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FRATURA POR

ESTRESSE
Rockwood 7th
Introdução
• Impressionar o examinador!!!!
• 1855 – Breithaupt
– Síndrome dos pés inchados e doloridos dos
soldados prussianos durante a marcha
DEFINIÇÃO

• Fx por estresse – osso normal submetido a carga


anormal ou incomum

• Fx por insuficiencia – osso anormal ou fragilizado


submetido a carga normal
• Lei de Wolff
– O osso cresce e se remodela de acordo com as
forças aplicadas a ele
Patofisiologia

• Fadiga do osso submetido a esforço repetitivo

• Resultam de carregamento ciclico e repetitivo sobre a


estrutura óssea

• Falta de tempo para o remodelamento ósseo –


predominando fase de reabsorção - Local suscetível

• Feedback + e causa fratura por stress

• Pico de reabsorcao em 3 sem e de formacao em 3 meses


Clínica

• Não decorrem de eventos traumaticos agudos

• Mais comum nos MMII

• Dor leve que piora aos esforços ( aplicacao de carga – dor )


– Progressão até dor em repouso e noturna

• Início após aumento do treino, mudanças em superfície ou


técnica ou alteração no tênis

• Não atletas – situação nova de grande demanda


Clínica

• Dor – após treino – repouso – noturna

• Avaliar – fx´s antigas, desordem alimentar, dismetria de membros,


desbalanço muscular

• Dor a palpação do local, edema, sem dor a mobilização articular ou


muscular

• Adultos jovens – atletas recreativos ou profissionais

• Dor extensao coluna – fx pars


• Dor medial coxa - fx femur
Fatores de risco
• Aumento do volume do treino ( freq e intensid)
– Até 80%
– Corredores, bailarinos, soldados
• Densidade e geometria osseos
– DMO – não é uma boa triagem para fx stress
– Osso menor (menor secção transversal) – mais fx
• Repouso, Superfície, Calçado, Palmilha
• Baixa aptidao fisica
• Carga repetitivas
Fatores de Risco
• Flexibilidade/Articulações
– Limitação da dorsiflexão do Tornozelo
– Rotação externa do quadril
• Altura do arco longitudinal medial do pé
– Mais alto – mais risco
• Discrepancia de MMII
• * NÃO existe relacao entre baixa de testosterona
em homens e fx stress*
• Uso de Anticoncepcional oral não diminui risco
• Tríade da mulher atleta
– Distúrbios menstruais
– Distúrbios alimentares
– Osteopenia
– 2-4x mais chance de fx por stress
Imagens
• Rx:
– apresenta alterações após 2-3 semanas de sintomas
– Reação periosteal após 3 MESES
– Baixa sensibilidade, alta espeficidade
– Sinal inicial – cortex cinzento
– Melhor para fibula e MTT
• Cintilografia
– Exame mais sensível – 100%, baixa espeficidade
– Hipercaptação na 3° fase do exame
– PET-TC – em suspeitas de fx pars articulares e sacro

• RNM:
– Alta sensibilidade e espeficidade
– T2 com acentuação do edema
• TC
– Para estudo e planejamento (ex. navicular)
Classificação
• Estagios

• 1 – Microfratura
• 2 – Propagação e coalescencia das
microfraturas
• 3 – Fratura final gerada pela coalescencia das
microfraturas que provocam falha estrutural
Classificação de Fredericson
Tratamento
• Tempo permanência sem carga
– I) 3 sem
– II) 6 sem
– III) 9 sem
– IV) 12 sem
Tratamento
• Fundamental: aumentar repouso para permitir
remodelamento
• 1° fase
– Atletas – mudança de exercícios para diminuir carga no local
da fx
– Retirar fatores de risco
– Braces, estimulação elétrica e USG
– Tempo conforme dor
• 2° fase
– 2 semanas após interromper a dor na deambulacao
– Exercícios aeróbicos progressivos (manter condicionamento)
– Não há relação quanto ao uso de AINES e retardo consolidação
Fx colo femoral
• Jovens – fx inferior e medial – compressão
• Idosos – fx superior – tensão
• Estagio 1 e 2 – repouso sem carga
• Estagio 3:
– Compressão – conservador
– Tensão – conservador/canulados( alguns autores )
• Estágio 4 –
– Sem desvio canulado
– Com desvio RAFI jovens
– Artroplastia para idosos
Femur - colo
• Classificacao

