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Acionamentos Elétricos

Prof. Thiago Paula Silva de Azevedo

thiago.azevedo@cruzeirodosul.edu.br

2023
Comandos elétricos
✓ Em função dos avanços da eletrônica de potência, os
acionamentos elétricos de velocidade variável oferecem uma
gama ampla de oportunidades em uma enorme quantidade de
aplicações: bombas e compressores, controle preciso de
movimento até o controle de motores elétricos em veículos.

✓ Esses avanços vieram responder à demanda por maior


eficientização de processos industriais e economia de energia. A
operação de máquinas elétricas em velocidade fixa, ou com
variação mecânica apenas, não proporcionava esse fim.

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Comandos elétricos
✓ A representação dos circuitos de comando de motores elétricos é feita
normalmente através de dois diagramas:

✓ Diagrama de força: também denominado de circuito de força ou


de potência, representa a forma de alimentação do motor à fonte
de energia;

✓ Diagrama de comando: também denominado de circuito de


comando, representa a lógica de operação do motor.

✓ Em ambos os diagramas são encontrados elementos (dispositivos)


responsáveis pelo comando, proteção, regulação e sinalização do
sistema de acionamento.

✓ O circuito de força é o responsável pela alimentação do motor,


enquanto que o circuito de comando é responsável por determinar
quando o motor será ligado ou desligado.
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Comandos elétricos
✓ Exemplo dos circuitos de força e de comando

Figura 1.
Exemplo de
acionamento
de um Motor
de Indução
Trifásico
(MIT), com
os
diagramas
de força e
comando.

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Comandos elétricos
✓ Dispositivos de comando

✓ São elementos que permitem a manobra (abertura ou fechamento) dos


circuitos elétricos, visando energizar ou não determinados trechos.

✓ Como exemplo pode-se citar: botoeiras (existem vários tipos),


contatores e temporizadores.

(a) (b) (c)

Figura 2. Exemplos de dispositivos de comando: (a) botoeiras (b) contator (c) relé
temporizado 5
Comandos elétricos
✓ Dispositivos de comando

✓ Pode-se classificar ainda os dispositivos de comando da seguinte


forma:

✓ Chaves sem retenção ou impulso (push-button): É um dispositivo


que só permanece acionado mediante aplicação de uma força externa.
Cessada a força, o dispositivo volta à situação anterior. Este tipo de
chave pode ter, construtivamente, contatos normalmente abertos (NA)
e/ou normalmente fechados (NF), conforme mostra figura 3.

Figura 3. Chaves do tipo impulso e representação dos contatos 6


Comandos elétricos
✓ Chaves sem retenção ou impulso

Figura 4. Representação esquemática e estrutura interna 7


Comandos elétricos
✓ Dispositivos de comando

✓ Pode-se classificar ainda os dispositivos de comando da seguinte


forma:

✓ Chaves com retenção ou trava: É um dispositivo que, uma vez


acionado, seu retorno à situação anterior acontece somente através de
um novo acionamento. Construtivamente pode ter contatos
normalmente aberto (NA) ou normalmente fechado (NF) conforme
mostra a figura 5.

Figura 5. Chaves do tipo impulso e representação dos contatos 8


Comandos elétricos
✓ Dispositivos de comando

✓ Chave de contatos múltiplos com ou sem rentenção:


Existem chaves com ou sem retenção de contatos múltiplos NA
e NF. A figura 6 mostra esses modelos.

Figura 6. Chaves de contatos múltiplos 9


Comandos elétricos
✓ Dispositivos de comando

✓ Chave seletora: É um dispositivo que possui duas ou mais posições


podendo selecionar uma ou várias funções em um determinado
processo. Este tipo de chave apresenta um ponto de contato comum
(C) em relação aos demais contatos. A figura 7 ilustra alguns símbolos
empregados.

Figura 7. Chaves seletoras e simbologias 10


Comandos elétricos
✓ Dispositivos de comando

✓ Para a escolha das chaves, devem-se levar em consideração as


especificações de tensão nominal e corrente máxima suportável pelos
contatos.

