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Introdução
• Doença inflamatória resultante da ativação e
liberação das enzimas pacreáticas, podendo
ser desencadeada por vários mecanismos.
Fisiopatologia
• Uma parcela de tripsinogênio (enzima) vai se ativar
espontaneamente na região intra-acinar, quando que o
certo seria ser ativado no duodeno após entrar em
contato com a secreção duodenal.
• O fator agressor responsável pela pancreatite aguda
desencadeia uma disfunção das células acinares com
ativação intra-acinar das pró-enzimas, ruptura dos
vacuóluos e consequente liberação das enzimas ativas
como: tripsinas, elastases, e fosfolipase A2, que
causam ativação de enzimas ainda inativas , lesão
celular, com autólise do tecido pancreático, gerando
inflamação e até necrose pancreática.
Fisiopatologia
• Dependendo da intensidade da lesão local , há
ativação das cascatas inflamatórias, do
complemento, da coagulação e da fibrinólise, que
ocasionam amplificação da lesão pancreática e
geram a síndrome de resposta inflamatória
sistêmica(SIRS).
• Na microcirculação, ocorre vasoconstrição,
aumento da estase capilar, potencialização de
fenômenos trombólicos e hemorrágicos,
decréscimo da saturação de oxigênio e,
consequentemente , isquemia e hipóxia tecidual
Etiologia
• As principais causas são: litiase biliar, álcool,
medicamentosa, pós- colangiografia
endoscópica retrógrada, hipertrigliceridemia e
traumática.
Diagnóstico
• Dor abdominal de início agudo, contínua, de forte
intensidade, em quadrante superior do abdome,
geralmente em faixa, que se inicia no epigástrio,
com irradiação para dorso e geralmente associada
a náuseas, vômitos, e, em alguns casos, febre, se >
48h, tem boa correlação com quadro infeccioso;
• O exame físico inclui dor a palpação, distensão
abdominal e redução dos ruídos hidroaéreos,
podendo haver sinais evidentes de peritonite.
• Raramente, observam-se os sinais clássicos, como
sinal de Cullen equimose periumbilical; e sinal
de Grey equimose nos flancos; ocasionados pela
presença de exsudatos necróticos
Diagnóstico- achados laboratoriais
• Amilase é o teste mais utilizado. Encontra-se com
nível plasmático elevado já com seis horas da lesão
inicial, com pico em 48h e pode normalizar-se em três
a cinco dias. Valores acima de 3X o limite superior da
normalidade são considerados diagnósticos pela
maioria dos estudos.
• Amilase sérica acima de 1.000U/L e/ou valores de TGO
maiores que 150UI/L são sugestivos de etiologia biliar,
com valor preditivo de 95%.
• Sua normalização pode não significar resolução do
quadro.
• Quando há hiperlipidemia, a determinação sérica da
amilase fica comprometida, e , nesses casos pode-se
utilizar sua dosagem urinária.
Diagnóstico– achados laboratoriais
• Pacientes com pancreatite crônica podem ter
episódios agudos com amilase sérica normal ou
pouco aumentada, devido à fibrose do
parênquima;
• Aumentos séricos isolados de amilase podem
ocorrer na ausência de pancreatite , como na
microamilasemia, doença das gl. Salivares,
doenças com decrescimo da filtração glomerular(
redução do clearence renal), e algumas doenças
abdominais extrapancreáticas.
Diagnóstico--Lipase
• Aumento dos níveis séricos de lipase ocorre
também em algumas horas, com pico em torno de
24h. A enzima permanece aumentada por tempo
maior que a amilase, normalizando-se com 8-14
dias. Por essa razão apresenta vantagem nos
diagnósticos de quadros mais arrastados (grau de
recomendação A).
Diagnóstico-- RX
• A radiografia simples de abdome permite
demonstrar distensão, principalmente de alças
de delgado, e , em alguns casos, “alça
sentinela” e níveis hidroaereos localizados ou
difusos. A radiografia de tórax, quando
alterada, revela elevação do hemidiafragma,
derrame pleural e infiltrado pulmonar,
principalmente à esquerda.
Diagnóstico-- USG
• É um excelente método para detecção da etiologia
biliar , porém é um exame operador dependente e
torna-se bastante prejudicada quando há distenção
de alças, frequente nos casos de pancreatite aguda
grave.
TC
• É considerada o principal método radiológico no
diagnóstico. Auxilia também nos diagnósticos
diferenciais, complicações e necrose, auxilia na guia de
punções com agulha e é importante indicador de
gravidade.
• O uso de contraste é essencial para o diagnóstico de
necrose. Nas primeiras 48h do inicio dos sintomas
pode gerar falsos negativos.
• O contraste pode ocasionar vasoconstrição arterial e
progressão de uma pancreatite edematosa para necro-
hemorrágica. Por esse motivo, ela não deve ser
indicada de forma rotineira.
• Indicação: suspeitos de pancreatite aguda grave, PCR >
150mg/dL, ou nos casos leves com evolução arrastada.
RNM
• Não pode ser empregada em pacientes que
possuam próteses ou que necessitem de bomba de
infusão. Essa apresenta sensibilidade maior para
necrose e coleções.