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CURSO DE FARMÁCIA

Danielle Thaís Oliveira Rodrigues


Laura Cecília Nunes
Mariana Plínea silva
Vitória Cristina Teodoro Dantas
Yasmin Torres

Unidade Itumbiara
Itumbiara, 2021
 Benefício da saúde do Indivíduo:
• Recuperar a saúde;
• Diminuir riscos de doenças crônicas;
• Aliviar sintomas;
• Auxiliar no diagnóstico;
• Prevenir doenças.

MAS.....
50% de todos os medicamentos são incorretamente prescritos,
dispensados e vendidos;
Mais de 50% dos pacientes usam incorretamente.
 Maior índice de automedicação:

• Dor
• Febre
• Inflamação
O consumo de doses superiores do recomendado, pode levar à
hepatotoxicidade.

•Superdosagem absoluta acidental;


•Superdosagem absoluta deliberada.

• Álcool;
• Idade;
• Interação medicamentosa;
• Desnutrição, etc.
Diante do exposto, este estudo consiste avaliar os efeitos
tóxicos do paracetamol decorrentes da utilização inadequada
pelos usuários, visando à conscientização dos mesmos do risco
existente quanto ao uso indiscriminado e exacerbado por
intervenção do profissional farmacêutico, proporcionando
melhoria na qualidade de vida.
Este estudo trata-se de uma revisão da literatura
especializada, realizada no período de 2001 a 2012, através
de consultas a livros, periódicos e artigos científicos
indexados nos banco de dados do Scielo, Pubmed e Medline.

Os descritores utilizados foram: hepatotoxicidade do


acetaminofeno, uso racional de medicamentos, papel
farmacêutico e efeitos do paracetamol. As informações
adicionais foram obtidas através de sites de instituições
oficiais como Organização Mundial da Saúde (OMS),
Ministério da Saúde (MS), Food and drug Administration
(FDA).
 Sintetizado em 1878;

 Primeiro uso clínico em 1887;

 Em 1950 foi “redescoberto”.


ÁCIDO ARAQUIDÔNICO

COX 1 COX 2 COX 3

Constitutiva induzida Constitutiva induzida cérebro

PG PG Dor;
Inflamação Febre?

Rins;
Cérebro;
Útero;
Estômago e intestino(citoproteção GI); Ovário.
Inflamação;
Plaquetas (atividade plaquetária); Dor;
Rins e fígado (função renal e hepática). Febre;
carcinogênese?
O mecanismo de ação analgésica não está totalmente
determinado, o paracetamol pode atuar inibindo a síntese de
prostaglandinas ao nível do Sistema Nervoso Central e em
menor grau bloqueando a geração do impulso doloroso ao
nível periférico, sendo esta decorrente também da inibição da
síntese de prostaglandinas ou da inibição da síntese ou da
ação de outras substâncias que sensibilizam os nociceptores
anti-estímulos mecânicos ou químicos. A ação antipirética é
devido ao paracetamol atuar ao nível central sobre o centro
hipotalâmico regulador da temperatura para produzir uma
vasodilatação periférica que dá lugar a um aumento do fluxo de
sangue na pele, de sudorese e da perda de calor e ação
central provavelmente relacionada com a inibição da síntese
de prostaglandinas no hipotálamo.
Início da atividade: 0,5 h

Duração: 4h

Concentração de pico

Comprimidos: 45-60min
Apresentações líquidas: 30min

Absorção: reduzida com alimentos

25% metabolização 1° passagem


Paracetamol

 Acima de 150mg/kg
Bioativação pelo
citocromo P450

NAPQI
Conjugação com
glutationa

Lesão hepática
Álcool: Ativa a via metabólica CYP, aumentando a
produção de NAPQI;

Idade: Crianças em estado de subnutrição há diminuição


dos níveis de glutationa;

Genética: Polimorfismos nas isoenzimas do CYP, levando a


redução do metabolismo ou ou metabolização excessiva;

Tabagismo: Contém indutores do CYP1A2 e aumenta o


metabolismo oxidativo;
Estado nutricional: Jejum causa depleção de glutationa e a
indução do CYP2E1;

Medicamentos: Fármacos que estimulam a atividade do


CYP podem incrementar os níveis de NAPQI favorecendo a
hepatotoxicidade pelo paracetamol.
 Acometimento hepático em doses tóxicas, que pode
ocorrer tanto na gestante quanto no feto;

 Sintomas respiratórios: Risco de diagnóstico de


asma em crianças que completaram 18 meses de
idade;

 Acetaminofeno no leite materno.