✓ Contatos Normalmente Abertos (NA) são aqueles cuja posição original é


aberta, ou seja, permanecem assim até que uma força externa seja aplicada.
Também são designado como NO (Normally Open) e costumam ser
representados por um ou dois dígitos: o primeiro representa o número
sequencial e o segundo o código de função. Para contatos NA utilizam-se os
números 3 e 4.

✓ Contatos Normalmente Fechados (NF) são aqueles cuja posição original é


fechada, ou seja, permanecem assim até que uma força externa seja aplicada.
Também são designado como NC (Normally Closed) e costumam ser
representados por um ou dois dígitos: o primeiro representa o número
sequencial e o segundo o código de função. Para contatos NA utilizam-se os
números 1 e 2.
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Comandos elétricos
✓ Dispositivos de comando

✓ Costuma serem utilizadas cores indicativas de status para sinalização em


acionamentos elétricos. Seus possíveis significados são os seguintes:

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Comandos elétricos
✓ Dispositivos de comando

✓ Relés de comando

✓ São dispositivos formados basicamente por uma bobina e por um conjunto de


contatos metálicos, atuando assim como uma chave comandada. Ao ser
energizada a bobina, os contatos são acionados abrindo-se (no caso de
contatos NF) ou fechando-se (no caso de contatos NA). A figura 8 ilustra esse
dispositivo.

Figura 8. Relés de comando e seu diagrama interno. 13


Comandos elétricos
✓ Dispositivos de comando

✓ Relés de comando

✓ Energizando-se a bobina os contatos são levados para suas novas posições


permanecendo enquanto houver alimentação da bobina. Um relé,
construtivamente, pode ser formado por vários conjuntos de contatos.

✓ Uma das grandes vantagens do relé é a isolação galvânica entre os terminais


da bobina e os contatos NA e NF, além da isolação entre os conjuntos de
contatos. A figura 9 mostra outra vantagem dos relês, que é a possibilidade de
acionar cargas com tensões diferentes através de um único dispositivo.

Figura 9.
Acionamento
isolado com relé.

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Comandos elétricos
✓ Dispositivos de comando

✓ Relés de comando

✓ Uma característica muito explorada nos relés é a propriedade de memória


através de circuito de auto-retenção, conforme ilustrado na figura 10.

Figura 10. Circuito


de auto-retenção.

✓ A chave (botoeira) (S1) aciona a bobina (K) fazendo que seu contato auxiliar
(K) crie outro caminho para manutenção da bobina energizada. Desta forma,
não ocorre o desligamento do relé ao desligar a chave (botoeira) (S1). Este
contato auxiliar é comumente denominado de contato de retenção ou selo.
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Para desligamento utiliza-se a chave (botoeira) (S2)
Comandos elétricos
✓ Dispositivos de comando

✓ Contatores

✓ Para acionamento de circuitos de potência elevada, emprega-se um tipo


especial de chave magnética denominada de contator, o qual possibilita a
utilização de um circuito de baixa potência para controlar uma quantidade
relativamente grande de energia. Sua estrutura interna é mostrada na figura 11.

Figura 11. Estrutura interna de um contator e sua imagem externa. 16


Comandos elétricos
✓ Dispositivos de comando

✓ Contatores

✓ A denominação dos contatos de bobina é sempre A1/A2 e dos demais contatos


é de acordo com sua finalidade.

✓ Para a identificação dos contatos de força, utiliza-se a numeração 1, 2, 3, 4, 5 e


6. A linha tracejada da figura 12 simboliza a atuação eletromecânica, ou seja, no
momento em que a bobina é energizada, os contatos numerados são fechados.

Figura 12.
Numeração da
bobina e dos
contatos de força
em um contator
típico.

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Comandos elétricos
✓ Dispositivos de comando

✓ Contatores

✓ Além dos contatos principais (de força), utilizados em diagramas de carga, os


contatores possuem chaves auxiliares, que são menos robustas, se prestando a
comandar baixas correntes derivadas de outros dispositivos, tais como:
eletroímãs (bobinas) de outras chaves magnéticas, lâmpadas de sinalização ou
alarmes sonoros. As chaves auxiliares podem ser do tipo NA ou NF.

✓ A figura 13 ilustra os contatos auxiliares de um contator típico

Figura 13.
Numeração dos
contatos auxiliares
em um contator
típico.

