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ESCOAMENTO EM MEIOS

POROSOS

LEITO FIXO
LEITO FIXO

escoamento de fluidos
- líquidos ou gases
através de leitos de
partículas - leito fixo
LEITO FIXO

As colunas empacotadas
como são também
chamados estes
equipamentos são
usadas para reações com
catalisadores, adsorção
de um soluto, absorção,
leito de filtração, etc.
LEITO FIXO

objetivos
promover o contato íntimo
entre as fases
envolvidas no processo:
-fase fluida gasosa e/ou
líquida com a fase
estacionária/partículas
LEITO FIXO

contato íntimo
entre as fases
envolvidas
no processo...
...diferentes
fases fluidas
LEITO FIXO

Escoamento bifásico
As Colunas de Recheio são
muito usadas
Objetivo ....
....recheio que promova
uma elevada área
interfacial entre as duas
fases e um alto grau de
turbulência nos fluidos,
com uma menor queda
de pressão....
Tipos de recheios

Sólidos quebrados:
- mais baratos
- porosidade - não é uniforme
- transferência de massa - não satisfatória

Recheios de forma definida:


- grande área superficial
- baixa perda de carga
- porosidade - 0,45 a 0,95.

materiais ... cerâmica, metais, vidro, plásticos, carbono,


borracha....
Recheios
tipos mais utilizados ...Anéis de Raschig, Anéis
Pall, Anéis Lessing e as Selas de Berl.
Colunas empacotadas
situação ideal –
distribuição uniforme do líquido no topo,
levando a formação de filmes líquidos
sobre todas as superfícies do recheio e
toda coluna...
razão
Dcoluna Drecheio  10
LEITO FIXO

Algumas aplicações de Leitos Fixos de


Partículas:
1 – Processos de adsorção
2 – Processos de absorção de gases
3 – Coluna de destilação com recheio
4 – Extração líquido-líquido
5 - Leitos de reação catalítica
6 - Filtros de resina de troca iônica
LEITO FIXO

processos na indústria de alimentos...


Colunas de destilação ou extração - produção de etanol,
tratamento de resíduos
Processos cromatográficos - separação de molasses
Processos de adsorção - recuperação de aromas
Processos de absorção - limpeza de gases, tratamento de
água
Torres de recheio para resfriamento ou umidificação,
Secagem - cereais e grãos
Reatores - processos enzimáticos
LEITO FIXO

Escoamento...
O 1º trabalho experimental de escoamento
em meios porosos foi feito por Darcy, em
1830, no qual constatou que para
escoamentos laminares a taxa de fluxo é
proporcional a queda de pressão (ΔP) e
inversamente proporcional a viscosidade
(μ) e ao comprimento (ΔL)...
LEITO FIXO

Lei de Darcy

q '
k p
v  
'

A  L

v’ = velocidade superficial
μ = viscosidade do fluido
k = permeabilidade do
material
LEITO FIXO

Através do uso de relações previamente deduzidas para


avaliar perdas por atrito em tubulações ....

Podemos...
determinar as características do escoamento em leitos
empacotados...

Inicialmente...
...usamos algumas relações geométricas relativas as
partículas que compõe o leito ...para determinar a
porosidade (ε)
LEITO FIXO

Em um leito empacotado a porosidade é definida como:

ε = volume de vazios no leito / volume total do leito


Objetivo...

Encontrar uma relação para o número de


Reynolds em um leito empacotado
NRe = F (ε , v , ρ, μ, D...)
LEITO FIXO

A superfície específica da partícula (av) em


m-1 é definida como:

Sp
av 
Vp

Sp = área de superfície da partícula ( m2 )


Vp = volume da partícula ( m3 )
LEITO FIXO

• Para partículas esféricas ...

6
av 
Dp
Dp = diâmetro da partícula
LEITO FIXO

a = razão entre a superfície total do leito


e o volume total do leito (sup. molhada)
diâmetro efetivo Dp= 6/av

( 1- ε ) = fração de volume das partículas no


leito

6
a  av  (1   )   (1   )
Dp
LEITO FIXO

A velocidade intersticial média (v) em m/s


está relacionada com a velocidade
superficial v’

v   v
'
LEITO FIXO

• O raio hidráulico rH pode ser definido


como a razão entre a área da seção
transversal disponível para o escoamento
e o perímetro molhado.

rH = volume de vazios disponível para o escoamento


superfície total molhada dos sólidos

Dividindo os termos pelo volume do leito...


