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ESPECIALIZAÇÃO EM DIREITO DO ESTADO

TEORIA GERAL DO ESTADO


TURMA 2021 UEL

Prof. Dr. Elve M Cenci


pPROF
EMENTA

A sociedade e o Estado. Modelos de

Estados Contemporâneos. Formas de


governos contemporâneos. Regimes de
governo. Divisão orgânica do poder.
Problemas do Estado contemporâneo
GRANDES OBRAS DO PENSAMENTO
POLÍTICO / CLÁSSICOS

• PLATÃO. A REPÚBLICA. LISBOA:


FUNDAÇÃO CALOUSTE
GULBENKIAN, 1993.

ARISTÓTELES. POLÍTICA. SÃO


PAULO: NOVA CULTURAL,2000.
GRANDES CLÁSSICOS
MAQUIAVEL - O PRÍNCIPE. SÃO PAULO:
NOVA CULTURAL, 1997.

HOBBES – LEVIATÃ. SÃO PAULO: NOVA


CULTURAL, 1997.

LOCKE – DOIS TRATADOS SOBRE O


GOVERNO CIVIL. SÃO PAULO: MARTINS
FONTES, 1998.
CLÁSSICOS DA FILOSOFIA POLÍTICA

ROUSSEAU - O CONTRATO SOCIAL. SÃO


PAULO: NOVA CULTURAL, 1997.

MONTESQUIEU - O ESPÍRITO DAS LEIS.


SÃO PAULO: NOVA CULTURAL, 2005.

KANT - A PAZ PERPÉTUA. LISBOA:


EDIÇÕES 70, s/d.
CLÁSSICOS
HEGEL - PRINCÍPIOS DA FILOSOFIA
DO DIREITO. SÃO PAULO: MARTINS
FONTES, 1997.

MARX - PARA A CRÍTICA DA


ECONOMIA POLÍTICA. SÃO PAULO:
NOVA CULTURA, 1987
COMENTARISTAS / AUTORES
BOBBIO, Norberto. Três ensaios sobre a
democracia. São Paulo: Cardim&Alario, 1991.

BOBBIO, Norberto. Teoria geral da política - a


filosofia e as lições dos clássicos. Rio de Janeiro:
Campus, 2000.

BOBBIO, Norberto. Teoria das formas de


governo. Brasília: UnB, 1997.
BOBBIO

BOBBIO, Norberto; BOVERO, Michelangelo.


Sociedade e Estado na filosofia política moderna.
São Paulo: Brasiliense, 1986.

BOBBIO, Norberto. Estado, governo, sociedade -


para uma teoria geral da política. São Paulo: Paz e
Terra, 2003.
COMENTARISTAS -
DALLARI, Dalmo A. Elementos de Teoria Geral do
Estado. São Paulo: Saraiva, 2003.

BONAVIDES, Paulo. Ciência Política. 10ª ed.. São


Paulo: Malheiros, 1997.

BONAVIDES, Paulo. Teoria do Estado. 3. ed. São


Paulo: Malheiros, 1995.
COMENTARISTAS
GOYARD-FABRE, Simone. Os
fundamentos da ordem jurídica. São
Paulo: Martins Fontes.

______. O que é democracia. São Paulo:


Martins Fontes.

______. Princípios Filosóficos do Direito


Político Moderno. SP: Martins Fontes;
E POR FIM

KELSEN, Hans. Teoria Geral do Direito e


do Estado. São Paulo: Martins Fontes ;
Brasília: UNB, 1990.
ORGANIZAÇÃO DA AULA
UNIDADE I - TÓPICOS DE TEORIA GERAL DO
ESTADO

UNIDADE II - PROBLEMAS DO ESTADO


CONTEMPORÂNEO
I

A SOCIEDADE
A POLIS GREGA E A ORIGEM
DA SOCIEDADE
1) PREEMINÊNCIA DA PALAVRA SOBRE TODOS
OS OUTROS INSTRUMENTOS DE PODER

2) PLENA PUBLICIDADE DADA ÀS


MANIFESTAÇÕES MAIS IMPORTANES DA VIDA
SOCIAL (DOMÍNIO PÚBLICO)

3) ISONOMIA: IGUAL PARTICIPAÇÃO DE TODOS


OS CIDADÃO NO EXERCÍCIO DO PODER.
DUAS TEORIAS SOBRE A ORIGEM
DA SOCIEDADE

1) ARISTOTELES –

“O homem é um animal político e como tal

é um ser social por natureza” [impulso


associativo].”
Aristóteles

“... que a cidade é uma

realidade natural e que o


homem é, por natureza, um
animal político”.
DEGRADADO OU SUPERIOR

E aquele que, por natureza e não por

mero acidente, não faz parte de uma


cidade é ou um ser degradado ou um
ser superior ao homem” (A Política)
HOMEM NA POLIS
O CONSTITUI O CIDADÃO:

- HOMEM GREGO GOVERNA

- FAZ AS LEIS (LEGISLA EM PRAÇA PÚBLICA)

- APLICA AS LEIS (JULGAMENTO DE SÓCRATES)


2) CONTRATUALISTAS

 “a sociedade é o resultado do
acordo de vontades humanas,
fruto de um acordo celebrado
pelos homens”.
homens
HOBBES
HOBBES – ESTADO DE NATUREZA

