Você está na página 1de 46

Fundamentos

da
Lubrificação
Por que Lubrificamos?
Por que Lubrificamos?

Existem muitas razões que podemos enumerar,


mencionaremos algumas :

Reduzir o Atrito e o Desgaste.


Esfriar as partes mecânicas.
Proteger contra a ferrugem e a corrosão.
Vedar as partes em movimento.
Permitir um movimento livre.
Eliminar ruídos.
Para Prolongar a vida dos Equipamentos!
Com que Lubrificamos?
Com um Lubrificante

Então concluimos que, um lubrificante poderá ser


encontrado nos quatro estados da Matéria:

Líquido: Água, óleo vegetal, animal ou mineral..


Sólido: Grafite, Bisulf. de Molibdênio, Enxofre,
Fósforo....
Semisólido: Vaselina, graxa vegetal, animal ou
mineral....
Gasoso: Todos os gases ( a pressão ).
Tribologia

Que é a Tribologia?

É a Ciência e Tecnologia de todos os sistemas


em movimento (com contato mútuo), que
compreende o Atrito, a Lubrificação, o Desgaste
e alguns outros aspectos relacionados com a
Engenharia, Física, Química e Metalúrgica,
entre outras.

É uma Ciência Interdisciplinar.


Atrito Estático

É o Coeficiente entre a força necessária para


iniciar o movimento de um corpo, considerando
seu próprio peso .

= F
----
m
P F

P
Atrito Dinâmico

É a força requerida para manter em


deslizamento um determinado corpo,
com um determinado peso.

P
Atrito

É a Resistência ao Movimento de um corpo,


que desliza sobre outro.

Este Atrito, Gera : Calor e Desgaste.

Consume : Energia.

Força

Atrito
A Força de Atrito

É diretamente proporcional a carga.

É independente da área de contato.

Varia de acordo com a natureza das superfícies.

Não afeta a velocidade de deslizamento.


Natureza das Superfícies

As Superfícies em contato dos elementos em


movimento, a primeira vista parecem lisas,
porém....

Se olharmos pelo Microscópio :

Pieza em
Peça en Movimiento
Movimento

Peça Estática
Natureza das Superfícies

Podemos observar que as ferramentas que as


usinaram, deixaram grandes Picos e Vales......
Calor
Então no seu movimento Pieza em
Peça en Movimiento
Movimento

Peça Estática
de deslizamento Atrito

Ocorrerá contato metal com metal, dando origem


ao Atrito Metálico, que gera como resultado
Calor e Desgaste.
N
at
ure
zad
as
Sup
er

cie
s

Obs
er
va mos
queo Lu
br
if
ica
nt
e
t
endeasepa
raras E
s
pe
ss
or
s
u p
er

cies
,e
vi
tando
umcont
atod
ir
eto.

Aesp
ess
u r
a da
p
el
ícu
lal
u br
if
ica
nt
e

se
rádea
cor
docomas
con
di
ç õ
e s
deVe
loc
i
d a
de,C
arga
e
Te
m p
erat
uradeOp
er
a ç
ão,a
ss
im
c
omo
ta
mbé
mda
pr
ópr
iaRugos
i
d a
dedasS
upe
rf
íci
e s
.
A
t
ri
toF
l
uid
o

A v
isc
osi
d a
de d
eve
r
áse
r
a a
dequ
a da
,jáque
sef
orex
c es
si
va,
i
ráger
aro q
ue
con
hecem o
scomo

A
t
ri
toF
l
uid
o,
ee
mca
so c
ont
rár
i
o
q
ua
nd
oavi
scos
i
d ad
e
f
orme
no
r
,se
produ
zi

Con
ta
to
Met
álic
o.
Q
u
ant
ost
ipo
sde
De
sgas
t
esex
i
ste
m?
Tipos de Desgastes

Devemos considerar vários tipos de Desgastes,


para conseguirmos um melhor Rendimento dos
nossos Equipamentos :

Desgaste Abrasivo.

Desgaste Corrosivo.

Desgaste Adesivo.

Desgaste por Fatiga.