• Fullerton e Snowdy
• A – fx de tensao
– Superior, lateral, instaveis, propensas a sofrer desvio

• B – fx por compressao
– inferior, mediais, estaveis

• C – fx desviadas
Fx diáfise do fêmur
• Atletas – cortical medial ou posteromedial
• Fraturas em area de compressão, estáveis
– Tratamento conservador
• HIM se fx completa
• Teste do fulcro: O paciente é posicionado sentado com as pernas pendentes ao
longo da mesa de exame. Com uma das mãos sobre o joelho do paciente, o
examinador pressiona-o para baixo,enquanto a outra mão ou o antebraço é
colocada(o) sob o terço médio da coxa,pressionando-a para cima. A tensão gerada
no local da fratura levará à dor durante a execução da manobra, tornando o teste
positivo.
Fx tíbia
• Mais comum em MMII – 50%
• Diferencial
– Sd stress medial – inflamação na origem do TP e soleo –
dor medial que melhora após aquecimento e pior pela
manhã --- Antiga CANELITE!
– Sd compartimental crônica – dor tipo aperto, após inicio
dos exercícios, sem dor ossea
• Maioria posteromedial
– área compressão
– Proximal ou distal – tranversal
– Tto conservador – retorno em aprox 3 meses
– Sem carga, brace pneumático?
CANELITE
Fx tíbia
• Diáfise anterior
– Mais Incomum --- regiao de tensão
– Esportes de saltos
– Evoluem para fx completa e PSA
– Tto conservador – 4-6 meses – dor residual
– HIM – tto de escolha – pode evoluir com PSA
• Retorno ao esporte após 4 meses
– Promissor – placa em banda de tensão
• Fibula distal - comum
• Temível linha negra

– Hipertrofia cortical e associado


a pseudoartrose
Fx maléolo medial
• Corredores e saltadores
• Traço tipicamente vertical
• Estágios 1 e 2 – bota – 6 – 8 semanas retorno
• 3 e 4 – conservador tb – retorno em 4-5 meses
• Parafuso compressão – PSA, atletas elite, dor
crônica
Fx navicular
• Atletas de corrida e salto
• Dor vaga no arco medial e dorsal
• Terço medio do osso
• RX – alta tx de falsos negativos ---pedir RNM e TAC
• Tto conservador – 6 sem sem carga
• Fx desviada, Psa E retardo consolidacao =
parafusos de compressão
• Dor residual leve
Fx metatarsais
• Comum em corredores longas distâncias e
dançarinos de ballet
• Mais comum – colo 2° MTT
– dor que piora com ativ fisica
– 50% precisam de cx - PSA
• Fx base 5° MTT – jogadores de basquete
– Consolidação lenta e alta tx recorrência
– Se sintomas agudos (2-3sem) – retira carga 6-8sem
– Se recorrência ou crônico – parafuso compressão
com ou sem enxerto
Fratura de Jones
• elevada incidência de retardo de consolidação e
pseudoartrose

• Torg dividiu as lesões em três diferentes tipos:


• tipo 1 (diafisárias agudas)
• tipo 2 (diafisárias com retarde de consolidação)
• tipo 3 (diafisárias com pseudoartrose)

• Tipos 2 e 3 – Tratamento cirurgico ( enxerto + compressão)


