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O Poder terapêutico

das mandalas
Como usar mandalas para meditar, atrair boas energias e aliviar tensões
“Todas as manhãs, eu esboçava num caderno um pequeno
desenho circular, uma mandala, que parecia corresponder à
minha situação interior no momento... Só aos poucos fui
descobrindo o que é propriamente a mandala: ... O Self, a
totalidade da personalidade, que, se tudo vai bem, é
harmonioso. (Jung, 1965, 195-196).”
Afinal o que são mandalas?
Mandalas é um termo sânscrito que significa “círculo” ou
“totalidade”. O desenho dentro do círculo simboliza a totalidade e o
cosmos.
Manda = essência / la = conteúdo - Círculo da Essência.
O Padrão circular da mandala está presente em muitas formas
naturais, a mandala também é considerada uma geometria sagrada.
Afinal o que são mandalas?
O desenho básico da mandala se repete frequentemente na
natureza. As espirais de sementes em um girassol, os anéis num
tronco de árvore, um floco de neve, uma célula com o núcleo no
centro - todas refletem a representação simbólica do universo que
se vê na mandala.
Afinal o que são mandalas?
Elas agem como portais energéticos capazes de canalizar e emanar
energia.
Podem ser programadas para fins específicos.
Todo ser humano reconhece esse modelo básico porque o traz
dentro de si.
Mandala é movimento, é a roda da vida, a imagem do universo que
surge continuamente do mesmo centro, desenvolvendo-se para o
exterior e ao mesmo tempo convergindo da multiplicidade para o
centro unificador.
A Sacralidade do Círculo
O círculo é forma pura, sem começo nem fim. É a origem de tudo. Na
geometria Sagrada representa a unidade e a integridade.
O círculo tem sido útil nos esforços para explicar como as coisas
começaram, para orientar-se no mundo físico e para simbolizar as
maravilhas da natureza. Não surpreende que o círculo tenha feito
parte também dos rituais que tentam induzir, canalizar, conter ou
provocar as experiências do sagrado.
Para os povos que percebem no círculo um reflexo da essência da
vida, criá-lo é um ato sagrado.
O espaço delimitado pelo círculo ritual passa de espaço comum a
espaço sagrado.
Onde Surgiram as Mandalas?
Mitos da criação baseados na ideia do círculo são encontrados nas
tradições da Europa, da África, do Pacífico Sul e da Índia.
Evidentemente, esse motivo se harmoniza com profundas intuições
humanas.
Na cultura ocidental, a ideia do círculo como o começo de todas as
coisas apareceu nos escritos de Platão. Ele nos deixou este relato da
criação:
“...ele criou o universo como uma esfera em revolução num círculo,
única e solitária, mas capaz de fazer companhia a si própria em razão
de sua excelência, sem precisar de nenhuma outra amizade ou
relação. (Citado em Kaufman, 1961, 331)”
Padrão
Mandálico na
Natureza
Onde Surgiram as Mandalas?
• É difícil precisar sua origem e história, porque história pressupõe
tempo e a mandala existe, em essência, além do tempo e do
espaço.
• A Mandala é tida como um cosmograma, um mapa do universo,
com as regiões assinaladas para os guardiões espirituais do
cosmo. Os desenhos são tradicionais e diz-se que muitos foram
captados no passado por adeptos que meditavam sobre os
planos;
• As mandalas também podem carregar um significado religioso e
estão presentes em todas as culturas;
• Podemos encontrar mandalas cristãs, hinduítas, budistas, o
símbolo do tao é uma mandala, celtas...
Onde Surgiram as Mandalas?
• Em muitas culturas como a budista e a hindu a mandala colorida é vista,
entre outros conceitos, como a ordem cósmica, ou seja, o diagrama ou
imagem simbólica do universo (macrocosmo) integrado ao ser
(microcosmo) que atua como uma ferramenta para a jornada de evolução
espiritual. O símbolo da mandala também apresenta um
viés terapêutico e fala sobre a ordem psíquica.
Mandalas tibetanas (budistas)
• As mandalas de areia (Dul-Tson-Kyil-Khor) feitas por monges tibetanos são
verdadeiras joias da cultura do Tibete, uma vez que exploram a estrutura do
universo e a natureza impermanente de tudo o que existe através da mais
refinada arte. A mandala tibetana é elaborada com a estrutura de um palácio
(ou templo) centralizado na essência búdica que se irradia em quatro virtudes
(ou portões): compaixão, bondade amorosa, equidade e alegria altruísta.