D
es
ga
st
e A
de
si
vo

Est
e r
esu
l
taquan donascondiçõesde V
el
o ci
d ade ,
Car
ga eTe
m p
erat
u radapel
ículalub
ri
fican
te,fica
t
ã of
inaqu
e p
ermiteocontat
o de met
a lc
om m etal
,
pro
vocand
o ar
eti
ra d
ad ema t
eri
a ld
as sup
e r

c i
e se
con
se q
uen
tement
e ,af
a d
i
g a dasp e
ças.

C
í
rcul
o s
P
r
imi
tivo
s
F
un
çõ
esPri
m ári
a s
e
Se
cu
n dár
iasdo s
L
ub
ri
fi
can t
es
F
u
ncõ
es
Pr
imá
ri
as

C
o
nt
rol
e d
oA
tr
i
to.

C
o
nt
rol
e d
oD
es
ga
st
e.

C
o
nt
rol
e d
aT
em
pe
r
at
ura
.

C
o
nt
rol
e d
aF
er
ru
ge
med
aCo
r
ro

o.
F
u
nçõ
es
Pr
i
m á
r
ia
s

C
o
nt
rol
e d
oAt
ri
to
C
o
mum
a ad
eq
ua
das
el
eçã
odavi
sco
si
d ade
.
C
o
mad
i
ti
vos
que
re
du
zemoA
tr
i
toa o
m í
nimo
.

C
o
nt
rol
e d
oDe
s
gas
t
e

A
or
edu
ziroA
t
ri
to,c
ont
rolam
os
odes
gast
e.
C
o
m ad
i
ti
vosq
ue co
nt
rol
a mo
con
ta
tof
ís
ico.
F
un
çõ
esP
r
imá
ri
a s

C
on
tr
ole
daT
em
pe
ra
tur
a

S
obre
tud
oseo Lub
rif
icant
e f
o rut
iliz
ado
em
s
is
t
em a
sdecirc
ula
ç ão,onde co
m ame
sma
c
argas
elu
br
ific
am vá r
iaspeç a
s.

C
on
tr
ole
daF
er
rug
eme
daC
or
ros
ão

C
omu
mac
apap
ro
te
tor
a d
elu
br
if
ica
nt
e.
C
oma
dit
ivo
squ
ead
er
ema
osme
t
a is.
F
u

õe
sS
ec
un

r
ia
s

T
r
ans
mi
ti
rPo
t
ênc
i
a.

F
o
rm
ar
Sel
o (
Ve
da
ç
ão
).

R
e
mo
v
er
Con
t
ami
nan
t
es
.

C
o
mo
Me
i
o A
m
or
t
ece
d
or
eIs
ol
ant
e.
Funções Secundárias

Transmitir Potência

Como fluido em sistemas hidráulicos.


Em acoplamentos hidráulicos.
10 Kg
100 Kg

10cm2 100cm2

Formar um Selo (Vedar)

Nos Lubrificantes através de


uma adequada seleção da viscosidade.
Nas graxas pelo seu corpo "espesso".
Funções Secundárias

Remover Contaminantes

Sobretudo nos Lubrificantes usados em circulação,


ao percorrer todo o sistema banhando as peças, num
movimento constante.

Como Meio Amortecedor Isolante

Em sistemas hidráulicos, para o controle do


“golpe de ariete".
Em amortecedores industriais e automotivos.
T
i
p
osd
eP
el
í
cu
la
s
Lu
br
i
f
i
can
t
es
T
i
posdeP
e

cul
as
L
ubr
i
fi
can
t
es

P
e
l
ícu
l
asF
l
uid
as

P
e
l
ícu
l
asD
e
l
gad
a
s

P
e
l
ícu
l
asS
ó
l
ida
s
Películas Fluídas

A lubrificação a Película Fluida é a mais desejável, já


que durante uma operação normal as películas Lubrifi-
cantes serão suficientemente espessas, para separar
por completo as superfícies que suportam a carga.

O Atrito que ocorre é mínimo e é somente devido aos


esforços cortante da película Lubrificante, pelo qual o
desgaste não existirá, devido a que não haverá contato
de metal com metal.