MMSS
• Remadores, nadadores e arremessadores
• Boa resposta ao tto conservador
• Jogadores de baseball – mais comum 1/3 proximal
olécrano
• Ginastas jovens – fise do RD
• Fx MTC – tenistas
• Costelas - remadores
• Úmero, ulna (rádio diafisário é incomum)
*ARREMESSADORES*
PELVE
• Ramos pubicos e sacro
– Corredores fundistas
– Mulheres recrutas
• Dor na virilha, ppte palpacao profunda, impede de
treinar – ramos pubicos
• Sacro – dor nadegas e lombar baixa --- SPECT
• Dx por Rx ou cintilografia
• TTO: 8 a 12 sem de modificacao de treino
QUESTOES
• 97. Nas fraturas por estresse do colo do fêmur, a classificação
• de FULLERTON e SNOWDY estabelece que no tipo por
• a) tensão, o traço de fratura é medial e estável.
• b) tensão, o traço de fratura é lateral e instável.
• c) compressão, o traço de fratura é lateral e estável.
• d) compressão, o traço de fratura é medial e instável.
• 97. Nas fraturas por estresse do colo do fêmur, a classificação
• de FULLERTON e SNOWDY estabelece que no tipo por
• a) tensão, o traço de fratura é medial e estável.
• b) tensão, o traço de fratura é lateral e instável.
• c) compressão, o traço de fratura é lateral e estável.
• d) compressão, o traço de fratura é medial e instável.
• Tipo A (lateral – tensão): são mais instáveis e prontas para o
deslocamento. É indicada retirada do apoio imediata e a fixação
interna com parafusos canulados.
• Tipo B (medial – compressão): são mais estáveis e podem ser
tratadas conservadoramente com repouso e apoio protegido e
radiografias semanais de controle. Se o paciente não pode
controlar o apoio a fixação interna está indicada.
• Tipo C: São as fraturas deslocadas, sempre de tratamento cirúrgico
seguindo os princípios de qualquer fratura de colo garden IV
• Taro 2009
• 38. É considerado fator de risco para fratura de estresse em atletas
• A) a diminuição da densidade óssea em homens.
• B) o aumento do índice de massa corpórea em mulheres.
• C) a diminuição da taxa de testosterona em homens.
• D) o distúrbio alimentar em mulheres
• Taro 2009
• 38. É considerado fator de risco para fratura de estresse em atletas
• A) a diminuição da densidade óssea em homens.
• B) o aumento do índice de massa corpórea em mulheres.
• C) a diminuição da taxa de testosterona em homens.
• D) o distúrbio alimentar em mulheres
• Taro 2011
• 82 - Na evolução da fratura de estresse do colo do segundo metatarsal, a
dor e o edema são,
• respectivamente,
• A) aguda e difusa; ausente.
• B) tardia e difusa; ausente.
• C) tardia e localizada; presente.
• D) aguda e localizada; presente.
• Taro 2011
• 82 - Na evolução da fratura de estresse do colo do segundo metatarsal, a
dor e o edema são,
• respectivamente,
• A) aguda e difusa; ausente.
• B) tardia e difusa; ausente.
• C) tardia e localizada; presente.
• D) aguda e localizada; presente.
• TEOT 2010
• A fx por stress dos MTT é mais comum em:
• A) homens jovens
• B) homens na andropausa
• C) mulher jovem
• D) mulher na menopausa
• TEOT 2010
• A fx por stress dos MTT é mais comum em:
• A) homens jovens
• B) homens na andropausa
• C) mulher jovem
• D) mulher na menopausa

• pensar na Sd mulher atleta: disturbios alimentares ,


irregularidade menstruais, osteopenia
• há correlacao inadequada qto a fx por estresse nos MMSS na
pratica de:
• A-beisebol,umero diaf prox em adolescentes
• B-tenis – MTC
• C- natacao – avulsao do olecrano
• D- musculacao – acromio-clavicular
• há correlacao inadequada qto a fx por estresse nos MMSS na
pratica de:
• A-beisebol,umero diaf prox em adolescentes
• B-tenis – MTC
• C- natacao – avulsao do olecrano
• D- musculacao – acromio-clavicular

• Avulção do olecrano: Ginastas ou esportes de arremesso


• Qual a etiologia das fx por estresse?

• A- desbalanco entre osteogenese e osteomalacia


• B-carga anormal aplicada sobre osso normal
• C- carga normal sobre osso anormal
• D-todas estao corretas
• Qual a etiologia das fx por estresse?

• A- desbalanco entre osteogenese e osteomalacia


• B-carga anormal aplicada sobre osso normal
• C- carga normal sobre osso anormal
• D-todas estao corretas
• O tendão do TP
• A)tem origemm na face posterior e medial do
terço proximal e médio da tíbia
• B) tem a inserção na tuberosidade do
navicular
• C)não tem expansões em leque para as bases
plantares do 1°, 2° e 3° MTT
• D)é agonista dos fibulares longo e curto
• O tendão do TP
• A)tem origemm na face posterior e medial do
terço proximal e médio da tíbia
• B) tem a inserção na tuberosidade do
navicular
• C)não tem expansões em leque para as bases
plantares do 1°, 2° e 3° MTT
• D)é agonista dos fibulares longo e curto
• Na fratura de estresse do colo do femur, o
tratamento cirurgico precoce e indicado
• quando a localizacao do traco e
• a) inferior.
• b) superior.
• c) anterior.
• d) posterior.
• Na fratura de estresse do colo do femur, o
tratamento cirurgico precoce e indicado
• quando a localizacao do traco e
• a) inferior.
• b) superior.
• c) anterior.
• d) posterior.

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