UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA

CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE CAXIAS – CESC

DEPARTAMENTO DEDE HISTÓRIA
HISTÓRIA E GEOGRAFIA – DHG

A
A PRÁTICA
PRÁTICA DA
DA AGRICULTURA
AGRICULTURA TRADICIONAL
TRADICIONAL NO
NO
ARRENDAMENTO
ARRENDAMENTO GROTAS
GROTAS NA
NA CIDADE
CIDADE DE
DE CAXIAS
CAXIAS –– MA
MA

Náira
Náira Jane
Jane da
da Costa
Costa Soares
Soares

Orientador:
Orientador: Profº
Profº Josafá
Josafá Ribeiro
Ribeiro dos
dos Santos
Santos

SOARES, Naira Jane da Costa. A PRÁTICA DA AGRICULTURA TRADICIONAL

 PROBLEMA:

Porque o manuseio da agricultura tradicional causa impactos ao meio ambiente?

OBJETIVOS:

✔ Analisar a prática da agricultura tradicional no arrendamento Grotas em

Caxias-MA;
✔ Analisar as etapas de trabalho realizadas pela agricultura tradicional;
✔ Descrever os impactos ambientais causados ao solo e a cobertura vegetal
com o manuseio da agricultura tradicional, identificando os benefícios da
agricultura tradicional para os pequenos agricultores;
✔ Apresentar sugestões para que os pequenos agricultores do arrendamento
Grotas possam praticar suas atividades agricultáveis de forma sustentável e
ambientalmente corretas

SOARES, Naira Jane da Costa. A PRÁTICA DA AGRICULTURA TRADICIONAL

REVISÃO DE LITERATURA:
A QUESTÃO AGRÁRIA NO BRASIL E NO MUNDO: A LUTA PELA TERRA
O surgimento das primeiras grandes civilizações no Egito, China e Índia
se devem ao fato de que para a prática da agricultura necessitava-se de
água, então as comunidades concentraram-se às margens dos mais
volumosos rios Tigre, Eufrates, Nilo, entre outros. É nessas civilizações
que se pode observar a divisão de classes, o trabalho manual é para a
maioria e o trabalho intelectual é para minoria que se apropriou do
conhecimento. Da apropriação do conhecimento por poucos surgiu o
estado criado para cobrarem impostos e fazer leis conjuntamente o
exercito que faziam serem cumpridas.

A primeira tentativa de reforma agrária

Surgiu a mais ou menos 2.800 anos d.c. em Roma que era governada
por reis e a sociedade era controlada pelo patriciado, a camada social
dos grandes proprietários de terra. A plebe, composta pelos pequenos
agricultores, artesãos e comerciantes, não tinha vez no poder; a solução
era ir à luta. Há cerca de 2.200 anos d.c., quando o Império Romano
estava em plena expansão. Os camponeses estavam sendo
massivamente convocados para a guerra contra outros povos e tinham
de deixar suas pequenas propriedades abandonadas durante anos.

SOARES, Naira Jane da Costa. A PRÁTICA DA AGRICULTURA TRADICIONAL

 CONCENTRAÇÃO DE TERRAS E PODER
Perto de 1.100 d. c. na Europa existiu uma situação econômica chamada
de feudalismo. Imensas propriedades chamadas feudos, seus donos eram
os nobres – príncipes, condes, barões etc. – e membros da nata
hierárquica da igreja católica, todos chamados de senhores feudais. Para
ter esta riqueza (terra) só tomando dos outros, pela guerra, ou ganhando-a
como recompensa pela lealdade ao senhor. A igreja começou a acumular
terras desde as ofertas dos imperadores romanos Constantino e Teodósio e
os reis franceses carolíngios.

DEVASTAÇÃO NOS SÉCULOS XVI E XVII NO BRASIL

[...] durante os dois primeiros séculos da colonização portuguesa, a partir

da América que hoje constitui o Brasil esteve, econômica, social e
politicamente, centrada na região Nordeste, sobretudo nas áreas costeiras
e produtoras de açúcar de Pernambuco e Bahia. Em torno desse centro,
havia as periferias: a do Norte cujas áreas principais se localizavam no
Maranhão e no Pará, a do Sul, na qual São Vicente e São Paulo eram os
núcleos mais importantes e a do próprio Nordeste, destacadamente, o
Sertão, longe da Costa, no interior, (GOMES, 2001).

SOARES, Naira Jane da Costa. A PRÁTICA DA AGRICULTURA TRADICIONAL

 LUTA PELA TERRA NO BRASIL
A reforma agrária é agora uma bandeira de luta política capaz de unificar não só os
trabalhadores do campo, mas inclusive de se entender aos trabalhadores urbanos.
A reforma agrária começa a se apresentar hoje como uma luta pela transformação
da própria sociedade brasiliense para um outro sistema, onde o trabalhador não só
trabalha, mas também se aproprie dos frutos do seu trabalho. As Ligas
Camponesas surgiram em Pernambuco, movimento que era favor da reforma
agrária e era contra a exploração do trabalhador em 1964 a ditadura militar destruiu
as ligas torturando e matando seus lideres, (SILVA, 1980, p. 105).