• Além do conceito filosófico e religioso budista que objetiva por fim ao


sofrimento do mundo por meio da visão correta da realidade e da percepção
do divino que há em tudo o que existe, as mandalas coloridas são um
importante exercício de desapego, pois quando finalizadas são completamente
destruídas.
YANTRA
O Yantra é um diagrama hindu ou budista usado para meditação, simboliza o
universo e seus poderes divinos. Os Yantras também são conhecidos como
imagens de poder e são capazes de nos induzir a estados meditativos. A
Mandala pode ser descrita essencialmente como um yantra circular que
também representa o universo.
Mandalas Hinduístas
• A mandala se insere na cultura hindu como símbolo da
presença divina e elemento ritualístico de orientação e
do espaço sagrado. Ela representa a conexão da
materialidade com a espiritualidade e exibe as leis que
dirigem o cosmos, sobretudo em práticas psicofísicas como
o yoga, o tantra e a meditação.
• Os desenhos intrincados, como os inspirados nas pétalas
da flor de lótus, são ferramentas potentes para manter a
mente focada e a unidade espiritual.
• Os sete chakras são representados pela flor de lótus em
forma de mandalas;
Mandalas Hinduístas
• A mandala tradicional hinduísta faz parte do ritual de
orientação e do espaço sagrado central, que são: o altar e o
templo. É o símbolo espacial da presença divina, no centro do
Mundo (Vastu-Purusha mandala).

“As mandalas são diagramas circulares e esféricos para a visualização durante as


práticas religiosas. É um dos maiores símbolos da experiência humana. Ela é a
passagem de um estado para outro, ou seja, do material ao espiritual. Seu centro
é uma entidade; sua periferia é a perfeição. É um instrumento visual para a
concentração ou meditação introvertida que conduz à realização das formas
sobrenaturais que se encontram na mandala” (Chandra e Kumar, 2005, p. 308)
Representação Madálica dos Chacras
Mandalas Cristãs (rosáceas)
Os construtores góticos utilizavam a mandala por ser o
símbolo mais adequado para representar o caráter cíclico da
criação e a união da transcendência (ponto central) com a
polaridade (contorno da rosácea).
As rosáceas são verdadeiras mandalas de luz que nos levam
ao sagrado. Foram construídas com o intuito de serem
objetos de contemplação e meditação. Sua intenção
principal era unir o finito ao infinito e buscar o contato da
espiritualidade para se elevar e com isso, chegar ao sagrado.
A passagem da luz solar pelos vitrais coloridos das rosáceas
góticas simbolizam a iluminação. É o poder da mandala em
luz, cor e tons. Elas foram construídas com utilização de
geometria sagrada, onde os cálculos visam a perfeição para
chegar até o divino
Rosáceas Góticas
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Mandalas Celtas
Os antigos celtas eram um povo extremamente espiritual que encontrava
profundo simbolismo até nas coisas mais básicas. Como outros grupos de
inclinação espiritual, que são basicamente todos na época, eles
usavam mandalas para expressar suas crenças em um formato físico e
artístico
O povo celta via essas mandalas como uma maneira criativa e tátil de se
conectar com suas origens e ancestrais. Eles usaram os símbolos da mandala
para visualizar seus desejos, imitar suas visões e, finalmente, enriquecer sua
cultura e tradição.
Em geral, as mandalas eram ferramentas para abrir e enriquecer a mente.
Permitiu que os indivíduos mergulhem nas profundezas de sua alma e
recuperem um equilíbrio adequado e saudável entre pensamentos internos
e comportamentos externos
Mandalas Celtas
Mandalas e a Psicologia
Carl Gustav Jung, o psiquiatra suíço, adotou a palavra sânscrita
mandala para descrever os desenhos circulares que ele e seus
pacientes faziam.
Jung um grande estudioso das mandalas no mundo ocidental,
dizendo que as mandalas são uma fotografia do nosso inconsciente.
Jung associava a mandala com o Self, o centro da personalidade
como um todo. Na sua opinião, a mandala mostra o impulso natural
para vivenciar o nosso potencial e realizar o padrão da nossa
personalidade integral.
O crescimento rumo à totalidade é um processo natural que traz à
luz a singularidade e a individualidade de uma pessoa. Por essa
razão, Jung o chamava de individuação.
As Mandalas e a Psicologia
• O resultado dessa individuação é a integração
harmoniosa da personalidade com o Self, o princípio
unificador central.
• Carl Gustav Jung descobriu que as mandalas surgem
como imagens interiores espontâneas, particularmente
em situações críticas de caos interior.
• As mandalas são uma tendência autocurativa da alma,
e podem trazer respostas a tudo que não conseguimos
elaborar de forma consciente;
As mandalas e a Meditação
• A mandala é uma forma de meditação ativa, pois é possível acionar os
dois lados do cérebro ao mesmo tempo desenhando mandalas. Porque o
desenho ativa o lado criativo enquanto a geometria da mandala ativa o
lado racional/lógico, o que faz com que fiquemos focados, atentos e
onde está sua atenção está sua consciência. É uma maneira eficaz de se
fazer presente.
• As mandalas coloridas com designs visualmente atraentes compostos
pela geometria sagrada dos círculos, triângulos e quadrados promovem
concentração, foco, confiança ao absorverem a mente e cessarem os
barulhos internos e pensamentos destrutivos – fato que as colocam
como instrumentos essenciais em ambientes zen para estabelecer um
ponto focal na meditação.
As mandalas e a Meditação
• A mandala usada como apoio visual para atingir estados mentais
desejáveis também é conhecida na Europa. As Rosáceas que
seduzem os olhos e deslumbram o observador num misto de
harmonia, admiração e exultação.
• A contemplação de uma mandala também induz estados medittivos,
O mandala fornece um ponto focal que é uma janela para o
absoluto. Ao concentrar-se em estado meditativo, a mente do
observador é sintonizada com a energia representada, como um
portal de acesso.
• Quando a mente está concentrada em um único objeto simples o
falatório mental tende a cessar.
As mandalas e a Meditação
• A mandala serve como um auxiliar visual à meditação. As mandalas
também podem ser tentativas de ilustrar uma percepção espiritual
específica. De acordo com Jung (1974), foi assim que as primeiras
mandalas ritualísticas foram criadas;
• Tradicionalmente, as mandalas servem como instrumentos de
meditação que intensificam a concentração no ser interior, a fim de
levar a pessoa a atingir experiências significativas. Ao mesmo
tempo, elas produzem uma ordem interior. As mandalas simbolizam
"um refúgio seguro da reconciliação interior e da totalidade;
Prática 01 – Desenvolvendo a
Intuição
Desenvolvendo a Intuição
• A intuição é uma faculdade que permite obter conhecimento direto,
independente das falsas traduções, julgamentos e comparações provocadas
pelas respostas intelectuais.
• Quem intui positivamente vê a realidade como ela é, sem o deprimente e
desgastante processo racional.
• A glândula pineal é o centro da polividência intuitiva.
• A intuição se manifesta no coração, na forma de pressentimentos; contudo, na
glândula pineal, estes pressentimentos se convertem em imagem intuitivas.
• O seguinte mantra é específico para o desenvolvimento da intuição:
• TRRRIIIIIIINNNNNNNN
• O mantra é vocalizado numa única expiração, prolongando-se o som da vogal I e
da consoante N, damos ao mantra a entonação semelhante a uma campainha.
• Este mantra poderá ser executado verbal ou mentalmente, quando estivermos
mergulhados em profundo silencio.
Prática 02 – Desenho mão livre