(ver p/cano..com comprimento L)
LEITO FIXO

• rH = volume de vazios / volume do leito


• superfície molhada / volume do leito


rH 
a
LEITO FIXO

• Raio hidráulico...


rH  Dp
6  (1   )

Deq= 4 * rH
Diâmetro equivalente = Diâmetro da tubulação
Como Re = Deq ρ v / μ
LEITO FIXO

• Número de Reynolds para um leito


empacotado ....

(4rH )v 4 v  4 Dpv 


' '

N Re   Dp 
 6  (1   )    6  (1   ) 
LEITO FIXO

Finalizando ...
Ergun definiu o NRe sem a fração 4/6

Dpv  '

N Re, P 
  (1   )
Reynolds em um leito empacotado
NRe,P = F (ε , v’ , ρ, μ, Dp...)
LEITO FIXO

Queda de pressão em escoamento


laminar...
equação de Hagen-Poiseuille
queda de pressão vs.velocidade média em
tubos horizontais

32vL 32 (v ' /  )L 72v ' L(1   ) 2


p   
D 2
(4rH ) 2
 3 D p2
LEITO FIXO

- ΔL é maior devido ao percurso tortuoso


- e o uso de raio hidráulico prediz valores
de v’ maiores
- Experimentos indicam que a constante
deve ser igual a 150

Resultando na equação de Blake-Kozeny


LEITO FIXO

equação de Blake-Kozeny...
fluxo laminar NRe,p < 10
porosidade < 0,5

150  v L (1   )
' 2
p 
Dp 2
 3
LEITO FIXO

• Darcy

v'  L
P 
k
150  v L (1   )
' 2
p 
Dp 2
 3
LEITO FIXO

REGIME TURBULENTO
equação deduzida para determinar a queda
de pressão em tubos ...

L v 2
Pf  4  f   
D 2
LEITO FIXO

no escoamento turbulento o fator de fricção


alcança um valor constante ...
Dados experimentais ...
3f = 1,75

Para NRe>1000 temos uma equação


denominada Burke-Plummer
LEITO FIXO

Escoamentoturbulento NRe>1000
Burke-Plummer

1,75   (v ) L (1   )
' 2
P 
Dp  3
LEITO FIXO

EQUAÇÃO DE ERGUN
Faixas de 10 a 1000 (transiente...)
equação semi-empírica, válida para os
regimes Laminar e Turbulento

P .v ' (1   ) 2  .(v ' ) 2 (1   )


 150. 2  1,75.
L Dp  3
Dp  3
LEITO FIXO

P .v ' (1   ) 2  .(v ' ) 2 (1   )


 150. 2  1,75.
L Dp  3
Dp 3

O primeiro termo da equação


de Ergun é predominante
para o regime laminar,
O segundo tem maior
importância para valores
mais elevados de
Reynolds
LEITO FIXO
Equação para ajuste de dados experimentais...

P
 1v   2 (v )
' ' n

L
P .v ' (1   ) 2  .(v ' ) 2 (1   )
 150. 2  1,75.
L Dp  3
Dp 3
• Adimensionalisando a
equação....
P .v (1   )
' 2
 .(v ) (1   )
' 2
 150. 2  1,75.
L Dp  3
Dp  3

 .(v ) (1   )
' 2
.
• Dividindo por
Dp  3
• Chegamos a equação ...

P  D p 
3
150
  1,75
L    v' 1  
2
N Re, p
LEITO FIXO
LEITO FIXO
exercício
Óleo de soja é alimentado a 25oC no topo de um
leito granular de carvão ativado numa vazão de
200 l/min. O leito é constituído de quatro tubos
em paralelo de 2in de diâmetro interno e 0,50 m
de comprimento.
A densidade do carvão é igual a 1,15 e a
granulometria do leito e de 6 mesh.
- Determine a perda de carga nestas condições
em atm.
- Determine a permeabilidade k do leito
- O escoamento pode ser invertido?
Esferas uniformes
- pela relação Dp/Dleito determina-se a
porosidade (Gomide pg. 40)
considerando esferas lisas temos
6 mesh = 0,132 in = 3,36 mm
Dp/Dleito = 0,066 ; pelo gráfico temos ε=0,365
Características do óleo
Viscosidade (μ) = 40 cp
densidade (ρ) = 919 kg/m3
LEITO FIXO

• Darcy

v'  L
P 
k
150  v L (1   )
' 2
p 
Dp 2
 3
Resultados
ΔP= 1,43x 106 N/m2 = 14,2 atm
K = 9,1 x 10-9 m2

(escoamento laminar NRe = 10.)

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