Fatores de riscos gerais (socialmente determinado)

Automedicação;
Associação medicamentosa (polifarmácia e irracionais);
Erros de prescrição (dose, quantidade), de dispensação e de
administração por profissional leigo;
Utilização inadequada (sem orientação ao consumo, uso fora de
indicação, abuso e baixa eficácia e segurança);

Eventos previsíveis (risco inerente)

Efeitos farmacológicos secundários conhecidos;


Toxicidade

Fatores de risco do indivíduo (risco inerente)

Estado orgânico do indivíduo: idade, condição renal e hepática;


Personalidade somática e psíquica.
 Fases 1: Anorexia, náuseas, vômitos, mal-estar, sudorese e o que pode
provocar a administração de doses adicionais do paracetamol;

 Fase 2: Dor no quadrante superior direito ou sensibilidade, aumento do


fígado e oligúria em alguns pacientes;

 Fase 3: Geralmente 3 a 5 dias no curso, anorexia, náuseas, vômitos e


mal-estar reaparecem junto com sinais de insuficiência hepática,
incluindo icterícia, hipoglicemia, encefalopatia, coagulopatia,
insuficiência renal e cardiopatia;

 Fase 4: Recuperação ou a progressão para a morte por insuficiência


hepática completa.
Oriente-se com o profissional farmacêutico:

Orientar-se quanto a dose, frequência, a duração do


tratamento, resistência específica e formulação;

Cuidados aos perigos de substituir as formas farmacêuticas


de adultos em preparações pediátricas;

Dissipar o equívoco de medicamentos insetos de prescrição:


“mais é melhor”, evite tomar mais de um produto que contém
paracetamol;

Recomenda-se que a terapia de acetaminofeno retal seja


evitada, ao menos que discutido com o prescritor;
 Preparações de preparações prolongadas não devem ser
substituídas por liberação imediata sem alterar o intervalo de
dosagem;

 Para crianças com febre refratária e para aqueles com o risco


aumentado para toxicidade do paracetamol, considerar
medicamentos alternativos;

 Atentar-se aos fatores de risco, principalmente aos


hepatopatas e os etilistas;

 Informe sobre a terapia de droga concomitante,


particularmente fármacos hepatotóxicos.
 Paracetamol:

 Seguro em doses terapêuticas (4g dia);


 Hepatotóxico acima de 150mg/Kg.

 Consumo de álcool, idade e o uso concomitante de outros


fármacos podem reduzir o limiar para a sobredosagem ou
aumentar a probabilidade de insuficiência hepática.
RENITE ALÉRGICA

A rinite alérgica é definida como uma inflamação da mucosa


nasal, induzida pela exposição a alérgenos que, após
sensibilização, desencadeiam uma resposta inflamatória
mediada por imunoglobulina E (IgE).
As rinites de forma geral, sejam de etiologia alérgica,
irritativa, infecciosa ou idiopática, representam algumas das
afecções mais frequentes na espécie humana;

No Brasil teríamos cerca de 1,5 milhão de pessoas com


sintomas de rinite alérgica apenas na Grande São Paulo;

Em nosso meio, muitos medicamentos não necessitam da


apresentação de receita médica para sua aquisição, fato
que favorece a automedicação.
 Figuram como a principal classe de drogas relacionadas a
casos de intoxicação;

 Crianças de 0 a 5 anos (61,34%) são mais suscetíveis a


esse tipo de intoxicação, assim como adolescentes e adultos
jovens.
Facilidade na aquisição desses medicamentos (venda sem
prescrição médica);

Elevada incidência de casos de ingestão acidental na faixa


etária pediátrica;

É comum o paciente "colecionar" medicamentos (anti-


histamínicos sedantes, não-sedantes, mesma droga com
nomes comerciais diferentes.
Maior controle sobre a venda dos descongestionantes
tópicos e sistêmicos;

Produção de embalagens mais seguras (com tampa de


rosca, colheres dosadoras);
Exames:
Ampla campanha de alerta à população para evitar a
automedicação.

Esforço da comunidade médica no sentido de elaborar


prescrições clara.
Foram analisados os casos de intoxicação humana por
medicamentos utilizados no tratamento das rinites de
qualquer etiologia notificados ao Centro de Assistência
Toxicológica (CEATOX).

• Vacinas
• Antialérgicos
• Descongestionantes Sistêmicos
• Vasoconstritores Nasais
Intoxicações por antialérgicos foram verificados 46 casos de
intoxicação ,correspondendo a 14,06% do total;

Intoxicações por descongestionantes sistêmicos, foram


verificadas 119 notificações de intoxicação (36,4% do total);

Intoxicações por vasoconstritores nasais foram registrados


93 casos de intoxicação (28,44% do total de intoxicações no
período);

Intoxicações por vacinas dessensibilizantes houve 67 casos


de intoxicação por vacinas (21,1% do total).
Cetotifeno (Zaditen)

Clemastina (Agasten)

Dexclorfeniramina (Polaramine)

Hidroxizina (Hixizine)

Prometazina (Fenergan)
Cetirizina (Zyrtec)

Desloratadina (Desalex)

Fexofenadina (Allegra)

Levocetirizina (Zina ou Zyxen)

Loratadina (Claritin)
BALBANI, Aracy Pereira Silveira (et al). Intoxicação por Medicamentos Utilizados
no Tratamento das Rinites. Revista brasileira de alergia e imunopatologia.
V.20,2014.

VIEIRA, Ariane Lombarde; FRANÇA, Gustavo Galvão. As consequências no


consumo indiscriminado do paracetamol e orientação farmacêutica à promoção
ao uso racional. Disponível em:
https://oswaldocruz.br/revista_academica/content/pdf/Edicao_06_Ariane_vieira.pdf.
Acesso em: 22, Jan, 2021.

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