A) O homem vivia
originariamente em um
ESTADO DE NATUREZA.
NO ESTADO DE NATUREZA

B) Nesse estágio, os homens


eram AGRESSIVOS,
EGOÍSTAS E
LUXURIOSOS.
C) Como conseqüência, estavam
condenados a uma VIDA
SOLITÁRIA e ANIMALESCA, isto
é, a uma situação de GUERRA DE
TODOS CONTRA TODOS.
GUERRA DE TODOS CONTRA TODOS

durante o tempo em que os homens


“

vivem sem um poder comum eles se


encontram naquela condição de
guerra que é de todos os homens
contra todos os homens.
Pois a guerra não consiste apenas na

batalha,/.../ mas na vontade de travar


batalha é suficientemente conhecida”.
(Leviatã, Livro XIII)
CAUSAS PRINCIPAIS DE DISCÓRDIA

 1)COMPETIÇÃO;
2) DESCONFIANÇA;
3) GLÓRIA
A primeira leva os homens a atacar os outros
tendo em vista o lucro;
a segunda, a segurança;
e a terceira, a reputação.
Na guerra, a força e a fraude são as duas virtudes
cardeais.

Nesta guerra nada pode ser injusto.

As noções de bem e de mal, de justiça


e injustiça, não podem aí ter lugar.
Onde não há poder comum não há
lei, e onde não há lei não há injustiça.
PROPRIEDADE

“não há propriedade; só pertence a

cada homem aquilo que ele é capaz


de conseguir, e apenas enquanto for
capaz de conservá-lo”. (LEVIATÃ, LIVRO XIII)
DIREITO DE NATUREZA

“O direito de natureza, é a


liberdade que cada homem possui
de usar seu próprio poder, da
maneira que quiser, para a
preservação de sua própria
natureza, ou seja,de sua vida...”
 (Leviatã, Livro XIV)
INSEGURANÇA
“... enquanto perdurar este direito de cada

homem a todas as coisas, não poderá


haver para nenhum homem a segurança de
viver todo o tempo que geralmente a
natureza permite aos homens”
O OUTRO REPRESENTA UMA AMEAÇA.

“… os homens não tiram prazer algum


da presença uns dos outros (e sim,
desprazer),
desprazer quando não existe um poder
capaz de manter a todos em respeito”.
SEM SOCIEDADE…A VIDA…É BREVE

“não há lugar para a indústria, /… não

há cultivo da terra, nem navegação/…/


nem artes, nem letras; NÃO HÁ
SOCIEDADE; e, um constante temor e
perigo de morte violenta”.
E a vida do homem é solitária,

pobre, sórdida, embrutecida e

curta”(Leviatã, XIII)
CONDIÇÃO PARA A PAZ
“... renunciar a seu direito a

todas as coisas, contentando-se,


com a mesma liberdade dos
demais”.
Porque enquanto cada homem

detiver seu direito de fazer tudo


quanto queira todos os homens se
encontrarão numa condição de
guerra.
IMPORTÂNCIA DA OBSERVÂNCIA DOS
PACTOS

Que os homens cumpram os pactos


que celebrarem. Sem esta lei os pactos
seriam vãos, e não passariam de
palavras vazias; como o direito de
todos os homens a todas as coisas
continuaria em vigor,
permaneceríamos na condição de
guerra”.
“... os pactos sem a espada não passam de palavras, sem força
para dar qualquer segurança a ninguém”

“... para que as palavras "justo" e


"injusto" possam ter lugar, é
necessário um poder coercitivo
(ESTADO), capaz de obrigar
igualmente os homens ao cumprimento
de seus pactos, mediante algum castigo
que seja superior ao beneficio que
esperam tirar do rompimento do pacto.
HOBBES - CONTRATO

O CONTRATO é a mútua
transferência de direitos.
II

SOCIEDADE CIVIL
DEFINIÇÃO DE BOBBIO

 “... a sociedade civil é o lugar


onde surgem e se desenvolvem os
conflitos econômicos, sociais,
ideológicos, religiosos, que as
instituições estatais têm o dever de
resolver ou através da mediação
ou através da repressão.
II
Sujeitos /.../ são as classes
sociais, ou mais amplamente
os grupos, os movimentos, as
associações, as organizações
que as representam ou se
declaram seus representantes.
III

ao lado das organizações de
classe, os grupos de interesse, as
associações de vários gêneros
com fins sociais, e indiretamente
políticos, os movimentos de
emancipação de grupos étnicos,
de defesa dos direitos civis,...”
SOCIEDADE CIVIL E LEGITIMIDADE
(GOLPE DE 64…)

É na SOCIEDADE CIVIL que se


forma a legitimidade para a tomada
de decisão. Nos períodos de crise
institucional , é na SOCIEDADE
CIVIL que se reconstrói a ‘validade’,
muitas vezes em detrimento do poder
formal.
DETALHE

. Os Estados totalitários não


possuem opinião pública pois a
SOCIEDADE CIVIL é
inteiramente absorvida.
ESFERA PÚBLICA

PODE SER ABSORVIDA PELO


ESTADO

PODE SER ABSORVIDA PELA


GRUPOS PRIVADOS.
(PRAÇA)

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