é a arte de cultivar os campos, com vistas à produção

Definição; de vegetais úteis ao homem e a lavoura

o primitivo habitante começou a praticar

a agricultura por volta do ano 7.000 a.C.
AGRICULTURA América; nos Andes Centrais (Peru e Bolívia), onde
viviam os incas.
Surgimento:
com os índios, seus primeiros habitantes,
algumas poucas tribos já haviam
Brasil; adquirido praticas agrícolas, cultivando o
milho, a mandioca, pimenta, batata-doce,
feijão e tabaco.

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O CONTEXTO SOCIAL EM ÁREA DE PRÁTICA DA AGRICULTURA TRADICIONAL
Na realidade, o modelo da chamada “agricultura industrial” permanece
profundamente enraizado na consciência social - tanto nas cidades quanto no
campo – como referência única de progresso e de modernidade, caucionada
pelo conhecimento cientifico e pela evolução tecnológica. Esse mesmo
enfoque do modelo se reproduz na consciência e nas aspirações da maioria
dos produtores agrícolas, incluídos os pequenos produtores. A ampliação da
crítica ao modelo agrícola dominante para o conjunto da sociedade e,
sobretudo a tradução dessa crítica em termos de sustentação social e política
a uma proposta alternativa constituem parte das tarefas centrais na promoção
da agricultura sustentável. O Estado tem um papel considerável nesse
sentido, como estimulador dos processos sociais de participação.(ALMEIDA &
PETERSEN,2001,p.101-2)

ETAPAS DA AGRICULTURA TRADICIONAL:

* Escolha do Terreno; * Plantio;

* Derrubada ou Broca; * Capina e;
* Queimada; * Colheita.
* Pinica;
* Cercagem;

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 ARRENDAMENTO:
Definição - Contrato ou aluguel pelo qual alguém cede a outrem, por
certo tempo,o uso e gozo de coisa não fungível.

IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS PELA AGRICULTURA TRADICIONAL

✔ Desmatamento;
✔ Erosão;
✔ Perda de biodiversidade;
✔ Poluição atmosférica;
✔ Desertificação;
✔ Destruição de mananciais;
✔ Geração de resíduos;

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 MATERIAIS E MÉTODOS
hipotético-dedutivo
Caracterização da Área de Estudo Método indutivo
Abordagem qualitativa
método comparativo

Aplicação de Questionários aos Moradores

Tabulação e Formatação dos Dados

Análise e discussão dos dados

Apresentação dos Resultados

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RESULTADOS E DISCUSSÕES

Incentivo do Governo Federal?

40% Recebem 60% Não Recebem

Ajuda de ONGs?

100% Não recebem

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 Gráfico 1 – Escolaridade dos Arrendatários

Fonte: Pesquisa Direta, 2008.

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 Escolha do Terreno?

7% relacionam cor e tipo do solo;

93% relacionam ao local onde há mais vegetação;

Influencia das Fases da Lua?

100% baseiam-se pelas fases da lua;

Tipo de Cultura?
100% Policultura;

Rotação de Cultura?
56% Cultivam terrenos diferentes a cada ano
44% Cultivam o mesmo terreno do ano anterior e o mesmo tipo de
cultura se o terreno for produtivo

Beneficiamento para os agricultores?

100% para subsistência;

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 Gráfico 2 – Tempo de restabelecimento da cobertura vegetal

Fonte: Pesquisa Direta, 2008.

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 Gráfico 3 – Cultivo do Arrendamento Grotas

Fonte: Pesquisa Direta, 2008.

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 Gráfico 4 – Carga horária de trabalho na roça

Fonte: Pesquisa Direta, 2008.

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 Instrumentos utilizados?

100% facão, enxada, foice, machado, maq. p/ plantar arroz e

18% ainda usam o xaxo;

Tamanho do terreno?
59% cultivam 4linhas
41% cultivam 2linhas

Atividades que as mulheres praticam?

100% extracao do babçu, extração do oleo do babaçu, cuidar das criações,

atividades do lar e ajuda no manejo da agricultura;

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 Gráfico 5 – Distância da residência até a roça

Fonte: Pesquisa Direta, 2008.

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 Gráfico 6 – Tempo de preparação para o plantio

Fonte: Pesquisa Direta, 2008.

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 Gráfico 7 – Atividades extra realizadas pelos agricultores

Fonte: Pesquisa Direta, 2008.

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 Gráfico 8 – Tipo de Incentivo do Governo Federal

Fonte: Pesquisa Direta, 2008.

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 Fig.1 – Primeiros Moradores

Fig. 2 – Mata Virgem

Fonte: Pesquisa direta 2008.

Fonte: Pesquisa direta 2008.

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Fig. 3 – Derrubada
Fig. 5 – Queimada

Fonte: Pesquisa direta 2008.

Fonte: Pesquisa direta 2008. Fig. 6 – Broca

Fig. 4 – Pinica

Fonte: Pesquisa direta 2008. Fonte: Pesquisa direta 2008.

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 Fig. 6.1 – Broca Fig. 7 – Cerca

Fonte: Pesquisa direta 2008.

Fonte: Pesquisa direta 2008.

Fig. 8 – Plantio
Fig. 8.1 – Plantio

Fonte: Pesquisa direta 2008.

Fonte: Pesquisa direta 2008.

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 Fig. 10 – Roca já feita

Fig. 11 – Meios de Transportes

Fonte: Pesquisa direta 2008.

Fonte: Pesquisa direta 2008.

Fig. 12 – Criações

Fig. 12.1 – Criações

Fonte: Pesquisa direta 2008. Fonte: Pesquisa direta 2008.

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