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Comandos elétricos
✓ Dispositivos de comando

✓ Para a identificação dos terminais principais e auxiliares de um contator,


observa-se que a identificação é feita por 2 dígitos, seguindo o mesmo padrão
utilizado em relés, conforme ilustrado na figura 14.

Figura 14. Contator com chaves de contatos múltiplos, NA e NF.


Exemplo de numeração de seus terminais

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Comandos elétricos
✓ Dispositivos de comando

✓ A vida útil dos dispositivos de força e comando pode ser estimada em função
de aspectos mecânicos e elétricos. Com relação à vida útil mecânica, esta
possui um valor fixo, definido pelo projeto do contator e pelo desgaste dos
materiais utilizados. Este parâmetro vem indicado no catálogo dos fabricantes.

✓ Para especificação do contator devem-se levar em conta alguns pontos:


número de contatos, tensão nominal da bobina, corrente máxima nos
contatos e condições de operação definindo as categorias de emprego.

✓ De forma semelhante, para a seleção de relés devem ser levados em conta o


custo, o tamanho, sua velocidade de manobra, a tensão e a corrente de
operação da bobina bem como como a tensão e corrente máxima de
interrupção dos contatos.

✓ Deve-se observar também características próprias do ambiente onde o


dispositivo vai ser inserido: contatos selados ou abertos, geração de faíscas,
etc.
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Comandos elétricos
✓ Exemplo 1

✓ Determine o contator necessário para acionar o motor WEG de 5cv,


alimentação trifásica 220V/60Hz, IV polos, em condições de partida direta e
regime AC-3. Considere a corrente nominal dessa máquina igual a 13,8A.

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Comandos elétricos
✓ Exemplo 1

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Comandos elétricos
✓ Exemplo 1

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Comandos elétricos
✓ Dispositivos de proteção

✓ Fusíveis

✓ O princípio de funcionamento do fusível baseia-se na fusão do


filamento e consequente abertura do filamento quando por este passa
uma corrente elétrica superior ao valor de sua especificação.

Simbologia empregada na representação de fusíveis 24


Comandos elétricos
✓ Dispositivos de proteção

✓ Fusíveis

✓ O elemento fusível costuma ser colocado no interior de um corpo de


porcelana hermeticamente fechado contendo areia de quartzo de
granulometria adequada.

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Comandos elétricos
✓ Dispositivos de proteção

✓ Fusíveis

✓ Quanto às características de desligamento podem ser do tipo de efeito


rápido, empregados na proteção de carga resistivas ou de qualquer
outra carga onde não haja variação considerável entre a fase de partida
e a fase normal de funcionamento; ou do tipo retardado, onde a
corrente na partida é superior à corrente em regime normal de
funcionamento.

✓ São classificados de acordo com a faixa de interrupção e com a


categoria de utilização, sendo usadas, para isso, duas letras: a primeira
minúscula, ‘g’ ou ‘a’, (“g” – sobrecarga e curto e “a” - curto-circuito) e a
segunda maiúscula, ‘G’, ‘M’ indicando a categoria (uso geral ou motor);
as categorias “L”, “R” e “Tr” correspondem à proteção de cabos
(linhas), semicondutores e transformadores, respectivamente.
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Comandos elétricos
✓ Dispositivos de proteção

✓ Fusíveis

✓ Fusíveis tipo g - Fusíveis de capacidade de interrupção em toda a


faixa (faixa completa), ou seja, suportam a corrente nominal por tempo
indeterminado e são capazes de operar a partir do menor valor de
sobrecorrente até a corrente nominal de desligamento (atuam na menor
intensidade de sobrecorrente).

✓ Fusíveis tipo a - Fusíveis de capacidade de interrupção em faixa


parcial (reagem a partir de um valor elevado de sobrecorrente).

