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Cur so de Engenharia de

Minas
SERVIÇOS MINEIROS II – Aula 2

1° SEMESTRE 2020

Prof.: PEDRO AMADE


Influência de desenhos de minas
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As classificações geomecânicas permitem de maneira
empírica,quantificar a capacidade que o maciço rochoso
possui para se adaptar às novas condições provocadas pela
escavação

Como se disse, ao realizar uma escavação subterrânea,


modifica-se o estado de tensão preexistente
desenvolvendo-se picos de tensão.
Tipos de Aberturas
Aberturas com Desenvolvimento Linear: as dimensões da
secção transversal são pequenas.
São poços(vertical ou inclinado), rampas e galerias:
horizontais (túneis, cabeceiras, travessas) e inclinadas
(raises, descidas, chaminés, passagens de minério,
estéril e do pessoal).

Aberturas com Desenvolvimento em Volume: as dimensões


são proporcionais em qualquer direcção.
 Alargamentos ou realces
 Câmaras para utilidades diversas.
 Poços inclinados.
 Rampas.
 Cabeceiras (drift).
 Travessas ( cross- cut).
 Raises
 Descidas
 Chaminés
Tipos de Aberturas
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Lavra por Câmaras e Pilares (Room and
Pillar)
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• Características Gerais

 Aberturas de várias câmaras deixando


uma fila de pilares
 A destruição dos pilares depende:

- A distribuição dos teores

- Características geomecânicas da rocha


encaixante.
• Desmonte do Minério

 O desmonte é feito com face livre


frontal e vertical,

 Por explosivos ou

 Mecânico: mineradores contínuos


O número maior de galerias é para fazer face a vazão de ar requerido
na mina.
Q = A* v onde:
Q – vazão do ar
v – velocidade do ar, que não deve exceder 5m/s.
A - área da secção

O valor Q é condicionado a seguintes factores:

Temperatura ( profundidade maior, mais calor).


Potência total instalada no subsolo ( equipamentos).
Número total de mão de obra ( pessoal na mina).
Escala de produção ( gases produzidos pela mina e
equipamentos).
Vista de Câmaras e pilares
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Sistemas de Mineração por Câmaras e Pilares
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• horizontal (mergulho < 5º)

• inclinada (mergulho entre 10 – 20º)

• vertical (mergulho entre 20 – 45º)


Mineração inclinada:
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Produção:
mineração ascendente ou descendente entre galerias
de transporte.
perfuração com uso de marteletes manuais (“jack
legs”).
superfícies acidentadas impedem equipamentos
mecanizados.
mais intensivo em mão-de-obra.
Manuseio de minério

minério é movido por “sluchers” até nível de


extracção.
utilização de carros de mina para transporte até
o poço.
Mineração horizontal:
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• Produção:

permite a utilização de grandes máquinas


(conjuntos mecanizados).
utilização de jumbos para altas taxas de
produtividade.
uso de bancadas para corpos de minério
potentes
• Manuseio de minério:

carregado directamente na face de trabalho.

utilização de equipamentos de alta mobilidade


(LHD’s).
Mineração vertical: acesso é feito por galerias
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inclinadas no corpo de minério

• Produção:
 Galerias horizontais ramificam a partir das
galerias de acesso inclinadas.
 Extracção de minério de cima para baixo
(descendente)

• Manuseio de minério:
 minério é carregado na face e transportado até o
poço.
Especificações
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• Potência do corpo de minério < 60 m;
• Forma do corpo de minério tabular;
• Mergulho do corpo de minério menor que 45º;
• Vão das câmaras baseado na segurança do
suporte;
• Tamanho do pilar baseada na resistência do
material
• Rocha competente
• Selectivo dentro dos limites de perfuração
Vantagens:
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• Boa produtividade;

• Custo moderado;

• Método flexível, passível de mecanização;

• Selectivo e com mínimo desenvolvimento


preparatório.
Desvantagens:
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• Ocorrência de problemas de controle do terreno;

• Perda de minério nos pilares


Aplicação:
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• Corpos de minério relativamente horizontais;

• Potência limitada;

• Encaixante e minério competentes.


Pilares de minério - áreas tributárias
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Pilares de minério - áreas tributárias
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Pilares de minério - áreas tributárias
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Pilares de minério - áreas tributárias
Observações sobre a hipótese tributária:
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a) Só actuam tensões verticais; as tensões horizontais
poderiam ajudar a melhorar a estabilidade

b) Todos os elementos são rígidos, não se considerando


deformações elásticas

c) O peso sobrejacente é redistribuído em função


unicamente de considerações geométricas

d) σm(p) em geral é o limite superior actuando nos pilares. É valor


conservativo, fácil de calcular. Pela teoria elástica pode se ter valores
até 40% menores.
Mec Rochas – ruptura é o término da integridade física

Lavra – colapso do pilar é quando interfere nas operações


normais. Pode ter sofrido rupturas, as vezes até induzidas
para diminuir sua rigidez.

Lavra – piso sustenta pilares que sustentam o tecto.


Objetivo é manter afastamento tecto-piso, com um tecto
estável.
Pilares de sustentação – 9 a 11 m
Pilares de protecção – 7 a 60 m separando painéis
90 a 120 m protegendo entradas e
acessos principais
1.Exercícios
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1.1. Qual a tensão média nos pilares quadrados pelo modelo


de áreas tributárias?

1.2. Se não existir escavação, qual a tensão média no pilar?


1.3. Se a largura do pilar for igual à da abertura, quanto
estamos extraindo percentualmente?
1.4. Qual a relação entre taxa de extração e tensão média nos
pilares pela hipótese tributária?
Obrigado!

Até a próxima aula

pedroamade@yahoo.com.br

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