação deve ser feito, na
Internet, imediatamente após a aula de divulgação dos temas. Essa recomendação é feita
a fim de se evitarem "congestionamentos" e consequente falta de horários para o atendi-
mento, pois aqueles alunos que não conseguirem fazer a correção de seu texto alegando
que, na última semana, não há mais horários terão ZERO como nota nesta atividade;
* Leve ao Laboratório de Redação o texto à caneta (preta) na folha oficial pelo menos dez
minutos antes do horário marcado;
* Lembrem-se: organização e comprometimento são essenciais ao sucesso nos estudos.

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PRATIQUE REDAÇÃONº 5 − 2012

PROPOSTA 2 (UECE)
Imaginando-se no ano de 2050, RELATE para um site de pesquisa escolar as
modificações pelas quais os movimentos estudantis têm passado desde o início deste
século.

PROPOSTA 3 (ITA)
Considere a imagem abaixo e redija uma DISSERTAÇÃO em prosa, argumen-
tando em favor de um ponto de vista sobre o tema.
Na avaliação de sua redação, serão considerados:
1. Clareza e consistência dos argumentos em defesa de um ponto de vista sobre o assunto;
2. Coesão e coerência do texto;
3. Domínio do português padrão.

Fonte:http://www.aldeiagaulesa.net/2011/12/o-vazio-do-movimento.html

Edvan_080212edv/Rev.:Vânia

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