✓ As classes de objetos protegidos são:


✓ L-G: cabos e linhas – proteção geral
✓ M: equipamentos eletromecânicos
✓ R: semicondutores
✓ B: instalações em condições pesadas (minas, por exemplo).
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Comandos elétricos
✓ Dispositivos de proteção

✓ Fusíveis

✓ Classes de Serviço dos FUSÍVEIS:


✓ gL: proteção total de cabos e linhas
✓ aM: proteção parcial de equipamentos eletromecânicos
✓ aR: proteção parcial de equipamentos eletrônicos
✓ gR: proteção total de equipamentos eletrônicos
✓ gB: proteção total de equipamentos em minas

✓ Os fusíveis classe aR, de acordo com a norma IEC 60269 têm como
característica baixos valores de I²t e se aplicam a proteção contra
curto-circuito de circuitos com semicondutores, não devendo ser
aplicados em situações de pequenas sobrecargas pois, nestas
condições, pode ocorrer sobrecarga térmica sobre o fusível causando
a sua atuação indevida e redução da sua capacidade de interrupção.
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Comandos elétricos
✓ Fusíveis

✓ Curva tempo x corrente

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Comandos elétricos
✓ Dispositivos de proteção

✓ Fusíveis

✓ As formas construtivas mais comuns dos fusíveis aplicados nos


circuitos de motores elétricos são os tipos D (Diazed, diametral) e NH,
de maior capacidade de corrente.

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Comandos elétricos
✓ Dispositivos de proteção

✓ Fusíveis DIAZED

✓ Os fusíveis Diazed podem ser de ação rápida ou retardada. Os de ação rápida


são usados em circuitos resistivos, ou seja, sem picos de corrente. Os de ação
retardada são usados em circuitos com motores e capacitores, sujeitos a picos
de corrente. Esses fusíveis são construídos para valores de, no máximo 100 A
e capacidade de ruptura é de 70 kA com uma tensão de 500 V. Na figura
abaixo é apresentado um fusível Diazed montado em base tipo rosca e o seu
aspecto construtivo.

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Comandos elétricos
✓ Dispositivos de proteção

✓ Fusíveis tipo D ultrarrápidos (Silized)

✓ Os fusíveis ultrarrápidos SILIZED são utilizados na proteção de curto-


circuito de semicondutores, tiristores, GTO’s e diodos.

✓ Estão adaptados às curvas de carga dos tiristores e diodos de


potência, permitindo, quando da sua instalação, seu manuseio sem
riscos de toque acidental.

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Comandos elétricos
✓ Dispositivos de proteção

✓ Fusíveis NEOZED (Tipo D0)

✓ Os fusíveis NEOZED possuem tamanho reduzido e são aplicados na


proteção de curto-circuito em instalações típicas residenciais,
comerciais e industriais.

✓ Possuem categoria de utilização gL/gG, atendendo as correntes


nominais de 2 a 63 ampères.

✓ Categoria de utilização: gG (para aplicação geral e com capacidade de


interrupção em toda zona tempo-corrente).
✓ Tensão nominal: 400 VCA / 250 VCC.
✓ Capacidade de interrupção nominal: 50 kA até 400 VCA e 8 kA até 250
VCC.

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Comandos elétricos
✓ Dispositivos de proteção

✓ Fusíveis NEOZED (Tipo D0)

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Comandos elétricos
✓ Dispositivos de proteção

✓ Fusíveis NH

✓ Os fusíveis tipo NH (Niederspannungs Hochleitungs - Baixa Tensão e Alta


Capacidade de Interrupção) devem ser manuseados por pessoas
qualificadas, sendo recomendados para ambientes industriais e similares.

✓ Faixas: de 4 a 630 A, capacidade de ruptura de 120 kA e tensão máxima


de 500 V.

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Comandos elétricos
✓ Dispositivos de proteção

✓ Fusíveis NH

✓ O fusível possui corpo de porcelana de seção retangular. Dentro desse corpo,


estão o elo porcelana existem duas facas de metal que se encaixam
perfeitamente nas garras da base. O elo fusível é feito de cobre em forma de
lâminas vazadas em determinados pontos para reduzir a seção condutora. O
elo fusível pode ainda ser fabricado em prata.

✓ Os fusíveis NH suportam elevações de tensão durante certo tempo sem que


ocorra fusão. Eles são empregados em circuitos sujeitos a picos de corrente e
onde existam cargas indutivas e capacitivas.

✓ Em resumo, sua construção permite valores padronizados de corrente que


variam de 6 a 1200 A.

