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Contextualização

histórico-literária
Almeida Garrett,
Frei Luís de Sousa
Contextualização histórico-literária
Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa

Almeida Garrett
1799-1854
Contextualização histórico-literária
Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa

Almeida Garrett
Dramaturgo, poeta, romancista e político,
Almeida Garrett representa um tempo de
transição entre o Neoclassicismo e o
Romantismo, sendo dos primeiros a
libertar-se dos cânones clássicos e a
introduzir em Portugal a nova estética
romântica.
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Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa

1799 – João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett nasce a 4 de


fevereiro, no Porto, no seio de uma família burguesa e culta.

1809 – Por razões políticas, a sua família refugia-se na Terceira, fugindo à


segunda invasão francesa.
Nos Açores recebe formação cultural disciplinada pela figura
austera do tio bispo, D. Frei Alexandre da Sagrada Família.

1816 – Parte para o Continente e inscreve-se na Faculdade de Leis, em


Coimbra, onde vivenciará experiências culturais determinantes.
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1820 – Assume-se como seguidor dos ideais liberais, participando


entusiasticamente na Revolta liberal, no Porto.

1821 – Conclui a licenciatura em Direito.


Publica, em Coimbra, o poema libertino O Retrato de Vénus,
trabalho que o leva a ser acusado de materialista, ateu e imoral,
bem como de «abuso da liberdade de imprensa», de que será
absolvido no ano seguinte.
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1823 – A Vilafrancada, golpe militar de D. Miguel que põe fim à primeira


experiência liberal em Portugal, leva Garrett para o seu primeiro
exílio, em Inglaterra, mudando-se depois para França, onde
escreve Camões e D. Branca.

1828 – A um breve regresso a Portugal segue-se um segundo exílio, na


sequência do restabelecimento do regime absoluto por D. Miguel.
Garrett volta a Inglaterra e a França, de onde parte para a Terceira,
integrado no exército liberal comandado por D. Pedro IV.
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1832 – Participa no desembarque do Mindelo e escreve, durante o Cerco


do Porto, a primeira parte de O arco de Sant’Ana, que viria a
completar e a editar em dois volumes, em 1845 e 1850.

1833 – É nomeado secretário da comissão de Reforma Geral dos Estudos.

1834 – É nomeado cônsul-geral e encarregado de negócios na Bélgica.

1835 – Regressa a Portugal.


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1836 – Depois do triunfo da Revolução de Setembro, Garrett é responsável


por várias reformas nas artes, tendo proposto a organização de uma
Inspeção-Geral dos Teatros, a edificação do Teatro D. Maria II, a
criação do Conservatório Geral de Arte Dramática, entre outras.

Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa


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1841 – Num discurso a propósito da Lei da Décima, ataca violentamente o


ministro António José d’Ávila, o que o leva à demissão de todos os
seus cargos públicos.

1842 – O escritor opõe-se à restauração da Carta proclamada no Porto por


Costa Cabral. É eleito deputado nas eleições para a nova Câmara
dos Deputados cartista.
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1843 – Ataca violentamente o governo cabralista,


comparando-o ao absolutista.

Apresenta, pela primeira vez, a peça


Frei Luís de Sousa, no Conservatório Nacional.

Começa a publicar, na Revista Universal


Lisbonense, as Viagens na Minha Terra.

Frontispício da 1.ª edição de


Frei Luís de Sousa
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1850 – Juntamente com outras cinquenta


personalidades, Garrett assina um Protesto
contra a Proposta sobre a Liberdade de
Imprensa, mais conhecida por «lei das rolhas».
É nomeado por Costa Cabral para a comissão do
monumento a D. Pedro IV.

Monumento a D. Pedro IV,


na Praça da Liberdade, no Porto.
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1851 – É agraciado com o título de Visconde e de


Par do Reino , já no tempo da Regeneração.

1852 – É eleito novamente deputado e nomeado


ministro dos Negócios Estrangeiros.

1854 – Realiza, em março, a sua última intervenção


no Parlamento.
Morre em Lisboa, a 9 de dezembro.
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Personalidade de Almeida Garrett


Enquanto estudante, Assume-se como poeta
revela-se contestatário Egocentrista.
genial e perseguido, à
do conservadorismo e semelhança de Camões.
tirania dos mestres.

Seguidor dos ideais


Dado ao prazer.
liberais.

Hábil orador, com


tendência para a Exuberante em relação
teatralidade dos gestos Dândi. aos sentimentos.
e para a exaltação.
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Acontecimentos mais marcantes


• Invasões francesas.
• Revolta liberal – revolução de 1820.
• Estabelecimento das bases da futura Constituição.
• Vilafrancada: abolição da vigência da Constituição de 1822.
• Implantação da monarquia absolutista por D. Miguel (1828).
• Vitória liberal: Convenção de Évora-Monte (1834)
• Restauração da Carta Constitucional por Costa Cabral.
• Início do período da Regeneração (1851).
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• Necessidade de exaltação dos valores nacionais e da busca da


liberdade, como consequência das invasões napoleónicas.

• Apologia de uma sociedade mais justa, mais livre e com maior acesso
à cultura, resultado do progresso social das classes mais baixas.

• Arte romântica como espelho dos tempos modernos deixando


transparecer, paralelamente, uma certa preferência pelo passado.

• Antinomia valorização do sentimento/manifestação subtil da razão.


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O Romantismo

O termo «Romantismo» é de origem inglesa seiscentista


(«romantic») e deriva da palavra francesa «romaunt» («roman» ou
«romant»), que designava os romances medievais de aventuras. No
final do século XVIII, o termo «romântico» passou a ser utilizado na
cultura europeia em oposição a «clássico», já que os artistas, em
especial os escritores, começavam a abandonar o racionalismo e o
rigor do Neoclassicismo.
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O Romantismo

O Romantismo em Portugal surgiu num contexto de grande


insegurança, devido às Invasões Francesas e à grande instabilidade
política, económica e social. A ocupação napoleónica fez a Europa
despertar para a necessidade de exaltação dos valores nacionais e
para a busca da liberdade.
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Obras de Almeida Garrett


• «Retrato de Vénus» (1821)
• Catão (1822)
• «Camões» (1825)
• «Dona Branca» (1826)
• «Adosinda» (1828)
• Lírica de João Mínimo (1829)
• Um auto de Gil Vicente (1838)
• Mérope (1841)
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• O alfageme de Santarém (1842)


• Frei Luís de Sousa (1843)
• Romanceiro e cancioneiro geral (1843)
• Flores sem fruto (1845)
• O arco de Sant’Ana (1845)
• Viagens na minha terra (1846)
• As profecias do Bandarra (1848)
Almeida Garrett
• Folhas caídas (1853) 1799-1854

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