As Películas Fluidas se formam de tres maneiras :


Películas Fluídas

Película Hidrodinâmica é a que se forma através do


movimento das superfícies lubrificadas, convergindo para
uma região onde se desenvolve suficiente pressão, para
manter as superfícies metálicas completamente separadas,
sua espessura será de aproximadamente 0.001 mm..

Película Hidrostática se forma através do bombeamento


a pressão, de um fluido entre as superfícies que podem ou
não estar em movimento.

Películas de Compressão se formam pelo movimento de


compressão de duas superfícies lubrificadas, uma contra
a outra.
Películas Fluidas Superfícies Conformadas

Quando a carga em um Mancal Plano não é muito elevada


e a superfície que a suporta é suficientemente grande,
esta não chegará a deformar-se, porque toda a carga se
dividirá sobre sua área de superfície, este caso particular
conhecemos como Superfície Conformadas.

O Mancal
"envolve" a
flecha.

A superfície
não se deforma.
Carga
P
el
ícu
lasF
l
uid
as
L
u
b r
if
ica
çã
o Hi
dro
di
nâm
i
ca

OEi
x oa
o gir
a rabas
tece deLub
ri
ficant
e azo
nad e
car
ga,
o
qu alp
enetraentr
e o E
ixo eoMancal,comt
alpre
ss
ão
q
ue i
ráaum entars
ua vi
scosi
d a
de aopo n
tod
e t
orn
á-
la
s
uf
icien
t
em entefor
te,para p
rov
oca ratot
als
epara
çã
o
d
as sup
erf
íci
e smetál
icas.

A
ba
st
ecim i
e n
to
d
eL
ubri
ficant
e
C
ar
ga

A
um e
nta
a
P r
ess
ã o
ea
V
i
scosi
d a
de
P
el
ícu
lasFl
uida
s
S
uper

cie
s Não
-Co
nf
orma
das

Q
uandoa c
argaem umR
olam en
to(
ou num d
en
ted
e
e
ngr
enagem)
,se c
once
nt
ra em p
e q
uenasáre
asee
st
as
s
edef
ormamelást
ica
ment
e,de v
i
d o
a di
fer
e n
ça
s
g
eométr
ica
sentr
e as
sup
erf
íci
e s
decontat
o,c
hama
mos
ae
st
as s
uper

ciesco
mo Nã o-Conf
orm adas
.
C
ar
ga

P
i
sta B
o
la

Á
r
ead
eCo
nt
ato
Superfícies Não-Conformadas
Lubrificação Elasto-hidrodinâmica

A este tipo de lubrificação se descreve como : ao


existir uma determinada carga sobre um elemento
metálico, este se deforma elásticamente, não sem
antes permitir a formação de uma película fluida
hidrodinâmica, que separa as superfícies em contato.

Carga
Carga

Deformação
Elástica

Áreas
de
Contato
P
el
ícu
l
a s
Sól
ida
s

Quand onãoé p o
ssi
velo usodeumó
leo ougraxa
,n a
l
u b
rif
icaçã
o de algunselement
osd
evi
d o af
ugasou
cont
a mina
çõe s,ent
ão em pr
egamo
salgu n
ssól
ido
s de
bai
x ocoef
ici
e ntedea t
ri
to,co
m oo
Bi
su l
fet
o deMol
ibd
êni
o ,
o G
rafit
e,aM i
c ae et
c..

E
st
es s
ã o
ap l
icado
semsusp
ens
ãoe
m algu
m a
gente vol
á t
il
,
ó
l
e opouc
o visc
osoo
u n
asgr
axa
s,a
squaisa
ovol
a t
il
izar-
se
o
u compr
imir-
seen
tr
e a
speç
asemco
ntato
,de
i
x a
m um a
p
elí
cul
a s
óli
d a(
lub
r
if
ica
nt
e)n
assup
er

ciesd
os
m etais.
Fatores que afetam o Critério
de Seleção

A correta seleção de um lubrificante, se fundamenta


em alguns aspectos de operação dos equipamentos,
por exemplo :

Velocidade
Carga
Temperatura

estes fatores identificam as necessidades do


lubrificante, como sua viscosidade e quantidade
ou tipos de aditivos.
Fim

Elaborado por : Luís Carlos Simei


Técnico de Manutenção

Você também pode gostar