✓ Sua capacidade de ruptura é sempre superior a 70 kA com uma tensão


máxima de 500 V.
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Comandos elétricos
✓ Dispositivos de proteção

✓ Fusíveis

✓ O tempo de atuação de um fusível empregado na proteção de motores


deve ser sempre maior que o tempo de duração da partida da
máquina.

✓ Para a proteção de cabos ou linhas de energia, deve-se assegurar que a


capacidade do fusível seja sempre menor ou igual à máxima corrente
suportada pelo cabo e maior ou igual à máxima corrente fornecida ao
circuito.

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Comandos elétricos
✓ Dispositivos de proteção

✓ Fusíveis

✓ Especificação: para cargas acionadas em regime S1, a corrente


nominal do fusível deve ser igual ou inferior ao produto da corrente de
rotor bloqueado do motor por um fator de multiplicação.

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Comandos elétricos
✓ Dispositivos de proteção

✓ Exemplo 2: Determinar a proteção fusível de um motor trifásico de 50


cv, 380V, IV polos.

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Comandos elétricos
✓ Dispositivos de proteção

✓ Fusíveis

✓ Proteção de circuitos de distribuição de aparelhos: A corrente


nominal do fusível deve ser igual ou superior à soma das correntes de
carga.

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Comandos elétricos
✓ Dispositivos de proteção

✓ Relé de sobrecarga

✓ Os relés de sobrecarga são dispositivos baseados no princípio da dilatação de


partes elétricas bimetálicas (metais diferentes) que sofrem dilatações diferentes
quando submetidas a uma variação de temperatura.

✓ A Figura abaixo mostra a deflexão do bimetal, onde se vê que a curvatura do


mesmo se dá para o metal de menor coeficiente de dilatação. Esta curvatura é
utilizada para desarmar um contato e portanto desligar o relé.

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Comandos elétricos
✓ Dispositivos de proteção

✓ Relé de sobrecarga

✓ O relé de proteção contra sobrecarga, também conhecido como relé


bimetálico ou ainda relé térmico é aplicado na proteção de motores
elétricos contra sobrecarga.

✓ A sobrecarga é a operação do motor elétrico acima de suas condições


nominais.

✓ A atuação do relé de sobrecarga consiste então em desligar a


alimentação do motor a fim de protegê-lo contra valores de corrente e de
tempo que possam deteriorar a isolação da instalação.

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Comandos elétricos
✓ Dispositivos de proteção

✓ Relé de sobrecarga

✓ Existem dois tipos de relé de proteção contra a sobrecarga, de acordo


com o principio construtivo:

✓ relés de sobrecarga bimetálico;

✓ relés de sobrecarga eletrônico, apropriados para as funções de proteção


contra sobrecarga, proteção de falta de fase e assimetria de fase.
Podem oferecer também uma detecção interna de fuga à terra,
possuindo rearme elétrico remoto integrado

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Comandos elétricos
✓ Dispositivos de proteção

✓ Relé de sobrecarga

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Comandos elétricos
✓ Dispositivos de proteção

✓ Relé de sobrecarga

✓ Possíveis causas de aquecimento excessivo em um motor elétrico:

✓ Sobrecarga mecânica na ponta do eixo;

✓ Tempo de partida muito alto;

✓ Rotor bloqueado;

✓ Falta de uma fase;

✓ Desvios excessivos de tensão e frequência da rede.

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Comandos elétricos
✓ Dispositivos de proteção

✓ Relé de sobrecarga

✓ A figura abaixo mostra o aspecto (vista superior) de um relé de


sobrecarga eletrônico, bem como a identificação dos seus terminais. Os
terminais do relé de sobrecarga são marcados da mesma forma que os
terminais de potência dos contatores.

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Comandos elétricos
✓ Dispositivos de proteção

✓ Relé de sobrecarga

✓ Os terminais dos circuitos auxiliares do relé são marcados com funções


específicas. Com a terminação 6 (95-96), a chave é do tipo NF e com a
terminação 8, a chave é do tipo NA (95-98 ou 97-98, no caso do duplo
contato).