• Colocar uma música de meditação;


• Acender um incenso (opcional);
• Pegar papel e caneta;
• Iniciar um desenho circular a partir de um ponto
central.
Poder energético e Terapêutico
• Corretamente desenhada e devidamente consagrada, torna-se
um foco de energia, atraindo poderes ocultos e transmitindo ela
própria emanações mágicas, como um talismā.
• O campo de força de uma mandala modifica nossa energia em
vários níveis. Ele estimula a mente, equilibra as emoções e ativa
processos físicos, ajudando a reestabelecer sua função plena.
• A mandala atua como uma campo de força no qual as
emanações das formas, da estrutura numérica e das cores são
poderes vibracionais atuantes, assim a mandala pode alterar a
energia (vibração) daquilo que suas emanações atingem.
Prática 03 – Atração
• Escolha uma mandala que mais te atraia:

4 5 6
2 3
1

7 8 9 10 11 12
Interpretação da Mandala
Significado dos números
Base 01 – Seleção Base 07 - Espiritualização
Base 02 – Ampliação Base 08 - Compensação
Base 03 - Expansão Base 09 – Especialização
Base 04 – Criação Base 10 – Movimentação
Base 05 – Liberação Base 11 - Preservação
Base 06 - Associação Base 12 - Dissolução
Interpretação da Mandala
Significado das cores:
Vermelho: TER – dinamismo, coragem e liderança
Amarelo: AGIR – discernimento, sintonia, alegria
Azul: FALAR e OUVIR – paciência, harmonia, equilíbrio
Laranja: SENTIR – alegria, capacidade de recuperação
Verde: AMAR – segurança, esperança e bons sentimentos
Índigo: VER – intuição, capacidade de perdoar
Violeta: SABER – fé, caridade, bondade
Prática 03 – Criando sua mandala
• Colocar uma música de meditação;
• Acender um incenso (opcional);
• Usar, lápis, compasso e régua;
• Encontrar o centro da mandala;
• Fazer as marcações;
• Desenhar;
• Pintar.
Preparação para o Desenho
Significado dos números
Resumo da Mandala base 01:

