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Universidade da Beira Interior

TRIUNFO DOS
TOTALITARISMOS NA EUROPA
Mário Matos
Nº 18672
Exercícios práticos Ex.: 3

O triunfo dos totalitarismos na Europa


Após a Primeira Guerra Mundial a Europa vivia tempos difíceis. Arruinada e bastante
endividada procurava resolver a sua débil situação com políticas inflacionistas, no entanto, a grande
quantidade de moeda em circulação não correspondia à produção, a moeda desvalorizava tendo
como consequência uma alta de preços. Os maiores prejudicados foram da Alemanha, Áustria e
Hungria – países vencidos durante o conflito com elevadas indemnizações a saldar.
As dificuldades económicas, sociais e culturais originaram crises no seio das sociedades
democráticas liberais, o que constituiu uma oportunidade para os regimes autoritários fascistas,
caracterizados por forte repressão, totalitarismo do poder, supressão das liberdades individuais e
traços específicos de cada regime fascista.
Em Itália, tirando partido do descontentamento social, da crise económica e a incapacidade
governativa, Mussolini “marcha sobre Roma”, em Outubro de 1922, comandando os Camisas
Negras, e obrigando Vítor Manuel III a abdicar do poder e demitir o governo, nomeando el duce
chefe do Governo. Dois anos depois, nas eleições nacionais, Mussolini consegue maioria absoluta
de votos e implanta a ditadura fascista.
Este regime instaurado em Itália, para além dos traços comuns aos regimes fascistas,
caracterizava-se por uma forte propaganda e culto do chefe, nacionalismo, corporativismo e
imperialismo.
Na Alemanha, aproveitando a grave crise económica de 29 e tirando, habilmente, partido da
humilhação do diktat (humilhação das imposições do Tratado de Versalhes), Hitler consegue
implantar o Partido Nacional-Socialista. Conquistando o apoio dos desempregados, dos
desfavorecidos socialmente, das populações rurais, pequena e média burguesia desejosa por uma
melhoria na sua situação económica e social, e ganhando também o apoio da grande burguesia
receosa do comunismo, o Partido Comunista vence as eleições em 1932. Um ano depois Hitler é
nomeado chanceler alemão.
O nazismo distingue-se, além dos princípios ideológicos do fascismo, pelo extremo e
violento racismo e imperialismo desmedido, a conquista do “espaço vital para a raça superior,
legítima representantes da raça ariana”.
No final dos anos 30, as democracias europeias regrediam, resistindo apenas aquelas cuja
tradição liberal era bastante forte, de que são exemplo a França e Inglaterra cujas mediadas
intervencionistas do Estado permitiram a manutenção de Estados Liberais.
Em França a resistência da democracia passou pela constituição de um governo da Frente
Popular, coligados com partidos de esquerda, que alcançou o poder em 1936. Em Espanha também
um partido de Frente Popular subiu ao poder (1936), mas arrastou o país para uma guerra civil. Em

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Inglaterra, numa tentativa de superar a crise, criaram-se governos de União Nacional, resultantes da
união entre partidos trabalhistas, liberais e conservadores.
Em Portugal o Estado Novo, regime fascizante, caracterizava-se pelo sistema de valores
sociais tradicionais (Deus, Pátria, Família, Paz Social, Austeridade, Hierarquia, Autoridade e
Moralidade) assentes nos princípios característicos dos fascismos europeus.
Pela Europa fora o totalitarismo fascista foi sendo instaurado, com destaque para os
fascismos italiano e alemão. Anti parlamentar, anti liberal e anti marxista, o fascismo distinguia-se
pela subordinação do indivíduo perante um Estado forte e dirigista que controlava a educação,
cultura, economia e sociedade através da figura da figura suprema do chefe a quem todos deviam
obediência. Os fascismos apoiavam-se num forte aparelho repressivo e em gigantescas campanhas
de propaganda para “controlar o povo em prol dos interesses da nação”. Nas suas particularidades, o
fascismo italiano era um modelo económico-social corporativista enquanto que o nazismo alemão
foi profundamente racista e militarista.

Trabalho de: História do Século XX


Docente: Alexandre Costa
Aluno: Mário Matos, N.º 18672
Curso: Ciências da Comunicação
Ordem: 2A/1S – Exercício 3

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