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Comandos elétricos
✓ Dispositivos de proteção

✓ Relé de sobrecarga

✓ A Figura abaixo mostra a instalação de um relé de sobrecarga em um


diagrama de acionamento.

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Comandos elétricos
✓ Dispositivos de proteção

✓ Relé de sobrecarga

✓ Ajuste da corrente: Serviço contínuo (S1)

✓ A corrente do relé deve estar compreendida entre a corrente de


projeto, ou corrente de carga prevista, e a capacidade dos
condutores. Ou seja:

I c  I a  I nc

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Comandos elétricos
✓ Dispositivos de proteção

✓ Relé de sobrecarga

✓ Ajuste da corrente: Serviço contínuo (S1)

✓ O tempo de partida do motor deve ser inferior ao tempo de atuação


do relé para a corrente de partida correspondente, enquanto o tempo
de rotor bloqueado deve ser igual ou superior ao valor do tempo
ajustado, ou seja:

Tpm  Tar  Trb

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Comandos elétricos
✓ Dispositivos de proteção

✓ Exemplo 3: Determinar o ajuste do relé de proteção de sobrecarga


térmica de um motor de 50 cv, 380V, IV polos, em regime de
funcionamento S1, alimentado por um circuito em condutor unipolar de
cobre, tipo da isolação PVC, de seção igual a 25 mm2, instalado em
canaleta fechada embutida no piso. O tempo de partida do motor é de
2s.

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Comandos elétricos
✓ Dispositivos de proteção

✓ Exemplo 3:

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Comandos elétricos
✓ Dispositivos de proteção

✓ Relé de sobrecarga

✓ Serviço de curta duração ou intermitente

✓ Quando prevista a proteção de sobrecarga, a seleção da faixa de


disparo e a corrente de ajuste devem ser dimensionadas de acordo
com o mesmo princípio apresentado para os motores em serviço
permanente, porém os tempo de disparo nas curvas devem ser
reduzidos a 25% dos valores prévios.

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Comandos elétricos
✓ Dispositivos de proteção

✓ Relé de sobrecarga

✓ Serviço de curta duração ou intermitente

✓ A equação para o cálculo da corrente equivalente do ciclo de carga é


dada por:
2
I pm  Tpm + I nm
2
 Tn
I eq =
Tt + 1  Tr
3

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Comandos elétricos
✓ Dispositivos de proteção

✓ Exemplo 4: Determinar o ajuste do relé bimetálico de proteção de um


motor de 75 cv, 380V, IV polos, em regime de funcionamento intermitente
tipo S4. O tempo de partida do motor é de 3s. O motor opera em
condição de sobrecarga de 10%. O condutor é do tipo unipolar, isolado
em PVC, e está instalado no interior de eletroduto PVC, enterrado no
piso (50 mm2).

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Comandos elétricos
✓ Dispositivos de proteção

✓ Exemplo 4:

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Comandos elétricos
✓ Dispositivos de proteção

✓ Relé eletrônico de proteção contra falta de fase

Esse dispositivo deve ser aplicado sempre após outro dispositivo que
possa operar monopolarmente, já que ele é sensível à ausência de fase
do sistema desde a fonte até seu ponto de instalação. Atua
normalmente sobre o contator de manobra do motor

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Comandos elétricos
✓ Dispositivos de proteção

✓ Relé eletrônico de proteção contra inversão na sequência de fase

✓ Estes relés são dispositivos eletrônicos que protegem os sistemas


trifásicos contra inversão da sequencia de fase. Sempre que houver esta
anomalia no sistema trifásico o relé atuará para interromper a operação
do motor ou processo a ser protegido.

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Comandos elétricos
✓ Dispositivos de proteção

✓ Relé eletrônico de proteção contra inversão na sequência de fase

✓ Se a sequência de fase estiver correta o relé de saída comuta os contatos para a


posição de operação (fechando os terminais 15-18, NA) e o LED vermelho (relé)
e o verde (alimentação) ligarão (gráfico de atuação).

✓ Na ocorrência de inversão das fases, o LED vermelho desliga e o relé comuta a


sua chave para a posição 15-16 (NF).

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OBRIGADO

Prof. Thiago Paula Silva de Azevedo

thiago.azevedo@cruzeirodosul.edu.br

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