Palavra-chave: Seleção.
Qualidades que estimula: iniciativa, independência, inteligência.
No Plano Material: dá impulso para ação, ajuda o que se inicia.
No plano espiritual: ativa o livre-arbítrio, traz ajuda espiritual.
No plano emocional: dá segurança, gera autoconfiança
No plano energético: ativa os processos físicos, tira o desânimo
Significado dos números
Resumo da Mandala base 02:

Palavra-chave: ampliação.
Qualidades que estimula: acolhimento, receptividade, carinho.
No Plano Material: amplia possibilidades materiais, traz fartura.
No plano espiritual: traz sabedoria, desenvolve a aceitação.
No plano emocional: favorece a ligação com a mãe e cuidado com
o próximo
No plano energético: torna sensível, melhora a intuição.
Significado dos números
Resumo da Mandala base 03:

Palavra-chave: expansão.
Qualidades que estimula: comunicabilidade, atenção,
determinação.
No Plano Material: aumento das posses, ganhos.
No plano espiritual: influência sobre a matéria, generosidade.
No plano emocional: conquistas, desejos fortes, dominação.
No plano energético: ajuda a tratar a depressão, abre o coração
Significado dos números
Resumo da Mandala base 04:

Palavra-chave: Criação.
Qualidades que estimula: atividade, realização, organização.
No Plano Material: construção, estabilização financeira.
No plano espiritual: capacidade de receber amparo.
No plano emocional: segurança afetiva, conquistas.
No plano energético: aumento da energia física.
Significado dos números
Resumo da Mandala base 05:

Palavra-chave: Liberação.
Qualidades que estimula: liberdade, confiança, naturalidade.
No Plano Material: viagens, vida social, mudanças rápidas.
No plano espiritual: ensina o desapego, traz bons fluidos.
No plano emocional: descontração, elimina a irritabilidade.
No plano energético: ativação de boas energias por meio de
rituais.
Significado dos números
Resumo da Mandala base 06:

Palavra-chave: Associação
Qualidades que estimula: conciliação, decisão e paciência.
No Plano Material: conforto, lar agradável, família feliz, serviço.
No plano espiritual: harmonia, integração, religiosidade.
No plano emocional: aceitação das obrigações, casamento.
No plano energético: afasta energias exteriores.
Significado dos números
Resumo da Mandala base 07:

Palavra-chave: Espiritualização
Qualidades que estimula: fé, caridade, sabedoria.
No Plano Material: honras, reconhecimento, triunfo.
No plano espiritual: misticismo, aprendizado, intuição.
No plano emocional: estabilidade, calma, introspecção.
No plano energético: proteção, amparo, inspiração.
Significado dos números
Resumo da Mandala base 08:

Palavra-chave: Compensação.
Qualidades que estimula: responsabilidade, persistência, seriedade.
No Plano Material: resultados do trabalho, recompensas, dinheiro.
No plano espiritual: poder, merecimento, julgamento correto.
No plano emocional: equilíbrio, serenidade, discernimento.
No plano energético: vitalidade, saúde, mente clara.
Significado dos números
Resumo da Mandala base 09:

Palavra-chave: Especialização
Qualidades que estimula: estudo, autocontrole, conscientização;
No Plano Material: pesquisa, poupança, investigação;
No plano espiritual: busca concretizada, evolução, descobertas;
No plano emocional: espera, calma, viver bem consigo mesmo.
No plano energético: conservação da energia, isolamento, defesa.
Significado dos números
Resumo da Mandala base 10:

Palavra-chave: Movimentação
Qualidades que estimula: dinamismo, atividade, otimismo;
No Plano Material: aceleração, mudança de ciclo, sorte.
No plano espiritual: compreensão da roda da vida, aceitação;
No plano emocional: alegria, entusiasmo, impulsos para a ação;
No plano energético: ativação de processos energéticos, aceleração.
Significado dos números
Resumo da Mandala base 11:

Palavra-chave: Preservação
Qualidades que estimula: segurança, paciência, educação
No Plano Material: força conquistadora, crescimento,
manutenção;
No plano espiritual: ativação de dons natos, sabedoria;
No plano emocional: certeza de ser amado, doação, entrega
No plano energético: controle de energias, boa administração dos
recursos energéticos
Significado dos números
Resumo da Mandala base 12:

Palavra-chave: Dissolução
Qualidades que estimula: caridade, sinceridade, solidariedade;
No Plano Material: concretização, finalização, colaboração;
No plano espiritual: entendimento, conexão com seres iluminados;
No plano emocional: sentimentos livres, capacidade de ser amigo
No plano energético: liberação da energia para suprir quem não tem;
Bibliografia
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